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INFORMATIVO 21/11JULGADOS STFDIREITO CONSTITUCIONAL CRIMES DE RESPONSABILIDADE E COMPETNCIA LEGISLATIVA - 1Por reputar caracterizada ofensa competncia legislativa da Unio para definir os crimes de responsabilidade (CF, art. 22, I), o Plenrio julgou procedente pedido formulado em ao cedente direta, ajuizada pelo Procurador-Geral da Repblica, para Geral declarar a inconstitucionalidade, com efeitos ex tunc, das seguintes expresses constantes do art. 41 da Constituio catarinense (todas com a redao dada pelas Eme Emendas Constitucionais 53/2010 e 42/2005, da respectiva unidade da federativa): a) e titulares de Fundaes, Autarquias, e Empresas Pblicas e Sociedades de Economia Mista Mista, contida no caput ; e b) ao Governador, bem como aos , e titulares de Fundaes, Autarquias, Empresas Pblicas e rquias, Sociedades de Economia Mista, ambas integrantes do 2 , da aludida norma. Em sntese, esses preceitos imputavam como criminosa a conduta de recusa ou de no no-atendimento por parte das autoridades acima mencionadas convocao, pela mesa da assemblia legislativa, a fim de o, prestar informaes. De incio, entendeu-se que as alteraes se legislativas supervenientes propositura da ao, conferidas por emendas constitucionais estaduais, no teriam alterado, na essncia, a substncia da norma. Assim, reputou cia reputou-se que no se dera a perda ulterior do objeto da demanda. Ademais, rememorou-se que o modelo federal s submeteria a crime se de responsabilidade Ministro de Estado e titulares de rgos diretamente subordinados Presidncia da Repblica, o que epblica, no seria o caso dos titulares de autarquias, fundaes e empresas pblicas. Em seguida, ressaltou-se que o 2 do se artigo em comento interferiria na prpria caracterizao do crime de responsabilidade, ao incluir figuras de sujeito ativo que no poderiam dele constar. Por fim, assentou assentou-se, tambm, a inconstitucionalidade, por arrastamento, do excerto bem como os titulares de Fundaes, Autarquias e bem Empresas Pblicas, nos crimes de responsabilidade do art. responsabilidade, 83, XI, do citado diploma.ADI 3279/SC, rel. Min. Cezar 79/SC, Peluso, 16.11.2011. (ADI-3279). (Infor. 648). todos do art. 49; e do art. 50 da Constituio do Estado de So Paulo. As normas impugnadas versam sobre processo e crimes de responsabilidade de Governador. Assentou Assentou-se, tambm, o prejuzo do pleito no tocante ao item I do 2 do art. 10 da aludida Constituio estadual, uma vez que esse dispositivo fora revogado. ADI 2220/SP, rel. Min. Crmen Lcia, 16.11.2011. (ADI-2220) 2220).

AO CIVIL PBLICA E CONTROLE DIFUSO - 2Em concluso, o Plenrio, po maioria, julgou procedentes por pedidos formulados em reclamaes em que alegada usurpao, por juiz federal de 1 instncia, de competncia originria do STF para o julgamento de ao direta de inconstitucionalidade (CF, art. 102, I, a). No caso, o magistrado deferira liminar em ao civil pblica na qual o do Ministrio Pblico Federal pleiteava: a) nulidade do enquadramento dos outrora ocupantes do extinto cargo de censor federal nos cargos de perito criminal e de delegado federal de que trata a Lei 9.688/98, levado a efeito mediante portarias do Ministro de Estado da Justia; e b) declarao incidenter tantum de inconstitucionalidade da Lei 9.688/98 v. Informativo 261. Destacou Destacou-se que a declarao de inconstitucionalidade postulada nos autos da ao civil pblica no se traduziria em mero efeito incidental, porm, blica constituir-se-ia no pedido principal deduzido pelo autor da ia demanda, cujo objeto final seria a pura e simples declarao de inconstitucionalidade da lei. Asseverou-se, com isso, estar demonstrada a usurpao da competncia desta Corte. O Min. Luiz Fux salientou haver utilizao da ao civil pblica para fazer as vezes de ao direta de inconstitucionalidade. Vencido o Min. Carlos Velloso, relator, que reputava improcedentes os pleitos ao fundamento de que a pretendida declarao de inconstitucionalidade seria mera questo incidental. Rcl 1503/DF, rel. orig. Min. Carlos Velloso, red. p/ o acrdo Min. Dias Toffoli, 17.11.2011. (Rcl-1503)Rcl 1519/CE, rel. orig. Min. Carlos Velloso, red. p/ o acrdo M Min. Dias Toffoli, 17.11.2011. (Rcl-1519) 1519).

CRIMES DE RESPONSABILIDADE E COMPETNCIA LEGISLATIVA - 2Com base no mesmo fundamento acima referido e ao confirmar o que manifestado na apreciao da medida cautelar, o Plenrio julgou procedente pedido formulado em ao direta, proposta pelo Procurador-Geral da Repblica, Geral para declarar a inconstitucionalidade do art. 48 e do seu pargrafo nico; da expresso ou, nos crimes de ou, responsabilidade, perante Tribunal Especial, contida no , caput do art. 49; dos 1 e 2; do item 2, constante do 3

ART. 33, 2, DA LEI 11.343/2006 E CRIMINALIZAO DA MARCHA DA MACONHA - 1O Plenrio julgou procedente pedido formulado em ao direta, ajuizada pela Procuradora Procuradora-Geral da Repblica em exerccio, para dar interpretao conforme a Constituio ao pretao 2 do artigo 33 da Lei 11.343/2006 [Art. 33... 2 Induzir, instigar ou auxiliar algum ao uso indevido de droga. Pena deteno de 1 (um) a 3 (trs) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa], com o fim de dele excluir ], qualquer significado que ensejasse a proibio de manifestaes e debates pblicos acerca da descriminalizao ou da legalizao do uso de drogas ou de

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qualquer substncia que leve o ser humano ao entorpecimento episdico, ou ento viciado, das suas ado, faculdades psico-fsicas. Rejeitou-se, de incio, a preliminar se, de no-conhecimento da ao. Aduziu-se que o preceito se impugnado estaria servindo como fundamento para a do proibio judicial de eventos pblicos popularmente chamados de Marcha da Maconha de defesa da legalizao ou da descriminalizao do uso de entorpecentes. Assim, destacou-se que o dispositivo comportaria pluralidade se de sentidos, sendo um deles contrrio Constituio, a possibilitar a aplicao da tcnica de interpreta com ela interpretao conforme. No mrito, reiterou-se o que afirmado quando do se julgamento da ADPF 187/DF (acrdo pendente de publicao, v. Informativo 631) em que assentado que essas manifestaes representariam a prtica legtima do direito livre expresso do pensamento, propiciada pelo exerccio do nsamento, direito de reunio. ADI 4274/DF, rel. Min. Ayres Britto, 23.11.2011. (ADI-4274). (Infor. 649)

Min. Gilmar Mendes fez ressalva no sentido de no se poder depreender deste julgamento que o texto constitucional permitiria toda e qualquer reunio. No ponto, o Min. Cezar Peluso, Presidente, consignou que a anlise sob sobre a liberdade de reunio para efeito de manifestao do pensamento deveria ser feita caso a caso, para se saber se a questo no implicaria outorga ou proposta de outorga de legitimidade a atos que repugnariam a conscincia democrtica, o prprio sistema jurdico constitucional de um pas civilizado.ADI 4274/DF, rel. Min. Ayres Britto, ADI 23.11.2011. (ADI-4274).

EXTRADIO E BRASILEIRO NATURALIZADO - 1Por no ser constitucionalmente admissvel a extra extradio de brasileiro naturalizado fora das 2 nicas hipt hipteses excepcionais previstas no art. 5, LI, da CF (nenhum brasileiro ser extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalizao, ou de comprovado envolvimento em trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei a 2 Turma indeferiu pleito ma lei), extradicional, formulado pela Repblica do Equador, para cumprimento de execuo de sentena condenatria proferida por tribunal do Estado requerente requerente. Em conseqncia, o STF determinou a imediata soltura do extraditando, se por al no estiver preso. Na espcie, ele cometera crime de estupro no Equador posteriormente obteno de sua naturalizao secundria como brasileiro brasileiro. De incio, realizou-se histrico sobre o marco a partir do qual se o estrangeiro torna-se nacion do Brasil. Nesse aspecto, se nacional reafirmou-se a jurisprudncia da Corte a respeito da aquisio se da condio de brasileiro naturalizado, a qual, no obstante j deferida pelo Ministrio da Justia, s ganha eficcia jurdica, inclusive para fins extradicionais, aps a entrega solene, pela Justia Federal, do certificado de naturalizao ao estrangeiro naturalizando (Estatuto do Estrangeiro, art. 122: A naturalizao, salvo a hiptese do artigo 116, s produzir efeitos aps a entrega do certificado e confere ao naturalizado o gozo de todos os direitos civis e polticos, excetuados os que a Constituio Federal atribui exclusivamente ao brasileiro nato Em seguida, sublinhounato). se que, a despeito do atendimento dos requisitos da dupla tipicidade e da dupla punibil punibilidade, mostrava-se invivel a extradio requerida com base em condenao por crime comum praticado em momento ulterior ao da aquisio da nacionalidade brasileira secundria. Ext 1223/Repblica do Equador, rel. Min. Celso de Mello, 22.11.2011. (Ext-1223). (Infor. 649).

ART. 33, 2, DA LEI 11.343/2006 E CRIMINALIZAO DA MARCHA DA MACONHA - 2O Min. Ayres Britto, relator, enfatizou que as liberdades de pensamento, de expresso, de informao e de comunicao fariam parte do rol de direitos individuais de matriz constitucional, tidos como emanao direta do princpio da dignidade da pessoa humana e da cidadania. Registrou que o direito de reunio seria insusceptvel de censura prvia e e poderia ser visto como especial veculo da busca de informao para uma consciente tomada de posio comunicacional. Salientou, por outro lado, que a nica vedao constitucional, relativamente a esse direi direito, diria respeito a convocao cuja base de inspirao revelasse propsitos e mtodos de violncia fsica, armada ou beligerante. O Min. Luiz Fux relembrou que deveriam ser considerados os seguintes parmetros: 1) que se tratasse de reunio pacfica, sem armas, previamente noticiada s autoridades pblicas quanto data, ao horrio, ao local e ao objetivo, e sem incitao violncia; 2) que no existisse incitao, incentivo ou estmulo ao consumo de entorpecentes na sua realizao; 3) que no ocorresse o consumo de entorpecentes na ocasio da manifestao ou evento pblico e 4) que no houvesse a participao ativa de crianas e adolescentes na sua realizao. Por sua vez, o Min. Celso de Mello reafirmou que as liberdades de expresso e de reunio possuiriam interconexo e que deveriam ser exercidas com iam observncia das restries que emanariam do prprio texto constitucional. Realou, ademais, que a Constituio objetivara subtrair da interferncia do Poder Pblico o processo de comunicao e de livre expresso das idias, esso mesmo que estas pudessem eventualmente ser rejeitadas por estamentos dominantes ou por grupos majoritrios dentro da formao social. Asseverou que a defesa em espaos pblicos da legalizao das drogas no caracterizaria ilcito penal quer sob a gide do Cdigo Penal, quer sob o que estabelecido na regra em comento , mas sim o exerccio , legtimo do direito livre manifestao do pensamento, sendo irrelevante, para o efeito de proteo constitucional, a maior ou a menor receptividade social da proposta. De outro lado, o

EXTRADIO E BRASILEIRO NATURALIZADO - 2Em obiter dictum, discutiu discutiu-se, tambm, a questo da possibilidade, ou no, de o brasileiro naturalizado, embora , condenado pela Justia estrangeira, vir a ser processado, criminalmente, pelo mesmo fat no Brasil. O Min. Celso de fato, Mello, relator, abordou a questo da eficcia extraterritorial da lei penal brasileira luz do princpio aut dedere, aut punire. Teceu consideraes de ordem doutrinria no sentido de que, em situaes como a dos autos, via viabilizar-

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se-ia a incidncia da clusula da extraterritorialidade da lei ia brasileira, condicionada, no entanto, ao atendimento dos requisitos dispostos no 2 do art. 7 do CP [ [Nos casos do inciso II, a aplicao da lei brasileira depende do concurso das seguintes condies: a) entrar o agente no territrio guintes nacional; b) ser o fato punvel tambm no pas em que foi praticado; c) estar o crime includo entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradio; d) no ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou no ter a cumprido a pena; e) ngeiro no ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, no estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorvel]. Aduziu que essa sistemtica objetivaria evitar a impunidade do nacional que delinqira alhures. Todavia, qira dessumiu do art. 14, 7, do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Polticos (Ningum poder ser processado ou punido Ningum por um delito pelo qual j foi absolvido ou condenado por sentena passada em julgado, em conformidade com a l e lei os procedimentos penais de cada pas), que este diploma ), qualquer que fosse sua natureza, supralegal ou constitucional estaria acima da legislao interna, de sorte a inibir a eficcia dela. Assim, mencionou que, , aparentemente, estaria tolhida a possibilidade de o Brasil ossibilidade instaurar, contra quem j fora absolvido ou condenado definitivamente no exterior, nova persecuo criminal motivada pelos mesmos fatos subjacentes sentena penal estrangeira. Nesse ponto, o Min. Celso de Mello sustentou a existncia, em nosso sistema jurdico, da garantia ncia, constitucional contra a dupla persecuo penal fundada no mesmo fato delituoso. Por sua vez, o Min. Gilmar Mendes, tendo em conta a redao dos artigos 8 e 9 do CP, sinalizou que a legislao brasileira deveria ser atualizada para admitir ia a execuo da pena no Brasil, o que seria condizente com a internacionalizao do mundo, a fim de evitar a criao de verdadeiros parasos penais. Nessa mesma linha, o Min. Ricardo Lewandowski vislumbrou que a aceitao de condenao imposta em outro pas s poderia ocorrer em ndenao mbito restrito de acordos bilaterais ou multilaterais, em que se reconhecesse que o Judicirio estrangeiro atuasse segundo as normas do due process of law. O Min. Ayres . Britto observou que essas ponderaes seriam resultado da es cosmopolitanizao do direito. Ext 1223/Repblica do Equador, rel. Min. Celso de Mello, 22.11.2011. (Ext-1223)

segurana impetrado contra deciso interlocutria proferida em juizado especial. RE 586789/PR, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 16.11.2011. (RE (RE-586789). (Infor. 648).

TURMA RECURSAL E COMPETNCIA - 2No mrito, reputou-se que, verificado o carter recursal do ue, mandado de segurana, deveriam ser aplicadas as regras de competncia atinentes apreciao dos recursos, o que afastaria a incidncia do art. 108, I, c, da CF, que trata da competncia dos Tribunais Regionais Federais para processarem e julgarem, originariamente, mandado de segurana e habeas data contra ato do prprio tribunal ou de juiz federal. Aduziu-se que, nesse contexto, entre as se competncias definidas pela Constituio para o reexame das decises, estariam as das turmas recursais dos juizados as especiais (CF, art. 98, I) e a dos Tribunais Regionais Federais (CF, art. 108, II). Destacou-se que a Corte j teria afirmado se que o texto constitucional no arrolara as turmas recursais entre os rgos do Poder Judicirio, os quais estariam discriminados, numerus clausus no art. 92 da CF. clausus, Depreender-se-ia, assim, que a Constituio no conferira s ia, turmas recursais a natureza de rgos autrquicos do Judicirio, tampouco a qualidade de tribunais, como tambm no lhes outorgara qualquer autonomia com relao aos ara Tribunais Regionais Federais. Nesse aspecto, os juzes de 1 grau e as turmas recursais que eles integram seriam institudos pelos respectivos Tribunais Regionais Federais, estando subordinados a estes administrativa, mas no jurisdicionalmente. As turmas recursais seriam, portanto, rgos recursais ordinrios de ltima instncia relativamente s decises dos juizados especiais, a elas vinculados no que concerne ao reexame de seus julgados. No ponto, o Min. Luiz Fux destacou que essa competncia decorreria, outrossim, da stacou interpretao teleolgica do art. 21, VI, da Lei Orgnica da Magistratura Nacional. O Min. Dias Toffoli rememorou, ademais, que a Corte assentara competir prpria turma recursal processar e julgar man mandado de segurana impetrado contra os respectivos atos. Dessa maneira, a ela caberia analisar os mandados de segurana impetrados contra atos dos juizados especiais. RE 586789/PR, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 16.11.2011. (RE (RE-586789).

TURMA RECURSAL E CO COMPETNCIA - 3 PROCESSO CIVIL TURMA RECURSAL E COMPETNCIA - 1Compete turma recursal o exame de mandado de segurana, quando utilizado como substitutivo recursal, lizado contra ato de juiz federal dos juizados especiais federais. Essa a concluso do Plenrio ao desprover recurso extraordinrio em que pleiteado o estabelecimento da competncia de Tribunal Regional Federal para processar e julgar o writ, visto que a referida Corte entendera competir , turma recursal apreciar os autos. Preliminarmente, conheceu conheceuse do extraordinrio. Explicitou-se que o caso no se se assemelharia ao tratado no RE 576847/BA (DJe de 7.8.2009), em que se deliberara pelo no-cabimento de mandado de cabimento Aduziu-se que as turmas recursais no estariam sujeitas se jurisdio dos tribunais de justia estaduais, sequer, por via de conseqncia, dos Tribunais Regionais Federais, conforme orientao da Corte. Desse modo, competente a turma recursal para processar e julgar recursos contra l decises de 1 grau, tambm o seria no que concerne a mandado de segurana substitutivo de recurso, sob pena de transformar o Tribunal Regional Federal em instncia ordinria para reapreciao de decises interlocu interlocutrias proferidas pelos juizados especiais. A respeito, o Min. Cezar Peluso, Presidente, frisou que o fato de se tratar de mandado se segurana, e no de recurso propriamente dito, no retiraria das turmas recursais a competncia para reviso das decises. O Colegiado acrescentou que os juizados especiais

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teriam sido concebidos com o escopo de simplificar a prestao jurisdicional de maneira a aproximar o jurisdicionado do rgo judicante , e no de multiplicar ou , de dividir competncias. No faria sentido, portanto, transferir do, ao Tribunal Regional Federal a atribuio de rever atos de juzes federais no exerccio da jurisdio do juizado especial, visto que as Turmas Recursais teriam sido institudas para o aludido fim, observado, inclusive, o princpio da razovel durao do processo (CF, art. 5, LXXVIII). RE 586789/PR, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 16.11.2011. (RE (RE-586789).

FORO PRIVILEGIADO E PRINCPIO DA ISONOMIA 2Ressaltou-se que, ao longo de mais de 2 dcadas de vigncia se da Constituio, a doutrina e a jurisprudncia alinhar alinhar-se-iam segundo 3 concepes distintas acerca do dispositivo em discusso, que preconizariam: a) a sua no zariam: no-recepo; b) a sua recepo; e c) a recepo condicionada s circunstncias especficas do caso, em especial levando levando-se em conta o fato de a mulher se encontrar em posio efetivamente desvantajosa em relao ao marido Asseverou-se no se marido. cuidar de privilgio estabelecido em favor das mulheres, mas de norma que visaria a dar tratamento menos gravoso parte que, em regra, se encontrava e, ainda hoje se encontraria, em situao menos favorvel do ponto de vista econmico e financeiro. Assim, a propositura da ao de separao judicial ssim, no foro do domiclio da mulher seria medida que melhor atenderia ao princpio da isonomia, consistente em tratar desigualmente os desiguais na medida em que se desigualam. Ademais, a competncia prevista no inciso I do . art.100 do CPC seria relativa, ou seja, se a mulher no apresentasse exceo de incompetncia em tempo hbil, a competncia prorrogar-se-ia; ou, a prpria mulher poderia ia; ajuizar a ao no foro do domiclio do ex ex-marido, de forma a inexistir bice legal a que a ao prosseguisse. RE 227114/SP, rel. Min. Joaquim Barbosa, 22.11.2011. (RE-227114). (Infor. 649).

SMULA VINCULANTE 14 E ACESSO A MDIAS DANIFICADASPor reputar violada a Smula Vinculante 14 ( direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos se elementos de prova que, j documentados em procedimento investigatrio realizado por rgo com competncia de polcia judiciria, digam respeito ao exerccio do direito de defesa o defesa), Plenrio julgou procedente pedido formulado em reclamao do para conceder ao reclamante acesso aos documentos apreendidos na sede de empresa, da qual diretor diretor-presidente, em especial, ao contedo de mdias supostamente vazias ou danificadas. Na espcie, o juzo de origem permitira a disponibilizao de parte dos arquivos recolhidos em ibilizao investigaes procedidas na denominada Operao Satiagraha , selecionada por peritos da polcia federal, sob , a assertiva de que o restante das mdias estaria corrompido, a impedir o espelhamento pretendido pela defesa. Asseverouo se que, sendo o espelhamento o meio adequado para viabilizar o acesso ao contedo das mdias danificadas e para comprovar quais estariam realmente vazias, no poderia o magistrado opor resistncia efetivao dessa medida, para no inviabilizar o contato do reclamante com elementos de o prova, em cerceio a sua defesa. Rcl 9324/SP, rel. Min. Crmen Lcia, 24.11.2011. (Rcl-9324). (Infor. 649) 649).

DIREITO PENAL INIMPUTVEL E MEDIDA DE DESINTERNAO PROGRESSIVAA 1 Turma denegou habeas corpus porm, concedeu a corpus, ordem, de ofcio, para determinar que o Instituto Psiquitrico Forense apresente, em 60 dias, plano de desligamento de interno daquela instituio, ora paciente, e que d cumprimento ao art. 5 da Lei 10.216/2001, a fim de que as autoridades competentes realizem poltica especfica de alta planejada e reabilitao psicossocial assistida fora do mbito assistida daquele instituto. Na situao dos autos, o paciente fora condenado pelas condutas tipificadas como ameaa e ato obsceno e, no curso do processo, constatara constatara-se sua inimputabilidade, aplicando-se se-lhe medida de segurana pelo prazo mnimo de 3 anos. Destacou-se que o paciente cumpriria internao hospitalar h 17 anos e que a desinternao progressiva seria medida a se impor HC impor. 102489/RS, rel. Min. Luiz Fux, 22.11.2011. (HC-102489). (Infor. 649).

FORO PRIVILEGIADO E PRINCPIO DA ISONOMIA 1O art. 100, I, do CPC (Art. 100. competente o foro: I - da Art. residncia da mulher, para a ao de separao dos cnjuges e a converso desta em divrcio, e para a anulao de casamento) no afronta o princpio da igualdade entre homens e mulheres (CF, art.5, I), tampouco a isonomia entre os cnjuges (CF, art. 226, 5). Com base nesse entendimento, a 2 Turma desproveu recurso extraordinrio por reputar que a norma processual fora recepcionada pela Constituio. Em preliminar, o Min. Joaquim Barbosa, relator, . enfatizou a competncia da Turma para processar e julgar o rocessar recurso extraordinrio porque no se trataria de declarao de inconstitucionalidade da mencionada norma processual, o que requereria a observncia da clusula de reserva de plenrio, cingindo-se a discusso quanto recepo, pela se CF/88, do referido dispositivo. Destacou Destacou-se que a Constituio seria marco histrico no processo de proteo dos direitos e garantias individuais e, por extenso, dos direitos das mulheres. RE 227114/SP, rel. Min. Joaquim Barbosa, 22.11.2011. (RE-227114). (Infor. 649). or.

PRESCRIO E ACRDO SENTENA ABSOLUTRIA

QUE

REFORMA

Acrdo condenatrio que reforma sentena penal absolutria interrompe o prazo prescricional por ser equiparado sentena condenatria recorrvel. A 2 Turma, ao aplicar, mutatis mutandis essa orientao, desproveu s mutandis, recurso ordinrio em habeas corpus no qual se alegava no

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ser possvel considerar a publicao de acrdo condenatrio como marco inicial para a prescrio da execuo da pena, uma vez que o Cdigo Penal Militar alude a sentena condenatria e no a acrdo [CPM: Art. 126 A prescrio Art. 126. da execuo da pena privativa de liberdade ou da medida de segurana que a substitui (art. 113) regula-se pelo tempo se fixado na sentena e verifica-se nos mesmos prazos se estabelecidos no art. 125, os quais se aumentam de um tro, se o condenado criminoso habitual ou por tendncia. 1 Comea a correr a prescrio: a) do dia em que passa em julgado a sentena condenatria ou a que revoga a suspenso condicional da pena ou o livramento co condicional]. No caso, o STM dera provimento apelao interposta pelo Ministrio Pblico Militar contra sentena absolutria para condenar os recorrentes pela prtica do crime de estelionato (CPM, art. 251, 3). RHC 109973/RJ, rel. Min. Joaquim Barbosa, 22.11.2011. (RHC-109973). (Infor. 649) 649).

penal na qual se discute o desvio de recursos provenientes do Fundo de Manuteno e de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorizao do Magistrio - Fundef. Reputouse que recente jurisprudncia do STF firmara firmara-se no sentido de reconhecer a atribuio do Ministrio Pblico Federal para a propositura da ao penal no caso de desvio de verba do aludido fundo. Concluiu-se que o interesse da Unio no seria se de ndole meramente patrimonial, mas eminentemente institucional, cuja presena faria instaurar em matria penal a competncia da justia federal comum, com base na regra inscrita no inciso IV do art. 109 da CF. HC 100772/GO, rel. Min. Gilmar Mendes, 22.11.2011 (HC-100772). (Infor. 649) 22.11.2011.

DIREITO TRIBUTRIO PIS E COFINS: VENDAS A PRAZO INADIMPLIDAS 1A contribuio ao Programa de Integrao Social - PIS e a Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social COFINS so exigveis no que se refere a vendas a prazo inadimplidas, ou seja, cujos valores faturados no tenham sido recebidos. Essa a concluso do Plenrio ao, por maioria, . negar provimento a recurso extraordinrio em que se argumentava, em sntese, que para o rec recolhimento mensal das aludidas contribuies, como regra geral, as empresas seriam obrigadas a escriturar como receitas o total das vendas faturadas, independentemente de seu efetivo recebimento, o que as vincularia, em face do regime contbil adotado, ao pagamento do PIS e da COFINS tambm sobre agamento valores no ingressados em suas contas, como na hiptese de vendas inadimplidas. Nesses casos, portanto, no haveria demonstrao de capacidade contributiva efetiva, vedada a tributao de parcelas que no exteriori exteriorizassem a riqueza do contribuinte, por inexistir substrato econmico. RE 586482/RS, rel. Min. Dias Toffoli, 23.11.2011. (RE-586482). (Infor. 649)

PRECATRIO: DESCUMPRIMENTO DE ORDEM JUDICIAL E CRIME DE RESPONSABILIDADEPor reputar atpica a conduta de descumprimento de ordem materialmente administrativa, expedida em sede de precatrio, a 2 Turma concedeu habeas corpus para beas invalidar procedimento penal em tramitao na justia federal, bem como determinar a extino definitiva de inqurito policial com o conseqente arquivamento dos respectivos autos Na autos. espcie, instaurara-se inqurito policial para apurar s se suposto crime de desobedincia, previsto no art. 1, XIV, do Decreto Decretolei 201/67 [Art. 1 So crimes de responsabilidade dos Art. Prefeitos Municipal (sic), sujeitos ao julgamento do Poder , Judicirio, independentemente do pronunciamento da Cmara dos Vereadores:... XIV - Negar execuo a lei federal, estadual ou municipal, ou deixar de cumprir ordem judicial, sem dar o motivo da recusa ou da impossibilidade, por escrito, autoridade competente], imputado ao paciente, ], ento prefeito, ante suposta omisso de incluir verba, na lei uir oramentria de municpio, para pagamento de precatrio. O magistrado, sem manifestao do Ministrio Pblico, ordenara o arquivamento das peas informativas e, por esta razo, o parquet recorrera ao STJ, que decidira pela reabertura do inqurito instaurado. Asseverou Asseverou-se que essa deciso teria submetido o paciente a procedimento penal apoiado em fatos destitudos de tipicidade, pois, conforme jurisprudncia da Corte, os atos praticados por presidentes de tribunais, no tocante ao processamento e ao pagamento de nto precatrio judicial, tm natureza administrativa, no jurisdicional, como exige o tipo em comento.HC 106124/PR, HC rel. Min. Celso de Mello, 22.11.2011. (HC-106124) (Infor. 106124). 649).

PIS E COFINS: VENDAS A PRAZO INADIMPLIDAS 2Inicialmente, constatou-se que a Corte teria firmado se entendimento no sentido de que os fatos geradores do PIS e o da COFINS seriam as operaes econmicas exteriorizadas no faturamento (sua base de clculo). Ademais, consideraria que faturamento envolveria no s emitir faturas, mas tambm o resultado das operaes e empresariais do agente econmico, assim compreendido como receita bruta das vendas de mercadorias e servios de qualquer natureza. Reputou-se que o Sistema Tributrio Nacional fixara o regime se de competncia como regra geral para apurao dos resultados da empresa, e no o regime de caixa. Pelo mpresa, primeiro, haveria o reconhecimento simultneo das receitas e das despesas realizadas, como conseqncia natural do princpio da competncia do exerccio, considerando considerando-se realizadas as receitas e incorridas as despesas no momento da transferncia dos bens e da fruio dos servios prestados, independentemente do recebimento do valor correspondente. Afirmou-se que essa sistemtica seria se

PROCESSO PENAL DESVIO DE VERBA DO FUNDEF E COMPETNCIA DA JUSTIA FEDERALA 2 Turma concedeu habeas corpus para reconhecer a competncia da justia federal para processar e julgar ao

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confirmada pelos artigos 177 e 187, 1, a, da Lei 6.404/76, , bem como pelo art. 9 da Resoluo 750/93, do Conselho Federal de Contabilidade. Nesse contexto, aduziu aduziu-se que as mutaes patrimoniais decorreriam de relaes jurdicas integrantes do ativo ou do passivo da pessoa jurdica, representativas, respectivamente, de direitos ou de obrigaes para com terceiros. Ocorreriam, pois, quando o igaes vendedor fizesse a entrega para o comprador, passando, ento, a ter jus ao recebimento do respectivo preo. Esse evento deveria ser vertido em linguagem competente, registrado o direito de crdito que o vendedor passaria a deter em face do comprador, equivalente ao preo estipulado quando da celebrao do contrato. Frisou-se ser esse o se momento em que nasceria a relao jurdica, juntamente com a ocorrncia do fato jurdico tributrio. RE 586482/RS, rel. Min. Dias Toffoli, 23.11.2011. (RE-586482)

PIS E COFINS: VENDAS A PRAZO INADIMPLIDAS 3Quanto ao aspecto temporal da hiptese de incidncia da COFINS e da contribuio para o PIS, ter-se-ia, desse modo, ia, que o fato gerador da obrigao ocorreria com o aperfeioamento do contrato de compra e venda, e no com o perfeioamento recebimento do preo acordado, isto , com a disponibilidade jurdica da receita, que passaria a compor o aspecto material da hiptese de incidncia das contribuies em questo questo. Salientou-se, nesse aspecto, que o STF teria firmado orientao do sentido de que a disponibilidade jurdica presumida por fora de lei, que definiria como fato gerador do imposto a aquisio virtual, e no efetiva, do poder de dispor. Alm disso, a disponibilidade jurdica ou econmica da a receita, para as pessoas jurdicas, no poderia ser limitada pelo efetivo recebimento de moeda ou dinheiro, diferenciando-se a disponibilidade econmica patrimnio se economicamente acrescido de um direito ou de um elemento material identificvel como receita da disponibilidade financeira efetiva existncia dos recursos financeiros. Assim, a primeira no pressuporia o repasse fsico dos recursos para o patrimnio do contribuinte, bastando o acrscimo, mesmo que contbil, desses recursos no patrimnio da pessoa jurdica. RE 586482/RS, rel. Min. Dias Toffoli, 23.11.2011. (RE-586482)

inadimplidas porque, diferentemente dos casos de cancelamento de vendas, em que o negcio jurdico seria desfeito, extinguindo-se, assim, as obrigaes do credor e do se, devedor, as vendas inadimplidas a despeito de poderem resultar no cancelamento e na devoluo da mercadoria , enquanto no efetivamente canceladas, implicariam crdito para o vendedor oponvel ao comprador. Permaneceria, portanto, o fato imponvel. Destacou Destacou-se que o mesmo ocorreria com os descontos incondicionais, parcelas redutoras do preo de venda quando constantes da nota fiscal de venda dos bens ou da fatura de servios e independentes de evento posterior emisso desses documentos. No caberia ao intrprete, assim, excluir as vendas inadimplidas da base de clculo da contribuio ao PIS e da COFINS, sob a alegao de isonomia, por resultar hiptese de excluso de crdito tributrio, cuja interpretao deveria ser restritiva, a teor do art. 111 do CTN. O Min. ia Ricardo Lewandowski destacou que, quando uma empresa vende a prazo, assumiria os riscos da inadimplncia, e a legislao preveria a denominada proviso para devedores duvidosos, a permitir que determinad empresa, ao fim de determinada cada exerccio social, pudesse lanar como perda do perodo eventuais vendas atingidas por insolvncias.Vencidos os Ministros Celso de Mello e Marco Aurlio, que proviam o recurso. Este asseverava que receita auferida seria somente a que ingressara na contabilidade da empresa, sujeito ue passivo dos tributos. Ademais, verificado o inadimplemento, o autor do negcio jurdico teria duplo prejuzo: no receberia e teria, ainda, de recolher o tributo. Assim, a capacidade contributiva no se faria presente. O Min. Celso de Mello ria consignava que o Fisco no poderia apropriar apropriar-se de parcelas a serem recolhidas com base em mera presuno de receita, visto que valores no recebidos seriam inbeis a compor a base de clculo. RE 586482/RS, rel. Min. Dia Toffoli, Dias 23.11.2011. (RE-586482)

JULGADOS STJDIREITO ADMINISTRATIVO PAD. DEMISSO. ESFERA PENAL. ABSOLVIO. AUSNCIA. PROVAS.Na hiptese dos autos, o impetrante busca que seja declarada a nulidade de processo administrativo disciplinar (PAD) que culminou em sua demisso do servio pblico, sustentando, entre outros temas, que as concluses da comisso processante so contrrias s provas dos autos autos, uma vez que ocorreu sua absolvio na esfera penal. A Turma reiterou que as esferas criminais e administrativas so independentes, estando a Administrao vinculada apenas deciso do juzo criminal que negar a existncia do fato ou a autoria do crime. In casu, o impetrante foi absolvido na esfera , criminal por insuficincia de provas, razo pela qual a sentena penal no tem repercusso na esfera administrativa. nal Assim, a Turma, prosseguindo o julgamento, por maioria, negou provimento ao recurso, contudo reservou parte as vias ordinrias. Precedentes citados: REsp 1.226.694 1.226.694-SP,

PIS E COFINS: VENDAS A PRAZO INADIMPLIDAS 4Sublinhou-se inexistir disposio legislativa a permitir a se excluso das chamadas vendas inadimplidas da base de clculo das contribuies em discusso. Haveria, por outro . lado, normas a definir que no integrariam renda e receita as vendas canceladas, devolvidas e os descontos incondicionais (Decretos-lei 1.940/82, art. 1, 4 e 1.598/77, art. 12, 1; lei Leis 9.718/98, 10.637/2002 e 10.833/2004). Sob esse prisma, 8/98, as situaes excludentes do crdito tributrio contempladas na legislao do PIS e da COFINS ocorreriam apenas quando fato superveniente viesse a anular o fato gerador do tributo, nunca quando ele subsistisse perfeito e acabado, como sse ocorreria nas vendas inadimplidas. Asseverou Asseverou-se que as vendas canceladas no poderiam equiparar equiparar-se s

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DJe 20/9/2011; REsp 1.028.436-SP, DJe 3/11/2010; REsp e 879.734-RS, DJe 18/10/2010, e RMS 10.496 RS, 10.496-SP, DJe 9/10/2006. RMS 32.641-DF, Rel. originrio Min. Napoleo Nunes Maia Filho, Rel. para acrdo Min. Benedito ho, Gonalves, julgado em 8/11/2011.(Infor 487).

29.311-SC, DJe 27/8/2009; RMS 26.552 SC, 26.552-SP, DJe 29/9/2010, e RMS 33.824-MS, DJe 1/6/2011. RMS 32.910-SP, Rel. Min. MS, Benedito Gonalves, julgado em 17/11/2011. . .(Infor 487).

INDENIZAO. LUCRO CESS CESSANTE.Trata-se de REsp oriundo de ao ajuizada pelos recorrentes se em que postulavam a resciso de contrato e a condenao da recorrida ao pagamento de indenizao por lucros cessantes e danos emergentes. Entre outras alegaes, sustentam que, a despeito de entender no haver qualquer dvida de quem seja a culpa pela inexecuo do contrato, seno da Administrao Pblica, o Tribunal a quo, ao no reconhecer o direito indenizao por lucros cessantes, violou o disposto nos arts. 69, I, 2, do DL n. 2.300/ 2.300/1986; 79, 2, da Lei n. 8.666/1993; 1.059 do CC/1916 e 402 do CC/2002. A Turma, ao prosseguir o julgamento, conheceu do recurso mas lhe negou provimento. O Min. Cesar Asfor Rocha, no voto vista ao qual aderiu o Min. Relator, consignou que, no caso, nem mesmo houve incio da construo do empreendimento e da esmo atividade empresarial relativa ao projeto aqutico, o que torna remotos, incertos e apenas imaginveis os lucros cessantes pretendidos. Observou no ser sequer garantido o sucesso do parque, sendo impossvel calcular o faturamento a ser ssvel obtido se aberto fosse. Com isso, frisou no se poder acolher . o pedido recursal baseado em mera presuno de rentabilidade. Assim, entendeu no haver contrariedade aos dispositivos legais indicados pelos recorrentes. Pre Precedente citado: REsp 846.455-MS, DJe 22/4/2009. REsp 1.255.413MS, DF, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 8/11/2011. .( Infor. 487).

PAD. AUSNCIA. VCIOS. PERDA. TABELIONATO.Entre outras questes, a Turma, por maioria de votos, decidiu no haver vcios na "ata de correio ordinria documento que retrata os resultados dos trabalhos correcionais ata realizados nos servios prestados pelos notrios e registradores. No entendimento da douta maioria, a falta de oportunidade para o tabelio impugnar a referida ata no momento da sua elaborao no caracteriza v vcio no processo administrativo ulterior, na medida em que tais correes tm por objetivo to somente constatar a regularidade ou no dos servios prestados, e no decidir sobre eles. No se trata de pea acusatria, no pode ser confundida com a portaria inaugural do procedimento administrativo instaurado aps a realizao dessa auditoria, o que faz com que o princpio do contraditrio seja dispensvel at mesmo porque a ampla defesa e o devido processo legal ho de ser observados no processo administrativ como no administrativo, caso ocorreu. Ademais, no h previso legal para a existncia de contraditrio. De igual forma, no se vislumbra tenha faltado fundamentao na deciso que determinou o afastamento do recorrente durante o procedimento administrativo, mormente porque o juiz corregedor orque permanente fundamentou a medida imposta, deixando expresso na portaria inaugural que a interveno mostrava mostrava-se indispensvel para o restabelecimento da legalidade e da moralidade na unidade extrajudicial. H, ainda, que considerar que a suspenso preventiva possui expressa ue previso legal (art. 35, 1, e 36, caput, da Lei n. 8.935/1994) , e tem o escopo de impedir que o investigado venha a influir na apurao dos fatos, garantindo a regularidade das investigaes realizadas no processo instaurado para a perda o da delegao. No que diz respeito extrapolao do prazo de 120 dias, previsto no art. 36 da referida lei, ficou decidido no ser causa de nulidade do procedimento administrativo investigatrio de infraes que podem ensejar perd da perda delegao, como de fato acabou ocorrendo. Em tais hipteses, aplica-se o disposto no art. 35, 1, da mesma lei, se que permite o afastamento do notrio at deciso final Com final. relao s argumentaes atinentes inobservncia do 1 do art. 20; 2 e 4 do art. 26; arts. 36 e 39, 2, todos da Lei n. 8.935/1994, no se constata nenhuma ilegalidade na designao de terceiro interventor para responder pela serventia, mesmo havendo substituto mais antigo, filho do substitudo, em face da aplicao dos princpios constitucionais da impessoalidade e da moralidade administrativa. Por ltimo, inexiste irregularidade na deciso administrativa proferida com base em parecer elaborado pelo juiz auxiliar da corregedoria. A esse respeito, concluiu a Turma que o fato de o juiz parecerista ter participado da ato correio no importa dizer que seja ele parcial, at mesmo porque, como dito alhures, as correies tm por objetivo to somente verificar/constatar a regularidade dos servios prestados pelos notrios e registradores, e no decidir sobre radores, eles. No se trata, portanto, de pea acusatria, no havendo falar em parcialidade do juiz que proferiu o parecer. Precedentes citados: RMS 11.945-RS, DJ 1/7/2005; RMS RS,

CONTRATO ADMINISTRATIVO. PROCEDIMENTO PRVIO.

RESCISO.

Trata-se originariamente de mandado de segurana (MS) se impetrado pelo banco ora recorrido em que se manifesta contrariamente resciso do contrato estabelecido com o municpio ora recorrente sem a ocorrncia de procedimento administrativo prvio. Tanto a sentena quanto o acrdo entenderam ser procedente o MS, imputando ilegal o ato de resciso contratual realizado sem o referido procedimento. A discusso, portanto, diz respeito obrigatoriedad de a obrigatoriedade resciso contratual ser precedida de procedimento administrativo, o que, de fato, no ocorreu. A Turma, ao prosseguir o julgamento, por maioria, entendeu que a exigncia de prvio procedimento administrativo, assegurado o amplo direito de defesa, incompatvel com a hiptese especfica do inciso XII do art. 78 da Lei n. 8.666/1993, que admite a resciso unilateral do contrato administrativo com base em razes de interesse pblico, de alta relevncia e amplo conhecimento, justificadas e determinadas pela mxima autoridade da esfera administrativa a que est subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o contrato Assim, consignoucontrato. se que, no caso, o benefcio financeiro apontado pela municipalidade poderia deixar de e existir se a instituio financeira recorrente, por razo da demora na contratao, retirasse a sua proposta contratual. Portanto, coube ao administrador rapidamente avaliar as circunstncias, o contrato anterior com o banco recorrido e a proposta da recorrente para decidir a respeito da nova contratao e da ente

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resciso da anterior. Frisou-se no se tratar, na espcie, de se ato meramente discricionrio, mas de ato rescisrio vinculado sua motivao, indissocivel do efetivo interesse pblico. Com isso, a reviso da deciso tomada pelo administrador, o mesmo em relao possvel interveno do Poder Judicirio, muito restrita, atendo-se, a rigor, existncia de se, motivao e da presena dos respectivos fatos. Desse modo, a concesso de amplo direito de defesa ao contratado incua, j que tambm no pode impedir a resciso diante do interesse pblico revelado pelo administrador Por fim, administrador. observou-se ser o interesse do contratante protegido se mediante a garantia legal de que far jus indenizao dos danos decorrentes da resciso contratual, conforme ntes estabelece o art. 79, 2, da Lei n. 8.666/1993, no podendo a ausncia de procedimento administrativo ou de prvia notificao acarretar o restabelecimento da relao contratual contrariamente ao interesse pblico. Dessarte, deu essarte, deu-se provimento aos recursos especiais para denegar a segurana, ressalvando-se a possibilidade de ser se questionada a indenizao dos danos decorrentes da resciso contratual pelos meios prprios. REsp 1.223.306 1.223.306-PR, Rel. originrio Min. Mauro Campbell Marques, Rel. para o acrdo Min. Cesar Asfor Rocha, julgado em 8/11/2011. 8/11/2011.(Infor 487).

Turma responsabilizou solidariamente todos os recorridos e fixou a indenizao em R$ 20 mil em favor de cada um dos ao autores da ao, ora recorrentes Os recorridos tambm recorrentes. foram condenados por litigncia de m m-f; pois, durante a sesso de julgamento, na sustentao oral, arguiram indevidamente preliminar de desero pela falta d do recolhimento do porte de remessa e retorno. Verificada a existncia da guia de recolhimento nos autos, a Turma reconheceu a litigncia de m nos termos do art. 17, I e II, m-f do CPC e aplicou a multa de 1% do valor da causa, prevista no art. 18 do mesmo diploma legal. REsp 1.263.973-DF, Rel. Min. Villas Bas Cueva, julgado em 17/11/2011 .(Infor 487).

PRESCRIO. ENCARGOS. ABERTURA. C CRDITO. CONTA CORRENTE. PACTUAO. CC/1916.Trata-se, na origem, de ao monitria ajuizada em outubro se, de 2003 na qual se busca a cobrana de valores relativos a contrato de abertura de crdito rotativo em conta conta-corrente celebrado em abril de 1994. A Turma entendeu que, na vigncia do CC/1916, os encargos contratuais, por constiturem prestaes acessrias ao principal, tinham os prazos prescricionais regidos pelo art. 178, 10, III, daquele codex e, consequentemente, incidiria a prescrio quinquenal para os juros ou quaisquer outras prestaes acessrias pagveis anualmente ou em perodos mais curtos No caso, curtos. em que no h prescrio do fundo de direito e que envolve prestaes peridicas, possvel a cobrana dos encargos acessrios, incidindo a prescr prescrio apenas sobre as parcelas vencidas h mais de cincos anos anteriores ao ajuizamento da ao. Precedentes citados do STF: RE 67.635 67.635-DF, DJ 5/12/1969; do STJ: REsp 541.231 541.231-RS, DJ 23/8/2004, e REsp 30.027-RJ, DJ 6/3/1995. REsp 886.832 886.832-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomo, julgado em 17/11/2011 .(Infor 487).

DIREITO CIVIL

DANO MORAL. OFICIAL. CARTRIO. CA DESCUMPRIMENTO. ORDEM JUDICIAL.A Turma decidiu que o oficial de cartrio responde pelos danos morais causados em decorrncia de descumprimento de ordem judicial. No caso, o oficial recusou-se a obedecer se determinao judicial de cancelamento do p protesto, justificando-se na ausncia do pagamento de emolumentos. A se Min. Relatora registrou que, apesar da previso do art. 26, 3, da Lei n. 9.492/1997 que exige o pagamento prvio dos emolumentos para o cancelamento do protesto , por se tratar de ordem judicial impositiva, sem estabelecimento de dem qualquer condio para o seu implemento, no cabe ao oficial do cartrio impor parte interessada condio para o cumprimento da determinao. REsp 1.100.521 1.100.521-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 8/11/2011. (Infor 487).

BEM DE FAMLIA. PENHORA. INDENIZAO. ATO ILCITO.O recorrente interps o presente recurso contra acrdo do tribunal de justia que decidiu ser possvel a constrio de bem de famlia quando a execuo oriunda de ttulo judicial decorrente de ao de indenizao por ato ilcito proveniente de condenao do recorrente com trnsito em julgado na esfera penal pelo cometimento do crime de furto qualificado de diversas mercadorias. Para o Min. Relator, os efeitos extrapenais genricos da sentena penal condenatria so automticos, ou seja, no precisam ser abordados pelo juiz na sentena, visto que so aplicveis a qualquer crime e esto listados no art. 91 do CP. Assim, entre os bens jurdicos em discusso de um lado. a preservao da moradia do devedor inadimplente e, de outro, o dever de ressarcir os prejuzos sofridos indevidamente p algum em virtude de por conduta ilcita criminalmente apurada , preferiu o legislador privilegiar o ofendido em detrimento do infrator, criando essa exceo impenhorabilidade do bem de famlia Portanto, a famlia. regra de exceo trazida pelo art. 3, VI, da L n. 8.009/1990 Lei decorreria da necessidade e do dever do infrator de reparar os danos causados vtima, no caso a recorrida, no mbito cvel. E, por fim, salienta que a ningum dado beneficiar beneficiar-se da prpria torpeza. Precedente citado: REsp 209.043 RS, DJ 209.0435/2/2001. REsp 947.518-PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomo, , julgado em 8/11/2011.(Infor 487). (Infor

DANO MORAL. REPORTAGEM. REFUTADOS JUDICIALMENTE.

FATOS

A Turma deu provimento ao recurso especial interposto contra deciso do tribunal de origem que no reconheceu abuso do direito de informar, para fixar indenizao em favor dos magistrados de Tribunal Superior e advogado, autores da ao. Segundo o Min. Relator, os recorridos noticiaram, de forma incompleta, os fatos ao desconsiderarem decises judiciais j publicadas poca e de conhecimento desses que refutavam os acontecimentos narrados e diminuiriam a repercusso da notcia veiculada na revista. O dano moral foi causado pela publicao da matria que estabele estabeleceu ligao direta e inverdica entre os recorrentes e os fatos a eles imputados, atingindo-lhes a honra. Assim, observando o lhes enunciado da Sm. n. 221-STJ e o art. 953 do CC/2002, a STJ

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PROCESSO CIVIL COMPETNCIA. SFH. SEGURO ADJETO. MTUO HIPOTECRIO.A Seo acolheu os embargos de declarao opostos contra julgamento submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da C Res. n. 8/2008-STJ, esclarecendo que, nos feitos em que se STJ, discute contrato de seguro privado, aplice de mercado (Ramo 68), adjeto a contrato de mtuo habitacional, por envolver discusso entre a seguradora e o muturio e no afetar o Fundo de Compensao de Variaes Salariais (FCVS), no existe interesse da Caixa Econmica Federal (CEF) a justificar a formao de litisconsrcio passivo itisconsrcio necessrio, sendo, portanto, da Justia estadual a competncia para seu julgamento. Entretanto, sendo a aplice pblica (Ramo 66) e garantida pelo FCVS, existe interesse jurdico a amparar o pedido de interveno da CEF, na forma do art. 50 do CPC, e a remessa dos autos para a rt. Justia Federal. Ressaltou-se, ainda, que, na aplice pblica se, (Seguro Habitacional do Sistema Financeiro da Habitao SH/SFH), o FCVS o responsvel pela garantia da aplice e a CEF atua como administradora do SH/SFH, controlando, juntamente com as seguradoras, os prmios emitidos e recebidos, bem como as indenizaes pagas. O eventual superavit dos prmios fonte de receita do FCVS; em contrapartida, possvel deficit ser coberto com recursos do referido fundo, sendo seu regime jurdico de direito pblico. J o, na aplice privada, o risco da cobertura securitria da prpria seguradora e a atuao da CEF, agente financeiro, restrita condio de estipulante na relao securitria como beneficiria da garantia do mtuo que concedeu, sendo o a regime jurdico prprio dos seguros de natureza privada. EDcl no REsp 1.091.363-SC e EDcl no REsp 1.091.3 1.091.393-SC, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgados em 9/11/2011. .(Infor 487).

RECLAMAO. JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS. REQUISITOS.A Seo, ao prosseguir o julgamento, deliberou, entre outras questes, limitar a admissibilidade das reclamaes que es, chegam ao STJ contra decises das turmas recursais dos juizados especiais estaduais quelas que afrontam julgados em recurso repetitivo (art. 543 do CPC e Res. n. 8/2008543-C STJ) ou enunciados da Smula deste Superior Tribunal. Ademais, consignou que a divergncia deve referir referir-se s regras de direito material, no se admitindo a reclamao que discuta regras de direito processual civil, tendo em vista que o processo, nos juizados especiais estaduais, orienta orienta-se pelos critrios da Lei n. 9.099/1995. Outrossim, firmou que no sero conhecidos eventuais agravos regimentais interpostos de decises monocrticas que no conheceram dessas reclamaes. Rcl 3.812-ES, Rel. originrio Min. Sidnei Beneti, Rel. para acrdo Min. Nancy Andrighi, julgada em 9/11/2011.(Infor 487)..

GRATUIDADE. JUSTIA. REQUERIMENTO. CURSO. PROCESSO. POSSIBILIDADE.No caso, a recorrente, no momento da interposio da apelao, requereu os benefcios da justia gratuita, alegando falta de condies financeiras para arcar com os encargos do preparo do recurso. A Turma entendeu que, conforme o art. 4 c/c o art. 6 da Lei n. 1.060 1.060/1950, pode-se requerer o benefcio da gratuidade da justia tanto no ato de demandar quanto no curso de processo, desde que no esgotada a prestao jurisdicional, sendo certa a impossibilidade de extenso retroativa da assistncia judiciria Precedentes judiciria. citados: AgRg no AREsp 41.373 41.373-MS, DJe 4/11/2011; AgRg no AREsp 663-DF, DJe 29/6/2011, e AgRg no Ag 876.596 DF, 876.596RJ, DJe 24/8/2009. REsp 903. 903.779-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomo, julgado em 17/11/2011. (Infor 487).

EDCL. OMISSO. NOME. ADVOGADO. PAUTA.A Turma cassou acrdo do tribunal de justia que julgou improcedentes embargos de declarao que submeteram corte local matria concernente alegada nulidade do nte julgamento da apelao, pois no constaram da publicao , referente pauta de julgamento os nomes dos causdicos constitudos para acompanhar o feito no tribunal. Para o Min. Relator, os embargos de declarao constituem recurso q que visa sanar eventual omisso, contradio, obscuridade ou erro material, propiciando o aprimoramento da prestao jurisdicional ao possibilitar parte cientificar e requerer autoridade judiciria que sejam sanados vcios, inclusive no que tange ao cerceamento da ampla defesa. Portanto, os ceamento embargos de declarao podem bem se prestar, embora no seja esse o seu objetivo precpuo, a veicular um pedido de correo de erro material e, assim, gerar uma deciso diferente daquela de que se recorreu. Nesse pass passo, os declaratrios constituem recurso hbil a sanar, mediante anulao da deciso embargada, a relevante questo suscitada. Precedente citado: EDcl no REsp 1.204.373 : 1.204.373-SE, DJe 30/5/2011. REsp 888.044-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomo, julgado em 8/11/2011.(Infor 487).

PROCESSO PENAL NULIDADE. AO PENAL. ACUSAO ANNIMA. INTERCEPTAO TELEFNICA.A Turma, por unanimidade, denegou a ordem na qual se postulava a nulidade da ao penal suposta supostamente instaurada com base em acusao annima e interceptaes telefnicas ilegalmente autorizadas. Reafirmou Reafirmou-se o posicionamento do Superior Tribunal de Justia de que as informaes obtidas de forma annima so aptas a ensejar ao penal apenas quando corroboradas por outros elementos de prova colhidos rroboradas em diligncias preliminares realizadas durante a investigao criminal. No caso, o representante do Ministrio Pblico aps Pblico, o recebimento de e-mails annimos relativos a suposto conluio entre fiscais de renda e funcionrios de determinada nda sociedade empresria com o fim de fraudar o Fisco, teve a cautela necessria de efetuar diligncias imprescindveis para a averiguao da veracidade dos fatos noticiados, oficiando, inclusive, os rgos competentes. Asseve Asseverou-se, portanto, no haver qualquer impedimento ao prosseguimento da persecuo penal, tampouco a ocorrncia de qualquer ilicitude a contamin-la, j que o membro do Parquet agiu em la,

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estrito cumprimento s funes que lhe so atribudas pela Carta Federal e pela legislao infraconstitucional pertinente (art. 129, VI, VIII e IX, da CF e incisos I, II, IV e VII e 2 do art. 8 da LC n. 75/1993). Por fim, conclui-se inexistir qualquer se ofensa ao princpio da proporcionalidade, uma vez que as interceptaes telefnicas foram pleiteadas e autorizadas elefnicas judicialmente depois do devido aprofundamento das investigaes iniciais, quando constatados indcios suficientes da prtica dos ilcitos penais por parte dos envolvidos, tendo o magistrado responsvel pelo feito vislumbrado islumbrado a indispensabilidade da medida. HC 104.005-RJ, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 8/11/2011. .( Infor. 487 487).

DIREITO AMBIENTAL NULIDADE. INFRAO MANIFESTAO. MPF. AMBIENTAL.

COMPETNCIA. IRREGULAR.

INGRESSO. O.

MEDICAMENTO

da competncia da Justia Federal a apurao do crime de incolumidade pblica (art. 273 do CP) quando caracterizada a procedncia internacional do medicamento In casu, a medicamento. denunciada foi detida com medicamento de origem estrangeira irregular cytotec 200 mcg guardado em sua bolsa durante viagem de Foz do Iguau-PR a Araraquara PR Araraquara-SP. A produo do medicamento se deu na Itlia e sua aquisio provavelmente se deu no Paraguai. A Seo ratificou o entendimento de que, apurada a impor importao de medicamentos proibidos, revela-se a existncia de leso a se bens, interesses ou servios da Unio, porquanto presentes , indcios de que o acusado o responsvel pelo ingresso do produto em territrio nacional, o que configura a internacionalidade da conduta. Precedentes citados: CC 85.634-SP, DJe 18/12/2008, e CC 95.721-SP, DJe 30/9/2010. SP, CC 116.037-SP, Rel. Min. Gilson Dipp, julgado em 9/11/2011. (Infor 487).

Trata-se de ao ordinria com pedido de declarao de se nulidade de auto de infrao ambiental. E primeiro grau, Em julgou-se procedente o pleito, sendo que o acrdo recorrido se anulou de ofcio a sentena ao fundamento de ser necessria a manifestao do Ministrio Pblico Federal (MPF) na causa, o que no ocorreu. A Turma conheceu parcialmente do recurso, mas lhe negou provimento por entender, entre outras so, questes, que o MPF deve manifestar manifestar-se em causa na qual se discute nulidade de auto de infrao ambiental porque, no mais das vezes, o interesse envolvido transcende o interesse meramente patrimonial no crdito gerado abarcando gerado, discusses de cunho substancial que dizem respeito ao meio ambiente em si, tal como no caso Para tanto, observou-se o caso. disposto no art. 5, III, d, entre outros, da LC n. 75/1993. , REsp 1.264.302-SC, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 8/11/2011. .( Infor. 487).

DIREITO DO CONSUMIDOR REPETITIVO. EFICCIA EXECUTIVA. SENTENA. OBRIGAO. PAGAMENTO. QUAN QUANTIA CERTA.Trata-se de recurso julgado sob o regime do art. 543 se 543-C do CPC e Res. n. 8/2008-STJ em que o recorrido, na origem, STJ props ao com o objetivo de declarar nula a cobrana da fatura de energia eltrica e obstar o corte no fornecimento. No caso, a sentena expressa em reconhecer a legalidade do entena dbito discutido pela parte consumidora, de modo que incide o art. 475-N, I, do CPC (atribui eficcia executiva s N, sentenas que reconhecem a existncia de obrigao de pagar quantia certa) na parte em que r reconhece a legalidade do dbito impugnado, embora declare inexigvel a cobrana de custos administrativos de 30% do clculo de recuperao de consumo elaborado pela concessionria recorrente e discrimine os nus de sucumbncia. O teor da sentena que se pretende executar claro, uma vez que o magistrado no etende se limitou a reconhecer a fraude no medidor, mas a validar parcela da prpria cobrana extrajudicial levada a cabo pela concessionria. REsp 1.261.888 1.261.888-RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 9/11/2011 .(Infor 487). 9/11/2011.

ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE. ECA. CLASSIFICAO INDICATIVA. ESPETCULO. DANO MORAL. ACESSO.

Trata-se de recurso especial no qual os autores pedem se condenao por dano moral decorrente da negativa de acesso a espetculo teatral com base na classificao indicativa criana acompanhada pelos pais. A Min. Relatora registrou que a Portaria n. 796/2000 do Ministrio da Justia que regulamentava, poca dos fatos, o art. 74 do ECA tratava o tema de forma genrica e vaga, no contendo qualquer exceo ao que estava ali disposto. Somente com a Portaria n. 1.100/2006 daquele ministrio esclareceu-se a questo, ao permitir que os pais se autorizassem o acesso dos filhos a qualquer espetculo, desde que no classificado para maiores de 18 anos A Min. ra anos. Relatora consignou, ainda, que a gravidade da sano administrativa prevista no art. 258 do ECA reforaria a ideia de que a classificao indicativa impositiva. Dessa forma, a Turma entendeu que no configurou dano moral o e erro escusvel da sociedade empresria ao impedir a entrada do menor acompanhado pelos seus pais pea de teatro, em observncia classificao indicativa. REsp 1.209.792 1.209.792-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado .(Infor 487).

PLANO DE SADE. NOTIFICAO. RESCISO UNILATERAL.Trata-se, na origem, de ao na qual a ora recorrida busca a se, nulidade da resciso unilateral de contrato levada a efeito pela operadora de plano de sade. A Turma entendeu que, desde que fique comprovado o atraso superior a 60 dias e seja feita a notificao do consumidor, permitida a resciso unilateral do contrato de plano de sade nos termos do art. ato 13, pargrafo nico, II, da Lei n. 9.656/1998 Assim, ao 9.656/1998. afirmar que no basta a notificao prevista na mencionada norma, sendo imprescindvel a propositura de ao judicial, o tribunal a quo criou exigncia no pr prevista em lei. Logo, configura medida descabida e sem qualquer razoabilidade exigir que as operadoras de plano de sade ingressem em juzo para cancelar contratos de consumidores inadimplentes.

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REsp 957.900-SP, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, julgado em 17/11/2011. (Infor 487).

PRESCRIO. REPETIO. INDBITO. DISCIPLINA NO CURSADA. ENSINO SUPERIOR.A Turma entendeu que a prescrio da ao de repetio de indbito referente ao valor pago por disciplina que no foi ministrada pela instituio de ensino superior de trs anos, de acordo com o art. 206, 3, IV, do CC/2002. A Min. Relatora, ao afastar a aplicao do art. 27 do CDC, a afirmou que o caso de pretenso de ressarcimento por enriquecimento sem causa, pois no teria sido prestado o servio pago, e no de falha na prestao do servio contratado, situao na qual seria aplicado o dispositivo da legislao consumerista. Ultrapassada a questo sobre qual assada seria o lapso prescricional, considerando a data inicial da contagem do prazo a colao de grau (ocorrida em julho de 2000), a Turma aplicou a regra de transio do art. 2.028 do CC/2002 para reconhecer o reincio do prazo a par da partir vigncia do novo Cdigo Civil, bem como a ocorrncia da prescrio da pretenso de repetio do indbito. REsp 1.238.737-SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em l. 8/11/2011.(Infor 487).

complexa realidade das relaes negociais potencializa a extenso daquele instituto s sociedades circunstancialmente annimas. A jurisprudncia deste Superior Tribunal que, para a excluso judicial do scio, no ribunal basta a alegao de quebra da affectio societatis, mas a demonstrao de justa causa, ou seja, dos motivos que ocasionaram essa quebra. No caso, a sentena, ao apreciar o conjunto ftico-probatrio, con probatrio, consignou uma srie de fatos a configurar a justa causa: o recorrente reeleito pela assembleia geral para o cargo de diretor no pode exerc nem sequer exerc-lo conferir livros e documentos sociais em razo de bice imposto pelos recorridos, a no distribuio de d dividendos aos recorrentes e os recorridos exercerem a diretoria de forma ilegtima, so os nicos a perceber rendimentos mensais. Da, ante a caracterizao do justo motivo, deve deve-se concluir pela excluso dos recorridos da sociedade annima com estrutura de sociedade familiar. Precedentes citados: EREsp 111.294 e 111.294PR, DJ 10/9/2007, e REsp 1.129.222 1.129.222-PR, DJe 1/8/2011. REsp 917.531-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomo, julgado em n. 17/11/2011. (Infor 487).

RECUPERAO JUDICIAL. PARQUE INDUSTRIAL. ARRENDAMENTO. NOVA EMPRESA.Trata-se de conflito em que o cerne da controvrsia saber se qual o juzo competente para deliberar sobre os bens abrangidos por plano de recuperao judicial aprovado em r juzo. In casu, tendo em vista que a sociedade empresria , recuperanda no conseguiu cumprir o plano de recuperao judicial inicialmente proposto pelo administrador judicial, a sociedade, em conjunto com seus cre credores, decidiu pelo arrendamento de seu parque industrial, devidamente homologado em juzo. Dessa forma, autorizada por contrato, a arrendatria constituiu nova sociedade empresria para operar o parque industrial arrendado. Posteriormente, em reclamao trabalhista, o juzo laboral responsabilizou a nova rabalhista, sociedade por dbitos trabalhistas da empresa em recuperao. Assim, a discusso se estabeleceu quanto possibilidade de vincular ao adimplemento de dbitos trabalhistas a sociedade que sucedeu a recupera recuperanda na operao de seu parque industrial. Nesse contexto, a Seo ressaltou que o objetivo maior de preservao da sociedade empresria que orientou a regra do art. 60, pargrafo nico, da Lei n. 11.101/2005 foi implementar a ideia de que a flexibilizao de algumas garantias de determinados credores pode significar ganhos sociais mais efetivos, na medida em que a manuteno do empreendimento poderia implicar a preservao de empregos, gerao de postos de trabalho, movimentao da economia, manuteno da s sade financeira de fornecedores, entre outros ganhos. No entanto, frisou frisou-se que, para a implementao eficaz desse objetivo, imprescindvel que seja atribuda a um nico juzo a competncia no apenas para executar o patrimnio de sociedades falidas ou em recuperao judicial, mas tambm m para decidir sobre as responsabilidades inerentes s sociedades que participarem dos esforos de recuperao de um empreendimento. Assim, consignou consignou-se que, como, na espcie, um dos mecanismos utilizados para a recuperao judicial da sociedade empresria foi o de autorizar a alienao do estabelecimento industrial e, no contrato pelo qual se promoveu a medida, optou optou-se pela transferncia do bem mediante arrendamento, as consequncias jurdicas

REPETITIVO. EFICCIA EXECUTIVA. SENTENA. OBRIGAO. PAGAMENTO. QUANTIA CERTA.Trata-se de recurso julgado sob o regime do art. 543 se 543-C do CPC e Res. n. 8/2008-STJ em que o recorrido, na origem, STJ props ao com o objetivo de declarar nula a cobrana da s fatura de energia eltrica e obstar o corte no fornecimento. No caso, a sentena expressa em reconhecer a legalidade do dbito discutido pela parte consumidora, de modo que incide o art. 475-N, I, do CPC (atribui eficcia executiva s sentenas que reconhecem a existncia de obrigao de pagar quantia certa) na parte em que reconhece a legalidade do dbito impugnado, embora declare inexigvel a cobrana de custos administrativos de 30% do clculo de re recuperao de consumo elaborado pela concessionria recorrente e discrimine os nus de sucumbncia. O teor da sentena que . se pretende executar claro, uma vez que o magistrado no se limitou a reconhecer a fraude no medidor, mas a validar parcela da prpria cobrana extrajudicial levada a cabo pela ia concessionria. REsp 1.261.888-RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 9/11/2011. .(Infor 487) (Infor 487).

DIREITO EMPRESARIAL SOCIEDADE ANNIMA. CAPITAL FECHADO. DISSOLUO PARCIAL. POSSIBILIDADE.Trata-se, na origem, de ao para dissolver parcialmente se, sociedade annima com a apurao de haveres ou a excluso dos acionistas ora recorridos. Na espcie, a sociedade annima apresenta estrutura de sociedade familiar, na qual as aes permanecem em poder dos membros de uma mesma famlia, no sendo, portanto, negociadas no mercado de capitais. O instituto da dissoluo parcial , a princpio, voltado tado s sociedades contratuais e personalssimas, contudo deve-se observar que atualmente, a se

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dessa operao, no que diz respeito aos bens envolvidos no speito processo de recuperao judicial, devem ser avaliadas e decididas pelo juzo perante o qual a recuperao se processa. Dessarte, concluiu-se que o julgamento de se reclamao trabalhista no qual se reconhece a existncia de sucesso trabalhista, responsabilizando-se a nova sociedade se constituda pelos dbitos da arrendante do parque industrial, implica invaso da competncia do juzo da recuperao judicial. Diante do exposto, a Seo conheceu do conflito e estabeleceu como competente o juzo da recuperao, nte declarando nulos os atos praticados pela vara trabalhista CC trabalhista. 118.183-MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado e 9/11/2011. em (Infor 487).

589.631-MG, DJ 27/2/2007. REsp 1.202.437-MT, Rel. Min. Benedito Gonalves, julgado em 8/11/2011 .(Infor 487).

FALNCIA. HABILITAO. CONTRIBUIO PARAFISCAL. SENAI.

CRDITO.

DIREITO TRIBUTRIO ICMS. TELEFONIA ROAMING. MVEL. OPERAES

Cinge-se a questo ao pagamento de ICMS sobre os servios se de telefonia mvel prestados na modalidade roaming. A recorrente busca eximir-se do aludido imposto, ao s se sustentar que ele devido no local onde cobrado o servio, e no onde instalada a estao telefnica. Nesta instncia especial, entendeu-se que o fato de a sociedade empresria contratada se pelo usurio ser a responsvel pelo faturamento e recebimento do servio prestado no a torna contribuinte do ervio tributo ou responsvel por ele, devendo a obrigao tributria recair sobre a sociedade empresria que efetivamente viabilizou a chamada telefnica, que, nas operaes denominadas roaming, a operadora com cober , cobertura na rea de onde partiu a ligao do usurio do sistema. Ressaltou Ressaltou-se que o servio de roaming ocorre quando um usurio de linha mvel celular realiza uma chamada a partir de territrio que no est abrangido pela concessionria por ele contratada, sendo que essas ligaes so feitas (transmitidas) pela do concessionria local, ou operadora visitada, a qual remunerada, mediante repasse, pela concessionria que disponibilizou a linha ao usurio. Observou . Observou-se que esse servio torna-se complexo na medida em que pressupe a realizao de dois negcios jurdicos simultneos para viabilizar o servio de comunicao pretendido: um entre o usurio e a sua operadora original, pela qual foi disponibilizada a linha, e outro entre essa sociedade empresria titular do contrato e aquela que efetivamente realiza a comunicao (operadora visitada). Consignou Consignou-se, ainda, que, da relao jurdica existente entre as concessionrias, resultam os valores cobrados pela operadora local mediante repasse registrado no documento de declarao de trfego e prestao de servios (DETRAF), eclarao pela efetiva prestao de servio de comunicao, razo pela qual h a incidncia do ICMS sobre tais valores. In casu, visto que, nas operaes denominadas roaming, a obrigao tributria deve recair sobre a empresa que viabilizou a obre chamada telefnica, qual seja, a operadora com cobertura na rea de onde partiu a ligao do usurio do sistema, a recorrente a verdadeira contribuinte da exao em comento. Com essas, entre outras consideraes, a Turma c conheceu parcialmente do recurso e, nessa parte, negou negou-lhe provimento. Precedentes citados: AgRg no REsp 1.157.106 1.157.106MT, DJe 5/8/2011; REsp 996.752-RJ, DJe 19/2/2009, e REsp RJ,

Trata-se, na origem, de pedido de habilita de crdito se, habilitao parafiscal em processo de falncia formulado pelo Servio Nacional de Aprendizagem Industrial Senai. A Turma aplicou o entendimento consolidado em relao aos crditos fiscais de que o ente pblico pode optar entre o ajuizamento da execuo fiscal e a habilitao de crditos na falncia o tambm para os crditos parafiscais, entre os quais esto includas as contribuies devidas ao Senai. Por sua vez, escolhida uma via judicial, ocorre a renncia em relao outra, pois no se admite a du dupla garantia. Logo, como o Senai optou por habilitar seu crdito no processo falimentar, irrelevante o fato de ele poder, em tese, cobrar tal crdito por meio de execuo fiscal, uma vez que a opo pela habilitao implicou renncia ao rito da Lei n. 6. 6.830/1980. Ademais este Superior Tribunal no considera a possibilidade de propositura da execuo fiscal como um impeditivo habilitao do crdito no processo de falncia Precedente falncia. citado: AgRg no Ag 713.217 713.217-RS, DJe 1/12/2009. REsp 874.065-RS, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, julgado em , 17/11/2011 .(Infor 487).

ATUALIZAO LEGISLATIVALEI N 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011.Regula o acesso a informaes previsto no inciso XXXIII do o o o art. 5 , no inciso II do 3 do art. 37 e no 2 do art. 216 da o Constituio Federal; altera a Le n 8.112, de 11 de Lei o dezembro de 1990; revoga a Lei n 11.111, de 5 de maio de o 2005, e dispositivos da Lei n 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e d outras providncias.

LEI N 12.529, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2011Estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrncia; dispe sobre a preveno e represso s infraes contra a o ordem econmica; altera a Lei n 8.137, de 27 de dezembro o de 1990, o Decreto-Lei n 3.689, de 3 de outubro de 1941 o Cdigo de Processo Penal, e a Lei n 7.347, de 24 de julho de o 1985; revoga dispositivos da Lei n 8.884, de 11 de junho de o 1994, e a Lei n 9.781, de 19 de janeiro de 1999; e d outras providncias.

LEI N 12.546, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2011.Institui o Regime Especial de Reintegrao de Valores Tributrios para as Empresas Exportadoras (R (Reintegra); dispe sobre a reduo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) indstria automotiva; altera a incidncia das contribuies previdencirias devidas pelas o empresas que menciona; altera as Leis n 11.774, de 17 de o o setembro de 2008, n 11.033, de 21 de dezembro de 2004, n .033, o 11.196, de 21 de novembro de 2005, n 10.865, de 30 de abril o o de 2004, n 11.508, de 20 de julho de 2007, n 7.291, de 19

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de dezembro de 1984, n 11.491, de 20 de junho de 2007, no

o

o

9.782, de 26 de janeiro de 1999, e n 9.294, de 15 de 294, o julho de 1996, e a Medida Provisria n 2.199 2.199-14, de 24de agosto de 2001; revoga o art. 1 da Lei n 11.529, de 22 o o de outubro de 2007, e o art. 6 do Decreto-Lei n 1.593, de 21 Lei de dezembro de 1977, nos termos que especifica; e d outras providncias.o o

vigor da nova norma, apenas s leses ocorridas a partir da sua promulgao. Ao final, a deciso de negar provimento ao recurso da empresa nesse ponto foi seguida pelos demais integrantes da Turma.Fonte: site oficial do TST Fonte: TST.

JUSTIA RECONHECE VNCULO ENTRE ANALISTA DE SISTEMAS E TOMADORA DE SERVIO ADORA SERVIO.Por considerar ilcita a terceirizao de mo de obra configurada na contratao sucessiva de uma trabalhadora, a Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve deciso que reconheceu o vnculo empregatcio entre uma analista de sistemas e a Fibria Celulose S.A. A deciso foi unnime no sentido de no conhecer do recurso, e seguiu o mesmo entendimento adotado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4 Regio (RS).Trata (RS).Trata-se da situao de uma trabalhadora que foi empregada da Riocell (sucedida pela Aracruz Celulose, que, ao unir unir-se Votorantin Celulose e Papel, deu origem Fibria) por 16 anos, nos quais atuou no setor de informtica prprio da empresa, e teve seu contrato de trabalho extinto em 1993. Mas, conforme o acrdo regional, ela continuou a prestar servios Riocell durante , mais nove anos na condio de terceirizada. Isso porque, segundo salientou o Regional, a tomadora de servios exigia das empresas prestadoras que mantivessem um mnimo de funcionrios que conhecessem o t trabalho. Devido a sua experincia, a cada troca de empresa terceirizada, a analista era admitida pela sucessora para fiscalizar os servios, especialmente por serem estes prestados nas dependncias da tomadora.Entendendo o caso dos autos como uma relao de trabalho sob a forma de "triangulao" ou intermediao, e da qual participam as figuras do prestador dos servios que oferece a mo de obra de seus empregados, e do tomador, o TRT reconheceu o vnculo empregatcio reclamado pela empregada diretamente com a tomadora. Inconformada, a empregadora recorreu instncia superior sob a alegao de que a atividade desenvolvida pela analista era de alto grau de especializao e no tinha relao com suas finalidades principais. Isso autorizaria o uso da contratao de prestadora de servios, nos termos da Smula 331, item III, do TST.Contudo, o ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, relator do recurso na Primeira Turma, no acolheu as alegaes da empresa. Verificada a permanncia das mesmas condies de trabalho (pessoalidade, subordinao, local de trabalho, atividades desenvolvidas, dentre outros) apesar da alterao contratual formal, cuja principal consequncia foi desproteger a empregada, o relator afirmou no haver outra consequncia que no o reconhecimento do vnculo empregatcio com a tomadora de servios. O ministro ressaltou ainda que, mesmo que no fosse detectada a fraude, a terceirizao levada a cabo pela empresa era claramente ilcita. "A finalidade da terceirizao, no caso, era reduzir custos trabalhistas, transferindo a atividade e o mtodo de trabalho desenvolvidos pela empresa a um terceiro que gerenciasse a mo de obra", concluiu. Fonte: site oficial do TST.

LEI N 12.547, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2011.Altera o art. 261 da Lei n 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Cdigo de Trnsito Brasileiro.o

NOTCIAS JUSTRABALHISTASSEGUNDA TURMA AFASTA NOVA REGRA PRESCRICIONAL PARA TRABALHADOR RURALA reduo do prazo de prescrio para o empregado rural pleitear eventuais direitos trabalhistas, ocorrida com a Emenda Constitucional 28/2000, s pode ser aplicada aos contratos firmados aps a promulgao da norma, em 25/5/2000, ou aos perodos trabalhados a partir dessa data. Com esse entendimento, a Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho negou o pedido da Cosan Acar e lcool para que fosse aplicada a nova regra prescricional numa ao trabalhista ajuizada por ex-empregado.No recurso empregado.No de revista relatado pelo presidente da Turma, ministro R Renato de Lacerda Paiva, a empresa requereu a aplicao da prescrio quinquenal ao caso, com base na EC 28 tendo em 28, vista que a extino do contrato de trabalho de natureza rural balho e o ajuizamento da ao pelo empregado ocorreram na vigncia da nova lei. A emenda modificou a redao do artigo 7, XXIX, da Constituio Federal, ao estabelecer prazo de prescrio de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, at o limite de dois anos aps a extino do contrato, para pleitear crditos salariais. O Tribunal Regional do Trabalho da 15 Regio (Campinas/SP) j havia negado empresa a aplicao da resa prescrio quinquenal, por avaliar que a norma no pode retroagir aos contratos existentes antes da promulgao da emenda, como na situao dos autos. Para o TRT, a regra da EC 28 pode ser aplicada apenas aos contratos iniciados a partir da sua vigncia ou aos perodos trabalhados aps essa data. O Regional destacou que, antes da emenda, o empregado rural tinha at dois anos aps a resciso contratual para o ajuizar ao trabalhista, mas com a possibilidade de pleitear direitos relativos a todo o perodo trabalhado. O prazo prescricional de cinco anos foi o limite introduzido pela emenda. O relator do recurso no TST, ministro Renato Paiva, e explicou que o prazo prescricional institudo pela emenda era inferior ao aplicvel anteriormente aos trabalhadores rurais, uma vez que a nica prescrio aplicvel a eles era a bienal, contada a partir da extino do contrato de trabalho. Como a emenda menos benfica ao empregado rural, pois restringe a enos concesso de eventuais crditos trabalhistas aos ltimos cinco anos do contrato, o relator entendeu que ela no pode ser aplicada a um contrato iniciado antes de sua entrada em

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TURMA RECONHECE ESTABILIDADE GESTANTE EM CONTRATO DE EXPERINCIA

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DEMITIDO POR JUSTA CAUSA NO RECEBE FRIAS PROPORCIONAIS COM UM TEROO empregado dispensado por justa causa no tem direito a receber do empregador o pagamento de frias proporcionais mais um tero. Com base na Consolidao das Leis do Trabalho (CLT ) e na Smula 171 a Oitava Turma do Tribunal 171, Superior do Trabalho liberou a empresa Conservas Oderich S.A. de pagar a verba rescisria a um ex ex-funcionrio, demitido por faltar reiterada e injustificadamente ao servio.Contratado em novembro de 2009, inicialmente na funo de servios gerais, o autor, aps dois meses de trabalho, passou a ser operador de mquinas. Em sua reclamao, argumentou que a empresa aplicou rigor excessivo na punio, pois teria faltado apenas dois ou trs dias. Provas documentais, porm, indicaram que o operrio j havia sido advertido em trs ocasies e, mesmo assim, faltou novamente ao trabalho mais quatro dais nos meses seguintes, e, por isso, foi recebeu duas suspenses no total de trs dias. Depois de faltar mais uma vez, depois das suspenses, acabou demitido por justa causa, em agosto de 2010. Ao examinar o recurso do trabalhador contra a sentena que manteve a dispensa por justa causa, o Tribunal Regional do Trabalho da 4 Regio (RS) esclareceu que a ausncia reiterada, sem justificativa, viola a obrigao contratual do empregado de prestar servio e permite ao empregador a resciso do contrato sem nus. O Regional fez questo de ressaltar o correto procedimento da empresa de gradao de pena para cada episdio de faltas injustificadas, aumentando ada a punio em decorrncia da reiterao. O empregado foi notificado e punido para que percebesse os atos faltosos que vinha cometendo e emendasse seu comportamento e, em todas as punies aplicadas, havia o aviso de que a reincidncia acarretaria novas penas. A atitude do autor de desconsiderar isso e persistir na prtica de desdia possibilitou, assim, a configurao da pena da justa causa. Apesar de considerar a dispensa justificada, porm, o TRT TRTRS condenou a empresa a pagar frias proporcionais u acrescidas de um tero, relativas ao ltimo perodo contratual. O fundamento foi o artigo 7, XVII, da Constituio da Repblica e o artigo 11 da Conveno 132 da OIT, ratificada pelo Brasil por meio do Decreto 3.197/99 , que no faz exceo concesso do benefcio quando cessa a relao de emprego. A Oderich, considerando indevida a condenao, interps siderando recurso de revista, alegando violao dos artigos 146, pargrafo nico, da CLT e contrariedade Smula 171 do TST, alm de apresentar julgado com deciso contrria para ntar demonstrao de divergncia jurisprudencial. Para o relator do recurso, juiz convocado Sebastio Geraldo de Oliveira, a questo j no comporta mais controvrsia no TST, que pacificou o entendimento da matria com a edio da Smula 171, contrariada pelo acrdo do TRT/RS. Aps o , voto do relator, em deciso unnime, a Oitava Turma excluiu r, as frias proporcionais da condenao Fonte: site oficial do condenao. TST.

A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho reconheceu o direito de uma trabalhadora gestante a receber a salrios e demais direitos correspondentes ao perodo de estabilidade, mesmo em se tratando de contrato de experincia. A Turma seguiu o voto do relator, ministro Walmir Oliveira da Costa, no sentido de que o direito independe da modalidade do contrato de trabalho, e que o idade item III da Smula 244 do TST, que exclui a estabilidade nos i contratos de experincia, est superado pela jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido formulado pela gestante em reclamao trabalhista ajuizada contra a empregadora, Turqueza Tecidos e Vesturios Ltda., foi inicialmente indeferido em primeiro e ente segundo graus. O Tribunal Regional do Trabalho da 18 Regio (GO), ao manter a sentena contrria pretenso da trabalhadora, entendeu que o direito da gestante ao emprego, previsto no artigo 10, inciso II, alnea b' do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias (ADCT), no abrangeria os contratos firmados sob a modalidade de experincia. " que os contratos de experincia t sua tm extino com o advento do termo final ou da condio resolutiva", assinalou o Regional. "A extino do contrato em face do seu trmino no constitui dispensa arbitrria ou sem justa causa". Ao recorrer ao TST, a empregada sustentou que o nico critrio previsto para a estabilidade provisria a confirmao rio da gravidez durante o contrato. Uma vez constatada essa condio, a gestante tem assegurado o emprego at cinco meses aps o parto. O ministro Walmir Oliveira a Costa acolheu a argumentao. "A garantia visa, em ltima anlise, rantia tutela do nascituro", assinalou. Em seu voto, o relator lembrou que o ADCT veda a dispensa arbitrria ou sem justa causa da empregada gestante desde a confirmao da pregada gravidez at cinco meses depois do parto, sem distino entre o contrato a prazo determinado, como o de experincia, ou sem durao de prazo."O nico pressuposto do direito estabilidade (e sua converso em indeni indenizao, caso ultrapassado o perodo de garantia do emprego) a empregada encontrar-se grvida no momento da resciso se contratual, fato incontroverso no caso", afirmou. "Nesse cenrio, foroso reconhecer que o item III da Smula 244 no impedimento para o reconhecimento da estabilidade, sendo irrelevante se o contrato fora celebrad sob a celebrado modalidade de experincia, que poder ser transformado em prazo indeterminado".Para o ministro Walmir Oliveira da Costa, o entendimento desse item da Smula 244 encontrase superado pela atual jurisprudncia do STF, no sentido de que as gestantes, inclusive as contratadas a ttulo precrio, independentemente do regime de trabalho, tm direito alho, licena maternidade de 120 dias e estabilidade provisria desde a confirmao da gravidez at cinco meses aps o parto. "Da se deflui, portanto, que a deciso do TRT TRT-GO divergiu da orientao da Suprema Corte, qual incumbe a interpretao final da Constituio", concluiu. Por unanimidade, a Primeira Turma deu provimento ao recurso da gestante e condenou a empregadora a pagar os salrios e demais direitos correspondentes ao perodo de estabilidade, com juros e correo monetria. Fonte: site oficial do TST.

ARTIGO. DIREITOS DA PERSONAL PERSONALIDADE

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CONCEITO Direitos da personalidade so os atributos inerentes prpria condio humana. Conforme ensina Francisco Amaral, so os a direitos subjetivos que tem por objeto os bens e valores essenciais da pessoa, no seu aspecto fsico, moral e intelectual. Os direitos da personalidade podem ser inatos e adquiridos. Os primeiros so os inerentes pessoa humana (exemplos: direito vida, integridade fsica e moral). Os segundos so os conferidos pelo direito positivo (exemplo: direito autoral). Como salienta Renan Lotufo, os direitos da personalidade so o mnimo imprescindvel para o ser humano desenvolver desenvolver-se dignamente. se, Trata-se, a rigor, do patrimnio mnimo da pessoa, porque no h quem no os titularize. A pessoa jurdica tambm possui direito da personalidade (art.52 do CC e Smula 227 do STJ). CLASSIFICAO Os direitos da personalidade, de acordo com Limo Limongi Frana, podem ser classificados da seguinte forma: direito integridade fsica: 1) direito vida e aos alimentos; 2) direito sobre o prprio corpo, vivo; 3) direito sobre o prprio corpo, morto; 4) direito sobre o corpo alheio, vivo; 5) direito sobre o corpo alheio, morto; 6) direito sobre as partes separadas do corpo, vivo; 7) direito sobre partes separadas do corpo, morto. direito integridade intelectual: 1) direito liberdade de pensamento; 2) direito pessoal do autor cientfico; 3) direito pessoal do autor artstico; 4) direito pessoal oal do inventor. direito integridade moral: 1) direito liberdade civil, poltica e religiosa; 2) direito honra; 3) direito honorificncia; 4) direito ao recato; 5) direito ao segredo pessoal, domstico e profissional; 6) direito ssional; imagem; 7) direito identidade pessoal, familiar e social. Do ponto de vista do Direito pblico, alguns desses direitos integram as chamadas liberdades pblicas clssicas, pois protegem o homem enquanto pessoa humana, limitando o arbtrio do Estado. Todavia, os direitos da personalidade, classificados acima, tambm devem ser analisados sob a tica do direito privado, razo pela qual merece aplausos o Cdigo de 2002, que disciplinou o assunto, estipulando certas proibies e garantindo o ressarcimento dos danos causados. do CARACTERES Os direitos da personalidade so absolutos, extrapatrimoniais, intransmissveis, indisponveis, vitalcios, irrenunciveis, imprescritveis e ilimitados. Absolutos, porque oponveis erga omnes, isto , de , devem ser respeitados por todas as pessoas, independentemente de qualquer relao jurdica anterior. Extrapatrimoniais, porque incidem sobre bens jurdicos , insuscetveis de avaliao pecuniria. Todavia, alguns desses direitos, como, por exemplo, a imagem de uma pessoa

famosa, podem ser mensurados economicamente de acordo com os critrios estabelecidos por publicitrios, anunciantes e meios de comunicao de massa. Assim, conquanto a regra seja a existncia de direitos personalidade extrapatrimoniais, excepcionalmente depara cionalmente depara-se com alguns patrimoniais, como o caso dos direitos imagem e dos direitos autorais que por isso admitem a cesso de seu uso. Intransmissveis, porque inerentes prpria pessoa. Assim, , enquanto os direitos patrimoniais, como a propr propriedade, podem ser separados da pessoa de seu titular, mediante alienao do bem, os direitos da personalidade no podem ser destacados da pessoa que os titulariza. Todavia, como ensina Ives Gandra, no se deve confundir a intransmissibilidade com o direito do sucedido, em vida ou aps o falecimento, nestes casos admitindo admitindo-se, inclusive, que a lei torne um direito indisponvel, transmissvel, como, por exemplo, o direito imagem, pelo menos no que diz respeito sua defesa. A titularidade dos filhos para defender a imagem paterna exemplo de transmissibilidade de um direito indisponvel. J se decidiu que o direito de mover ao de indenizao por dano moral transmissvel. De fato, em se tratando de morto, o pargrafo nico do artigo 12 do CC, confere legitimidade ao cnjuge sobrevivente, a egitimidade qualquer parente em linha reta e aos colaterais at o quarto grau para tomarem as medidas judiciais visando a cessao da ameaa ou a leso a direito da personalidade, podendo, inclusive, reclamar as perdas e danos, s sem prejuzo de outras sanes de natureza patrimonial e penal. Indisponveis, porque o seu exerccio no pode ser cedido , nem limitado pela vontade da pessoa. Com efeito, dispe o art.11 do CC: Com exceo dos casos previstos em lei, os Com direitos da personalidade lidade so intransmissveis e irrenunciveis, no podendo o seu exerccio sofrer limitao voluntria. Jamais podero ser penhorados ou transmitidos . por ato inter vivos ou causa mortis Todavia, conforme mortis. salienta Carlos Roberto Gonalves, a indisponibilid indisponibilidade dos referidos direitos no absoluta, podendo algum deles ter o seu uso cedido para fins comerciais mediante retribuio, como o direito autoral e o direito de imagem, por exemplo. Nesses casos, os reflexos patrimoniais dos referidos direitos podem ser penhorados. Conforme vimos, alguns direitos da r personalidade admitem a cesso