Informativo do Núcleo de Desenvolvimento em Saúde - NDS

De 23 de julho a 05 de agosto de 2018. 13.° Ano. n. 363 .

Municípios de Mato Grosso são premiados em eventos nacionais

Cinco municípios do estado de Mato Grosso receberam seis premiações no 34.º Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), realizado entre os dias 25 e 27 de julho em Belém/PA, com o tema “A saúde que queremos para o Brasil – o direito à Saúde, a organização do Sistema e o financiamento da Política de Saúde”. Simultaneamente ao evento, foi realizada a 15ª Mostra Brasil, aqui tem SUS.

O trabalho intitulado “O processo de implantação da Unidade de Referência em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (URPICS) em Cuiabá”, de autoria de Nilva Maria Fernandes de Campos, recebeu duas premiações, uma na categoria Seleção de Experiências para os Documentários Webdoc “Brasil, aqui tem SUS” e outra na categoria Atenção Básica. Nesta, o município de Mirassol D’Oeste também foi premiado, com o tema “Agrotóxico: abordagem em foco no município de Mirassol D’Oeste”, de autoria de Rafaela Aparecida Almeida Barbosa e colaboradores.

Equipe de Cuiabá e do Cosems/MT.

Mato Grosso também ganhou entre os premiados por temática na 15.ª Mostra Brasil, aqui tem SUS, no tema Participação da Comunidade na Saúde, categoria Conferências de Saúde, com o trabalho “A participação do Escritório Regional de Saúde (ERS) de Sinop na construção da Política Nacional de Vigilância em Saúde”, de autoria de Elaine Alves da Silva.

Na categoria Planejamento Local do SUS, o trabalho premiado foi de Fabiana Patrícia Leocádio Soares Pessoa, de Apiacás, com a experiência “A Importância do Planejamento Participativo no Fortalecimento da Atenção Básica em Apiacás – MT”.

O trabalho “Grupo terapêutico e operativo voltado ao ensino-aprendizagem “Expressão””, de Porto dos Gaúchos, de autoria de Melissa Anjos Lobato, ganhou na categoria Premiados por Eleição por Sala de Apresentação. Fonte: Conasems.

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Trabalhadores da Bacia do Juruena estão contaminados por agrotóxicos

Este é um dos resultados da pesquisa “Avaliação da

contaminação ocupacional, ambiental e em alimentos por agrotóxicos na Bacia do Juruena”, desenvolvida pelo Núcleo de Estudos Ambientais e de Saúde do Trabalhador (NEAST), do Instituto de Saúde Coletiva da UFMT, foram apresentados em julho, no Fórum Mato-grossense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos do Ministério Público do Trabalho (MPT/MT).

O projeto, coordenado pelo Professor Dr. Wanderlei Pignati, foi iniciado em 2014, por meio de cooperação técnica entre o NEAST e o MPT, e contempla várias etapas, cujos resultados das ações desenvolvidas vêm sendo divulgados conforme a conclusão das mesmas, por meio da publicação de artigos, dissertações e teses.

Entre os resultados apresentados estão os que indicam a presença de resíduos de agrotóxicos na urina e no sangue de trabalhadores rurais e de professores urbanos e rurais dos três municípios pesquisados, Campos de Júlio, Campo Novo do Parecis e Sapezal, e de produtos não autorizados para a cultura em que foram encontrados.

Confira mais em MPT/MT.

CNPq lança chamada universal

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), juntamente com o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações lança chamada para projetos de pesquisa científica, tecnológi-ca e de inovação em qualquer área do conhecimento. O período de submissão de propostas vai do dia 1.º de agosto a 17 de setembro.

Confira o edital em CNPq.

Informativo do Núcleo de Desenvolvimento em Saúde – NDS Instituto de Saúde Coletiva – ISC/UFMT Desde 2005 Fundador: Julio Strubing Müller Neto Produção: NDS Responsável NDS: Nina Rosa Ferreira Soares Organizadora: Simone Carvalho Charbel Bolsistas: Anna Beatriz, Nayla Mony Apoio: Codex/Procev/UFMT

Pesquisa e ciência brasileira em risco

O Conselho Superior da Coordenação de Aperfeiço-amento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Mi-nistério da Educação (ME), anunciou, no dia 02 de agosto, a possibilidade de cortes no seu orçamento para 2019 e solicitou oficialmente ao ME a manuten-ção dos recursos previstos na Lei de Diretrizes Orça-mentárias para o próximo ano.

Caso ocorram, os cortes implicarão na suspensão de bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado a partir de agosto de 2019, interrompendo os progra-mas de fomento à pós-graduação no país. Trarão pre-juízos à Formação dos Profissionais da Educação Bási-ca, interrompendo o Programa de incentivo à educa-ção no Brasil; a interrupção do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) e, também, à cooperação in-ternacional, com risco de descontinuidade dos progra-mas de fomento da Capes com destino ao exterior.

O anúncio repercutiu negativamente no meio aca-dêmico, entidades como a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Sindicato Nacional dos Docentes das Ins-tituições de Ensino Superior (Andes) e o Centro Brasi-leiro de Estudos em Saúde (Cebes) se manifestaram sobre o assunto, enfatizando que o corte em progra-mas da Capes é uma ameaça grave e consequência da Emenda Constitucional n. 95/2016, que impôs um teto de gastos por 20 anos, afetando áreas funda-mentais como a saúde e a educação, entre outras.

Pesquisadores e manifestantes saíram às ruas em São Paulo, no dia 03 de agosto, em ato contra os cor-tes no orçamento da Capes.

Após pressões e repercussão negativa, o Ministério da Educação lançou nota oficial no dia 03 de agosto, segundo a Capes, reafirmando que não haverá sus-pensão do pagamento das bolsas deste órgão para 2019. Fonte: Núcleo de Desenvolvimento em Saúde.

Agosto Dourado pela amamentação

De acordo com Calendário da Saúde do Ministério da Saúde (MS), a cor do mês de agosto é a Dourada e te-mos logo no início, de 01 a 07/08, a Semana Mundial da Amamentação.

Neste ano, o MS está realizando a “Campanha Ama-mentação: a base da Vida” sobre a importância do aleita-mento materno para o desenvolvimento das crianças até dois anos e exclusivo até os seis meses de vida, orienta-ção preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Além de reduzir em 13% a mortalidade por cau-sas evitáveis em crianças menores de cinco anos, a ama-mentação materna também reduz casos de diarreia, in-fecções respiratórias, hipertensão, colesterol alto, diabe-tes e obesidade.

Entre as principais dificuldades para a amamentação exclusiva, atualmente, estão o posicionamento incorreto, insegurança quanto à quantidade de leite produzido, in-trodução de chupetas e mamadeiras, falta de apoio da família e retorno ao trabalho.

Em Cuiabá, de 1999 a 2004, estudo realizado no ISC pela docente Gisela Soares e colaboradores verificou au-mento de 5 para 10% do aleitamento materno exclusivo em crianças nos 180 primeiros dias e de 17,7 para 28,5% nos 120 primeiros dias. Outra publicação realizada pela mesma docente e colaboradores na Revista de Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública da USP, conclui que fatores socioculturais mostraram-se determinantes para a interrupção do aleitamento materno e que a edu-cação em saúde é um caminho importante para mudar esta realidade.

Uma das questões que tem relação com este determi-nante era as dificuldades da amamentação em lugares públicos, com relatos de constrangimento e solicitações de interrupção da amamentação em locais segregados. No entanto, desde 2016 a lei estadual n.º 10.394 dá o direito ao aleitamento materno em recintos coletivos de acessos públicos, ainda assim mulheres enfrentam resis-tências para efetivar o direito.

No site do MS é possível encontrar dicas importantes e também uma cartilha explicativa mais detalhada que vai tirar dúvidas sobre a amamentação e a alimentação complementar. Informações sobre o assunto também podem ser obtidas no Banco de Leite do Hospital Univer-sitário Júlio Muller, que possui uma equipe treinada para a atenção; nas Unidades Básicas de Saúde; em grupos de mães e nas redes sociais, junto a mulheres que tam-bém estão vivendo esta experiência. A maternidade deve ser marcada pela solidariedade entre as pessoas e não ser um momento solitário de cobranças e imposições.

Fontes: ISC/UFMT e Conasems.

Encontro de Aleitamento Materno e Alimentação Saudável da Baixada Cuiabana

O “I Encontro Regional de Aleitamento Materno e Alimentação Saudável da Baixada Cuiabana” acontecerá no dia 07 de agosto, no auditório do Instituto de Saúde Coletiva da UFMT. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas por formulário eletrônico ou pelo e-mail encontrobaixadaam@gmail.com.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (65) 3624- 6621. Fonte: Escritório Regional de Saúde da Baixada Cuiabana.