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Setor Florestal INFORMATIVO Mercado interno de pranchas no Pará mantém preços constantes nº 192 DEZEMBRO 2017

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Setor FlorestalINFORMATIVO

Mercado interno de pranchas no Pará mantém preços constantes

nº 192DEZEMBRO

2017

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NÚMERO 192 | DEZEMBRO DE 2017

2 CEPEA - CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA - ESALQ/USP

ELABORAÇÃOCentro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA-ESALQ/USP) – Economia Florestal

SUPERVISÃOProf. Dr. Carlos José Caetano BachaPESQUISADORES COLABORADORESPedro Henrique de Abreu Paiva

APOIO TÉCNICOCaroline Ganéo Paulino dos SantosFelipe Matias Bailez VianaGabriel Valério Souza de AlmeidaLina Gabriela Souza de AlmeidaPaulo Augusto Gradiz do Nascimento

CEPEA. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte dessa publicação pode ser reproduzida ou transmitida sob nenhuma forma ou qualquer meio, sem permissão expressa por escrito. Retransmissão por fax, e-mail ou outros meios, os quais resultem na criação de uma cópia adicional é ilegal.

CEPEA - CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADAAvenida Pádua Dias, 11 – 13400-970 – Piracicaba-SP • Fones: (19) 3429-8815/3447-8604 – Fax: (19) 3429-8829www.cepea.esalq.usp.br – e-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

EXPEDIENTE

Em dezembro de 2017, ocorreram poucas e localizadas alterações de preços de madei-ras in natura e semiprocessadas de essên-

cias exóticas no Estado de São Paulo em relação às cotações vigentes no mês anterior. Tais varia-ções foram constatadas apenas nas regiões de Bauru e Sorocaba e apenas para produtos de eucalipto. Em relação aos preços cotados de ma-deiras in natura na região de Bauru, houve valo-rização de 2,04% do preço médio do estéreo em pé de eucalipto para uso como lenha na região de Bauru. Ainda nessa mesma região, ocorre-ram variação positiva de 1,75% no preço médio do estéreo em pé de eucalipto para uso como celulose e variação negativa de 2,5% no preço da lenha de eucalipto cortada e empilhada na fazenda. Na região de Sorocaba, o preço médio da tora de eucalipto em pé na fazenda para pro-cessamento em serraria sofreu queda de 1,05%. Já os produtos florestais semiprocessa-dos de essências plantadas no Estado de São Paulo, em dezembro, apresentaram apenas varia-ções na região de Sorocaba, sendo que o preço do metro cúbico da viga de eucalipto variou positi-vamente em 1,23%, enquanto o preço do metro

cúbico da prancha de eucalipto diminuiu 2,16%. O mercado interno de pranchas de essências nativas no Estado do Pará não apre-sentou, em dezembro de 2017 em compa-ração ao mês antecessor, qualquer variação nos preços do metro cúbico de seus produtos. Em janeiro de 2018, o preço médio lista em dólar da tonelada de celulose de fibra curta tipo seca no mercado doméstico elevou-se em 0,9% em relação a sua cotação de dezembro de 2017. No mesmo período não houve va-riação no preço médio em reais da toneladas de papel offset em bobina e do papel cut size. O valor total em dólar das exportações brasileiras de produtos florestais apresentou aumento de 11,11% no mês de dezembro de 2017 em comparação a novembro do mesmo ano. Esse aumento foi devido ao aumento de 13,97% no valor exportado de madeira e painéis de fibras de madeira em dezembro de 2017 fren-te a novembro do mesmo ano. Também ocorreu aumento de 10,13% no valor das exportações celulose e papel no período acima mencionado.

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3CEPEA - CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA - ESALQ/USP

Espécie arbórea com altura entre 4 e 8 metros e tronco com 25 a 35 cm de diâ-metro, revestido por casca grossa e esca-

mosa. Suas folhas são compostas, sem estí-pulas, com 9-25 folíolos linear-lanceolados a lineares, subcoreáceos, glabros, com 3-8 cm de comprimento e de margens serreadas. Locais de Ocorrência: Relatos indicam a ocorrência desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul.

A madeira da Aroeira Salsa é dura, pouco elástica, com alburno escuro e de ex-celente durabilidade. Essa madeira é utilizada para confecção de mourões, esteios, traba-lhos de torno, obras hidráulicas e na constru-ção civil. Além disso, a casca da árvore da Aroeira Salsa pode ser empregada para cur-tir couro e o córtex, na produção de resina.

Aroeira Salsa (Schinus molle)

ESPÉCIE

Fonte: Cristina Braga

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4 CEPEA - CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA - ESALQ/USP

Produtos FlorestaisMERCADO INTERNO - ESTADO DE SÃO PAULO

No mês de dezembro de 2017, em compa-ração ao mês anterior, ocorreram algumas variações pontuais nos preços médios em

reais correntes de alguns produtos florestais madeireiros nas regiões de Bauru e Sorocaba no Estado de São Paulo. Observa-se nas Tabelas 1 e 2 que esses produtos florestais são divididos em três categorias: madeiras in natura e semi-processadas procedentes de florestas planta-das e pranchas de essências florestais nativas. Em relação aos preços cotados de ma-deiras in natura na região de Bauru, houve va-lorização de 2,04% (Gráfico 1) do preço médio do estéreo em pé de eucalipto para uso como lenha no mês de dezembro de 2017 se com-parado ao mês de novembro do mesmo ano. Ainda na mesma região, ocorreram variação positiva de 1,75% no preço médio do estéreo de pé de eucalipto para uso como celulose e va-riação negativa de 2,5% na lenha de eucalipto cortada e empilhada na fazenda. Não ocorreu,

na região de Bauru, qualquer variação nos pre-ços de produtos semiprocessados ou de pran-chas de essências florestais nativas (Tabela 2). Na região de Sorocaba, apenas um preço dos produtos de madeira in natura sofreu mudança, no caso, o preço médio da tora em pé na fazenda de eucalipto para processamento em serraria que variou negativamente em 1,05% (Gráfico 2). Dos preços de produtos semiproces-sados cotados, a viga de eucalipto variou positi-vamente 1,23%, enquanto o preço da prancha de eucalipto variou negativamente em 2,16%. Em ambas as regiões (Bauru e So-rocaba) não houve variação nos preços de pranchas de essências florestais nativas e os preços relacionados à madeira de euca-lipto foram os únicos a sofrerem variações.Chama muita atenção também o grande dife-rencial de preços entre regiões e entre valores mínimos e máximos para um mesmo produto.

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5CEPEA - CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA - ESALQ/USP

Grá� co 1 - Preço médio do st para lenha em pé de eucalipto em BauruGrá� co 1 -

Fonte: CEPEA

Grá� co 2 - Preço médio do st da tora em pé de eucalipto para processamento em serraria de SOROCABASOROCABA

Fonte: CEPEA

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6 CEPEA - CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA - ESALQ/USP

Produtos FlorestaisMERCADO INTERNO - ESTADO DO PARÁ

Fonte: CEPEA

Grá� co 3 - Preço médio do m³ da prancha de maçaramduba da região de PARAGOMINAS

Fonte: CEPEA

PARAGOMINAS

Em dezembro de 2017, na região de Paragomi-nas, os mercados de pranchas e toras de essên-cias florestais nativas da Amazônia não apre-

sentaram alterações dos preços de seus produtos em relação às cotações vigentes no mês anterior. Entre os preços analisados, a prancha de Ipê permaneceu com o valor médio de R$ 2.371,43 por metro cúbico, enquanto as pranchas de Maça-

randuba(Gráfico 3) e de Jatobá(Gráfico 4) conti-nuam com preços semelhantes de R$ 1.202,50 e R$ 1.227,50 por metro cúbico, respectivamente. Entre as toras, o tipo mais valorizado é a de Ipê, com preço médio de R$ 580,00, mas com valores mínimo e máximo de R$ 460,00 e R$ 700,00 por metro cúbico, respectivamente.

Fonte: CEPEA

Grá� co 4 - Preço médio do m³ da pranha da prancha de JATOBÁ da região de PARAGOMINAS

Fonte: CEPEA

PARAGOMINAS

1235,00

1240,00

1245,00

1250,00

1255,00

1260,00

1265,00

1270,00

1275,00

out/17 nov/17 dez/17

Reais

por

Mês

Gráfico 3 - Preço médio do metro cúbico da prancha de Maçaranduba região de Paragominas

Fonte: CEPEA

0,00

200,00

400,00

600,00

800,00

1000,00

1200,00

1400,00

out/17 nov/17 dez/17

Reais

por m

³

Mês

Gráfico 4 - Preço médio do metro cúbico da prancha de Jatobá na região de Paragominas

Fonte: CEPEA

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7CEPEA - CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA - ESALQ/USP

Fonte: CEPEA. Nota: os preços acima incluem frete e impostos e são para pagamento a vista. Preço lista para a celulose e preço com desconto para os papéis. A = papel com gramatura igual ou superior a 70 g/m² - B = papel tipo A4.

Celulose e PapelMERCADO DOMÉSTICO

TABELA 1 - PREÇOS MÉDIOS NO ATACADO DA TONELADA DE CELULOSE E PAPEL EM SÃO PAULO – NOVEMBRO DE 2017 E DEZEMBRO DE 2017

MÊS

CELULOSE DE FIBRA CURTA - SECA (PREÇO

LISTA EM US$ POR TONELADA

PAPEL OFFSET EM BOBINA (PREÇO COM DESCONTO EM

R$ POR TONELADA

PAPEL CUT SIZE (PREÇO COM DESCONTO EM R$

POR TONELADA)

DEZ/17

mínimo 923,82 2.506,21 2.886,60médio 923,82 2.996,39 3.666,03

máximo 923,82 3.677,33 4.888,66

JAN/17

mínimo 948,69 2.506,21 2.886,60médio 951,56 3.002,10 3.666,03

máximo 953 3.705,88 4.888,66

A B

Fonte: CEPEA

PAULO – NOVEMBRO DE 2017 E DEZEMBRO DE 2017

Em janeiro de 2018, foi constatada a 11a alta consecutiva do preço em dólar da celulose vendida no mercado doméstico. Observa-se

na Tabela 5 que o preço lista médio (que não inclui desconto) da tonelada de celulose de fibra curta foi de US$ 960,43 para vendas dentro do Estado de São Paulo, ou seja, 0,92% superior ao valor médio vigente em dezembro de 2017.

O preço médio em reais da tonela-da do papel offset em bobina sofreu pequena variação de R$ 3.002,10 em dezembro para R$3.002,75 nesse mês de janeiro, já o preço médio em reais da tonelada do papel cut size se manteve estável entre os meses de dezem-bro de 2017 e janeiro de 2018, estabelecido no valor de R$ 3.666,03 por tonelada (Tabela 5).

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8 CEPEA - CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA - ESALQ/USP

Produtos FlorestaisMERCADO EXTERNO

Tabela 2 – Exportações brasileiras de produtos florestais manufaturados de agosto de 2017 a outubro de 2017

Fonte: SECEX/MDIC - Balança Comercial Brasileira

ÍTEM PRODUTOS SET/17 OUT/17 NOV/17

VALOR DAS EXPORTAÇÕES

(EM MILHÕES DE DÓLARES)

Celulose e outras pastas 559,88 538,34 551,29Papel 174,78 164,37 162,45

Madeiras compensadas ou contraplacadas 55,71 58,69 61,66Madeiras laminadas 2,80 3,18 3,04Madeiras serradas 61,40 62,22 63,29

Obras de marcenaria ou de carpintaria 24,81 26,33 25,67Painéis de fibras de madeiras 24,32 33,14 26,39

Outras madeiras e manufaturas de madeiras 82,50 85,40 63,32

PREÇO MÉDIO DO PRODUTO

EMBARCADO (US$/T)

Celulose e outras pastas 489,05 499,38 506,71Papel 1015,15 947,96 919,59

Madeiras compensadas ou contraplacadas 550,34 562,45 571,03Madeiras laminadas 444,80 526,32 435,65Madeiras serradas 487,58 482,71 481,28

Obras de marcenaria ou de carpintaria 1662,74 1654,68 1684,66Painéis de fibras de madeiras 312,08 306,50 328,01

Outras madeiras e manufaturas de madeiras 218,57 272,23 454,15

QUANTIDADE EXPORTADA (EM MIL

TONELADAS)

Celulose e outras pastas 1144,83 1078,02 1087,98Papel 172,17 173,40 176,66

Madeiras compensadas ou contraplacadas 101,23 104,35 107,97Madeiras laminadas 6,29 6,03 6,97Madeiras serradas 125,93 128,89 131,50

Obras de marcenaria ou de carpintaria 14,92 15,91 15,24Painéis de fibras de madeiras 77,94 108,14 80,45

Outras madeiras e manufaturas de madeiras 377,48 313,71 139,42

No mês de dezembro de 2017, as ex-portações totais de produtos florestais (madeiras, papéis e celulose) totaliza-

ram US$ 1.063,41 milhões. Em relação ao mês de novembro do mesmo ano (quando fo-ram exportados US$ 957,11 milhões) ocorreu um aumento de 11,11% nessas exportações. Esse aumento foi, principalmente, de-vido ao aumento no valor exportado de ma-deiras e fibras de madeira. No mês de dezem-bro de 2017 em relação ao mês anterior, esse valor apresentou aumento de 13,97%. Foram

exportados US$ 243,37 milhões em madeiras e painéis de fibras de madeira no mês de no-vembro de 2017. No mês de dezembro do mes-mo ano, esse valor foi de US$ 277,38 milhões. Da mesma forma, as exportações de celulose e papel apresentaram aumento de 10,13% no valor exportado no mês de de-zembro de 2017 em relação ao mês anterior. Foram exportados US$ 713,74 milhões em novembro de 2017, enquanto essa quantia foi de US$ 786,03 milhões no mês subsequente.

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9CEPEA - CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA - ESALQ/USP

NOTÍCIAS - DESEMPENHO DO SETOR FLORESTALAo contrário da madeira, preço da celulose teve 11 reajustes em 2017

A aceleração das compras na China e a ruptu-ra de oferta muito acima da média histórica garantiram aos produtores margem para

aplicação mensal de reajustes, com exceção de agosto. No total, foram 11 aumentos de preços em 12 meses, que levaram as cotações de referência a valores há algum tempo não vistos pela indústria. Os produtores não revelam os níveis de desconto praticados, mas indicaram que a redu-ção proposta para os contratos em vigor de janeiro em diante é de dois a quatro pontos percentuais. Desde o último reajuste, no dia 1o de de-zembro, o valor da tonelada de celulose de fibra longa no mercado europeu passou para US$ 1 mil. Na América do Norte, o atual valor de referência é de US$ 1.190 a tonelada. Na China, US$ 820. Em contrapartida, os custos para produ-zir a celulose no país - considerados os menores do mundo - se mantiveram dentro dos patama-res esperados pela indústria. Um dos motivos para isso é a estagnação dos preços da madeira, insumo que impacta - em todo o seu manejo - em aproximadamente 44% no custo da celulose. É notório que os plantios próprios das grandes empresas, além de garantir o su-

primento de suas operações que passam por constantes aumentos e ajustes de produtivida-de, também servem para regulação de preço. A falta de organização dos produtores in-dependentes de eucalipto também favorece o ce-nário de preços estagnados, com exceção de fundos florestais (principalmente os FIPs - Fundos de Inves-timento em Participações) que têm obtido nego-ciações bem mais rentáveis e preços diferenciados. Na região de Três Lagoas, Mato Gros-so do Sul, só um desses fundos mantém apro-ximadamente 60 mil hectares sob gestão. Ainda assim, o custo de produção de celu-lose de fibra curta brasileira se mantém em valores aproximados de US$ 235 de acordo com o levanta-mento feito pelo Bradesco junto às empresas do se-tor, deixando para trás seus principais concorrentes como China, Estados Unidos, Canadá e Indonésia. Conclui-se, ainda, que há previ-sões de baixa no preço da celulose para o início de 2018 considerando, basicamen-te, dois aspectos: o ajuste entre oferta e de-manda e a sazonalidade do mercado chinês.

Fonte: Adaptado do portal Painel Florestal. Disponível em: http://www.painelflorestal.com.br/noticias/mercado/ao-contrario-da-madeira-preco-da-celulose-teve-11-reajustes-em-2017 Acesso em: dezembro 2017

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NOTÍCIAS - POLÍTICA FLORESTAL

Fonte: Adaptado do portal Embrapa. Disponível em: https://www.embrapa.br/web/portal/busca-de-noticias/-/noticia/30806042/celulose-nanofibrilada-e-destaque-em-evento-da--rede-agronano Acesso em: janeiro de 2018

Celulose nano� brilada é destaque em evento da Rede AgroNano

A nanotecnologia aplicada ao agronegócio foi tema de Workshop realizado na Embra-pa Instrumentação Agropecuária (São Carlos/SP), nos dias 21 e 22 de novembro de 2017, com a participação de pesquisadores que compõem a Rede AgroNano. Em sua nona edi-

ção, o evento reuniu os trabalhos em desenvolvimento e resultados obtidos pela Rede, cons-tituída em projeto coordenado pela Embrapa, e que tem se destacado por explorar a aplica-ção da nanotecnologia para aumentar a competitividade e a sustentabilidade do agronegócio. Um destaque do Workshop foi o reconhecimento do trabalho “Viabilidade eco-nômica na produção de celulose nanofibrilada por desfibrilação mecânica”, de auto-ria de Caroline Jordão e Francine Claro, orientados pelo pesquisador Washington Ma-galhães, da Embrapa Florestas, como um dos 10 melhores trabalhos apresentados. O pesquisador faz parte de duas equipes de trabalho dentro da Rede: Métodos e Processos para Aumento da Escala de Preparação de Nanoprodutos de interesse do Agro-negócio e Perspectivas da Pesquisa em Nanotecnologia aplicada ao Agronegócio. “Desen-volvemos tecnologias para o setor de base florestal, tanto usando a floresta como fonte de na-noestruturas para aplicações em diversos setores quanto usando a nanotecnologia para resolver problemas dos sistemas de produção em si, sempre pensando em processos sustentáveis”. Cerca de 50 instituições - entre empresas, organizações de extensão rural, universidades e unidades da Embrapa - participam da Rede AgroNano, cujos principais avanços estão no desenvolvimento de novos usos de produtos de origem agropecuária como: sensores e biosensores; filmes, revestimentos comestí-veis e embalagens funcionais; nanoestruturas de celulose, biofilmes nanoestruturados e compósitos bio-degradáveis, entre outros. A próxima edição do Workshop será realizada na Embrapa Florestas, em 2019.