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Informativo Amurel - Especial 40 anos - Agosto/2010 | 1 www.amurel.org.br Especial 40 anos AMUREL Agosto de 2010 Informativo

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AGOSTO/2010

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Page 1: Informativo Especial 40 anos AMUREL

Informativo Amurel - Especial 40 anos - Agosto/2010 | 1www.amurel.org.br

Especial 40 anos AMURELAgosto de 2010

Informativo

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A Associação de Municípios da Região de Laguna – AMUREL completou no dia 14 de agosto de 2010, 40 anos de atuação em defesa dos municípios da mi-crorregião e de apoio aos gesto-res municipais em favor de uma administração pública responsá-vel. A história da AMUREL é forte e marcada pela persistência e convicção de pessoas que acreditaram e acredi-tam que a melhor maneira de bus-car o desenvolvi-mento é atuando unidos. A histó-ria da AMUREL também é marca-da pela realização de grandes mobi-lizações em defesa de ações, políticas e obras que benefi-ciem a região.

A AMUREL esteve engajada às demais forças da sociedade nas principais lutas realizadas e principais conquistas obtidas pela região. Muitas destas conquistas só foram concretiza-das depois de décadas. Muitas de nossas reivindicações surgiram há mais de 10 anos e ainda não se tornaram realidade. E é por isso que AMUREL não descansa: por entender que o trabalho é contínuo e requer determinação e tenacidade, tal qual é a vida.

Igual ao ser humano, a AMU-REL chega aos 40 anos de idade cheia de experiência e com vitalidade suficiente para tocar o barco à frente.

Além da defesa obstinada

Equipe de trabalho da AMUREL Diretor Executivo - Jorge Leonardo Nesi Administrativo - Fernanda Cascaes Porto Administrativo - Everson Guimarães Administrativo - Ramon Corrêa Mendes Administrativo - Patrícia Martins Administrativo - Juliana Vargas Redivo Administrativo - Maria Anselmo Pereira Gaspar Administrativo - Maria das Dores Monteiro Convênios (captação de recursos) - Mariângela Vieira da Silva Engenharia - Arquitetura - João Roberto Smania Cataneo Engenharia - Arquitetura - Renato Mendonça Teixeira Engenharia - Arquitetura - Jean Carlos de Souza Engenharia - Arquitetura - Edson Nunes do Carmo Engenharia - Arquitetura - Ana Gabriela de Souza Reis Engenharia - Arquitetura - Rafaela Beckhauser Engenharia - Arquitetura - Helio Alberton Junior Engenharia - Arquitetura - Fabio Fernandes Stüpp Assistência Social e Saúde - Ivania May Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão e Complexo Lagunar - Patricio Higino de Mendonça Fileti

Produção e edição:

Álvaro Dalmagro - JP 1181-SC Projeto gráfico e diagramação:

Adriano Fernandes da SilvaDiagramador – 03127SC-DG

www.amurel.org.br

AMUREL: Uma quarentonaexperiente e boa de briga

dos interesses dos municípios, a AMUREL consolidou a oferta de uma série de serviços especiali-zados e consultorias, de acordo com os interesses dos municípios, mas dentro dos limites financei-ros e responsabilidades fiscais da entidade. Nesse sentido, no ano do seu quadragésimo aniversário a Associação ampliou a quanti-

dade de profissionais nos setores de engenha-

ria e contabilidade e implantou o setor de convênios, que presta assessoria aos municípios para capacitar

servidores a usar o Siconv, o portal

de convênios do Mi-nistério do Planeja-mento do Governo Federal, ferramenta que se tornou a porta de entrada dos pro-jetos que pleiteiem recursos federais. Fu-turamente, este setor

também auxiliará na elaboração dos projetos.

Evidentemente que, dentro do movimento municipalista a AMUREL é apenas uma artéria de um corpo governado por suas entidades maiores, que são a Federação Catarinense de Muni-cípios – FECAM e a Confederação Nacional de Municípios – CNM. Entretanto, é uma artéria pul-sante, por onde corre o sangue de muita gente que se doou à causa muni-cipalista e que nós temos a obrigação de mantê-la viva.

Celso HeidemannPrefeito de Santa Rosa de Lima / Presidente da AMUREL – Gestão 2010

Expediente:

Conselho de Administração Presidente - Celso Heidemann - Santa Rosa de Lima I Vice Presidente - Luiz Carlos Brunel Alves - Capivari de Baixo II Vice Presidente - Manoel Bertoncini da Silva - Tubarão Representante da AMUREL junto à FECAM José Roberto Martins - Imbituba Representante da AMUREL junto à FECAM - Célio Antonio - Laguna Representante da AMUREL junto à FECAM - Antonio Mauro Eduardo - Sangão Representante da AMUREL junto à FECAM - Leonete Back Loffi - São Martinho

Conselho FiscalPresidente - Amarildo Matos de Souza - ImaruíConselheiro - Inimar Felisbino Duarte - JaguarunaConselheiro - Arilton Francisconi Cândido - Treze de maioConselheiro - Suplente - Silvio Heidemann - Rio FortunaConselheiro - Suplente - Jaime Wesing - ArmazémConselheiro - Suplente - Evanísio Uliano - Braço do Norte

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A intenção da criação de uma entidade que pudesse fortalecer a capacidade administrativa, finan-ceira e técnica dos municípios era antiga. Os prefeitos, especialmente os de municípios pequenos, en-contravam dificuldade de ver suas reivindicações ouvidas pelos go-vernos estadual e federal. No final da década de 1960 a idéia ganhou mais força e, em 27 de junho de 1970, na reunião preliminar feita na estância hidromineral, em Gra-vatal, a criação de uma associação de municípios começou a se tornar realidade. Compareceu à reunião um número considerável de auto-ridades. Entre elas, o general João Batista Santiago Wagner, represen-tando a Superintendência de Desen-volvimento da Região Sul - Sudesul, professor Osvaldo Ferreira de Melo,

Chega aos 40 anos com muito respeito conquistadoAMUREL

chefe do escritório da Sudesul em Santa Catarina, os professores Os-valdo Della Giustina, Michel Miguel e Walberto Schmidt, representantes da Fundação Educacional do Sul de Santa Catarina – Fessc, hoje Unisul, os prefeitos Dilney Chaves Cabral, de Tubarão, Wilson Westphal, de Braço do Norte, que também representou o prefeito José Fernandes Hermes-mayer, de Santa Rosa de Lima. Tam-bém participaram os prefeitos João Batista Alberton, de Grão –Pará, José Buss, de Rio Fortuna, Rubens Ghisi, de Pedras Grandes, Henrique Ernes-to Hilbert, de Orleans, Luiz Fuchter, de São Ludgero, Edward Euzébio de Araújo, de Imbituba, e o prefei-to anfitrião, Hênio Bartolomeu da Costa Bez, de Gravatal. Além desses prefeitos estavam presentes Altamiro Doerner, representante do prefeito

de Armazém, Sydnei Alano de Carva-lho, representando o prefeito de São Martinho, Heriberto Jacques Dias, representante do prefeito de Imaruí, os vereadores Ivan Cascaes, represen-tando a Câmara de Orleans e Nelson Figueiredo, representando a Câmara de Imbituba. Estavam presentes ainda os secretários municipais Lucas Schli-ckmann, de São Ludgero e Olmiro Araújo, de Imbituba.

Na abertura dos trabalhos da reu-nião, o professor Osvaldo Della Giusti-na, presidente da Fessc (Unisul) deixou claro qual seria o objetivo principal da entidade que se propunha criar: “o objetivo precípuo, da integração de todas as comunas regionais no sentido de executarem planos comuns de ad-ministração política sócio-econômica visando ao desenvolvimento da mi-crorregião”, disse.

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É importante destacar que os professo-res Osvaldo Della Giustina e José Muller, da Fessc tiveram um papel de protagonistas não só no estímulo à criação da AMUREL, como também na elaboração do estatuto e participação em um todo. Della Giustina foi profético quando, na primeira assembléia disse que a criação de uma entidade que reunisse, com objetivos comuns, os municí-pios da região, poderia “resultar num movi-mento de grande amplitude e profundidade no sentido do desenvolvimento harmônico, contanto que não seja um simples aglome-rado de municípios, mas uma comunhão de interesses que confluam para o desen-volvimento integrado, isto é, sem o trabalho disperso, isolado, de cada um”. Para chegar a tal objetivo, complementou José Muller, “é indispensável que todos se divorciem de objetivos políticos pessoais e imediatistas”, disse.

De uma maneira em geral esse era o es-pírito entre os idealizadores da Associação, quando, em 14 de agosto de 1970, Dilney Chaves Cabral, prefeito de Tubarão, entrou para a história ao ser escolhido o primeiro presidente da entidade. Tubarão era o prin-cipal município, não só da região, mas de todo o Sul do Estado, e Dilney, justamente um dos principais artífices da criação da Associação, acabou sendo reeleito para os três mandatos seguintes. Foi um período de dificuldade para manter a Associação, e também devido à centralização do poder, em Brasília e em Florianópolis.

Desde a primeira assembléia a AMUREL começou a tratar do desenvolvimento de forma integrada, estabelecendo prioridades macrorregionais, mas também elencando reivindicações de interesse específicos.

Em 1977, assume a presidência o prefei-to de Tubarão, Paulo Osny May. Com 40 anos de idade, acabou permanecendo à frente da Associação por quase 5 anos ininterrupta-mente, sendo o prefeito que permaneceu o maior período na presidência da AMUREL.

Juntos, Dilney e Paulinho presidiram a AMUREL por quase uma década

Muitos atribuem a Paulinho May a respon-sabilidade pela consolidação da imagem da AMUREL como entidade defensora do municipalismo. Paulinho faleceu em julho deste ano.

A Associação reuniu inicialmente 16 mu-nicípios, e a partir de 93, 18 municípios, com a criação de Sangão e Capivari de Baixo.

Ocupou um imóvel alugado até 1989, na Rua São José, no Centro de Tubarão. Naque-le ano, na gestão do presidente Estener So-ratto da Silva, também prefeito de Tubarão, foi adquirida a primeira sede própria, na Avenida Marcolino Martins Cabral. Junto à ampliação do espaço físico vieram também melhorias e um aumento no número de ser-viços prestados aos municípios. Um audi-tório foi construído onde os servidores das prefeituras passaram a receber treinamen-tos e capacitações. O setor de engenharia ganhou local especial e os funcionários da entidade passaram a usufruir de um espaço mais adequado às necessidades.

Em 98, sob a presidência de outro prefei-to de Tubarão, Genésio Goulart, a AMUREL passou a construir sua nova sede, onde fun-ciona até hoje. A obra ficou pronta em 99 e foi inaugurada na gestão do presidente Ade-mir Matos, então prefeito de Braço do Norte. O novo espaço reúne todos os pré-requisitos de funcionamento quanto à segurança, tec-nologia, operacionalidade e funcionalidade.

Porém, o patrimônio da AMUREL não é físico, nem alienável. O valor que a AMU-REL tem é medido pelo grau de importância que ela teve e tem nas reivindicações regio-nais alcançadas até hoje pelos municípios e, portanto, pelos cidadãos. É medida tam-bém pela intensidade e comprometimento com que a entidade defende os interesses dos municípios. Sendo assim, é importante destacar as principais conquistas regionais em que a Associação participou desde a sua implantação até os tempos atuais, sob o co-mando do 39º presidente, o prefeito de San-ta Rosa de Lima, Celso Heidemann.

Dilney Chaves CabralPrimeiro presidente da AMUREL

Paulo Osny MayCinco anos ininterruptos como

presidente da Associação

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Duplicação da BR-101Esta reivindicação, pelo clamor popular e importância sócio-econô-

mica que tem, dispensa maiores esclarecimentos. (em fase de conclusão).

Aeroporto Regional SulA AMUREL se aliou às várias instituições que defendem a cons-

trução do aeroporto e também instituiu o Consórcio Intermunicipal Aeroporto Regional Sul Catarinense (CIARSC) com objetivo de orga-nizar a busca de recursos junto aos municípios para o pagamento de indenizações aos donos de terras onde está instalado o aeroporto (em obras, com previsão de conclusão para 2011).

Retificação dos molhes de LagunaParticipação da AMUREL em reuniões de negociação com políticos e

dirigentes de entidades. A obra prevê a retirada e retificação do molhe sul e aprofundamento do canal de entrada de barcos (em andamento). Melhorias nos portos de Laguna e Imbituba

Participação em reuniões contatos com políticos e empresários. A reivindicação é por investimentos na infraestrutura. (em andamento).

Projeto SerramarEm fase de iniciação de consórcio para captação de recursos para

elaboração de projeto. A AMUREL sediou vários encontros políticos e técnicos para tratar do projeto, que prevê a ligação entre Lages e Farol de Santa Marta, em Laguna, aparelhando turisticamente todo o entorno.

Ferrovia LitorâneaLigação ferroviária entre Imbituba e Araquari, no Norte do es-

tado. (o projeto ainda não foi elaborado).

Pavimentações AMUREL participa das reivindicações pela pavimentação de todas

as rodovias importantes que interligam os munícipios da região.

Credenciamento ao SUS O Centro de Oncologia do Hospital Nossa Senhora da Conceição

de Tubarão foi conquistado também com a participação do colegiado de Saúde da AMUREL.

Consórcio Intermunicipal de Saúde CIS – AMURELO Consórcio criado pela Associação é a união de municípios inte-

grantes da microrregião com a finalidade de conjugar esforços para a prestação de serviços públicos de interesse comum dos mesmos.

AMUREL: defesa de obras importantes e 40 anos de representatividade

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É importante salientar que em parte dessas conquistas os méritos devem ser com-partilhados com a Federação Catarinense de Municípios – FECAM e com Confederação Nacional de Municípios – CNM, as duas en-tidades máximas do municipalismo estadual e nacional. Nesse sentido é importante desta-car as principais conquistas dessas entidades nos últimos tempos.

A última conquista da FECAM aconteceu no dia 27 de julho passado, quando o gover-nador do Estado, Leonel Pavan anunciou que os municípios catarinenses não precisarão mais entrar com contrapartida ao contrair financiamentos junto ao Banco de Desen-volvimento do Estado de Santa Catarina (Ba-desc). A contrapartida girava em torno de 20 e 30%. A reivindicação foi feita oficialmente pela FECAM em março deste ano. Os traba-lhos, assistência, assessorias especializadas oferecidos e as conquistas da FECAM são muitas, mas vamos destacar apenas algumas:

Aprovação da Resolução CONSEMA nº 18, de 2008, proposta pela FECAM, que permite aos municípios atingidos pela enchente rea-lizarem os procedimentos de licenciamento ambiental simplificados para agilizar a re-construção da infraestrutura.

A constitucionalidade da cobrança da CO-SIP pelos municípios. A decisão do STF foi prolatada no Recurso Extraordinário (RE) 573675, interposto pelo Ministério Público do Estado de Santa Catarina contra a Lei Com-plementar 07/02, do município de São José, que instituiu a COSIP. A decisão é importante para todos os municípios brasileiros, pois serve como precedente para casos idênticos.

Repasse aos municípios dos recursos dos fundos estaduais do SEITEC.

Representação estadual e nacional

A AMUREL também criou e participa dos co-legiados de Saúde, Educação, Assistência Social, Turismo e de Captação de Recursos. Os colegiados são grupos de trabalho com poder de propor po-líticas públicas a serem adotadas dentro de suas respectivas áreas de atuação.

Além dessas atividades, a AMUREL oferece inúmeras capacitações e treinamentos em todas as áreas da administração pública, atualizando os conhecimentos técnicos dos servidores e preparando-os para exercer um trabalho mais qualificado.

AtualmenteEm nível estadual a busca é pelo esclareci-

mento e o bom funcionamento de programas que favoreçam o crescimento homogêneo de Santa Ca-tarina, como o Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (Prodec) e o Pró-emprego. Outra área importante é a saúde. Implementar o atendimento de média e alta complexidades e di-minuir a ambulância-terapia é o que espera a FE-CAM e sugere a criação de policlínicas regionais.

AMUREL: Participação ativaA AMUREL também participa ativamente no:

Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão e Complexo Lagunar

Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Urussanga

Agência de Desenvolvimento Regional da Amurel –Adram

Casa do Micro Crédito

Conselho Político Empresarial

Conselho Curador da Unisul

Grupo de Trabalho do Movimento Econômico Conselho de Órgãos Fazendários Municipais de Santa Catarina –

Confaz-M/SC

Comissão Intergestora Bipartite e Conselho Estadual de Secretarias Municipais de Saúde

Comissão Estadual de Integração, Ensino e Serviço em Saúde

Colegiado Estadual de Contadores e Controladores Internos

Parque Ambiental Jorge Lacerda

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Na esfera de atuação da Confederação Nacional de Municípios destacamos as seguintes conquistas, todas com a participação das Associações:

Dívida Ativa A grande conquista do movimento municipalista, em 2006, foi a apro-

vação da Resolução nº 33, que permitiu aos municípios a transferência para os bancos da cobrança da Dívida Ativa. A iniciativa evita a ampliação da máquina pública para a cobrança, além de trazer maior agilidade ao processo de ressarcimento dos cofres públicos.

Aumento de um ponto percentual do FPM Foi uma luta insistente das mobilizações dos municípios. Fez parte da

Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 285/04, atendendo à reivin-dicação dos municípios. A Emenda Constitucional nº 55/2007 (20/09/2007) possibilitou que o repasse aos municípios fosse elevado de 22,5% para 23,5% resultando num repasse de mais de R$ 1,7 bilhões aos cofres mu-nicipais. Estes valores, repassados aos municípios no dia 10 de dezembro de cada ano, evita que qualquer município deixe de pagar o 13º salário dos seus servidores, garantindo assim a saúde financeira do Município e o fomento do comércio local.

Suplementação financeira aos municípios e outros A CNM e as Associações mobilizaram-se em vários encontros nacionais

durante o ano de 2009, pressionando o governo federal para a liberação do AFM - Apoio Financeiro aos Municípios. Este apoio foi necessário em vista da crise econômica mundial e das políticas anticíclicas do Governo Federal que acarretaram redução do bolo de FPM. Com o AFM, os municípios receberam o mesmo FPM bruto e nominal de 2008 em 2009, evitando maiores desgas-tes financeiros e administrativos e assegurando às populações, ao menos, a manutenção do mesmo nível de atendimento do ano anterior. Totalizou no ano um montante de mais R$ 2,38 bilhões para complementar as receitas dos municípios.

Pregão Eletrônico e Presencial: publicidade, transparência e economicidade

A possibilidade de o município utilizar a modalidade de licitação co-nhecida como pregão eletrônico, aprovada através da Lei nº. 10.520/2002, gerou uma economia média de 30% nas compras realizadas pelos muni-cípios que adotaram essa forma de licitação.

A aquisição de medicamentos foi uma das áreas beneficiadas em que a economia trazida pelo pregão eletrônico foi marcante. Esta economia traduz-se em benefício para a população, pois permitiu aos municípios adquirirem mais medicamentos com menos recursos. A AMUREL e a FE-CAM participaram ativamente na implantação nos municípios associados.

Cide - melhoria de transporte aos municípios A Emenda Constitucional Nº 42/2003 destinou aos municípios 7,25%

do montante total da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), correspondendo a 25% da parte destinada aos estados. Esse per-centual representa cerca de R$ 520 milhões anuais para os municípios. Os recursos da Cide devem ser destinados à melhoria das condições de transporte dos municípios.

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sImposto Sobre Serviços - ISS do município

O ISS é o principal gerador de arrecadação tributária para os cofres municipais.

A atuação da CNM garantiu a manutenção da arrecadação do Im-posto sobre Serviços (ISS) pelos municípios. A partir do engajamento da CNM nesta luta, foi possível que os municípios atualizassem e ampliassem a lista de serviços tributados e, com arrecadação própria ampliada, os prefeitos podem ofertar melhores serviços às suas po-pulações, além de oportunizar a infraestrutura indispensável para o desenvolvimento local.

A medida foi consolidada pela sanção da Lei Complementar nº 116/2003.

PrecatóriosA CNM e os municípios, desde 2006, atuaram em conjunto na

elaboração da proposta inicial e no acompanhamento da sua trami-tação no Congresso Nacional. Em dezembro de 2009, foi promulgada a Emenda Constitucional nº 62, que estabeleceu o novo regime de pagamento de precatórios. Pelo novo regime, os municípios podem negociar os débitos existentes e destinar um pequeno percentual do seu orçamento para o cumprimento destas obrigações, sem deixar a população desprovida do atendimento dos serviços básicos, como ocorria a cada seqüestro de recursos decretados pelo Judiciário

Incremento no valor da merenda escolar Foi uma luta de, no mínimo, uma década junto ao Governo

Federal. Em 2004, o valor aluno/dia transferido pela União aos municípios foi ampliado de R$ 0,13 para R$ 0,15. Em 2005, o valor foi elevado para R$ 0,18 e a CNM obteve também o compromisso de que esse valor seria aumentado para R$ 0,25 em 2006. Agora, em janeiro de 2010 o valor é de R$ 0,30 - em 6 anos: 131% de aumento.

Na série de conquistas é preciso destacar também:

A permissão ao município de explorar minerais a serem utilizados em obras públicas (Lei nº 9.827/99);

A possibilidade de o município sacar até 70% dos depósitos judiciais decorrentes de tributos através da Lei nº 10.819/2003;

A regulamentação dos consórcios públicos através da Lei nº 11.107/2005;

Municípios com menos de mil servidores podem instituir e manter Regimes Próprios de Previdência Social.

Prorrogação dos prazos para os municípios aprovarem seus Planos Diretores.

Renegociação de Dívidas com o RGPS

Programa de Parcelamento Especial de Débitos - Paes

Salário Educação

ITR: mais controle, mais recursos

Definição de competências no transporte escolar