influência de diferentes condições de armazenamento nas

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Rev. Virtual Quim. |Vol 9| |No. 3| |1065-1077| 1065 Artigo Influência de Diferentes Condições de Armazenamento nas Propriedades Físico-Mecânicas de Briquetes Konishi, P. A.; Hansted, A. L. S.; Nakashima, G. T.; Padilla, E. R. D.; da Róz, A. L.; Sette Júnior, C. R.; Yamaji, F. M.* Rev. Virtual Quim., 2017, 9 (3), 1065-1077. Data de publicação na Web: 5 de abril de 2017 http://rvq.sbq.org.br Influence of Different Storage Conditions on the Physico-Mechanical Properties of Briquettes Abstract: The aim of the present study was to analyze the physico-mechanical properties of briquettes under different storage conditions. The briquettes were generated from a blend containing 70% eucalyptus saw dust and 30% sugarcane bagasse. Sixty briquettes were produced at moisture content 12.5%. The briquettes were stored for 120 hours after being pressed in four environment types (4 treatments); 15 briquettes were used in each treatment, namely: Closed container (T1); Outdoor storage (T2); Storage at 40% RH (T3); and Storage at 75% RH (T4). According to the proximate analysis results, the blends presented volatile content 71.91%; fixed carbon, 21.52%; and ash content, 6.57%. The high heating value (HHV) of the blend was 18.17 MJ.kg -1 . All the briquettes presented values considered satisfactory for the diametral compression effort, at mean treatment 1.10 MPa. There was no significant difference between treatments in the friability test, and the mean value 13.85% was recorded. Therefore, the RH of the environment during the packaging process changed the physico-mechanical characteristics of the briquettes. Although the storage in an environment with up to 75% RH interfered in the properties, it kept briquettes in proper conditions for use. Keywords: Biomass; briquette; packaging; relative humidity. Resumo O objetivo deste trabalho foi analisar as propriedades fisco-mecânica dos briquetes em diferentes condições de armazenamento. Os briquetes foram produzidos a partir da blenda com 70% de pó de lixa de eucalipto e 30% de bagaço de cana-de-açúcar. Foram fabricados 60 briquetes, com um teor de umidade de 12,5%. Os briquetes foram armazenados por 120 horas após prensagem em quatro tipos de ambiente (4 tratamentos), utilizando 15 briquetes em cada tratamento: recipiente fechado (T1); armazenamento ao ar livre (T2); armazenamento a 40% de UR (T3); e armazenamento a 75% de UR (T4). Os resultados da análise química imediata mostraram que a blenda apresentou um teor de voláteis de 71,91%, carbono fixo 21,52% e teor de cinzas de 6,57%. O poder calorífico superior (PCS) da blenda foi 18.17 MJ.kg -1 . Todos os briquetes apresentaram valores considerados satisfatórios quanto ao esforço de compressão diametral, com média dos tratamentos de 1,10 MPa. No teste de friabilidade não houve diferença significativa entre os tratamentos e observou-se o valor médio de 13,85%. Concluiu-se que a UR do ambiente durante o acondicionamento, influenciou na umidade de equilíbrio dos briquetes, alterando suas características físico-mecânicas. A estocagem em um ambiente com até 75% de UR, embora tenha interferido nas propriedades físico-químicas, manteve os briquetes em condições adequadas para o uso. Palavras-chave: Biomassa; briquete; acondicionamento; umidade relativa. * Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Ciências Ambientais, Rodovia João Leme dos Santos, Km 110 - SP-264, Bairro do Itinga, Sorocaba-SP, Brasil. [email protected] DOI: 10.21577/1984-6835.20170064

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Page 1: Influência de Diferentes Condições de Armazenamento nas

Rev Virtual Quim |Vol 9| |No 3| |1065-1077| 1065

Artigo

Influecircncia de Diferentes Condiccedilotildees de Armazenamento nas

Propriedades Fiacutesico-Mecacircnicas de Briquetes

Konishi P A Hansted A L S Nakashima G T Padilla E R D da Roacutez

A L Sette Juacutenior C R Yamaji F M

Rev Virtual Quim 2017 9 (3) 1065-1077 Data de publicaccedilatildeo na Web 5 de abril de 2017

httprvqsbqorgbr

Influence of Different Storage Conditions on the Physico-Mechanical Properties of

Briquettes

Abstract The aim of the present study was to analyze the physico-mechanical properties of briquettes under different storage conditions The briquettes were generated from a blend containing 70 eucalyptus saw dust and 30 sugarcane bagasse Sixty briquettes were produced at moisture content 125 The briquettes were stored for 120 hours after being pressed in four environment types (4 treatments) 15 briquettes were used in each treatment namely Closed container (T1) Outdoor storage (T2) Storage at 40 RH (T3) and Storage at 75 RH (T4) According to the proximate analysis results the blends presented volatile content 7191 fixed carbon 2152 and ash content 657 The high heating value (HHV) of the blend was 1817 MJkg

-1 All the briquettes presented values

considered satisfactory for the diametral compression effort at mean treatment 110 MPa There was no significant difference between treatments in the friability test and the mean value 1385 was recorded Therefore the RH of the environment during the packaging process changed the physico-mechanical characteristics of the briquettes Although the storage in an environment with up to 75 RH interfered in the properties it kept briquettes in proper conditions for use

Keywords Biomass briquette packaging relative humidity

Resumo

O objetivo deste trabalho foi analisar as propriedades fisco-mecacircnica dos briquetes em diferentes condiccedilotildees de armazenamento Os briquetes foram produzidos a partir da blenda com 70 de poacute de lixa de eucalipto e 30 de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar Foram fabricados 60 briquetes com um teor de umidade de 125 Os briquetes foram armazenados por 120 horas apoacutes prensagem em quatro tipos de ambiente (4 tratamentos) utilizando 15 briquetes em cada tratamento recipiente fechado (T1) armazenamento ao ar livre (T2) armazenamento a 40 de UR (T3) e armazenamento a 75 de UR (T4) Os resultados da anaacutelise quiacutemica imediata mostraram que a blenda apresentou um teor de volaacuteteis de 7191 carbono fixo 2152 e teor de cinzas de 657 O poder caloriacutefico superior (PCS) da blenda foi 1817 MJkg

-1 Todos os briquetes apresentaram valores considerados satisfatoacuterios quanto ao esforccedilo de

compressatildeo diametral com meacutedia dos tratamentos de 110 MPa No teste de friabilidade natildeo houve diferenccedila significativa entre os tratamentos e observou-se o valor meacutedio de 1385 Concluiu-se que a UR do ambiente durante o acondicionamento influenciou na umidade de equiliacutebrio dos briquetes alterando suas caracteriacutesticas fiacutesico-mecacircnicas A estocagem em um ambiente com ateacute 75 de UR embora tenha interferido nas propriedades fiacutesico-quiacutemicas manteve os briquetes em condiccedilotildees adequadas para o uso

Palavras-chave Biomassa briquete acondicionamento umidade relativa

Universidade Federal de Satildeo Carlos Departamento de Ciecircncias Ambientais Rodovia Joatildeo Leme dos Santos Km 110 - SP-264 Bairro do Itinga Sorocaba-SP Brasil

fmyamajiufscarbr DOI 10215771984-683520170064

Volume 9 Nuacutemero 3

Revista Virtual de Quiacutemica

ISSN 1984-6835

Maio-Junho 2017

1066 Rev Virtual Quim |Vol 9| |No 3| |1065-1077|

Influecircncia de Diferentes Condiccedilotildees de Armazenamento nas

Propriedades Fiacutesico-Mecacircnicas de Briquetes

Paula Ayumi Konishia Ana Larissa S Hansted

a Gabriela T Nakashima

a

Elias Ricardo D Padillaa Alessandra L da Roacutez

b Carlos R Sette Juacutenior

c

Faacutebio M Yamajia

a Universidade Federal de Satildeo Carlos Departamento de Ciecircncias Ambientais Rodovia Joatildeo

Leme dos Santos Km 110 - SP-264 Bairro do Itinga Sorocaba-SP Brasil

b Instituto Federal de Educaccedilatildeo Ciecircncia e Tecnologia de Satildeo Paulo Departamento Industrial Av Joatildeo Oliacutempio de Oliveira 1561 Vila Asem Itapetininga-SP Brasil

c Universidade Federal de Goiaacutes Departamento da Agronomia Rodovia Goiacircnia Nova Veneza km 0 Campus Samambaia Goiacircnia-GO Brasil

fmyamajiufscarbr

Recebido em 14 de dezembro de 2016 Aceito para publicaccedilatildeo em 30 de marccedilo de 2017

1 Introduccedilatildeo

2 Material e Meacutetodos

21 Materiais 22 Ajuste do teor de umidade das biomassas 23 Anaacutelise imediata e poder caloriacutefico 24 Produccedilatildeo de briquetes 25 Acondicionamento dos briquetes 26 Avaliaccedilatildeo da expansatildeo longitudinal volumeacutetrica e densidade aparente 27 Resistecircncia agrave traccedilatildeo por compressatildeo diametral 28 Friabilidade 29 Anaacutelise estatiacutestica

3 Resultados e Discussatildeo

4 Conclusatildeo

1 Introduccedilatildeo

A biomassa vegetal pode ser considerada uma das principais alternativas para a diversificaccedilatildeo da matriz energeacutetica com consequente reduccedilatildeo da dependecircncia dos

combustiacuteveis foacutesseis O Brasil pode usufruir da grande quantidade de biomassa residual produzida visto que o paiacutes eacute um dos maiores produtores agriacutecolas e florestais do mundo12 estima-se que satildeo produzidos cerca de 167 milhotildees de toneladas de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar3-5 e aproximadamente 30 milhotildees de

Konishi P A et al

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toneladas de resiacuteduos de madeira por ano tendo como principal fonte geradora a induacutestria madeireira6

A utilizaccedilatildeo da biomassa para a produccedilatildeo de energia pode ser realizada pela queima direta entretanto este meacutetodo apresenta algumas desvantagens quanto ao manuseio armazenamento e transporte jaacute que a mateacuteria-prima possui baixa densidade aparente e energeacutetica grande heterogeneidade forma e granulometria irregular7 A densificaccedilatildeo de resiacuteduos vegetais como por exemplo a peletizaccedilatildeo e a briquetagem satildeo processos que podem ser adotados para a produccedilatildeo de combustiacuteveis soacutelidos mais eficientes e com melhores caracteriacutesticas energeacuteticas78

Recentemente vaacuterias pesquisas foram realizadas a fim de caracterizar e avaliar a disponibilidade de resiacuteduos agriacutecolas e florestais para produccedilatildeo de briquetes incluindo pesquisas de viabilidade teacutecnico-econocircmica e as perspectivas das induacutestrias no Brasil39-12 Trabalhos semelhantes foram realizados em outras partes do mundo focados principalmente na densificaccedilatildeo de materiais como serragem casca de arroz casca de amendoim palma e fibras de coco13 Wamukonya e Jenkins tambeacutem estudaram a possibilidade de utilizaccedilatildeo de briquetes de serragem e palha de trigo como combustiacutevel14

A produccedilatildeo de briquetes pode ser afetada por diversos fatores entre os principais temperatura e pressatildeo de compactaccedilatildeo tamanho das partiacuteculas e teor de umidade81516 Com relaccedilatildeo agrave aacutegua deve-se atentar para o teor de umidade da biomassa e para a umidade relativa (UR) do ambiente uma vez que as biomassas vegetais satildeo higroscoacutepicas e o excesso de umidade pode comprometer a qualidade dos briquetes Nyakuma et al ressaltam que os briquetes possuem tendecircncia a desagregarem quando expostos agrave aacutegua ou submetidos agrave altos valores de UR17

Haacute resiacuteduos agroflorestais extremamente uacutemidos com valores acima de 50 de umidade como o bagaccedilo da cana-de-accediluacutecar

e segundo Gonccedilalves tal condiccedilatildeo pode provocar a formaccedilatildeo de vapor de aacutegua no interior da biomassa tornando os briquetes instaacuteveis com maior iacutendice de expansatildeo18 Desta forma eacute necessaacuterio o processo de secagem do material Por outro lado haacute alguns tipos de biomassa como o poacute de lixa que podem apresentar teor de umidade menor que 10 em base seca

O material com baixo teor de umidade (menor que 9) pode apresentar riscos ao seu acondicionamento por ser de faacutecil combustatildeo19 aleacutem de ser inadequado agrave produccedilatildeo de briquetes pois dificulta a compactaccedilatildeo gerando um produto mais fraacutegil20 De acordo com Gentil21 briquetes produzidos a partir de duas ou mais biomassas residuais tambeacutem conhecidas como blendas vecircm se destacando no mercado principalmente devido ao apelo ambiental

O presente trabalho teve como objetivo analisar as propriedades fisco-mecacircnica dos briquetes (70 de poacute de lixa de eucalipto e 30 de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar) em quatro diferentes condiccedilotildees de armazenamento

2 Material e Meacutetodos

21 Materiais

As biomassas empregadas no processo de briquetagem foram o poacute de lixa da madeira de Eucalyptus spp e bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar O poacute de lixa de eucalipto foi coletado manualmente direto da lixadeira de uma empresa moveleira no municiacutepio de Salto de Pirapora-SP 23ordm38rsquo58rsquorsquoS 47ordm34rsquo25rsquorsquo com classificaccedilatildeo Koumlppen Cfa22 O bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar (Saccharum officinarum) foi obtido em uma usina localizada no municiacutepio de Porto Feliz-SP nas coordenadas 23ordm21rsquo52rsquorsquoS 47ordm52rsquo40rsquorsquoW com classificaccedilatildeo Koumlppen Cfa 23

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22 Ajuste do teor de umidade das

biomassas

O bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar foi triturado no moinho de facas tipo Willey Em seguida os materiais foram misturados manualmente em uma proporccedilatildeo de 70 de poacute de lixa de eucalipto e 30 de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar Para a determinaccedilatildeo do teor de umidade dos materiais utilizou-se uma balanccedila determinadora de umidade modelo

MX-50 marca Shimadzu

23 Anaacutelise imediata e poder caloriacutefico

Os teores de cinzas e volaacuteteis foram determinados utilizando 100 g da mistura conforme a metodologia prescrita na norma ABNT NBR 81128624 com trecircs repeticcedilotildees para cada ensaio O teor de carbono fixo foi calculado de acordo com a Equaccedilatildeo 1

119862 119865119894119909 = minus 119879 119862119894 119911 + 119879 119881 119897aacute 119894 Eq 1

O poder caloriacutefico superior (PCS) foi obtido conforme a norma ASTM D5865-1325 em uma bomba calorimeacutetrica IKA C200

24 Produccedilatildeo dos briquetes

Para a briquetagem foi utilizada uma prensa hidraacuteulica marca Marconi MPH-30 e moldes ciliacutendricos de accedilo inox de 3500 mm de diacircmetro e 16000 mm de altura Foi produzido um total de 60 briquetes Na confecccedilatildeo de cada briquete 2000 g da

mistura de biomassa com 125 de umidade foi compactada com uma pressatildeo real de 12231 MPa durante 30 s sem aquecimento e sem adiccedilatildeo de aglutinante seguindo o mesmo procedimento usado por Hansted et al26

25 Acondicionamento dos briquetes

Foram simuladas quatro condiccedilotildees de armazenamento como mostra a Tabela 1 utilizando 15 briquetes em cada tratamento

Tabela 1 Acondicionamento dos briquetes

Tratamento Condiccedilotildees de armazenamento

T1 Recipiente hermeticamente fechado

T2 Ambiente (ao ar livre)

T3 40 de UR

T4 75 de UR

No tratamento T1 os briquetes foram inseridos em sacos plaacutesticos e vedados a fim de evitar a influecircncia de umidade externa No tratamento T2 os briquetes foram armazenados ao ar livre No tratamento T3 os briquetes foram mantidos a 40 de UR armazenados em ambiente seco dentro de um dessecador com siacutelica gel previamente

ativada No tratamento T4 simulou-se uma situaccedilatildeo com 75 de UR utilizando uma cacircmara climaacutetica marca Marconi modelo MA402 A umidade relativa foi monitorada em intervalos de 4 horas utilizando um termo-higrocircmetro digital marca Impac modelo TH-01

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26 Avaliaccedilatildeo da expansatildeo longitudinal

volumeacutetrica e densidade aparente

Apoacutes o processo de briquetagem mediu-se a altura e o diacircmetro de todos os briquetes em intervalos preacute-estabelecidos com o auxiacutelio de um paquiacutemetro digital marca Insize com resoluccedilatildeo de 001 mm O procedimento foi realizado ateacute a estabilizaccedilatildeo dimensional a fim de se avaliar a expansatildeo longitudinal (no sentido paralelo agrave compactaccedilatildeo) e a expansatildeo em volume

Para o caacutelculo da densidade aparente foi utilizado o meacutetodo estereomeacutetrico medindo-se a massa dos briquetes logo apoacutes a sua confecccedilatildeo (densidade aparente inicial) e apoacutes o periacuteodo de estabilizaccedilatildeo (densidade aparente final) Os ensaios mecacircnicos foram feitos 120 horas apoacutes briquetagem (onde foi

realizada a uacuteltima mediccedilatildeo dos briquetes)

27 Resistecircncia mecacircnica de traccedilatildeo por

compressatildeo diametral

Apoacutes a estabilizaccedilatildeo da expansatildeo dos briquetes foi realizado o ensaio mecacircnico de traccedilatildeo por compressatildeo diametral com base na norma ABNT NBR 72221127 Os ensaios foram realizados em uma maacutequina universal de ensaios EMIC DL30000 usando uma ceacutelula de carga de 500 kgf Foram utilizados 10 briquetes de cada tratamento e os resultados foram obtidos diretamente pelo programa Tesc versatildeo 304 A Figura 1 apresenta a montagem experimental

Figura 1 Montagem experimental para o ensaio de traccedilatildeo por compressatildeo diametral

28 Friabilidade

O ensaio dinacircmico de friabilidade tambeacutem conhecido como tamboramento foi realizado para analisar a resistecircncia a impactos manuseio e abrasatildeo dos briquetes28 A determinaccedilatildeo da friabilidade foi baseada na norma ABNT NBR 8740 29

como descrito por Oliveira et al30 Foi

utilizado um friabilocircmetro com as dimensotildees internas do tambor reduzidas para 300 x 300 x 100 mm configurado para 30 rpm durante o periacuteodo de 15 min totalizando-se aproximadamente 500 rotaccedilotildees Foram utilizados cinco briquetes de cada tratamento para este ensaio

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29 Anaacutelise estatiacutestica

Os resultados foram submetidos agrave anaacutelise de variacircncia sendo que a comparaccedilatildeo entre os tratamentos foi analisada por meio do teste F a 5 de significacircncia Nas propriedades em que a hipoacutetese nula foi rejeitada as meacutedias foram comparadas tambeacutem a 5 de significacircncia pelo teste Tukey Para a anaacutelise foram empregados os softwares Tinn-R e R versatildeo 2111

3 Resultados e Discussatildeo

O valor meacutedio encontrado para o teor de cinzas da blenda de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar e poacute de lixa foi de 657 O teor de cinzas da blenda pode ser considerado alto quando comparado a outros estudos Para fins energeacuteticos o teor de cinzas aceitaacutevel para as biomassas florestais eacute de aproximadamente 13334 De acordo com Brasil et al31 o teor de cinzas encontrado para o bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar foi de 243 Para o poacute de lixa de eucalipto estudos reportam teor de cinzas acima de 30 Esses valores podem ter origem a partir dos minerais (gratildeos) que se soltam da lixa durante o processo de lixamento32

O teor de cinzas pode prejudicar o potencial energeacutetico do material jaacute que satildeo compostas por minerais que natildeo participam do processo de combustatildeo35 Outro ponto prejudicial da presenccedila de cinzas eacute o seu acuacutemulo nas estruturas da caldeiras (grelhas tubulaccedilotildees e paredes) O espessamento das paredes diminui a eficiecircncia energeacutetica e aumenta a necessidade de manutenccedilatildeo dos equipamentos36

O teor de cinzas e o teor de carbono fixo de um material apresentam uma relaccedilatildeo

inversamente proporcional Desta forma quanto maior o carbono fixo melhor o potencial energeacutetico do material37 De acordo com Brito et al38 o teor de carbono fixo e o teor de volaacuteteis para biomassas devem ser de 15 a 25 e 75 a 85 respectivamente para serem considerados de boa qualidade para fins energeacuteticos Os valores meacutedios obtidos na blenda estudada foram de 2152 (carbono fixo) e 7191 (teor de volaacuteteis)

O poder caloriacutefico superior (PCS) encontrado para a blenda foi de 1817 MJkg-1 considerado satisfatoacuterio quando comparado ao desempenho energeacutetico de outras espeacutecies Na literatura o PCS observado para o eucalipto apresenta-se em torno de 2004 MJkg-139 enquanto que para o bagaccedilo da cana-de-accediluacutecar cerca de 1613 MJkg-140 indicando que o poder caloriacutefico da blenda estaacute dentro do intervalo esperado

A UR meacutedia do ambiente no tratamento T2 foi de 508 durante o periacuteodo analisado resultando em um briquete com teor de umidade de equiliacutebrio em torno de 82 No tratamento T3 a umidade dos briquetes estabilizou em 78 no dessecador com 40 de UR ou seja as umidades finais dos briquetes T2 e T3 comparadas com a inicial (125) diminuiacuteram durante o periacuteodo analisado O recipiente hermeticamente fechado (T1) manteve a umidade de 125 nos briquetes e a cacircmara climaacutetica com 75 de UR aumentou a umidade dos briquetes de 125 a 134 Tal padratildeo evidencia que a UR do ambiente de armazenamento alterou a umidade de equiliacutebrio dos briquetes

Pode ser observado na Figura 2 que todos os briquetes da blenda estudada atingiram estabilidade dimensional (expansatildeo longitudinal) em aproximadamente 48 horas apoacutes briquetagem para todos os tratamentos

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Figura 2 Expansatildeo longitudinal meacutedia dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

As anaacutelises estatiacutesticas demonstraram que natildeo houve diferenccedila significativa entre os tratamentos T2 e T3 que apresentaram as taxas mais baixas de expansatildeo longitudinal (valores finais meacutedios de 154 e 220 respectivamente) De forma semelhante natildeo se observou diferenccedila significativa entre os tratamentos T1 e T4 cujos valores de expansatildeo longitudinal foram os mais altos observados (valores finais meacutedios de 578 e 950 respectivamente)

Embora a expansatildeo longitudinal dos briquetes dos tratamentos T1 e T4 foram as maiores observadas esses valores satildeo menores que o encontrado por Padilla et al41 Os autores obtiveram uma expansatildeo de 1347 para briquetes de 100 palha de cana-de-accediluacutecar armazenados em ambiente com 65 de UR Briquetes que sofrem maior expansatildeo longitudinal e volumeacutetrica exigem maior cuidado no transporte e armazenamento42

A expansatildeo volumeacutetrica dos briquetes ao longo do tempo pode ser ocasionada por diversos fatores como a natureza da mateacuteria-prima a magnitude e o modo de densificaccedilatildeo a geometria do material compactado e sua condiccedilatildeo de armazenamento43 A Figura 3 mostra a expansatildeo volumeacutetrica dos briquetes por tratamentos

Uma das decorrecircncias da expansatildeo volumeacutetrica eacute a diminuiccedilatildeo da densidade aparente dos briquetes Conforme mostrado na Figura 3 o tratamento T4 foi o que apresentou maior expansatildeo volumeacutetrica devido ao armazenamento dos briquetes ter ocorrido no ambiente com a maior umidade relativa (75 de UR) resultando tambeacutem na maior umidade de equiliacutebrio obtida nos briquetes desse tratamento Segundo Protaacutesio et al33 variaccedilotildees volumeacutetricas elevadas dos briquetes podem contribuir com a diminuiccedilatildeo da resistecircncia mecacircnica dos biocombustiacuteveis soacutelidos

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Figura 3 Expansatildeo volumeacutetrica meacutedia dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

A densidade aparente dos briquetes eacute um paracircmetro muito importante haja vista que define as condiccedilotildees de estocagem armazenamento e transporte aleacutem de influenciar diretamente a densidade energeacutetica dos mesmos Ao analisar a Figura 4 que mostra os resultados obtidos neste trabalho quanto agrave densidade aparente percebeu-se que os valores meacutedios referentes agrave densidade aparente final variaram entre 094 gcm-3 e 103 gcm-3 os quais diferiram estatisticamente entre si

A maior variaccedilatildeo da densidade aparente do tratamento T4 pode ser explicada pela maior expansatildeo volumeacutetrica observada neste tratamento Especificamente para briquetes da blenda estudada natildeo se encontraram valores de densidade na literatura no entanto os resultados obtidos neste estudo

foram proacuteximos aos de Rodrigues44 e Paula45 que encontraram densidades aparentes de 110 gcm-3 e 0606 gcm-3 para briquetes de serragem de eucalipto e bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar respectivamente

Os resultados dos tratamentos T1 e T4 para a expansatildeo longitudinal a expansatildeo volumeacutetrica e a densidade aparente indicam que o ambientetratamento mais uacutemido pode afetar negativamente as propriedades dos briquetes pois altas UR aumentam a umidade de equiliacutebrio dos briquetes produzindo briquetes instaacuteveis ou fraacutegeis

A Tabela 2 mostra os resultados de resistecircncia agrave compressatildeo e forccedila maacutexima dos briquetes para cada tratamento encontrados nos ensaios mecacircnico A resistecircncia a compressatildeo maacutexima meacutedia de todos os briquetes da blenda foi de 110 MPa

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Figura 4 Densidade aparente inicial e final meacutedia dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Tabela 2 Dados do ensaio mecacircnico para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Tratamento Resistecircncia Maacutex (MPa) Forccedila Maacutex (kN)

T1 103plusmn 007 a 123 plusmn 209

T2 102plusmn 004 a 116 plusmn 104

T3 133plusmn 006 b 146 plusmn 202

T4 105plusmn 008 a 128 plusmn 205

Este tipo de ensaio indica a resistecircncia do briquete aos esforccedilos que ocorrem principalmente na estocagem ou seja determina qual eacute a resistecircncia agrave compressatildeo meacutedia que cada briquete pode suportar antes que ocorra uma ruptura durante o armazenamento46

Todos os briquetes da blenda estudada sem importar o armazenamento obtiveram valores de resistecircncias maacutexima meacutedia superiores agraves encontrados por Brasil et al31 que produziu briquetes da blenda de serragem de candeia e bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar em diferentes proporccedilotildees a 12 de umidade e encontrou resistecircncias maacutexima meacutedia entre 023 e 094 MPa Outro estudo relatou que briquetes de Eucalyptus sp a 12 de umidade resistecircncia maacutexima meacutedia de 112 MPa47 valor semelhante aos apresentados na Tabela 2 encontrados no presente trabalho

A anaacutelise estatiacutestica dos resultados mostrou que a resistecircncia maacutexima dos briquetes armazenados no dessecador com 40 de UR (tratamento T3) diferiu pelo teste de Tukey a 5 de significacircncia dos demais valores encontrados Dessa forma observou-se que o ambiente com UR mais baixa favoreceu a resistecircncia mecacircnica dos briquetes Contudo este resultado natildeo desqualifica os valores de resistecircncia mecacircnica dos briquetes armazenados nos outros ambientes visto que apresentaram valores considerados satisfatoacuterios

O ensaio de friabilidade pode fornecer informaccedilatildeo complementar ao ensaio de traccedilatildeo por compressatildeo diametral Esse ensaio eacute um bom meacutetodo para prever o comportamento dos briquetes durante sua cadeia de fornecimento portanto a friabilidade indica a capacidade dos briquetes para resistir ao manuseio e transporte46 Os

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resultados de friabilidade dos briquetes da blenda estudada para cada tratamento podem ser visualizados na Figura 5 O iacutendice

de friabilidade meacutedio considerando todos os tratamentos foi de 1385

Figura 5 Iacutendices de friabilidade meacutedio dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Segundo estudos de Gonccedilalves et al48 para briquetes de Eucalyptus sp a 12 de umidade foi encontrado um iacutendice de friabilidade de 2475 valor maior do que a meacutedia de 1385 encontrada no presente trabalho demonstrando maior resistecircncia (menor friabilidade) nos briquetes da blendas de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar e poacute de lixa de eucalipto De acordo com a classificaccedilatildeo Cetec30 o tratamento T4 eacute definido como pouco friaacutevel e os demais como muito

pouco friaacutevel

O maior iacutendice de friabilidade foi encontrado nos briquetes armazenados no tratamento T4 (75 UR) confirmando que a UR do ambiente de armazenamento altera a umidade de equiliacutebrio afetando a estabilidade e a friabilidade dos briquetes Entretanto pelo teste da ANOVA conclui-se que natildeo houve diferenccedila significativa entre os quatro tratamentos para o iacutendice de friabilidade Assim a estocagem dos

briquetes em um ambiente com ateacute 75 de UR embora tenha interferido na expansatildeo longitudinal volumeacutetrica e a densidade aparente natildeo interferiu significativamente nas propriedades mecacircnicas e manteve os briquetes em condiccedilotildees adequadas para o uso

4 Conclusatildeo

O teor de cinzas (657) dos briquetes pode ser considerado alto o que inviabiliza por exemplo o seu uso no mercado externo O mercado de pellets na Europa permite um teor de cinzas maacuteximo de 2 Entretanto o teor de volaacuteteis carbono fixo e PCS da blenda estatildeo dentro do intervalo considerado satisfatoacuterio quando comparado a outras espeacutecies

As condiccedilotildees da estocagem se mostrou

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um aspecto importante nas caracteriacutesticas fiacutesico-mecacircnicas dos briquetes A umidade relativa (UR) do ambiente de armazenamento dos briquetes alterou a umidade de equiliacutebrio dos briquetes A estocagem dos briquetes em diferentes ambientes embora tenha interferido nas propriedades mantiveram condiccedilotildees adequadas para o uso

Agradecimentos

Os autores agradecem o apoio concedido pelo grupo de pesquisa Biomassa Bioenergia da UFSCar-campus Sorocaba para a realizaccedilatildeo do presente trabalho e ao professor Dr Walter R Waldman pela orientaccedilatildeo na disciplina de escrita cientiacutefica

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  • Abstract
  • Resumo
  • 1 Introduccedilatildeo
  • 2 Material e Meacutetodos
  • 3 Resultados e Discussatildeo
  • 4 Conclusatildeo
  • Referecircncias Bibliograacuteficas
Page 2: Influência de Diferentes Condições de Armazenamento nas

Volume 9 Nuacutemero 3

Revista Virtual de Quiacutemica

ISSN 1984-6835

Maio-Junho 2017

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Influecircncia de Diferentes Condiccedilotildees de Armazenamento nas

Propriedades Fiacutesico-Mecacircnicas de Briquetes

Paula Ayumi Konishia Ana Larissa S Hansted

a Gabriela T Nakashima

a

Elias Ricardo D Padillaa Alessandra L da Roacutez

b Carlos R Sette Juacutenior

c

Faacutebio M Yamajia

a Universidade Federal de Satildeo Carlos Departamento de Ciecircncias Ambientais Rodovia Joatildeo

Leme dos Santos Km 110 - SP-264 Bairro do Itinga Sorocaba-SP Brasil

b Instituto Federal de Educaccedilatildeo Ciecircncia e Tecnologia de Satildeo Paulo Departamento Industrial Av Joatildeo Oliacutempio de Oliveira 1561 Vila Asem Itapetininga-SP Brasil

c Universidade Federal de Goiaacutes Departamento da Agronomia Rodovia Goiacircnia Nova Veneza km 0 Campus Samambaia Goiacircnia-GO Brasil

fmyamajiufscarbr

Recebido em 14 de dezembro de 2016 Aceito para publicaccedilatildeo em 30 de marccedilo de 2017

1 Introduccedilatildeo

2 Material e Meacutetodos

21 Materiais 22 Ajuste do teor de umidade das biomassas 23 Anaacutelise imediata e poder caloriacutefico 24 Produccedilatildeo de briquetes 25 Acondicionamento dos briquetes 26 Avaliaccedilatildeo da expansatildeo longitudinal volumeacutetrica e densidade aparente 27 Resistecircncia agrave traccedilatildeo por compressatildeo diametral 28 Friabilidade 29 Anaacutelise estatiacutestica

3 Resultados e Discussatildeo

4 Conclusatildeo

1 Introduccedilatildeo

A biomassa vegetal pode ser considerada uma das principais alternativas para a diversificaccedilatildeo da matriz energeacutetica com consequente reduccedilatildeo da dependecircncia dos

combustiacuteveis foacutesseis O Brasil pode usufruir da grande quantidade de biomassa residual produzida visto que o paiacutes eacute um dos maiores produtores agriacutecolas e florestais do mundo12 estima-se que satildeo produzidos cerca de 167 milhotildees de toneladas de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar3-5 e aproximadamente 30 milhotildees de

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toneladas de resiacuteduos de madeira por ano tendo como principal fonte geradora a induacutestria madeireira6

A utilizaccedilatildeo da biomassa para a produccedilatildeo de energia pode ser realizada pela queima direta entretanto este meacutetodo apresenta algumas desvantagens quanto ao manuseio armazenamento e transporte jaacute que a mateacuteria-prima possui baixa densidade aparente e energeacutetica grande heterogeneidade forma e granulometria irregular7 A densificaccedilatildeo de resiacuteduos vegetais como por exemplo a peletizaccedilatildeo e a briquetagem satildeo processos que podem ser adotados para a produccedilatildeo de combustiacuteveis soacutelidos mais eficientes e com melhores caracteriacutesticas energeacuteticas78

Recentemente vaacuterias pesquisas foram realizadas a fim de caracterizar e avaliar a disponibilidade de resiacuteduos agriacutecolas e florestais para produccedilatildeo de briquetes incluindo pesquisas de viabilidade teacutecnico-econocircmica e as perspectivas das induacutestrias no Brasil39-12 Trabalhos semelhantes foram realizados em outras partes do mundo focados principalmente na densificaccedilatildeo de materiais como serragem casca de arroz casca de amendoim palma e fibras de coco13 Wamukonya e Jenkins tambeacutem estudaram a possibilidade de utilizaccedilatildeo de briquetes de serragem e palha de trigo como combustiacutevel14

A produccedilatildeo de briquetes pode ser afetada por diversos fatores entre os principais temperatura e pressatildeo de compactaccedilatildeo tamanho das partiacuteculas e teor de umidade81516 Com relaccedilatildeo agrave aacutegua deve-se atentar para o teor de umidade da biomassa e para a umidade relativa (UR) do ambiente uma vez que as biomassas vegetais satildeo higroscoacutepicas e o excesso de umidade pode comprometer a qualidade dos briquetes Nyakuma et al ressaltam que os briquetes possuem tendecircncia a desagregarem quando expostos agrave aacutegua ou submetidos agrave altos valores de UR17

Haacute resiacuteduos agroflorestais extremamente uacutemidos com valores acima de 50 de umidade como o bagaccedilo da cana-de-accediluacutecar

e segundo Gonccedilalves tal condiccedilatildeo pode provocar a formaccedilatildeo de vapor de aacutegua no interior da biomassa tornando os briquetes instaacuteveis com maior iacutendice de expansatildeo18 Desta forma eacute necessaacuterio o processo de secagem do material Por outro lado haacute alguns tipos de biomassa como o poacute de lixa que podem apresentar teor de umidade menor que 10 em base seca

O material com baixo teor de umidade (menor que 9) pode apresentar riscos ao seu acondicionamento por ser de faacutecil combustatildeo19 aleacutem de ser inadequado agrave produccedilatildeo de briquetes pois dificulta a compactaccedilatildeo gerando um produto mais fraacutegil20 De acordo com Gentil21 briquetes produzidos a partir de duas ou mais biomassas residuais tambeacutem conhecidas como blendas vecircm se destacando no mercado principalmente devido ao apelo ambiental

O presente trabalho teve como objetivo analisar as propriedades fisco-mecacircnica dos briquetes (70 de poacute de lixa de eucalipto e 30 de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar) em quatro diferentes condiccedilotildees de armazenamento

2 Material e Meacutetodos

21 Materiais

As biomassas empregadas no processo de briquetagem foram o poacute de lixa da madeira de Eucalyptus spp e bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar O poacute de lixa de eucalipto foi coletado manualmente direto da lixadeira de uma empresa moveleira no municiacutepio de Salto de Pirapora-SP 23ordm38rsquo58rsquorsquoS 47ordm34rsquo25rsquorsquo com classificaccedilatildeo Koumlppen Cfa22 O bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar (Saccharum officinarum) foi obtido em uma usina localizada no municiacutepio de Porto Feliz-SP nas coordenadas 23ordm21rsquo52rsquorsquoS 47ordm52rsquo40rsquorsquoW com classificaccedilatildeo Koumlppen Cfa 23

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22 Ajuste do teor de umidade das

biomassas

O bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar foi triturado no moinho de facas tipo Willey Em seguida os materiais foram misturados manualmente em uma proporccedilatildeo de 70 de poacute de lixa de eucalipto e 30 de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar Para a determinaccedilatildeo do teor de umidade dos materiais utilizou-se uma balanccedila determinadora de umidade modelo

MX-50 marca Shimadzu

23 Anaacutelise imediata e poder caloriacutefico

Os teores de cinzas e volaacuteteis foram determinados utilizando 100 g da mistura conforme a metodologia prescrita na norma ABNT NBR 81128624 com trecircs repeticcedilotildees para cada ensaio O teor de carbono fixo foi calculado de acordo com a Equaccedilatildeo 1

119862 119865119894119909 = minus 119879 119862119894 119911 + 119879 119881 119897aacute 119894 Eq 1

O poder caloriacutefico superior (PCS) foi obtido conforme a norma ASTM D5865-1325 em uma bomba calorimeacutetrica IKA C200

24 Produccedilatildeo dos briquetes

Para a briquetagem foi utilizada uma prensa hidraacuteulica marca Marconi MPH-30 e moldes ciliacutendricos de accedilo inox de 3500 mm de diacircmetro e 16000 mm de altura Foi produzido um total de 60 briquetes Na confecccedilatildeo de cada briquete 2000 g da

mistura de biomassa com 125 de umidade foi compactada com uma pressatildeo real de 12231 MPa durante 30 s sem aquecimento e sem adiccedilatildeo de aglutinante seguindo o mesmo procedimento usado por Hansted et al26

25 Acondicionamento dos briquetes

Foram simuladas quatro condiccedilotildees de armazenamento como mostra a Tabela 1 utilizando 15 briquetes em cada tratamento

Tabela 1 Acondicionamento dos briquetes

Tratamento Condiccedilotildees de armazenamento

T1 Recipiente hermeticamente fechado

T2 Ambiente (ao ar livre)

T3 40 de UR

T4 75 de UR

No tratamento T1 os briquetes foram inseridos em sacos plaacutesticos e vedados a fim de evitar a influecircncia de umidade externa No tratamento T2 os briquetes foram armazenados ao ar livre No tratamento T3 os briquetes foram mantidos a 40 de UR armazenados em ambiente seco dentro de um dessecador com siacutelica gel previamente

ativada No tratamento T4 simulou-se uma situaccedilatildeo com 75 de UR utilizando uma cacircmara climaacutetica marca Marconi modelo MA402 A umidade relativa foi monitorada em intervalos de 4 horas utilizando um termo-higrocircmetro digital marca Impac modelo TH-01

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26 Avaliaccedilatildeo da expansatildeo longitudinal

volumeacutetrica e densidade aparente

Apoacutes o processo de briquetagem mediu-se a altura e o diacircmetro de todos os briquetes em intervalos preacute-estabelecidos com o auxiacutelio de um paquiacutemetro digital marca Insize com resoluccedilatildeo de 001 mm O procedimento foi realizado ateacute a estabilizaccedilatildeo dimensional a fim de se avaliar a expansatildeo longitudinal (no sentido paralelo agrave compactaccedilatildeo) e a expansatildeo em volume

Para o caacutelculo da densidade aparente foi utilizado o meacutetodo estereomeacutetrico medindo-se a massa dos briquetes logo apoacutes a sua confecccedilatildeo (densidade aparente inicial) e apoacutes o periacuteodo de estabilizaccedilatildeo (densidade aparente final) Os ensaios mecacircnicos foram feitos 120 horas apoacutes briquetagem (onde foi

realizada a uacuteltima mediccedilatildeo dos briquetes)

27 Resistecircncia mecacircnica de traccedilatildeo por

compressatildeo diametral

Apoacutes a estabilizaccedilatildeo da expansatildeo dos briquetes foi realizado o ensaio mecacircnico de traccedilatildeo por compressatildeo diametral com base na norma ABNT NBR 72221127 Os ensaios foram realizados em uma maacutequina universal de ensaios EMIC DL30000 usando uma ceacutelula de carga de 500 kgf Foram utilizados 10 briquetes de cada tratamento e os resultados foram obtidos diretamente pelo programa Tesc versatildeo 304 A Figura 1 apresenta a montagem experimental

Figura 1 Montagem experimental para o ensaio de traccedilatildeo por compressatildeo diametral

28 Friabilidade

O ensaio dinacircmico de friabilidade tambeacutem conhecido como tamboramento foi realizado para analisar a resistecircncia a impactos manuseio e abrasatildeo dos briquetes28 A determinaccedilatildeo da friabilidade foi baseada na norma ABNT NBR 8740 29

como descrito por Oliveira et al30 Foi

utilizado um friabilocircmetro com as dimensotildees internas do tambor reduzidas para 300 x 300 x 100 mm configurado para 30 rpm durante o periacuteodo de 15 min totalizando-se aproximadamente 500 rotaccedilotildees Foram utilizados cinco briquetes de cada tratamento para este ensaio

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29 Anaacutelise estatiacutestica

Os resultados foram submetidos agrave anaacutelise de variacircncia sendo que a comparaccedilatildeo entre os tratamentos foi analisada por meio do teste F a 5 de significacircncia Nas propriedades em que a hipoacutetese nula foi rejeitada as meacutedias foram comparadas tambeacutem a 5 de significacircncia pelo teste Tukey Para a anaacutelise foram empregados os softwares Tinn-R e R versatildeo 2111

3 Resultados e Discussatildeo

O valor meacutedio encontrado para o teor de cinzas da blenda de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar e poacute de lixa foi de 657 O teor de cinzas da blenda pode ser considerado alto quando comparado a outros estudos Para fins energeacuteticos o teor de cinzas aceitaacutevel para as biomassas florestais eacute de aproximadamente 13334 De acordo com Brasil et al31 o teor de cinzas encontrado para o bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar foi de 243 Para o poacute de lixa de eucalipto estudos reportam teor de cinzas acima de 30 Esses valores podem ter origem a partir dos minerais (gratildeos) que se soltam da lixa durante o processo de lixamento32

O teor de cinzas pode prejudicar o potencial energeacutetico do material jaacute que satildeo compostas por minerais que natildeo participam do processo de combustatildeo35 Outro ponto prejudicial da presenccedila de cinzas eacute o seu acuacutemulo nas estruturas da caldeiras (grelhas tubulaccedilotildees e paredes) O espessamento das paredes diminui a eficiecircncia energeacutetica e aumenta a necessidade de manutenccedilatildeo dos equipamentos36

O teor de cinzas e o teor de carbono fixo de um material apresentam uma relaccedilatildeo

inversamente proporcional Desta forma quanto maior o carbono fixo melhor o potencial energeacutetico do material37 De acordo com Brito et al38 o teor de carbono fixo e o teor de volaacuteteis para biomassas devem ser de 15 a 25 e 75 a 85 respectivamente para serem considerados de boa qualidade para fins energeacuteticos Os valores meacutedios obtidos na blenda estudada foram de 2152 (carbono fixo) e 7191 (teor de volaacuteteis)

O poder caloriacutefico superior (PCS) encontrado para a blenda foi de 1817 MJkg-1 considerado satisfatoacuterio quando comparado ao desempenho energeacutetico de outras espeacutecies Na literatura o PCS observado para o eucalipto apresenta-se em torno de 2004 MJkg-139 enquanto que para o bagaccedilo da cana-de-accediluacutecar cerca de 1613 MJkg-140 indicando que o poder caloriacutefico da blenda estaacute dentro do intervalo esperado

A UR meacutedia do ambiente no tratamento T2 foi de 508 durante o periacuteodo analisado resultando em um briquete com teor de umidade de equiliacutebrio em torno de 82 No tratamento T3 a umidade dos briquetes estabilizou em 78 no dessecador com 40 de UR ou seja as umidades finais dos briquetes T2 e T3 comparadas com a inicial (125) diminuiacuteram durante o periacuteodo analisado O recipiente hermeticamente fechado (T1) manteve a umidade de 125 nos briquetes e a cacircmara climaacutetica com 75 de UR aumentou a umidade dos briquetes de 125 a 134 Tal padratildeo evidencia que a UR do ambiente de armazenamento alterou a umidade de equiliacutebrio dos briquetes

Pode ser observado na Figura 2 que todos os briquetes da blenda estudada atingiram estabilidade dimensional (expansatildeo longitudinal) em aproximadamente 48 horas apoacutes briquetagem para todos os tratamentos

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Figura 2 Expansatildeo longitudinal meacutedia dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

As anaacutelises estatiacutesticas demonstraram que natildeo houve diferenccedila significativa entre os tratamentos T2 e T3 que apresentaram as taxas mais baixas de expansatildeo longitudinal (valores finais meacutedios de 154 e 220 respectivamente) De forma semelhante natildeo se observou diferenccedila significativa entre os tratamentos T1 e T4 cujos valores de expansatildeo longitudinal foram os mais altos observados (valores finais meacutedios de 578 e 950 respectivamente)

Embora a expansatildeo longitudinal dos briquetes dos tratamentos T1 e T4 foram as maiores observadas esses valores satildeo menores que o encontrado por Padilla et al41 Os autores obtiveram uma expansatildeo de 1347 para briquetes de 100 palha de cana-de-accediluacutecar armazenados em ambiente com 65 de UR Briquetes que sofrem maior expansatildeo longitudinal e volumeacutetrica exigem maior cuidado no transporte e armazenamento42

A expansatildeo volumeacutetrica dos briquetes ao longo do tempo pode ser ocasionada por diversos fatores como a natureza da mateacuteria-prima a magnitude e o modo de densificaccedilatildeo a geometria do material compactado e sua condiccedilatildeo de armazenamento43 A Figura 3 mostra a expansatildeo volumeacutetrica dos briquetes por tratamentos

Uma das decorrecircncias da expansatildeo volumeacutetrica eacute a diminuiccedilatildeo da densidade aparente dos briquetes Conforme mostrado na Figura 3 o tratamento T4 foi o que apresentou maior expansatildeo volumeacutetrica devido ao armazenamento dos briquetes ter ocorrido no ambiente com a maior umidade relativa (75 de UR) resultando tambeacutem na maior umidade de equiliacutebrio obtida nos briquetes desse tratamento Segundo Protaacutesio et al33 variaccedilotildees volumeacutetricas elevadas dos briquetes podem contribuir com a diminuiccedilatildeo da resistecircncia mecacircnica dos biocombustiacuteveis soacutelidos

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Figura 3 Expansatildeo volumeacutetrica meacutedia dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

A densidade aparente dos briquetes eacute um paracircmetro muito importante haja vista que define as condiccedilotildees de estocagem armazenamento e transporte aleacutem de influenciar diretamente a densidade energeacutetica dos mesmos Ao analisar a Figura 4 que mostra os resultados obtidos neste trabalho quanto agrave densidade aparente percebeu-se que os valores meacutedios referentes agrave densidade aparente final variaram entre 094 gcm-3 e 103 gcm-3 os quais diferiram estatisticamente entre si

A maior variaccedilatildeo da densidade aparente do tratamento T4 pode ser explicada pela maior expansatildeo volumeacutetrica observada neste tratamento Especificamente para briquetes da blenda estudada natildeo se encontraram valores de densidade na literatura no entanto os resultados obtidos neste estudo

foram proacuteximos aos de Rodrigues44 e Paula45 que encontraram densidades aparentes de 110 gcm-3 e 0606 gcm-3 para briquetes de serragem de eucalipto e bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar respectivamente

Os resultados dos tratamentos T1 e T4 para a expansatildeo longitudinal a expansatildeo volumeacutetrica e a densidade aparente indicam que o ambientetratamento mais uacutemido pode afetar negativamente as propriedades dos briquetes pois altas UR aumentam a umidade de equiliacutebrio dos briquetes produzindo briquetes instaacuteveis ou fraacutegeis

A Tabela 2 mostra os resultados de resistecircncia agrave compressatildeo e forccedila maacutexima dos briquetes para cada tratamento encontrados nos ensaios mecacircnico A resistecircncia a compressatildeo maacutexima meacutedia de todos os briquetes da blenda foi de 110 MPa

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Figura 4 Densidade aparente inicial e final meacutedia dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Tabela 2 Dados do ensaio mecacircnico para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Tratamento Resistecircncia Maacutex (MPa) Forccedila Maacutex (kN)

T1 103plusmn 007 a 123 plusmn 209

T2 102plusmn 004 a 116 plusmn 104

T3 133plusmn 006 b 146 plusmn 202

T4 105plusmn 008 a 128 plusmn 205

Este tipo de ensaio indica a resistecircncia do briquete aos esforccedilos que ocorrem principalmente na estocagem ou seja determina qual eacute a resistecircncia agrave compressatildeo meacutedia que cada briquete pode suportar antes que ocorra uma ruptura durante o armazenamento46

Todos os briquetes da blenda estudada sem importar o armazenamento obtiveram valores de resistecircncias maacutexima meacutedia superiores agraves encontrados por Brasil et al31 que produziu briquetes da blenda de serragem de candeia e bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar em diferentes proporccedilotildees a 12 de umidade e encontrou resistecircncias maacutexima meacutedia entre 023 e 094 MPa Outro estudo relatou que briquetes de Eucalyptus sp a 12 de umidade resistecircncia maacutexima meacutedia de 112 MPa47 valor semelhante aos apresentados na Tabela 2 encontrados no presente trabalho

A anaacutelise estatiacutestica dos resultados mostrou que a resistecircncia maacutexima dos briquetes armazenados no dessecador com 40 de UR (tratamento T3) diferiu pelo teste de Tukey a 5 de significacircncia dos demais valores encontrados Dessa forma observou-se que o ambiente com UR mais baixa favoreceu a resistecircncia mecacircnica dos briquetes Contudo este resultado natildeo desqualifica os valores de resistecircncia mecacircnica dos briquetes armazenados nos outros ambientes visto que apresentaram valores considerados satisfatoacuterios

O ensaio de friabilidade pode fornecer informaccedilatildeo complementar ao ensaio de traccedilatildeo por compressatildeo diametral Esse ensaio eacute um bom meacutetodo para prever o comportamento dos briquetes durante sua cadeia de fornecimento portanto a friabilidade indica a capacidade dos briquetes para resistir ao manuseio e transporte46 Os

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resultados de friabilidade dos briquetes da blenda estudada para cada tratamento podem ser visualizados na Figura 5 O iacutendice

de friabilidade meacutedio considerando todos os tratamentos foi de 1385

Figura 5 Iacutendices de friabilidade meacutedio dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Segundo estudos de Gonccedilalves et al48 para briquetes de Eucalyptus sp a 12 de umidade foi encontrado um iacutendice de friabilidade de 2475 valor maior do que a meacutedia de 1385 encontrada no presente trabalho demonstrando maior resistecircncia (menor friabilidade) nos briquetes da blendas de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar e poacute de lixa de eucalipto De acordo com a classificaccedilatildeo Cetec30 o tratamento T4 eacute definido como pouco friaacutevel e os demais como muito

pouco friaacutevel

O maior iacutendice de friabilidade foi encontrado nos briquetes armazenados no tratamento T4 (75 UR) confirmando que a UR do ambiente de armazenamento altera a umidade de equiliacutebrio afetando a estabilidade e a friabilidade dos briquetes Entretanto pelo teste da ANOVA conclui-se que natildeo houve diferenccedila significativa entre os quatro tratamentos para o iacutendice de friabilidade Assim a estocagem dos

briquetes em um ambiente com ateacute 75 de UR embora tenha interferido na expansatildeo longitudinal volumeacutetrica e a densidade aparente natildeo interferiu significativamente nas propriedades mecacircnicas e manteve os briquetes em condiccedilotildees adequadas para o uso

4 Conclusatildeo

O teor de cinzas (657) dos briquetes pode ser considerado alto o que inviabiliza por exemplo o seu uso no mercado externo O mercado de pellets na Europa permite um teor de cinzas maacuteximo de 2 Entretanto o teor de volaacuteteis carbono fixo e PCS da blenda estatildeo dentro do intervalo considerado satisfatoacuterio quando comparado a outras espeacutecies

As condiccedilotildees da estocagem se mostrou

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um aspecto importante nas caracteriacutesticas fiacutesico-mecacircnicas dos briquetes A umidade relativa (UR) do ambiente de armazenamento dos briquetes alterou a umidade de equiliacutebrio dos briquetes A estocagem dos briquetes em diferentes ambientes embora tenha interferido nas propriedades mantiveram condiccedilotildees adequadas para o uso

Agradecimentos

Os autores agradecem o apoio concedido pelo grupo de pesquisa Biomassa Bioenergia da UFSCar-campus Sorocaba para a realizaccedilatildeo do presente trabalho e ao professor Dr Walter R Waldman pela orientaccedilatildeo na disciplina de escrita cientiacutefica

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  • Abstract
  • Resumo
  • 1 Introduccedilatildeo
  • 2 Material e Meacutetodos
  • 3 Resultados e Discussatildeo
  • 4 Conclusatildeo
  • Referecircncias Bibliograacuteficas
Page 3: Influência de Diferentes Condições de Armazenamento nas

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toneladas de resiacuteduos de madeira por ano tendo como principal fonte geradora a induacutestria madeireira6

A utilizaccedilatildeo da biomassa para a produccedilatildeo de energia pode ser realizada pela queima direta entretanto este meacutetodo apresenta algumas desvantagens quanto ao manuseio armazenamento e transporte jaacute que a mateacuteria-prima possui baixa densidade aparente e energeacutetica grande heterogeneidade forma e granulometria irregular7 A densificaccedilatildeo de resiacuteduos vegetais como por exemplo a peletizaccedilatildeo e a briquetagem satildeo processos que podem ser adotados para a produccedilatildeo de combustiacuteveis soacutelidos mais eficientes e com melhores caracteriacutesticas energeacuteticas78

Recentemente vaacuterias pesquisas foram realizadas a fim de caracterizar e avaliar a disponibilidade de resiacuteduos agriacutecolas e florestais para produccedilatildeo de briquetes incluindo pesquisas de viabilidade teacutecnico-econocircmica e as perspectivas das induacutestrias no Brasil39-12 Trabalhos semelhantes foram realizados em outras partes do mundo focados principalmente na densificaccedilatildeo de materiais como serragem casca de arroz casca de amendoim palma e fibras de coco13 Wamukonya e Jenkins tambeacutem estudaram a possibilidade de utilizaccedilatildeo de briquetes de serragem e palha de trigo como combustiacutevel14

A produccedilatildeo de briquetes pode ser afetada por diversos fatores entre os principais temperatura e pressatildeo de compactaccedilatildeo tamanho das partiacuteculas e teor de umidade81516 Com relaccedilatildeo agrave aacutegua deve-se atentar para o teor de umidade da biomassa e para a umidade relativa (UR) do ambiente uma vez que as biomassas vegetais satildeo higroscoacutepicas e o excesso de umidade pode comprometer a qualidade dos briquetes Nyakuma et al ressaltam que os briquetes possuem tendecircncia a desagregarem quando expostos agrave aacutegua ou submetidos agrave altos valores de UR17

Haacute resiacuteduos agroflorestais extremamente uacutemidos com valores acima de 50 de umidade como o bagaccedilo da cana-de-accediluacutecar

e segundo Gonccedilalves tal condiccedilatildeo pode provocar a formaccedilatildeo de vapor de aacutegua no interior da biomassa tornando os briquetes instaacuteveis com maior iacutendice de expansatildeo18 Desta forma eacute necessaacuterio o processo de secagem do material Por outro lado haacute alguns tipos de biomassa como o poacute de lixa que podem apresentar teor de umidade menor que 10 em base seca

O material com baixo teor de umidade (menor que 9) pode apresentar riscos ao seu acondicionamento por ser de faacutecil combustatildeo19 aleacutem de ser inadequado agrave produccedilatildeo de briquetes pois dificulta a compactaccedilatildeo gerando um produto mais fraacutegil20 De acordo com Gentil21 briquetes produzidos a partir de duas ou mais biomassas residuais tambeacutem conhecidas como blendas vecircm se destacando no mercado principalmente devido ao apelo ambiental

O presente trabalho teve como objetivo analisar as propriedades fisco-mecacircnica dos briquetes (70 de poacute de lixa de eucalipto e 30 de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar) em quatro diferentes condiccedilotildees de armazenamento

2 Material e Meacutetodos

21 Materiais

As biomassas empregadas no processo de briquetagem foram o poacute de lixa da madeira de Eucalyptus spp e bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar O poacute de lixa de eucalipto foi coletado manualmente direto da lixadeira de uma empresa moveleira no municiacutepio de Salto de Pirapora-SP 23ordm38rsquo58rsquorsquoS 47ordm34rsquo25rsquorsquo com classificaccedilatildeo Koumlppen Cfa22 O bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar (Saccharum officinarum) foi obtido em uma usina localizada no municiacutepio de Porto Feliz-SP nas coordenadas 23ordm21rsquo52rsquorsquoS 47ordm52rsquo40rsquorsquoW com classificaccedilatildeo Koumlppen Cfa 23

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22 Ajuste do teor de umidade das

biomassas

O bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar foi triturado no moinho de facas tipo Willey Em seguida os materiais foram misturados manualmente em uma proporccedilatildeo de 70 de poacute de lixa de eucalipto e 30 de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar Para a determinaccedilatildeo do teor de umidade dos materiais utilizou-se uma balanccedila determinadora de umidade modelo

MX-50 marca Shimadzu

23 Anaacutelise imediata e poder caloriacutefico

Os teores de cinzas e volaacuteteis foram determinados utilizando 100 g da mistura conforme a metodologia prescrita na norma ABNT NBR 81128624 com trecircs repeticcedilotildees para cada ensaio O teor de carbono fixo foi calculado de acordo com a Equaccedilatildeo 1

119862 119865119894119909 = minus 119879 119862119894 119911 + 119879 119881 119897aacute 119894 Eq 1

O poder caloriacutefico superior (PCS) foi obtido conforme a norma ASTM D5865-1325 em uma bomba calorimeacutetrica IKA C200

24 Produccedilatildeo dos briquetes

Para a briquetagem foi utilizada uma prensa hidraacuteulica marca Marconi MPH-30 e moldes ciliacutendricos de accedilo inox de 3500 mm de diacircmetro e 16000 mm de altura Foi produzido um total de 60 briquetes Na confecccedilatildeo de cada briquete 2000 g da

mistura de biomassa com 125 de umidade foi compactada com uma pressatildeo real de 12231 MPa durante 30 s sem aquecimento e sem adiccedilatildeo de aglutinante seguindo o mesmo procedimento usado por Hansted et al26

25 Acondicionamento dos briquetes

Foram simuladas quatro condiccedilotildees de armazenamento como mostra a Tabela 1 utilizando 15 briquetes em cada tratamento

Tabela 1 Acondicionamento dos briquetes

Tratamento Condiccedilotildees de armazenamento

T1 Recipiente hermeticamente fechado

T2 Ambiente (ao ar livre)

T3 40 de UR

T4 75 de UR

No tratamento T1 os briquetes foram inseridos em sacos plaacutesticos e vedados a fim de evitar a influecircncia de umidade externa No tratamento T2 os briquetes foram armazenados ao ar livre No tratamento T3 os briquetes foram mantidos a 40 de UR armazenados em ambiente seco dentro de um dessecador com siacutelica gel previamente

ativada No tratamento T4 simulou-se uma situaccedilatildeo com 75 de UR utilizando uma cacircmara climaacutetica marca Marconi modelo MA402 A umidade relativa foi monitorada em intervalos de 4 horas utilizando um termo-higrocircmetro digital marca Impac modelo TH-01

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26 Avaliaccedilatildeo da expansatildeo longitudinal

volumeacutetrica e densidade aparente

Apoacutes o processo de briquetagem mediu-se a altura e o diacircmetro de todos os briquetes em intervalos preacute-estabelecidos com o auxiacutelio de um paquiacutemetro digital marca Insize com resoluccedilatildeo de 001 mm O procedimento foi realizado ateacute a estabilizaccedilatildeo dimensional a fim de se avaliar a expansatildeo longitudinal (no sentido paralelo agrave compactaccedilatildeo) e a expansatildeo em volume

Para o caacutelculo da densidade aparente foi utilizado o meacutetodo estereomeacutetrico medindo-se a massa dos briquetes logo apoacutes a sua confecccedilatildeo (densidade aparente inicial) e apoacutes o periacuteodo de estabilizaccedilatildeo (densidade aparente final) Os ensaios mecacircnicos foram feitos 120 horas apoacutes briquetagem (onde foi

realizada a uacuteltima mediccedilatildeo dos briquetes)

27 Resistecircncia mecacircnica de traccedilatildeo por

compressatildeo diametral

Apoacutes a estabilizaccedilatildeo da expansatildeo dos briquetes foi realizado o ensaio mecacircnico de traccedilatildeo por compressatildeo diametral com base na norma ABNT NBR 72221127 Os ensaios foram realizados em uma maacutequina universal de ensaios EMIC DL30000 usando uma ceacutelula de carga de 500 kgf Foram utilizados 10 briquetes de cada tratamento e os resultados foram obtidos diretamente pelo programa Tesc versatildeo 304 A Figura 1 apresenta a montagem experimental

Figura 1 Montagem experimental para o ensaio de traccedilatildeo por compressatildeo diametral

28 Friabilidade

O ensaio dinacircmico de friabilidade tambeacutem conhecido como tamboramento foi realizado para analisar a resistecircncia a impactos manuseio e abrasatildeo dos briquetes28 A determinaccedilatildeo da friabilidade foi baseada na norma ABNT NBR 8740 29

como descrito por Oliveira et al30 Foi

utilizado um friabilocircmetro com as dimensotildees internas do tambor reduzidas para 300 x 300 x 100 mm configurado para 30 rpm durante o periacuteodo de 15 min totalizando-se aproximadamente 500 rotaccedilotildees Foram utilizados cinco briquetes de cada tratamento para este ensaio

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29 Anaacutelise estatiacutestica

Os resultados foram submetidos agrave anaacutelise de variacircncia sendo que a comparaccedilatildeo entre os tratamentos foi analisada por meio do teste F a 5 de significacircncia Nas propriedades em que a hipoacutetese nula foi rejeitada as meacutedias foram comparadas tambeacutem a 5 de significacircncia pelo teste Tukey Para a anaacutelise foram empregados os softwares Tinn-R e R versatildeo 2111

3 Resultados e Discussatildeo

O valor meacutedio encontrado para o teor de cinzas da blenda de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar e poacute de lixa foi de 657 O teor de cinzas da blenda pode ser considerado alto quando comparado a outros estudos Para fins energeacuteticos o teor de cinzas aceitaacutevel para as biomassas florestais eacute de aproximadamente 13334 De acordo com Brasil et al31 o teor de cinzas encontrado para o bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar foi de 243 Para o poacute de lixa de eucalipto estudos reportam teor de cinzas acima de 30 Esses valores podem ter origem a partir dos minerais (gratildeos) que se soltam da lixa durante o processo de lixamento32

O teor de cinzas pode prejudicar o potencial energeacutetico do material jaacute que satildeo compostas por minerais que natildeo participam do processo de combustatildeo35 Outro ponto prejudicial da presenccedila de cinzas eacute o seu acuacutemulo nas estruturas da caldeiras (grelhas tubulaccedilotildees e paredes) O espessamento das paredes diminui a eficiecircncia energeacutetica e aumenta a necessidade de manutenccedilatildeo dos equipamentos36

O teor de cinzas e o teor de carbono fixo de um material apresentam uma relaccedilatildeo

inversamente proporcional Desta forma quanto maior o carbono fixo melhor o potencial energeacutetico do material37 De acordo com Brito et al38 o teor de carbono fixo e o teor de volaacuteteis para biomassas devem ser de 15 a 25 e 75 a 85 respectivamente para serem considerados de boa qualidade para fins energeacuteticos Os valores meacutedios obtidos na blenda estudada foram de 2152 (carbono fixo) e 7191 (teor de volaacuteteis)

O poder caloriacutefico superior (PCS) encontrado para a blenda foi de 1817 MJkg-1 considerado satisfatoacuterio quando comparado ao desempenho energeacutetico de outras espeacutecies Na literatura o PCS observado para o eucalipto apresenta-se em torno de 2004 MJkg-139 enquanto que para o bagaccedilo da cana-de-accediluacutecar cerca de 1613 MJkg-140 indicando que o poder caloriacutefico da blenda estaacute dentro do intervalo esperado

A UR meacutedia do ambiente no tratamento T2 foi de 508 durante o periacuteodo analisado resultando em um briquete com teor de umidade de equiliacutebrio em torno de 82 No tratamento T3 a umidade dos briquetes estabilizou em 78 no dessecador com 40 de UR ou seja as umidades finais dos briquetes T2 e T3 comparadas com a inicial (125) diminuiacuteram durante o periacuteodo analisado O recipiente hermeticamente fechado (T1) manteve a umidade de 125 nos briquetes e a cacircmara climaacutetica com 75 de UR aumentou a umidade dos briquetes de 125 a 134 Tal padratildeo evidencia que a UR do ambiente de armazenamento alterou a umidade de equiliacutebrio dos briquetes

Pode ser observado na Figura 2 que todos os briquetes da blenda estudada atingiram estabilidade dimensional (expansatildeo longitudinal) em aproximadamente 48 horas apoacutes briquetagem para todos os tratamentos

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Figura 2 Expansatildeo longitudinal meacutedia dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

As anaacutelises estatiacutesticas demonstraram que natildeo houve diferenccedila significativa entre os tratamentos T2 e T3 que apresentaram as taxas mais baixas de expansatildeo longitudinal (valores finais meacutedios de 154 e 220 respectivamente) De forma semelhante natildeo se observou diferenccedila significativa entre os tratamentos T1 e T4 cujos valores de expansatildeo longitudinal foram os mais altos observados (valores finais meacutedios de 578 e 950 respectivamente)

Embora a expansatildeo longitudinal dos briquetes dos tratamentos T1 e T4 foram as maiores observadas esses valores satildeo menores que o encontrado por Padilla et al41 Os autores obtiveram uma expansatildeo de 1347 para briquetes de 100 palha de cana-de-accediluacutecar armazenados em ambiente com 65 de UR Briquetes que sofrem maior expansatildeo longitudinal e volumeacutetrica exigem maior cuidado no transporte e armazenamento42

A expansatildeo volumeacutetrica dos briquetes ao longo do tempo pode ser ocasionada por diversos fatores como a natureza da mateacuteria-prima a magnitude e o modo de densificaccedilatildeo a geometria do material compactado e sua condiccedilatildeo de armazenamento43 A Figura 3 mostra a expansatildeo volumeacutetrica dos briquetes por tratamentos

Uma das decorrecircncias da expansatildeo volumeacutetrica eacute a diminuiccedilatildeo da densidade aparente dos briquetes Conforme mostrado na Figura 3 o tratamento T4 foi o que apresentou maior expansatildeo volumeacutetrica devido ao armazenamento dos briquetes ter ocorrido no ambiente com a maior umidade relativa (75 de UR) resultando tambeacutem na maior umidade de equiliacutebrio obtida nos briquetes desse tratamento Segundo Protaacutesio et al33 variaccedilotildees volumeacutetricas elevadas dos briquetes podem contribuir com a diminuiccedilatildeo da resistecircncia mecacircnica dos biocombustiacuteveis soacutelidos

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Figura 3 Expansatildeo volumeacutetrica meacutedia dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

A densidade aparente dos briquetes eacute um paracircmetro muito importante haja vista que define as condiccedilotildees de estocagem armazenamento e transporte aleacutem de influenciar diretamente a densidade energeacutetica dos mesmos Ao analisar a Figura 4 que mostra os resultados obtidos neste trabalho quanto agrave densidade aparente percebeu-se que os valores meacutedios referentes agrave densidade aparente final variaram entre 094 gcm-3 e 103 gcm-3 os quais diferiram estatisticamente entre si

A maior variaccedilatildeo da densidade aparente do tratamento T4 pode ser explicada pela maior expansatildeo volumeacutetrica observada neste tratamento Especificamente para briquetes da blenda estudada natildeo se encontraram valores de densidade na literatura no entanto os resultados obtidos neste estudo

foram proacuteximos aos de Rodrigues44 e Paula45 que encontraram densidades aparentes de 110 gcm-3 e 0606 gcm-3 para briquetes de serragem de eucalipto e bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar respectivamente

Os resultados dos tratamentos T1 e T4 para a expansatildeo longitudinal a expansatildeo volumeacutetrica e a densidade aparente indicam que o ambientetratamento mais uacutemido pode afetar negativamente as propriedades dos briquetes pois altas UR aumentam a umidade de equiliacutebrio dos briquetes produzindo briquetes instaacuteveis ou fraacutegeis

A Tabela 2 mostra os resultados de resistecircncia agrave compressatildeo e forccedila maacutexima dos briquetes para cada tratamento encontrados nos ensaios mecacircnico A resistecircncia a compressatildeo maacutexima meacutedia de todos os briquetes da blenda foi de 110 MPa

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Figura 4 Densidade aparente inicial e final meacutedia dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Tabela 2 Dados do ensaio mecacircnico para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Tratamento Resistecircncia Maacutex (MPa) Forccedila Maacutex (kN)

T1 103plusmn 007 a 123 plusmn 209

T2 102plusmn 004 a 116 plusmn 104

T3 133plusmn 006 b 146 plusmn 202

T4 105plusmn 008 a 128 plusmn 205

Este tipo de ensaio indica a resistecircncia do briquete aos esforccedilos que ocorrem principalmente na estocagem ou seja determina qual eacute a resistecircncia agrave compressatildeo meacutedia que cada briquete pode suportar antes que ocorra uma ruptura durante o armazenamento46

Todos os briquetes da blenda estudada sem importar o armazenamento obtiveram valores de resistecircncias maacutexima meacutedia superiores agraves encontrados por Brasil et al31 que produziu briquetes da blenda de serragem de candeia e bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar em diferentes proporccedilotildees a 12 de umidade e encontrou resistecircncias maacutexima meacutedia entre 023 e 094 MPa Outro estudo relatou que briquetes de Eucalyptus sp a 12 de umidade resistecircncia maacutexima meacutedia de 112 MPa47 valor semelhante aos apresentados na Tabela 2 encontrados no presente trabalho

A anaacutelise estatiacutestica dos resultados mostrou que a resistecircncia maacutexima dos briquetes armazenados no dessecador com 40 de UR (tratamento T3) diferiu pelo teste de Tukey a 5 de significacircncia dos demais valores encontrados Dessa forma observou-se que o ambiente com UR mais baixa favoreceu a resistecircncia mecacircnica dos briquetes Contudo este resultado natildeo desqualifica os valores de resistecircncia mecacircnica dos briquetes armazenados nos outros ambientes visto que apresentaram valores considerados satisfatoacuterios

O ensaio de friabilidade pode fornecer informaccedilatildeo complementar ao ensaio de traccedilatildeo por compressatildeo diametral Esse ensaio eacute um bom meacutetodo para prever o comportamento dos briquetes durante sua cadeia de fornecimento portanto a friabilidade indica a capacidade dos briquetes para resistir ao manuseio e transporte46 Os

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resultados de friabilidade dos briquetes da blenda estudada para cada tratamento podem ser visualizados na Figura 5 O iacutendice

de friabilidade meacutedio considerando todos os tratamentos foi de 1385

Figura 5 Iacutendices de friabilidade meacutedio dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Segundo estudos de Gonccedilalves et al48 para briquetes de Eucalyptus sp a 12 de umidade foi encontrado um iacutendice de friabilidade de 2475 valor maior do que a meacutedia de 1385 encontrada no presente trabalho demonstrando maior resistecircncia (menor friabilidade) nos briquetes da blendas de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar e poacute de lixa de eucalipto De acordo com a classificaccedilatildeo Cetec30 o tratamento T4 eacute definido como pouco friaacutevel e os demais como muito

pouco friaacutevel

O maior iacutendice de friabilidade foi encontrado nos briquetes armazenados no tratamento T4 (75 UR) confirmando que a UR do ambiente de armazenamento altera a umidade de equiliacutebrio afetando a estabilidade e a friabilidade dos briquetes Entretanto pelo teste da ANOVA conclui-se que natildeo houve diferenccedila significativa entre os quatro tratamentos para o iacutendice de friabilidade Assim a estocagem dos

briquetes em um ambiente com ateacute 75 de UR embora tenha interferido na expansatildeo longitudinal volumeacutetrica e a densidade aparente natildeo interferiu significativamente nas propriedades mecacircnicas e manteve os briquetes em condiccedilotildees adequadas para o uso

4 Conclusatildeo

O teor de cinzas (657) dos briquetes pode ser considerado alto o que inviabiliza por exemplo o seu uso no mercado externo O mercado de pellets na Europa permite um teor de cinzas maacuteximo de 2 Entretanto o teor de volaacuteteis carbono fixo e PCS da blenda estatildeo dentro do intervalo considerado satisfatoacuterio quando comparado a outras espeacutecies

As condiccedilotildees da estocagem se mostrou

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um aspecto importante nas caracteriacutesticas fiacutesico-mecacircnicas dos briquetes A umidade relativa (UR) do ambiente de armazenamento dos briquetes alterou a umidade de equiliacutebrio dos briquetes A estocagem dos briquetes em diferentes ambientes embora tenha interferido nas propriedades mantiveram condiccedilotildees adequadas para o uso

Agradecimentos

Os autores agradecem o apoio concedido pelo grupo de pesquisa Biomassa Bioenergia da UFSCar-campus Sorocaba para a realizaccedilatildeo do presente trabalho e ao professor Dr Walter R Waldman pela orientaccedilatildeo na disciplina de escrita cientiacutefica

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  • Abstract
  • Resumo
  • 1 Introduccedilatildeo
  • 2 Material e Meacutetodos
  • 3 Resultados e Discussatildeo
  • 4 Conclusatildeo
  • Referecircncias Bibliograacuteficas
Page 4: Influência de Diferentes Condições de Armazenamento nas

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22 Ajuste do teor de umidade das

biomassas

O bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar foi triturado no moinho de facas tipo Willey Em seguida os materiais foram misturados manualmente em uma proporccedilatildeo de 70 de poacute de lixa de eucalipto e 30 de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar Para a determinaccedilatildeo do teor de umidade dos materiais utilizou-se uma balanccedila determinadora de umidade modelo

MX-50 marca Shimadzu

23 Anaacutelise imediata e poder caloriacutefico

Os teores de cinzas e volaacuteteis foram determinados utilizando 100 g da mistura conforme a metodologia prescrita na norma ABNT NBR 81128624 com trecircs repeticcedilotildees para cada ensaio O teor de carbono fixo foi calculado de acordo com a Equaccedilatildeo 1

119862 119865119894119909 = minus 119879 119862119894 119911 + 119879 119881 119897aacute 119894 Eq 1

O poder caloriacutefico superior (PCS) foi obtido conforme a norma ASTM D5865-1325 em uma bomba calorimeacutetrica IKA C200

24 Produccedilatildeo dos briquetes

Para a briquetagem foi utilizada uma prensa hidraacuteulica marca Marconi MPH-30 e moldes ciliacutendricos de accedilo inox de 3500 mm de diacircmetro e 16000 mm de altura Foi produzido um total de 60 briquetes Na confecccedilatildeo de cada briquete 2000 g da

mistura de biomassa com 125 de umidade foi compactada com uma pressatildeo real de 12231 MPa durante 30 s sem aquecimento e sem adiccedilatildeo de aglutinante seguindo o mesmo procedimento usado por Hansted et al26

25 Acondicionamento dos briquetes

Foram simuladas quatro condiccedilotildees de armazenamento como mostra a Tabela 1 utilizando 15 briquetes em cada tratamento

Tabela 1 Acondicionamento dos briquetes

Tratamento Condiccedilotildees de armazenamento

T1 Recipiente hermeticamente fechado

T2 Ambiente (ao ar livre)

T3 40 de UR

T4 75 de UR

No tratamento T1 os briquetes foram inseridos em sacos plaacutesticos e vedados a fim de evitar a influecircncia de umidade externa No tratamento T2 os briquetes foram armazenados ao ar livre No tratamento T3 os briquetes foram mantidos a 40 de UR armazenados em ambiente seco dentro de um dessecador com siacutelica gel previamente

ativada No tratamento T4 simulou-se uma situaccedilatildeo com 75 de UR utilizando uma cacircmara climaacutetica marca Marconi modelo MA402 A umidade relativa foi monitorada em intervalos de 4 horas utilizando um termo-higrocircmetro digital marca Impac modelo TH-01

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26 Avaliaccedilatildeo da expansatildeo longitudinal

volumeacutetrica e densidade aparente

Apoacutes o processo de briquetagem mediu-se a altura e o diacircmetro de todos os briquetes em intervalos preacute-estabelecidos com o auxiacutelio de um paquiacutemetro digital marca Insize com resoluccedilatildeo de 001 mm O procedimento foi realizado ateacute a estabilizaccedilatildeo dimensional a fim de se avaliar a expansatildeo longitudinal (no sentido paralelo agrave compactaccedilatildeo) e a expansatildeo em volume

Para o caacutelculo da densidade aparente foi utilizado o meacutetodo estereomeacutetrico medindo-se a massa dos briquetes logo apoacutes a sua confecccedilatildeo (densidade aparente inicial) e apoacutes o periacuteodo de estabilizaccedilatildeo (densidade aparente final) Os ensaios mecacircnicos foram feitos 120 horas apoacutes briquetagem (onde foi

realizada a uacuteltima mediccedilatildeo dos briquetes)

27 Resistecircncia mecacircnica de traccedilatildeo por

compressatildeo diametral

Apoacutes a estabilizaccedilatildeo da expansatildeo dos briquetes foi realizado o ensaio mecacircnico de traccedilatildeo por compressatildeo diametral com base na norma ABNT NBR 72221127 Os ensaios foram realizados em uma maacutequina universal de ensaios EMIC DL30000 usando uma ceacutelula de carga de 500 kgf Foram utilizados 10 briquetes de cada tratamento e os resultados foram obtidos diretamente pelo programa Tesc versatildeo 304 A Figura 1 apresenta a montagem experimental

Figura 1 Montagem experimental para o ensaio de traccedilatildeo por compressatildeo diametral

28 Friabilidade

O ensaio dinacircmico de friabilidade tambeacutem conhecido como tamboramento foi realizado para analisar a resistecircncia a impactos manuseio e abrasatildeo dos briquetes28 A determinaccedilatildeo da friabilidade foi baseada na norma ABNT NBR 8740 29

como descrito por Oliveira et al30 Foi

utilizado um friabilocircmetro com as dimensotildees internas do tambor reduzidas para 300 x 300 x 100 mm configurado para 30 rpm durante o periacuteodo de 15 min totalizando-se aproximadamente 500 rotaccedilotildees Foram utilizados cinco briquetes de cada tratamento para este ensaio

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29 Anaacutelise estatiacutestica

Os resultados foram submetidos agrave anaacutelise de variacircncia sendo que a comparaccedilatildeo entre os tratamentos foi analisada por meio do teste F a 5 de significacircncia Nas propriedades em que a hipoacutetese nula foi rejeitada as meacutedias foram comparadas tambeacutem a 5 de significacircncia pelo teste Tukey Para a anaacutelise foram empregados os softwares Tinn-R e R versatildeo 2111

3 Resultados e Discussatildeo

O valor meacutedio encontrado para o teor de cinzas da blenda de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar e poacute de lixa foi de 657 O teor de cinzas da blenda pode ser considerado alto quando comparado a outros estudos Para fins energeacuteticos o teor de cinzas aceitaacutevel para as biomassas florestais eacute de aproximadamente 13334 De acordo com Brasil et al31 o teor de cinzas encontrado para o bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar foi de 243 Para o poacute de lixa de eucalipto estudos reportam teor de cinzas acima de 30 Esses valores podem ter origem a partir dos minerais (gratildeos) que se soltam da lixa durante o processo de lixamento32

O teor de cinzas pode prejudicar o potencial energeacutetico do material jaacute que satildeo compostas por minerais que natildeo participam do processo de combustatildeo35 Outro ponto prejudicial da presenccedila de cinzas eacute o seu acuacutemulo nas estruturas da caldeiras (grelhas tubulaccedilotildees e paredes) O espessamento das paredes diminui a eficiecircncia energeacutetica e aumenta a necessidade de manutenccedilatildeo dos equipamentos36

O teor de cinzas e o teor de carbono fixo de um material apresentam uma relaccedilatildeo

inversamente proporcional Desta forma quanto maior o carbono fixo melhor o potencial energeacutetico do material37 De acordo com Brito et al38 o teor de carbono fixo e o teor de volaacuteteis para biomassas devem ser de 15 a 25 e 75 a 85 respectivamente para serem considerados de boa qualidade para fins energeacuteticos Os valores meacutedios obtidos na blenda estudada foram de 2152 (carbono fixo) e 7191 (teor de volaacuteteis)

O poder caloriacutefico superior (PCS) encontrado para a blenda foi de 1817 MJkg-1 considerado satisfatoacuterio quando comparado ao desempenho energeacutetico de outras espeacutecies Na literatura o PCS observado para o eucalipto apresenta-se em torno de 2004 MJkg-139 enquanto que para o bagaccedilo da cana-de-accediluacutecar cerca de 1613 MJkg-140 indicando que o poder caloriacutefico da blenda estaacute dentro do intervalo esperado

A UR meacutedia do ambiente no tratamento T2 foi de 508 durante o periacuteodo analisado resultando em um briquete com teor de umidade de equiliacutebrio em torno de 82 No tratamento T3 a umidade dos briquetes estabilizou em 78 no dessecador com 40 de UR ou seja as umidades finais dos briquetes T2 e T3 comparadas com a inicial (125) diminuiacuteram durante o periacuteodo analisado O recipiente hermeticamente fechado (T1) manteve a umidade de 125 nos briquetes e a cacircmara climaacutetica com 75 de UR aumentou a umidade dos briquetes de 125 a 134 Tal padratildeo evidencia que a UR do ambiente de armazenamento alterou a umidade de equiliacutebrio dos briquetes

Pode ser observado na Figura 2 que todos os briquetes da blenda estudada atingiram estabilidade dimensional (expansatildeo longitudinal) em aproximadamente 48 horas apoacutes briquetagem para todos os tratamentos

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Figura 2 Expansatildeo longitudinal meacutedia dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

As anaacutelises estatiacutesticas demonstraram que natildeo houve diferenccedila significativa entre os tratamentos T2 e T3 que apresentaram as taxas mais baixas de expansatildeo longitudinal (valores finais meacutedios de 154 e 220 respectivamente) De forma semelhante natildeo se observou diferenccedila significativa entre os tratamentos T1 e T4 cujos valores de expansatildeo longitudinal foram os mais altos observados (valores finais meacutedios de 578 e 950 respectivamente)

Embora a expansatildeo longitudinal dos briquetes dos tratamentos T1 e T4 foram as maiores observadas esses valores satildeo menores que o encontrado por Padilla et al41 Os autores obtiveram uma expansatildeo de 1347 para briquetes de 100 palha de cana-de-accediluacutecar armazenados em ambiente com 65 de UR Briquetes que sofrem maior expansatildeo longitudinal e volumeacutetrica exigem maior cuidado no transporte e armazenamento42

A expansatildeo volumeacutetrica dos briquetes ao longo do tempo pode ser ocasionada por diversos fatores como a natureza da mateacuteria-prima a magnitude e o modo de densificaccedilatildeo a geometria do material compactado e sua condiccedilatildeo de armazenamento43 A Figura 3 mostra a expansatildeo volumeacutetrica dos briquetes por tratamentos

Uma das decorrecircncias da expansatildeo volumeacutetrica eacute a diminuiccedilatildeo da densidade aparente dos briquetes Conforme mostrado na Figura 3 o tratamento T4 foi o que apresentou maior expansatildeo volumeacutetrica devido ao armazenamento dos briquetes ter ocorrido no ambiente com a maior umidade relativa (75 de UR) resultando tambeacutem na maior umidade de equiliacutebrio obtida nos briquetes desse tratamento Segundo Protaacutesio et al33 variaccedilotildees volumeacutetricas elevadas dos briquetes podem contribuir com a diminuiccedilatildeo da resistecircncia mecacircnica dos biocombustiacuteveis soacutelidos

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Figura 3 Expansatildeo volumeacutetrica meacutedia dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

A densidade aparente dos briquetes eacute um paracircmetro muito importante haja vista que define as condiccedilotildees de estocagem armazenamento e transporte aleacutem de influenciar diretamente a densidade energeacutetica dos mesmos Ao analisar a Figura 4 que mostra os resultados obtidos neste trabalho quanto agrave densidade aparente percebeu-se que os valores meacutedios referentes agrave densidade aparente final variaram entre 094 gcm-3 e 103 gcm-3 os quais diferiram estatisticamente entre si

A maior variaccedilatildeo da densidade aparente do tratamento T4 pode ser explicada pela maior expansatildeo volumeacutetrica observada neste tratamento Especificamente para briquetes da blenda estudada natildeo se encontraram valores de densidade na literatura no entanto os resultados obtidos neste estudo

foram proacuteximos aos de Rodrigues44 e Paula45 que encontraram densidades aparentes de 110 gcm-3 e 0606 gcm-3 para briquetes de serragem de eucalipto e bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar respectivamente

Os resultados dos tratamentos T1 e T4 para a expansatildeo longitudinal a expansatildeo volumeacutetrica e a densidade aparente indicam que o ambientetratamento mais uacutemido pode afetar negativamente as propriedades dos briquetes pois altas UR aumentam a umidade de equiliacutebrio dos briquetes produzindo briquetes instaacuteveis ou fraacutegeis

A Tabela 2 mostra os resultados de resistecircncia agrave compressatildeo e forccedila maacutexima dos briquetes para cada tratamento encontrados nos ensaios mecacircnico A resistecircncia a compressatildeo maacutexima meacutedia de todos os briquetes da blenda foi de 110 MPa

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Figura 4 Densidade aparente inicial e final meacutedia dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Tabela 2 Dados do ensaio mecacircnico para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Tratamento Resistecircncia Maacutex (MPa) Forccedila Maacutex (kN)

T1 103plusmn 007 a 123 plusmn 209

T2 102plusmn 004 a 116 plusmn 104

T3 133plusmn 006 b 146 plusmn 202

T4 105plusmn 008 a 128 plusmn 205

Este tipo de ensaio indica a resistecircncia do briquete aos esforccedilos que ocorrem principalmente na estocagem ou seja determina qual eacute a resistecircncia agrave compressatildeo meacutedia que cada briquete pode suportar antes que ocorra uma ruptura durante o armazenamento46

Todos os briquetes da blenda estudada sem importar o armazenamento obtiveram valores de resistecircncias maacutexima meacutedia superiores agraves encontrados por Brasil et al31 que produziu briquetes da blenda de serragem de candeia e bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar em diferentes proporccedilotildees a 12 de umidade e encontrou resistecircncias maacutexima meacutedia entre 023 e 094 MPa Outro estudo relatou que briquetes de Eucalyptus sp a 12 de umidade resistecircncia maacutexima meacutedia de 112 MPa47 valor semelhante aos apresentados na Tabela 2 encontrados no presente trabalho

A anaacutelise estatiacutestica dos resultados mostrou que a resistecircncia maacutexima dos briquetes armazenados no dessecador com 40 de UR (tratamento T3) diferiu pelo teste de Tukey a 5 de significacircncia dos demais valores encontrados Dessa forma observou-se que o ambiente com UR mais baixa favoreceu a resistecircncia mecacircnica dos briquetes Contudo este resultado natildeo desqualifica os valores de resistecircncia mecacircnica dos briquetes armazenados nos outros ambientes visto que apresentaram valores considerados satisfatoacuterios

O ensaio de friabilidade pode fornecer informaccedilatildeo complementar ao ensaio de traccedilatildeo por compressatildeo diametral Esse ensaio eacute um bom meacutetodo para prever o comportamento dos briquetes durante sua cadeia de fornecimento portanto a friabilidade indica a capacidade dos briquetes para resistir ao manuseio e transporte46 Os

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resultados de friabilidade dos briquetes da blenda estudada para cada tratamento podem ser visualizados na Figura 5 O iacutendice

de friabilidade meacutedio considerando todos os tratamentos foi de 1385

Figura 5 Iacutendices de friabilidade meacutedio dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Segundo estudos de Gonccedilalves et al48 para briquetes de Eucalyptus sp a 12 de umidade foi encontrado um iacutendice de friabilidade de 2475 valor maior do que a meacutedia de 1385 encontrada no presente trabalho demonstrando maior resistecircncia (menor friabilidade) nos briquetes da blendas de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar e poacute de lixa de eucalipto De acordo com a classificaccedilatildeo Cetec30 o tratamento T4 eacute definido como pouco friaacutevel e os demais como muito

pouco friaacutevel

O maior iacutendice de friabilidade foi encontrado nos briquetes armazenados no tratamento T4 (75 UR) confirmando que a UR do ambiente de armazenamento altera a umidade de equiliacutebrio afetando a estabilidade e a friabilidade dos briquetes Entretanto pelo teste da ANOVA conclui-se que natildeo houve diferenccedila significativa entre os quatro tratamentos para o iacutendice de friabilidade Assim a estocagem dos

briquetes em um ambiente com ateacute 75 de UR embora tenha interferido na expansatildeo longitudinal volumeacutetrica e a densidade aparente natildeo interferiu significativamente nas propriedades mecacircnicas e manteve os briquetes em condiccedilotildees adequadas para o uso

4 Conclusatildeo

O teor de cinzas (657) dos briquetes pode ser considerado alto o que inviabiliza por exemplo o seu uso no mercado externo O mercado de pellets na Europa permite um teor de cinzas maacuteximo de 2 Entretanto o teor de volaacuteteis carbono fixo e PCS da blenda estatildeo dentro do intervalo considerado satisfatoacuterio quando comparado a outras espeacutecies

As condiccedilotildees da estocagem se mostrou

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um aspecto importante nas caracteriacutesticas fiacutesico-mecacircnicas dos briquetes A umidade relativa (UR) do ambiente de armazenamento dos briquetes alterou a umidade de equiliacutebrio dos briquetes A estocagem dos briquetes em diferentes ambientes embora tenha interferido nas propriedades mantiveram condiccedilotildees adequadas para o uso

Agradecimentos

Os autores agradecem o apoio concedido pelo grupo de pesquisa Biomassa Bioenergia da UFSCar-campus Sorocaba para a realizaccedilatildeo do presente trabalho e ao professor Dr Walter R Waldman pela orientaccedilatildeo na disciplina de escrita cientiacutefica

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  • Abstract
  • Resumo
  • 1 Introduccedilatildeo
  • 2 Material e Meacutetodos
  • 3 Resultados e Discussatildeo
  • 4 Conclusatildeo
  • Referecircncias Bibliograacuteficas
Page 5: Influência de Diferentes Condições de Armazenamento nas

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26 Avaliaccedilatildeo da expansatildeo longitudinal

volumeacutetrica e densidade aparente

Apoacutes o processo de briquetagem mediu-se a altura e o diacircmetro de todos os briquetes em intervalos preacute-estabelecidos com o auxiacutelio de um paquiacutemetro digital marca Insize com resoluccedilatildeo de 001 mm O procedimento foi realizado ateacute a estabilizaccedilatildeo dimensional a fim de se avaliar a expansatildeo longitudinal (no sentido paralelo agrave compactaccedilatildeo) e a expansatildeo em volume

Para o caacutelculo da densidade aparente foi utilizado o meacutetodo estereomeacutetrico medindo-se a massa dos briquetes logo apoacutes a sua confecccedilatildeo (densidade aparente inicial) e apoacutes o periacuteodo de estabilizaccedilatildeo (densidade aparente final) Os ensaios mecacircnicos foram feitos 120 horas apoacutes briquetagem (onde foi

realizada a uacuteltima mediccedilatildeo dos briquetes)

27 Resistecircncia mecacircnica de traccedilatildeo por

compressatildeo diametral

Apoacutes a estabilizaccedilatildeo da expansatildeo dos briquetes foi realizado o ensaio mecacircnico de traccedilatildeo por compressatildeo diametral com base na norma ABNT NBR 72221127 Os ensaios foram realizados em uma maacutequina universal de ensaios EMIC DL30000 usando uma ceacutelula de carga de 500 kgf Foram utilizados 10 briquetes de cada tratamento e os resultados foram obtidos diretamente pelo programa Tesc versatildeo 304 A Figura 1 apresenta a montagem experimental

Figura 1 Montagem experimental para o ensaio de traccedilatildeo por compressatildeo diametral

28 Friabilidade

O ensaio dinacircmico de friabilidade tambeacutem conhecido como tamboramento foi realizado para analisar a resistecircncia a impactos manuseio e abrasatildeo dos briquetes28 A determinaccedilatildeo da friabilidade foi baseada na norma ABNT NBR 8740 29

como descrito por Oliveira et al30 Foi

utilizado um friabilocircmetro com as dimensotildees internas do tambor reduzidas para 300 x 300 x 100 mm configurado para 30 rpm durante o periacuteodo de 15 min totalizando-se aproximadamente 500 rotaccedilotildees Foram utilizados cinco briquetes de cada tratamento para este ensaio

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29 Anaacutelise estatiacutestica

Os resultados foram submetidos agrave anaacutelise de variacircncia sendo que a comparaccedilatildeo entre os tratamentos foi analisada por meio do teste F a 5 de significacircncia Nas propriedades em que a hipoacutetese nula foi rejeitada as meacutedias foram comparadas tambeacutem a 5 de significacircncia pelo teste Tukey Para a anaacutelise foram empregados os softwares Tinn-R e R versatildeo 2111

3 Resultados e Discussatildeo

O valor meacutedio encontrado para o teor de cinzas da blenda de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar e poacute de lixa foi de 657 O teor de cinzas da blenda pode ser considerado alto quando comparado a outros estudos Para fins energeacuteticos o teor de cinzas aceitaacutevel para as biomassas florestais eacute de aproximadamente 13334 De acordo com Brasil et al31 o teor de cinzas encontrado para o bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar foi de 243 Para o poacute de lixa de eucalipto estudos reportam teor de cinzas acima de 30 Esses valores podem ter origem a partir dos minerais (gratildeos) que se soltam da lixa durante o processo de lixamento32

O teor de cinzas pode prejudicar o potencial energeacutetico do material jaacute que satildeo compostas por minerais que natildeo participam do processo de combustatildeo35 Outro ponto prejudicial da presenccedila de cinzas eacute o seu acuacutemulo nas estruturas da caldeiras (grelhas tubulaccedilotildees e paredes) O espessamento das paredes diminui a eficiecircncia energeacutetica e aumenta a necessidade de manutenccedilatildeo dos equipamentos36

O teor de cinzas e o teor de carbono fixo de um material apresentam uma relaccedilatildeo

inversamente proporcional Desta forma quanto maior o carbono fixo melhor o potencial energeacutetico do material37 De acordo com Brito et al38 o teor de carbono fixo e o teor de volaacuteteis para biomassas devem ser de 15 a 25 e 75 a 85 respectivamente para serem considerados de boa qualidade para fins energeacuteticos Os valores meacutedios obtidos na blenda estudada foram de 2152 (carbono fixo) e 7191 (teor de volaacuteteis)

O poder caloriacutefico superior (PCS) encontrado para a blenda foi de 1817 MJkg-1 considerado satisfatoacuterio quando comparado ao desempenho energeacutetico de outras espeacutecies Na literatura o PCS observado para o eucalipto apresenta-se em torno de 2004 MJkg-139 enquanto que para o bagaccedilo da cana-de-accediluacutecar cerca de 1613 MJkg-140 indicando que o poder caloriacutefico da blenda estaacute dentro do intervalo esperado

A UR meacutedia do ambiente no tratamento T2 foi de 508 durante o periacuteodo analisado resultando em um briquete com teor de umidade de equiliacutebrio em torno de 82 No tratamento T3 a umidade dos briquetes estabilizou em 78 no dessecador com 40 de UR ou seja as umidades finais dos briquetes T2 e T3 comparadas com a inicial (125) diminuiacuteram durante o periacuteodo analisado O recipiente hermeticamente fechado (T1) manteve a umidade de 125 nos briquetes e a cacircmara climaacutetica com 75 de UR aumentou a umidade dos briquetes de 125 a 134 Tal padratildeo evidencia que a UR do ambiente de armazenamento alterou a umidade de equiliacutebrio dos briquetes

Pode ser observado na Figura 2 que todos os briquetes da blenda estudada atingiram estabilidade dimensional (expansatildeo longitudinal) em aproximadamente 48 horas apoacutes briquetagem para todos os tratamentos

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Figura 2 Expansatildeo longitudinal meacutedia dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

As anaacutelises estatiacutesticas demonstraram que natildeo houve diferenccedila significativa entre os tratamentos T2 e T3 que apresentaram as taxas mais baixas de expansatildeo longitudinal (valores finais meacutedios de 154 e 220 respectivamente) De forma semelhante natildeo se observou diferenccedila significativa entre os tratamentos T1 e T4 cujos valores de expansatildeo longitudinal foram os mais altos observados (valores finais meacutedios de 578 e 950 respectivamente)

Embora a expansatildeo longitudinal dos briquetes dos tratamentos T1 e T4 foram as maiores observadas esses valores satildeo menores que o encontrado por Padilla et al41 Os autores obtiveram uma expansatildeo de 1347 para briquetes de 100 palha de cana-de-accediluacutecar armazenados em ambiente com 65 de UR Briquetes que sofrem maior expansatildeo longitudinal e volumeacutetrica exigem maior cuidado no transporte e armazenamento42

A expansatildeo volumeacutetrica dos briquetes ao longo do tempo pode ser ocasionada por diversos fatores como a natureza da mateacuteria-prima a magnitude e o modo de densificaccedilatildeo a geometria do material compactado e sua condiccedilatildeo de armazenamento43 A Figura 3 mostra a expansatildeo volumeacutetrica dos briquetes por tratamentos

Uma das decorrecircncias da expansatildeo volumeacutetrica eacute a diminuiccedilatildeo da densidade aparente dos briquetes Conforme mostrado na Figura 3 o tratamento T4 foi o que apresentou maior expansatildeo volumeacutetrica devido ao armazenamento dos briquetes ter ocorrido no ambiente com a maior umidade relativa (75 de UR) resultando tambeacutem na maior umidade de equiliacutebrio obtida nos briquetes desse tratamento Segundo Protaacutesio et al33 variaccedilotildees volumeacutetricas elevadas dos briquetes podem contribuir com a diminuiccedilatildeo da resistecircncia mecacircnica dos biocombustiacuteveis soacutelidos

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Figura 3 Expansatildeo volumeacutetrica meacutedia dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

A densidade aparente dos briquetes eacute um paracircmetro muito importante haja vista que define as condiccedilotildees de estocagem armazenamento e transporte aleacutem de influenciar diretamente a densidade energeacutetica dos mesmos Ao analisar a Figura 4 que mostra os resultados obtidos neste trabalho quanto agrave densidade aparente percebeu-se que os valores meacutedios referentes agrave densidade aparente final variaram entre 094 gcm-3 e 103 gcm-3 os quais diferiram estatisticamente entre si

A maior variaccedilatildeo da densidade aparente do tratamento T4 pode ser explicada pela maior expansatildeo volumeacutetrica observada neste tratamento Especificamente para briquetes da blenda estudada natildeo se encontraram valores de densidade na literatura no entanto os resultados obtidos neste estudo

foram proacuteximos aos de Rodrigues44 e Paula45 que encontraram densidades aparentes de 110 gcm-3 e 0606 gcm-3 para briquetes de serragem de eucalipto e bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar respectivamente

Os resultados dos tratamentos T1 e T4 para a expansatildeo longitudinal a expansatildeo volumeacutetrica e a densidade aparente indicam que o ambientetratamento mais uacutemido pode afetar negativamente as propriedades dos briquetes pois altas UR aumentam a umidade de equiliacutebrio dos briquetes produzindo briquetes instaacuteveis ou fraacutegeis

A Tabela 2 mostra os resultados de resistecircncia agrave compressatildeo e forccedila maacutexima dos briquetes para cada tratamento encontrados nos ensaios mecacircnico A resistecircncia a compressatildeo maacutexima meacutedia de todos os briquetes da blenda foi de 110 MPa

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Figura 4 Densidade aparente inicial e final meacutedia dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Tabela 2 Dados do ensaio mecacircnico para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Tratamento Resistecircncia Maacutex (MPa) Forccedila Maacutex (kN)

T1 103plusmn 007 a 123 plusmn 209

T2 102plusmn 004 a 116 plusmn 104

T3 133plusmn 006 b 146 plusmn 202

T4 105plusmn 008 a 128 plusmn 205

Este tipo de ensaio indica a resistecircncia do briquete aos esforccedilos que ocorrem principalmente na estocagem ou seja determina qual eacute a resistecircncia agrave compressatildeo meacutedia que cada briquete pode suportar antes que ocorra uma ruptura durante o armazenamento46

Todos os briquetes da blenda estudada sem importar o armazenamento obtiveram valores de resistecircncias maacutexima meacutedia superiores agraves encontrados por Brasil et al31 que produziu briquetes da blenda de serragem de candeia e bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar em diferentes proporccedilotildees a 12 de umidade e encontrou resistecircncias maacutexima meacutedia entre 023 e 094 MPa Outro estudo relatou que briquetes de Eucalyptus sp a 12 de umidade resistecircncia maacutexima meacutedia de 112 MPa47 valor semelhante aos apresentados na Tabela 2 encontrados no presente trabalho

A anaacutelise estatiacutestica dos resultados mostrou que a resistecircncia maacutexima dos briquetes armazenados no dessecador com 40 de UR (tratamento T3) diferiu pelo teste de Tukey a 5 de significacircncia dos demais valores encontrados Dessa forma observou-se que o ambiente com UR mais baixa favoreceu a resistecircncia mecacircnica dos briquetes Contudo este resultado natildeo desqualifica os valores de resistecircncia mecacircnica dos briquetes armazenados nos outros ambientes visto que apresentaram valores considerados satisfatoacuterios

O ensaio de friabilidade pode fornecer informaccedilatildeo complementar ao ensaio de traccedilatildeo por compressatildeo diametral Esse ensaio eacute um bom meacutetodo para prever o comportamento dos briquetes durante sua cadeia de fornecimento portanto a friabilidade indica a capacidade dos briquetes para resistir ao manuseio e transporte46 Os

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resultados de friabilidade dos briquetes da blenda estudada para cada tratamento podem ser visualizados na Figura 5 O iacutendice

de friabilidade meacutedio considerando todos os tratamentos foi de 1385

Figura 5 Iacutendices de friabilidade meacutedio dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Segundo estudos de Gonccedilalves et al48 para briquetes de Eucalyptus sp a 12 de umidade foi encontrado um iacutendice de friabilidade de 2475 valor maior do que a meacutedia de 1385 encontrada no presente trabalho demonstrando maior resistecircncia (menor friabilidade) nos briquetes da blendas de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar e poacute de lixa de eucalipto De acordo com a classificaccedilatildeo Cetec30 o tratamento T4 eacute definido como pouco friaacutevel e os demais como muito

pouco friaacutevel

O maior iacutendice de friabilidade foi encontrado nos briquetes armazenados no tratamento T4 (75 UR) confirmando que a UR do ambiente de armazenamento altera a umidade de equiliacutebrio afetando a estabilidade e a friabilidade dos briquetes Entretanto pelo teste da ANOVA conclui-se que natildeo houve diferenccedila significativa entre os quatro tratamentos para o iacutendice de friabilidade Assim a estocagem dos

briquetes em um ambiente com ateacute 75 de UR embora tenha interferido na expansatildeo longitudinal volumeacutetrica e a densidade aparente natildeo interferiu significativamente nas propriedades mecacircnicas e manteve os briquetes em condiccedilotildees adequadas para o uso

4 Conclusatildeo

O teor de cinzas (657) dos briquetes pode ser considerado alto o que inviabiliza por exemplo o seu uso no mercado externo O mercado de pellets na Europa permite um teor de cinzas maacuteximo de 2 Entretanto o teor de volaacuteteis carbono fixo e PCS da blenda estatildeo dentro do intervalo considerado satisfatoacuterio quando comparado a outras espeacutecies

As condiccedilotildees da estocagem se mostrou

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um aspecto importante nas caracteriacutesticas fiacutesico-mecacircnicas dos briquetes A umidade relativa (UR) do ambiente de armazenamento dos briquetes alterou a umidade de equiliacutebrio dos briquetes A estocagem dos briquetes em diferentes ambientes embora tenha interferido nas propriedades mantiveram condiccedilotildees adequadas para o uso

Agradecimentos

Os autores agradecem o apoio concedido pelo grupo de pesquisa Biomassa Bioenergia da UFSCar-campus Sorocaba para a realizaccedilatildeo do presente trabalho e ao professor Dr Walter R Waldman pela orientaccedilatildeo na disciplina de escrita cientiacutefica

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  • Abstract
  • Resumo
  • 1 Introduccedilatildeo
  • 2 Material e Meacutetodos
  • 3 Resultados e Discussatildeo
  • 4 Conclusatildeo
  • Referecircncias Bibliograacuteficas
Page 6: Influência de Diferentes Condições de Armazenamento nas

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29 Anaacutelise estatiacutestica

Os resultados foram submetidos agrave anaacutelise de variacircncia sendo que a comparaccedilatildeo entre os tratamentos foi analisada por meio do teste F a 5 de significacircncia Nas propriedades em que a hipoacutetese nula foi rejeitada as meacutedias foram comparadas tambeacutem a 5 de significacircncia pelo teste Tukey Para a anaacutelise foram empregados os softwares Tinn-R e R versatildeo 2111

3 Resultados e Discussatildeo

O valor meacutedio encontrado para o teor de cinzas da blenda de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar e poacute de lixa foi de 657 O teor de cinzas da blenda pode ser considerado alto quando comparado a outros estudos Para fins energeacuteticos o teor de cinzas aceitaacutevel para as biomassas florestais eacute de aproximadamente 13334 De acordo com Brasil et al31 o teor de cinzas encontrado para o bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar foi de 243 Para o poacute de lixa de eucalipto estudos reportam teor de cinzas acima de 30 Esses valores podem ter origem a partir dos minerais (gratildeos) que se soltam da lixa durante o processo de lixamento32

O teor de cinzas pode prejudicar o potencial energeacutetico do material jaacute que satildeo compostas por minerais que natildeo participam do processo de combustatildeo35 Outro ponto prejudicial da presenccedila de cinzas eacute o seu acuacutemulo nas estruturas da caldeiras (grelhas tubulaccedilotildees e paredes) O espessamento das paredes diminui a eficiecircncia energeacutetica e aumenta a necessidade de manutenccedilatildeo dos equipamentos36

O teor de cinzas e o teor de carbono fixo de um material apresentam uma relaccedilatildeo

inversamente proporcional Desta forma quanto maior o carbono fixo melhor o potencial energeacutetico do material37 De acordo com Brito et al38 o teor de carbono fixo e o teor de volaacuteteis para biomassas devem ser de 15 a 25 e 75 a 85 respectivamente para serem considerados de boa qualidade para fins energeacuteticos Os valores meacutedios obtidos na blenda estudada foram de 2152 (carbono fixo) e 7191 (teor de volaacuteteis)

O poder caloriacutefico superior (PCS) encontrado para a blenda foi de 1817 MJkg-1 considerado satisfatoacuterio quando comparado ao desempenho energeacutetico de outras espeacutecies Na literatura o PCS observado para o eucalipto apresenta-se em torno de 2004 MJkg-139 enquanto que para o bagaccedilo da cana-de-accediluacutecar cerca de 1613 MJkg-140 indicando que o poder caloriacutefico da blenda estaacute dentro do intervalo esperado

A UR meacutedia do ambiente no tratamento T2 foi de 508 durante o periacuteodo analisado resultando em um briquete com teor de umidade de equiliacutebrio em torno de 82 No tratamento T3 a umidade dos briquetes estabilizou em 78 no dessecador com 40 de UR ou seja as umidades finais dos briquetes T2 e T3 comparadas com a inicial (125) diminuiacuteram durante o periacuteodo analisado O recipiente hermeticamente fechado (T1) manteve a umidade de 125 nos briquetes e a cacircmara climaacutetica com 75 de UR aumentou a umidade dos briquetes de 125 a 134 Tal padratildeo evidencia que a UR do ambiente de armazenamento alterou a umidade de equiliacutebrio dos briquetes

Pode ser observado na Figura 2 que todos os briquetes da blenda estudada atingiram estabilidade dimensional (expansatildeo longitudinal) em aproximadamente 48 horas apoacutes briquetagem para todos os tratamentos

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Figura 2 Expansatildeo longitudinal meacutedia dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

As anaacutelises estatiacutesticas demonstraram que natildeo houve diferenccedila significativa entre os tratamentos T2 e T3 que apresentaram as taxas mais baixas de expansatildeo longitudinal (valores finais meacutedios de 154 e 220 respectivamente) De forma semelhante natildeo se observou diferenccedila significativa entre os tratamentos T1 e T4 cujos valores de expansatildeo longitudinal foram os mais altos observados (valores finais meacutedios de 578 e 950 respectivamente)

Embora a expansatildeo longitudinal dos briquetes dos tratamentos T1 e T4 foram as maiores observadas esses valores satildeo menores que o encontrado por Padilla et al41 Os autores obtiveram uma expansatildeo de 1347 para briquetes de 100 palha de cana-de-accediluacutecar armazenados em ambiente com 65 de UR Briquetes que sofrem maior expansatildeo longitudinal e volumeacutetrica exigem maior cuidado no transporte e armazenamento42

A expansatildeo volumeacutetrica dos briquetes ao longo do tempo pode ser ocasionada por diversos fatores como a natureza da mateacuteria-prima a magnitude e o modo de densificaccedilatildeo a geometria do material compactado e sua condiccedilatildeo de armazenamento43 A Figura 3 mostra a expansatildeo volumeacutetrica dos briquetes por tratamentos

Uma das decorrecircncias da expansatildeo volumeacutetrica eacute a diminuiccedilatildeo da densidade aparente dos briquetes Conforme mostrado na Figura 3 o tratamento T4 foi o que apresentou maior expansatildeo volumeacutetrica devido ao armazenamento dos briquetes ter ocorrido no ambiente com a maior umidade relativa (75 de UR) resultando tambeacutem na maior umidade de equiliacutebrio obtida nos briquetes desse tratamento Segundo Protaacutesio et al33 variaccedilotildees volumeacutetricas elevadas dos briquetes podem contribuir com a diminuiccedilatildeo da resistecircncia mecacircnica dos biocombustiacuteveis soacutelidos

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Figura 3 Expansatildeo volumeacutetrica meacutedia dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

A densidade aparente dos briquetes eacute um paracircmetro muito importante haja vista que define as condiccedilotildees de estocagem armazenamento e transporte aleacutem de influenciar diretamente a densidade energeacutetica dos mesmos Ao analisar a Figura 4 que mostra os resultados obtidos neste trabalho quanto agrave densidade aparente percebeu-se que os valores meacutedios referentes agrave densidade aparente final variaram entre 094 gcm-3 e 103 gcm-3 os quais diferiram estatisticamente entre si

A maior variaccedilatildeo da densidade aparente do tratamento T4 pode ser explicada pela maior expansatildeo volumeacutetrica observada neste tratamento Especificamente para briquetes da blenda estudada natildeo se encontraram valores de densidade na literatura no entanto os resultados obtidos neste estudo

foram proacuteximos aos de Rodrigues44 e Paula45 que encontraram densidades aparentes de 110 gcm-3 e 0606 gcm-3 para briquetes de serragem de eucalipto e bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar respectivamente

Os resultados dos tratamentos T1 e T4 para a expansatildeo longitudinal a expansatildeo volumeacutetrica e a densidade aparente indicam que o ambientetratamento mais uacutemido pode afetar negativamente as propriedades dos briquetes pois altas UR aumentam a umidade de equiliacutebrio dos briquetes produzindo briquetes instaacuteveis ou fraacutegeis

A Tabela 2 mostra os resultados de resistecircncia agrave compressatildeo e forccedila maacutexima dos briquetes para cada tratamento encontrados nos ensaios mecacircnico A resistecircncia a compressatildeo maacutexima meacutedia de todos os briquetes da blenda foi de 110 MPa

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Figura 4 Densidade aparente inicial e final meacutedia dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Tabela 2 Dados do ensaio mecacircnico para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Tratamento Resistecircncia Maacutex (MPa) Forccedila Maacutex (kN)

T1 103plusmn 007 a 123 plusmn 209

T2 102plusmn 004 a 116 plusmn 104

T3 133plusmn 006 b 146 plusmn 202

T4 105plusmn 008 a 128 plusmn 205

Este tipo de ensaio indica a resistecircncia do briquete aos esforccedilos que ocorrem principalmente na estocagem ou seja determina qual eacute a resistecircncia agrave compressatildeo meacutedia que cada briquete pode suportar antes que ocorra uma ruptura durante o armazenamento46

Todos os briquetes da blenda estudada sem importar o armazenamento obtiveram valores de resistecircncias maacutexima meacutedia superiores agraves encontrados por Brasil et al31 que produziu briquetes da blenda de serragem de candeia e bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar em diferentes proporccedilotildees a 12 de umidade e encontrou resistecircncias maacutexima meacutedia entre 023 e 094 MPa Outro estudo relatou que briquetes de Eucalyptus sp a 12 de umidade resistecircncia maacutexima meacutedia de 112 MPa47 valor semelhante aos apresentados na Tabela 2 encontrados no presente trabalho

A anaacutelise estatiacutestica dos resultados mostrou que a resistecircncia maacutexima dos briquetes armazenados no dessecador com 40 de UR (tratamento T3) diferiu pelo teste de Tukey a 5 de significacircncia dos demais valores encontrados Dessa forma observou-se que o ambiente com UR mais baixa favoreceu a resistecircncia mecacircnica dos briquetes Contudo este resultado natildeo desqualifica os valores de resistecircncia mecacircnica dos briquetes armazenados nos outros ambientes visto que apresentaram valores considerados satisfatoacuterios

O ensaio de friabilidade pode fornecer informaccedilatildeo complementar ao ensaio de traccedilatildeo por compressatildeo diametral Esse ensaio eacute um bom meacutetodo para prever o comportamento dos briquetes durante sua cadeia de fornecimento portanto a friabilidade indica a capacidade dos briquetes para resistir ao manuseio e transporte46 Os

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resultados de friabilidade dos briquetes da blenda estudada para cada tratamento podem ser visualizados na Figura 5 O iacutendice

de friabilidade meacutedio considerando todos os tratamentos foi de 1385

Figura 5 Iacutendices de friabilidade meacutedio dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Segundo estudos de Gonccedilalves et al48 para briquetes de Eucalyptus sp a 12 de umidade foi encontrado um iacutendice de friabilidade de 2475 valor maior do que a meacutedia de 1385 encontrada no presente trabalho demonstrando maior resistecircncia (menor friabilidade) nos briquetes da blendas de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar e poacute de lixa de eucalipto De acordo com a classificaccedilatildeo Cetec30 o tratamento T4 eacute definido como pouco friaacutevel e os demais como muito

pouco friaacutevel

O maior iacutendice de friabilidade foi encontrado nos briquetes armazenados no tratamento T4 (75 UR) confirmando que a UR do ambiente de armazenamento altera a umidade de equiliacutebrio afetando a estabilidade e a friabilidade dos briquetes Entretanto pelo teste da ANOVA conclui-se que natildeo houve diferenccedila significativa entre os quatro tratamentos para o iacutendice de friabilidade Assim a estocagem dos

briquetes em um ambiente com ateacute 75 de UR embora tenha interferido na expansatildeo longitudinal volumeacutetrica e a densidade aparente natildeo interferiu significativamente nas propriedades mecacircnicas e manteve os briquetes em condiccedilotildees adequadas para o uso

4 Conclusatildeo

O teor de cinzas (657) dos briquetes pode ser considerado alto o que inviabiliza por exemplo o seu uso no mercado externo O mercado de pellets na Europa permite um teor de cinzas maacuteximo de 2 Entretanto o teor de volaacuteteis carbono fixo e PCS da blenda estatildeo dentro do intervalo considerado satisfatoacuterio quando comparado a outras espeacutecies

As condiccedilotildees da estocagem se mostrou

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um aspecto importante nas caracteriacutesticas fiacutesico-mecacircnicas dos briquetes A umidade relativa (UR) do ambiente de armazenamento dos briquetes alterou a umidade de equiliacutebrio dos briquetes A estocagem dos briquetes em diferentes ambientes embora tenha interferido nas propriedades mantiveram condiccedilotildees adequadas para o uso

Agradecimentos

Os autores agradecem o apoio concedido pelo grupo de pesquisa Biomassa Bioenergia da UFSCar-campus Sorocaba para a realizaccedilatildeo do presente trabalho e ao professor Dr Walter R Waldman pela orientaccedilatildeo na disciplina de escrita cientiacutefica

Referecircncias Bibliograacuteficas

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6 Ministeacuterio do Meio Ambiente

Levantamento Sobre a Geraccedilatildeo de Resiacuteduos Provenientes da Atividade Madeireira e Proposiccedilatildeo de Diretrizes para Poliacuteticas Normas e Condutas Teacutecnicas para Promover o seu Uso Adequado Disponiacutevel em lthttpwwwmmagovbrestruturas164_publicacao164_publicacao10012011032535pdfgt Acesso em 16 fevereiro 2017 7 Vinterbaumlck J Pellets the first world

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43 Ndiema C K W Manga P N Ruttoh C

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  • Abstract
  • Resumo
  • 1 Introduccedilatildeo
  • 2 Material e Meacutetodos
  • 3 Resultados e Discussatildeo
  • 4 Conclusatildeo
  • Referecircncias Bibliograacuteficas
Page 7: Influência de Diferentes Condições de Armazenamento nas

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Figura 2 Expansatildeo longitudinal meacutedia dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

As anaacutelises estatiacutesticas demonstraram que natildeo houve diferenccedila significativa entre os tratamentos T2 e T3 que apresentaram as taxas mais baixas de expansatildeo longitudinal (valores finais meacutedios de 154 e 220 respectivamente) De forma semelhante natildeo se observou diferenccedila significativa entre os tratamentos T1 e T4 cujos valores de expansatildeo longitudinal foram os mais altos observados (valores finais meacutedios de 578 e 950 respectivamente)

Embora a expansatildeo longitudinal dos briquetes dos tratamentos T1 e T4 foram as maiores observadas esses valores satildeo menores que o encontrado por Padilla et al41 Os autores obtiveram uma expansatildeo de 1347 para briquetes de 100 palha de cana-de-accediluacutecar armazenados em ambiente com 65 de UR Briquetes que sofrem maior expansatildeo longitudinal e volumeacutetrica exigem maior cuidado no transporte e armazenamento42

A expansatildeo volumeacutetrica dos briquetes ao longo do tempo pode ser ocasionada por diversos fatores como a natureza da mateacuteria-prima a magnitude e o modo de densificaccedilatildeo a geometria do material compactado e sua condiccedilatildeo de armazenamento43 A Figura 3 mostra a expansatildeo volumeacutetrica dos briquetes por tratamentos

Uma das decorrecircncias da expansatildeo volumeacutetrica eacute a diminuiccedilatildeo da densidade aparente dos briquetes Conforme mostrado na Figura 3 o tratamento T4 foi o que apresentou maior expansatildeo volumeacutetrica devido ao armazenamento dos briquetes ter ocorrido no ambiente com a maior umidade relativa (75 de UR) resultando tambeacutem na maior umidade de equiliacutebrio obtida nos briquetes desse tratamento Segundo Protaacutesio et al33 variaccedilotildees volumeacutetricas elevadas dos briquetes podem contribuir com a diminuiccedilatildeo da resistecircncia mecacircnica dos biocombustiacuteveis soacutelidos

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Figura 3 Expansatildeo volumeacutetrica meacutedia dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

A densidade aparente dos briquetes eacute um paracircmetro muito importante haja vista que define as condiccedilotildees de estocagem armazenamento e transporte aleacutem de influenciar diretamente a densidade energeacutetica dos mesmos Ao analisar a Figura 4 que mostra os resultados obtidos neste trabalho quanto agrave densidade aparente percebeu-se que os valores meacutedios referentes agrave densidade aparente final variaram entre 094 gcm-3 e 103 gcm-3 os quais diferiram estatisticamente entre si

A maior variaccedilatildeo da densidade aparente do tratamento T4 pode ser explicada pela maior expansatildeo volumeacutetrica observada neste tratamento Especificamente para briquetes da blenda estudada natildeo se encontraram valores de densidade na literatura no entanto os resultados obtidos neste estudo

foram proacuteximos aos de Rodrigues44 e Paula45 que encontraram densidades aparentes de 110 gcm-3 e 0606 gcm-3 para briquetes de serragem de eucalipto e bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar respectivamente

Os resultados dos tratamentos T1 e T4 para a expansatildeo longitudinal a expansatildeo volumeacutetrica e a densidade aparente indicam que o ambientetratamento mais uacutemido pode afetar negativamente as propriedades dos briquetes pois altas UR aumentam a umidade de equiliacutebrio dos briquetes produzindo briquetes instaacuteveis ou fraacutegeis

A Tabela 2 mostra os resultados de resistecircncia agrave compressatildeo e forccedila maacutexima dos briquetes para cada tratamento encontrados nos ensaios mecacircnico A resistecircncia a compressatildeo maacutexima meacutedia de todos os briquetes da blenda foi de 110 MPa

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Figura 4 Densidade aparente inicial e final meacutedia dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Tabela 2 Dados do ensaio mecacircnico para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Tratamento Resistecircncia Maacutex (MPa) Forccedila Maacutex (kN)

T1 103plusmn 007 a 123 plusmn 209

T2 102plusmn 004 a 116 plusmn 104

T3 133plusmn 006 b 146 plusmn 202

T4 105plusmn 008 a 128 plusmn 205

Este tipo de ensaio indica a resistecircncia do briquete aos esforccedilos que ocorrem principalmente na estocagem ou seja determina qual eacute a resistecircncia agrave compressatildeo meacutedia que cada briquete pode suportar antes que ocorra uma ruptura durante o armazenamento46

Todos os briquetes da blenda estudada sem importar o armazenamento obtiveram valores de resistecircncias maacutexima meacutedia superiores agraves encontrados por Brasil et al31 que produziu briquetes da blenda de serragem de candeia e bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar em diferentes proporccedilotildees a 12 de umidade e encontrou resistecircncias maacutexima meacutedia entre 023 e 094 MPa Outro estudo relatou que briquetes de Eucalyptus sp a 12 de umidade resistecircncia maacutexima meacutedia de 112 MPa47 valor semelhante aos apresentados na Tabela 2 encontrados no presente trabalho

A anaacutelise estatiacutestica dos resultados mostrou que a resistecircncia maacutexima dos briquetes armazenados no dessecador com 40 de UR (tratamento T3) diferiu pelo teste de Tukey a 5 de significacircncia dos demais valores encontrados Dessa forma observou-se que o ambiente com UR mais baixa favoreceu a resistecircncia mecacircnica dos briquetes Contudo este resultado natildeo desqualifica os valores de resistecircncia mecacircnica dos briquetes armazenados nos outros ambientes visto que apresentaram valores considerados satisfatoacuterios

O ensaio de friabilidade pode fornecer informaccedilatildeo complementar ao ensaio de traccedilatildeo por compressatildeo diametral Esse ensaio eacute um bom meacutetodo para prever o comportamento dos briquetes durante sua cadeia de fornecimento portanto a friabilidade indica a capacidade dos briquetes para resistir ao manuseio e transporte46 Os

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resultados de friabilidade dos briquetes da blenda estudada para cada tratamento podem ser visualizados na Figura 5 O iacutendice

de friabilidade meacutedio considerando todos os tratamentos foi de 1385

Figura 5 Iacutendices de friabilidade meacutedio dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Segundo estudos de Gonccedilalves et al48 para briquetes de Eucalyptus sp a 12 de umidade foi encontrado um iacutendice de friabilidade de 2475 valor maior do que a meacutedia de 1385 encontrada no presente trabalho demonstrando maior resistecircncia (menor friabilidade) nos briquetes da blendas de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar e poacute de lixa de eucalipto De acordo com a classificaccedilatildeo Cetec30 o tratamento T4 eacute definido como pouco friaacutevel e os demais como muito

pouco friaacutevel

O maior iacutendice de friabilidade foi encontrado nos briquetes armazenados no tratamento T4 (75 UR) confirmando que a UR do ambiente de armazenamento altera a umidade de equiliacutebrio afetando a estabilidade e a friabilidade dos briquetes Entretanto pelo teste da ANOVA conclui-se que natildeo houve diferenccedila significativa entre os quatro tratamentos para o iacutendice de friabilidade Assim a estocagem dos

briquetes em um ambiente com ateacute 75 de UR embora tenha interferido na expansatildeo longitudinal volumeacutetrica e a densidade aparente natildeo interferiu significativamente nas propriedades mecacircnicas e manteve os briquetes em condiccedilotildees adequadas para o uso

4 Conclusatildeo

O teor de cinzas (657) dos briquetes pode ser considerado alto o que inviabiliza por exemplo o seu uso no mercado externo O mercado de pellets na Europa permite um teor de cinzas maacuteximo de 2 Entretanto o teor de volaacuteteis carbono fixo e PCS da blenda estatildeo dentro do intervalo considerado satisfatoacuterio quando comparado a outras espeacutecies

As condiccedilotildees da estocagem se mostrou

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um aspecto importante nas caracteriacutesticas fiacutesico-mecacircnicas dos briquetes A umidade relativa (UR) do ambiente de armazenamento dos briquetes alterou a umidade de equiliacutebrio dos briquetes A estocagem dos briquetes em diferentes ambientes embora tenha interferido nas propriedades mantiveram condiccedilotildees adequadas para o uso

Agradecimentos

Os autores agradecem o apoio concedido pelo grupo de pesquisa Biomassa Bioenergia da UFSCar-campus Sorocaba para a realizaccedilatildeo do presente trabalho e ao professor Dr Walter R Waldman pela orientaccedilatildeo na disciplina de escrita cientiacutefica

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Padilla E R D Pires I C S A Yamaji F M Fandintildeo J M M Produccedilatildeo e caracterizaccedilatildeo fiacutesico-mecacircnica de briquetes de fibra de coco e palha de cana-de-accediluacutecar Revista Virtual de Quiacutemica 2016 8 1334 [CrossRef] 42

Morais D M Tese de Doutorado Universidade de Brasiacutelia Brasiacutelia 2007 [Link]

43 Ndiema C K W Manga P N Ruttoh C

R Densification characteristics of rice straw

briquettes Journal of the Institute of Energy 2002 75 11 [Link]

44 Rodrigues V A J Dissertaccedilatildeo de

Mestrado Universidade Federal de Viccedilosa Viccedilosa 2010 [Link] 45

Paula L E R Dissertaccedilatildeo de Mestrado Universidade Federal de Lavras Lavras 2010 [Link] 46

Kambo H S Dutta A Strength storage and combustion characteristics of densified lignocellulosic biomass produced via torrefaction and hydrothermal carbonization Applied Energy 2014 135 188 [CrossRef] 47

Wanderley C W C Yamaji F M Silva D A Konishi P A Resumo do Simpoacutesio de Meio Ambiente e Tecnologia Florestal Sorocaba Brasil 2012 [Link] 48

Gonccedilalves B F Yamaji F M Fernandez B O Roacutez A L Floriano F S Caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo entre diferentes granulometrias de serragem de Eucalyptus grandis para confecccedilatildeo de briquetes Revista do Instituto Florestal 2013 25 205 [Link]

  • Abstract
  • Resumo
  • 1 Introduccedilatildeo
  • 2 Material e Meacutetodos
  • 3 Resultados e Discussatildeo
  • 4 Conclusatildeo
  • Referecircncias Bibliograacuteficas
Page 8: Influência de Diferentes Condições de Armazenamento nas

Konishi P A et al

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Figura 3 Expansatildeo volumeacutetrica meacutedia dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

A densidade aparente dos briquetes eacute um paracircmetro muito importante haja vista que define as condiccedilotildees de estocagem armazenamento e transporte aleacutem de influenciar diretamente a densidade energeacutetica dos mesmos Ao analisar a Figura 4 que mostra os resultados obtidos neste trabalho quanto agrave densidade aparente percebeu-se que os valores meacutedios referentes agrave densidade aparente final variaram entre 094 gcm-3 e 103 gcm-3 os quais diferiram estatisticamente entre si

A maior variaccedilatildeo da densidade aparente do tratamento T4 pode ser explicada pela maior expansatildeo volumeacutetrica observada neste tratamento Especificamente para briquetes da blenda estudada natildeo se encontraram valores de densidade na literatura no entanto os resultados obtidos neste estudo

foram proacuteximos aos de Rodrigues44 e Paula45 que encontraram densidades aparentes de 110 gcm-3 e 0606 gcm-3 para briquetes de serragem de eucalipto e bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar respectivamente

Os resultados dos tratamentos T1 e T4 para a expansatildeo longitudinal a expansatildeo volumeacutetrica e a densidade aparente indicam que o ambientetratamento mais uacutemido pode afetar negativamente as propriedades dos briquetes pois altas UR aumentam a umidade de equiliacutebrio dos briquetes produzindo briquetes instaacuteveis ou fraacutegeis

A Tabela 2 mostra os resultados de resistecircncia agrave compressatildeo e forccedila maacutexima dos briquetes para cada tratamento encontrados nos ensaios mecacircnico A resistecircncia a compressatildeo maacutexima meacutedia de todos os briquetes da blenda foi de 110 MPa

Konishi P A et al

Rev Virtual Quim |Vol 9| |No 3| |1065-1077| 1073

Figura 4 Densidade aparente inicial e final meacutedia dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Tabela 2 Dados do ensaio mecacircnico para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Tratamento Resistecircncia Maacutex (MPa) Forccedila Maacutex (kN)

T1 103plusmn 007 a 123 plusmn 209

T2 102plusmn 004 a 116 plusmn 104

T3 133plusmn 006 b 146 plusmn 202

T4 105plusmn 008 a 128 plusmn 205

Este tipo de ensaio indica a resistecircncia do briquete aos esforccedilos que ocorrem principalmente na estocagem ou seja determina qual eacute a resistecircncia agrave compressatildeo meacutedia que cada briquete pode suportar antes que ocorra uma ruptura durante o armazenamento46

Todos os briquetes da blenda estudada sem importar o armazenamento obtiveram valores de resistecircncias maacutexima meacutedia superiores agraves encontrados por Brasil et al31 que produziu briquetes da blenda de serragem de candeia e bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar em diferentes proporccedilotildees a 12 de umidade e encontrou resistecircncias maacutexima meacutedia entre 023 e 094 MPa Outro estudo relatou que briquetes de Eucalyptus sp a 12 de umidade resistecircncia maacutexima meacutedia de 112 MPa47 valor semelhante aos apresentados na Tabela 2 encontrados no presente trabalho

A anaacutelise estatiacutestica dos resultados mostrou que a resistecircncia maacutexima dos briquetes armazenados no dessecador com 40 de UR (tratamento T3) diferiu pelo teste de Tukey a 5 de significacircncia dos demais valores encontrados Dessa forma observou-se que o ambiente com UR mais baixa favoreceu a resistecircncia mecacircnica dos briquetes Contudo este resultado natildeo desqualifica os valores de resistecircncia mecacircnica dos briquetes armazenados nos outros ambientes visto que apresentaram valores considerados satisfatoacuterios

O ensaio de friabilidade pode fornecer informaccedilatildeo complementar ao ensaio de traccedilatildeo por compressatildeo diametral Esse ensaio eacute um bom meacutetodo para prever o comportamento dos briquetes durante sua cadeia de fornecimento portanto a friabilidade indica a capacidade dos briquetes para resistir ao manuseio e transporte46 Os

Konishi P A et al

1074 Rev Virtual Quim |Vol 9| |No 3| |1065-1077|

resultados de friabilidade dos briquetes da blenda estudada para cada tratamento podem ser visualizados na Figura 5 O iacutendice

de friabilidade meacutedio considerando todos os tratamentos foi de 1385

Figura 5 Iacutendices de friabilidade meacutedio dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Segundo estudos de Gonccedilalves et al48 para briquetes de Eucalyptus sp a 12 de umidade foi encontrado um iacutendice de friabilidade de 2475 valor maior do que a meacutedia de 1385 encontrada no presente trabalho demonstrando maior resistecircncia (menor friabilidade) nos briquetes da blendas de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar e poacute de lixa de eucalipto De acordo com a classificaccedilatildeo Cetec30 o tratamento T4 eacute definido como pouco friaacutevel e os demais como muito

pouco friaacutevel

O maior iacutendice de friabilidade foi encontrado nos briquetes armazenados no tratamento T4 (75 UR) confirmando que a UR do ambiente de armazenamento altera a umidade de equiliacutebrio afetando a estabilidade e a friabilidade dos briquetes Entretanto pelo teste da ANOVA conclui-se que natildeo houve diferenccedila significativa entre os quatro tratamentos para o iacutendice de friabilidade Assim a estocagem dos

briquetes em um ambiente com ateacute 75 de UR embora tenha interferido na expansatildeo longitudinal volumeacutetrica e a densidade aparente natildeo interferiu significativamente nas propriedades mecacircnicas e manteve os briquetes em condiccedilotildees adequadas para o uso

4 Conclusatildeo

O teor de cinzas (657) dos briquetes pode ser considerado alto o que inviabiliza por exemplo o seu uso no mercado externo O mercado de pellets na Europa permite um teor de cinzas maacuteximo de 2 Entretanto o teor de volaacuteteis carbono fixo e PCS da blenda estatildeo dentro do intervalo considerado satisfatoacuterio quando comparado a outras espeacutecies

As condiccedilotildees da estocagem se mostrou

Konishi P A et al

Rev Virtual Quim |Vol 9| |No 3| |1065-1077| 1075

um aspecto importante nas caracteriacutesticas fiacutesico-mecacircnicas dos briquetes A umidade relativa (UR) do ambiente de armazenamento dos briquetes alterou a umidade de equiliacutebrio dos briquetes A estocagem dos briquetes em diferentes ambientes embora tenha interferido nas propriedades mantiveram condiccedilotildees adequadas para o uso

Agradecimentos

Os autores agradecem o apoio concedido pelo grupo de pesquisa Biomassa Bioenergia da UFSCar-campus Sorocaba para a realizaccedilatildeo do presente trabalho e ao professor Dr Walter R Waldman pela orientaccedilatildeo na disciplina de escrita cientiacutefica

Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Dias J M C S Souza D T Braga M

Onoyama M M Miranda C H B Barbosa P F D Rocha J D Produccedilatildeo de briquetes e peacuteletes a partir de resiacuteduos agriacutecolas agroindustriais e florestais Embrapa Agroenergia 2012 1 1 [Link] 2 Brand M A Klock U Muntildeis G I B Silva

D A Avaliaccedilatildeo do processo produtivo de uma induacutestria de manufatUR de paineacuteis por meio do balanccedilo de material e do rendimento da mateacuteria-prima Aacutervore 2004 28 553 [CrossRef] 3 Felfli F F Mesa P J M Rocha J D

Filippetto D Luengo C A Pippo W A Biomass briquetting and its perspectives in Brazil Biomass and Bioenergy 2011 35 236 [CrossRef] 4 Uniatildeo da Induacutestria de Cana-de-accediluacutecar

Moagem de cana-de-accediluacutecar e produccedilatildeo de accediluacutecar e etanol - safra20152016 2009 [Link] 5 Uniatildeo da Induacutestria de Cana-de-accediluacutecar

Bioeletricidade a energia verde e inteligente do Brasil Disponiacutevel em lthttpwwwunicacombrdownloadphpidSecao=17ampid=35980339gt Acesso em 16 fevereiro 2017

6 Ministeacuterio do Meio Ambiente

Levantamento Sobre a Geraccedilatildeo de Resiacuteduos Provenientes da Atividade Madeireira e Proposiccedilatildeo de Diretrizes para Poliacuteticas Normas e Condutas Teacutecnicas para Promover o seu Uso Adequado Disponiacutevel em lthttpwwwmmagovbrestruturas164_publicacao164_publicacao10012011032535pdfgt Acesso em 16 fevereiro 2017 7 Vinterbaumlck J Pellets the first world

conference on pellets Biomass and Bioenergy 2004 27 513 [CrossRef] 8 Kaliyan N Morey R V Factors affecting

strength and dURbility of densified biomass products Biomass and Bioenergy 2009 33 337 [CrossRef] 9 Portugal-Pereira J Soria R Rathmann R

Schaeffer R Szklo A AgricultURl and agro-industrial residues-to-energy Techno-economic and environmental assessment in Brazil Biomass and Bioenergy 2015 81 521 [CrossRef] 10

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Antwi-Boasiako C Acheampong B B Strength properties and calorific values of sawdust-briquettes as wood-residue energy generation source from tropical hardwoods

Konishi P A et al

1076 Rev Virtual Quim |Vol 9| |No 3| |1065-1077|

of different densities Biomass and Bioenergy 2016 85 144 [CrossRef] 16

Quirino W F Vale A T Andrade A P A Abreu V L S Azevedo A C S Poder caloriacutefico da madeira e dos resiacuteduos lignoceluloacutesicos Renabio 2004 1 173 [Link] 17

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IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica [Link] 23

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica [Link] 24

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26 Hansted A L S Nakashima G T

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27 Associaccedilatildeo Brasileira De Normas Teacutecnicas

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28 Barros J L Dissertaccedilatildeo de Mestrado

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Protaacutesio T P Bufalino L Tonoli G H D Couto A M Trugilho P F Guimaratildees Junior M Relaccedilatildeo entre o poder caloriacutefico superior e os componentes elementares e minerais da biomassa vegetal Pesquisa Florestal Brasileira 2011 31 113 [Link] 34

Trugilho P F Vital B R Regazzi A J Gomide J L Aplicaccedilatildeo da anaacutelise de correlaccedilatildeo canonica na identificaccedilatildeo de iacutendices de qualidade da madeira de eucalipto para a produccedilatildeo de carvatildeo vegetal Aacutervore 1997 21 259 [Link]

35 Sabatti M Fabbrini F Harfouchea A

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36 Garcia R Pizarro C Laviacuten A G Bueno J

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Morais D M Tese de Doutorado Universidade de Brasiacutelia Brasiacutelia 2007 [Link]

43 Ndiema C K W Manga P N Ruttoh C

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briquettes Journal of the Institute of Energy 2002 75 11 [Link]

44 Rodrigues V A J Dissertaccedilatildeo de

Mestrado Universidade Federal de Viccedilosa Viccedilosa 2010 [Link] 45

Paula L E R Dissertaccedilatildeo de Mestrado Universidade Federal de Lavras Lavras 2010 [Link] 46

Kambo H S Dutta A Strength storage and combustion characteristics of densified lignocellulosic biomass produced via torrefaction and hydrothermal carbonization Applied Energy 2014 135 188 [CrossRef] 47

Wanderley C W C Yamaji F M Silva D A Konishi P A Resumo do Simpoacutesio de Meio Ambiente e Tecnologia Florestal Sorocaba Brasil 2012 [Link] 48

Gonccedilalves B F Yamaji F M Fernandez B O Roacutez A L Floriano F S Caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo entre diferentes granulometrias de serragem de Eucalyptus grandis para confecccedilatildeo de briquetes Revista do Instituto Florestal 2013 25 205 [Link]

  • Abstract
  • Resumo
  • 1 Introduccedilatildeo
  • 2 Material e Meacutetodos
  • 3 Resultados e Discussatildeo
  • 4 Conclusatildeo
  • Referecircncias Bibliograacuteficas
Page 9: Influência de Diferentes Condições de Armazenamento nas

Konishi P A et al

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Figura 4 Densidade aparente inicial e final meacutedia dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Tabela 2 Dados do ensaio mecacircnico para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Tratamento Resistecircncia Maacutex (MPa) Forccedila Maacutex (kN)

T1 103plusmn 007 a 123 plusmn 209

T2 102plusmn 004 a 116 plusmn 104

T3 133plusmn 006 b 146 plusmn 202

T4 105plusmn 008 a 128 plusmn 205

Este tipo de ensaio indica a resistecircncia do briquete aos esforccedilos que ocorrem principalmente na estocagem ou seja determina qual eacute a resistecircncia agrave compressatildeo meacutedia que cada briquete pode suportar antes que ocorra uma ruptura durante o armazenamento46

Todos os briquetes da blenda estudada sem importar o armazenamento obtiveram valores de resistecircncias maacutexima meacutedia superiores agraves encontrados por Brasil et al31 que produziu briquetes da blenda de serragem de candeia e bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar em diferentes proporccedilotildees a 12 de umidade e encontrou resistecircncias maacutexima meacutedia entre 023 e 094 MPa Outro estudo relatou que briquetes de Eucalyptus sp a 12 de umidade resistecircncia maacutexima meacutedia de 112 MPa47 valor semelhante aos apresentados na Tabela 2 encontrados no presente trabalho

A anaacutelise estatiacutestica dos resultados mostrou que a resistecircncia maacutexima dos briquetes armazenados no dessecador com 40 de UR (tratamento T3) diferiu pelo teste de Tukey a 5 de significacircncia dos demais valores encontrados Dessa forma observou-se que o ambiente com UR mais baixa favoreceu a resistecircncia mecacircnica dos briquetes Contudo este resultado natildeo desqualifica os valores de resistecircncia mecacircnica dos briquetes armazenados nos outros ambientes visto que apresentaram valores considerados satisfatoacuterios

O ensaio de friabilidade pode fornecer informaccedilatildeo complementar ao ensaio de traccedilatildeo por compressatildeo diametral Esse ensaio eacute um bom meacutetodo para prever o comportamento dos briquetes durante sua cadeia de fornecimento portanto a friabilidade indica a capacidade dos briquetes para resistir ao manuseio e transporte46 Os

Konishi P A et al

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resultados de friabilidade dos briquetes da blenda estudada para cada tratamento podem ser visualizados na Figura 5 O iacutendice

de friabilidade meacutedio considerando todos os tratamentos foi de 1385

Figura 5 Iacutendices de friabilidade meacutedio dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Segundo estudos de Gonccedilalves et al48 para briquetes de Eucalyptus sp a 12 de umidade foi encontrado um iacutendice de friabilidade de 2475 valor maior do que a meacutedia de 1385 encontrada no presente trabalho demonstrando maior resistecircncia (menor friabilidade) nos briquetes da blendas de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar e poacute de lixa de eucalipto De acordo com a classificaccedilatildeo Cetec30 o tratamento T4 eacute definido como pouco friaacutevel e os demais como muito

pouco friaacutevel

O maior iacutendice de friabilidade foi encontrado nos briquetes armazenados no tratamento T4 (75 UR) confirmando que a UR do ambiente de armazenamento altera a umidade de equiliacutebrio afetando a estabilidade e a friabilidade dos briquetes Entretanto pelo teste da ANOVA conclui-se que natildeo houve diferenccedila significativa entre os quatro tratamentos para o iacutendice de friabilidade Assim a estocagem dos

briquetes em um ambiente com ateacute 75 de UR embora tenha interferido na expansatildeo longitudinal volumeacutetrica e a densidade aparente natildeo interferiu significativamente nas propriedades mecacircnicas e manteve os briquetes em condiccedilotildees adequadas para o uso

4 Conclusatildeo

O teor de cinzas (657) dos briquetes pode ser considerado alto o que inviabiliza por exemplo o seu uso no mercado externo O mercado de pellets na Europa permite um teor de cinzas maacuteximo de 2 Entretanto o teor de volaacuteteis carbono fixo e PCS da blenda estatildeo dentro do intervalo considerado satisfatoacuterio quando comparado a outras espeacutecies

As condiccedilotildees da estocagem se mostrou

Konishi P A et al

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um aspecto importante nas caracteriacutesticas fiacutesico-mecacircnicas dos briquetes A umidade relativa (UR) do ambiente de armazenamento dos briquetes alterou a umidade de equiliacutebrio dos briquetes A estocagem dos briquetes em diferentes ambientes embora tenha interferido nas propriedades mantiveram condiccedilotildees adequadas para o uso

Agradecimentos

Os autores agradecem o apoio concedido pelo grupo de pesquisa Biomassa Bioenergia da UFSCar-campus Sorocaba para a realizaccedilatildeo do presente trabalho e ao professor Dr Walter R Waldman pela orientaccedilatildeo na disciplina de escrita cientiacutefica

Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Dias J M C S Souza D T Braga M

Onoyama M M Miranda C H B Barbosa P F D Rocha J D Produccedilatildeo de briquetes e peacuteletes a partir de resiacuteduos agriacutecolas agroindustriais e florestais Embrapa Agroenergia 2012 1 1 [Link] 2 Brand M A Klock U Muntildeis G I B Silva

D A Avaliaccedilatildeo do processo produtivo de uma induacutestria de manufatUR de paineacuteis por meio do balanccedilo de material e do rendimento da mateacuteria-prima Aacutervore 2004 28 553 [CrossRef] 3 Felfli F F Mesa P J M Rocha J D

Filippetto D Luengo C A Pippo W A Biomass briquetting and its perspectives in Brazil Biomass and Bioenergy 2011 35 236 [CrossRef] 4 Uniatildeo da Induacutestria de Cana-de-accediluacutecar

Moagem de cana-de-accediluacutecar e produccedilatildeo de accediluacutecar e etanol - safra20152016 2009 [Link] 5 Uniatildeo da Induacutestria de Cana-de-accediluacutecar

Bioeletricidade a energia verde e inteligente do Brasil Disponiacutevel em lthttpwwwunicacombrdownloadphpidSecao=17ampid=35980339gt Acesso em 16 fevereiro 2017

6 Ministeacuterio do Meio Ambiente

Levantamento Sobre a Geraccedilatildeo de Resiacuteduos Provenientes da Atividade Madeireira e Proposiccedilatildeo de Diretrizes para Poliacuteticas Normas e Condutas Teacutecnicas para Promover o seu Uso Adequado Disponiacutevel em lthttpwwwmmagovbrestruturas164_publicacao164_publicacao10012011032535pdfgt Acesso em 16 fevereiro 2017 7 Vinterbaumlck J Pellets the first world

conference on pellets Biomass and Bioenergy 2004 27 513 [CrossRef] 8 Kaliyan N Morey R V Factors affecting

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Antwi-Boasiako C Acheampong B B Strength properties and calorific values of sawdust-briquettes as wood-residue energy generation source from tropical hardwoods

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1076 Rev Virtual Quim |Vol 9| |No 3| |1065-1077|

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Nyakuma B B Johari A Ahmad A Amran T Abdullah T Comparative Analysis of the calorific fuel properties of empty fruit bunch fiber and briquette Energy Procedia 2014 52 466 [CrossRef] 18

Gonccedilalves J E Tese de doutorado Universidade Estadual Paulista Botucatu 2010 [Link] 19

Yamaji F M Bonduelle A A utilizaccedilatildeo da serragem na produccedilatildeo de compoacutesitos de plaacutestico-madeira Floresta 2004 34 59 [CrossRef] 20

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IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica [Link] 23

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica [Link] 24

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28 Barros J L Dissertaccedilatildeo de Mestrado

Universidade Federal de Satildeo Carlos Sorocaba 2014 [Link] 29

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Protaacutesio T P Bufalino L Tonoli G H D Couto A M Trugilho P F Guimaratildees Junior M Relaccedilatildeo entre o poder caloriacutefico superior e os componentes elementares e minerais da biomassa vegetal Pesquisa Florestal Brasileira 2011 31 113 [Link] 34

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Konishi P A et al

Rev Virtual Quim |Vol 9| |No 3| |1065-1077| 1077

38 Brito J O Barrichelo L E G Seixas F

Anaacutelise da produccedilatildeo energeacutetica e de carvatildeo vegetal de espeacutecies de eucalipto IPEF 1983 23 53 [Link] 39

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43 Ndiema C K W Manga P N Ruttoh C

R Densification characteristics of rice straw

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44 Rodrigues V A J Dissertaccedilatildeo de

Mestrado Universidade Federal de Viccedilosa Viccedilosa 2010 [Link] 45

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Kambo H S Dutta A Strength storage and combustion characteristics of densified lignocellulosic biomass produced via torrefaction and hydrothermal carbonization Applied Energy 2014 135 188 [CrossRef] 47

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Gonccedilalves B F Yamaji F M Fernandez B O Roacutez A L Floriano F S Caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo entre diferentes granulometrias de serragem de Eucalyptus grandis para confecccedilatildeo de briquetes Revista do Instituto Florestal 2013 25 205 [Link]

  • Abstract
  • Resumo
  • 1 Introduccedilatildeo
  • 2 Material e Meacutetodos
  • 3 Resultados e Discussatildeo
  • 4 Conclusatildeo
  • Referecircncias Bibliograacuteficas
Page 10: Influência de Diferentes Condições de Armazenamento nas

Konishi P A et al

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resultados de friabilidade dos briquetes da blenda estudada para cada tratamento podem ser visualizados na Figura 5 O iacutendice

de friabilidade meacutedio considerando todos os tratamentos foi de 1385

Figura 5 Iacutendices de friabilidade meacutedio dos briquetes para cada tratamento Meacutedias seguidas pela mesma letra natildeo diferem entre si a 5 de significacircncia pelo teste de Tukey

Segundo estudos de Gonccedilalves et al48 para briquetes de Eucalyptus sp a 12 de umidade foi encontrado um iacutendice de friabilidade de 2475 valor maior do que a meacutedia de 1385 encontrada no presente trabalho demonstrando maior resistecircncia (menor friabilidade) nos briquetes da blendas de bagaccedilo de cana-de-accediluacutecar e poacute de lixa de eucalipto De acordo com a classificaccedilatildeo Cetec30 o tratamento T4 eacute definido como pouco friaacutevel e os demais como muito

pouco friaacutevel

O maior iacutendice de friabilidade foi encontrado nos briquetes armazenados no tratamento T4 (75 UR) confirmando que a UR do ambiente de armazenamento altera a umidade de equiliacutebrio afetando a estabilidade e a friabilidade dos briquetes Entretanto pelo teste da ANOVA conclui-se que natildeo houve diferenccedila significativa entre os quatro tratamentos para o iacutendice de friabilidade Assim a estocagem dos

briquetes em um ambiente com ateacute 75 de UR embora tenha interferido na expansatildeo longitudinal volumeacutetrica e a densidade aparente natildeo interferiu significativamente nas propriedades mecacircnicas e manteve os briquetes em condiccedilotildees adequadas para o uso

4 Conclusatildeo

O teor de cinzas (657) dos briquetes pode ser considerado alto o que inviabiliza por exemplo o seu uso no mercado externo O mercado de pellets na Europa permite um teor de cinzas maacuteximo de 2 Entretanto o teor de volaacuteteis carbono fixo e PCS da blenda estatildeo dentro do intervalo considerado satisfatoacuterio quando comparado a outras espeacutecies

As condiccedilotildees da estocagem se mostrou

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um aspecto importante nas caracteriacutesticas fiacutesico-mecacircnicas dos briquetes A umidade relativa (UR) do ambiente de armazenamento dos briquetes alterou a umidade de equiliacutebrio dos briquetes A estocagem dos briquetes em diferentes ambientes embora tenha interferido nas propriedades mantiveram condiccedilotildees adequadas para o uso

Agradecimentos

Os autores agradecem o apoio concedido pelo grupo de pesquisa Biomassa Bioenergia da UFSCar-campus Sorocaba para a realizaccedilatildeo do presente trabalho e ao professor Dr Walter R Waldman pela orientaccedilatildeo na disciplina de escrita cientiacutefica

Referecircncias Bibliograacuteficas

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6 Ministeacuterio do Meio Ambiente

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36 Garcia R Pizarro C Laviacuten A G Bueno J

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38 Brito J O Barrichelo L E G Seixas F

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  • Abstract
  • Resumo
  • 1 Introduccedilatildeo
  • 2 Material e Meacutetodos
  • 3 Resultados e Discussatildeo
  • 4 Conclusatildeo
  • Referecircncias Bibliograacuteficas
Page 11: Influência de Diferentes Condições de Armazenamento nas

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um aspecto importante nas caracteriacutesticas fiacutesico-mecacircnicas dos briquetes A umidade relativa (UR) do ambiente de armazenamento dos briquetes alterou a umidade de equiliacutebrio dos briquetes A estocagem dos briquetes em diferentes ambientes embora tenha interferido nas propriedades mantiveram condiccedilotildees adequadas para o uso

Agradecimentos

Os autores agradecem o apoio concedido pelo grupo de pesquisa Biomassa Bioenergia da UFSCar-campus Sorocaba para a realizaccedilatildeo do presente trabalho e ao professor Dr Walter R Waldman pela orientaccedilatildeo na disciplina de escrita cientiacutefica

Referecircncias Bibliograacuteficas

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28 Barros J L Dissertaccedilatildeo de Mestrado

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44 Rodrigues V A J Dissertaccedilatildeo de

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  • Abstract
  • Resumo
  • 1 Introduccedilatildeo
  • 2 Material e Meacutetodos
  • 3 Resultados e Discussatildeo
  • 4 Conclusatildeo
  • Referecircncias Bibliograacuteficas
Page 12: Influência de Diferentes Condições de Armazenamento nas

Konishi P A et al

1076 Rev Virtual Quim |Vol 9| |No 3| |1065-1077|

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43 Ndiema C K W Manga P N Ruttoh C

R Densification characteristics of rice straw

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  • Abstract
  • Resumo
  • 1 Introduccedilatildeo
  • 2 Material e Meacutetodos
  • 3 Resultados e Discussatildeo
  • 4 Conclusatildeo
  • Referecircncias Bibliograacuteficas
Page 13: Influência de Diferentes Condições de Armazenamento nas

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44 Rodrigues V A J Dissertaccedilatildeo de

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  • Abstract
  • Resumo
  • 1 Introduccedilatildeo
  • 2 Material e Meacutetodos
  • 3 Resultados e Discussatildeo
  • 4 Conclusatildeo
  • Referecircncias Bibliograacuteficas