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HIST BRASIL Gerardo HISTÓRIA DO BRASIL O PROCESSO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

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HIST BRASILGerardo

HISTÓRIA DO BRASILO PROCESSO DA

INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

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O PROCESSO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL(Fatores)

• A Crise do Antigo Regime e do Sistema Colonial.• As influências do Iluminismo, da Independência dos EUA, da Revolução

Francesa e da Era Napoleônica.• Os movimento nativistas e separatistas no Brasil e na América

espanhola. • A Transição do capitalismo comercial para o capitalismo industrial.• As mudanças implantadas na Colônia pela administração Joanina com

a Transferência da Família Real portuguesa para o Brasil (1808-1821).• A participação da Imprensa e da Maçonaria.• A Revolução do Porto (1820) e a criação das Cortes de Lisboa.• A formação dos partidos:

“Radical” →(anticolonialista, republicano e federalista)

“Brasileiro” → (anticolonialista, centralista, monarquista, escravista);

“Português” → (recolonizador e contra a Independência);

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Período Joanino na Colônia(1808-1821)(Supressão das característica coloniais)

Revolução do Porto(1820)

Regresso da Família Real para Portugal(1821)

Cortes de Lisboa

Objetivos

Modernizadores(para Portugal)

Conservadores(para o Brasil)

Fim do absolutismo

Constituição

Revogação da abertura dos portos

Recolonização do Brasil

A presença de D. Pedro no Brasil, como príncipe regente, dificultava as pretensões recolonizadoras das Cortes.

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AS CORTES DE LISBOA•O propósito das Cortes era

"recolonizar" o Brasil. •Das 181 cadeiras das Cortes, apenas 72

poderiam ser ocupadas por deputados brasileiros, havendo ainda ,entre esses, os que eram francamente favoráveis à

metrópole.• Com essa vantagem, as Cortes

aprovaram uma emenda onde o Brasil não apenas deixaria de ser um reino

unido a Portugal como também o vice-reinado, com sede no Rio de Janeiro, não seria restabelecido.

•Em vez de possuir um governo central, o Brasil seria dividido em províncias autônomas, cujos governadores (militares) seriam nomeados

pelas próprias Cortes.

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A ruptura com Portugal

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• As pressões sobre D. Pedro cresceram de ambos os lados:• Portugal exigindo sua volta;• Os “brasileiros” querendo sua permanência, como forma de resistir às

pretensões de Lisboa.

• ETAPAS DO ROMPIMENTO COM PORTUGAL• (1821-1822)

• Abril/1821 → As Cortes de Lisboa anulam o Decreto de D. João VI que designara D. Pedro como regente do Brasil.

• Setembro/1821 → Novos atos extinguem importantes tribunais e repartições públicas no Brasil.

• Outubro/1821 → As Cortes determinam que os governadores de províncias ficariam subordinados diretamente a Lisboa. O Rio de Janeiro deixaria de ser Corte e era reduzido a simples província, cabendo a D. Pedro uma modesta função de governador ao invés da regência sobre o Reino Unido.

Os antecedentes da emancipação

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• Dezembro/1821 → Chegam ao Rio de Janeiro decretos exigindo a volta de D. Pedro. → As pressões das Cortes passam a incidir diretamente sobre D. Pedro.

• 09 /01/ 1822 → D. Pedro decide permanecer no Brasil(Dia do Fico). • Fevereiro/1822 → Uma divisão militar portuguesa, comandada por Jorge Avilez, tenta

rebelar-se contra D. Pedro sendo obrigada a embarcar para Portugal.

Na fragata União(08/02/1822), D. Pedro, retratado de

forma heróica, expulsa Jorge Avilez,

representante militar das cortes portuguesas.

ETAPAS DO ROMPIMENTO COM PORTUGAL(1821-1822)

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•Fevereiro/1822 → Decreto do “Cumpra-se”, determinando que nenhuma lei das Cortes de Lisboa poderia vigorar no Brasil sem aprovação de D. Pedro.

•Maio/1822 → D. Pedro recebe o título de “Defensor Perpétuo do Brasil”.

•Julho/1822 → Dom Pedro recusa fidelidade à Constituição portuguesa e convoca uma Assembléia Constituinte brasileira.

•Agosto/1822 → Qualquer tropa portuguesa que tentar desembarcar no Brasil, será recebida como inimiga.

•Após vários desentendimentos com as Cortes de Lisboa, D. Pedro, Príncipe Regente do Brasil, aliado a aristocracia colonial, declara o rompimento com Portugal

•07/09/1822 “Grito do Ipiranga”

ETAPAS DO ROMPIMENTO COM PORTUGAL(1821-1822)

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“Finalmente, na madrugada de 7 de setembro, D. Pedro saiu de Santos em direção a São Paulo,(...) mas logo à altura de Cubatão começou a passar

mal da barriga, por isso, mandou que a Guarda e a maior parte da sua comitiva se adiantassem para esperá-lo perto da capital. Vestia um uniforme

comum, uma fardeta de oficial de polícia e montava uma besta gateada, mais adequada que o

cavalo para descer e subir...”(?)(Gerson Brasil - A Revolução Brasileira de D. Pedro I - pag. 123)

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O GRITO DO IPIRANGA

•“O Grito do Ipiranga é a versão romântico-oficial da Independência, retratada mitologicamente.

•D. Pedro, usando uma roupa simples de viagem sobre uma prosaica mula, é transformado num jovem e arrebatado príncipe, montado em soberbo cavalo, num topo de uma colina.”

(Brasil, Texto e Consulta. Antônio Mendes Jr., Luiz Roncari e Ricardo Maranhão)

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A separação política de Portugal•A tradição romântica consagra D. Pedro como o grande arquiteto de

nossa Independência.•Monarquista e aristocrática, ela

precisava justificar a exclusão do povo e criar o mito do momento da fundação do império(única e exótica monarquia

latino-americana), colocando seu fundador como herói, representante,

supostamente legítimo, de uma ‘vontade popular’, abstrata e

inexistente.•Na verdade, para além de sua contribuição individual, ele foi o

representante de forças políticas e econômicas que, para continuarem se expandindo, precisavam libertar-se do

domínio português.

D. Pedro I

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Para o historiador Mário Schmidt, D. Pedro não foi o autor da Independência do

Brasil. Ele funcionou apenas como uma peça de uma grande

máquina controlada pela aristocracia brasileira.

A Independência do Brasil, foi resultado de um arranjo político (desprovido de

mudanças sociais) preparado por um grupo de

representantes das classes dominantes da época,

empenhados no rompimento dos laços com a Corte

Portuguesa, sem mexer nas estruturas já existentes.

(D. Pedro, fantoche dos aristocratas.Ilustração tirada do livro 500 anos de História mal Contada.

Mário Schmidt, editora Nova Geração.

A separação política de Portugal

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OS ARTICULADORES DA INDEPENDÊNCIA

Joaquim Gonçalves Ledo,

liberal radical, lutou pela

Independência tanto por meio do

seu Jornal Reverbero

Constitucional, quanto por sua atuação na loja

Maçônica Grande Oriente.

•José Bonifácio de Andrada, um dos

principais articuladores da Independência. Politicamente era

favorável a um sistema monárquico onde excluía o povo de

qualquer participação. •A despeito desse conservadorismo,

condenava o trabalho escravo e o latifúndio

improdutivo.

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Coroação de D. Pedro IPara a aristocracia, a

permanência de D. Pedro I no trono evitaria a

fragmentação, como já ocorrera na América

espanhola, mantendo todas as províncias

unidas sob o manto do Império, evitando a

radicalização de uma república democrática

que ameaçasse o sistema escravista.

A monarquia era vista como fator de unidade e

estabilidade

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HISTÓRIA DO BRASILO PRIMEIRO REINADO

(1822 – 1831)

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A Guerra da Independência(1822-1824)

•Governadores e comandantes militares portugueses de algumas

províncias não aceitaram a separação e resistiram à decisão

de D. Pedro.• Desencadearam-se lutas,

principalmente no Pará, Maranhão, Piauí, Bahia e

Cisplatina (atual Uruguai), onde o número de comerciantes com

interesses vinculados a Portugal era maior.

•Esses rebeldes foram derrotados por forças populares e militares comandadas por mercenários

estrangeiros enviados pelo governo imperial.

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Maria Quitéria•Fugiu de casa e alistou-se voluntariamente nas tropas brasileiras que lutavam pela

Independência.•Condecorada por D. Pedro I

com a insígnia da Imperial Ordem do Cruzeiro do Sul, foi a primeira mulher a participar

de uma unidade militar no Brasil.

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D. Leopoldina•Em 1822, durante da viagem de

D. Pedro a São Paulo, Leopoldina permaneceu no Palácio Imperial e ocupou o

cargo de regente do Brasil por alguns dias, período que inclui a assinatura da Independência do nosso país. Chefiou o conselho de Estado, contratou militares mercenários na luta contra os

portugueses e contra uma futura invasão de Portugal.

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Maria Felipa•Liderou de um agrupamento de 40 mulheres que atuavam

na Ilha de Itaparica, no estado da Bahia, construiu

trincheiras na entrada da Baía de Todos os Santos e atacou soldados, após medidas de sedução, dando surras de

cansanção (planta semelhante à urtiga) que tentaram invadir

Salvador.

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Joana Angélica

•Tentou, literalmente, barrar o autoritarismo português, em um ato de extrema bravura. A

abadessa se pôs à porta principal do Convento da

Lapa, em Salvador, ordenando que as irmãs escapassem pelos fundos do edifício

religioso.

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A Assembleia Constituinte

(Abertura dos trabalhos constituintes).

Mesmo antes de iniciar seus trabalhos, no dia 3 de maio de 1823, a Assembléia Constituinte parecia destinada ao fracasso. Não só as

principais facções políticas se achavam em conflito, como o imperador não aceitava a limitação de seus poderes.

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O ESTADO PELA CONSTITUIÇÃO DE 1824

Poder Moderador

Imperador+

Conselho de Estado

Poder Executivo Poder JudiciárioPoder Legislativo

Senado(Vitalício)

Câmarados

Deputados

Imperador+

Ministério

SupremoTribunal

De Justiça

Presidentes de Províncias

Câmaras Municipais

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ELEITOR DE PARÓQUIA100 mil-réis ao ano

ELEITOR DE PROVÍNCIA200 mil-réis ao ano

DEPUTADO400 mil-réis ao ano

SENADOR800 mil-réis ao ano

ELEGE

ELEGE ELEGE

SISTEMA ELEITORAL CENSITÁRIO CONSTITUIÇÃO DE 1824

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A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR(1824)(Causas)

• A herança de 1817→ (nativismo, lusofobismo e republicanismo)• A solução monárquica adotada na Independência → desagrada

liberais republicanos.• O autoritarismo de D. Pedro I.• O fechamento da Assembléia Constituinte(1823).• A imposição da Constituição de 1824(25.03) → centralista autoritária.• A estagnação das economias açucareira e algodoeira → Declínio das

exportações → aumento dos impostos determinados pelo Governo Imperial.• A difusão das idéias liberais e republicanas pelas jornais Tifis

Pernambucano(de Frei Caneca) e Sentinela da Liberdade(de Cipriano Barata).

• As tentativas de destituição de Manoel Carvalho Paes de Andrade do governo de Pernambuco desencadeiam a Confederação do Equador.

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A Confederação do Equador colocou em xeque a forma de governo adotada pelo Brasil após a independência, opondo-se tanto à monarquia quanto ao autoritarismo do Imperador. Por

isso mesmo, D. Pedro I lançou contra ela todo o seu poderio militar. Na aquarela de Leandro Martins, podemos observar as tropas imperiais atacando Recife.

A Confederação do Equador

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A decisão de suspender temporariamente o tráfico de escravos no porto de Recife(acima), causou um fracionamento no movimento pois atingia em cheio os poderosos interesses locais. Com o radicalismo ganhando espaços maiores a classe dominante, que aderiu ao movimento, recuou

rompendo o apoio que mantinha com a Confederação.

A Confederação do Equador

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Bandeira da Confederação do Equador e a execução de Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo e Caneca

A Confederação do Equador

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•Educado no Seminário de Olinda, centro de difusão de idéias liberais, tornou-se um

dos mais combativos lutadores pela independência e pela

república nos anos de 1817 a 1824.

• Lutou contra o autoritarismo de d. Pedro I, pegou em armas, e

pagou com a vida pela rebeldia.•Nenhum carrasco habilitou-se a

executá-lo. Nem mesmo em troca da liberdade, presidiário

algum aceitou a tarefa.•A execução de frei Caneca , óleo de Murilo la

Greca.

A execução de frei Caneca

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Diego Rivera e Antônio Lavalleja libertaram o Uruguai Do Brasil após Guerra da Cisplatina(1825 – 1828)

A Guerra de Independência do Uruguai ( 1825/28)

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Maria da Glória (Maria II de Portugal)

D. Miguel usurpou o trono da sobrinha, D. Maria da Glória, fazendo-se aclamar rei de Portugal. Depois da

abdicação, D. Pedro lutou e recuperou o trono português para sua filha, que foi coroada Maria II aos

quinze anos.

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Líbero Badaró

•João Batista Líbero Badaró, em seu Jornal o Observador

Constitucional, usava uma linguagem irreverente e

bastante crítica do autoritarismo de D. Pedro I. •Foi assassinado de forma misteriosa e em seu enterro compareceram mais de 5 mil pessoas exigindo a renúncia

do Imperador

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•“Morre um liberal, mas não morre a liberdade”: teriam sido suas últimas

palavras.• A frase correu de boca

em boca por todo o país, estimulando a luta contra o autoritarismo

de D. Pedro I. (Badaró em seu leito de morte, pintura de

Hércules Florence).

Líbero Badaró

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A Marquesa de SantosApós se tornar

imperador, D. Pedro deixou de lado uma

certa discrição e tornou público, de forma

ostensiva, seu romance.A crescente

interferência da marquesa nos negócios do governo foi um dos fatores que reduziram

gradativamente a simpatia popular pelo

imperador..Dessa relação de sete anos nasceram quatro

filhos

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D. Pedro escreveu numerosas cartas à Marquesa, muitas das quais

encontram-se hoje em instituições públicas como o Instituto Histórico e a Biblioteca Nacional. A maior parte já

foi publicada, mas alguns textos foram omitidos ou ainda censurados.

O imperador assinava de diversas maneiras, desde o mais formal

Imperador até Seu “Fogo Foguinho”, passando por “O Demonão, e

chamava a amante diversamente de Marquesa, Querida Marquesa, “Titília”, “Filha”, “bela” etc.

As cartas amorosas

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A Renúncia de D. Pedro I(Causas)

• O espírito nativista de muitos brasileiros.• Aproximação cada vez maior de D. Pedro com o Partido

Português.• O autoritarismo de D. Pedro revelado com o fechamento da

Assembléia Constituinte de 1823, a imposição da Carta de 1824 e a violenta repressão à Confederação do Equador.

• Os efeitos da Guerra da Cisplatina (1825-28).• Envolvimento na Questão Sucessória Portuguesa (1826).• Agravamento da crise econômica e financeira.• Os reflexos dos movimentos liberais de 1830 na Europa.• Forte oposição da Imprensa e da Câmara dos Deputados.• O assassinato do jornalista Líbero Badaró.• A “Noite das Garrafadas”.• A substituição do “Ministérios dos Brasileiros” pelo “Ministérios

dos Medalhões.”

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Morte de Dom Pedro I Em 1834, aos 36 anos, falecia D. Pedro I, em

Portugal, vitimado pela tuberculose. Fora

deposto do Brasil como um déspota.

Ironicamente, na Europa foi saudado como um liberal, “semeador de constituições”. Seus últimos anos de vida

foram de lutas contra seu irmão D.Miguel pelo trono de Portugal, usurpado de

sua filha.

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"Passa fora pé de chumboVai-te do nosso Brasil

Que o Brasil é brasileiroDepois do 7 de Abril".

A Abdicação de D. Pedro IO Primeiro Reinado não passou de um período de transição em que a

reação portuguesa, apoiada no absolutismo de D. Pedro I , se conservou no poder.

A abdicação rompe os últimos elos entre Brasil e Portugal e consolida a

Independência