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Independência do Brasil CAP. 18 – PÁG. 212 2º ano História Prof.ª. Marília Pimentel

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Page 1: Independência do brasil

Independência do Brasil

CAP. 18 – PÁG. 212

2º ano História Prof.ª. Marília Pimentel

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Quantos significados tem a palavra independência para um país?

Podemos falar em independência econômica e independência política como coisas diferentes?

Quando o Brasil conquistou sua soberania política no dia 07 de setembro de 1822, conquistou também sua independência econômica?

Será que hoje podemos nos considerar verdadeiramente independentes?

Independência!

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Transformações que estimularam crises no sistema colonial na América

Século XVIII O pivô da crise do sistema colonial foi o

processo de industrialização iniciado na Inglaterra, desmontando a lógica da política mercantilista.

A expansão do capitalismo industrial, cujas exigências, como o livre mercado e a necessidade de mercado consumidor, iam contra as características da ordem colonial;

O desenvolvimento das colônias, que gerava conflitos entre a elite colonial e a metrópole.

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Sociedade colonial

Colonizadores : comerciantes de produtos

importados/tráfico negreiro; e os que ocupavam os altos cargos da administração

colonial – representavam, mais diretamente, os interesses do governo

português e sua política colonial.

Colonos: senhores de engenho, fazendeiros de

algodão/minas de ouro/diamante, traficantes de escravos – constituíam parte dos grupos dominantes da

colônia e se sentiam prejudicados pelas normas e pelo controle exercido pela

metrópole.

Colonizados: escravos africanos, indígenas, brancos

livres e pobres – correspondiam a mais de 80%

da população colonial, constituindo o grupo

socialmente mais oprimido.

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Para concentrar a mão de obra da colônia apenas na agricultura de exportação e na mineração, obrigando à importação, por meio do comércio metropolitano, de todos os produtos manufaturados usados pelos colonos.

Mas por que a metrópole portuguesa impedia o

desenvolvimento econômico da colônia, proibindo por exemplo, a instalação de

industrias no Brasil.

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REBELIÕES COLONIAIS

• Nativistas – objetivo: modificar aspectos da política na colônia, mas sem a determinação de separar a região rebelada. Entre as revoltas nativistas mais importantes estão: Revolta de Beckman (1684), da Guerra dos Mascates (1710) e da Revolta de Vila Rica1720).

• Separatistas ou Emancipacionistas – objetivo: romper com a dominação por parte da metrópole e estabelecer a independência política das regiões rebeladas. Exemplos: Conjuração Baiana (1798) e a Revolução Pernambucana (1817).

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• Causas: esgotamento do ouro, crise econômica, exploração abusiva de Portugal )impostos, derrama, proibição de produção de manufaturas na colônia – Alvará de D. Maria I ).• Penetração de ideais iluministas.• Líderes: elite mineira (Cláudio Manuel da Costa, Tomás

Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto, Joaquim José da Silva Xavier – o “Tiradentes”.• Objetivos: proclamação da República, fim do pacto

colonial, estímulo ao desenvolvimento de manufaturas, criação de uma universidade, bandeira com a inscrição “Libertas quae sera tamen” (Liberdade ainda que tardia).• Denunciada por Joaquim Silvério dos Reis.• Líderes presos e degredados para a África.• Tiradentes é enforcado e esquartejado (exemplo).

Conjuração Mineira (1789)

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• O que foi : - Também conhecida como Revolta dos Alfaiates, a Conjuração Baiana foi uma revolta social de caráter popular ocorrida na Bahia em 1798. Teve uma importante influência dos ideais da Revolução Francesa. Além de ser emancipacionista, defendeu importantes mudanças sociais e políticas na sociedade.

• Causas: - Insatisfação popular com o elevado preço cobrado pelos produtos essenciais e alimentos. Além disso, reclamavam da carência de determinados alimentos. - Forte insatisfação com o domínio de Portugal sobre o Brasil. O ideal de independência estava presente em vários setores da sociedade baiana.

Praça da Piedade em Salvador

Você sabia?- A Conjuração Baiana é também chamada de Revolta dos Alfaiates, pois muitos destes profissionais participaram do movimento.

Conjuração Baiana – Revolta dos Alfaiates - Revolta dos Búzios (1798)

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• Objetivos : - Defendiam a emancipação política do Brasil, ou seja, o fim do pacto colonial com Portugal; - Defendiam a implantação da República; - Liberdade comercial no mercado interno e também com o exterior; - Liberdade e igualdade entre as pessoas. Portanto eram favoráveis à abolição dos privilégios sociais e também da escravidão; - Aumento de salários para os soldados.

Conjuração Baiana – Revolta dos Alfaiates - Revolta dos Búzios (1798)

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• Líderes : - Um dos principais líderes foi o médico, político e filósofo baiano Cipriano Barata. - Outra importante liderança, que atuou muito na divulgação das ideias do movimento, foi o soldado Luís Gonzaga das Virgens. - Os alfaiates Manuel Faustino dos Santos Lira e João de Deus do Nascimento.

• Quem participou: - O movimento contou com a participação de pessoas pobres, letrados, padres, pequenos comerciantes, escravos e ex-escravos.

Conjuração Baiana – Revolta dos Alfaiates - Revolta dos Búzios (1798)

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• A Revolta : - A revolta estava marcada, porém um dos integrantes do movimento, o ferreiro José da Veiga, delatou o movimento para o governador, relatando o dia e a hora em que aconteceria. - O governo baiano organizou as forças militares para debelar o movimento antes que a revolta ocorresse. Vários revoltosos foram presos. Muitos foram expulsos do Brasil, porém quatro foram executados na Praça da Piedade em Salvador.

Conjuração Baiana – Revolta dos Alfaiates - Revolta dos Búzios (1798)

... depois do que lhes serão separadas as cabeças e os corpos, pelo levante projeto, pelos ditos réus, chefes, a fim de reduzirem o continente do Brasil a um Governo Democrático.

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Atividade nº 4

Somente respostas!

1. Pág. 214 (1 a 3);2. Pág. 218 (1 a 3);

COMPREENDENDO

2ºBIM.

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PÁG. 218

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ANTECEDENTES No final do séc. XIX, vários países europeus estavam sob a

dominação de Napoleão Bonaparte, Imperador da França. Napoleão, percebendo que não conseguiria dominar a

Inglaterra pela força militar, impôs o Bloqueio Continental.

Portugal tinha uma relação importante com o mercado inglês e, por isso, não poderia aderir ao bloqueio.

A corte portuguesa foge para o Brasil, sob a proteção da marinha inglesa.

D. João adotou diversas medidas que ajudaram no desenvolvimento do Brasil.

O iluminismo influenciou as revoltas que ocorreram no país, principalmente nas de caráter separatistas.

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D. JOÃO IV NO BRASIL Napoleão invade península ibérica (1807); 1808 - D. João e a família real fogem para o

Brasil (RJ)

D. JOÃO IV CARLOTA JOAQUINA

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ATITUDES DE D. JOÃO:

Abertura dos portos às nações amigas (encerrou o exclusivo comercial;

1810 – tratados de comércio com a Inglaterra: taxas de importação:

Portugal – 16% Inglaterra – 15% Outros países – 24% Permissão para a produção de manufaturas

(revogação do Alvará de D. Maria I – 1763 – frustrado pela concorrência inglesa);

Academia militar; Banco do Brasil; Imprensa Régia.

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D. JOÃO IV NO BRASILA elevação a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves deu ao Rio de Janeiro o mesmo status administrativo de Lisboa. A partir de 1815: colônia passou a ser sede administrativa e residência da família real.

Nada disso caracterizou uma independência por parte da América portuguesa. Laços com a metrópole permaneciam e a autonomia estava ameaçada pelos objetivos das Cortes lisboetas.

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Revolução Pernambucana (1817)

• O que foi: - A Revolução Pernambucana foi um movimento social (revolta) de caráter emancipacionista ocorrido em Pernambuco no ano de 1817. - É considerado um dos mais importantes movimentos de caráter revolucionário do período colonial brasileiro.

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Revolução Pernambucana (1817)

Causas: - Insatisfação popular com a chegada e funcionamento da corte portuguesa no Brasil, desde o ano de 1808. O questionamento maior era com relação a grande quantidade de portugueses nos cargos públicos;- Insatisfação com impostos e tributos criados no Brasil por D. João VI a partir da chegada da corte portuguesa ao Brasil; - Influência dos ideais iluministas, principalmente os que criticavam duramente as estruturas políticas da monarquia absolutista. Os ideais da Revolução Francesa, “liberdade, igualdade e fraternidade”, ecoavam em solo pernambucano, principalmente entre os maçons; - Significativa crise econômica que abatia a região, atingindo, principalmente, as camadas mais pobres da população pernambucana. A crise era provocada, principalmente, pela queda nas exportações de açúcar, principal produto da região; - Fome e miséria, que foram intensificadas com a seca que atingiu a região em 1816.

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Revolução Pernambucana (1817) 

Objetivo: - O movimento social pernambucano tinha como objetivo principal a conquista da independência do Brasil em relação a Portugal. Queriam implantar um regime republicano no Brasil e elaborar uma Constituição. Como foi a revolta: - Ao saber da organização da revolta, o governador de Pernambuco ordenou a prisão dos envolvidos. Porém, os revoltosos resistiram e prenderam o governador. - Após dominar a cidade de Recife, os revoltosos implantaram um governo provisório. Para conquistar o apoio popular, o governo provisório abaixou impostos, libertou presos políticos e aumentou o salário de militares. - Os rebeldes enviaram emissários para outras províncias do norte e nordeste para derrubar os governos e ampliar a revolução. Porém, sem apoio popular significativo, estes movimento não avançaram.

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Revolução Pernambucana (1817)

 Repressão do governo e fim da revolta - Preocupado com a possibilidade de

ampliação da revolta para outras províncias, D. João VI organizou uma forte repressão militar contra os rebeldes de Pernambuco.

- As tropas oficiais cercaram Recife. Os embates duraram 75 dias, resultando na derrota dos revoltosos.

- Os líderes foram presos e condenados à morte.

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Retorno da corte a Portugal

• Após a expulsão dos franceses e, na sequência, a Revolução Liberal do Porto, as Cortes de Portugal (compostas por 205 deputados), passaram a exigir o retorno de D. João VI.

• Em abril de 1821, com receio de perder a Coroa, D. João VI retornou para Portugal.

• Seu filho D. Pedro ficou no Brasil como príncipe-regente.

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Retorno da corte a Portugal 

 Conclusão- O Período Joanino foi uma época de avanços no Brasil, principalmente nas áreas de educação, cultura e administração pública. Por outro lado, o Brasil sofreu forte influência e interferência da Inglaterra na área econômica. - Vale destacar também que muitas medidas tomadas, por D. João VI no Brasil, criou condições para o surgimento do processo de Independência do Brasil. Curiosidades:- Junto com a família real portuguesa e sua corte chegaram ao Brasil, em janeiro de 1808, cerca de quinze mil portugueses. Eram na maioria funcionários públicos, militares, marinheiros, amigos e prestadores de serviços da corte.- A fuga da família real foi feita numa noite e as pressas (sem planejamento). De acordo com historiadores, as pessoas pegaram tudo o que podiam e levaram para as embarcações rapidamente.

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Governo Joanino e a Independência do Brasil

• Com o retorno de D. João VI (fim do governo joanino), as Cortes de Portugal pretendiam recolonizar o Brasil, porém D. Pedro I e seus partidários brasileiros emancipacionistas não desejam mais o domínio português.

• Foi então que se formou o Partido Brasileiro, grupo composto basicamente por integrantes da elite, que pressionaram D. Pedro I a lutar pela Independência do Brasil. Fato que ocorreu em 7 de setembro de 1822.

• Podemos dizer que as mudanças modernizadoras patrocinadas por D. João VI no Brasil favoreceram o desenvolvimento de um forte sentimento de identidade nacional no Brasil, além de desarticular as estruturas coloniais estabelecidas pela metrópole desde o início da colonização.

• Estes dois elementos foram de fundamental importância no processo de independência do Brasil.

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RUPTURA: o resultado das pressões portuguesas

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Independência do Brasil

A Independência do Brasil ocorreu em 7 de setembro de 1822. A partir desta data o Brasil deixou de ser uma colônia de Portugal. A proclamação foi feita por D. Pedro I as margens do riacho do Ipiranga em São Paulo. Causas: - Vontade de grande parte da elite política brasileira em conquistar a autonomia política; - Desgaste do sistema de controle econômico, com restrições e altos impostos, exercido pela Coroa Portuguesa no Brasil; - Tentativa da Coroa Portuguesa em recolonizar o Brasil.

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Dia do Fico

- D. Pedro não acatou as determinações feitas pela Coroa Portuguesa que exigia seu retorno para Portugal. Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro negou ao chamado e afirmou que ficaria no Brasil.

Medidas Pré-independênciaLogo após o Dia do Fico, D. Pedro I tomou várias medidas com o objetivo de preparar o país para o processo de independência:- Organização a Marinha de Guerra- Convocou uma Assembleia Constituinte;- Determinou o retornou das tropas portuguesas;- Exigiu que todas as medidas tomadas pela Coroa Portuguesa deveriam, antes de entrar em vigor no Brasil, ter a aprovação de D. Pedro.- Visitou São Paulo e Minas Gerais para acalmar os ânimos, principalmente entre a população, que estavam exaltados em várias regiões.

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A Proclamação da Independência

Ao viajar de Santos para São Paulo, D. Pedro recebeu uma carta da Coroa Portuguesa que exigia seu retorno imediato para Portugal e anulava a Constituinte. Diante desta situação, D. Pedro deu seu famoso grito, as margens do riacho Ipiranga: “Independência ou Morte!” Pós independência

- D. Pedro I foi coroado imperador do Brasil em dezembro de 1822;- Portugal reconheceu a independência, exigindo uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas;- Em algumas regiões do Brasil, principalmente no Nordeste, ocorreram revoltas, comandadas por portugueses, contrárias à independência do Brasil. Estas manifestações foram duramente reprimidas pelas tropas imperiais.

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Atividade nº 5

Somente respostas!

1. Pág. 221 (1 a 5);2. Pág. 223 (1 a 3);3. Pág. 225 – Enem 2010

(questão 1).

COMPREENDENDO

2ºBIM.

FILME

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