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Informática na Educação

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Page 1: Informatica Na Educacao

Informática na Educação

Page 2: Informatica Na Educacao

Estudo de histórico, evolução e tendências na

área de Informática na Educação, bem como

das abordagens de aplicação dos

computadores no processo de

ensino/aprendizagem.

Page 3: Informatica Na Educacao

O que é Informática na Educação? (de acordo com Maria Elizabete Almeida)

É um novo domínio da ciência, cuja própria

concepção traz embutido o conceito de pluralidade,

de inter-relação e de intercâmbio crítico entre

diversos saberes e idéias desenvolvidas por

diferentes pensadores.

Page 4: Informatica Na Educacao

  Salienta-se ainda a necessidade da qualificação dos professores para a realização deste trabalho pois há uma grande resistência de vários profissionais que temem ser descartados a medida que este processo evolua.  

Page 5: Informatica Na Educacao

Informática na Educação Duas grandes linhas:

* o próprio ensino da Informática* o ensino pela Informática

Abordagens pedagógicastanto numa linha como na outra o ensino poderá

ocorrer dentro de uma abordagemInstrucionista

ou Construcionista

Page 6: Informatica Na Educacao

Razões de ser do Paradigma educacional tradicional segundo

Ramos (1996), Moraes (1996)

Método científico – única abordagem válida de conhecimento

Concepção do universo – sistema mecânico composto de unidades materiais elementares

Page 7: Informatica Na Educacao

Francis Bacon (1561 – 1626)(lançou as bases do pensamento científico ocidental)

Elaborou a teoria do procedimento indutivo e o

método empírico da ciência

Para Bacon o objetivo da ciência é dominar e controlar a natureza.

Page 8: Informatica Na Educacao

Descartes (1596-1650)(considerado o fundador da ciência moderna)

A chave para a compreensão da natureza era sua a sua estrutura matemática.

Propôs: o método analítico e dedutivo – os pensamentos e problemas devem ser decompostos em suas partes componentes, numa ordem lógica

Page 9: Informatica Na Educacao

Descartes (continuação)

Ênfase exagerada levou a: Fragmentação das disciplinas Fragmentação do pensamento Reducionismo – crença em que todos os

fenômenos, mesmo os mais complexos podem ser entendidos através da análise de suas partes constituintes

Page 10: Informatica Na Educacao

Isaac Newton (1642-1727) Unificou o método experimental e indutivo de

Bacon com o racional e dedutivo de Descartes desenvolvendo uma completa formulação matemática da concepção mecanicista da natureza.

O mundo é um sistema mecânico que pode ser descrito de forma objetiva sem necessidade de se fazer menção ao observador.

Page 11: Informatica Na Educacao

O sucesso do modelo mecanicista de Newton (que se consolida com a teoria

da química atômica) faz com que os princípios do seu método sejam adotados

por todas as ciências, inclusive as ciências humanas.

Page 12: Informatica Na Educacao

John Locke (1632-1704) Desenvolveu uma concepção atomística para

a sociedade, reduzindo os padrões observados na mesma ao comportamento dos indivíduos.

Como na natureza, a sociedade será levada ao equilíbrio, se forem respeitadas suas leis naturais.

Page 13: Informatica Na Educacao

O Iluminismo (Locke) Ideais: direito a

propriedade mercados livres governos representativos individualismo liberdade igualdade

Page 14: Informatica Na Educacao

Modelo mecanicista Separa os indivíduos de seus relacionamentos,

não reconhecendo a importância do contexto em que estão inseridos.

Gerou

individualismo exagerado e

egocentrismo humano

Page 15: Informatica Na Educacao

Inadequação do modelo de NewtonO estudo dos fenômenos elétricos e magnéticos

e

o conceito de evolução de Darwin

fez com que fosse percebido que o mundo era muito mais complexo do que Newton e

Descartes haviam imaginado.

Page 16: Informatica Na Educacao

Paradigma tradicional

Natureza, ser humano, plantas e animais – máquina O todo é compreendido a partir das partes Verdade absoluta na ciência Só se considera científico as coisas que podem ser

medidas e quantificadas O homem é visto como separado da natureza A natureza é vista como sendo obrigada a servir ao

homem.

Page 17: Informatica Na Educacao

Paradigma emergente(Moraes (1996) e Ramos (1996)

Deve ser capaz de gerar ambientes de aprendizagem que compreendam o ser humano em sua totalidade, com seus diferentes estilos de aprendizagem e distintas formas de resolver problemas, levando em consideração os aspectos físicos,biológicos, mentais, psicológicos, culturais e sociais dos aprendizes.

Page 18: Informatica Na Educacao

Paradigma emergente(continuação)

- preocupação em formar indivíduos autônomos, criativos, críticos, cooperativos,

solidários, fraternos, mais integrados e harmoniosos,isto é, indivíduos

intelectual e humanamente competentes;

Page 19: Informatica Na Educacao

Paradigma emergente

- CONSTRUTIVISTA - conhecimento sempre em construção;

- INTERACIONISTA - o conhecimento ocorre na interação com o outro;

- SÓCIO-CULTURAL - o conhecimento acontece a partir do diálogo do homem consigo mesmo e com o mundo que o cerca;

- TRANSCENDENTE - ampliar a consciência do outro, acentuar os sentimentos de humildade, fraternidade e solidariedade.

Page 20: Informatica Na Educacao

Informática na Educação no Brasil(Valente & Almeida (1997), Moraes (1997))

+ de 20 anos (desde início de 1970) – experiências na UFRJ, UFRGS e UNICAMP

No entanto, ainda não impregnou as idéias dos educadores e não está consolidada no nosso sistema educacional.

Page 21: Informatica Na Educacao

No BrasilO papel dos computadores nas escolas é de

provocar mudanças pedagógicas profundas

através da criação de ambientes de aprendizagem no quais o aluno constrói o seu conhecimento

e tem o controle do processo dessa construção.

Page 22: Informatica Na Educacao

Nos Estados UnidosO papel dos computadores nas escolas é de

automatizar o ensino ou promover a alfabetização tecnológica

Page 23: Informatica Na Educacao

Na FrançaO papel dos computadores nas escolas é de

desenvolver a capacidade lógica e preparar o aluno para trabalhar na

empresa.

Page 24: Informatica Na Educacao

Informática na Educação no Brasil Nasce a partir do interesse de educadores de

algumas universidades brasileiras Apesar da caminhada diferente, mesmos

resultados – mudanças quase inexistentes do ponto de vista pedagógico

Page 25: Informatica Na Educacao

Informática na Educação no Brasil

Diferente de outros países, as políticas e propostas pedagógicas da Informática na

Educação no Brasil sempre foram fundamentadas em pesquisas realizadas

nas universidades, em função das escolas da rede pública.

Page 26: Informatica Na Educacao

O Proinfo

O ProInfo é um programa educacional que visa à introdução das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação na escola pública como ferramenta de apoio ao processo ensino-aprendizagem.

Page 27: Informatica Na Educacao

O Proinfo

O ProInfo é uma iniciativa do Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação a Distância – SEED, criado pela Portaria nº 522, de 09 de abril de 1997, sendo desenvolvido em parceria com os governos estaduais e alguns municipais.

Page 28: Informatica Na Educacao

O Proinfo (continuação)

As diretrizes do Programa são estabelecidas pelo MEC e pelo CONSED (Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação). Em cada unidade da federação, há uma Comissão Estadual de Informática na Educação cujo papel principal é o de introduzir as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação nas escolas públicas de ensino médio e fundamental.

Page 29: Informatica Na Educacao

O Proinfo (continuação)

O ProInfo tem na preparação de recursos humanos - os professores - sua principal condição de sucesso. Os professores são capacitados em dois níveis: multiplicadores e de escolas.

Page 30: Informatica Na Educacao

Abordagens pedagógicas O computador pode ser utilizado nas escolas

de acordo com a abordagem

instrucionista

ou

construcionista

Page 31: Informatica Na Educacao

Abordagem Instrucionista

consiste na informatização dos métodos de ensino tradicionais* o computador assume o papel de máquina de ensinar;* alguém implementa no computador uma série de informações que devem ser passadas ao aluno;* o conteúdo a ser ensinado é apresentado conforme a estrutura de pensamento do especialista que o elaborou;

Page 32: Informatica Na Educacao

Abordagem Instrucionista

* conduz a uma atividade mecânica e repetitiva;

* não deixa explícito o pensamento do aluno que o utiliza;

* deixa para o professor o trabalho de provocar a reflexão do aluno;

Page 33: Informatica Na Educacao

Abordagem Construcionista(continuação)

* permite que o aluno expresse seu estilo cognitivo;* permite que o aluno reflita sobre o que está fazendo;* parte do entendimento que o aluno aprende usando

RAZÃO e EMOÇÃO.

Page 34: Informatica Na Educacao

CONSTRUCIONISMOcentra-se no

* PENSAR,

* CRIAR,

* DESAFIO,

* CONFLITO e

* na DESCOBERTA

Page 35: Informatica Na Educacao

Abordagem Construcionistapode ser um poderoso auxiliar numa mudança de

paradigma de ensino* o computador deve ser usado como uma máquina a ser ensinada;* a aprendizagem é vista como uma construção;* os erros são considerados fontes para novas reflexões;* o centro da aprendizagem está no educando e não no professor;

Page 36: Informatica Na Educacao

Bases do construcionismo(Papert - 1994)

* DEWEY - o método por descoberta- aquisição do saber é fruto do processo de reflexão

sobre a experiência.* PAULO FREIRE - a educação progressista e

emancipadora- a prática educativa deve priorizar trocas entre o

conhecimento já adquirido pelo educando e a construção de um saber científico.

Page 37: Informatica Na Educacao

Bases do construcionismo(continuação)

* JEAN PIAGET - a epistemologia genética- o conhecimento realmente ocorre quando o sujeito

consegue refletir sobre o fazer, dominar em pensamento a ação.

* VYGOTSKY - a zona proximal de desenvolvimento- o indivíduo constrói sua própria visão de mundo e sua

forma de atuar nele a partir de interações sociais; o professor deve atuar dentro da ZPD do aluno, isto é, entre o que ele já sabe e o que potencialmente já é capaz de fazer, se receber uma ajuda.

Page 38: Informatica Na Educacao

Postura do professor construcionista

Visão do conhecimento com algo em construção – não pronto, acabado.

Reflexão constante sobre a própria prática Serve como modelo de aprendiz Mentalidade aberta Responsabilidade Entusiasmo

Page 39: Informatica Na Educacao

“Um professor que tem a mentalidade aberta é aquele que convive com as diferenças, analisa as possíveis alternativas, incita o debate, a crítica, o confronto, a dúvida, promove a construção do conhecimento, fazendo uso de conteúdos formais e estruturados.”

Page 40: Informatica Na Educacao

“A responsabilidade refere-se ao autodomínio e ao ato de assumir as conseqüências das próprias posições, responsabilidade no sentido intelectual e ético.”

Page 41: Informatica Na Educacao

“O entusiasmo relaciona-se com a predisposição em relação às inovações, à vontade, à alegria e ao prazer de ensinar e de aprender.”

(ALMEIDA, 1996, p.62)

Page 42: Informatica Na Educacao

Postura do professor construcionista(de acordo com Paulo Freire)

Respeito ao educando Querer bem ao educando Compreender que a educação é uma forma de

intervenção no mundo Convicção de que a mudança é possível Comprometimento

Page 43: Informatica Na Educacao

Postura do professor construcionista(de acordo com Freire(1997))

(continuação)

Estímulo à curiosidade, à liberdade e à criatividade

Estímulo à alegria e à esperança Corporeificação da palavra pelo exemplo Humildade Reflexão crítica sobre a prática

Page 44: Informatica Na Educacao

Formação do professor construcionista – segundo Almeida (1996)

Para que o professor se aproprie dessa teoria, deverá vivenciá-la em seu processo de formação, estabelecendo relações entre a teoria e sua prática e participando de reflexões individuais e coletivas.

Processo de formação contínuo, dinâmico e integrador – conhecimento adquirido na ação, reflexão na ação e reflexão sobre a ação.

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Formação do professor construcionista- segundo Valente (1999)

Não existe uma receita pronta: depende do contexto teórico, do estilo do professor e das limitações culturais e sociais que se apresentam em determinada situação.

Mas, o questionamento constante e a reflexão sobre os resultados do trabalho com o aluno podem ajudar a aprimorar a atuação do professor construcionista.

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Referências bibliográficas ALMEIDA, Maria Elisabeth B. T. M. Pinto de. Informática

e Educação – Diretrizes para uma formação reflexiva de professores. Faculdade de Educação PUC/SP, 1996. (Dissertação, Mestrado em Educação: Supervisão e Currículo)

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1997.

MORAES, Maria Cândida de. O paradigma educacional

emergente. Tese de doutorado - PUC/SP, 1996.

Page 47: Informatica Na Educacao

Referências bibliográficas

RAMOS, Edla. Análise ergonômica do sistema hiperNet buscando o aprendizado da cooperação e da autonomia. Tese de doutorado – Programa de Pós-graduação em Engenharia da Produção da Universidade Federal de Santa Catarina, 1996.

VALENTE, José Armando. Informática na Educação no Brasil: análise e contextualização histórica. In VALENTE, José Armando (org.). O computador na sociedade do conhecimento. Coleção Informática para a mudança na Educação. Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação à distância, 1999.