informativo paroquial sagrada família

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Informativo Paroquial Paróquia Sagrada Família Diocese de Itabira - Cel. Fabriciano Ipatinga - MG Ano 05 - N - Julho de 2012 º 52 marcam celebrações de santos populares que emprestam seus nomes a templos ou povoados. Ainda devemos ressaltar que as procissões católicas inspiraram as passeatas e manifestações de rua, de operários, de estudantas, de grevistas etc. Inspiraram também o modo como são feitos os desfiles de blocos, maracatus, cordões e vários grupos carnavalescos e escolas de samba. Mas como se faz uma procissão? Desta vez, vamos falar um pouco de procissões religiosas. Em primeiro lugar, procissão Segundo o dicionário eletrônico Michaelis da língua não é uma caminhada. Caminhada religiosa é um grupo de portuguesa, Procissão Religiosa é uma reunião ordenada de pessoas caminhando juntas em torno de um andor ou do clero e fiéis que desfilam no interior de uma igreja ou pelas ruas Santíssimo. Procissão é composta de duas 'alas', uma de cada em sinal de devoção. O nome 'procissão' vem do latim lado da rua, cada uma com uma ou mais filas (geralmente é uma “processione” que significa “marchar para frente”. fila só). O andor, carregado nos ombros de pessoas, ou o Santíssimo, conduzido pelo padre, vai no meio da rua e no meio Elas são mais comuns e antigas do que alguém possa imaginar e da procissão (entre o início e o fim das alas). Só a procissão do não é exclusividade dos cristãos católicos, mas praticada na Santíssimo usa palio, para proteger Jesus, turiferário (o turíbulo história e atualmente por diversos povos e culturas. No mundo não pode deixar de soltar incenso no ar) e naveteiro e sineteiro pagão, antigamente, temos as procissões dos gregos, como as (são três pessoas, de preferência coroinhas, um para cada panatenéias, onde o povo conduzia um manto, ricamente função) que vão imediatamente à frente do Santíssimo. bordado, para a deusa Atenas, por um caminho considerado sagrado até o Parténon. Já na Babilônia, onde também havia um À frente da procissão vai o cruciferário, ladeado de duas caminho sagrado, aconteciam procissões propiciatórias de pessoas, cada uma com uma tocha (armação de metal ou Marduk, o dragão; de Adad, o touro e de Ishtar, o leão. Na madeira com um recipiente para vela rodeada de vidro), uma à Bíblia, no Antigo Testamento, são relatadas diversas procissões frente de cada ala. Uma equipe de pessoas (quantas forem como em Josué 3,5-6; 6,4; 3,14-16; 4,4-5; 4,15-18, Números 10, necessárias) devem existir para organizar a procissão (não 33-34, Êxodo 25, 18-21; no Novo Testamento temos outras deixar que as alas se rompam, não deixar que procissão ande narrativas, como a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém depressa demais ou devagar demais, coibir veículos e outros de (Procissão de Ramos). invadir a procissão e por fim evitar que as alas passem o cruciferáro). Quando a Igreja Católica Apostólica Romana deixou de ser perseguida pelo Império Romano, a prática das procissões Deve haver um sistema de som (de preferência não começaram. O apogeu da procissão aconteceu na Idade Média, motorizado), que alcance os fiéis e que acompanhe a procissão quando eram planejadas como um grande acontecimento atrás do andor ou do Santíssimo. Também é necessário uma religioso e cultural, com rituais próprios e com grande número equipe de canto para cantar nos intervalos das orações, e uma ou de fiéis. As mais importantes procissões na Idade Média duas pessoas que, piedosamente, animará e rezará ao microfone aconteciam na Península Ibérica e eram procissões rogatórias durante toda a procissão (geralmente o padre faz essa tarefa). É (para pedir boas colheitas) e a do Domingo de Ramos. bom que os organizadores da procissão providenciem licença da prefeitura e Polícia Militar para interditar e acompanhar as Aqui no Brasil, as procissões foram introduzidas em 1549, ruas onde a procissão passará. quando Tomé de Souza tornou-se o primeiro governador-geral da coroa portuguesa para terras brasileiras. Os jesuítas foram os Os organizadores, antes da procissão, devem definir o percurso grandes incentivadores das procissões, com o objetivo de atrair e pedir aos comerciantes que fechem as portas quando a os índios para a catequese e de edificar os colonos. A primeria procissão passar e aos moradores que enfeitem as janelas. procissão em terras brasileiras foi a de Corpus Christi. Desde esta época, as mais famosas procissões são as da Semana Santa Espero que o assunto tenha familiarizado você com as em Ouro Preto. A maior procissão brasileira é a do Círio de procissões e esclarecido dúvidas que possam ter surgido. Nazaré, em Belém do Pará, onde o número de fiéis participantes ultrapassa a casa de 01 milhão de pessoas. Mas, há no país Pe. Aloísio Vieira inúmeras procissões durante todo o ano que encerram novenas e PROCISSÃO

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Informativo paroquial da Sagrada Família - Ipatinga/MG

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Page 1: Informativo Paroquial Sagrada Família

Informativo ParoquialParóquia Sagrada Família

Diocese de Itabira - Cel. FabricianoIpatinga - MG

Ano 05 - N - Julho de 2012º 52

marcam celebrações de santos populares que emprestam seus nomes a templos ou povoados.

Ainda devemos ressaltar que as procissões católicas inspiraram as passeatas e manifestações de rua, de operários, de estudantas, de grevistas etc. Inspiraram também o modo como são feitos os desfiles de blocos, maracatus, cordões e vários grupos carnavalescos e escolas de samba.

Mas como se faz uma procissão?

Desta vez, vamos falar um pouco de procissões religiosas. Em primeiro lugar, procissão Segundo o dicionário eletrônico Michaelis da língua não é uma caminhada. Caminhada religiosa é um grupo de portuguesa, Procissão Religiosa é uma reunião ordenada de pessoas caminhando juntas em torno de um andor ou do clero e fiéis que desfilam no interior de uma igreja ou pelas ruas Santíssimo. Procissão é composta de duas 'alas', uma de cada em sinal de devoção. O nome 'procissão' vem do latim lado da rua, cada uma com uma ou mais filas (geralmente é uma “processione” que significa “marchar para frente”. fila só). O andor, carregado nos ombros de pessoas, ou o

Santíssimo, conduzido pelo padre, vai no meio da rua e no meio Elas são mais comuns e antigas do que alguém possa imaginar e da procissão (entre o início e o fim das alas). Só a procissão do não é exclusividade dos cristãos católicos, mas praticada na Santíssimo usa palio, para proteger Jesus, turiferário (o turíbulo história e atualmente por diversos povos e culturas. No mundo não pode deixar de soltar incenso no ar) e naveteiro e sineteiro pagão, antigamente, temos as procissões dos gregos, como as (são três pessoas, de preferência coroinhas, um para cada panatenéias, onde o povo conduzia um manto, ricamente função) que vão imediatamente à frente do Santíssimo. bordado, para a deusa Atenas, por um caminho considerado sagrado até o Parténon. Já na Babilônia, onde também havia um À frente da procissão vai o cruciferário, ladeado de duas caminho sagrado, aconteciam procissões propiciatórias de pessoas, cada uma com uma tocha (armação de metal ou Marduk, o dragão; de Adad, o touro e de Ishtar, o leão. Na madeira com um recipiente para vela rodeada de vidro), uma à Bíblia, no Antigo Testamento, são relatadas diversas procissões frente de cada ala. Uma equipe de pessoas (quantas forem como em Josué 3,5-6; 6,4; 3,14-16; 4,4-5; 4,15-18, Números 10, necessárias) devem existir para organizar a procissão (não 33-34, Êxodo 25, 18-21; no Novo Testamento temos outras deixar que as alas se rompam, não deixar que procissão ande narrativas, como a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém depressa demais ou devagar demais, coibir veículos e outros de (Procissão de Ramos). invadir a procissão e por fim evitar que as alas passem o

cruciferáro). Quando a Igreja Católica Apostólica Romana deixou de ser perseguida pelo Império Romano, a prática das procissões Deve haver um sistema de som (de preferência não começaram. O apogeu da procissão aconteceu na Idade Média, motorizado), que alcance os fiéis e que acompanhe a procissão quando eram planejadas como um grande acontecimento atrás do andor ou do Santíssimo. Também é necessário uma religioso e cultural, com rituais próprios e com grande número equipe de canto para cantar nos intervalos das orações, e uma ou de fiéis. As mais importantes procissões na Idade Média duas pessoas que, piedosamente, animará e rezará ao microfone aconteciam na Península Ibérica e eram procissões rogatórias durante toda a procissão (geralmente o padre faz essa tarefa). É (para pedir boas colheitas) e a do Domingo de Ramos. bom que os organizadores da procissão providenciem licença

da prefeitura e Polícia Militar para interditar e acompanhar as Aqui no Brasil, as procissões foram introduzidas em 1549, ruas onde a procissão passará. quando Tomé de Souza tornou-se o primeiro governador-geral da coroa portuguesa para terras brasileiras. Os jesuítas foram os Os organizadores, antes da procissão, devem definir o percurso grandes incentivadores das procissões, com o objetivo de atrair e pedir aos comerciantes que fechem as portas quando a os índios para a catequese e de edificar os colonos. A primeria procissão passar e aos moradores que enfeitem as janelas.procissão em terras brasileiras foi a de Corpus Christi. Desde esta época, as mais famosas procissões são as da Semana Santa Espero que o assunto tenha familiarizado você com as em Ouro Preto. A maior procissão brasileira é a do Círio de procissões e esclarecido dúvidas que possam ter surgido.Nazaré, em Belém do Pará, onde o número de fiéis participantes ultrapassa a casa de 01 milhão de pessoas. Mas, há no país Pe. Aloísio Vieirainúmeras procissões durante todo o ano que encerram novenas e

PROCISSÃO

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Programação de Julho de 2012 “Que a saúde se difunda sobre a Terra”- CF 2012

PASCOM/Paróquia Sagrada Família

Edição Final: Pe. Aloísio VieiraEXPEDIENTE: E-mail: Secretária: Zilda Projeto gráfico: Pe. Aloísio

VieiraParóquia Sagrada Família - Rua Redação e Edição: Icó, 45 - Caravelas - Ipatinga - Marquione Ban Diagramação: Marquione Ban35.164.280 - MG Site: www.psfipatinga.com.br Aguinaldo Soares

Padre Aloísio Vieira Responsável: Paróquia Sagrada Telefone: (0xx31) 3822-1658 Pároco: Pe. Aloísio Vieira Família/PASCOM

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PASCOM/Paróquia Sagrada Família03

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TRÍDUO EM DEVOÇÃO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS E INAUGURAÇÃO DO TEMPLO

NOITE DO CALDO DA COMUNIDADE MENINO JESUS

FESTA DO CORPO E SANGUE DE CRISTO

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04 PASCOM/Paróquia Sagrada Família

Os ritos finais encerram a missa e a celebração, mas não encerram o envolvimento espiritual dos fiéis com a sua Igreja. Abençoados por Deus, eles partem com a missão de viver a fé cristã na prática diária. A missa terminou começou nossa missão.

A missa se encerra com a Bênção Final, um Canto Final e a exortação da Despedida. Todos de pé, o padre ergue a mão e marca os fiéis com o sinal da cruz pedindo para eles a bênção do Pai, do Filho e do Espírito Santo – e a comuni-dade expressa sua alegria cantando uma vez mais. Por fim, a assembleia é despedida.

Os convidados à casa do Senhor saem de coração leve. Não veem sua presença na Missa como o cumprimento de um dever - sentem-se felizes e distinguidos porque Deus lhes permitiu participar da Sua refeição.

A Missa oferece um enriquecimento do espírito cristão que os fiéis devem continuar vivendo em casa, no traba-lho, no lazer. Os fiéis levam para o seio de suas famílias a vivência da Missa e contribuem para a Missa celebrando a família, que é o alicerce da sua Igreja.

Ninguém assiste a missa, mas participa dela. Lembre-se que a missa é a mais perfeita oração do cristão.

ESPAÇO LITÚRGICO:

Ritos Finais

No dia 22 de junho, a Igreja celebrou a festa do mártir Santo Tomás More. Lorde Chanceler do Reino da Inglaterra, por não ter aceitado o divórcio e o cisma do rei Henrique VIII, foi condenado à morte por traição e decapitado em 1535. Preferiu perder o cargo e a vida a trair sua consciência. A Igreja o proclamou padroeiro dos Governantes e dos Políticos, exatamente porque soube ser coerente com os princípios morais e cristãos até ao martírio. O belo filme da sua vida, em português, que recomendo, intitula-se “O homem que não vendeu sua alma!”.

A coerência é uma virtude cristã que deve penetrar todas as nossas ações e atitudes. Pensar, viver e agir conforme a nossa fé e nossas convicções cristãs. Caso contrário, seremos hipócritas e daremos um grande contra-testemunho do nosso cristianismo. Não se age como cristão na Igreja e como pagão fora dela.

“O Concílio exorta os cristãos, cidadãos de ambas as cidades [terrena e celeste], a que procurem cumprir fielmente os seus deveres terrenos, guiados pelo espírito do Evangelho. Afastam-se da verdade os que, sabendo que não temos aqui na terra uma cidade permanente, mas que vamos em demanda da futura, pensam que podem por isso descuidar os seus deveres terrenos, sem atenderem a que a própria fé ainda os obriga mais a cumpri-los, segundo a vocação própria de cada um. Mas não menos erram os que, pelo contrário, opinam poder entregar-se às ocupações terrenas, como se estas fossem inteiramente alheias à vida religiosa, a qual pensam consistir apenas no cumprimento dos atos de culto e de certos deveres morais. Este divórcio entre a fé que professam e o comportamento quotidiano de muitos deve ser contado entre os mais graves erros do nosso tempo” (Gaudium et Spes, 43).

O ensinamento social da Igreja não é uma intromissão no governo do País, mas traz um dever moral de coerência aos fiéis leigos, no interior da sua consciência. “Não pode haver, na sua vida, dois caminhos paralelos: de um lado, a chamada vida ‘espiritual’, com os seus valores e exigências, e, do outro, a chamada vida ‘secular’, ou seja, a vida de família, de trabalho, das relações sociais, do empenho político e da cultura” (Beato João Paulo II, Christif. Laici, 59).

“Reconhecendo muito embora a autonomia da realidade política, deverão se esforçar os cristãos solicitados a entrarem na ação política por encontrar uma coerência entre as suas opções e o Evangelho” (Paulo VI, Octogésima Adveniens, 46). “Também para o cristão é válido que, se ele quiser viver a sua fé numa ação política, concebida como um serviço, não pode, sem se contradizer a si mesmo, aderir a sistemas ideológicos ou políticos que se oponham radicalmente, ou então nos pontos essenciais, à sua mesma fé e à sua concepção do homem…” (idem, 26).

No atual clima de corrupção e venalidade que invadiu o sistema político, eleitoral e governamental, possa o exemplo de Santo Tomás More ensinar aos governantes e políticos, atuais e futuros, que o homem não pode se separar de Deus, nem a política da moral, e que a consciência não se vende por nenhum preço, mesmo que isto nos custe caro e até a própria vida.

O padroeiro dos governantes e políticos

texto de Dom Fernando Arêas RifanAdministrador Apostólico Pessoal São João Maria Vianney