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Irmãs Beneditinas da Divina Providência Província da Divina Providência

Abril, Maio e Junho - Ano 2013.

INFORMANDO

Informando – Abril, Maio e Junho 2

Província da Divina Providência

www.beneditinasdp.org.br

Editorial............................................................................................................03

Palavras de Esperança......................................................................................04

Especial

JMJ:um sonho no coração de Deus..................................................................06

Momento de Espiritualidade

Da confiança à ação..........................................................................................07

Nhá Chica..........................................................................................................08

Viver o retiro como I.B.D.P...............................................................................09

Aconteceu e virou notícia

Um dia de graça...............................................................................................13

Valorizando o ambiente em que vivemos........................................................14

Comemoração do dia das mães na Casa de Repouso Divina Providência.......14

Retiro Espiritual do mês de Maio.....................................................................15

Retiro Espiritual do mês de Junho....................................................................18

Formação em foco

Noviciado

Visita ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.............................19

Juniorato

Encontro de junioristas....................................................................................20

Mariologia.......................................................................................................22

Ecumenisno e diálogo inter-religioso..............................................................23

Experiência partilhada

Encontro de Formação Permanente...............................................................25

Tanzânia..........................................................................................................26

Família Espiritual

Encontro de Oblatos........................................................................................27

Fique por dentro.............................................................................................28

Notas de falecimento..................................................................................... .28

Homenagem

Uma vida doada a Deus a ao próximo............................................................29

Índice




Estamos no mês de junho.

Mês do Sagrado Coração de Jesus, de Santo Antônio, São João Batista, São Pedro e São Paulo...

Grandes santos da nossa Igreja e da tradição. Um Mês propício para refletir como está o nosso coração,

nossos gestos e atitudes. Estou me empenhando na configuração com Jesus Cristo? Tenho buscado me

assemelhar aos seus sentimentos e atitudes? Meu coração ainda se sensibiliza diante do outro, de suas

necessidades, ou estou me tornando insensível aos sinais do Reino?

O Senhor não se cansa de chamar-nos: “Vinde a mim, vós todos...”

“O meu fardo é suave e meu peso é leve”. Ele nos conhece, conhece as nossas dificuldades e não

deixa de manifestar a sua Providência em todos os momentos e situações de nossa vida; isso podemos

perceber claramente nos artigos escritos por nossas Irmãs, Formandas, Oblatos e conhecidos, que

partilham conosco um pouco de suas experiências nas comunidades, encontros, retiros....

O Educandário Anjo da Guarda nos deu uma lição de cidadania, através da manifestação e dos

trabalhos que fizeram em prol da valorização do meio ambiente. As Irmãs retirantes partilharam

conosco sua experiência “do Tabor”, com reflexões muito profundas a respeito da Identidade da Vida

Religiosa Consagrada. Ir. Wally deu sua colaboração valiosa com o exemplo e testemunho de vida da

nova Beata da Igreja: Nhá Chica. Ir. Agnes partilhou as emoções do dia de sua Profissão Perpétua e fez

os agradecimentos a todas que se fizeram presentes em sua caminhada e nessa significativa celebração.

Também tivemos a partilha das Irmãs da Formação Permanente, da Casa de Repouso Divina

Providência sobre a celebração do Dia das Mães, a riqueza do Juninter com os conteúdos: Ecumenismo

e Mariologia escritos por Ir. Leah e Ir. Ângela, a experiência profunda vivida pelos Oblatos e partilhada

pelo Oblato Fábio, a partilha da noviça Lilian sobre sua reflexão e sobre o passeio com a comunidade do

Noviciado. E não podemos deixar de citar a rica contribuição de Ir. Clara Venturini na formação das

jovens junioristas e da noviça em nossa Província. Tudo é motivo de agradecer pelas oportunidades a

nós oferecidas para crescermos como pessoas e como consagrados. Em meio a tudo isso não podemos

deixar de citar a movimentação em nosso país realizada por um grande número de pessoas, em sua

maioria, jovens, que buscam mudanças. Claro que também estão acontecendo muitos excessos e

violências, mas, porém,há muitas pessoas bem intencionadas e outras que seguem o fluxo. De qualquer

forma, podemos perceber uma clara expressão da indignação e insatisfação do povo diante de alguns

descasos com a população. É uma situação que nos convida a reflexão e ao questionamento.




Paralelo a esses acontecimentos temos um grande número de jovens nas Dioceses e Paróquias

se mobilizando em preparação para a JMJ Rio 2013. Os jovens não se cansam de usar sua criatividade

em prol desse evento que marca nossas vidas e nossa fé. O entusiasmo, a responsabilidade e o

compromisso com que estão se empenhando é louvável, e não há quem de uma maneira direta ou

indireta não esteja envolvido nessa preparação.

Quanto mais se aproxima a data para esse grande encontro com o sucessor de Pedro, nosso

Pastor, mais cresce a ansiedade e a alegria, a disponibilidade e a disposição para essa grande

experiência de fé e missão.

Que Deus Pai Providente conduza nossos passos e o desses jovens, sobretudo da juventude

beneditina, para que sejamos cada vez mais compromissados com o Reino de Deus e sua justiça e, de

fato, sinal e prolongamento de sua Providência no mundo e no cotidiano de nossas vidas.

Que sejamos um sinal de alegria e pax.

Um abraço fraterno a todos.

Equipe do Informando

Queridas Irmãs, Formandas e Oblatos,

Nunca ouvimos falar tanto da necessidade de atualização de conteúdos, em cursos de aperfeiçoamento,

em MBA, em especializações; quanto em nosso tempo e época. Apesar de termos uma vasta gama de

informações e formações, o homem nunca está pronto. Estamos em tempos virtuais, globalizado, numa

sociedade líquida, onde corremos sem parar e quando paramos, corremos o risco de não sabermos bem

o porquê corremos e para onde corremos. Neste contexto de contínuos desafios sociais, culturais,

espirituais, antropológicos; como CONSAGRADOS, somos convidados a repensar, de forma ampla, a

nossa Formação Permanente como um grande dom, não a limitando a um único período da vida e nem

aos tempos de formação e encontros que a Congregação nos disponibiliza e oferece.

Cada um de nós deve tomar nas mãos a realidade de que a nossa formação pessoal e congregacional

deve ser CONTÍNUA E PERMAMENTE. “Não só para que sejamos sempre mais capazes de nos inserirmos

Palavras de Esperança

“Sei em quem acreditei” (2 Tm 1,2)




numa realidade que se modifica com um ritmo muitas vezes frenético, mas também, e primeiramente,

porque é a própria vida consagrada que exige, pela sua mesma natureza, uma constante disponibilidade

naqueles que a ela são chamados. Se, de fato, a vida consagrada é em si mesma, uma «progressiva

assimilação dos sentimentos de Cristo», parece evidente que tal caminho não poderá durar senão toda

uma existência, para comprometer toda a pessoa, coração, mente e forças (cfr. Mt 22, 37), fazendo-a

semelhante ao Filho que se doa ao Pai pela humanidade. Assim entendida, a formação não é mais

apenas um tempo pedagógico de preparação para a consagração definitiva, mas representa um modo

teológico de pensar a própria vida consagrada, que é, em si, uma formação jamais terminada, uma

«participação na ação do Pai que, através do Espírito, plasma no coração (...) os sentimentos do Filho».”

Padre Amadeo Cencini nos diz: “ou formação permanente ou frustração permanente”. Anualmente nos

é oferecido momentos de formação contínua e permanente, por parte da Congregação, Província e

Igreja. De nossa parte, qual é a intensidade de nossa adesão? Valorizamos?

Como nos apropriamos das possibilidades de formação permanente e contínua através das informações

dos meios de comunicação, no contato com outras pessoas, realidades e culturas; na missão que

desempenhando onde nos encontramos, na faculdade que cursamos, no desenrolar de nossa vida, na

história que se tece a cada dia?Quando não aderimos a um projeto de formação permanente e contínua

tendo como fim último JESUS CRISTO E SEU REINO, podemos de fato cair numa frustração permanente,

num ativismo desenfreado, num murmúrio contínuo e porque não dizer num “azedume” de quem nada

aceita, não contribui e não participa. A vida se torna monótona e o dia a dia um constante repetir coisas.

A novidade da vida e do Reino deixa de nos encantar.Após uma caminhada de formação permanente e

contínua, como São Paulo, poderíamos dizer: “Sei em quem acreditei”. Mas como fazer minha tal

afirmação, se não O conheço, não O busco, não me familiarizo com o seu Reino, com os seus

preferidos?”O ser humano está em constante mudança e atualização. Precisamos criar em nós e ao

redor de nós uma cultura de Formação Permanente e contínua. Enquanto há vida, há possibilidades, há

mudança, há a graça de Deus que atua em nós. Não deixemos as oportunidades passarem. Você

acredita realmente na Formação Permanente?

Com carinho e preces,

Irmã Bárbara Cristina Ferreira Britto Superiora provincial




Especial

JMJ: UM SONHO DO CORAÇÃO DE DEUS

No próximo mês acontecerá o encontro tão esperado por todos os jovens católicos do mundo: a Jornada

Mundial da Juventude, com sede no Rio de Janeiro. Serão dias de encontros com jovens de diversos

lugares, celebrações, catequeses, eventos culturais e o encontro com o Papa Francisco. Abaixo segue um

pouco da história da JMJ.

Tudo começou com um encontro promovido pelo Papa João Paulo II em 1984. Foi um encontro de

amor, sonhado por Deus e abraçado pelos jovens. Vozes que precisavam ser ouvidas e um coração

pronto para acolhê-las. A Jornada Mundial da Juventude (JMJ), como foi denominada a partir de 1985,

continua a mostrar ao mundo o testemunho de uma fé viva, transformadora e a mostrar o rosto de

Cristo em cada jovem. São eles, os jovens, os protagonistas desse grande encontro de fé, esperança e

unidade. A JMJ tem como objetivo principal dar a conhecer a todos os jovens do mundo a mensagem de

Cristo, mas é verdade também que, através deles, o ‘rosto’ jovem de Cristo se mostra ao mundo. A

Jornada Mundial da Juventude, que se realiza anualmente nas dioceses de todo o mundo, prevê a cada

2 ou 3 anos um encontro internacional dos jovens com o Papa, que dura aproximadamente uma

semana. A última edição internacional da JMJ foi realizada em agosto de 2011, na cidade de Madri, na

Espanha, e reuniu mais de 190 países. A XXVIII Jornada Mundial da Juventude será realizada de 23 a 28

de julho de 2013 na cidade do Rio de Janeiro e tem como lema “Ide e fazei discípulos entre todas as

nações” (Mt 28, 19).As JMJs tem sua origem em grandes encontros com os jovens celebrados pelo Papa

João Paulo II em Roma. O Encontro Internacional da Juventude, por ocasião do Ano Santo da Redenção

aconteceu em 1984, na Praça São Pedro, no Vaticano. Foi lá que o Papa entregou aos jovens a Cruz que

se tornaria um dos principais símbolos da JMJ, conhecida como a Cruz da Jornada. O ano seguinte, 1985,

foi declarado Ano Internacional da Juventude pelas Nações Unidas. Em março houve outro encontro

internacional de jovens no Vaticano e no mesmo ano o Papa anunciou a instituição da Jornada Mundial

da Juventude. A primeira JMJ foi diocesana, em Roma, no ano de 1986. Seguiram-se os encontros

mundiais: em Buenos Aires (Argentina – 1987) - com a participação de 1 milhão de jovens; em Santiago

de Compostela (Espanha – 1989) - 600 mil; em Czestochowa (Polônia – 1991) - 1,5 milhão; em Denver

(Estados Unidos – 1993) - 500 mil; em Manila (Filipinas – 1995) – 4 milhões; em Paris (França -1997) – 1

milhão; em Roma (Itália – 2000) – 2 milhões, em Toronto (Canadá – 2002) – 800 mil; em Colônia

(Alemanha – 2005) – 1 milhão; em Sidney (Austrália – 2008) – 500 mil; e em Madri (Espanha – 2011) – 2

milhões. Além do fato de estar em outro país, com seus encantos turísticos, a participação na Jornada

requer um corpo preparado para a peregrinação e um coração aberto para as maravilhas que Deus tem

reservado para cada um. São catequeses, testemunhos, partilhas, exemplos de amor ao próximo e à

Igreja, festivais de música e atividades culturais. Enfim, um encontro de corações que creem, movidos

pela mesma esperança de que a fraternidade na diversidade é possível.

Fonte:www.rio2013.org.com.br

Colaboração: Irmã Beatriz Dias da Silva




Estamos em um mundo dividido dia após dia, que nos mostra uma realidade muito distante daquela que

buscamos viver e, em se tratando de nossas atitudes cotidianas estamos sempre a mercê de situações

que podem simplesmente nos levar a gestos pouco proféticos. Isto é fato e uma realidade cada vez mais

crescente. Mas cabe a nós viver a partir do projeto proposto por Jesus.

Jesus em seus ensinamentos nos mostrou uma realidade possível mesmo em meio a grande turbulência

do tempo e da humanidade, a uma vivência mais autêntica da fé, do anúncio. E como exemplos, temos

muitas de nossas Irmãs mais experientes e, tantas pessoas que buscam seguir os ensinamentos de Jesus,

conforme suas palavras: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. Mas antes, “amarás o senhor teu

Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma”.

Procurar viver na presença de Deus é confiar na Divina Providência, Jesus nos mostra isso em cada

instante de sua vida, desde o acolhimento com as pessoas até mesmo o momento de sua vinda gloriosa.

“Confia em Deus. Tem coragem de anunciar”. Procura ter uma confiança consciente conforme fala a

poeta: ‘ Apenas sei que caminho/ como quem é olhado, amado e conhecido’. Há muito que dizer, mas

antes das palavras é preciso realmente viver esta confiança, esta entrega. Parar para refletir e perceber

se realmente estamos vivenciando a fé que professamos. Será que busco ser sensível à ação da Divina

Providência em minha vida? Será que tenho consciência da presença de Deus a cada instante?

Sejamos dispostas, autênticas seguidoras de Cristo, a exemplo de nossas fundadoras Maria e Giustina

Schiapparoli que não deixaram as perturbações do mundo cessar sua confiança e ação de evangelização,

na busca de acolher aos pequenos. Para nós elas realmente devem ser exemplos e não simplesmente

parte de uma história. Exemplos de entrega, despojamento e doação à Vontade Divina. Que se deixando

guiar por Deus iniciaram a fundação de nossa Congregação sem intencionar fundar qualquer coisa, mas

sim testemunhar e participar do projeto do Reino.

Deus se faz um de nós expressando o seu amor, nos mostra sua amizade a todo o momento e nos

chama a viver conforme a solenidade que há em cada instante. Então, façamos a experiência da

amizade nas singelezas do cotidiano, na intimidade com Ele.

“Apenas sei que caminho,

Como quem é olhado, amado e conhecido,

E por isso em cada gesto ponho,

Solenidade e risco.”

(Sophia de Mello Breyner- extraído do livro

‘O Tesouro escondido’, José Tolentino Mendonça)

Noviça Lilian dos Santos Soares

Momento de Espiritualidade




Quando alguém se entrega a Deus e vive plenamente essa entrega, não só é feliz, plenamente feliz, mas

partilha essa felicidade com outros. Esse é o caso de Francisca de Paula de Jesus, a Nhá Chica.

Predestinada a ser santa, desde sua criação por Deus, mesmo sendo fruto de uma relação fora do

matrimônio e sequer tenha conhecido seu pai. De fato, Deus não faz acepção de pessoas – sua graça

opera onde e quando quer.

A origem de Nhá Chica está marcada pela busca de Deus, através da oração e também pela opressão e

violência que fazia parte da vida da mulher negra. Sua avó, Rosa de Benguela, trazida de Angola em um

navio negreiro, foi violentada pelo seu senhor e, mais tarde, começou a participar da liturgia e a

frequentar os ofícios divinos na região mineira. Ao mesmo tempo era pródiga com os necessitados.

Izabel Maria, sua filha e mãe de Nhá Chica, a gerou de um pai desconhecido e teve profundas

convicções religiosas. Antes de morrer soube dar à filha um conselho iluminado: dedicar toda sua vida à

caridade e à oração, vivendo como leiga. Francisca, órfã desde os dez anos, jamais esqueceu o conselho

materno. Por outro lado, seu irmão, Teotônio Pereira do Amaral, que se tornara um homem rico,

morreu e deixou seus bens para a irmã, que os distribuiu aos pobres e também com eles construiu uma

capela para Maria.Sentindo-se vocacionada a dar sua vida à caridade aos demais, mostrando a eles o

carinho de Deus, Nhá Chica optou por uma vida de profunda intimidade com Deus através da oração e

do serviço caritativo ao próximo.Ela se tornou um referencial para todos os aflitos que a procuravam,

sabendo de sua intimidade com a Virgem Maria, para pedir sua intercessão em casos muito difíceis. Nhá

Chica respondia,nada atribuindo à sua pessoa, mas dizendo que iria falar com “Minha Sinhá”. E ao

receber o agradecimento pela graça alcançada, ela dizia: “Eu peço a Nossa Senhora, que me escuta e

responde.” Outro grande dom que Nhá Chica recebeu foi ser grande conselheira. Viveu orientando as

pessoas que a procurava e apontava o caminho que levava à felicidade, ainda nesta vida.

Sua vida se distinguiu pelo amor a Jesus, grande devoção a Nossa Senhora, amor à Igreja, ao Papa, aos

bispos e aos sacerdotes, profundo carinho pelos idosos, caridade extrema para com os pobres e respeito

pela natureza.

Ser devoto de Nhá Chica significa imitá-la em seus atos de fé, de esperança e de caridade. Devemos nos

alegrar não por essa nova Beata da Igreja ser mineira ou brasileira, mas porque ela soube, apesar de

todos os limites que a vida lhe proporcionou, colocar sua confiança apenas em Deus.

Ela transformou inteligência, capacidade de aconselhar, solidariedade, recursos financeiros e saúde,

enfim, todos os seus bens, em bens divinos, ao colocá-los todos a serviço do Evangelho de Jesus Cristo,

especialmente ao mandato: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”!

Quando estivermos em situações difíceis e quisermos a ajuda de Nhá Chica, bastará pedir a essa nossa

irmã aquilo de que precisamos. Certamente ela levará nossas aflições à nossa Mãe, que a ouvirá e levará

nossas angústias a Nosso Senhor. Retribuiremos o dom recebido abrindo nosso coração e nossos

recursos – mesmo poucos – ao irmão mais necessitado do que nós; afinal, entramos no circuito do

Amor.

Rádio Vaticano

Colaboração: Irmã Wally Cunico




Viver o Retiro como IBDP

“De noite, iremos, de noite, iremos buscar a fonte. Só nossa sede nos guia,

só nossa sede nos guia” (Taizé).

Viver um tempo de retiro significa voltar às fontes do nosso batismo: acolher sempre de novo a

iniciativa do Pai que nos chama ao seguimento de Jesus Cristo no vigor do Espírito Santo, mediante um

processo contínuo de conversão. Trata-se de um fascinante e irresistível apelo a mergulhar no coração

da Trindade Santa para encontrar o Deus de nossa vida e deixar-nos encontrar por ele. Guiados por

nossa sede, saímos em busca da fonte, procurando aquele que primeiro nos amou (cf. Jo 4,10).

Admirável encontro de liberdades: livre é O que chama, livre também é o que se reconhece chamado:

“Seduziste-me, Senhor, e eu me deixei seduzir” (Jr 20,7). Sabendo de onde viemos, haveremos de

descobrir para onde devemos ir, que rumo devemos dar à nossa existência para que nossa peregrinação

chegue a feliz termo.

As Constituições das Irmãs Beneditinas da Divina Providência (IBDP) – enraizadas na experiência

das fundadoras, Maria e Giustina Schiapparoli – apontam para o retiro como momento privilegiado de

revigoramento espiritual e apostólico: “Para renovar o fervor no serviço de Deus, para crescer sempre

mais no amor, a Irmã fará, todos os anos, um retiro espiritual” (C. 59). Ocasião privilegiada para atender

àquela recomendação do Prólogo da Regra de São Bento de inclinar o ouvido do coração para receber

de boa vontade as inspirações do Senhor e realizá-las com proveito (cf. n.21).

Revisitar as Fundadoras

O retiro se apresenta também como oportunidade de voltar às fontes do próprio carisma

congregacional, revisitando a experiência espiritual das fundadoras para reencontrar o impulso

dinamizador da missão do Instituto. Um dom particular do Espírito foi confiado a Maria e Giustina

Schiapparoli. Elas o intuíram, aprofundaram e transmitiram a todas que compartilhavam do mesmo

ideal apostólico, cujo centro irradiador é a confiança na Divina Providência. Dessa graça singular, brotou

uma forma específica de seguir Jesus Cristo, assumindo a missão de acolher, assistir e educar as meninas




pobres e em situação de risco, em espírito de simplicidade e humildade, mantendo a harmonia entre a

oração e o trabalho (cf. C. 3). Trata-se, pois, de um modo próprio de viver o Evangelho, em resposta à

amorosa iniciativa do Pai Providente, conformando-se progressivamente a Cristo, mediante o impulso

revitalizador do Espírito, para responder, de maneira criativa e audaciosa, aos apelos da realidade. A

fecundidade desse carisma se exprime na missão que dele decorre como participação na missão comum

da Igreja, sacramento do Reino e servidora da humanidade. Quanto maior o empenho em aprofundar,

desenvolver e qualificar a missão de acolher, assistir e educar os menores pobres e em situação de risco

– bem como, hoje, os doentes e idosos (cf. C. 5) – maior a possibilidade de irradiar a beleza, a força e a

atualidade do carisma das fundadoras. Como todos os fundadores e fundadoras da história da Igreja,

Maria e Giustina fizeram uma experiência peculiar do Espírito dentro das coordenadas históricas em que

viveram e atuaram. Neste sentido, trata-se de uma experiência única e irrepetível, da qual brotou um

estilo característico de ser cristão. Mas, como todo dom concedido pelo Espírito, além de capacitar e

aperfeiçoar a pessoa, tem em vista o bem comum, o carisma suscitado por Deus em Maria e Giustina

Schiapparoli difunde-se entre todas as que se sentem atraídas pela fascinante herança espiritual e

apostólica que legaram à sua família religiosa. No carisma das fundadoras, cada IBDP é chamada a

descobrir um fascinante e desafiador caminho de santidade.

Neste retiro, procuremos, então, contemplar a ação de Deus nas vidas entrelaçadas de Maria e

Giustina Schiapparoli:

Em sua inabalável confiança na Divina Providência, na qual se apoiavam para levar a bom termo a

obra de amor e serviço que tinham em suas mãos.

Na serenidade com que lidavam com os problemas surgidos no interior da família Schiapparoli (crise

econômica, morte prematura dos irmãos, enfermidade do velho pai, etc).

Na docilidade com que se deixaram conduzir por Madre Benedetta Cambiagio e no zelo que

empregaram na preparação para os trabalhos que haveriam de realizar junto a essa mulher de Deus.

Na intuição profunda de que Deus lhes pedia uma resposta mais audaciosa e eficaz frente à situação

das menores abandonadas.

Na liberdade interior e na audácia evangélica com que se lançaram ao desafio de conceber e dirigir

uma Obra para acolher, assistir e educar meninas pobres e em situação de risco.

Na constante preocupação em jamais separar evangelização, resgate da vida, promoção humana e

capacitação para o futuro.

Na largueza de coração com que recebiam as crianças mais pobres e abandonadas, “sem que jamais

tenham recusado a nenhuma delas”, prolongando, assim, a intuição beneditina da “hospitalidade do

coração” (cf. RB 52), traduzida em caridade, cuidado e cortesia para com os necessitados.




Na coragem profética com que intervinham junto aos órgãos públicos para que suas meninas fossem

“bem providas de alimentação, roupa, amparo e instrução”, de modo que “não houvesse o supérfluo e

não faltasse o necessário”.

No empenho com que se dedicavam à formação das primeiras Irmãs, transmitindo-lhes o frescor do

carisma e a urgência da missão.

Na tenacidade com que insistiam nos valores e atitudes essenciais de acolhimento, cuidado e

instrução que deveriam cadenciar o tratamento dispensado às meninas atendidas pelas Irmãs.

No incansável espírito de serviço e na enorme disposição para o trabalho, entendido como

participação na obra criadora de Deus, conforme a admoestação beneditina (cf. RB 48,8).

Na esclarecida consciência do primado de Deus em suas vidas, expressa no lugar indispensável dado à

oração em sua faina diária, na participação assídua na Eucaristia, nos exercícios de piedade que

cultivavam, nas vigílias de adoração ao Santíssimo Sacramento, nos valores religiosos que transmitiam

às crianças assistidas.

No dinamismo e na genialidade de Madre Giustina, tanto nos trabalhos quanto na administração e no

governo da Obra, harmonizando mansidão e firmeza em todos os seus procedimentos.

Na bondade, leveza, discrição e doçura de Madre Maria, de quem se dizia “que era capaz de fazer o

bem só com a sua passagem”.

No sacrifício da separação, assumido pelas duas irmãs quando a missão assim o exigiu.

Na admirável permuta de dons que se estabeleceu entre as duas, sustentada pela força do carisma

que lhes tinha sido comunicado.

Na amplidão de seus corações, despojados de pretensões, interessados apenas em despertar auroras

de vida e de esperança para os pobres e abrir trilhas de santidade para aquelas que acompanhariam

seus passos no seguimento do Senhor como IBDP. Por suas vidas feitas doação, pareciam dizer como

São Bento: “Guiadas pelo Evangelho, trilhemos os caminhos do Senhor” (RB, Prólogo 21).

Carisma não é mera herança do passado, passível de tornar-se obsoleto. Como toque do Espírito,

todo carisma deve permanecer pujante, atual e provocador, um desafio constante e uma convocação

questionadora. Cabe, portanto, a cada IBDP a tarefa de preservar, viver e desenvolver o carisma

específico que lhes foi dado, mediante uma fidelidade criativa e uma criatividade audaz, intuindo e

fazendo desabrochar suas potencialidades ainda desconhecidas. Só assim, será possível transmitir aos

outros o significado e a relevância, a beleza e a atualidade deste tesouro singular que o Senhor

depositou em suas mãos e que se deve levar como “em vasos de argila” (2Cor 4,7), aprofundando-o na

oração e na reflexão e comunicando-o na itinerância da missão de acolher, assistir e educar, por onde

quer que o Espírito as conduza como sinais e instrumentos da Divina Providência.




SALMO DO ABANDONO DA IRMÃ BENEDITINA DA DIVINA PROVIDÊNCIA

Trindade Santa, fonte da vida,

que te revelaste a nós com rosto providente:

Pai de ternura,

Filho que viveu por amor,

Espírito que incomoda e anima.

Divina Providência,

que convocaste Maria e Giustina Schiapparoli;

que nos convocas, hoje.

Deus de coração paterno-maternal,

que nos confiaste uma missão no coração da Igreja e do mundo:acolher, assistir e educar,

a infância e a juventude,

especialmente os pobres e abandonados,

sem esquecer os idosos e doentes.

Deus de nossa vocação,

que sondas nosso íntimo,

que alimentas nosso potencial de caridade,

que nos olhas, nos compreendes e, simplesmente, nos amas.

Ensina-nos

a acolher tua vontade,

a obedecer-te,

a ser fiéis a teu projeto de amor.

Converte-nos

em instrumentos de tua providência,

em construtoras de um mundo mais justo e fraterno,

em irmãs compassivas dos pequenos, pobres e sofredores,

prediletos de nossas fundadoras.

Deus de nossa esperança,

que teu amor providente

nos torne resposta fiel e diária a teu Reino de Vida,

em espírito de simplicidade e humildade.




Deus de amor infinito,

envolve-nos em teu abraço,

aconchega-nos em teu regaço,

ampara-nos com tua mão.

Confiamos em Ti,

como Maria, a Mãe da Providência;

como Bento, na oração e na ação,

como Maria e Giustina, fieis discípulas de Jesus.

Abandonamo-nos à tua Providência, a ela entregamos nossas mãos, nossos pés, nossa mente, nosso

coração, nossos olhos, nossos lábios, para que a humanidade te reconheça, Senhor, amigo da vida.

Pe. Vinícius Augusto R. Teixeira, C.M. Santo André, junho de 2013.

Um dia de graça O dia 21 de Abril foi muito esperado durante anos de experiência e de preparação . O desejo de seguir a

Jesus foi amadurecendo , sempre mais, dentro de mim. Escolhi, livremente, dar o meu SIM definitivo ao

Senhor, através da Profissão Perpétua dos Conselhos Evangélicos de Obediência, Castidade e

Pobreza para testemunhar o amor de Deus aos irmãos.No dia anterior, 20 de abril de 2013, em nossa

paróquia, Santos Apóstolos Pedro e Paulo, em Borsano-Busto Arsizio VARESE, Arquidiocese de Milão,

em preparação dos 50° Aniversário da Jornada Mundial pelas Vocações, foi celebrado um casamento,

vocação para a vida matrimonial . Domingo, dia 21 de abril, pela primeira vez, a comunidade viu

celebrar uma Profissão Perpétua , “a minha”, o que foi uma apresentação da Vocação à Vida

Consagrada. O celebrante,foi convidado pelo pároco Pe. Paulo Magugliani, foi Mons. Ambrogio

Piantanida, vigário episcopal dos religiosos da Arquidiocese de Milão. Para a celebração Eucarística

foram convidados muitos fiéis: crianças, jovens e adultos. A comunidade acolheu com amor as nossas

Irmãs entre as quais a Superiora geral, Madre Lina Girotto, a Vigária geral, Ir. Maura Moreira e a

Superiora provincial, Sr. Maria Luisa Contotti. Foi um momento de oração, de reflexão profunda e de

fraternidade, muito significativa para todos. Depois da Missa foi servido um saboroso almoço aos

convidados.

Dou graças ao Senhor que me presenteou com o grande dom de segui-lo e servi-lo nesta família

religiosa das Irmãs Beneditinas da Divina Providência. Obrigada, também a minha família que me

batizou, ainda pequena, na fé cristã; às minhas mestras: de postulado Sr. Jacinta Nyachwo; de noviciado

Ir. Carmelita Olímpia da Silva, de juniorato Sr. Zaira Luiza Campos e Ir. Lucia Gava, a minha Superiora

provincial Ir. Bárbara Cristina Ferreira Britto, às Irmãs de minha Comunidade “Santa Maria della

Aconteceu virou notícia




Speranza” de Borsano e a todas as pessoas que me acompanharam com orações e com carinho para

que pudesse tomar esta importante decisão na minha vida.

Sou feliz em corresponder à Graça do seguimento, que me possibilita aprofundar no conhecimento do

Senhor, por deixar-me aferrar sempre mais por Cristo, minha verdadeira e única felicidade.

Um agradecimento de coração e um afetuoso abraço a todos.

Sr. Agnes Musanga Amutsa

O Educandário “Anjo da Guarda” junto com todos os seus profissionais, pais e alunos saíram às ruas no

Bairro de Cabeceira Grande, Município de Campestre do Maranhão para uma manifestação, em 05 de

junho, dia do meio ambiente, com o intuito de proporcionar a conscientização das pessoas para a

preservação do ambiente em que vivemos.

Diante desse grande evento tão importante, o qual é debatido nacionalmente, a Escola buscou

desenvolver este acontecimento, durante duas semanas de atividades. Cada faixa etária trabalhou com

projetos diversificados sendo: A importância da água para nossa vida. Viva a vida. O meio ambiente é

vida. Preserva-o! alimentos orgânicos e industrializados. Reciclagem. As doenças causadas pela poluição.

E Meio ambiente.Através desses assuntos incentivamos nossos educandos ao respeito à natureza e ao

espaço em que vivemos. Para maior contato com a Natureza, a Escola promoveu um passeio numa

chácara onde as crianças puderam perceber a diferença da vegetação nativa.

Encerramos estas atividades com a apresentação de fotos da passeata e da ida à Fazenda do Campo.

Nas salas de cada fase, foram expostos todos os trabalhos realizados com sucata, onde as crianças

mesmas explicavam aos pais e a outras pessoas a construção e o significado da cada objeto construído.

Percebemos que houve um bom aproveitamento, por parte das pessoas que nos apoiaram neste

evento, que saíram bem satisfeitos e orgulhosos pelo que viram e ouviram das crianças, despertando

assim uma maior sensibilidade em todos os que prestigiaram nosso trabalho.

Creio que o nosso público acolheu com simplicidade, esta conscientização realizada em nossa Escola,

com o intuito de transformar o nosso ambiente em que vivemos.

Pelas Irmãs e Funcionários do Educandário “Anjo da Guarda”

Irmã Márcia de Mattia




“Mãe é uma palavra tão pequena com carinho e sentimentos tão profundos ; Deus colocou em três

letras toda a riqueza do mundo.”

No dia 11/05/2013 foi realizada aqui em casa a comemoração em homenagem às nossas queridas mães.

Antecedendo à comemoração, os idosos, motivados pela Terapeuta Ocupacional Juliana Frias Lopes

Cardoso confeccionaram um arranjo de fuxico, feito de isopor: vasinho de argila e tecido; nele foi

colocado um pequeno cartão de parabéns às mães, que serviu para decorar as mesas e presentear os

familiares dos mesmos, após a festa. Foi com grande satisfação e estímulo que os idosos realizaram esta

atividade.

Finalmente chegou o dia da festa... Iniciou-se com a Missa na intenção de todas as mães, animada pela

cantora Silvana. Um dos momentos marcantes foi

a entrada de nossa hóspede Carmem Carral de 88 anos, juntamente com sua filha

Ir. Rita Gil Carral, levando até a frente do altar a imagem de Nossa Senhora Mãe da

Divina Providência, representando todas as mães. Foi um momento muito aplaudido e emocionante.

Após a comunhão, as mães presentes e ausentes receberam uma benção especial do Sacerdote.

Após a Missa houve a Confraternização entre idosos, familiares, Irmãs e amigos, tudo acompanhado de

deliciosos comes e bebes e um bolo para prestigiar e cantar os “Parabéns” para nossas mães. Foi um

momento de muita alegria para todos.

Obrigada queridas mães.

Ir. Nadir Fabro e Juliana Frias

“A Identidade da Vida Religiosa Consagrada em um processo de

transformação: Do Transitório ao Perene” Este foi o tema do Retiro anual, que aconteceu em Santo André S. P. nos dias 12 á 19/05, tendo como

pregador Pe. Vinícius Ponciano Missionário Redentorista.

Para nos prepararmos para o este Retiro o Pregador nos enviou de antemão um fascículo (apostila) que

já nos introduzia no clima. “Os primeiros passos para os que seguem a Jesus em seu caminho são:

disponibilidade, capacidade de renunciar às seguranças e, iniciado o caminho, não voltar para trás,

por motivo nenhum”.

Para nós religiosos o Retiro Espiritual auxilia-nos na busca e no aperfeiçoamento do seguimento de

Cristo. Quanto mais eu for capaz de visitar meu interior, mais condições tenho de perceber por quais

caminhos andam meus pés. Rever o caminho por onde andamos é de fundamental importância.

O Retiro Espiritual seja ele diário, semanal, semestral ou anual, “tem como finalidade colocar diante dos

nossos olhos e de nossa consciência as metas e propósitos que traçamos em resposta ao convite de

Senhor”. No Retiro Espiritual nos obrigamos a fazer dois grandes encontros: o primeiro com Deus, o

segundo conosco mesmos. Portanto devemos, com disponibilidade, adentrar nele “sob o manto do

recolhimento silencioso para que haja um Retiro de verdade”.




O Senhor nosso Deus não está no furacão, no terremoto e muito menos no fogo, Ele está no silêncio e

no frescor da brisa suave (1 RS 19,11,13).

“A sociedade secularizada vem focada sobre o indivíduo fragmentado com uma ideia fluída”.

É preciso olhar para si mesma, não com qualquer olhar. Mas com o olhar do Senhor. É preciso encontrar

o “caminho do coração”. No espaço da interioridade, o silêncio, pede a escuta de nós mesmos, dos

outros e da realidade.

O Retiro Espiritual é um momento vital, para revermos como estamos nos relacionando com o Senhor e

com nossos irmãos e irmãs. “O edifício da vida espiritual está sempre em construção”.

13/5 – TEMA : SENTIR... O ABRAÇO DE DEUS :

A Vida Religiosa Consagrada nos oferece muitas oportunidades de sentirmos este abraço de Deus, na

medida em que formos levando a vida comunitária na flexibilidade, na convicção e na dinâmica própria

do carisma, fazendo sempre uma releitura .

Não deixar morrer a paixão por Jesus Cristo. Ele é nossa meta, Ele é nossa referência. Não deixar que o

ativismo nos faça perder a capacidade de sentirmos o abraço do Pai. “Descanse em Deus e nele espera

para entrar no retiro .”

14/5 – TEMA : DISCERNIR ... RAÍZES DA MINHA VIDA :

1 Rs. 19, 12- 12 “Elias encontra o Senhor, numa brisa mansa.’’

Discernir, descer até as raízes da nossa existência;

. Precisamos ter coragem e confiar na força de Deus e curar nossas raízes.

. Como estamos lidando com nossas raízes que muitas vezes estão danificadas?

No âmbito pessoal, Comunitário, familiar, religioso.

Rever o discernimento; no global, nos valores evangélicos, mesmo sofrendo as influências da VRC.

O essencial é Cristo, a Oração é um valor imenso, e nos ajuda a discernir.

15/5 – TEMA : ESCOLHER E RENUNCIAR - NO SEGUIMENTO DE CRISTO,OPTAR POR DEUS É OPTAR

PELOS POBRES.

. Desde cedo a VR tem preferência pelos pobres.

. Os pobres acreditam e vivem mais da Providência Divina que os (as) religiosos (as);

. Nós nos tornamos apenas teóricos de Deus, não fazemos opção, fazemos análises da opção pelos

pobres;

. O Carisma fundacional tem uma dinâmica, não pode aprisionar o Espírito Santo.

. A VRC tem que estar em constante dinâmica, precisamos recuperar os movimentos da VRC;

. Estamos em processo, o Senhor nos faz a cada dia de novo.

. A VC movimentada é uma comunidade que é luz do mundo, e luz dos povos.

.O que nos dá força, para não perdermos a fé da unção e continuarmos no seguimento de Jesus Cristo

é:

- A Eucaristia.

- As Orações pessoal e comunitária;

- A missão – que está na opção preferencial pelos pobres;

- A Missão;

- O Apostolado.

. O sentido de nossas opções e renúncias: escolher a vida e a felicidade verdadeira. (Dt.30,15.19-20 )




16/05- TEMA : BUSCAR E ENCONTRAR:

. Na dinâmica da busca, é preciso estar disposta a renúncia;

. Buscar algo/renunciar algo;

. Nesta busca muitas vezes o caminho é escuro, esperamos a luz vir do externo, enquanto a luz está

dentro de nós mesmas, uma vez essa luz acesa, caminhamos com segurança, mesmo o menor facho de

luz aceso basta para eu enxergar o que está ao meu redor. Em muitas situações da vida, precisamos ser

luz para nossos (as) irmãos (ãs). Essa luz está em minhas mãos ; posso acendê-la ou não.

. Não podemos perder a fé, a esperança em Jesus Cristo;

.Se queremos valores na VRC devemos ser agentes de mudanças e de responsabilidade, pelo bem estar

da comunidade; sou co-responsável;

. A beleza da VRC é eu estar disposta a caminhar para que a outra cresça e eu desapareça;

. Nossa vida é uma vida de extrema renúncia;

. A liberdade da VRC é uma liberdade em função do Carisma;

. Devemos ser homens e mulheres de esperança;

17/5 – TEMA:PERDOAR ...SEMPRE.

.O Retiro deve ser e deixar para nós a experiência de Deus – ESCUTAR -;

.( Os. 11,1 – 11) Deus é incapaz de não perdoar, incapaz de vingar – se ;

. Deus é compassivo e misericordioso. Perdoa sempre. (Sl. 102/103);

. O perdão é um gesto que começa em nós mesmos;

. Basta um gesto nosso, como o da pecadora que unge os pés de Jesus.

. O perdão é um gesto que deve ser feito durante a vida toda; assim acolhemos o perdão em nós

mesmos;

.Refletir sobre o perdão consigo mesma e com a outra (o):

. Tomar cuidado para sermos tolerantes conosco mesmas e com os outros.

. Devo estar atenta quanto ao perdão. Porque Jesus perdoou, tolerou seus apóstolos a cada dia;

. Devo sempre entender que sou um ser em mudança, inacabado, Deus me recria a cada dia por isso

não posso levar comigo o senso da indiferença.

. Muitas vezes na vida comunitária temos a postura de juízas, agimos de modo isolados, sem distinguir

entre os atos e a pessoa. Antes devemos pensar nas palavras de Jesus. “Assim como julgas, serás

julgada.

.O perdão nos leva a uma experiência pessoal com Deus;

DIA 18/5 - TEMA: SERVIR

.O lava – pés é o ensinamento de Jesus sobre o serviço;

. Jesus assimilou de sua mãe, o serviço, o Servo de Deus, “Eu não vim para ser servido, mas para servir,

Jesus em um dado momento, se levanta, toma a toalha, a bacia, o jarro e lava os pés dos discípulos;

Pedro nega: “se eu não te lavar os pés, não terás parte comigo”.

Maria, sem compreender os desígnios de Deus, se coloca como escrava do Senhor; por se colocar como

serva, ela serve a Deus em tudo;

- Na visita a Isabel, em Caná, no casamento, quando acaba o vinho, ela percebe a falta e vai até seu Filho

Jesus, e Ele atende ao pedido da mãe, “Eles não tem mais vinho! “Jesus com seu primeiro sinal (milagre)

evita uma vergonha maior, para a família.




Seremos mais religiosos se encarnarmos em nós o serviço, na condição de servas.

Jesus assume sua condição de Mestre e Senhor quando senta à mesa;

. E assume sua condição de servo, de escravo quando toma a bacia, a toalha e o jarro;

. No nosso caminhar encontraremos pessoas como Pedro: Recusa;

. Para que o serviço seja gratificante, o outro, a outra deve aceitar e não recusar;

. Quando recuso qualquer gesto da coirmã, seja de carinho ou de atenção, é porque estou na cadeira,

como senhor (a) e não à mesa .

. O Serviço faz parte da VRC. Não é possível haver um (a) consagrado (a) que não sirva. É próprio da sua

identidade.

DIA 19/5 –TEMA: DAR FRUTOS... “SE O GRÃO DE TRIGO NÃO MORRE, NÃO DÁ FRUTOS...’’

.Momento de partida do Retiro;

.Momento de chegada a uma nova maneira de viver o que recebemos nesse tempo de Graça. Como

Igreja missionária, viva consagrada, devemos sempre cuidar bem da mesma. Cuidar sempre de nós para

que possamos dar bons frutos. Se quisermos ser mulheres e homens de frutos bons, devemos estarmos

unidos a Jesus. Muitas vezes temos que morrer para que nossa comunidade esteja bem e dê bons frutos

de fraternidade. Esse é o voto de obediência. Só é possível viver bem esse Voto se me coloco na

dinâmica do grão que cai na terra, se morrer ele nasce; cresce e dá bons frutos.

Agradeço a Deus, a Provincial e seu Conselho por este grande e santo Retiro. Deus as abençoe.

Ir. Tânia Lúcia Ferreira

Retiro Espiritual do mês de Junho.

Gratidão à Providência

Gratidão à Trindade Providente que nos chamou para vivenciarmos este retiro.

Gratidão ao Pe.Vinicius Augusto Ribeiro Teixeira que,de forma generosa e sábia nos passou sua

experiência de consagrado,convencendo-nos da necessidade de vivermos a intimidade com Deus para

nos colocarmos a disposição de sua vontade.Mostrou grande conhecimento e admiração pelas nossa

fundadoras,pessoas corajosas e confiantes na Providência em assumir a missão a elas que, com poucos

recursos faziam tanto.

Gratidão às nossas Fundadoras Maria e Giustina Schiapparoli que souberam acolher a graça da

Providência em suas vidas e, na gratidão abriram seus corações para fazerem a experiência da

gratuidade de Deus e, se colocaram a serviço dos irmãos no acolher, assistir e educar as meninas

necessitadas.

Gratidão à Irmã Bárbara Cristina Ferreira Britto sempre nos incentivando e proporcionando meios para

vivermos com fidelidade e amor o ser Irmã Beneditina da Divina Providência.

Gratidão à comunidade da Casa Provincial que se esmerou no acolhimento em todos os sentidos,

estendendo-se também aos funcionários.

Gratidão à Irmã Beatriz Dias da Silva que com simplicidade e criatividade ornamentou o salão e conduziu

a liturgia de cada dia.




Gratidão à cada irmã participante pelo seu esmero na oração e silêncio contribuindo para que nos

sentíssemos na presença de Deus.

Que este retiro tenha sido um revigoramento de nossa fé, um encorajamento a renovarmos e

assumirmos, no dia a dia, os nossos compromissos de consagradas para vivermos a vontade de Deus, no

serviço aos irmãos, na missão de cada uma de nós.

Pelas retirantes,

Irmã Amélia Gava

No dia 4 de junho nossa comunidade, Centro de formação Irmãs Schiapparoli, fez um divertido passeio ao Santuário de Aparecida, com o objetivo de participar da Missa , rezar e conhecer um pouco deste lugar dedicado a Maria. Eu, como estava em minha semana de formação de Noviciado também pude ir junto. Fomos acompanhadas pelo padre José Roberto, pároco da paróquia Mártir São Sebastião em Varginha, e padre Sebastião também residente desta paróquia, juntamente com alguns de seus familiares. A saída, logo cedo, favoreceu momentos mais prolongados e a vivência divertida do dia. Podemos ir até o santuário por diversas vezes, mas é sempre novo cada ida, é sempre uma nova experiência com Maria. Observar todo o carinho do povo que vai em peregrinação, que passa dias na estrada na intenção de concretizar o gesto de agradecimento a Maria é algo fora dos padrões racionais, pois é a manifestação da fé em Nossa Senhora que ultrapassa todos os comodismos e ideias. Ao participar da Missa veio-me a reflexão a olhar para a imagem da Imaculada Aparecida: ‘Sempre estivemos protegidos, sempre amparados e, no entanto, há tantos momentos em que não reconhecemos a Providência de Deus pela intercessão de Maria’. Ela é exemplo. Exemplo de entrega, de oração, de silêncio, de presença e, além disso, em paralelo com este passeio lembro-me de todas as vezes que Maria estava com Jesus, da sua alegria nas bodas de Caná, que vem nos falar a cerca, não apenas do milagre, mas da comunhão e presença. Do estar por inteira em todos os momentos a ponto de olhar em volta e perceber além das aparências, vê as necessidades que nos cercam e de estarmos em união com toda a nossa Congregação onde estivermos. O santuário é visitado todos os dias por muitas pessoas e sabemos que todos os que vão ali, vão pela intenção da presença, e de certa forma de comunhão. Ao menos é o que se espera de todos os romeiros e tantos outros que por ali passam. O nosso passeio teve também esta intenção, a busca pela oração, para agradecer e rezar. E o que para mim destaca bem este dia; é a fraternidade e amizade que nos fez aproveitar cada momento juntos no lugar que nos fala disso mesmo; da fraternidade em comunhão com a mesma fé. Com certeza nossas aspirantes Luciana e Luana, assim como a Irmã Faustina vivenciaram a acolhida própria de quem vai pela primeira vez ao santuário dedicado à Virgem Maria. Todas nós ao certo tivemos a alegria da comunidade que se reúne em louvor a Deus, que expressa a amizade com todos, afinal, voltamos para casa muito agradecidas pela convivência, pelos momentos divertidos de conversa, de partilha com os padres da Paróquia e seus familiares. É, realmente este foi um passeio muito divertido e abençoado por Deus.

Formação em foco




“Santa Maria, Mãe de Deus e Mãe da Igreja, Dá-nos, como outrora, nas bodas de Caná, Indicações a seguir,que suscitem e amparem a nossa fé. Movidas pela confiança e alegria, Testemunhar a Boa Nova a todos”.

Noviça Lilian dos Santos Soares

Não tenhamos medo ! A Divina Providência tudo realiza!

(Irmã Clara Venturini.)

Nos dias 30 e 31/05 e 01 e 02/06,nós junioristas e nossa mestra Irmã Salute Francisco Bett nos reunimos

na Casa Provincial em Santo André – SP para um encontro de formação, partilha, reflexão e alegria.

Nos dois primeiros dias, que estava também presente a noviça Lilian dos Santos Soares, contamos com a

presença da Irmã Clara Venturini, da Província Mãe da Divina Providência, que com suas palavras nos

animou a viver o carisma, nos fez voltar no tempo, onde tudo começou, conhecendo melhor a nossa

história e aproximando de nós a vida ,o testemunho e o profetismo de nossas Madres Fundadoras e nos

encorajou a sermos construtoras de comunidades, inspiradas pela Comunidade perfeita que é a

Santíssima Trindade, porém, não iludidas, tendo como exemplo de nossas limitações e fragilidades a

comunidade de Jesus, formada pelos 12 apóstolos e as primeiras comunidades cristãs.Com seu

testemunho e experiência de vida, Irmã Clara Venturini deixou claro para nós a identidade da Irmã

Beneditina da Divina Providência, que não foi feita para aparecer, mas sim para fazer acontecer o Reino

de Deus na humildade e simplicidade de vida, profetas do nosso tempo, assim como foram nossas

fundadoras que marcaram a história ao serem fiéis a Vontade de Deus e se deixarem conduzir pelas

mãos da Divina Providência, que se faz presente de modo tão materno e carinhoso na história da nossa

Congregação e na vida de cada Irmã Beneditina da Divina Providência.

Obrigada, Irmã Clara Venturini, por sua presença, pelo seu ser que respira o carisma e expira palavras de

sabedoria, por ser sinal da Providência para nós.

No terceiro dia de encontro, tivemos a assessoria da Irmã Marilene Brandão, que iniciou o dia usando as

palavras do Papa Francisco: “Não mumifiquem suas entranhas.” Isto nos motivou a nos adentrar em nós

mesma, rever nossas formas de comunicação e nos tornar a mudança que desejamos para o mundo e

em nossas relações fraternas . Ela nos ajudou a refletir sobre o poder de nossas palavras, que podem

ser janelas(nos abrir ao novo) ou paredes (bloquear/dividir) com o poema de Ruth Bebermeyer:




Palavras são janelas (ou são paredes)

Sinto-me tão condenada

Tão julgada e dispensada

Antes de ir, preciso saber:

Foi isso que você quis dizer?

Antes que eu me levante em minha defesa,

Antes que eu fale com magoa ou medo,

Antes que eu erga aquela muralha de palavras,

Responda: eu realmente ouvi isso?

Palavras são janelas ou são paredes.

Elas nos condenam ou nos libertam.

Quando eu falar e quando eu ouvir,

Que a luz do amor brilhe através de mim.

Há coisas que preciso dizer,

Coisas que significam muito para mim.

Se as minhas palavras não forem claras,

Você me ajudará a me libertar?

Se pareci menosprezar você,

Se você sentiu que não me importei,

Tente escutar por entre as minhas palavras

Os sentimentos que compartilhamos.

Ruth Bebermeyer

E começamos o mês de Junho com uma animada festa junina, contando com a presença das

comunidades da Casa Provincial, do Instituto Sagrada Família e do Projeto Ciranda que deixaram nossa

festa ainda melhor. Havia muita comida gostosa e música para ninguém ficar parado!

No último dia do nosso encontro, apresentamos os trabalhos do livro: ”O carisma da nossa

congregação.” Com muita criatividade e espírito de partilha, nos enriquecendo em conhecimento e

experiência compartilhadas com as celebrações, reflexões, momentos de espiritualidade e dinâmicas.

Agradecemos à Divina Providência que nos proporcionou dias tão preciosos, à Irmã Salute que não

mediu esforços para que tudo acontecesse, à comunidade da Casa Provincial que nos acolheu, às

comunidades do Instituto Sagrada Família e do Projeto Ciranda que se fizeram presentes e a

disponibilidade da Irmã Clara Venturini e Irmã Marilene Brandão que muito contribuíram para a nossa

vida.

Pelo grupo,

Irmã Beatriz Dias da Silva




Mariologia

Estimadas Irmãs, iniciamos a formação da CRB (Conferência dos Religiosos do Brasil). O juninter

aprofundando nosso conhecimento sobre “Maria” a Mãe do Verbo Encarnado, a assessora Ir. Maria

Freire deu início falando sobre a Eclesiologia no Concílio Vaticano II que foi um resgate da tradição

bíblica e patrística da Igreja um elemento relevante à inserção da Mariologia nos documentos. Ela nos

relatou Que Maria é a mulher do Sim. Um sim dado com amor, obediência e entrega. Maria tem grande

importância na História da salvação; na vida de muitos cristãos, sua figura é tradicionalmente

reconhecida na Igreja Católica.

A união de Maria com seu Filho é intima, total e permanente. Desde a concepção virginal, Maria está

expressamente unida a Jesus e eles são inseparáveis. Deus escolheu Maria por benevolência e

gratuidade, para ser Mãe Santa, portanto encheu-a de Graça e ela correspondeu fielmente ao dom de

Deus, dizendo e fazendo-se a serva do Senhor (cf. Lc 1,38. 44). Maria foi escolhida como filha de Sião,

como membro de um povo, chamada a gerar o Messias. Isto quer dizer que o Sim de Maria é o Sim de

uma coletividade; é o Sim de todo gênero humano chamado a se prolongar na Igreja através dos

séculos; ela concebeu o Filho de Deus de maneira livre e generosa. Portanto, a Igreja professa que Maria

é sempre virgem; esta verdade pertence ao patrimônio da fé, como declarou, em conformidade com a

tradição, o Papa Paulo V. “A bem- aventurada Virgem Maria foi verdadeira Mãe de Deus, e guardou

sempre, íntegra, a virgindade, antes do parto, e constantemente depois” (DS 1980 *993+).

Continuando, a assessora nos diz que a doutrina da concepção virginal de Maria começa a ter sentido

quando abordada de modo contemplativo no contexto da encarnação. As narrativas da infância de

Jesus, em Mateus e Lucas, são as únicas fontes que relatam a concepção virginal. Maria concebeu Jesus

pelo poder da sombra do Espírito Santo. Os dois Evangelista relatam esta concepção como sinal de

escolha e graças divinas. A pessoa que nasce de Maria é a segunda pessoa da Santíssima Trindade, que

dela assumiu a carne humana. Maria, porém, não é mãe apenas da carne humana, mas de toda a

realidade do seu Filho, o Verbo Encarnado. Dando seguimento, foi-nos apresentado os louvores dos

Padres do deserto (a Patrística) em honra de Maria:

• Ave, alegria que desejamos.

• Ave, exaltação do gozo da Igreja.

• Ave, que emana doçura.

• Ave, rosto que emana bondade Divina.

• Ave, morada de Santidade.

• Ave, Mãe revestida de luz que engendras o sol sem ocaso.

• Ave, Mãe pura em Santidade.

• Ave, fonte corrente de Água que leva á vida.

• Ave, Mãe misteriosa e inexplicável.

• Ave, livro novo que encerras a nova mensagem de Deus.

• Ave, alabastro que contém a mirra de santidade que procede de Deus.

• Ave, que nos entrega a Cristo.

• Ave, cheia de graça, de quem nasce o sol da Salvação.




• Ave. Coroa de castidade.

• Ave, tu quem brindas os troféus.

• Ave, cheia de graça, arca de santidade, ramos de justiça.

• Ave Maria, plantada por Deus, que floresces como uma flor incorruptível.

• Ave, como frutos de luz.

• Ave, Mãe do Cordeiro sem mancha e da pedra angular da Igreja.

• Ave, Tesouro de pureza, sacratíssimo e sem mancha alguma.

• Ave, Mãe do que vem reconciliar-se com Deus.

Maria tem lugar de honra no Mistério salvífico do Verbo encarnado e da comunidade que o acolhe. Que

a Mãe da Divina Providência interceda por nós junto ao seu Filho Jesus, dando-nos a graça de acolhê-lo

em nosso coração.

Ir. Ângela Maria Medina Souza

DEFINIÇÃO ECUMENISMO;

É um diálogo entre os que foram batizados em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo. Aqueles que

confessam que Jesus e o Senhor e Salvador. Porém nem todos confessam isso.O ecumenismo busca

trabalho conjunto na construção de um mundo melhor baseando- se no que é comum:A BÍBLIA.

A meta final do ecumenismo é a comunhão entre as religiões.

Características de ecumenismo:Oração ,Estudo bíblico e Ação social.

ECUMENISMO É: Diálogo que reconhece e respeita a diversidade ;

Valorização de tudo o que já une as Igrejas;

Trabalho conjunto na construção de um mundo melhor;

Criação de laços de afeto fraterno entre Igrejas;

Oração em comum a partir da mesma Fé;

Busca sincera de caminhos para curar as feridas da separação;

Valorização leal de tudo de bom que as diferentes denominações cristãs realizam.

ECUMENISMO NÃO É:

Mistura de tudo num mesmo cristianismo;

Disfarce, para uma igreja dominar a outra;

Algo que afaste a pessoa de sua própria igreja;

Fazer todos concordarem em tudo;

Fingir que as diferenças não existem;

Desvalorizar as normas de cada Igreja

Deixar de lado o espírito crítico diante de qualquer grupo cristão;




ESPIRITUALIDADE ECUMÊNICA.

O ecumenismo exige um coração voltado para a paz e a valorização do outro. Não basta realizar ações

ecumênicas; é preciso ter, de fato, a espiritualidade do diálogo. Essa espiritualidade exige o cultivo de

valores.

DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO.

DEFINIÇÃO:

É o dialogo entre duas religiões distintas; não são inimigas, mas diferentes, procurando o conhecimento

mútuo, e lutando pelo bem da humanidade. É um processo de entendimento mútuo entre diferentes

tradições religiosas mantidas com todos os que admitem Deus e que guardam, em suas tradições

preciosos elementos religiosos e humanos;

Como dialogar: Dialogar com o outro não com o intuito de convencê-lo ou propor a própria opinião, mas

procurar a compreensão da outra religião.

FORMAS DE DIÁLOGO.

Da vida: boas relações de amizade entre pessoas de diferentes religiões na partilha de vida.

Da ação social: os trabalhos realizados em conjunto para socorrer os necessitados e lutar pela

paz, justiça sustentabilidade e integridade da pessoa e do planeta.

Do teológico: estudos sobre doutrina, realizados por teólogos de várias religiões trabalhando

juntos na busca de melhores modos de tratar as divergências.

Da mística: as celebrações comunitárias, as celebrações conjuntos e as orações pessoais pela

causa da unidade, da justiça e da paz.

DISPOSIÇÕES

Compreensão mútua: dissipar preconceitos e promover conhecimento e apreciação comuns;

Enriquecimento mútuo: suscitar nas pessoas os valores e as experiências de outros fiéis;

Compromisso comum: testemunhar e promover valores humanos e espirituais.

Exigências de diálogo inter-religioso:

Equilíbrio

Convicção religiosa

Abertura à verdade

Irmã Leah Kemunto Gwaro




Encontro de Formação Permanente nos dias 06 e 07/4/2013.

Mc 3,13 “Depois subiu à montanha, e chamou a si os que Ele queria e eles foram até ele”.

Quando buscamos a formação permanente, queremos atualizar a resposta à nossa vocação, e

afirmamos novamente que sim, queremos seguir Jesus e continuar a experiência do chamado. E foi

neste espírito de abertura que participamos mais uma vez da Formação Permanente. No sábado, a Irmã

Marilene Brandão, deixou claro para nós, que a Vida Religiosa é sustentada por pessoas apaixonadas por

Jesus e pelo próximo. A unificação e a integralidade da pessoa nascem desse amor e é através dele que

hoje se aceita e se enfrenta as dificuldades encontradas no dia a dia.

É preciso caminhar com a certeza de que Deus nos quer atuando de maneira fecunda e com maior

vitalidade espiritual, mesmo se o grupo estiver reduzido. A conversão é essencial para a formação de

comunidades de pessoas maduras, disponíveis e com vontade decidida de encontrar-se. Enfim

precisamos transmitir uma paixão autêntica por Jesus Cristo e sua missão e ajudar as novas gerações, a

entrar no mistério: “Venham ver”. O seguimento de Jesus nos leva ao amor serviço. Servindo a

comunidade ajudamos a construir o ideal da fraternidade e brota em nós a espiritualidade e a santidade

como resposta a diferentes dons. A formação e o trabalho pessoal nos mostra como é importante saber

viver em comunidade, e nos ajuda a desenvolver a relação interpessoal com Deus e com as irmãs e que

o perdão e a comunicação são vias pelas quais o amor transita.

No final da tarde, a Irmã Carmelita Olímpia da Silva, ofertou flores a Irmã Marilene Brandão, em

agradecimento, por tão belas palavras e pela oportunidade de refletir sobre nossa vocação à Vida

Consagrada.

Encerramos o dia de Sábado com uma recreação. As Irmãs da comunidade Água Viva se destacaram pela

dedicação, participação e animação. Parabéns, pela alegria contagiante de cada Irmã.

Iniciamos a manhã de domingo com a Santa Missa, e o Padre em sua homilia nos falava que mesmo

quando somos envolvidas pelo medo, insegurança, dúvidas, a portas fechadas, Jesus aparece no meio

de nós e nos vem trazer a paz interior, que nos torna capazes de doar a nossa vida por amor. E Jesus só

aparece quando a comunidade está reunida. Jesus ressuscitado restaura a totalidade do coração e nos

abre os olhos para aqueles que convivem conosco e conhecem as nossas virtudes e também nossos

defeitos. E só vê Jesus Ressuscitado quem está presente na comunidade.

Após a celebração da Eucaristia, em silêncio, adoramos a Jesus Sacramentado; foi um momento de

oração profunda, onde Jesus nos pede para ficar com Ele. E aos pés do Mestre permanecemos por uma

hora.

Irmã Maria Della Giustina e Irmã Carmelita Olímpia da Silva, continuaram os trabalhos com um tema da

Tese do VIII Capítulo Provincial “A Comunidade e a Arte de Relacionar-se”. E em grupos de três Irmãs,

falamos sobre nossas dificuldades e anseios; foi uma enriquecedora troca de experiências. E juntas, em

plenário, construímos os dez mandamentos para se construir uma comunidade integrada.

Experiência Partilhada




O encontro terminou com a oração “Creio Senhor, mas, aumentai a minha fé”!

Retornamos ás nossas comunidades com o grande desejo de que a fé em Jesus Ressuscitado nos ajude

no propósito de sermos Irmãs mais integradas, pois, construir comunidade é a tarefa mais importante

para cada irmã.

Agradecemos as Irmãs da equipe de formação permanente pela escolha do tema e pela sua

dinamização.

Agradecemos também a comunidade Betânia pela acolhida, pela ornamentação do ambiente, com

lindas flores, pelas refeições tão bem preparadas e pela disponibilidade em servir. Obrigada a todas!

Pelo grupo, Ir. Renata Maria C. Pereira.

TANZÂNIA

A Providência de Deus que nos ama, faz caminho conosco. Ela nos desafia constantemente e nos

impulsiona a ir além, a levar nossa espiritualidade, carisma e missão de acolher, assistir e educar onde

quer que Ela deseje. Os desafios são muitos e de todas as ordens, mas cremos que “Aquele que sustenta

as aves dos céus e veste os lírios do campo, não nos abandona jamais.” O itinerário atual a ser

percorrido, nos leva a outro país, em terras africanas: A TANZÂNIA.

Essa nova missão que será aberta, foi sendo gestada pouco a pouco, no coração da Divina Providência,

que tudo conduz a seu tempo e segundo seu desígnio de amor, concorrendo para o bem dos preferidos

de Deus e de seu Reino naquela localidade: os mais necessitados, os pobres, os marginalizados...

Nossa nova comunidade terá como missão ser uma presença Beneditina da Divina Providência, num

confiante abandono na Divina Providência, junto às crianças e professores de uma escola infantil, na

promoção de jovens e mulheres, nos trabalhos de evangelização, sendo presença de fé na Paróquia de

St Michael The Archangel, na cidade de Sirari, na Diocese de Musoma, em Tanzânia.

Os cristãos da Paróquia de Sirari nos receberam sempre muito bem, e em nossa última visita na

localidade, em 03/02/2013 pp, foi celebrada uma missa presidida pelo Bispo da Diocese de Musoma,

Dom Michael Msonganzila, onde as Irmãs foram acolhidas e festejadas. Na missa, os cristãos agradeciam

por receber as Irmãs, pelas quais rezavam a Deus para terem em sua comunidade há 10 anos, dizendo:

“Deus escutou a nossa oração. Chegou a nossa vez”.

Mas, como não amamos o que não conhecemos, partilhamos com vocês um pouco de informações

sobre a Tanzânia: “Situada na região denominada África Subsaariana, a Tanzânia possui fronteiras com o

Quênia (ao norte), Ruanda, Uganda e Burundi (a noroeste), República Democrática do Congo (a oeste,

através do Lago Tanganica), Zâmbia (a sudoeste), Malawí e Moçambique (ao sul), além de ser banhada

pelo Oceano Índico, onde está localizada uma ilha que pertence ao país, Zanzibar.

A Tanzânia é um dos países africanos com maior disponibilidade de água, visto que em seu território

estão os três maiores lagos do continente: Vitória, Tanganica e Malawí. A porção noroeste é bastante

montanhosa, abrigando o ponto mais alto da África, o monte Kilimanjaro, com 5.895 metros acima do




nível do mar. Os parques nacionais são outro grande destaque do país, fato que atrai milhares de

turistas.

A economia nacional é pouco desenvolvida, sendo a agricultura a principal fonte de receitas,

correspondendo a 85% das exportações. Aproximadamente 80% dos habitantes desempenham

atividades no campo. O setor industrial atua nos seguintes segmentos: alimentício, mineração (com

destaque para o ouro), petroquímico, têxtil, madeireiro, fertilizantes, etc.

A população, composta por vários grupos étnicos, enfrenta diversos problemas socioeconômicos.

Conforme dados divulgados em 2010 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Índice de

Desenvolvimento Humano (IDH) da Tanzânia é de apenas 0,398. Entre os fatores responsáveis por essa

média estão: baixa expectativa de vida (51,6 anos); elevada taxa de mortalidade infantil (62 para cada

mil nascidos vivos); mais da metade dos tanzanianos vivem abaixo da linha de pobreza (com menos de

1,25 dólar por dia); aproximadamente 28% dos habitantes são analfabetos e 35%, subnutridos.

A extensão territorial de Tanzânia é de 945.087 km² e a capital oficial tem sido Dodoma, onde o

parlamento e os escritórios do governo estão localizados. A maior cidade costeira Dar es Salaam é a

capital comercial. O clima é tropical, a forma do governo é república presidencialista. O idioma da

Tanzânia é: Inglês (para negócios e nas faculdades) e kiswahili (para as demais situações), além das

línguas regionais. As religiões são: Cristianismo 53,3% (católicos 28%, protestantes 18,6%, outros 6,7%),

islamismo 30,1%, crenças tradicionais 14,8%, outras 1,5%, sem religião e ateísmo 0,3%.A moeda

utilizada é o Xelim tanzaniano.

Colaboração: Irmã Bárbara Cristina Ferreira Britto

Retiro dos Oblatos Um tempo... Todo ser humano tem direitos e deveres; essa relação de vida, muitas vezes, passa despercebida.

Nossos dias são preenchidos por preocupações. Por tanto é um mundo de compromisso que nos tiram o

foco do objetivo central da nossa vida que é Cristo. Precisamos de um tempo em nossa vida,esse tempo

fundamental é o Retiro. Como família cristã temos o privilégio de tirar esses dias onde, não só

recarregamos nossas baterias, mas também Deus nos mostra onde devemos agir como agentes do

nosso meio. Não é de hoje que isso tem sido o porto seguro para nós Oblatos Beneditinos da Divina

Providência. Dom Felipe de Almeida, monge beneditino, trouxe entendimento simples a todos do nosso

Pai São Bento.Conseguir rezar não é fácil sem ser tentado,esse jeito simples de que falo sei que é o

Espírito Santo falando através dele, a mística dessa relação tende a ser completa quando associada ao

carinho que enquanto família, depois de um ano sem nos vermos, saímos de nossos lares e

encontramos as irmãs de braços abertos a nos receber, a cada ano; então o tema fica, como diria, a

ameixa do manjar.Cada reflexão desde a primeira quando vimos a respeito do silêncio, uma valorização

Família Espiritual




se faz: não sou eu quem fala,mas Deus fala em mim. O nosso falar traz o pecado, pois nossa língua não

tem paciência de ouvir. Penso até que se nos enclausurarmos algumas vezes não seria nada mal, é por

isso então que o servo deve ser obediente quando o mestre nos pede para inclinar o ouvido do coração.

Se eu renuncio as minhas vontades para ouvir o Espírito Santo eu levanto do sono e passo a agir

conforme o amor de Deus.A proposta que nos é feita é de como unidade engrandecer o Reino e levar

esse Reino a todos os lugares; mas como fazê-lo, sem tirar os nossos devaneios e vaidades? Só tendo

humildade e nos colocando como soldados a serviço do Reino. Isso tem que ser prazeroso e não uma

obrigação. Uma vez que é o próprio Deus quem nos pede para sermos obediente e fazer a vontade de

quem nos enviou e nos amou por primeiro.Hoje vemos em nossa vida e dias que só saindo e refletindo é

que temos a clareza de quão importante que os Retiros são para cada um de nós. Eu sei que falo por

todos os oblatos, a proposta de aprendizado nos trás a confiança de sermos melhores para servir Reino,

não sendo melhores que ninguém, mas bem preparados para enfrentarmos os desafios; o termo correto

talvez seria capacitados por Deus e tudo isso devemos à nossa família espiritual que com todo carinho

nos valoriza e intensifica nosso aprendizado com formadoras e formadores que se propõe a vir até nós e

dedicar-se com muito carinho em cada dia da nossa vida . Essa caridade fraterna é o que nos move, essa

obediência a Deus é o que nos faz sentirmos amados e transmitirmos esse amor em nossas

comunidades, colocando assim Cristo no centro de nossas vidas.

Oblato Fábio Zancanella

Novo e-mail da comunidade do Centro de Educação Infantil Ciranda:

[email protected]

Novamente publicamos os novos números de telefones do Instituto Pio XI – RJ:

Irmãs: (0xx21) 3194-1402

(0xx21) 3439-1825

(0xx21) 2260-9676

Escola: (0xx21) 3194-1400

(0xx21) 3194-1416 – Fax Notas de Falecimento Em 26/03/2013 faleceu Rogério Albino Mendes, sobrinho da Irmã Elisete Mendes Neto.

mailto:[email protected]




Em 10/04/2013 faleceu Albino Dias, tio de Irmã Perpétua Scheleger. Em 19/04/2013 faleceu Irmã Cecília Baldessar,irmã da Irmã Maria José Baldessar. Em 05/05/2013 faleceu Jobson Vargas Correia, sobrinho de Irmã Sônia Rosa de Moura. Em 07/05/2013 faleceu Japheth Misango Ochela, pai de Irmã Claire Khabayi Misango. Em 14/05/2013 faleceu Sabina Masega, tia de Irmã Vane Kemuto Osebe. Em 18/05/13,com 91 anos,em Vinhedo- SP,faleceu Sr.Rafael Osório, idoso acolhido pelas irmãs na Casa

de Repouso Divina Providência em Vinhedo.

Em 19/05/2013 faleceu Elaine Gea dos Santos Lustoza, cunhada da Irmã Sandra Regina Ribeiro Lustoza,

Seu irmão Cicero Ribeiro Lustoza agradece as irmãs pelas orações e a presença no velório e enterro.

Em Em 30/05/2013 faleceu Bernard Amboko Musina, irmão da Irmã Evalyne Shisiali Musina.

Em 3105/2013 faleceu Irmã Eurosia Gritti.

Em 18/06/2013 faleceu Frei Antônio Canever, tio da Irmã Hermana Cancelier.

Uma vida doada a Deus e ao próximo.

Familiares e amigos se despediram de Irmã Cecília Baldessar na última sexta-feira e recordam com afeto da bela história de fé da religiosa. O espírito maternal, a disponibilidade para ouvir e ajudar o próximo e as mensagens de Irmã Cecília Baldessar permanecerão na memória da família, dos amigos e das pessoas que a religiosa auxiliou nos anos em que dedicou sua vida a Deus. A Diocese de Criciúma comunicou com pesar o falecimento da religiosa da Congregação das Irmãs Beneditinas da Divina Providência na sexta-feira, dia 19, aos 82 anos. Nos últimos anos, Irmã Cecília Baldessar servia a Educação Infantil do Colégio São Bento, na unidade da instituição no bairro Santa Bárbara, em Criciúma. A religiosa ofereceu mais de 60 anos de sua vida ao Ministério Consagrado e sempre se dedicou ao magistério como professora de português e inglês. Na congregação, foi secretária geral e provincial e conselheira geral.Irmã Cecília Baldessar conquistou o carinho e a admiração das pessoas em todos os lugares onde passou.A religiosa foi aluna de Heitor Villa-Lobos, trabalhou em Roma e atuou em diversas missões pelo mundo como na Romênia, Quênia e no México. A urussanguense visitava a terra natal uma vez por ano e deixou boas recordações e histórias aos familiares.Uma vida doada a Deus e ao próximo.

DEDICAÇÃO PELA FÉ Filha de José Baldessar e Ângela Benedet, Cecília Baldessar nasceu em Urussanga no dia 30 de maio de 1931, sendo batizada no dia 3 de junho do mesmo ano com o nome de Maria. Ainda muito jovem, decidiu seguir a vida religiosa. “Ela decidiu entrar na vida religiosa muito cedo, tão jovem que no início foi admitida como apenas interna. Ela foi inspirada pelas Irmãs Apóstolas do Coração de Jesus, que na época estavam em Urussanga, mas como seus pais tinham parentes em Nova Veneza, foi dirigida ao Colégio das Irmãs Beneditinas da Divina Providência, as primeiras missionárias da congregação no Brasil”, relata a sobrinha Iraci Baldessar Barbosa. Irmã Cecília Baldessar ingressou na Congregação no dia

Homenagem




05 de fevereiro de 1945, tendo como sua mestra Irmã Faustina Oldani. Em uma celebração, Irmã Cecília fez a Vestição Religiosa e recebeu o hábito no dia 23 de dezembro de 1946. A religiosa conseguiu a Primeira Profissão no dia 21 de janeiro de 1948. A cerimônia de Profissão Perpétua aconteceu no dia 10 de janeiro de 1953. Irmã Cecília Baldessar exerceu os primeiros trabalhos na Congregação nas cidades de São Francisco do Sul (SC) e Campos Gerais (MG), nos anos de 1948 a 1951.

Orgulho da família Em 2001, Irmã Cecília Baldessar retornou ao Brasil e permaneceu por algum tempo na Casa Provincial em Curitiba (PR) como Superiora da Comunidade, responsável pelo Arquivo e Fototeca da Província. No ano de 2009, trabalhou no colégio São Bento e, desde o ano de 2010 residia na Casa da Criança em Criciúma, colaborando no atendimento às crianças, na secretaria, atendendo aos pais na portaria.Irmã Maria José, irmã de Irmã Cecília Baldessar,recorda com afeto da irmã. “Irmã Cecília levou uma vida totalmente doada a Deus, a serviço da Congregação e do próximo. Deixa para todas nós um testemunho de fidelidade, de doação da vida, até o fim. Sempre que me encontrava com Irmã Cecília, ela me dizia: Devemos nos orgulhar de nossa família. Oportunamente, lembro a quem lê essa mensagem,que a terra, as raízes de nossa família tem nome:José Baldessar e Ângela Benedet, que viveram e semearam na provisoriedade do tempo os valores que vão além do tempo e do espaço. Agradeço tanta providência”, ressalta.A sobrinha-neta Andreza Baldessar lembra do amor que Irmã Cecília tinha pela música. “Ela era uma pessoa delicada e muito inteligente. Adorava música e gostava muito de tocar piano”, conta.“Em suas férias, Irmã Cecília animava a família e os amigos nos finais de tarde, tocando acordeom junto ao seu irmão Pedro,que tocava gaita de boca.Lembro dela tocando piano em minha casa. Ela era uma pessoa sempre disponível para ouvir e ajudar o próximo em todos os momentos. Ela falava muito bem, possuía muita inteligência e cultura e tinha um espírito maternal.Por onde passou, deixou muitas frases e mensagens para cada ocasião”, finaliza a sobrinha Iraci Baldessar Barbosa.

Eliana Maccari - Jornalista

Jornal Vanguarda - Urussanga/SC

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