influência de polímero hidroabsorvente na sobrevivência de mudas nativas do cerrado em plantios...
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1Influência de polímero hidroabsorvente na sobrevivência de mudas nativas
do cerrado em plantios de recuperação de área degradada¹
SOUZA², Denys de Melo; RESENDE², Isis Maria de Holanda; CAMPOS², Adriana Sousa;
CALIL³, Francine Neves; BARREIRA³, Sybelle, BORGES³, Jácomo Divino; TELES4, H.
F. e VENTUROLI³, Fábio
2. Estudante de graduação em Engenharia Florestal na EA/UFG
3. Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos/EA/UFG – [email protected]
4. Doutoranda em Agronomia EA/UFG.
Palavras-chave: ; condicionador de solo; dinâmica florestal
Introdução
Áreas degradadas referem-se a alterações em um ecossistema natural (Corrêa, 1998).
Em geral apresentam baixa disponibilidade de nutrientes e alta compactação do solo,
características que dificultam o desenvolvimento radicular das plantas e impedem a
regeneração natural. Assim, a necessidade de recuperação advém da necessidade de retenção
de solo, contenção de erosão, manutenção da biodiversidade e da beleza cênica (Felfili et al.,
2008), sendo essencial desenvolver tecnologias que contribuam ou que acelerem a
recuperação de áreas degradadas.
Polímeros hidroabsorventes melhoram a capacidade do solo em reter água e nutrientes
para as plantas, atuando como condicionadores de solo. Em contato com a água, esses
polímeros absorvem as moléculas de água e formam rapidamente um gel. Capaz de armazenar
muitas vezes seu próprio peso em água, os polímeros produzem numerosos ciclos de
secagem-irrigação por longo tempo de duração (Van Cotten, 1998).
1 Revisado por: Prof. Fábio Venturoli
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Os condicionadores de solo têm contribuído para aumentar a capacidade de retenção
de água, reduzindo a frequência de irrigação e permitindo a utilização mais efetiva dos
recursos solo e água, contribuindo para melhorar o rendimento das culturas, como discutido
por (Oliveira, et al., 2004). Esses autores discutem ainda que no Brasil, alguns polímeros
hidroabsorventes estão sendo utilizados na produção de frutas, hortaliças e mudas de diversas
espécies, bem como na formação de gramados em jardins, campos de futebol e de golfe.
Além disso, sabe-se que esses polímeros hidroabsorventes são amplamente utilizados
em plantios de reflorestamento, principalmente com as espécies do gênero Eucalyptus, em
regiões onde há estacionalidade climática, com uma estação seca bem definida, como no
Brasil Central.
No entanto, poucos são os estudos, no bioma cerrado, envolvendo a utilização desses
polímeros, em plantios de espécies florestais nativas, tais como os plantios que compõem os
Programas de Recuperação de Áreas Degradadas/PRAD's exigidos na legislação ambiental.
Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência de um
polímero hidroadsorvente na sobrevivência de mudas nativas do bioma cerrado, plantadas em
uma área em processo de recuperação florestal, nas proximidades da Escola de Agronomia e
Engenharia de Alimentos/EA da Universidade Federal de Goiás/UFG.
A seguinte hipótese foi testada: polímeros hidroabsorventes são eficientes na
sobrevivência de mudas nativas do cerrado em plantios de recuperação de áreas degradadas?
Metodologia
Este estudo foi iniciado em outubro de 2009, em uma área em processo de recuperação
florestal, localizada nas proximidades da Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos da
UFG.
No local, foram plantadas 200 mudas de 18 espécies nativas do bioma cerrado,
seguindo o Modelo Nativas do Bioma, proposto e estudado por mais de vinte anos por
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pesquisadores de diversas Instituições de Pesquisa do Brasil Central (Felfili, 2007). O Modelo
Nativas do Bioma busca o plantio em áreas degradadas de cerrado de espécies do mosaico
vegetacional do bioma como forma de acelerar o processo de recuperação, uma vez que as
espécies arbóreas de ambientes florestais apresentam crescimento inicial mais rápido do que
as espécies de cerrado típico, e com isso, recobrem mais rapidamente o solo e com o
sombreamento reduzem a competição por gramíneas exóticas (Felfili, 2007; Pinto et al.,
2007).
As espécies plantadas foram: Myracrodruon urundeuva, Sterculia striata,
Pseudobombax tomentosum, Schefflera morototoni, Cecropia pachystachya, Handroanthus
serratifolius, Calophyllum brasiliense, Genipa americana, Enterolobium contortisiliquum,
Dipteryx alata, Copaifera langsdorffii, Schinus molle, Albizia hassleri, Dilodendron
bipinnatum, Pterogyne nitens, Terminalia brasiliensis, Hymenaea stigonocarpa,
Handroanthus roseo-albus.
O delineamento foi o inteiramente casualizado, com um tratamento, relacionado à
aplicação do polímero hidroabsorvente e um controle, realizando análises de comunidade.
Das 200 mudas plantadas, 100 tiveram misturadas ao solo, na cova de plantio 300 ml
de polímero hidroabsorvente hidratado, na dosagem de 1 kg do produto para 400 litros de
água, conforme recomendação do fabricante do produto (Hydroplan-EB, 2009).
A avaliação da sobrevivência das mudas consistiu no cálculo das taxas de
sobrevivência, verificando o número de plantas que permaneciam vivas, em fevereiro de
2010, 4 meses após o plantio, em relação ao número total de mudas plantadas.
As diferenças entre as taxas de sobrevivência das plantas que estavam sob a influência
do polímero hidroabsorvente, em relação à sobrevivência das plantas utilizadas como
controle, sem uso de polímero hidroabsorvente, foram testadas por teste t-student, a 5% de
probabilidade.
É importante destacar que durante o período de avaliação não houve irrigação e nem
adubação das plantas na área.
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Resultados e discussão
Durante o período de estudo, as avaliações mostraram uma sobrevivência de 96% das
plantas que não receberam o polímero hidroabsorvente contra 98% de sobrevivência das
plantas que receberam o polímero hidroabsorvente. Essa diferença foi considerada pequena e
não foi considerada estatisticamente significativa pelo teste t-student (p = 0,50).
Dessa forma, os resultados indicam que não houve influência do polímero
hidroabsorvente na sobrevivência das plantas, ou seja, a mortalidade de mudas não pôde ser
associada à não utilização do condicionador de solo.
Este resultado era esperado, pois as avaliações ocorreram ainda na estação chuvosa,
quando as plantas, teoricamente, não sofrem de estresse hídrico do solo. Nesse caso, a
mortalidade pode estar associada ao ataque por herbivoria, pragas ou doenças, não estando
relacionada à disponibilidade hídrica no solo.
Em plantios florestais em recuperação de áreas degradadas, sem o uso de polímeros
hidroabsorventes, geralmente aceita-se como normal uma mortalidade de até 10%, no
primeiro ano após o plantio (Martins, 2009). Assim, sugere-se que novas avaliações
periódicas devem ser realizadas na área, inclusive ao final da estação seca do ano de 2010,
para realmente avaliar a eficiência do uso do condicionador de solo na sobrevivência das
mudas plantadas, recomendando ou não o seu uso em projetos de recuperação de áreas
degradadas, com características ambientais semelhantes.
Os resultados desse projeto poderão ser utilizados para nortear as ações de recuperação
de áreas degradadas, visando, sobretudo, a melhoria da funcionalidade dos ecossistemas, a
recuperação de habitat e a proteção à biodiversidade, além de subsidiar as ações futuras de
reflorestamento na área, diminuindo custos e aumentando a eficiência dos plantios ao longo
do tempo.
Destaca-se ainda que este projeto pode fornecer informações que para auxiliar a
formulação de legislações específicas visando reflorestamentos e recuperação de áreas
degradadas, no Brasil Central, em áreas com características ambientais semelhantes, de forma
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a contemplar os pressupostos ligados à restauração ecológica, que foram relacionados e
amplamente discutidos por Durigan et al. (2010).
Conclusão
O tempo de experimento ainda não foi suficiente para captar diferenças significativas
estatisticamente entre as taxas de sobrevivência das espécies em relação ao uso do polímero
hidroabsorvente. No entanto, isso não significa que o condicionador do solo não seja eficiente
para promover a sobrevivência das espécies sob estresse hídrico. Estudos e análises periódicas
anuais ainda devem ser realizados, verificando as mudas plantadas e replantando mudas
mortas, para promover a recuperação da área degradada e verificar a eficiência do uso do
polímero.
Referências bibliográficas
Corrêa, R. S. 1998. Degradação e Recuperação de Áreas no Distrito Federal. In: Ecologia e
Recuperação de áreas degradadas no cerrado/Corrêa, R. S. & Melo Filho, B. (orgs.).
Paralelo 15, 178p.
Durigan, G., Engel, V. L., Torezan, J. M., Melo, A. C. G., Marques, M. C. M., Martins, S. V.,
Reis, A. & Scarano, F. R. 2010. Normas jurídicas para a restauração ecológica: uma
barreira a mais a dificultar o êxito das iniciativas? Revista Árvore, 34 (3): 471-485.
Felfili, J. M. 2007. Recuperação de áreas degradadas no Cerrado, com espécies nativas do
Bioma: Quebrando Paradigmas. Revista Opiniões, v.7.
Felfili, J. M.; Fagg, C. W. & Pinto, J. R. R. Recuperação de áreas degradadas. In:
Conservação da natureza e recuperação de áreas degradadas na bacia do São
Francisco: treinamento e sensibilização/Felfili, J. M.; Sampaio, J. C. & Correia, C. R.
M. A. (orgs.). Brasília, DF. Centro de Referência em Conservação da Natureza e
Recuperação de Áreas Degradadas/CRAD, 96p.
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Hydroplan-EB. Recomendação de uso do hydroplan-EB. Newsletter Hidroplan-EB, 4:3.
Martins, E. 2009. Passo-a-passo para obter sucesso no plantio de Eucalipto. Newsletter
Hidroplan-EB, 2:1-2.
Oliveira, R. A.; Rezende, L. S.; Martinez, M. A. & Miranda, G. V. 2004. Influência de um
polímero hidroabsorvente sobre a retenção de água no solo. Revista Brasileira de
Engenharia Agrícola e Ambiental, 8(1):160-163.
Pinto, J. R., Correia, C. R., Fagg, C. W. & Felfili, J. M. 2007. Sobrevivência de espécies
vegetais nativas do cerrado, implantadas segundo o modelo MDR cerrado para recuperação
de áreas degradadas. VIII Congresso de Ecologia do Brasil. Anais. Caxambu, MG.
Van Cotten, W. 1998. TerraCottem no combate à poluição ou contaminação do solo. Re-
Latório de aplicação. Disponível em http://www.terracottem.com