3 polímero

27
3Polímero Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação , pesquisa Os polímeros são compostos químicos de elevada massa molecular , resultantes de reações químicas de polimerização . Trata-se de macromoléculas formadas a partir de unidades estruturais menores (os monómeros ). O número de unidades estruturais repetidas numa macromolécula é chamado grau de polimerização. Em geral, os polímeros contêm os mesmos elementos nas mesmas proporções relativas que seus monômeros, mas em maior quantidade absoluta. Índice [esconder ] 1 Nomenclatura 2 Reações de polimerização 3 Características o 3.1 Termoplásticos o 3.2 Termorrígidos (Termofixos) o 3.3 Elastômeros (Borrachas) o 3.4 Exemplos o 3.5 Polímeros termorrígidos (ou termofixos) o 3.6 Elastômeros (borrachas) 4 Biodegradação 5 Ver também 6 Referências 7 Ligações externas

Upload: aniceto-machava

Post on 25-Jun-2015

2.312 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 3 polímero

3PolímeroOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Ir para: navegação, pesquisa

Os polímeros são compostos químicos de elevada massa molecular, resultantes de reações químicas de polimerização.

Trata-se de macromoléculas formadas a partir de unidades estruturais menores (os monómeros). O número de unidades estruturais repetidas numa macromolécula é chamado grau de polimerização. Em geral, os polímeros contêm os mesmos elementos nas mesmas proporções relativas que seus monômeros, mas em maior quantidade absoluta.

Índice

 [esconder]  1 Nomenclatura 2 Reações de polimerização

3 Características

o 3.1 Termoplásticos

o 3.2 Termorrígidos (Termofixos)

o 3.3 Elastômeros (Borrachas)

o 3.4 Exemplos

o 3.5 Polímeros termorrígidos (ou termofixos)

o 3.6 Elastômeros (borrachas)

4 Biodegradação

5 Ver também

6 Referências

7 Ligações externas

[editar] Nomenclatura

As normas internacionais publicadas pela IUPAC indicam que o princípio geral para nomear os polímeros é utilizando-se o prefixo poli-, seguido da unidade estrutural repetitiva que define ao polímero, escrita entre parênteses. [1]. Por exemplo: Poli (tio-1,4-fenileno)

Page 2: 3 polímero

As normas da IUPAC são geralmente usadas para nomear os polímeros de estrutura complexa, uma vez que permitem identificá-los sem produzir ambiguidades nas bases de dados de artigos científicos.[2] Porém, não costumam ser usadas para polímeros de estrutura mais simples e de uso comum, principalmente porque esses polímeros foram inventados antes que se publicassem as primeiras normas da IUPAC, em 1952, e por isso seus nomes tradicionais já haviam sido popularizados.

Na prática, os polímeros de uso comum costumam ser denominados das seguintes maneiras:

Prefixo poli- seguido do monômero de onde se obtém o polímero. Esta convenção é distinta da convenção da IUPAC porque o monômero nem sempre coincide com a UER, e utiliza uma denominação sem uso de parêntese e, em muitos casos, seguindo uma nomenclatura "tradicional". Exemplo: polietileno em vez de "poli (metileno)"; poliestireno em vez de "poli(1-feniletileno)".

Para copolímeros, costumam-se listar simplesmente os monômeros que os formam, precedidos da palavra "goma", se é um elastômero, ou "resina", se é um plástico. Exemplos: acrilonitrilo butadieno estireno; goma estireno-butadieno; resina fenol-formaldeído.

É frequente também o uso indevido de marcas comerciais como sinônimos de polímeros, independentemente da empresa que o fabrique. Exemplos: Nylon para poliamida, Teflon para politetrafluoeretileno, Neopreno para policloropreno, Isopor para poliestireno.

A IUPAC reconhece que os nomes tradicionais estão firmemente fixados por seu uso e não pretende aboli-los, apenas reduzindo-os gradativamente em suas utilizações nas publicações científicas.

[editar] Reações de polimerização

A polimerização é uma reação em que as moléculas menores (monómeros) se combinam quimicamente (por valências principais) para formar moléculas longas, mais ou menos ramificadas com a mesma composição centesimal. Estes podem formar-se por reação em cadeia ou por meio de reações de poliadição ou policondensação. A polimerização pode ser reversível ou não e pode ser espontânea ou provocada (por calor ou reagentes).[3]

Exemplo: O etileno é um gás que pode polimerizar-se por reação em cadeia, a temperatura e pressão elevadas e em presença de pequenas quantidades de oxigênio gasoso resultando uma substância sólida, o polietileno. A polimerização do etileno e outros monómeros pode efetuar-se à pressão normal e baixa temperatura mediante catalisadores. Assim, é possível obter polímeros com cadeias moleculares de estrutura muito uniforme.

Na indústria química, muitos polímeros são produzidos através de reações em cadeia. Nestas reações de polimerização, os radicais livres necessários para iniciar a reação são produzidos por um iniciador que é uma molécula capaz de formar radicais livres a temperaturas relativamente baixas. Um exemplo de um iniciador é o peróxido de benzoíla que se decompõe com facilidade

Page 3: 3 polímero

em radicais fenilo. Os radicais assim formados vão atacar as moléculas do monómero dando origem à reação de polimerização..

[editar] Características

Uma das principais e mais importantes características dos polímeros são as mecânicas. Segundo ela os polímeros podem ser divididos em termoplásticos, termoendurecíveis (termofixos) e elastômeros (borrachas).

[editar] Termoplásticos

Termoplástico é um dos tipos de plásticos mais encontrados no mercado. Pode ser fundido diversas vezes, alguns podem até dissolver-se em vários solventes. Logo, sua reciclagem é possível, característica bastante desejável atualmente.

[editar] Termorrígidos (Termofixos)

São rígidos e frágeis, sendo muito estáveis a variações de temperatura. Uma vez prontos, não mais se fundem. O aquecimento do polímero acabado promove decomposição do material antes de sua fusão, tornando sua reciclagem complicada.

[editar] Elastômeros (Borrachas)

Classe intermediária entre os termoplásticos e os termorrígidos: não são fusíveis, mas apresentam alta elasticidade, não sendo rígidos como os termofixos. Reciclagem complicada pela incapacidade de fusão.

[editar] Exemplos

Polímeros termoplásticos

PC - Policarbonato

Aplicações: Cd´s, garrafas, recipientes para filtros, componentes de interiores de aviões, coberturas translúcidas, divisórias, vitrines, etc.

PU – Poliuretano

Aplicações: Esquadrias, chapas, revestimentos, molduras, filmes, estofamento de automóveis, em móveis, isolamento térmico em roupas impermeáveis, isolamento em refrigeradores industriais e domésticos, polias e correias.

PVC - Policloreto de vinila ou cloreto de polivinila

Page 4: 3 polímero

Aplicações: Telhas translúcidas, portas sanfonadas, divisórias, persianas, perfis, tubos e conexões para água, esgoto e ventilação, esquadrias, molduras para teto e parede.

PS - Poliestireno

Aplicações: Grades de ar condicionado, gaiútas de barcos (imitação de vidro), peças de máquinas e de automóveis, fabricação de gavetas de geladeira, brinquedos, isolante térmico, matéria prima do isopor.

PP - Polipropileno

Aplicações: brinquedos, recipientes para alimentos, remédios, produtos químicos, carcaças para eletrodomésticos, fibras, sacarias (ráfia), filmes orientados, tubos para cargas de canetas esferográficas, carpetes, seringas de injeção, material hospitalar esterilizável, autopeças (pára-choques, pedais, carcaças de baterias, lanternas, ventoinhas, ventiladores, peças diversas no habitáculo), peças para máquinas de lavar.

Polietileno Tereftalato (PET)

Aplicações: Embalagens para bebidas, refrigerantes, água mineral, alimentos, produtos de limpeza, condimentos; reciclado, presta-se a inúmeras finalidades: tecidos, fios, sacarias, vassouras.

Plexiglas - é conhecido como vidro plástico.

[editar] Polímeros termorrígidos (ou termofixos)

Baquelite: usada em tomadas, telefones antigos e no embutimento de amostras metalográficas.

Poliéster: usado em carrocerias, caixas d'água, piscinas, dentre outros, na forma de plástico reforçado (fiberglass).

[editar] Elastômeros (borrachas)

Poliisopreno - borracha semelhante à natural Buna S

Aplicações: pneus, câmaras de ar, vedações, mangueiras de borracha.

Buna N ou perbunan Neopreno ou policloropreno

[editar] Biodegradação

Page 5: 3 polímero

Ver artigo principal: Biodegradabilidade

O fungo amazônico Pestalotiopsis microspora é capaz de alimentar-se de plásticos fabricados à base de poliuretano.[4][5]

[editar] Ver também

Engenharia Química Engenharia de produção

Engenharia dos materiais

PET

Design de produto

Referências

1. ↑ IUPAC (2002). «Nomenclature of Regular Single-Strand Organic Polymers (IUPAC Recommendations 2002)». Pure Appl. Chem. (74). págs. 1921-1956. http://www.chem.qmul.ac.uk/iupac/rssop. (em inglês)

2. ↑ Macossay, J.y Wilks, E. S.. «Nota de Nomenclatura Macromolecular No. 18: SRUs: Usando as regras». Division of Polymer Chemistry de la American Chemical Society. http://www.polyacs.org/nomcl/mnn18sp.pdf.

3. ↑ A polimerização é um tipo particular de reação química. Quando são utilizados monômeros difuncionais obtêm-se uma estrutura linear. No caso de pelo menos um monômero ter mais de dois grupos funcionais é obtido um polímero contendo ligações cruzadas e uma estrutura ramificada.

4. ↑ Descoberto fungo que sobrevive comendo plástico e que pode ajudar a salvar o planeta. Tecmundo. Página visitada em 12 de março de 2012.

5. ↑ Biodegradation of Polyester Polyurethane by Endophytic Fungi. American Society for Microbiology. Página visitada em 12 de março de 2012.

6. Nomenclatura em polímeros 7.  8.   9. A tradução da palavra nomenclatura, não somente como vocabulário de

nomes[1] mas, principalmente como conjunto de termos peculiares a uma arte ou ciência[1], torna-se ainda mais significativa se for considerada a importância da comunicação para o desenvolvimento das ciências, especialmente no atual contexto de rápido desenvolvimento de novas tecnologias. Geralmente concebidas em meio acadêmico, com características de linguagem e divulgação próprias, as novas tecnologias somente encontram mercado após a tradução realizada pelos profissionais de formação tecnológica, encarregados do desenvolvimento de produtos e processos cujo sucesso depende da boa

Page 6: 3 polímero

comunicação dos profissionais destes dois setores, apoiada em uma nomenclatura racional.

10. O rápido crescimento das pesquisas na área de Polímeros em nosso país, especialmente nos últimos quinze anos, é resultado da maturidade da comunidade de pesquisadores que se dedicam ao desenvolvimento desta ciência. Como um dos frutos desta intensa atividade foi criada a Associação Brasileira de Polímeros e, como conseqüência desta, foram criados esta revista e o Congresso Brasileiro de Polímeros. Estas duas últimas iniciativas estimularam e deram maior divulgação a textos e artigos científicos em língua portuguesa no Brasil. Antes deste período a literatura de qualidade científica em Polímeros, redigida em nosso idioma, estava restrita às dissertações e teses universitárias[2] e aos poucos livros escritos por pesquisadores brasileiros[3,4,5] ou traduzidos do idioma inglês[6].

11. A intensa divulgação científica em língua inglesa e a existência de nomenclatura já estabelecida neste idioma vêm retardando o estabelecimento de uma nomenclatura para a área de Polímeros em língua portuguesa. A ausência de um vocabulário próprio e comum a todos tem provocado várias situações que dificultam a comunicação entre os pesquisadores do meio acadêmico e entre estes e os que se dedicam ao setor produtivo. Na área industrial, a ausência de uma nomenclatura reconhecida em Polímeros é particularmente danosa quando se considera atividades básicas como controle de estoque, transporte de produtos, armazenagem, tributação de produtos, entre outras. Ainda nesta área, merece destaque a comunicação por meio de boletins e relatórios técnicos, bem como a divulgação de pesquisas tecnológicas por meio de revistas especializadas.

12. Além da área de produtos, a nomenclatura se faz extremamente necessária para a caracterização de materiais poliméricos, relativamente quanto a propriedades químicas e físicas, bem como diferentes comportamentos observados em modernas técnicas analíticas que surgem a todo momento.

13. A nomenclatura em Polímeros adotada de forma não oficial em nosso país resulta de traduções, algumas vezes literais, de termos já consagrados ou estabelecidos no idioma inglês. Situação às vezes agravada pela inexistência de palavra correspondente em nosso idioma.

14. O Comitê Editorial e o Corpo de Assessores desta revista têm encontrado dificuldades ao analisar textos que utilizam terminologias diferentes para designar o mesmo conceito, como por exemplo: enxertia ou graftização; massa molar ou peso molecular; Calorimetria Diferencial de Varredura ou Calorimetria Exploratória Diferencial e blendas ou misturas.

15. Esta situação está próxima de chegar a um bom termo com a esperada publicação, em língua portuguesa, do original em inglês "Compendium of Macromolecular Nomenclature", da IUPAC, trabalho este realizado por uma equipe de professores do IMA/UFRJ, sob a coordenação da Professora Cristina T. Andrade.

16. Aguardando essa publicação, o Comitê Editorial de Polímeros: Ciência e Tecnologia realizou uma consulta preliminar junto a vários pesquisadores que atuam na área de Polímeros no país, visando levantar os pontos mais polêmicos sobre o assunto. As opiniões apresentadas a seguir correspondem a um resumo condensado das respostas recebidas.

17. Analisando a situação atual do uso de termos técnicos e científicos na área de Polímeros no Brasil, todos os pesquisadores consultados afirmaram que os problemas são numerosos, conseqüência do progresso acelerado que ocorre na área de Polímeros em nível mundial, divulgado quase que exclusivamente em língua inglesa. A necessidade de tradução de palavras ainda não existentes em língua portuguesa; ou o mal aproveitamento das que existem, leva a um "aportuguesamento" arbitrário destes novos termos. Dentre as respostas obtidas, pode-se perceber claramente um chamamento à responsabilidade dos pesquisadores brasileiros no desenvolvimento de uma terminologia específica para esta área de conhecimento.

Page 7: 3 polímero

18. Todos os pesquisadores foram unânimes em afirmar a necessidade de normatização de termos técnicos e científicos empregados na área de Polímeros. O principal aspecto a ser trabalhado seria, além de seguir as normas internacionais da IUPAC, definir critérios para a criação de palavras em língua portuguesa, nos casos em que isto for necessário.

19. Além das várias propostas apresentadas a seguir, várias respostas destacaram as iniciativas já realizadas ou em realização por pesquisadores brasileiros, dentre as quais destacamos a publicação preparada pelo Instituto Brasileiro de Petróleo[7], o artigo do Professor José Augusto M. Agnelli, publicado em Boletim da ABPol[8] e o trabalho coordenado pela Professora Cristina T. Andrade, anteriormente citado. Estas iniciativas deveriam ser consultadas em uma primeira fase do processo de normatização e, eventualmente, nortear este processo. A viabilização sugerida pelos pesquisadores consultados se daria pela criação de uma terminologia própria que deveria, preferencialmente, ser calcada em idéias simples, auto-explicativas, baseadas no conhecimento dos fenômenos, dos materiais, das operações ou dos processos. Somente se considerações deste tipo não levassem a um termo adequado (o que ocorrerá quando estivermos lidando com algo completamente novo), poderemos, eventualmente, adotar ou aportuguesar correspondentes termos estrangeiros. Este trabalho deveria ser realizado por pesquisadores da área (científica e tecnológica) com recursos financeiros obtidos junto a organismos de apoio a pesquisa. A participação da comunidade deveria ser fomentada por meio de debates e apresentação de trabalhos em Congressos. Além disso, artigos com divulgação das discussões poderiam ser publicados em revistas especializadas.

20. Para uma maior facilidade de implantação, a implementação de uma nomenclatura em Polímeros deveria contar com a participação de vários setores organizados, tais como Universidades, Centros de P&D, Escolas Técnicas, Associações Científicas e Profissionais (ABPol, ABQ, SBQ, ABIQUIM, PLASTIVIDA, ABTB, ABIARB, ASPLAR, ABRE, CETEA), Empresas atuantes no setor de Polímeros, ABNT e INMETRO. Segundo os pesquisadores consultados, a iniciativa deste processo de estabelecimento de nomenclatura deveria ficar com a comunidade universitária, por meio de instituições organizadas, dentre as quais foram citadas a própria ABPol e o IMA/UFRJ.

21. Os pesquisadores consultados concordam, em sua maioria, na adoção da nomenclatura da IUPAC, em língua inglesa, como base para o desenvolvimento da Nomenclatura Brasileira de Polímeros. Os pontos que deveriam ser abordados em uma primeira fase contemplam nomes e siglas de polímeros e termos técnicos relacionados à polimerização e ao processamento. Em seguida deveriam ser abordados termos próprios de caracterização e propriedades (físicas, químicas e físico-químicas) de materiais poliméricos.

22. Como sugestões finais, foi destacada a necessidade de compatibilização com a nomenclatura de outras áreas do conhecimento, já existente em nosso idioma e a oficialização desta futura Nomenclatura Brasileira de Polímeros por meio de órgãos como a ABNT.

23. O principal resultado deste levantamento de opiniões foi a unanimidade de todos os pesquisadores quanto à necessidade premente de uma Nomenclatura para a área de Polímeros. Os trabalhos já iniciados e o crescimento desta importante área de pesquisa em nosso país deverão culminar, em futuro que esperamos seja breve, com a desejada e necessária Nomenclatura Brasileira de Polímeros.

24. 1. Bueno, F. da S. "Dicionário Escolar da Língua Portuguesa", 11a edição, FAE, Rio de Janeiro (1985).

25. 2. Destaque especial deve ser reconhecido ao pioneiro trabalho do antigo Instituto de Macromoléculas da Universidade Federal do Rio de Janeiro IMA, hoje Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano.

26. 3. Mano, E. B. "Introdução a Polímeros", Editora Edgard Blücher Ltda., São Paulo (1985).

Page 8: 3 polímero

27. 4. Mano, E. B. "Polímeros como Materiais de Engenharia", Editora Edgard Blücher Ltda., São Paulo (1991).

28. 5. Blass, A. "Processamento de Polímeros", Editora da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis (1985).

29. 6. Alfrey, T. & Gurnee, F. (Tradução Júlio Buschinelli) "Polímeros Orgânicos", Editora Edgard Blücher Ltda., São Paulo (1971).

30. 7. Mano E. B. e colaboradores, "Terminologia de Polímeros: Inglês - Português", Instituto Brasileiro de Petróleo, Rio de Janeiro (1988), 72 pp.

31. 8. Agnelli, J. A. M. Boletim da ABPol, 1(4), p.31-61 (1990). 32.   33.   34. Matéria elaborada pelo Prof. Dr. Antonio Aprigio S. Curvelo do

Instituto de Química da USP São Carlos e pelo Prof. Dr. José Augusto M. Agnelli do Departamento de Engenharia de Materiais da UFSCar.

35.  36. All the contents of www.scielo.br, except where otherwise noted, is

licensed under a Creative Commons Attribution License 37.   ABPol

38. Rua São Paulo, 994Caixa postal 490, São Carlos-SP

Tel./Fax: +55 16 3374-3949

[email protected]

2.      NOMENCLATURA DOS POLÍMEROS

Três diferentes sistemas são comumente empregados para a designação de

polímeros. Baseiam-se ou no processo eventualmente usado em sua preparação,

ou na estrutura do mero, ou em bases empíricas tradicionais.

Com base no processo de preparação eventualmente empregado ou, em

outras palavras, na fonte, isto é, no monômero, basta colocar o prefixo poli. Ex.

polietileno.

Com base na estrutura do mero, isto é, na unidade estrutural, há vantagens e

desvantagens. Exemplo: poli (tereftalato de etileno), vulgarmente denominado, de

modo errôneo, tereftalato de polietileno, significa estruturas diferentes, conforme a

interpretação. Em alguns casos, no entanto é sem ambigüidade a designação

poli(p-fenileno).

A nomenclatura de homopolímero segundo bases empíricas é ilustrada pelos

náilons e as borrachas de origem diênica. Por exemplo, náilon-6, náilon-11.

NOMENCLATURA DOS POLÍMEROS

Page 9: 3 polímero

Três diferentes sistemas são comumente empregados para a designação de polímeros. Baseiam-se ou no processo eventualmente usado em sua preparação, ou na estrutura do mero, ou em bases empíricas tradicionais.

Com base no processo de preparação eventualmente empregado ou, em outras palavras, na fonte, isto é, no monômero, basta colocar o prefixo poli. Ex. polietileno.

Com base na estrutura do mero, isto é, na unidade estrutural, há vantagens e desvantagens. Exemplo: poli (tereftalato de etileno), vulgarmente denominado, de modo errôneo, tereftalato de polietileno, significa estruturas diferentes, conforme a interpretação. Em alguns casos, no entanto é sem ambigüidade a designação poli(p-fenileno).

A nomenclatura de homopolímero segundo bases empíricas é ilustrada pelos náilons e as borrachas de origem diênica. Por exemplo, náilon-6, náilon-11.

CLASSIFICAÇÃO DE POLÍMEROS

As classificações mais comuns envolvem a estrutura química, o método de preparação, as características tecnológicas e o comportamento mecânico.

Segundo a estrutura química, conforme os grupos funcionais presentes nas macromoléculas, estas serão classificadas em poliamidas, poliésteres, etc.

Quanto ao método de preparação, são divididos, em linhas gerais, em polímeros de adição e polímeros de condensação, conforme ocorra uma simples adição, sem subproduto, ou um???¨??O? ?a reação em que são abstraídas dos monômeros pequenas moléculas, como HCL, H2O, KCL.

As características tecnológicas, que impõe diferentes processos tecnológicos, são à base da classificação dos polímeros termoplásticos e termorrígidos. Os polímeros lineares ou ramificados, que permitem fusão por aquecimento e solidificação por resfriamento, são chamados termoplásticos. Os polímeros que, por aquecimento ou outra forma de tratamento, assumem estrutura tridimensional, reticulada, com ligações cruzadas, tornando-se insolúveis e infusíveis, são chamados termorrígidos (thermoset).

De acordo com seu comportamento mecânico, os polímeros são divididos em três grandes grupos: elastômeros ou borrachas, plásticos e fibras. Em sua aplicação, estes termos envolvem a expressão resina. Resina é uma substância amorfa ou uma mistura, de peso molecular intermediário ou alto, insolúvel em água, mas solúvel em alguns solventes orgânicos, e que, a temperatura ordinária, é sólida ou um liquido muito viscoso, que amolece gradualmente por aquecimentos. Todas as resinas naturais são solúveis e fusíveis, e todos os polímeros sintéticos que obedecem as condições acima apontadas são também chamados de resinas sintéticas. Borracha ou elastômeros é um material macromolecular exibindo elasticidade em longa faixa, à temperatura ambiente. O termo plástico vem do grego, e significa “adequado à moldagem”. Plásticos são materiais que conté???¨????+????;m, como componente principal, um polímero orgânico sintético e se caracterizam porque, embora sólidos à temperatura ambiente em seu estado final, em alguns estágios a de seu processamento, tornam-se fluídos e possíveis de serem moldados, por ação isolada ou conjunta de calor e pressão. Esse ingrediente polimérico é chamado de resina sintética. Fibra é um corpo que tem uma elevada razão entre o comprimento e as dimensões laterais, e é composto principalmente de macromoléculas lineares, orientadas longitudinalmente.

POLÍMEROS DE INTERESSE INDUSTRIAL

Os principais polímeros de interesse industrial podem ser divididos em duas grandes categorias: plásticos e/ou fibras e borrachas.

PLÁSTICOS E/OU FIBRAS

1- Resultante de Poliadição (Reação em Cadeia)

A - poli-hidrocarbonetos

polietileno

poliprolileno

poliestireno

Page 10: 3 polímero

B - poli-hidrocarbonetos substituídos

por halogênio: poli(cloreto de vinila) e poli(tetrafluoro-etileno)

por grupo éster: poli(acetato de vinila) , poli(acrilato de alquila) e poli(metacrilato de metila)

por grupo nitrila: poliacrilonitrila

C - poliésteres

polioximetileno

D - poliamidas

policaprolactama

2 - Resultantes de Policondensação (Reação em Etapas)

A - poliésteres

poliglicóis

resinas epoxílicas

B - poliésteres

saturados: poli(tereftalato de etileno)

poli(teflalato de etileno) e policarbonato

ins???¨??O? ?aturados: poli(teftalato-maleato de etileno) estirenizado

C - poliamidas

poliamida 11

poliamida 66

poliamida 610

D - resinas fenólicas

resina de fenol-formaldeído

E - resinas aminadas

resina de uréia-formaldeído

resina de melamina-formaldeído.

3 - Resultantes de outras Polirreações

poliuretanos

Page 11: 3 polímero

4- Resultante de Modificações de Polímeros

celulose: nitrato de celulose, acetato de celulose, metil-celulose, carboxi-metil-celulose.

poli(acetato de vinila): poli(álcool vinílico)

BORRACHAS

1- Resultante de Poliadição (Reação em Cadeia)

A - poli-hidrocarbonetos borracha natural - elastômero IR

elastômero BR

elastômero EPR

elastômero IIR

elastômero SBR

poli-hidrocarbonetos substituídos

elastômero CR

elastômero NBR

elastômero fluorados

2 - Resultantes de Policondensação (Reação em Etapas)

polissulfetos

polissiloxanos

poliuretanos

POLÍMEROS DE ADIÇÃO

POLÍMERO MONÔMERO(S) APLICAÇÃO

Polietileno etileno

baldes, sacos de lixo, sacos de embalagens

Polipropileno propileno cadeiras, poltronas, pára-choques de automóveis

PVC cloreto de vinilavinila

tubos para encanamentos hidráulicospara

Isopor estireno isolante térmico

Orlon acrilnitrilo lã sintética, agasalhos, cobertores, tapetes.

Plexiglas "Vidro plástico" Acrílicos

metilacrilato de metila

plástico transparente muito resistente usado em portas e janelas, lentes de óculos.

Page 12: 3 polímero

Teflon tetrafluoretileno revestimento interno de panelas

Borracha fria isobuteno

pneus, câmaras de ar e objetos de borracha em geral

Borracha naturalnatural

isopreno

Neopreno ou duopreno cloropreno

Buna 1,3-butadienobutadieno

COPOLÍMEROS DE ADIÇÃO

Buna-N ou perbuna 1,3-butadienoacrilnitrilo pneus, câmaras

de ar e objetos de borracha em geral

Buna-S1,3-butadienoestireno

POLÍMEROS DE CONDENSAÇÃO

POLÍMERO MONÔMERO APLICAÇÃO

Amido a glicose alimentos, fabricação de etanol

Celulose b glicose papel, algodão, explosivos

COPOLÍMEROS DE CONDENSAÇÃO

POLÍMERO MONÔMERO

APLICAÇÃO

Náilon 1,6-diaminoexano ácido adípico

rodas dentadas de engrenagens, peças de maquinaria em geral, tecidos, cordas, escovas

Terilene ou dacron

Etilenoglicol

ácido tereftálico

tecidos em geral (tergal)

Baquelite(fórmica)

aldeído fórmico

fenol comum

revestimento de móveis (fórmica), material elétrico (tomada e interruptores)

Poliuretano poliéster ou poliéter

isocianato de p. fenileno

colchões e travesseiros (poliuretano esponjoso), isolante térmico e acústico, poliuretano rígido das rodas dos carrinhos de supermercados

Page 13: 3 polímero

POLÍMEROS NATURAIS

Os polímeros naturais são: a borracha; os polissacarídeos, como celulose, amido e glicogênio; e as proteínas.

A borracha natural é um polímero de adição, ao passo que os polissacarídeos e as proteínas são polímeros de condensação, obtidos, respectivamente, a partir de monossacarídeos e aminoácidos.

A borracha natural é obtida da árvores Heveu brasilienses (seringueira) através de incisão feita em seu caule, obtendo-se um líquido branco de aspecto leitoso, conhecido atualmente por látex. As cadeias que constituem a borracha natural apresentam um arranjo desordenado e, quando submetidas a uma tensão, podem ser espichadas, formando estruturas com comprimento maior que o original

POLÍMEROS SINTÉTICOS

Os polímeros sintéticos são sintetizados quimicamente, em geral, de produtos derivados de petróleo. Em contrapartida aos polímeros naturais e naturais modificados, os sintéticos são " injetados" como moléculas relativamente pequenas. Eles podem oferecer uma infinidade de desenhos possíveis. São costurados para atender cada aplicação requerida. O tamanho e composição química podem ser manipulados a fim de criar propriedades para quase todas as funções dos fluidos. Freqüentemente, polímeros sintéticos são preparados para substituir o etileno. O processo de polimerização ocorre através de uma reação adicional onde o etileno é substituído no final da cadeia de polímero. Na fig???¨??O? ?ura abaixo, o substituído A pode ser algum grupo ativo:

Observe a ligação C - C e a enorme possibilidade de substituições. A ligação C - C é mais estável do que a união C - O encontrada em polímeros a base de celulose e amido. O C - C é resistente a bactérias e tem estabilidade de temperatura acima de 371°C. Mesmos os grupos de substituição vão degradar antes da união C - C nestas condições.

Observe a ligação C - C e a enorme possibilidade de substituições. A ligação C - C é mais estável do que a união C - O encontrada em polímeros a base de celulose e amido. O C - C é resistente a bactérias e tem estabilidade de temperatura acima de 371°C. Mesmos os grupos de substituição vão degradar antes da união C - C nestas condições.

Terça-feira, 22 de Fevereiro de 2011

nomenclatura

As normas internacionais publicadas pela IUPAC indicam que o princípio geral para nomear os polímeros é utilizando-se o prefixo poli-, seguido da unidade estrutural repetitiva que define ao polímero, escrita entre parênteses. [1]. Por exemplo: Poli (tio-1,4-fenileno)

As normas da IUPAC são geralmente usadas para nomear os polímeros de estrutura complexa, uma vez que permitem identificá-los sem produzir ambiguidades nas bases de dados de artigos científicos.[2] Porém, não costumam ser usadas para polímeros de estrutura mais simples e de uso comum, principalmente porque esses polímeros foram inventados antes que se publicassem as primeiras normas da IUPAC, em 1952, e por isso seus nomes tradicionais já haviam sido popularizados.

Na prática, os polímeros de uso comum costumam ser denominados das seguintes maneiras:

Prefixo poli- seguido do monômero de onde se obtém o polímero. Esta convenção é distinta da convenção da IUPAC porque o monômero nem sempre coincide com a UER, e utiliza uma denominação sem uso de parêntese e, em muitos casos, seguindo uma nomenclatura "tradicional". Exemplo: polietileno em vez de "poli (metileno)"; poliestireno em vez de "poli(1-feniletileno)".

Page 14: 3 polímero

Para copolímeros, costumam-se listar simplesmente os monômeros que os formam, precedidos da palavra "goma", se é um elastômero, ou "resina", se é um plástico. Exemplos: acrilonitrilo butadieno estireno; goma estireno-butadieno; resina fenol-formaldeído.

É frequente também o uso indevido de marcas comerciais como sinônimos de polímeros, independentemente da empresa que o fabrique. Exemplos: Nylon para poliamida, Teflon para politetrafluoeretileno, Neopreno para policloropreno, Isopor para poliestireno.

A IUPAC reconhece que os nomes tradicionais estão firmemente fixados por seu uso e não pretende aboli-los, apenas reduzindo-os gradativamente em suas utilizações nas publicações científicas.

Publicada por João Silva em 05:03

Enviar a mensagem por e-mail Dê a sua opinião! Partilhar no Twitter Partilhar no Facebook

Sem comentários:

Enviar um comentárioMensagem mais recente Mensagem antiga Página inicial

Subscrever: Enviar comentários (Atom)

Polimeros de adição

Polímeros de adição

POLÍMERO MONÔMERO(S) APLICAÇÃO

Polietileno etileno baldes, sacos de lixo, sacos de embalagens

Polipropileno propileno cadeiras, poltronas, pára-choques de automóveis

PVC cloreto de vinila tubos para encanamentos hidráulicos

Isopor estireno isolante térmico

Orlon acrilnitrilo lã sintética, agasalhos, cobertores, tapetes.

Plexiglas "Vidro plástico" Acrílicos

metilacrilato de metila

plástico transparente muito resistente usado em portas e janelas, lentes de óculos.

Teflon tetrafluoretileno revestimento interno de panelas

Borracha fria isobuteno

Borracha natural isopreno pneus, câmaras de ar, objetos de borracha em geral

Page 15: 3 polímero

Neopreno ou duopreno cloropreno

Buna 1,3-butadieno

Polimeros de condensação

Polímeros de adição

POLÍMERO MONÔMERO(S) APLICAÇÃO

Polietileno etileno baldes, sacos de lixo, sacos de embalagens

Polipropileno propileno cadeiras, poltronas, pára-choques de automóveis

PVC cloreto de vinila tubos para encanamentos hidráulicos

Isopor estireno isolante térmico

Orlon acrilnitrilo lã sintética, agasalhos, cobertores, tapetes.

Plexiglas "Vidro plástico" Acrílicos

metilacrilato de metila

plástico transparente muito resistente usado em portas e janelas, lentes de óculos.

Teflon tetrafluoretileno revestimento interno de panelas

Borracha fria isobuteno

Borracha natural isopreno pneus, câmaras de ar, objetos de borracha em geral

Neopreno ou duopreno cloropreno

Buna 1,3-butadieno

copolimeros de adição

Copolímeros de adição

POLÍMERO MONÔMERO(S) APLICAÇÃO

Page 16: 3 polímero

Buna-N ou perbuna 1,3-butadienoacrilnitrilo

pneus, câmaras de ar e objetos de borracha em geral

Buna-S 1,3-butadienoestireno

copolimeros de condensação

Copolímeros de condensação

POLÍMERO MONÔMERO(S) APLICAÇÃO

Náilon 1,6-diaminoexanoácido adípico

rodas dentadas de engrenagens, peças de maquinaria em geral, tecidos, cordas, escovas

Terilene ou dacron

etilenoglicolácido tereftálico

tecidos em geral (tergal)

Baquelite(fórmica)

aldeído fórmicofenol comum

revestimento de móveis (fórmica), material elétrico (tomada e interruptores)

Poliuretano poliéster ou poliéterisocianato de p. fenileno

colchões e travesseiros (poliuretano esponjoso), isolante térmico e acústico, poliuretano rígido das rodas dos carrinhos de supermercados

Video

Video

Video

Video

Noticias

Polimeros

Una nueva prótesis liberadora de fármacos disminuye los problemas cardiacos

ABC.es

- Aug 21, 2012

Page 17: 3 polímero

- Aug 21, 2012

La última generación de stents liberadores de fármacos, como el sirolimus o el paclitaxel, a partir de polímeros duraderos, reduce la necesidad de una nueva revascularización, en comparación con los stents convencionales. Sin embargo, la curación se ...

clipped from Google - 9/2012

Mexicana usa polímeros para desarrollar músculos artificiales

Vanguardia.com.mx

- Aug 03, 2012

- Aug 03, 2012

México.- Martha Aguilar Martínez, académica de la Facultad de Química de la UNAM, recibió un reconocimiento por parte de la Sociedad Mexicana de Electroquímica, por el desarrollo en esta materia y su análisis de polímeros, con los cuales podría ser ...

clipped from Google - 9/2012

Investigadores desarrollan suturas "inteligentes" que detectan infecciones

IntelDig - Inteligencia Digital

- Aug 24, 2012

- Aug 24, 2012

Un equipo de investigadores de la Universidad de Illinois desarrolló con éxito una sutura electrónica que contiene sensores de silicio ultrafinos integrados en polímeros o tiras de seda, que se pueden coser a través de la piel y anudar al igual que los ...

Related Articles   »

clipped from Google - 9/2012

Limagrain Guerra anuncia fábrica de bioplástico em Pato Branco

ExpressoMT

- Aug 30, 2012

- Aug 30, 2012

Segundo Ricardo Guerra, diretor executivo da Limagrain Guerra do Brasil e da Limagrain Guerra Ingrédients, aBiolice, mesmo nome da fábrica que a Limagrain possui na França, vai produzir polímeros derivados de milho para a produção de plásticos 100% ...

Related Articles   »

clipped from Google - 9/2012

powered by

Page 18: 3 polímero

Arquivo do blogue

▼   2011 (9) o ▼   Fevereiro (9)

Reciclagem

elastômeros

Termorrigidos ou termofixos

Termoplásticos

Caracteristicas

Reacçoes de polimerização

História

nomenclatura

polimeros

Acerca de mim

João Silva

Odivelas, Lisboa, Portugal

Ver o meu perfil completo

Plásticos promoveram revolução em nosso cotidianoCarlos Roberto de Lana*Especial para a Página 3 Pedagogia & ComunicaçãoAté meados do século 19, todos os materiais disponíveis para a criação de utensílios ou artefatos provinham de fontes naturais. Eram principalmente madeira, pedra, argila e metais.

O que a natureza não fornecia pronto para o uso era obtido a partir de transformações físicas simples, como no caso do vidro e das ligas metálicas (o bronze e o aço, por exemplo).

As fibras usadas nos tecidos provinham apenas das plantas e dos animais que forneciam algodão, linho, lã ou seda. Também não havia substituto para o couro e os ossos dos animais de corte nas aplicações em que eram matérias primas típicas (por exemplo, respectivamente, calçados e botões).

Estes materiais tinham muitas vantagens, a resistência e ductilidade dos metais, a versatilidade da madeira, a maciez da seda, mas também apresentavam problemas incorrigíveis: metais são pesados, madeira é indúctil e seda é cara.

Isto não foi um grande problema nas épocas em que toda a produção de artefatos era artesanal, em quantidades limitadas. A Revolução industrial mudou drasticamente este cenário.

Page 19: 3 polímero

A era dos polímerosA natureza não nos supria de materiais que fossem ao mesmo tempo resistentes, dúcteis, baratos, abundantes e versáteis que pudessem ser utilizados de modo generalizado em diferentes transformações industriais. Se a indústria introduziu a produção em larga escala, as matérias primas continuaram sendo cultivadas ou extraídas da natureza.

Só no século 20 as pesquisas pioneiras iniciadas no século anterior passaram a suprir a indústria com uma variedade de materiais sintéticos que receberam o nome de polímeros e ficaram universalmente conhecidos como plásticos. O nome polímero vem do grego, poli = muitas, mero = partes. Polímero, portanto, é a união de muitas partes. A parte fundamental constitutiva de um polímero é chamada de monômero, também do grego, mono = um.

Cadeia petroquímicaOs polímeros ou plásticos mais comuns são obtidos a partir de monômeros extraídos diretamente do petróleo, como o etileno, propileno e butadieno, originando assim os materiais tecnicamente conhecidos como polietileno, polipropileno e polibutadieno respectivamente.

A transformação do petróleo em plásticos segue a chamada cadeia petroquímica, na qual a refinaria transforma o petróleo bruto em nafta, que é enviada para uma central petroquímica que transforma a nafta em matérias primas diversas, dentre as quais os monômeros citados. No fim, indústrias de polimerização transformam os monômeros em polímeros.

As reações químicas envolvidas nesta transformação são relativamente simples. Tomemos por exemplo o polietileno, um dos plásticos mais comuns no nosso dia a dia, usado na fabricação das sacolinhas de supermercados, utensílios domésticos, brinquedos etc.

O monômero do polietileno é, como citado, o etileno, C2H4, cuja fórmula estrutural é:

Ligações entre átomosComo sabemos, as cadeias orgânicas, como as que formam o petróleo, são constituídas de átomos de carbono encadeados, na qual cada átomo de carbono precisa estabelecer quatro ligações com outros átomos para se estabilizar.

No caso do etileno, podemos observar uma ligação insaturada, ou seja, cada carbono estabeleceu uma ligação covalente ou molecular com dois átomos de hidrogênio e completaram as quatro ligações que requerem estabelecendo entre si (átomos de carbono) uma dupla ligação (representada pelo sinal =). Esta dupla ligação facilita muito a obtenção do polímero, como veremos.

O processo de polimerização, transformação do monômero em polímero (no caso do exemplo do monômero de etileno em polietileno) se inicia com a aplicação de calor e pressão sobre as moléculas do monômero.

Como resultado deste fornecimento de energia, a dupla ligação da molécula de etileno se abre, e os carbonos da cadeia ficam com dois terminais disponíveis para novas ligações, conforme a figura abaixo:

Page 20: 3 polímero

Molécula de etileno com a dupla ligação aberta, com dois terminais disponíveis para

novas ligações.

Quando abrimos as duplas ligações dos átomos de carbono da molécula de etileno e disponibilizamos seus terminais para novas ligações, passamos a ter em um mesmo recipiente uma imensidão de moléculas prontas para se unir com outras que estiverem à mão, principalmente se lembrarmos que elas estão submetidas a alta pressão, o que as força a se aproximar e reagir entre si.

É claro que a molécula mais à mão para cada molécula de etileno aberta reagir é outra molécula de etileno, que assim vão se ligando umas às outras, formando cadeias, como se um imenso "cordão" de moléculas terminasse por se transformar em uma só, extremamente longa.

A este molécula encadeada e longa chamamos de macromolécula, ou, simplesmente polímero.

A figura que segue ilustra o processo de formação das cadeias poliméricas da macromolécula de polietileno.

Transformação do monômero de etileno em polietileno

Page 21: 3 polímero

Outros polímeros são sintetizados por reações semelhantes às exemplificadas pelo polietileno, sendo que a cada tipo de polímero corresponde um monômero específico e uma mecânica de reação própria.

Ao longo do século 20, a abundância e baixo preço do petróleo permitiram o vertiginoso crescimento da indústria petroquímica, particularmente a de plásticos. Com isto, nosso mundo que era de metal e madeira se tornou mais leve e flexível, com os polímeros ocupando cada vez mais espaço em nosso dia a dia.

*Carlos Roberto de Lana é professor e engenheiro químico.

ÍNDICE DE QUÍMICA

IMPRIMIR ENVIAR

COMUNICAR ERROCopyright UOL. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução apenas em trabalhos escolares, sem fins comerciais e desde que com o devido crédito ao UOL e aos autores.

Compartilhe:

Facebook

Twitter

Orkut

Delicious

Myspace

Digg

Bookmarks

UOL Links Patrocinados Anuncie aquiChegaram! Metais Eternit Metais Sanitários Eternit, seu banheiro ganha beleza, você elogios www.eternit.com.br/metaissanitarios Ponto Fácil - Relógios Controle de Ponto e Acesso - Henry Palmas - To (63) 3215-1736 www.pontofacil.com Construtora Cyrela Empreendimentos com ampla área de Lazer, Piscina, Quadras e Mais! Cyrela.com.br/Empreendimentos Renda Extra - Imperdível Trabalhe pela internet com a Maior Empresa Multicanal do Mundo. Acesse sistemawinner.com.br/polimartshop

Atualidades Banco de Redações Bullying Enem por escola Nova ortografia Planos de aula Trote universitário Notícias Fotos Vídeos Infográficos Dicionários Onde estudar

o Cursos online Ensino a distância Faculdades e universidades Intercâmbio Ranking de cursos Pais e professores

o Aula particular Escolha da escola Planos de aula Resenhas Içami Tiba Lucila Cano Pesquisa escolar

o Artes Atualidades Banco de Redações Biblioteca Biografias Biologia Cidadania Ciências Cultura

brasileira Datas comemorativas Espanhol Filosofia Física Folclore Geografia História do Brasil Historia geral Inglês Literatura Mapas Matemática Português Resumo de livros Química Sociologia Testes e simulados

o Banco de Redações Ditados Idiomas Operações matemáticas Provas de vestibular Quizzes Monte seu

simulado Vestibular