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IMPRESSO iNFORMATIVO Ano 8 | Nº 70 | julho/agosto/setembro de 2009 Rua Oreste Bozelli, 95 | Matão - SP | CEP 15990-240 IMPRESSO FECHADO PODE SER ABERTO PELA ECT Agrofito, uma empresa associada à ANDAV”

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IMPRESSOiNFORMATIVO

Ano 8 | Nº 70 | julho/agosto/setembro de 2009Rua Oreste Bozelli, 95 | Matão - SP | CEP 15990-240

IMPRESSO FECHADOPODE SER ABERTO PELA ECT

“Agrofi to, uma empresa associada à ANDAV”

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O DESENVOLVIMENTO RURAL NA ERA DA GLOBALIZAÇÃO

editorial

EXPEDIENTE: INFORMATIVO AGROFITO é uma publicação da Agrofito Ltda.

Matriz: Rua Oreste Bozelli, 95 | Centro | CEP 15990-240 | Tel. 16 3383 8300 | [email protected] | www.agrofito.com.br

CONSELHO EDITORIAL: Ademar A. de Toledo, Francisco Ricardo de Toledo, Paulo Roberto de Toledo Filho e Renato Toledo. COORDENAÇÃO EDITORIAL: Tg3 Comunicação

Tel. 16 3384 6750 | JORNALISTA RESPONSÁVEL: Talita Silva Borges Furtado (MTB 45.050) REPORTAGENS E REDAÇÃO: Fernando Spinelli | EDIÇÃO: Célio Gardini

PROJETO GRÁFICO: Adriano Meira e Allan Pugliese IMPRESSÃO E FOTOLITO: São Francisco Gráfica e Editora | TIRAGEM: 3.500 exemplares.

O agricultor brasileiro sempre ti-rou da produção de suas lavouras o sustento para sua família. Sua preo-cupação em produzir o melhor se am-parava na orientação técnica dos ór-gãos oficiais de extensão rural, como Departamento de Agricultura da Pre-feitura dos Municípios, Secretaria da Agricultura, e outros.

Por ser uma atividade de altos investimentos e muitos riscos e por contar com o resultado das colheitas somente uma vez ao ano, o produtor tinha sempre o apoio dos bancos ofi-ciais por meio de financiamentos agrí-colas com juros subsidiados, pagos com a colheita.

No mundo de hoje, não há espaço para este agricultor tradicional. Esta atividade do campo tem que ser vista como Empresas do Agronegócio. Os órgãos de extensão e orientação para o agricultor têm que ter uma visão mais ampla e serem chamados de Departamento do Agronegócio, Secre-tarias do Agronegócio e até Ministério do Agronegócio.

Quando falamos de AGRONEGÓ-CIOS, subentende-se toda a cadeia produtiva do setor. A parte interme-diária desta cadeia compreende as atividades de “dentro da fazenda” (mão-de-obra necessária e gestão de propriedade). Há também as ativida-des de “fora da porteira”, que englo-bam o transporte, processamento, industrialização, comercialização, etc.

Cerca de 40% do PIB do Brasil vem da cadeia do Agronegócio. Deste total, 9% representam as atividades “antes da porteira da fazenda”, 21% as atividades de “dentro fazenda”. Já as atividades de industrialização e comercialização (“fora da porteira”) representam 70% da riqueza gerada.

Estas atividades, que “ficam” com a maioria da riqueza gerada pelo agro-negócio, são gerenciadas por grandes empresas multinacionais.

Com a globalização, as multinacio-nais se instalam facilmente no Brasil e passam a atuar “dentro da porteira”, ou seja, tornam-se donas de grandes áreas com produção em escala e re-cursos advindos do exterior com juros baixos e prazos longos. Há também a formação de cartéis, como no caso do setor citrícola.

Do ponto de vista do CENÁRIO MA-CROECONÔMICO, o Brasil está muito bem, com perspectivas de ser um dos primeiros países a sair da crise inter-nacional, mas, como fica o nosso pe-queno e médio agricultor tradicional?

Eles que vivem um momento de humilhação, principalmente os citri-cultores de nossa região. Depois de investir todo o seu capital e ver sua produção perdida, o produtor mal tem condições de pagar o frete e a colheita. Sem contar a nova Lei Estadual, que o obriga a erradicar seus pomares in-festados com o Grenning, generalizado na região. Além de perder sua safra,

o produtor perde o seu “ganha pão” e ainda é taxado de criminoso se não tiver condições de erradicar a lavoura.

Até quando nossos governantes, a começar pelos políticos dos muni-cípios, vereadores e prefeitos das re-giões mais atingidas, irão ficar insen-síveis a esta situação de desespero social de nossos agricultores?

Existe saída sim. Um bom exem-plo são os grupos de agricultores que se unem em associações e coopera-tivas. Com o apoio de alguma lideran-ça, são inseridos na cadeia produtiva do agronegócio.

Nossa sugestão é que se monte um grupo de estudos para verificar as aptidões dos agricultores e montar um projeto de produção, industrializa-ção e comércio dos produtos selecio-nados. Em seguida, com o apoio do poder executivo, contratar um diretor executivo ligado à Secretaria do Agro-negócio para administrar e coordenar a formação de uma associação e de-senvolver os projetos selecionados. Temos que lembrar que o servidor pú-blico tem um salário, que é pago com o dinheiro da população, e que o seu papel é servir e não servir-se do cargo que ocupa. Todos nós, ligados ao se-tor, temos certa responsabilidade pe-las mudanças que pretendemos. Esta bandeira é de toda a sociedade.

O mês de setembro marcou mais um momento importante na história da AGROFITO: desde o dia 25, está no ar o novo site da empre-sa. Repleto de novidades do setor, dicas, links e matérias, o site é um verdadeiro suporte aos produtores, que se mantêm atualizados e em condições de transformarem seus projetos agropecuários em empre-endimentos de sucesso. Faça-nos uma visita virtual e mantenha-se atualizado sobre tudo de mais avan-çado que acontece nos campos bra-sileiros e mundiais.

AGROFITO LANÇA NOVO SITE

www.agrofito.com.br

negócios

BIODIESEL A PARTIR DA SOJA: NOVA APOSTA BRASILEIRAUNIÃO EUROPEIA, ENTRETANTO, IMPÕE ENTRAVES ÀS EXPORTAÇÕES NACIONAIS

O governo quer exportar biodiesel brasileiro produzido a partir da soja e negocia a entrada do produto em vários países. Os principais compradores seriam os Estados Uni-dos e, principalmente, países da União Europeia, grande consumidora, mas que vem impondo barreiras à compra do produto brasileiro, alegando que a produção local não possui sustentabilidade.

Para ganhar o mercado externo, o governo, junto com o setor privado, realiza estudos para mostrar que o produto brasileiro é obtido de forma sustentável na maior parte do País. Em 2008, a produção e o consumo de biodiesel no Bra-sil foi de 1,1 bilhão de litros, mas a capacidade instalada do

setor é de 3,3 bilhões, o que torna a capacidade ociosa em 2,2 bilhões de litros. A expectativa é que o consumo interno do produto passe para 1,6 bilhão este ano, com o aumento de 1 ponto porcentual, para 4% (B4), da adição do produto ao diesel usado como combustível de veículos.

Para 2010, a expectativa é de um aumento de 400 mi-lhões de litros, com a possibilidade da entrada em vigor, já em janeiro, de uma fatia de 5% (B5). A decisão de elevar a cota caberá ao Conselho Nacional de Política Energética do Ministério de Minas e Energia, já que, pela legislação em vigor, o aumento pode ocorrer até 2013.

O consumo de diesel no País no ano passado foi de 44 bilhões de litros. Como o Brasil é importador do produto, com o aumento da utilização do biodiesel, a balança comer-cial também é beneficiada com a redução da necessidade de compra de diesel.

Atualmente, cerca de 80% da produção de biodiesel brasileiro tem a soja como matéria-prima - o grosso da produção restante é proveniente de sebo bovino. Neste momento, o Brasil busca outras fontes de matéria-prima, como o dendê e a canola.

A EMPRESA EM MOVIMENTOA AGROFITO REFORÇA SUA EQUIPE COM A CONTRATAÇÃO DE NOVOS PROFISSIONAIS

JUNHO/2009

Danilo Chinnici

Comercial Piraju - Auxiliar de Vendas

JULHO/2009

Tais Ferreira Damaceno

Administrativo - Auxiliar Administrativo

Cesar Augusto Leisnoch

Comercial Piraju - Coordenador de Sementes

José Antonio de Mendonça Otoboni

Comercial - Garça - Consultor de Negócios

Sênior

AGOSTO/2009

Caio Tovo de Almeida

Apoio Comercial - Consultor de Negócios Sê-

nior

Daniela Schimidt de Lima

Administrativo - Auxiliar Administrativo

Celso Aparecido da Silva Barbosa

Logística - Estoquista

inovação atualização

TREINAMENTO

3/JULHO/2009

PDH - Administração de Conflitos e Princípios de Negociação Participantes: Equipe técnica, co-mercial e administrativa.Local: Associação Comercial e Empresarial de Matão.

24/JULHO/2009

PDH - EmpreendedorismoParticipante: Consultor de Negó-cios Externos.Local: Associação Comercial e Empresarial de Matão.

27/JULHO A 7/AGOSTO/2009

Estratégias, Técnicas de Análise e Habilidade para Prevenir a InadimplênciaParticipante: Tais Ferreira Da-maceno. Local: Associação Comercial e Empresarial de Matão.

31/JULHO/2009

Seminário - Gfip - Preenchimento nos Moldes do Sistema Sefip – Versão Atualizada 8.4Participante: Wilson João da Silva.Local: Casa do Contabilista - Ribeirão Preto.

A AGROFITO INVESTE EM FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL

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19/AGOSTO/2009

Cálculos Trabalhistas na Folha de Pagamento e Rescisão ContratualParticipantes: Elaine R. Savanhaque Silva e Wilson João da Silva.Local: Hotel Plaza Inn Master - Ribeirão Preto.

28/AGOSTO/2009

Retenção na Contratação de Serviços entre Pessoas JurídicasParticipantes: Marcel Henrique da Silva e Célia Aparecida dos Santos.Local: Sede da Moraes Cursos - Ribeirão Preto.

4/SETEMBRO/2009

PDH - Administração do TempoParticipantes: Equipe técnica, co-mercial e administrativa.Local: Associação Comercial e Empresarial de Matão.

10/SETEMBRO/2009

Prospecto para DIPJ 2009 Participantes: Marcel Henrique da Silva e Célia Aparecida dos Santos.Local: Sede da Moraes Cursos - Ribeirão Preto.

DESAFIO MÁXIMA PRODUTIVIDADE: INSCRIÇÕES ABERTASPROGRAMA INCENTIVA A INOVAÇÃO NO CULTIVO DE SOJA

O Comitê Estratégico Soja Brasil – CESB – abriu, em agos-to, as inscrições para o Desafio Nacional de Máxima Produti-vidade de Soja da safra 2009/2010. Voltado aos sojicultores e técnicos de todo País, o Desafio tem como objetivo criar um ambiente nacional e regional que estimule estes produtores e técnicos a desafiar seus conhecimentos e incentivar o desen-volvimento de práticas inovadoras de cultivo.

São duas as categorias do Desafio: Área Irrigada (I) e Área Não Irrigada (II). Os participantes poderão competir nas duas categorias, desde que as inscrições sejam in-dependentes. Cada participante pode inscrever de uma a três de suas áreas ou propriedades onde atuam, desde que também cada área tenha uma ficha e uma taxa de inscrição. Os participantes poderão cultivar soja em áreas próprias ou arrendadas, desde que as mesmas estejam em dia com as obrigações fiscais e não estejam em Áreas de Preservação Permanente (APPs). As regras e demais infor-mações para inscrição são encontradas no site oficial do CESB: http://www.desafiosoja.com.br/.

Para participar do programa, os sojicultores e técnicos devem se inscrever até 15 de dezembro de 2009 através do site do CESB. Após pagamento da taxa de inscrição, o produtor receberá a confirmação através de seu e-mail.

Ao término do Desafio, será proclamado o produtor com a maior produtividade nacional de soja. Os vencedores ganha-rão uma viagem técnica aos Estados Unidos em 2010, com duração de sete dias, período em que terão oportunidade de trocar experiências com os maiores sojicultores e técnicos do país e apresentar as técnicas empregadas no Brasil.

MUDANÇA NOS CRITÉRIOS DE PRODUTIVIDADE GERA INSATISFAÇÃOPARA OS PRODUTORES, PROJETO ENFRAQUECERÁ O SETOR AGROPECUÁRIO

O projeto que muda os critérios e a sistemática de fixa-ção dos parâmetros para a classificação de uma proprieda-de agrícola para fins de reforma agrária tem gerado enorme insatisfação dos agricultores.

Em mensagem dirigida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pela Organização das Coopera-tivas Brasileiras (OCB) ao presidente Lula, o governo estará minando o setor agropecuário caso altere os critérios de afe-rição da produtividade do estabelecimento rural para fins de desapropriação, exigindo exploração mais intensa do imóvel.

Para os produtores, o risco de desestruturação é espe-cialmente temerário para o setor, que hoje responde por 26,46% do Produto Interno Bruto (PIB), por 37% da oferta de emprego no País e por 36,3% das exportações. A men-sagem da CNA e da OCB diz que “fazer o campo produzir mais no momento atual de economia desacelerada é obri-gar o produtor a trabalhar com prejuízo, o que vai prejudicar

novidades

a atividade agropecuária brasileira, setor que tem gerado saldo positivo para a balança comercial e oferecido alimen-tos a preços baixos no mercado interno”.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, diz que uma nova exigência de aumento de produtividade “tira do produtor a possibilidade de se ajustar à realidade do mercado”.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Comitê Estratégico Soja Brasil – CESB.

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GIRO TECNOLÓGICO AS DICAS DOS TÉCNICOS DA AGROFITO PARA OS PRODUTORES

serviço

CITRICULTURA PAULISTA: A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DE SOLO

A citricultura, como qualquer outra atividade agrícola, tem seus riscos diretamente ligados às condições climáticas, tais como, disponibilidade de água, temperatura e lumino-sidade. Além disso, ao longo dos últimos anos, a citricul-tura vem passando por uma séria crise financeira. Neste período, ocorreu uma brusca redução da rentabilidade da atividade citrícola como consequência do aumento no custo de produção e redução nas cotações da laranja no mercado interno e externo. Neste momento, muitos citricultores es-tão trabalhando com rentabilidade negativa.

Um dos insumos que mais influenciam o custo de produção da citricultura são os fertilizantes minerais. Dentro deste contexto, a amostragem do solo e a sua correta interpreta-ção assumem papel fundamental para que o citricultor pos-sa reduzir os seus custos com a adubação sem compro-meter a produtividade e a longevidade dos seus pomares.

Um exemplo da utilização da análise de solo é na recomen-dação da adubação fosfatada em pomares em produção. Na Tabela 1, têm-se três talhões com diferentes teores de fósforo no solo e com uma expectativa de produtividade de 2,5 cx./pé (476 plantas/ha).

Em talhões com alto teor de potássio no solo (K > 3 mmolc/dm3), o fornecimento deste nutriente pode ser eliminado sem comprometer a produtividade, a qualidade dos frutos e a longevidade do pomar. Portanto, é possível eliminar a adubação em talhões com alto teor de fósforo e potássio e direcionar estes recursos para insumos que proporciona-ram melhor relação custo/benefício, por exemplo, aduba-ção nitrogenada e adubação foliar com micronutrientes e com fertilizantes organominerais.

Mais informações, consultar o Departamento Agronômico da AGROFITO.

Fonte: Renato Passos Brandão, Engenheiro Agrônomo, Mestre em Solos e Nutrição de Plantas,

Gestor Agronômico do Grupo Bio Soja.

TalhãoTeor de P

no solo1

Adubação

padrão2

Adubação

oficial3Diferença4

mg/dm3 g/pé de P2O

5

A 5 300 295 5

B 20 300 210 90

C 40 300 0 3001Extrator: resina2Adubação usual na citricultura paulista: 19-10-19: 3 kg/pé/ano3Adubação recomendada pela Estação Experimental de Cordeirópolis, IAC4Diferença entre a adubação padrão e a adubação oficial

BASF INVESTIRÁ MAIS DE 50 MILHÕES DE EUROS EM PROTEÇÃO DE CULTIVOS

A AGROFITO, representada por Renato Toledo e Francisco Ricardo de Toledo, esteve presente em Guaratinguetá, SP, durante cerimônia da BASF, que anunciou o investimento de mais de € 50 mi em Proteção de Cultivos até 2010. O anún-cio marca o início das celebrações dos 100 anos de atuação da multinacional na América do Sul, que tem prosseguimen-to com as comemorações dos 50 anos de instalação da em-presa no Complexo Químico de Guaratinguetá, seu principal centro produtivo no continente. Atualmente, a BASF celebra também 25 anos do Programa Mata Viva de Adequação e

INVESTIMENTO MARCA OS 100 ANOS DE ATUAÇÃO DA EMPRESA NA AMÉRICA DO SUL

Educação Ambiental e de recomposição de mata ciliar, com o plantio de meio milhão de mudas nativas.

Os investimentos devem aumentar em até 50% a capaci-dade de produção das fábricas de produtos para Proteção de Cultivos instaladas no Complexo. Os recursos ainda englo-bam a inauguração da fábrica do Standak® Top (produto com tecnologia inovadora voltado para o tratamento de sementes de soja) e beneficiarão também as linhas de formulação e envase de produtos, como os fungicidas Opera® e Cantus® e os inseticidas Standak® e Nomolt®, Imunit®, entre outros.

Neste exemplo, é possível verificar que a adubação fosfa-tada no talhão C é desnecessária e antieconômica, pois o teor de fósforo no solo é alto (P > 30 mg/dm3). No talhão B, é possível reduzir a adubação fosfatada no solo sem comprometer a produtividade das laranjeiras e, no talhão A, manter a adubação fosfatada padrão.

negócios

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DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃOO BRASIL E SEU PAPEL DE CELEIRO DO MUNDO

Celebrado pela pri-meira vez em 16 de outu-bro de 1981, o Dia Mundial da Alimentação deste ano promete levantar muitas reflexões devi-do à atual conjuntura econômica mundial, especialmente no Brasil, o chamado celeiro do mundo. Como não poderia ser diferente, o tema proposto pela FAO (Organização das Nações Uni-das para Agricultura e Alimentação) para o próximo dia 16 reflete o quadro de inse-gurança alimentar vivenciado pelo mundo nos dias de hoje: “Alcançar a Segurança Alimentar em Época de Crise”.

Com os arrochos nos gastos e nos investimen-tos propostos pelos governos como medida para enfrentar as dificuldades da nova realidade, a produ-ção mundial de alimento tem passado por momentos de incertezas que comprometem, principalmente, as nações mais vulneráveis, os mais famintos e desfavorecidos. A questão principal recai so-bre a maneira de gestão dos recursos des-tinados à produção.

Temerosos com os rumos que os mer-cados tomarão e seguindo os conselhos econômicos do governo, muitos produtores bra-sileiros passaram a agir de maneira mais cautelosa no momento de investir. Porém, se por um lado esta atitude abranda os riscos de perdas diretas ao agricul-tor, por outro, gera uma diminuição da produção, o que influencia o mercado como um todo e afeta diretamente a população menos favorecida, que com a alta no preço dos alimentos, fica impossibilitada de realizar uma ali-mentação adequada.

destaque

Celebrado pela pri-meira vez em 16 de outu-bro de 1981, o Dia Mundial daAlimentação deste ano prometelevantar muitas reflexões devi-do à atual conjuntura econômica mundial, especialmente no Brasil, o chamado celeiro do mundo. Como não poderia ser diferente, o tema proposto pela FAO (Organização das Nações Uni-das para Agricultura e Alimentação) para o próximo dia 16 reflete o quadro de inse-gurança alimentar vivenciado pelo mundo nos dias de hoje: “Alcançar a Segurança Alimentar em Época de Crise”.

Com os arrochos nos gastos e nos investimen-tos propostos pelos governos como medida paraenfrentar as dificuldades da nova realidade, a produ-ção mundial de alimento tem passado por momentos de incertezas que comprometem, principalmente, as nações mais vulneráveis, os mais famintos edesfavorecidos. A questão principal recai so-bre a maneira de gestão dos recursos des-tinados à produção.

Temerosos com os rumos que os mer-cados tomarão e seguindo os conselhoseconômicos do governo, muitos produtores bra-sileiros passaram a agir de maneira mais cautelosano momento de investir. Porém, se por um lado esta

A disponibilidade de ali-mentos no mundo, o fim da fome

e da miséria na África e em países da América Latina está correlacionada à produção de alimentos em países-chave da agricultura mundial, como é

o caso do Brasil. Com o final da crise dando sinais de proximidade, a neces-

sidade de retomada recai sobre os produ-tores brasileiros e a oportunidade de bons

negócios, com o aumento das exportações e do consumo interno, ressurge para aplacar as

inseguranças no campo.

O momento de maior apreensão já passou e ago-ra cabe ao Brasil, aos produtores brasileiros, levantar a

bandeira do progresso, investir novamente no campo, em tecnologia, para assim produzir os alimentos que nossa população necessita e que milhões de pessoas ao redor do mundo esperam de nosso País, o celeiro do mundo.

BASF REFORÇA ALERTA CONTRA FALSIFICAÇÃO DE PRODUTOSDEFENSIVOS ADULTERADOS CAUSAM PREJUÍZOS E DANOS À SAÚDE

Os defensivos agrícolas desempenham um papel es-

tratégico na competitividade e na sustentabilidade da

agricultura. Porém, produtos falsificados e contraban-

deados não combatem com eficácia pragas, insetos e

doenças, causando grandes prejuízos na produtividade

das lavouras e sérios riscos à saúde dos trabalhadores

rurais, do consumidor e ao meio ambiente. Comprometi-

da com seus clientes e com a segurança de seus produ-

tos, a BASF reforça o alerta aos agricultores brasileiros

sobre falsificação, comercialização ilegal e contrabando

de defensivos agrícolas.

A orientação para os produtores se precaverem de pos-

síveis falsificações é adquirir os produtos exclusivamente

em revendas autorizadas BASF, exigir sempre a nota fis-

cal e a receita agronômica na compra do produto. Esses

documentos são a garantia de que o produto é original. O

produtor deve desconfiar de vantagens atreladas ao pre-

ço abaixo do praticado no mercado trazidas por pessoas

suspeitas e do oferecimento de facilidades no pagamento.

A fraude pode levar a prejuízos como a perda da lavoura,

principalmente em decorrência de dosagens equivocadas,

não apropriadas, ou ainda, a ausência do princípio ativo

adequado para o cultivo.

OUTRAS RECOMENDAÇÕES PARA O PRODUTOR:• O uso de defensivos ilegais ou falsificados é crime e pode le-

var a sanções penais, além de causar prejuízos à saúde hu-mana, ao meio ambiente e, principalmente, à sua lavoura;

• Não compre defensivos por telefone ou pela internet. A BASF não comercializa seus produtos por meio de bolsas de insumos;

• Para encaminhar denúncias, ligue para o SINDAG (Sin-dicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola): 0800 940 7030. A denúncia é anônima, sigi-losa e segura.

responsabilidade

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irrigação

IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO E FERTIRRIGAÇÃO NA CULTURA DE CAFÉTÉCNICA GERA MAIOR PRODUTIVIDADE E MAIS QUALIDADE AO GRÃO

Uma ótima alternativa de cultivo ao agri-cultor, nos últimos tempos, tem sido a cafei-cultura. Com o aumento do consumo de café registrado pela ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café) na última década, bem como o crescimento de 60% nas exportações do pro-duto, os cafeicultores têm sido incentivados a investir cada vez mais em tecnologia.

Nos últimos 10 anos, a produtividade nos cafezais aumentou impressionantes 220%, mesmo com a redução da área produtiva de 2,4 para 2,1 milhões de hectares. Um dos fa-tores responsáveis por esse aproveitamento é a difusão da tecnologia de irrigação por goteja-mento e fertirrigação na cultura. Quando bem conduzida, esta técnica gera ganhos em pro-dutividade e muito mais qualidade ao produto.

Faça, sem compromisso, um estudo de viabi-lidade de implantação desta tecnologia conosco. Procure um de nossos agentes para obter mais informações.

Bethânia F. Barbosa de ToledoCoordenadora do Departamento de Irrigação

da AGROFITO Ltda.

Itens 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Produção (milhões de sacas)(1) 18,9 34,0 27,2 31,1 31,3 48,5 28,8 39,3 32,9 42,5 36,1 46,0 37,9

Área (milhões ha) 2,4 2,4 1,9 2,0 2,2 2,3 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2

Produtividade (sacas/ha) 8,0 14,4 14,5 15,7 14,4 21,0 13,1 17,8 14,9 19,8 16,57 21,20 17,83

Exportação (verde solúvel torrado)(2)

Quantidade (milhões de sacas) 16,6 18,2 23,1 18,1 23,3 28,4 25,6 26,6 26,0 27,6 28,0 29,5 2,9

Valor (US$ bilhões) 3,1 2,6 2,4 1,8 1,4 1,4 1,5 2,0 2,9 3,3 3,9 4,7 0,3

Preço Médio (US$/saca) 189,94 141,52 105,71 97,43 59,91 48,19 59,62 76,32 111,57 120,70 137,66 160,52 137,21

Consumo Interno (milhões de sacas)(3) 11,5 12,2 12,7 13,2 13,6 14,0 13,7 14,9 15,5 16,3 17,1 18,1 19,0

Consumo café verde per capita

(kg/hab/ano)4,3 4,5 4,7 4,8 4,9 4,8 4,7 5,0 5,1 5,3 5,5 5,6 5,8

Estoque do Funcafé

(milhões de sacas)(2)11,5 9,4 7,6 6,1 5,6 5,4 6,1 4,7 4,5 1,9 0,7 0,5 0,5

Orçamento Funcafé (R$ milhões) 682 596 688 746 898 824 550 1.226 1.282 1.661 2.147 2.561 2.844

Financiamentos 412 384 496 718 855 693 524 1.201 1.249 1.579 2.026 2.441 2.673

Publicidade Cafés do Brasil

(R$ milhões)1,5 2,0 4,0 4,0 8,0 1,6 1,5 5,0 8,4 5,5 13,0 13,0 15,0

Pesquisa Cafeeira (R$ milhões) 15,1 15,3 14,0 16,0 16,0 5,1 4,8 8,0 12,0 7,5 12,0 12,0 15,3

Participação exportações brasi-leiras em relação às expotações mundiais (%)

20,7 22,7 26,9 20,3 25,8 32,0 29,9 29,4 29,8 30,0 29,1 30,5 0,0

Participação do café nas expor-tações do agronegócio (%) (2) 13,1 12,0 11,9 8,6 5,9 5,5 5,0 5,2 6,6 6,8 6,6 6,6 7,5

Preço do café tipo 6, bebida dura, recebidos pelos produtores, base CPEA/ESALQ (R$/saca)(2)

212,77 164,03 183,28 163,81 117,97 129,88 173,84 217,27 281,13 250,33 252,43 260,37 268.41

(1)2009 com base no 1º levantamento de Safra da CONAB - Jan/09 | (2)2009 - Janeiro | (3)2009 - Estimativa

Fonte: DCAF - CONAB - ABIC - MDIC/SECEX - OIC - CEPEA/ESALQ/BM&F | Elaboração: MAPA/SPAE/DCAF

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ACIDENTES COM TRATORES AINDA SÃO MUITO COMUNS NO BRASILBOA PARTE DAS OCORRÊNCIAS É PROVOCADA PELOS PRÓPRIOS OPERADORES

São frequentes as notícias de acidentes com tratores, máquinas e implementos agrícolas dentro de propriedades rurais ou em vias públicas. A imprudência e a falta de co-nhecimentos básicos de segurança e operação por parte dos condutores são as principais causas desta alarmante notícia. Qualquer descuido pode provocar danos materiais, lesões corporais e até mortes.

Antes de dar a partida, o condutor deve verificar alguns itens básicos, como ajustar o banco, colocar o cinto de segurança e buzinar para alertar outras pessoas que es-tiverem ao redor. Também vale lembrar que o trator deve transportar apenas uma pessoa e que não é um meio de transporte. Desta forma, caronas são proibidas. O fato des-tes veículos não possuírem suspensão exige muita cautela do condutor, pois qualquer buraco ou pedra pode descon-trolá-lo e as pessoas que estiverem sobre ele podem ser lançadas ao chão.

Outro problema: estimativas indicam que 95% dos ope-radores não usam o cinto de segurança. A maioria se sente protegida somente pelos arcos de segurança ou pelas ca-bines. No entanto, devido à falta de suspensão, o uso do cinto de segurança é imprescindível.

É importante também reforçar que tratores e máquinas agrícolas não podem deslocar-se em rodovias. Estes equi-pamentos são de uso estritamente rural. Em rodovias, o transporte de máquinas deve ser feito em pranchas insta-

ladas em caminhões. Se o trajeto for curto, é necessário o acompanhamento de batedores e da Polícia Rodoviária. A velocidade de deslocamento deve ser inferior a 30 Km/h e todos os faróis e a seta de alerta devem estar ligados, mesmo com a presença de batedores.

Para operar um trator, o motorista deve ter carteira de habilitação ‘‘C’’. Se for utilizar reboques, a classificação sobe para ‘‘E’’.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS E O SETOR AGRÍCOLA

Não é novidade que o setor agrícola depende intima-

mente do clima. Entretanto, o mundo se atrasou em algu-

mas décadas para perceber que as emissões de gases

de efeito estufa (GEE) e suas consequências poderiam

prejudicar a produção de alimentos. Ainda não se pode

afirmar com segurança que eventos climáticos extremos

têm sido provocados pelas mudanças climáticas, mas é

possível que as recentes secas vistas na Amazônia e Pan-

tanal, inundações no Norte e Nordeste e veranicos na re-

gião Centro-Sul já sejam consequências que começamos a

enfrentar. Os desafios para o setor agrícola serão grandes.

Culturas não poderão mais ser produzidas no mesmo local,

a produtividade pode cair e aumentar as doenças. Segundo

a Embrapa, o café será uma das culturas mais afetadas. A

produção atual (cerca de 30 milhões de sacas) poderá cair,

em 2100, para 2,4 milhões de sacas.

Cientistas concordam que um aumento médio de mais

de 2 °C na temperatura do planeta teria consequências ca-

tastróficas para a humanidade. Segundo recente relatório

publicado pelo economista Nicholas Stern, para não atin-

girmos tal aumento, será necessário que a média mundial

de emissão de carbono equivalente per capita seja de 2 t/

ano até 2050. Hoje, a média brasileira está em torno de

12 t/ano e a americana em torno de 25 t/ano! A diminui-

ção será um desafio gigantesco. Seguramente, em poucos

anos, surgirão políticas públicas traçando metas setoriais

de diminuição de emissão de GEE.

Duas atitudes podem ser tomadas diante deste cená-rio: a primeira é ignorar os avisos e continuar com os atuais padrões de consumo, de produção e de comportamento, deixando o abacaxi para seus filhos e netos descascarem, e ainda correndo o risco de não estar adaptado para as mudanças que serão impostas. A segunda é buscar agir de maneira correta perante a sociedade, revendo padrões de consumo, de produção e de comportamento a fim de gerar menos emissões de GEE. Esta atitude ainda abre espaço para encontrar novas oportunidades de negócios em uma economia de baixo carbono.

No setor agrícola, o 2º maior responsável pelas emis-sões de tais gases no Brasil, ainda há bastante espaço para diminuição da emissão de gases na gestão de nutrien-tes do solo, na gestão de resíduos, na maior eficiência da pecuária, no plantio direto e no plantio de florestas que, além de comercializadas, também podem ser fontes de pa-gamentos por serviços ambientais. Vale lembrar que ações nessas áreas também podem gerar projetos de crédito de carbono, um mercado em crescimento.

Aqueles que já se prepararem para a diminuição da ge-ração de gases estarão dando um passo estratégico, pois estarão à frente de um movimento de tendên-cia. Além disso, agirão como cidadãos cons-cientes e preocupados com os problemas mundiais e com as próximas gerações.

Nelson Poli - Graduado em Gestão Ambiental pela

ESALQ-USP e Consultor Associado da Uni.Business Estratégia.

opinião

Renato Toledo – Dados extraídos da Folha de Londrina (entrevista com instrutor).

segurança

MILHO TRANSGÊNICO SUPERA A TRADIÇÃOPRODUÇÃO DE GRÃO GENETICAMENTE MODIFICADO REDUZ CUSTOS DE CULTIVO

O milho transgênico foi adotado pelos agricultores bra-sileiros a uma velocidade de corrida de Fórmula 1. Mais da metade da próxima safra do grão no Brasil (2009/10), que começa a ser plantada em setembro, será de sementes geneticamente modificadas. Este ano, muitos agricultores estão reservando de 80% a 90% do seu cultivo de milho às sementes transgênicas. Segundo Alda Lerayer, diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), a adoção do milho transgênico foi muito diferente do que ocorre com outras tecnologias. “Geralmente isso acon-tece aos poucos”, explica. “Os produtores começam com 10% da produção e vão ampliando gradativamente”. Não foi o caso do milho geneticamente modificado, resistente a lagartas e insetos. “No plantio do milho comum, os inseti-cidas chegam a ser aplicados nove vezes”.

O uso de alimentos transgênicos é um tema polêmico no Brasil. Entidades de defesa do consumidor e ambienta-listas reclamam que o milho convencional está sendo colhi-do e misturado com o transgênico nos silos de armazena-gem e que a contaminação das lavouras convencionais e orgânicas é impossível de ser evitada. Por outro lado, não existem estudos que comprovem o prejuízo dos alimentos geneticamente modificados para a saúde humana.

Fonte: Renato Toledo (dados extraídos do Jornal Estado de Minas).

produção

ÁREA DE REFÚGIO:A MELHOR MANEIRA DE PRESERVAR OS BENEFÍCIOS DO MILHO BT

A utilização de plantas geneticamente modificadas (GM)

com a inserção de genes obtidos a partir de Bacillus thurin-

giensis Berliner (Bt) é crescente na agricultura mundial. As

tecnologias de milho Bt aprovadas para o cultivo no Brasil

possuem um único gene de B. thuringiensis. A inserção

deste gene é responsável pela expressão nas plantas de

milho Bt de uma proteína que tem ação inseticida, e que,

portanto, protege a lavoura contra o ataque de determina-

das espécies de lagartas.

No entanto, a evolução da resistência em populações

de insetos é motivo de atenção nos segmentos de controle

de pragas. No caso do milho Bt, as lagartas naturalmente

resistentes podem sobreviver no campo e transmitir a re-

sistência para as gerações seguintes. Por sua vez, este ris-

co para a evolução da resistência pode ser minimizado com

a adoção de práticas de Manejo de Resistência de Insetos,

tais como o plantio de áreas de refúgio.

A correta implementação da área de refúgio em lavou-

ras de milho Bt deve seguir as seguintes recomendações:

- Para cada 9 hectares semeados com milho Bt, 1 hectare

adicional deve ser semeado com milho não-Bt para a ma-

nutenção do refúgio, ou seja, 10% da área total de milho.

- Recomenda-se que o refúgio seja plantado com um híbrido de ciclo vegetativo similar, o mais próximo possível, e ao mesmo tempo em que o milho Bt.

- O refúgio deve ser formado por um bloco de milho não-Bt plantado a menos de 800 metros do milho Bt; a distância máxima entre qualquer planta de milho Bt do campo e uma planta da área de refúgio deve ser de 800 metros.

- O refúgio deve ser plantado na mesma propriedade do cultivo do milho Bt e manejado pelo mesmo agricultor.

- Não é recomendada a mistura de sementes de milho não-Bt com o milho Bt; caso a população de pragas alvo atinja o nível de dano econômico na área de refúgio, o controle poderá ser realizado com inseticidas que não sejam for-mulados à base de Bt.

Seguindo essas indicações, o produtor contribuirá para a preservação do milho Bt e poderá usufruir de todos os benefí-cios que essa moderna tecnologia pode proporcionar. Dessa forma, as indústrias e os agricultores poderão agir com res-ponsabilidade e trabalhar em conjunto para manter a viabilida-de do milho Bt na proteção contra o ataque de pragas.

Texto extraído do artigo do engenheiro agrônomo Samuel Martinelli, Especialista em Regulamentação - MRI (Manejo de Resistência de

Insetos) da Monsanto do Brasil.

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SOJA AVANÇA SOBRE O MILHOPRODUÇÃO PODE ATINGIR O RECORDE DE 64 MILHÕES DE TONELADAS NA SAFRA 2009/10

Segundo levantamento feito pelo jornal Valor Econômico, a soja reinará na safra 2009/10. Com base nas vendas de fertilizantes, defensivos e sementes, o estudo revela que a oleaginosa vai avançar sobre a área de milho e algodão, uma vez que, seus preços estão mais atraentes no mercado internacional. A expectativa, inclusive, é de colheita recorde.

No Sul do País, região de grande avanço da soja sobre o milho (como na região Centro-Oeste), o plantio de grãos tem início em setembro e a expectativa é de que a colheita da soja até supere 64 milhões de toneladas, de acordo com Paulo Molinari, analista da Safras&Mercado. A consultoria AgraFNP, por sua vez, estima uma produção de 61,9 milhões de tone-ladas, com uma área de 22,1 milhões de hectares. A colheita na safra 2008/09 ficou em 57,1 milhões de toneladas.

A produção de milho está estimada em 51,1 milhões de toneladas (incluindo a safrinha). A expectativa é de que as lavouras da safra de verão ocupem 8,61 milhões de hectares em 2009/10, uma queda de 6,7% em comparação à tempo-

rada 2008/09, segundo a AgraFNP. Dos 620 mil hectares que deixarão de ser plantados, 410 mil serão reduzidos no Sul do País. No caso do milho, a recuperação da produtivida-de deverá mais do que compensar a queda na área.

Com custos altos, o algodão, que teve recuo de área de 21% em 2008/09, voltará a ceder espaço para a soja em 2009/10. A expectativa é de que a área registre queda de 5%, ocupando cerca de 805 mil hectares, segundo a Safras.

Esse cenário desenrola-se sob perspectivas de clima menos traumático para as lavouras. Um El Niño (fenômeno de aquecimento das águas do Pacífico equatorial) ameno deve trazer chuvas dentro da média para a região Sul. É possível que as chuvas fiquem um pouco acima da média em algumas regiões, mas não com severidade, já que se trata de um El Niño ameno. Mato Grosso do Sul e o Sul do País foram castigados por uma forte seca no fim de 2008, que ocasionou perdas expressivas nas lavouras.

ANDREY RODRIGUES: A VITÓRIA DA OUSADIA

empreendedorismo

Nascido no interior de São Paulo, em Santa Cruz do Rio Pardo, Andrey Rodrigues descobriu precocemente sua vocação para a pecuária e a agricultura. Sua paixão por atividades rurais começou desde criança, na pequena pro-priedade que os avós maternos (João de Giacomo e Jose-fina Caminhoto de Giacomo) tinham em Santa Cruz. Sem-pre ajudando nas tarefas do sítio, com responsabilidade de gente grande, levava muito a sério o que era para ser apenas distração na casa dos avós.

Mais tarde, com o apoio dos seus pais, Maria Odila e Armando Rodrigues, deu início aos primeiros estudos técni-cos na escola agrícola da cidade. Depois, se graduou pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - RJ. Mudan-ças que o fizeram valorizar ainda mais suas raízes.

Após sua formação como veterinário, Andrey trabalhou no Estado do Mato Grosso do Sul e teve grande êxito ao ser representante e veterinário responsável de uma grande fabricante de produtos veterinários. Concomitantemente a esse sucesso, ousou e deu início a um novo investimento: criação de gado. Em pouco tempo, multiplicou seu rebanho inicial. “Ninguém vence por acaso, é preciso muita disposi-ção, traçar metas e ser dinâmico”, diz Andrey.

Este fato o animou suficientemente para deixar a em-presa e focar-se somente em seus negócios. Com olho vivo

e receio das sucessivas crises no mercado de carne bo-vina, o pecuarista ousou novamente: vendeu 90% de seu rebanho em uma época que o preço da arroba estava em alta e aguardou um momento oportuno para comprar uma propriedade no Mato Grosso do Sul.

Andrey voltou-se de vez para seu próprio negócio: se-parou uma parte da propriedade de pastagem para plan-tar milho para silagem, com a finalidade de tratar do gado em sistema de confinamento. Em um determinado ano, o preço do milho estava em alta e Andrey percebeu que não valeria a pena utilizá-lo para trato do gado e que vendê-lo seria muito mais lucrativo.

Os negócios começaram a dar certo e a sociedade com o amigo Jurandir veio a confirmar o sucesso na nova empreita-da. “O Jurandir é uma pessoa que me ajudou muito pela deter-minação em vencer”, destaca Andrey. “Juntos estamos cres-cendo, tornando nossos negócios uma verdadeira empresa”. O primeiro plantio foi de 29 alqueires de soja e a partir daí não pararam mais. Hoje, além da soja, plantam milho e girassol e fornecem matéria-prima para várias indústrias nacionais.

“O sucesso é fruto de um trabalho bem intencionado e a terra nos devolve o tanto que cuidamos dela”, reflete Andrey, sempre destacando a importância que tem cada funcionário, reconhecendo que fazem parte de uma equipe e que todos são peças importantes para o seu negócio.

Hoje, além do plantio próprio em parceria com Juran-dir, Andrey presta consultoria a pecuaristas. E não para de buscar novas formas de melhoria, tanto no plantio como na pecuária. Para ele, o sucesso está na integração lavoura/pecuária. “Um não vive sem o outro”, afirma.

Andrey foi um dos primeiros clientes da AGROFITO em Santa Cruz do Rio Pardo e diz que a empresa sempre de-monstrou o máximo comprometimento com o produtor rural.

Para ele “parceria é fazer como a AGROFITO faz, ou seja, leva para o produtor a consultoria, não empurra pro-dutos”, e completa, “a AGROFITO é a empresa que faltava para a região”.

9227 AnAmenoim SIMPLES.ai 17.08.09 14:57:11