informativo iq - junho de 2013

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  • 8/10/2019 Informativo IQ - Junho de 2013

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    Toda Mdia

    Defesas de JunhoMonografias, dissertaes e teses - LEIA MAIS

    Agenda

    Por dentro do IQ

    Laboratrios multiusurios

    A criao dos laboratrios mul-tiusurios feita pelas agncias defomento sugere solues com ca-ractersticas prprias. No Instituto

    Outros Destaques- Laboratrio de Bioetanol:

    biomassa por rotasbiotecnolgicas

    - Modelo de estudo: a dietacom laticnios

    - Workshop e curso Biodiesel: ob-teno e anlise de qualidade (BOA2013), de 4-9/8. Local: IQ/ UFRJ.Informaes:www.biodiesel.prh.ufrj.br

    - 10th Pangborn Sensory Science Sym-posium/ Pangborn 2013, de 11-15/8.Local: Windsor Barra Hotel (RJ). Infor-maes: www.pangborn2013.com

    - VI Escola emtica em Qumica -Biodiversidade, qumica e biologia, de

    13-15/8. Local: auditrio do C (bl. A- trreo). Informaes: www.pgqu.net/escolatematica

    - I Seminrio de Integrao dos c-nicos Administrativos em Educaoda UFRJ (SNIAE UFRJ), de 27-30/8.Local: CCMN - Ilha da Cidade Univer-sitria. Informaes: www.sintae.pr4.ufrj.br

    - 26th International Conference on Ye-ast Genetics and Molecular Biology, de29/8-3/9. Local: Campus of Westend ofGoethe University, em Frankfurt (Al.).Informaes: www.yeast-2013.org

    - 7oCongresso Brasileiro de P/D em Pe-trleo e Gs/ PDPERO, de 27-30/10.Local: Centro de Convenes de Ara-caju (Se). Informaes: www.portala-bpg.org.br/7pdpetro/

    - 15thBrazilian Meeting on Organic Syn-thesis(15thBMOS), de 10- 13/11. Local:

    Campos do Jordo. Informaes: www.bmos.com.br

    - 6o Frum Mundial de Cincia - Ci-ncia para o desenvolvimento globalsustentvel, de 24-27/11. Informaes:www.abc.org.br

    De onde vm os nossos cheiros?

    Bichos e gente tm cheiros natu-rais que, em contato com fungos e

    bactrias, podero resultar em maucheiro. So substncias qumicas di-versas - como os gases - responsveispelo odor desagradvel. LEIA MAIS

    Falta incentivo a ideias originaisna cincia do pas

    A neurocientista Suzana Hercula-no-Houzel faz crticas cultura bra-sileira de pesquisa cientfica - semincentivo originalidade e diversi-

    dade de pensamento - e afirma achara ps-graduao do pas muito fra-ca. Ela se apresentou este ms noprograma ED Global. LEIA MAIS

    Qumica cantada

    A qumica e a pera tm muito emcomum. Joo Paulo Andr, professor

    e pesquisador de qumica inorgni-ca e bioinorgnica da Universidadede Coimbra, explica as razes nestaentrevista revista Cincia Hoje.LEIA MAIS

    Jovens pesquisadores ganhamdestaque antes dos 20 anos

    Joo Pedro Wieland, 15 anos, alu-no do Ensino Mdio (CAp-UFRJ), eoutros contemplados do Prmio Jo-

    vem Cientista (2012) falam das suasaspiraes e carreiras. Joo venceuna categoria Estudante do EnsinoMdio. LEIA MAIS

    de Qumica a experincia tem mos-trado que diferentes estratgias sonecessrias para o sucesso dessasiniciativas. LEIA MAIS

    http://www.biodiesel.prh.ufrj.br/home_br/index.phphttp://www.pangborn2013.com/http://www.pgqu.net/escolatematica/http://www.pgqu.net/escolatematica/http://www.sintae.pr4.ufrj.br/http://www.sintae.pr4.ufrj.br/http://www.yeast-2013.org/http://www.portalabpg.org.br/7pdpetro/http://www.portalabpg.org.br/7pdpetro/http://www.bmos.com.br/arquivos/paginas.aspx?id=1http://www.bmos.com.br/arquivos/paginas.aspx?id=1http://www.abc.org.br/rubrique.php3?id_rubrique=1&recalcul=ouihttp://www.dgabc.com.br/Noticia/460890/de-onde-vem-os-nossos-cheiroshttp://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=87472http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2013/304/pdf_aberto/entrevista304.pdfhttp://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=87396http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=87396http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2013/304/pdf_aberto/entrevista304.pdfhttp://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=87472http://www.dgabc.com.br/Noticia/460890/de-onde-vem-os-nossos-cheiroshttp://www.abc.org.br/rubrique.php3?id_rubrique=1&recalcul=ouihttp://www.bmos.com.br/arquivos/paginas.aspx?id=1http://www.bmos.com.br/arquivos/paginas.aspx?id=1http://www.portalabpg.org.br/7pdpetro/http://www.portalabpg.org.br/7pdpetro/http://www.yeast-2013.org/http://www.sintae.pr4.ufrj.br/http://www.sintae.pr4.ufrj.br/http://www.pgqu.net/escolatematica/http://www.pgqu.net/escolatematica/http://www.pangborn2013.com/http://www.biodiesel.prh.ufrj.br/home_br/index.php
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    Por dentro do IQ

    Uma maior incluso

    Central de Servio Comum a de-nominao de um laboratrio paramuitos usurios utilizada por vriasuniversidades europias - como nade Poitiers (Fr.), na de Lisboa (Port.)e Barcelona. O Laboratrio Multiu-surio de Difrao de Raios X doIQ, criado e coordenado pelo Pro-fessor e Pesquisador Marcelo MacielPereira, tambm coordenador doLaboratrio de Catlises e EnergiaSustentvel (LACES/ DQI) tem pro-curado seguir a diretriz propostapelas agncias de fomento para ini-ciativas do gnero: agregar um n-mero maior de usurios em torno de

    um mesmo equipamento avanadoe de alto custo, dispor de um tcni-co qualificado para o seu manuseioe apoiar as atividades de pesquisasdos Programas de PG do Institutode Qumica e de outras unidades daUFRJ, caso existirem pesquisadoresinteressados na tcnica por ele exe-cutada. No entanto, o seu modelo degesto tem caractersticas prprias.

    O equipamento de difrao deraios X estuda a caracterizao demateriais policristalinos. Ele podeser utilizado como uma ferramentainicial do processo de sntese, e tam-bm ser refinado para desvendar adistribuio de tomos em matrizescomplexas, de acordo com o interes-se de pesquisadores diversos.

    O Professor Marcelo sabe que

    o custo do aparelho (em torno deUS$ 200 mil, quando foi adquiridoh pouco mais de dois anos peloLACES) melhor se validar quan-to maior a sua utilizao e maior onmero daqueles que tiverem aces-

    so a ele. Este processo, contudo, temsuas peculiaridades. Dentre outrosfatores, ir depender da forma degesto a ser adotada para o seu uso,de modo a no comprometer o seudesempenho, e da sua regulagemminuciosa a fim de evitar danos aoaparelho.

    Ao exemplificar o seu uso, o pes-quisador costuma dizer no existirgesto para oper-lo. Mas na verda-de, h dois anos, a responsvel por eletem sido Cristiane de Souza Cardoso,

    tcnica em qumica do LACES eservidora da UFRJ, e tambm mes-tranda do PGQu/ IQ (defender

    sua dissertao Preparo de alumi-nas na presena de bagao de canade acar at o final de julho). ela quem executa todos os procedi-mentos e anlises solicitadas pelospesquisadores e alunos da PG do

    Instituto de Qumica, alm do Ins-tituto de Macromolculas (IMA/UFRJ) e do Ncleo de Catlise (Nu-

    CA/ COPPE). Este procedimento simples e sem nus para os inte-ressados, sendo necessrio preen-cher uma solicitao por escrito.No final, bastar incluir no traba-lho ou artigo o crdito ao Labora-

    2

    Dois coordenadores de laboratrios multiusurios e um responsvel por uma central ana-ltica de cunho institucional manifestam aqui suas impresses acerca do traballho existente

    nesses locais. Racionalizao das atividades, administrao peculiar e comit gestor formadopelos pesquisadores dos projetos envolvidos foram algumas das sugestes.

    Coordenadores e responsvel

    A tcnica Cristiane de S. Cardoso responsvel por operar o difratmetro de raios X do labo-ratrio, adquirido em 2010 pelo LACES/ IQ

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    Modelo de gesto futura

    Outra proposta sugerida peloProfessor Gerardo Gerson Bezerrade Souza, coordenador do novo La-

    boratrio Multiusurio de Fluores-cncia de Raios X/ IQ. Ele e outrosdez pesquisadores do IQ, do Insti-tuto de Fsica (UFRJ) e da COPPEforam selecionados pelo edital paraEquipamentos Multiusurios da FA-PERJ de Apoio s Instituies de En-sino e Pesquisa do RJ (21 de 2012).A mquina est sendo importadada Alemanha (Bruker - modelo S-8

    iger) e, a partir de dezembro pr-ximo, ocupar a sala 404 do Labo-ratrio de Impacto de Ftons e El-trons (LIFE/ IQ) do qual o ProfessorGerson o seu coordenador. O valoraproximado deste equipamento de 110 mil.

    A tcnica de fluorescncia deraios X permite a determinao si-multnea de metais em baixas con-

    centraes em diversos tipos deamostras. Por isto mesmo dispede um campo variado de aplicaescomo, por exemplo, estudos relacio-nados ao petrleo, doenas neurais,resduos de metais, solos e anlise de

    vegetais, dentre outros.Para administrar o equipamento,

    o Professor Gerson e demais colegasadotaro a sugesto feita pela FA-PERJ: a criao de um comit gestor

    formado por quatro pesquisadores.Deste comit faro parte o chefe doDFQ/ IQ (no participante do proje-to), dois participantes do projeto e oprprio Gerson, como coordenadore at ento nico responsvel por

    operar a mquina. Os custos de ma-nuteno sero arcados por todosos 11 participantes do grupo, e umtcnico qualificado poder vir a serdesignado mais tarde, para oper-la.

    Ele v com otimismo a possibi-lidade de, no futuro, esta mquinavir a ser usada mais amplamente poroutros cientistas. Considerando umtempo mdio de anlise por amos-tra de 30 minutos, isto permitir a

    3

    trio de Difrao de Raios X do IQ.Ele diz que tal procedimento em

    nada interfere na rotina do labo-ratrio multiusurio, uma vez queo LACES ocupa cerca de 15% do

    tempo disponvel do equipamentopara resolver as questes especficasdos seus projetos. O tempo restantepode ser ocupado pelos colegas.

    O modelo de gesto ideal paraeste laboratrio multiusurio estsendo tentado at hoje por seu co-ordenador. Ao explicar que nada cobrado aos pesquisadores do IQ- desde 2010 j atendeu a mais de2 mil amostras de quase 30 pesqui-sadores do Instituto - o ProfessorMarcelo faz questo de sugerir, porexemplo, que valores diferenciados

    poderiam vir a ser solicitados paraestudantes de PG de outras uni-dades fazerem seus experimentos.Do mesmo modo que cobrar igual-mente taxas de servio a empresas

    do setor privado ou de estatais queviessem a demonstrar interesse portcnicas executadas no aparelho.

    O custeio do equipamento temsido feito pelo pesquisador, enquan-to que a tcnica encarregada do seumanuseio funcionria da UFRJ. Eleprev, para breve, uma substituiopara o tubo de raios X (custo destaoperao: U$ 8 mil). Caso o LACEStiver disponibilidade financeira paratal, proveniente de algum projeto,nenhuma dificuldade em execut-la.Do contrrio, ele precisar solicitar

    recursos junto a alguma agncia defomento.

    O pesquisador acredita que aproposta de um laboratrio mul-tiusurio se tornar mais sustent-

    vel na medida em que cumprir ummaior papel de incluso do pes-quisador jovem. A utilizao deum equipamento deste porte pelospesquisadores mais jovens pode-r ajud-los a concorrer a projetoscom a locao de recursos. Isto lhepermitir ter acesso a tcnicas queaprimoraro o seu potencial in-

    vestigativo, explica. Ele reconhe-ce, no entanto, que cada laborat-rio multiusurio tem suas prpriascaractersticas e peculiaridades.

    O Professor Gerardo Gerson sugere a criao de um comit gestor para administrar o novoequipamento

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    Havendo iniciado suas ativi-dades em 1976, o Laboratrio deInstrumentos e Pesquisa do DQI/

    IQ funciona atualmente comouma Central Analtica: apia nos projetos institucionais de ensi-no e pesquisa do Instituto, comoatende a outras unidades da UFRJ.

    Neste trabalho o Laboratriotem adotado uma filosofia de co-operao dos recursos analticosdisponveis. Ele possui, dentre ou-tros equipamentos, o espectro-

    fotmetro de infravermelho portransformada de Fourier, o analisa-dor elementar CHN e o espectro-fotmetro de ultravioleta-visvel,cujas tcnicas so amplamente uti-lizadas pelos seus muitos usurios.

    O Laboratrio de Instrumen-tos est sob a responsabilidade daqumica Leonice Bezerra Coelho,tendo como colaboradora nas tare-fas laboratoriais a servidora Glu-cia Wanzeller, tcnica qumica denvel mdio. Ambas executam, emmdia, somente por espectrofoto-metria de infravermelho (a tcni-ca mais solicitada a esse laborat-rio), cerca de 4 mil anlises/ ano.

    Devido ao grande volume deanlises e tambm em funo dadurabilidade dos aparelhos, algunsdos equipamentos so manipulados

    exclusivamente por Leonice e Glu-cia. Instrumentos analticos exigemum cuidado permanente para a suapreservao, lembra Leonice. Osprocedimentos recomendados pelofabricante precisam ser observados,

    assim como amostras que possamvir a causar danos aos componen-tes dos aparelhos (como ptica, co-lunas, sistema de deteco, etc).

    Infelizmente, alguns usuriosno se sentem responsveis peloequipamento e s se interessam pe-los resultados obtidos com a tcni-ca do seu interesse, com uma visoindividualista e imediatista, con-tinua a tcnica. No tm idia docusto operacional e do esforo re-alizados para a construo e a ma-nuteno do patrimnio analtico.

    O maior problema para um la-boratrio com muitos usurios afalta de percepo de uma parcelada sua clientela para o fato de que,apesar destes servios no seremcobrados, existe ali um custo opera-

    cional. So necessrios recursos ma-teriais, humanos e energticos que,no caso, no so gratuitos. O idealseria uma racionalizao no uso dosinstrumentos - lembra ela - evi-tando-se anlises desnecessrias.

    Leonice d, como exemplo, o fatode que um espectro de infraverme-lho pode indicar que uma amostrano est pura ou que o produto obti-do no o desejado. Assim, no tersentido solicitar uma anlise ele-mentar que possui um custo muitomais elevado, ou de RMN. Como,

    porm, o espectro obtido no pre-viamente analisado para solicitaode outras tcnicas mais dispendio-sas, as outras anlises sero feitas.Falta metodologia. um desper-dcio, um uso insustentvel, diz.

    Racionalizao no uso

    anlise de cerca de 15 a 20 amostras/dia. Numa etapa subsequente, jcom a participao deste tcnico, opesquisador estudaria a possibilida-de desta prtica se estender tambm

    prestao de servios a empresas eindstrias do Estado do Rio de Ja-neiro.

    Ele acredita que, com o novo es-

    pectrmetro, os 11 integrantes po-dero vir a cumprir sem problemasas metas de trabalho sugeridas pelaFAPERJ. Nos ltimos quatro anos,por conta de suas pesquisas incluin-

    do a fluorescncia de raios-X, Ger-son e sua equipe se viram obrigadosa deslocar-se at Campinas, onde oLaboratrio Nacional de Luz Sn-

    croton (LNLS) possui equipamentosemelhante (segundo o pesquisador,as facilidades do LNLS se estendema qualquer cientista interessado,desde que tenha um projeto apro-

    vado com pelo menos seis meses deantecedncia). Com a chegada danova mquina, no haver mais ne-cessidade disto.

    Glucia Wanzeller ( esquerda) e Leonice B. Coelho executam, em mdia, 4 mil anlises/ano no espectrmetro de infravermelho por transformada de Fourier

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    Laboratrio de Bioetanol: processamento de biomassa por rotasbiotecnolgicas

    Com a sua inaugurao pre-vista para a ltima semanade agosto, o novo Laboratrio Bio-etanol da UFRJ pretender atenderao novo conceito de biorrefinaria:utilizar recursos renovveis, como abiomassa de plantas e de algas, paraa produo de insumos qumicos ecombustveis por rotas biotecnol-gicas, bioqumicas e microbianas.Com certeza, ele saber satisfazera demanda reprimida em P/ D daacademia e da indstria. O Labora-

    trio estar diretamente vinculadoao PPGBq/ IQ e ao Instituto VirtualInternacional de Mudanas Globais(IVIG-COPPE/ UFRJ).

    Sua rea total de 600 m2, dividi-da em trs pavimentos - o primeirodestinado s atividades em escalasemi-piloto (pr-tratamento da bio-massa, hidrlise enzimtica, proces-samento dos xaropes de biomassa e

    fermentao, e produo das enzi-mas celulolticas); o segundo comum pequeno auditrio e espao paracursos, reunies internas e externas;e o terceiro com os laboratrios depesquisa e a parte analtica avana-da, alm de salas para administrao.Ele est situado na Avenida PedroCalmon do campus Cidade Univer-sitria, prximo Ponte do Saber.

    Por reunir num s espao as prin-cipais etapas do processamento dabiomassa, esta disposio fsica pro-cura favorecer no s a sua integra-o, como tambm o entendimentodas interrelaes destas etapas. Esti-mula tambm o desenvolvimento denovas tecnologias, anlises de custoe do ciclo de vida dos processos, umdos aspectos mais crticos para a im-plementao das tecnologias perti-

    nentes s biorrefinarias.Alm de sediar a coordenao de

    projetos de pesquisa desenvolvidosem redes de laboratrios nacionaise internacionais, o LB tem parceria

    com o setor industrial como, porexemplo, a EH (Odebrecht Agroin-dustrial) do grupo Odebrecht, e ou-tras empresas que j demonstraraminteresse em desenvolver projetosem colaborao. As parcerias pode-ro envolver o desenvolvimento de

    projetos conjuntos ou de contratosde prestao de servios. Saliente-seque o Grupo de Pesquisa do LB e ocapital intelectual em processamen-to de biomassa existem h anos no

    Instituto de Qumica. Neste momen-to, com o novo Laboratrio, existe aoportunidade de solidificar e expan-dir as nossas atividades. Com estamaior visibilidade, teremos tambma oportunidade de atrair mais alunos- da UFRJ, do Brasil e do exterior -

    para este novo laboratrio e formar,para o pas, os necessrios recursoshumanos nesta rea. (Professora ElbaP. S. Bon - coordenadora do Labora-

    trio de Bioetanol/ UFRJ)

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    O novo laborat-rio (no alto) situa--se prximo Pon-te do Saber. Eleestar dotado deequipamentos so-fisticados, como omoinho de facas(foto direita),que processar o

    bagao de canapara a hidrliseenzimtica

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    Pontode

    Vista

    Juliana

    CrtesNunesda

    Fonseca

    Modelo de estudo: a dieta com laticnios

    Ao sugerir mudana na ingesto de laticnios em um grupo de voluntrios, JulianaCortes N. da Fonseca investigou, em carter pioneiro, o metabolismo e os efeitos doCLA no organismo humano por meio de um modelo de estudo de depleo-reple-

    o. Este estudo fez parte da sua tese, defendida em maro ltimo, no PPGCAL/ IQ.

    Informativo IQ:Do que trata a sua tese, Depleo - re-pleo do estado nutricional de cido linoleico conjugado(CLA): metabolismo e bioatividade em seres humanos?

    IQ:Quais as caractersticas desta manteiga bio-enriquecidacom CLA, utilizada no estudo, que a diferenciam de umamanteiga comercial?

    Juliana Crtes Nunes daFonseca, 30 anos, cum-pre atualmente seu est-gio de ps-doutorado noLaboratrio de BioqumicaNutricional e de Alimentos(LBNA/ IQ), sob a supervi-so do Professor AlexandreGuedes Torres. A pesqui-sadora atua nos projetos,

    Biodisponibilidade, meta-bolismo e bioatividade decidos graxos, compostosbioativos e micronutrien-tes no organismo humanoe Qumica, qualidade ebioatividade de alimen-tos. Defendeu sua teseem maro de 2013.Como ps doutorandado LBNA, Juliana investi-ga atualmente os cidosgraxos conjugados emalimentos e seu metabolis-mo em humanos, atravsde tcnicas de CLAE, CG,CG-EM e RMN.Em 2013 submeteu o artigo,Intake of butter naturallyenriched with cis9,trans11conjugated linoleic acidreduced systemic inflam-matory mediators in heal-thy young adults, para arevista The Journal of Nutri-

    tional Biochemistry(no mo-mento, em reviso).

    Juliana Crtes Nunes daFonseca - Este estudo tratade uma investigao acerca dos

    efeitos de um conjunto de cidosgraxos, denominado CLA, sobrea sade humana. O CLA con-sumido habitualmente na dietado indivduo, sendo os laticniosintegrais (no desnatados) suasprincipais fontes alimentares.

    At o presente momento, a li-teratura cientfica tinha demons-trado diversos efeitos biolgicos

    do CLA, tais como reduo degordura corporal, preveno dealguns tipos de cncer, melhorado perfil dos lipdios do sanguecom conseqente prevenode doenas cardiovasculares, eefeitos positivos sobre o sistemaimunolgico.

    No entanto, na maioria des-tes estudos, foram investigadosos efeitos de misturas de isme-ros sintticos do CLA, ou seja, oCLA em cpsulas, que apresentadiferenas na composio da-quela encontrada naturalmen-te nos laticnios. Desta forma,

    nosso estudo avaliou os efeitosna sade humana do CLA pro-

    veniente de laticnios consumi-

    dos amplamente pela populaobrasileira.

    O estudo foi realizado pormeio de um modelo de deple-o-repleo de CLA, no qualas quantidades de CLA no or-ganismo dos voluntrios foramreduzidas ao mnimo possvel naprimeira fase (depleo) e, emseguida, atingiram quantidades

    aumentadas (repleo).Esta variao foi alcanadaatravs da modificao na inges-to de laticnios pelos volunt-rios: na fase de depleo os vo-luntrios restringiram a ingestodiettica dos laticnios integraise, na fase de repleo, retomarama dieta habitual e consumiramadicionalmente uma manteigabio-enriquecida com CLA. Este

    foi o primeiro estudo que inves-tigou os efeitos em humanos doCLA de laticnios, em modelo dedepleo-repleo.

    6

    JCNF - A manteiga bio-enri-quecida com CLA apresenta te-ores de CLA at dez vezes maio-res que as manteigas comerciais.

    Esta manteiga foi cedida parao nosso estudo pela EMBRA-PA Gado de Leite (Juiz de Fora,MG), por meio da parceria com

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    IQ:O brasileiro, em geral, costuma consumir laticnios - leite e derivados - na sua dieta diria, deuma forma equilibrada?

    IQ:No seu trabalho, a senhora verificou neste grupo selecionado um efeito positivo sobre indica-dores de risco cardiovascular aps o consumo de uma manteiga bio-enriquecida com CLA. Comoisto ocorreu?

    IQ:De que maneira uma dieta enriquecida com esta substncia ser capaz de contribuir para asade do indivduo?

    o pesquisador, Dr. Marco AntonioSundfeld da Gama.

    A dieta de vacas leiteiras foi mo-dificada, levando a uma produo

    de leite com elevados teores de CLA.A partir deste leite foi produzida amanteiga bio-enriquecida, forne-

    JCNF - No Brasil observamos,

    de forma geral, uma baixa in-gesto de leite e derivados pelapopulao, principalmente secomparada quela observada na Eu-ropa. Uma das conseqncias des-

    te baixo consumo de laticnios

    a baixa ingesto relativa de CLA.Dados publicados por nosso grupode pesquisa, em 2010 (Nunes & or-res, J Food Comp Anal.) mostra que,no Brasil, a ingesto de CLA de 36

    mg/dia. Em pases como Frana e

    Espanha, a ingesto de CLA de latic-nios de 300 mg e 140 mg, respectiva-mente. A baixa ingesto de CLA pelapopulao brasileira um reflexo dabaixa ingesto de leite e derivados.

    JCNF - Um dos objetivos donosso estudo foi investigar o efeitodo CLA sobre fatores envolvidos naetiologia da Sndrome Metablica,tais como circunferncia da cintura,lipdios do plasma sanguneo, con-centraes de insulina e glicose no

    jejum e estabilidade das membranas

    celulares do grupo de voluntrios.Aps a fase de repleo de CLA,

    ou seja, aps a ingesto da mantei-ga bio-enriquecida com CLA, ob-servamos a reduo dos valores dosindicadores de risco cardiovascular,conhecidos como ndices de CastelliI e II. Os ndices de Castelli I e II re-lacionam as concentraes plasm-ticas de colesterol total/HDL e LDL/

    HDL, respectivamente. Valores maisbaixos destes ndices so relaciona-

    dos a um menor risco de desenvolvi-mento de doenas cardiovasculares.

    Desta forma, a ingesto de man-teiga bio-enriquecida com CLA,apesar da elevada quantidade degordura saturada, contribuiu coma melhora do perfil de lipdiostendo em vista o desenvolvimen-

    to de doenas cardiovasculares.

    JCNF - O nvel de ingesto de CLArefletiu-se, conforme esperado, no

    seu contedo em clulas e no sangue.Dessa forma, maiores nveis de inges-to de CLA de laticnios promove-ram maiores quantidades de CLA noorganismo, da resultando os poten-ciais efeitos sobre a sade humana.

    Ainda cedo para afirmar seo CLA dos laticnios pode con-

    tribuir para a preveno de do-enas crnicas. Existem algunsindcios cientficos nesse senti-do, e nosso trabalho um destes.

    Por outro lado, o CLA de formu-laes farmacolgicas, encontrados

    em cpsulas, apresenta potenciaisefeitos deletrios em humanos. A

    confirmao de que o CLA de latic-nios pode ajudar a prevenir doenascrnicas depende de estudos futuros,especificamente desenhados pararesponder a esse tipo de questo.

    7

    cida para os voluntrios do estudona fase de repleo, a fim de elevara ingesto de CLA neste perodo.

    Esta manteiga apresenta, alm do

    elevado contedo de CLA, um per-fil dos ismeros de CLA semelhantequele observado em laticnios co-

    merciais. Este fato representa umavantagem para estudos metablicos,como o que conduzimos, pois per-mitiu atravs do seu consumo mi-

    metizar o efeito do CLA que consu-mido habitualmente pela populao.

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    Ps Graduao

    Mestrado

    8Defesas de Junho

    - Determinao dos teores de Flavo-nas e Flavanonas em cascas de fru-tas ctricas brasileiras para posteriorisolamento e aplicao em estudosde bioatividade. Autora: AdrianaFerreira Martiliano de Miranda.Orientadora: Adriana Farah de Mi-randa (INCJ/ UFRJ). Programa em

    Cincia de Alimentos. Em 28/6.

    - Deteco de enxofre elementarcom eletrodos de diamante dopa-

    - O uso de extratos da casca do alhocomo inibidor natural da corrosodo ao carbono 1020 em diferentes

    meios corrosivos. Autora: MarianaMagalhes Marques. Orientadora:Eliane DElia. Programa em Qumi-ca. Em 26/6.

    Doutorado

    lisadores de estanho e nibio. Au-tor: Heitor Breno Pereira Ferreira.Orientador: Claudio Jos de ArajoMota. Programa em Qumica. Em17/6.

    - Estudo da converso de CO2com

    catalisadores complexos, intercala-dos, suportados e zeolticos com os

    metais nquel, ferro e cobre. Autora:urea Armendane Barbosa. Orien-tadores: Jussara Lopes de Miranda eClaudio Jos de Arajo Mota. Pro-grama em Qumica. Em 4/6.

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    - Avaliao do perfil qumico e daatividade anti-herptica de macro-algas verdes da ordem Bryopsidales.Autora: Talia Sampaio Lopes daSilva. Orientadora: Anglica RibeiroSoares (Nupem/ UFRJ) Ps-Gradu-ao em Qumica. Em 13/6.

    GraduaoCurso de Qumica

    - Estudo terico da solubilidadede aminas alifricas em gua, ciclohexano e acetonitrila. Autor: FbioPereira de Bulhes. Orientador e co--orientador: Carmen Lcia de Oli-

    veira Mendes e Edilson Clemente daSilva. Em 18/6.

    - Uma eficiente e concisa sntese doalcalide antimalarial quindolina.Autora: Dayse dos Santos Bastos.Orientadores: Rosangela SabbatiniCapella Lopes e Jari Nbrega Cardo-so. Programa em Qumica. Em 28/6.

    - Estudo da converso do CO2 a

    dimetilcarbonato utilizando cata-

    do com boro. Autor: Bruno Rodri-gues de Moura. Orientadora: ElianeDElia. Programa em Qumica. Em28/6.