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Técnico em Biblioteca Hugo Carlos Cavalcanti 2014 Indexação, Resumo e Linguagem Documentária

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Técnico em Biblioteca

Hugo Carlos Cavalcanti

2014

Indexação, Resumo e Linguagem Documentária

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Presidenta da República Dilma Vana Rousseff Vice-presidente da República Michel Temer Ministro da Educação José Henrique Paim Fernandes Secretário de Educação Profissional e Tecnológica Aléssio Trindade de Barros Diretor de Integração das Redes Marcelo Machado Feres Coordenação Geral de Fortalecimento Carlos Artur de Carvalho Arêas Coordenador Rede e-Tec Brasil Cleanto César Gonçalves

Governador do Estado de Pernambuco João Soares Lyra Neto

Secretário de Educação e Esportes de

Pernambuco José Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira

Secretário Executivo de Educação Profissional

Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra

Gerente Geral de Educação Profissional Josefa Rita de Cássia Lima Serafim

Coordenador de Educação a Distância

George Bento Catunda

Coordenação do Curso Hugo Carlos Cavalcanti

Coordenação de Design Instrucional

Diogo Galvão

Revisão de Língua Portuguesa Letícia Garcia

Diagramação

Izabela Cavalcanti

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INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 3

1.COMPETÊNCIA 01 | CONHECER OS PRINCÍPIOS DA INDEXAÇÃO, POLÍTICAS, LINGUAGENS

ARTIFICIAIS, FATORES DE REVOCAÇÃO E PRECISÃO, E SABER PREPARAR OS RESUMOS DE

FORMA REPRESENTATIVA .................................................................................................... 6

1.1 Conceituando a Indexação.................................................................................. 6

1.2 As etapas da Indexação ...................................................................................... 9

1.3 Noções Básicas de Análise Documentária e Vocabulário Controlado ................. 10

1.4 Políticas de Indexação ...................................................................................... 14

1.5 Fatores de Revocação e Precisão ...................................................................... 15

1.6 Preparação de Resumos ................................................................................... 18

2.COMPETÊNCIA 02 | COMPREENDER E SABER APLICAR OS TIPOS DE INDEXAÇÃO (PRÉ E

PÓS- COORDENADA), E O PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS PARA

DETERMINAÇÃO DO ASSUNTO E SELEÇÃO DOS TERMOS ................................................... 20

2.1 Tipos de Sistema de Indexação ......................................................................... 20

2.2 Análise de Assunto ........................................................................................... 22

CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 26

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 28

MINICURRÍCULO ................................................................................................................ 30

Sumário

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Indexação, Resumo e Linguagem Documentária

INTRODUÇÃO

Prezados alunos, as atividades de Indexação e elaboração de Resumos

constituem duas disciplinas fundamentais da Biblioteconomia que dão

suporte para os serviços de recuperação da informação. Todo documento que

a biblioteca possui é um item passível de ser recuperado por um usuário que

busca informação.

Mas, para que isso seja viabilizado de modo eficiente, respondendo às

solicitações de busca dos usuários da biblioteca, existem etapas no

tratamento da informação que permitem a representação do conteúdo

temático do livro, identificando a obra para o leitor.

A indexação e a redação de resumos são atividades que participam do fluxo

de informação da biblioteca, de modo a disseminá-la de maneira sintética e

objetiva para o usuário. São, portanto, fundamentais para os serviços de

armazenamento e recuperação da informação, e também muito importantes

para dinamizar o acesso dos leitores aos livros e demais documentos contidos

em um acervo.

São por meio das representações de assuntos em índices, catálogos, bases de

dados e resumos que podemos saber, por exemplo, de que trata o assunto de

determinado livro sem que haja necessidade de ir à estante requisitá-lo, bem

como ter uma noção da abrangência de temas do seu interesse, contidos no

acervo da biblioteca.

Preparar e bem representar o conteúdo temático de documentos exige a

capacidade de síntese, boa escrita, olhar atento, aptidão e vontade de

pesquisar e aprender coisas novas. Sim! Porque todo indexador é antes de

tudo um leitor atento.

A leitura de um documento desenvolve-se e adquire sentido a partir da nossa

interpretação. Não apenas quando decodificamos os signos que estão no

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Técnico em Biblioteca

papel, mas principalmente quando mergulhamos no mundo das palavras, das

expressões e intencionalidades que se travam entre o leitor e o texto. Ler é

conhecer a si mesmo.

Ao lidar com o processo de indexação é necessário, além da leitura, termos

informações sobre a natureza do conhecimento que o documento apresenta e

o domínio de sua terminologia, pois serão objetos de representação e,

posteriormente, recuperados pelos usuários da biblioteca. Portanto, a

indexação tem a finalidade de facilitar a comunicação entre o usuário e o

sistema de busca da informação.

Ao ler um documento, tendo em vista a elaboração de termos representativos

de seu conteúdo, estamos realizando um processo chamado de análise

documentária. Este processo contempla a análise descritiva (que são os

registros referentes ao autor, título, edição, local, data, etc.) e a análise

temática (o conteúdo que é a temática ao qual o documento se refere –

ficção, policial, romance, drama, cinema, música moderna, literatura

comparada, etc.).

A representação dos conteúdos temáticos de livros através do uso de termos

ou palavras-chave obedece a um padrão, ou melhor, a um vocabulário

controlado para facilitar o processo de busca da informação. Bem, pensemos

assim: em cada região do país, para que um grupo social se entenda em uma

conversa, cada indivíduo utiliza um vocabulário específico, próprio daquele

grupo social onde o sujeito se insere.

O mesmo ocorre na elaboração dos termos de indexação de documentos que

devem estar padronizados à linguagem do sistema que a biblioteca utiliza, de

modo que estes termos elaborados sejam coerentes à sua inclusão em algum

tipo de base de dados (seja ela impressa ou digital). Esse vocabulário é

apoiado em instrumentos de representação conhecidos pelos bibliotecários

como linguagens documentárias, a exemplo dos tesauros e das tabelas de

classificação.

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Indexação, Resumo e Linguagem Documentária

Neste caderno focaremos os processos de indexação, redação de resumos e

o uso das linguagens documentárias, discriminando as etapas de extração de

conceitos de um documento (análise documentária), as traduções de

conceitos em uma linguagem controlada, a criação de índices e seus tipos.

Boa leitura!

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Técnico em Biblioteca

Competência 01

1.COMPETÊNCIA 01 | CONHECER OS PRINCÍPIOS DA INDEXAÇÃO,

POLÍTICAS, LINGUAGENS ARTIFICIAIS, FATORES DE REVOCAÇÃO E

PRECISÃO, E SABER PREPARAR OS RESUMOS DE FORMA

REPRESENTATIVA

Caros (as) alunos (as), nesta competência vamos conhecer um pouco sobre o

conceito, as etapas e as políticas da indexação.

1.1 Conceituando a Indexação

Todos os esforços de bibliotecários e gestores da informação concentram-se

numa questão fundamental da Biblioteconomia: possibilitar ao usuário o

acesso à informação. Tendo em vista esse objetivo, diversos instrumentos

para o tratamento e organização da informação foram criados desde o século

XVI, a exemplo das classificações bibliográficas (CDD, CDU) já visto por você,

caro aluno (a), no módulo anterior deste curso.

Entre os vários recursos e instrumentos para organização e representação do

conhecimento, neste primeiro contato com a disciplina, elencamos a

indexação como elemento básico das representações documentárias. Mas

afinal, o que é indexar? De antemão respondemos de modo simples e

objetivo: criar índices.

Os índices são listas de documentos construídos desde a Antiguidade nas

bibliotecas mais antigas como forma de organizar e tratar a documentação.

Segundo Fujita (2003, p.61), a partir do momento em que a organização

dessas listas necessitou de um ordenamento por assunto, os índices deixaram

de ser um ato mecânico de construção de listas e passaram a integrar um

processo de análise do conteúdo dos documentos.

Um índice pode ser entendido como uma lista de termos que sintetizam o

conteúdo de um documento e a extensão de seu registro. Diferentemente do

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Indexação, Resumo e Linguagem Documentária

Competência 01

sumário de um livro que traz os títulos dos capítulos ou seções de uma obra

corelacionado à sua localização em páginas, o índice é uma “relação de

palavras ou frases, ordenadas segundo determinado critério, que localiza e

remete para as informações contidas num texto.” (ABNT 6034, 2004, p.1).

O índice revela uma extensão mais ampla do documento, definindo um

padrão lógico de apresentação de acordo com a função atribuída (se trata de

assunto, nomes de autores, cronologias, etc.), indicando para o nosso leitor se

o livro pode atender ou não a sua necessidade de informação. Quanto mais

bem detalhado for o índice, melhor e mais extensa será a representação da

obra, resultando em diversos pontos de acesso para o livro no sistema de

recuperação da informação.

O índice poderá ser ordenado de forma alfabética (quando as entradas dos

termos são ordenadas alfabeticamente) ou sistemática (quando as entradas

são organizadas por classes distintas, abrangendo cronologias, assuntos,

datas, autores, ilustrações, nomes geográficos, abreviaturas, citações entre

outros). Os índices aparecem sempre no final do livro.

Os índices são produtos da indexação, que se apresentam estruturados em

listas e tabelas. Reconsiderando um retorno à conceituação mais precisa de

indexação, temos que ela é a “operação que consiste em escrever e

caracterizar um documento com o auxílio da representação dos conceitos

nela obtidos” (CHAUMIER, 1988, p.63). Trata-se do processo de transcrever

conceitos e ideias em uma linguagem artificial ou documentária após a

extração dos mesmos no documento. Assim, é um processo que integra o

conhecimento e a análise do conteúdo textual.

No contexto da informação documentária, a representação da informação

caracteriza-se pela apreensão da essência temática documental de modo a

substituir o texto por um correspondente simbólico. Prevalece na tradição

bibliotecária o tratamento da informação nos âmbitos descritivos e temáticos,

de maneira a indicar a localização física do documento mediante uma

ATENÇÃO!

“Linguagem

artificial” ou

“documentária” são

linguagens

construídas

artificialmente que

“traduzem” e

representam de

maneira sintética e

objetiva o

assunto/conteúdo

do documento para

um sistema

documentário da

biblioteca através de

símbolos (estes

símbolos podem ser

os números de

classificação da CDD

ou CDU, por

exemplo). Abreviada

pelo termo “LD´s”,

as linguagens

documentárias são

instrumentos de

recuperação da

informação,

possibilitando a

comunicação do

usuário com o

sistema da biblioteca

(CINTRA et al.,

2002).

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Técnico em Biblioteca

Competência 01

significação numérica, munida de termos que façam um diagnóstico e nos

deem pistas de seu conteúdo.

Este tem sido o artifício utilizado por décadas em nossos acervos,

estendendo-se hoje na representação e recuperação da informação no

contexto digital: fala-se de metadados que nada mais são do que as famosas

descrições físicas de documentos, aqui aplicados aos recursos eletrônicos das

bibliotecas digitais, semelhante à catalogação da biblioteconomia tradicional,

desta vez como localizador de páginas HTML. A esse respeito, Dias e Naves

(2007) explicam que o conceito de metadados traz consigo o objetivo de

normalização, necessidade já há muito enfatizada nas tradicionais publicações

impressas.

Vejamos agora este exemplo da consulta de um livro na base de dados do

sistema Pergamum de bibliotecas da UFPE que traz as descrições físicas de um

livro e o assunto (termos descritores) a ele relacionado:

Figura 1 – Exemplo de consulta a item bibliográfico no catálogo online Pergamum (UFPE) destacando os termos de indexação (assuntos) Fonte: www.biblioteca.ufpe.br/ (2013)

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Indexação, Resumo e Linguagem Documentária

Competência 01

A indexação como processo de análise documentária, que se orienta para a

definição de um assunto, começou a ser realizada a partir do aumento da

informação e da literatura técnico-científica do pós-guerra. O cenário das

mudanças tecnocientíficas que o mundo vivenciou no século XX trouxe o

surgimento da Documentação como área de conhecimento especializada a

criar mecanismos de controle bibliográfico, em especial para o tratamento

temático da informação que abrange a redação de resumos e a indexação.

(FUJITTA, 2003).

1.2 As etapas da Indexação

Caro (a) aluno (a), como você já percebeu, o processo de indexação consiste

na elaboração de termos que indicam o assunto do documento. Agora,

trataremos das fases desse processo. Indexar um assunto ocorre em duas

etapas básicas: 1. Análise conceitual e 2. Tradução (LANCASTER, 1993, p.8).

A primeira etapa, também conhecida como análise de assunto ou análise

documentária, remete o indexador ao assunto do livro, visando atender as

necessidades de informação de usuários especializados. Isso implica em

decisões por parte do indexador tanto sobre a cobertura do assunto tratado

(ou seja, a delimitação e profundidade de abrangência do assunto) quanto à

eficiência de sua representação (ou seja, quais informações do livro são de

fato relevantes e de interesse para um possível pesquisador que procura

determinado livro).

É preciso que o conceito representado pelo indexador tenha relevância para

um grupo de usuários, razão pela qual uma indexação exaustiva, isto é, aquela

extremamente detalhada e bem planejada, tem mais chances de despertar

interesse numa população de pesquisadores especializados sobre o assunto

que determinado livro da biblioteca possui. Por isso, a importância do

indexador ouvir o pesquisador, estudá-lo, saber de seus interesses de

pesquisa, tornando-se ele também um pesquisador!

ATENÇÃO!

A análise documentária é o

processo de identificação de

conceitos através de uma estratégia de leitura e exame do documento e

que serão abordados com

mais detalhes na segunda

competência deste curso.

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Técnico em Biblioteca

Competência 01

Analisar um assunto de uma obra é uma operação complexa que pode ir

desde a simples extração de termos a partir do documento (título, resumo,

trechos de capítulos), passando pela análise orientada para o conteúdo da

obra (ou seja, estabelecer assuntos que não são tão bem perceptíveis à

primeira vista), chegando até a uma análise mais precisa, orientada para a

perspectiva de quem poderia buscar o livro em questão, o que exige do

indexador a atenção ao representar o conhecimento por termos

criteriosamente escolhidos! Veja no quadro ao lado mais textos sobre a

indexação de conteúdos.

1.3 Noções Básicas de Análise Documentária e Vocabulário Controlado

Chamamos de análise documentária o processo analítico que envolve a

leitura do documento para fins de descrição e representação de conteúdos.

Tem como alvo a identificação e a seleção de conceitos por meio da leitura do

documento, conhecido também como “leitura técnica” ou “diagonal”, por se

direcionar à livre extração de conceitos no documento.

Nesse processo de seleção de conceitos, sob o aspecto da interpretação de

conteúdos de um documento, o indexador transforma-se em um leitor, uma

vez que "a análise orientada para o conteúdo pressupõe a explicitação do

significado do texto, uma situação que não se resolve sem que haja

compreensão de leitura." (FUJITA, 2003, p.81).

A segunda etapa da indexação, a “tradução”, implica na transformação ou

passagem da análise documentária em um conjunto de termos descritores, ou

termos de indexação. Para Guimarães (1990, p.114):

[...] a tradução dos conceitos selecionados para uma

linguagem artificial, chamada linguagem documentária

ou de indexação, visa ao controle do vocabulário e à

padronização da linguagem no processo de busca. Nessa

fase, o documentalista promove a representação dos

conceitos, extraído em linguagem natural para uma

CHAUMIER, J. Indexação: conceito,

etapas, instrumentos. Revista Brasileira de Biblioteconomia e

Documentação (São Paulo), v. 21, n.1/2, p. 63-79, jan./jun. 1988.

Disponível em: www.brapci.

ufpr.br/download.php? dd0=19202.

FUJITA, Mariângela

Spotti Lopes Fujita et al (Org.). A indexação de livros: a percepção

de catalogadores e usuários de bibliotecas

universitárias. Um estudo de observação

do contexto sociocognitivo com protocolos verbais. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.

Disponível em: www.esalq.usp.br/bib

lioteca /PDF/a_indexacao_de_livros_a_percepcao_de_catalogadores_e_usuarios_de_bibliotecas_universitarias.pdf .

SILVA, M. dos R.; FUJITA, M. S. L. A

prática de indexação: análise da evolução

de tendências teóricas e

metodológicas. Transformação,

Campinas, v.16, n.2, p.133-161, maio/ago., 2004. Disponível em:

http://periodicos.puc-ampinas.edu.br/seer /index.php/transinfo/

article/vie w/717

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Indexação, Resumo e Linguagem Documentária

Competência 01

linguagem padronizada, denominada instrumento de

indexação.

Mas o que seria esse vocabulário controlado? Bem, se cada indexador quiser

utilizar um termo pessoal que julgue adequado para representar um conceito

que o documento apresenta, teremos um problema de padronização da

terminologia utilizada, não acham?

Vejamos este artigo da área de geografia, que tem o seguinte título:

“Oscilação das chuvas na região Centro Oeste do Estado de Mato Grosso,

entre os anos de 1996 a 2001”. Ao ler o resumo, veremos que o artigo trata,

entre outras coisas, dos valores pluviométricos na porção Centro-Oeste do

Estado de Mato Grosso entre os anos de 1996 a 2001, identificando os

municípios que tiveram mais e menos acúmulos pluviométricos (SOUZA,

TOLEDO, TOPANOTTI, 2007).

A palavra “chuva” define bem o tema central do artigo. Porém, outro

indexador poderá utilizar termos mais característicos da área de estudos

socioambientais, a exemplo de “precipitação pluviométrica”, “pluviosidade”

ou mesmo “precipitação atmosférica”. Esses termos constitutivos da área da

Geografia compõem uma lista de termos, digamos assim, “autorizados” para

representar a ideia ou conceito de “chuva”.

Essa lista atribui que o descritor “chuva” deve ser indexada por um desses

termos que mostramos acima, pois é a política de indexação da instituição

que o indexador trabalha. O local “Centro-Oeste do Estado de Mato Grosso”

também é importante que seja indexado, pois restringe o documento a um

estudo de caso específico àquela região, podendo ser representado assim:

MEIO AMBIENTE

RECURSOS HÍDRICOS

METEOROLOGIA – REGIÃO CENTRO OESTE, 1996-2001

PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA

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Técnico em Biblioteca

Competência 01

Caro (a) aluno (a), observe que os termos são dispostos do geral até o mais

específico. Os assuntos do exemplo acima foram expressos através da

combinação de termos, formando o que chamamos de cabeçalhos de assunto.

Há uma relação entre as classes, formando uma estrutura hierárquica dos

termos da área que sobem ou descem nessa estrutura.

Ex.: “Oscilação das chuvas na porção centro oeste do estado de Mato Grosso

entre os anos de 1996 a 2001”:

A lista de termos autorizados para representar o conteúdo de um documento

é chamada de vocabulário controlado e inclui na sua constituição uma

estrutura semântica das palavras que guiam o indexador na indexação de um

documento. Segundo Lancaster (1993, p.14) essa estrutura destina-se para:

Controlar sinônimos, optando por uma única forma padronizada, como

remissivas de todas as outras;

Diferenciar homógrafos. Por exemplo, PERU (PAÍS) é um termo bastante

diferente de PERU (AVE);

Reunir ou ligar termos cujos significados apresentem uma relação mais

estreita entre si. Dois tipos de relações são identificados explicitamente: as

hierárquicas e as não hierárquicas (ou associativas). Por exemplo, o termo

MULHERES OPERÁRIAS relaciona-se hierarquicamente com MULHERES (como

uma espécie deste termo) e com DONAS DE CASA (também uma espécie do

termo MULHERES), bem como está associado a outros termos, como

EMPREGO ou FAMÍLIAS SEM UM DOS PAIS, que aparecem em hierarquias

bem diferentes.

Existem listas de controle terminológico específicas para cada área do

conhecimento. Essas listas de termos são utilizadas na “tradução da

linguagem natural dos documentos, dos indexadores ou dos usuários para

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Indexação, Resumo e Linguagem Documentária

Competência 01

uma linguagem do sistema” que a biblioteca utiliza com a especificidade tão

necessária que se deseja, e que irá permitir a recuperação da informação com

mais precisão. (CAMPOS, GOMES, 2006, p.351). A essas listas de vocabulários

controlados pertencem às classificações bibliográficas, as listas de cabeçalhos

de assuntos e o instrumento mais completo de todos, o tesauro. Para

Cavalcanti (1978, p.27), o tesauro:

[...] é uma lista estruturada de termos associada

empregada por analistas de informação e indexadores,

para descrever um documento com a desejada

especificidade, em nível de entrada, e para permitir aos

pesquisadores a recuperação da informação que

procura.

A UNESCO através do programa UNISIST, definiu o tesauro pela estrutura (um

vocabulário controlado de termos relacionados semântica e genericamente) e

pela sua de controle terminológico usado na tradução de uma linguagem

natural para uma linguagem artificial aplicada no sistema da biblioteca. Para

Gomes (1996), o tesauro é um conjunto de termos semântica e

genericamente relacionados, cobrindo uma área específica do conhecimento.

Os tesauros, portanto, são um tipo de linguagem documentária utilizada por

bibliotecários como instrumentos de recuperação da informação. Eles

descrevem um documento com a especificidade necessária, trabalhando

termos conceituados e relacionados através de uma terminologia estruturada

em hierarquia de assuntos e relações associativas.

Em virtude da especificidade de seu funcionamento e elaboração, que

abrangem as relações conceituais entre os descritores e conceitos, bem como

as relações hierárquicas, partitivas, associativas e de equivalência entre os

descritores, não entraremos em maiores detalhes sobre a elaboração de um

tesauro. É um trabalho que envolve o domínio da área de conhecimento que

se deseja explorar, ficando a cargo de sua produção os bibliotecários e

profissionais da linguagem.

O termo TESAURO vem do latim

thesaurus e significa ‘tesouro’. Aparece pela primeira vez

como título de um dicionário analógico

intitulado "Thesaurus of

English words and phrases”, de autoria

do médico e lexicógrafo britânico

Peter Mark Roget, publicado em 1852. Nesse dicionário, as

palavras foram agrupadas em uma

ordem em que priorizavam as ideias

que exprimiam. A busca de um termo

ocorria por meio das ideias e expressões

que o descritor poderia significar (DODEBEI, 2002).

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Técnico em Biblioteca

Competência 01

1.4 Políticas de Indexação

A indexação é influenciada pelas decisões tomadas pela direção da biblioteca

no que se refere à exaustividade da indexação, ou seja, a quantidade de

termos atribuídos ao documento. Esse número de termos abrange o conteúdo

temático do documento da forma mais ampla possível, o que possibilita

recuperar diferentes pontos de vista dele, as facetas e outros possíveis pontos

de acesso ao documento por parte dos usuários. Por outro lado, a indexação

seletiva abrange somente o conteúdo principal do documento (LANCASTER,

1993).

Caro (a) aluno (a), talvez você possa se perguntar agora: qual desses modelos

de indexação adotar? Isso depende da política de indexação da instituição a

que o indexador está vinculado.

Geralmente, as bibliotecas especializadas (a exemplo das universitárias, das

instituições privadas) tendem a utilizar uma indexação exaustiva em virtude

das necessidades de informação do seu público, que exige buscas mais

completas sobre um tema, pois demandam buscas altamente especializadas.

Por outro lado, em uma biblioteca pública, pelo fato do grande número de

documentos e da diversidade de temas que o acervo possui, a política de

indexação pode variar privilegiando os assuntos de maior interesse dos

usuários que geralmente não são de áreas especializadas. Por exemplo, o

indexador pode indexar apenas os assuntos de maior interesse, a exemplo dos

cadernos de jornais locais (esportes, cotidiano, artesanato, política, etc.), ou

ainda, os assuntos referentes à literatura, ciência, tecnologia, artes, lazer, etc.,

especificando a indexação conforme a necessidade.

A quantidade de termos indexados reflete os assuntos de maior interesse da

biblioteca. Assim, a política de indexação interfere diretamente no

desempenho do sistema de recuperação da informação pela especificidade ou

generalidade pela qual os documentos são indexados. Ex.: Para um livro que

trate do “estudo de manuscritos medievais”, convém indexar pelo termo mais

SAIBA MAIS!

Veja aqui mais textos sobre os

tesauros:

MOREIRA, Manoel Palhares; MOURA, Maria Aparecida.

Construindo tesauros a partir de tesauros existentes: a experiência do TCI - Tesauro em Ciência

da Informação. DataGramaZero:

Revista de Ciência da Informação, v.7 n.4,

ago. 2006. Disponível em:

www.dgz.org.br/ago06/Art_01.htm.

DODEBEI, Vera Lúcia

Doyle. Tesauro: linguagem de

representação da memória

documentária. São Paulo: Intertexto e Interciência, 2002.

LANCASTER, F.W.

Construção e uso de tesauros: curso

condensado. Trad. César Almeida de

Meneses Silva. Brasília: IBICT, 1987.

Conheça a estrutura

do Tesauro da UNESCO

disponibilizado em base de dados

eletrônica, acessando o link:

http://databases.unesco.org/thesaurus/

.

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Indexação, Resumo e Linguagem Documentária

Competência 01

abrangente: PALEOGRAFIA, ao invés de utilizar termos separados como

“estudo”, “manuscritos”, “idade média” e “incunábulo”. Outro exemplo: ao

lidar com um documento cujo assunto trate de turismo ecológico, adota-se

especificamente o termo ECOTURISMO em vez de simplesmente utilizar o

descritor “turismo”.

1.5 Fatores de Revocação e Precisão

Ao realizarmos uma consulta a uma base de dados ou catálogo de uma

biblioteca, o que se espera é que encontremos documentos “úteis” à nossa

pesquisa, ou seja, documentos que atendam as nossas expectativas e

necessidades de informação. Para isso, é desejável que um sistema de

recuperação da informação (a exemplo do Google) evite recuperar

documentos “inúteis” e vá direto àquilo que nos interessa, poupando o tempo

do usuário no processo de procura dos assuntos. Vejamos este exemplo da

busca do termo “coração” no buscador Google:

Figura 2 – Exemplo de consulta ao Google Fonte: www.google.com.br (2013)

SAIBA MAIS!

RUBI, Milena Polsinelli. Os

princípios da política de indexação na

análise de assunto para catalogação:

especificidade, exaustividade,

revocação e precisão na perspectiva dos

catalogadores e usuários. In: FUJITA,

Mariângela Spotti Lopes et al (Org.). A indexação de livros:

a percepção de catalogadores e

usuários de bibliotecas

universitárias. Um estudo de

observação do contexto

sociocognitivo com protocolos verbais. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. Disponível em:<

www.esalq.usp.br/biblioteca/PDF/a_indexacao_de_livros_a_percepcao_de_catalogadores_e_usuarios_de_bibliotecas_uni

versitarias.pdf>.

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Técnico em Biblioteca

Competência 01

Observe que o termo “coração” possui vários contextos, usos e sentidos de

aplicação: temos aqui desde indicações sobre o órgão do sistema

cardiovascular, passando por tratamento médico, hospitais, até título de

novelas televisivas.

Desse modo, percebemos que dos aproximadamente 105.000.000 de

documentos recuperados pelo Google que contém a palavra “coração”,

indexada como conteúdo, nem todos os itens apresentados como resposta à

busca tratam do mesmo assunto.

Se desejarmos encontrar informações do termo “coração” na conotação de

tratamento cardíaco, é certo que o número de documentos que tratam

especificamente desse assunto será menor do que o número total

apresentado na recuperação dos documentos.

O problema de recuperação da informação está sempre ligado a questões

como “relevância” e “pertinência”: são termos que representam índices de

medidas na avaliação da eficiência de um Sistema de Recuperação da

Informação (S.R.I.). Ou seja, a capacidade que motores de busca como o

Google têm de recuperar informações relevantes à nossa pesquisa, deixando

de lado documentos ou itens mais genéricos ou irrelevantes às questões que

formulamos na busca utilizando um S.R.I.

Na biblioteconomia, existem dois termos que atuam como “termômetro” de

eficiência das políticas de indexação e dos produtos gerados pelo trabalho do

indexador, a exemplo dos catálogos, e das bases de dados. São eles: o

coeficiente de revocação e o coeficiente de precisão.

A relação entre o total de documentos “úteis” ou relevantes recuperados e o

total de documentos que um sistema de busca contém é chamada de

coeficiente de precisão. O índice que expressa a extensão com que todos os

documentos ou itens “úteis” são encontrados, chama-se coeficiente de

revocação. (LANCASTER, 1993, p.4). Tanto a revocação quanto a precisão são

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17

Indexação, Resumo e Linguagem Documentária

Competência 01

conduzidos pelos graus de exaustividade e especificidade da indexação. Como

já visto anteriormente, a exaustividade trata da extensão com que um

documento é indexado e a quantidade de termos a ele atribuídos como

representação.

A especificidade trata da coerência dos termos indexados à linguagem da área

de conhecimento de que o documento trata e que deve ser utilizada no

sistema de informação da biblioteca. Termos estes retirados de um

vocabulário controlado, a exemplo do que foi mostrado, o tesauro. A

especificidade, portanto, é a linguagem de indexação que se utiliza na

elaboração dos índices.

As bibliotecas públicas, por exemplo, por conta da natureza do acervo que

possuem, podem indexar seus livros de uma maneira mais geral, o que

implicaria em uma baixa precisão dos assuntos indexados, pois pela política

de indexação deste tipo de biblioteca, os assuntos seriam tratados de modo

mais geral e superficial. O que não é algo negativo, pois a indexação em

profundidade não é o objetivo de uma biblioteca pública tendo em vista o

perfil do público que a frequenta.

Se por um lado os assuntos de um livro na biblioteca pública são indexados

sem muita profundidade (ou seja, com baixa exaustividade) o índice de

revocação do sistema será baixo, mas toda coleção dos documentos

encontrados na busca serão importantes (ou relevantes) para o assunto que o

usuário procura, portanto, um alto grau de precisão (LANCASTER, 1993).

Caro (a) aluno (a), vamos conhecer agora um pouco sobre a preparação de

resumos. O que é um resumo? Os documentalistas costumam conceituá-lo

como uma apresentação ou representação breves das ideias de um

documento, destacando seus pontos relevantes de forma sintética, clara e

objetiva.

ATENÇÃO!

É necessário bom

senso na avaliação

dos dados de

revocação e

precisão!

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18

Técnico em Biblioteca

Competência 01

1.6 Preparação de Resumos

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) na Norma Brasileira (NBR)

6028 de 2003 (Informação e documentação - Resumo – Apresentação) orienta

que todo resumo deverá trazer o objetivo, método, resultado e conclusões de

um documento em que “a ordem e extensão destes itens dependem do tipo

de resumo (informativo ou indicativo) e do tratamento que cada item recebe

no documento original”. (ABNT 6028, 2003, p.2).

Como você, aluno (a), deve perceber, há tipos de resumos que orientam para

uma determinada abordagem e/ou enfoque que se queira dar ao documento,

representando-o por meio de uma narrativa textual. Vamos ver quais são

esses tipos de resumo?

Resumo Crítico: emitem um juízo crítico (opiniões, análises) sobre um

assunto de que trata o documento. É também conhecido como “recensão”.

Resumo Informativo: são resumos que oferecem ao leitor informações de

natureza qualitativa do documento, como o método utilizado na pesquisa, os

resultados e conclusões, havendo muitas vezes a dispensa de consultar o

documento original, pois todos os dados necessários para o leitor estão ali

representados. É o tipo de resumo utilizado nas teses e dissertações

acadêmicas.

Resumo Indicativo: trata de pontos gerais do documento, não

apresentando informações mais detalhadas. Serve como uma “chamada” ao

leitor, encaminhando-o à leitura integral do texto original.

Como preparar um resumo de maneira correta e orientada segundo a norma

brasileira de documentação e informação? Bem, comecemos com os aspectos

relacionados à redação de um bom resumo. Primeiramente, ele deve trazer o

objetivo do documento. Nessa etapa inicial, o objetivo deve descrever o

motivo pelo qual o trabalho foi elaborado, a problemática proposta e o objeto

ATENÇÃO!

Os resumos tratam da composição do

texto do documento e não da enumeração de tópicos! Deve ser

redigido na terceira pessoa do singular, verbo na voz ativa (ex.: “trata de...”,

“aborda...”, “discute...”) redigido em

parágrafo único, evitando o uso de

citações bibliográficas,

fórmulas, equações,

diagramas e símbolos, conforme as recomendações

da NBR 6028 (2003).

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19

Indexação, Resumo e Linguagem Documentária

Competência 01

de estudo trazido à discussão.

Em segundo lugar, temos o método que descreve as técnicas utilizadas para

resolução do problema ou abordagem do tema, indicando a ordem das

operações, o passo a passo realizado na pesquisa, de forma concisa e objetiva.

Os resultados são descritos de maneira sucinta, destacando-se as descobertas

mais significativas a que o autor chegou bem como possíveis contestações a

teorias de outros autores.

As conclusões descrevem as implicações dos resultados sobre o objetivo do

trabalho, trazendo contribuições do autor à área do conhecimento em que

atua: são recomendações, sugestões, avaliações e novas relações

estabelecidas. A redação de um bom resumo prima pela clareza, pela

retenção da informação básica e o tema original.

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20

Técnico em Biblioteca

Competência 02

2.COMPETÊNCIA 02 | COMPREENDER E SABER APLICAR OS TIPOS

DE INDEXAÇÃO (PRÉ E PÓS- COORDENADA), E O PROCESSO DE

IDENTIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS PARA DETERMINAÇÃO DO

ASSUNTO E SELEÇÃO DOS TERMOS

Prezado (a) aluno (a), nesta segunda e última competência, aprenderemos

sobre os tipos de indexação existentes, além de detalharmos o processo de

análise de assuntos através da identificação/seleção/extração de termos do

documento para fins de indexação.

2.1 Tipos de Sistema de Indexação

Sabemos que os assuntos dos documentos são complexos e se desdobram em

diversos conceitos. Em razão disto, o uso de unitermos (ou seja, de palavras-

chave simples) não é, muitas vezes, suficiente para descrever e representar os

assuntos. Se retomarmos o exemplo do artigo “Oscilação das chuvas na região

Centro Oeste do Estado de Mato Grosso, entre os anos de 1996 a 2001”,

elencamos os seguintes termos de indexação:

MEIO AMBIENTE

RECURSOS HÍDRICOS

METEOROLOGIA – REGIÃO CENTRO OESTE, 1996-2001

PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA

Esses termos representam uma rede de relações sobre o assunto central do

artigo. Para que esse documento seja recuperado em um sistema de

informação, a busca deverá contemplar qualquer um dos termos

isoladamente ou uma combinação deles, podendo ser feito com todos juntos

ou com dois, três, quatro termos. Segundo Lancaster (1993, p.31) um sistema

de informação que permita realizar uma busca numa base de dados através

da combinação de termos de maneira aleatória é chamado de pós-

coordenado.

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Indexação, Resumo e Linguagem Documentária

Competência 02

No sistema de indexação pós-coordenado, a combinação dos termos

descritores é feita na etapa da saída, isto é, no momento em que o usuário faz

a busca no sistema, ocasião em que ocorre a recuperação da informação. O

sistema pós-coordenado significa que os termos descritores são relacionados

entre si no ato da busca (saída) pelo usuário ao consultar uma base de dados.

Para quaisquer termos que solicitemos ao sistema, a base de dados irá

relacioná-los uns com os outros, com todos os termos em igual peso, onde um

termo jamais se sobrepõe ao outro. Assim, no sistema de indexação pós-

coordenado “preserva-se a multidimensionalidade das relações entre os

termos” (LANCASTER, 1993, p.33). Além disso, no sistema pós-coordenado,

todos os termos geram pontos de acesso, havendo grande flexibilidade na

indexação.

Vejamos este exemplo em que realizamos uma formulação de questão na

base de dados Pergamum da UFPE pela combinação dos termos “TEORIA”+

“CONHECIMENTO”+ “POPPER”:

Figura 3 – Combinação de termos pós-coordenados em consulta à base de dados eletrônica Fonte: www.biblioteca.ufpe.br/pergamum/biblioteca (2013)

No sistema de indexação pós-coordenado, utiliza-se operadores booleanos E,

OU, NÃO para formar um enunciado de indexação. No nosso caso, a

formulação da busca contemplou a lógica “TEORIA” + “CONHECIMENTO” +

“POPPER”. Nos índices pós-coordenados, o usuário tem autonomia para

construir sua questão ou formulação no sistema de dados ao combinar

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22

Técnico em Biblioteca

Competência 02

livremente os termos descritores entre si. Portanto, ocorre uma coordenação

de conceitos ou termos manipulados pelo usuário.

Por outro lado, em uma base de dados impressa em que os termos de

indexação são registrados em papel ou em fichas catalográficas tradicionais, a

combinação dos termos de descritores é feita no momento da indexação ou

catalogação (ou seja, na entrada do assunto no sistema). Trata-se do sistema

de indexação pré-coordenado. As vantagens apontadas por especialistas

nesse tipo de sistema é a maior precisão na recuperação da informação e a

determinação de pontos de acesso. Entretanto, apresentam pouca

flexibilidade na indexação e menor revocação, sendo difíceis de atualizar

(imagine ter de modificar centenas de fichas impressas!). Outro problema é a

necessidade de se criar várias remissivas e entradas para relacionar os

conceitos e assuntos entre si, de modo a gerar novas possibilidades de

relacionar conceitos.

Nos sistemas pré-coordenados, os termos combinados identificam

documentos específicos, o que é interessante para assuntos compostos, a

exemplo de “efeito cascata”, cujos termos se combinam em um só. Exemplos

de linguagens pré-coordenadas são as classificações bibliográficas e as listas

de cabeçalhos de assunto.

2.2 Análise de Assunto

A análise documentária ou de assunto é a prática que antecede a tradução de

conceitos extraídos do documento em uma terminologia controlada para fins

de indexação. De maneira muito sucinta: trata-se do entendimento do

assunto ou de que trata o documento selecionado. Tem como alvo a

identificação e a seleção de conceitos por meio da leitura do documento em

mãos.

O processo de análise e síntese do conteúdo de um texto comporta a

condensação do assunto por meio de um conjunto de termos eleitos que,

ATENÇÃO!

Operadores Booleanos são termos lógicos (“AND”, “OR”,

“NOT” – “E”, “OU”, “NÃO”,

respectivamente) que definem para

um S.R.I como deverá ser feita a combinação de

termos ou expressões numa

pesquisa, podendo ser utilizados em

busca mais complexas,

contendo mais de duas palavras. O

sistema de indexação pós-

coordenado é típico de bibliotecas

automatizadas, com sistemas

computadorizados online.

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Indexação, Resumo e Linguagem Documentária

Competência 02

amparados por uma linguagem de indexação, torna possível a produção de

índices e resumos, representando o documento ao final. Trata-se, portanto,

de um processo de natureza analítico-sintética.

Caro (a) aluno (a), é importante frisar que na análise de assunto a leitura é a

etapa mais importante, pois é o que identifica o tema do documento. Caso

seja feita de forma precária, a tradução dos termos selecionados da leitura

não terá êxito, prejudicando a representação do documento.

Identificar conceitos implica no livre exame do documento. Não é tarefa fácil,

tendo em vista a especificidade e a linguagem empregadas. Fujita (2003)

esclarece a análise de assunto na busca da temacidade e das concepções

alusivas ao teor documental.

Na vasta literatura direcionada ao tema são deferidas duas etapas

fundamentais no processo de análise documentária: 1- a análise e

identificação dos conceitos alusivos à natureza do documento e 2- a síntese e

condensação dos assuntos, desdobrando-se na indexação e no controle

terminológico, finalizando a representação temática do documento, ou seja,

do assunto que ele, o documento, trata.

A identificação de conceitos durante a leitura do documento é o objetivo da

indexação, pois traduz a representação do universo conceitual do texto

através de conceitos retirados do documento. No processo de indexação, a

determinação do assunto se dá pela compreensão do conteúdo do

documento, identificando nele quais os conceitos que melhor podem

representá-lo, finalizando na seleção de conceitos adequados para a sua

recuperação.

Para Fujita (2003) a identificação de conceitos obedece a critérios lógicos de

estruturação da área de cobertura do documento como, por exemplo, o tema

do documento e as partes que o constituem (capítulos). Os conceitos alusivos

ao documento podem estar sinalizados pelo título, resumo, sumário, etc.

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Técnico em Biblioteca

Competência 02

figurando uma abordagem sistemática para identificar conceitos essenciais do

assunto. Fujita (2003) orienta que a identificação e seleção de conceitos são

mais bem representadas numa concepção orientada para o conteúdo (que

exige uma formação intelectual do indexador) e para a demanda do público

ao qual o trabalho de indexação se destina.

Para isso, a compreensão do texto é fundamental pelo indexador, no sentido

de que os diversos contextos psicológicos, cognitivos, físicos e sociais

constroem interfaces entre o leitor e o texto, interferindo diretamente no

trabalho de indexação, processo este de compreensão que se dá também

pelas relações do texto com a bagagem de conhecimentos adquiridos do

leitor.

Na análise de assuntos, o ideal para qualquer indexador é fazer uma leitura

integral do texto, de modo a extrair a essência do conteúdo. Entretanto, essa

leitura se torna muitas vezes inviável pelo pouco tempo que o profissional

dispõe para realizar essa operação, além das bibliotecas possuírem poucos

bibliotecários. Desse modo, o indexador poderá adotar uma metodologia

sistemática em seu processo de leitura técnica do documento.

E o que seria esta leitura sistemática? Para Dias e Naves (2007,) certas partes

do documento indicam o assunto e os objetivos de sua comunicação,

constando essas informações através do título, resumo, introdução,

apresentação, seções, bibliografia, etc. Essa leitura rápida e estratégica se

direciona a certas partes do texto onde a informação temática comumente

aparece ao leitor.

Passado o processo de leitura técnica na análise de assuntos, temos a

extração de conceitos para a representação de conteúdos (DIAS, NAVES,

2007). Extrair conceitos de um documento caracteriza um assunto que é a

essência do tema abordado na obra, embora saibamos que até mesmo o

conceito de “assunto” seja algo de difícil identificação, tendo em vista a

subjetividade e a percepção individual de cada indexador ao interpretar o

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Indexação, Resumo e Linguagem Documentária

Competência 02

texto que tem em mãos.

A identificação de conceitos representativos quanto ao tema vem logo após a

leitura técnica por parte dos catalogadores e indexadores surgindo, com

efeito, em conteúdos implícitos ou explícitos nos documentos (DIAS, NAVES,

2007). A identificação de um conceito está relacionada à exaustividade que é

a “capacidade do sistema de indexar o documento em profundidade, ou seja,

além do assunto principal, são indexados também os assuntos secundários”

(NAVES, 2004, p.9) e a seletividade (seleção de conceitos que representem

informações de interesse dos usuários) (CHAUMIER, 1988).

Uma vez que se tenham extraído os conceitos do documento, segue-se à

seleção daqueles que de fato sintetizam o assunto, chegando, enfim, à fase

final da análise documentária, que é a determinação da atinência, termo

traduzido do inglês aboutness e que expressa a temacidade e o significado dos

enunciados de um documento que se apresenta relevante para um usuário.

Nessa fase, atenta-se para o modo como a linguagem é utilizada na descrição

do documento para a posterior recuperação da informação.

A atinência trata-se de um processo linguístico, uma vez que a linguagem

empregada pelo documento traz significados específicos para diferentes

usuários. Para Dias e Naves (2007), a atinência finaliza-se com a construção de

frases de indexação pelo indexador (mesmo que elaboradas em linguagem

natural, pois serão em seguida traduzidas para uma linguagem de indexação

através de uma LD, conforme visto anteriormente). Este é o momento em que

se chega ao resultado final de que trata o assunto do documento.

SAIBA MAIS!

Veja aqui mais textos sobre análise

de assunto DIAS, Eduardo Wense, NAVES,

Madalena Martins Lopes. Análise de assunto: teoria e prática. Brasília: Thesaurus, 2007. GUIMARÃES, José Augusto Chaves, SALES, Rodrigo.

Análise documental:

concepções do universo acadêmico

brasileiro em Ciência da

Informação. DataGramaZero:

Revista de Ciência da Informação,

v.11, n.1, fev. 2010. Disponível em:

www.dgz.org.br/fev10/Art_02.htm.

FUJITA, Mariângela Spotti Lopes. A identificação de

conceitos no processo de análise

de assunto para indexação. Revista

Digital de Biblioteconomia e

Ciência da Informação,

Campinas, v.1, n.1, p. 60-90, jul./dez. 2003. Disponível

em:www.sbu.unicamp.br/seer/ojs/index.php/rbci/article/

view/287

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Técnico em Biblioteca

CONCLUSÃO

Caro (a) aluno (a), chegando ao fim desta disciplina, esperamos ter suprido a

sua necessidade básica de conhecimento a respeito da indexação de

conteúdos que você precisa ter para desenvolver as atividades no dia a dia de

uma biblioteca. Encorajamos a você que leia os textos de apoio sugeridos no

ambiente virtual, além das dicas de leitura neste caderno, principalmente, aos

interessados em saber mais dos processos de organização e recuperação da

informação nos ambientes digitais, algo tão presente em nossa cyber

realidade!

Durante este Módulo de Tratamento da Informação, estudamos algumas

disciplinas essenciais para os trabalhos técnicos de organização e

representação da informação, a exemplo da descrição física e temática da

informação, representada pela catalogação e classificação.

Em nossa breve jornada nesta disciplina, estudamos a indexação e análise de

assunto como processo cognitivo de seletividade informacional para

identificar e selecionar conceitos que representam a essência de um

documento tendo como foco, a necessidade de informação do usuário. Afinal,

a indexação é o que possibilita a pesquisa eficaz da informação em todas as

possibilidades e contextos de criação e uso da informação pelo nosso usuário.

Portanto, para se recuperar uma informação é preciso que os processos aqui

abordados sejam bem trabalhados por você para melhor organização da

informação e a sua posterior recuperação. Cabe a você, futuro técnico em

Biblioteca, o desenvolvimento de uma indexação de qualidade, como

também, o constante aprimoramento de competências e domínios da

linguagem para uma boa redação de resumos dos conteúdos de informação

que permita ao seu cliente (usuário) o acesso ao documento de que de ele

necessita.

Como você percebeu nesta disciplina, uma das grandes dificuldades na

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Indexação, Resumo e Linguagem Documentária

representação de assuntos está na linguagem e no domínio de conhecimento

que um documento contém. Algo que exige o aprimoramento intelectivo do

profissional da informação no tratamento da informação por meio de

constante leitura e prática. Lembre-se: Indexar e classificar um documento

exige cultura geral e uma boa dose de curiosidade e vontade de pesquisa!

Consideramos essencial a sensibilidade do leitor-indexador no trato com a

informação documentária. Interagir com as diversas formas de comunicação

da informação nas variedades de suportes e estruturas, tais como e-books,

Blu-ray Disc, e-mails, documentos, mídias sociais, mensagens de dispositivos

móveis, aplicativos em nuvens e toda sorte de informação nos ambientes

digitais exigirá referenciais criativos e postura interdisciplinar do bibliotecário

com os sistemas de informações tecnologizados que manipulam grande

quantidade de informação.

Nas atuais competências desenvolvidas pelo profissional em Biblioteconomia,

há uma necessidade de considerar a interatividade tecnocientífica aberta ao

pensamento estético. Uma postura sensível que se estende ao

aprimoramento intelectivo dos bibliotecários para além da ênfase no aspecto

técnico, capacitando-o às transformações do contexto científico, humano e

organizacional.

Para além dos processos técnicos da catalogação e indexação, as novas

exigências intelectivas impactadas pelas tecnologias da informação delineiam

novas formas de pensar o tratamento documental. A palavra de ordem na

Biblioteconomia é mobilização. É abraçar os desafios que creditam um novo

alcance cognitivo em nosso trabalho. Portanto, de uma forte implicação

subjetiva para o profissional da informação, tão impactado pelas realidades

simbólicas das tecnologias. Não basta que hoje nos identifiquemos a uma

profissão, é doravante necessário o engajamento pessoal e profissional ao

lidar com a pluralidade das formas de informação e conhecimento.

Um grande abraço, até a próxim@!

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Técnico em Biblioteca

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6034: informação e

documentação: índice: apresentação. Rio de Janeiro, 2004.

______. NBR 6028: informação e documentação: resumo: apresentação. Rio

de Janeiro, 2003.

CAMPOS, Maria Luiza Almeida, GOMES, Hagar Espanha. Metodologia de

elaboração de tesauro conceitual: a categorização como princípio norteador.

Belo Horizonte, Perspect. ciênc. inf. vol.11, n.3, set./dez. 2006. Disponível em:

www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-9362006000300005&script=sci_arttext

CAVALCANTI, C. R. Indexação e tesauro: metodologia e técnica, Brasília,

ABDF, 1978.

CHAUMIER, J. Indexação: conceito, etapas, instrumentos. Revista Brasileira de

Biblioteconomia e Documentação (São Paulo), v. 21, n.1/2, p. 63-79, jan./jun.

1988. Disponível em: www.brapci.ufpr.br/download.php?dd0=19202.

DIAS, Eduardo Wense., NAVES, Madalena Martins Lopes. Análise de assunto:

teoria e prática. Brasília: Thesaurus, 2007.

DODEBEI, Vera Lúcia Doyle. Tesauro: linguagem de representação da memória

documentária. São Paulo: Intertexto e Interciência, 2002.

FUJITA, Mariângela Spotti Lopes. A identificação de conceitos no processo de

análise de assunto para indexação. Revista Digital de Biblioteconomia e

Ciência da Informação, Campinas, v.1, n.1, p. 60-90, jul./dez. 2003. Disponível

em: www.sbu.unicamp.br/seer/ojs/index.php/rbci/article/view/287

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Indexação, Resumo e Linguagem Documentária

GOOGLE BRASIL. Figura 2 – Exemplo de consulta ao Google. Disponível em:

www.google.com.br/#hl=pt&site=&source=hp&q=cora%C3%A7%C3%A3o&oq

=cora%C3%A7%C3%A3o&gs_l=hp.3...1039.3889.0.4001.0.0.0.0.0.0.0.0..0.0...0

.0...1c.1.5.hp.neg8kLFlc8s&bav=on.2,or.&bvm=bv.43287494,d.eWU&fp=6076

81b04f00c329&biw=1366&bih=600. Acesso em: fev. 2013.

GUIMARÃES, José Augusto Chaves. Recuperação temática da informação. R.

Bras. Biblioteconomia e Doc., São Paulo, 23 (1/4): 112-130, jan./dez. 1990.

LANCASTER, F.W. Indexação e resumos: teoria e prática. Brasília: Briquet de

Lemos, 1993.

SISTEMA DE BIBLIOTECAS UFPE. REDE PERGAMUM. Figura 1 – Exemplo de

consulta a item bibliográfico no catálogo online Pergamum (UFPE) destacando

os termos de indexação (assuntos). Disponível em: www.biblioteca.ufpe.br

/pergamum/biblioteca/index.php?resolution2=1024_1#posicao_dados_acerv

o. Acesso em: fev. 2013.

SISTEMA DE BIBLIOTECAS UFPE. REDE PERGAMUM. Figura 3 - Combinação de

termos pós-coordenados em consulta à base de dados eletrônica. Disponível

em:www.biblioteca.ufpe.br/pergamum/biblioteca/index.php?resolution2 =10

24_1#posicao_dados_acervo>. Acesso em: fev. 2013.

SOUSA, Romário Rosa de. TOLEDO, Luiz Gonzaga., TOPANOTTI, Doroty

Queiroz. Oscilação das chuvas na região Centro Oeste do Estado de Mato

Grosso, entre os anos de 1996 a 2001. Boletim Goiano de Geografia, Goiânia

– Goiás, v. 27 n. 3 p. 71-89 jul./dez. 2007. Disponível em:

www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=web&cd=1&

ved=0CCsQFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.revistas.ufg.br%2Findex.php%2Fb

gg%2Fa>rticle%2Fdownload%2F3963%2F3592&ei=df02UdmWJZKO8wSqtIEg&

usg=AFQjCNG6dtPAnrauKpJd6kbGcQOTx9eMiA&sig2=f71Mj18gQ7dTdH88Ca

NokA>

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Técnico em Biblioteca

MINICURRÍCULO

Hugo Carlos Cavalcanti

Mestre em Ciência da Informação (UFPE, 2013). Bacharel em Biblioteconomia

(UFPE). Desenvolve investigação em linha de pesquisa Memória da

Informação Científica e Tecnológica quanto aos processos genéticos de

informações estético-cognitivas nas artes originadas de suportes

documentais, visando ampliar as possibilidades do uso social da informação.

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