incorporação por espíritos (possessão) 1,5hs-v7

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I n c o r p o r a I n c o r p o r a ç ã o ç ã o p o p o r r E s p í r E s p í r

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Estudo sobre o fenômeno possessão (incorporação).

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Page 1: Incorporação por espíritos (possessão) 1,5hs-v7

I n c o r p o r a ç ã oI n c o r p o r a ç ã o

p o r p o r

E s p í r i t o s E s p í r i t o s

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“Jesus e os discípulos desembarca-ram na região dos gerasenos, que está diante da Galileia. Ao descer à terra, um homem da cidade foi ao encontro de Jesus. Ele era possuído por demônios, e há muito tempo não se vestia, nem morava em casa, mas nos túmulos. Vendo Jesus, o homem começou a gritar, […]: "Que há entre mim e ti, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Eu te peço, não me atormentes!" O homem falou assim, porque Jesus tinha mandado que o espírito mau saísse dele. De fato, muitas vezes o espírito tinha tomado posse dele. Para protegê-lo, o pren-diam com correntes e algemas; ele, porém, arrebentava as correntes, e o demônio o levava para lugares desertos”. (Lucas 8,26-29).

Jesus exorcizando o geraseno

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“era possuído por demônios, e há muito tempo não se vestia, nem morava em casa, mas nos túmulos. Vendo Jesus, o homem começou a gritar, […]: "Que há entre mim e ti, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? [...] porque Jesus tinha mandado que o espírito mau saísse dele. […] Para protegê-lo, o prendiam com correntes e algemas; ele, porém, arrebentava as correntes, e o demônio o levava para lugares desertos”. (Lucas 8,26-29).

Espírito mau e demônio são

sinônimos, pois, no relato, designam a

mesma coisa.

Entenda-se: o Espírito que

possuía o homem começou a gritar.

O homem possuído pelo Espírito

adquiria uma força descomunal.

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Mateus (8,28-34) fala país dos gadarenos, e que eram dois ende-moninhados .

Marcos (5,1-20) diz na região dos gerasenos, com um homem pos-suído por um espírito impuro .

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Filme: Ghost

Atriz: Whoopi Goldberg

Definição dicionarizada:

Incorporação: Tomada do corpo do médium por um guia ou espírito; desci-da, transe mediúnico. (AURÉLIO).

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Primeiro, é preciso definir os seguintes pontos:

Há possibilidade de um Espírito tomar posse do corpo do médium? Seria o que se chama de possessão? Podemos encontrar alguma coisa sobre isso nas obras da Codificação?

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“Pergunta-se: Existe a incorporação de Espíritos?

No sentido semântico do termo não existe incorpo-ração, pois nenhum Espírito conseguiria tomar o corpo de outra pessoa, assumindo o lugar da sua Alma. O que ocorre é que o médium e o Espírito se comunicam de perispírito a perispírito, ou seja men-te a mente, dando a impressão de que o médium está incorporado. Na mediunidade equilibrada, o médium tem um maior controle de sua faculdade e o fenômeno mediúnico acontece mais a nível men-tal. Nos processos obsessivos graves (doenças mór-bidas causadas por Espíritos inferiores), onde a mediunidade está perturbada, podem ocorrer crises nervosas. Observadores de pouco conhecimento po-dem achar que um Espírito mau apoderou-se do corpo do enfermo. Foi esse fenômeno que deu ori-gem às práticas de exorcismo”.(http://www.espirito.org.br/portal/perguntas/prg-004.html)

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Do livro Desafios da Mediunidade, na psico-grafia de José Raul Teixeira, transcrevemos a resposta de Camilo (Espirito) à pergunta “É correto falar-se em 'incorporação'?”:

“Não se trata bem da questão de certo ou er-rado. Trata-se de uma utilização tradicional, uma vez que nenhum estudioso do Espiritis-mo, hoje em dia, irá supor que um desencar-nado possa “penetrar” o corpo de um médi-um, como se poderia admitir num passado não muito distante. […]”. (TEIXEIRA, 2012, p. 47).

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Divaldo Pereira Franco, em entrevista sobre o tema Mediunidade, ao Programa Transição, pela Rede TV, a certa altura, explicando uma ocorrência no filme Ghost, afirma:

“Gostaria de fazer um pequeno adendo. É que posteriormente, nas comunicações tem-se a impressão que o desencarnado entrava no corpo da médium para poder comunicar-se. Essa informação não é verdadeira. Embo-ra o filme seja muito bem elaborado, ele foge um pouco à técnica do fenômeno da mediunidade. Os fenômenos mediúnicos ocorrem através do perispírito do médium.

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O perispírito do desencarnado ou corpo as-tral, como normalmente é denominado, ao acoplar-se ao corpo astral do médium ou perispírito, palavra cunhada por Allan Kardec, transmite as suas emoções, as suas sensa-ções e através do direcionamento psíquico comandando o chacra coronário e o chacra cerebral, a sede da consciência e a sede da superconsciência, transmite com naturalidade as informações. Foi um dos detalhes que, no filme, me chamou a atenção. Dando a im-pressão que o Espírito entra no médium, con-forme o líquido no vasilhame, não é exata-mente assim”. (FRANCO, 2008, de 19' 22'' a 20' 25'').

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“473. Pode um Espírito tomar temporariamen-te o invólucro corporal de uma pessoa viva, isto é, introduzir-se num corpo animado e obrar em lugar do outro que se acha encarnado neste corpo?

'O Espírito não entra em um corpo como entras numa casa. Identifica-se com um Espírito encarnado, cujos defeitos e qualida-des sejam os mesmos que os seus, a fim de obrar conjuntamente com ele. Mas, o encar-nado é sempre quem atua, conforme quer, sobre a matéria de que se acha revestido. Um Espírito não pode substituir-se ao que está encarnado, por isso que este terá que perma-necer ligado ao seu corpo até ao termo fixado para sua existência material'”. (LE - KARDEC, 2007a, p. 282).

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“241. Dava-se outrora o nome de possessão ao império exercido por maus Espíritos, quando a influência deles ia até à aberração das faculda-des da vítima. A possessão seria, para nós, sinô-nimo da subjugação. Por dois motivos deixamos de adotar esse termo: primeiro, porque implica a crença de seres criados para o mal e perpetua-mente votados ao mal, enquanto que não há senão seres mais ou menos imperfeitos, os quais todos podem melhorar-se; segundo, porque implica igualmente a ideia do assenhoreamento de um corpo por um Espírito estranho, de uma espécie de coabitação, ao passo que o que há é apenas constrangimento. A palavra subjugação exprime perfeitamente a ideia. Assim, para nós, não há possessos, no sentido vulgar do termo, há somente obsidiados, subjugados e fascinados”. (LM - KARDEC, 2007b, p. 320-321).

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Sim, vocês já devem estar pensando:

Esse “cara” veio falar da possibilidade de um Espírito possuir o corpo físico de um encarnado (=incorporação), porém, até agora, só falou o contrário, como pode ser tão contraditório.

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Realidade x teoria:Uma paciente em obsessão

Data: início do ano de 2005;Local: cidade vizinha a Guanhães, interior de Minas Gerais;Paciente: uma jovem senhora, à época com cerca de uns 35 anos, filha de uma amiga.

“Possessão: há posse física do encarnado?” disponível em www.paulosnetos.net, em Artigos e Estudos.

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Antes de avançar no estudo é necessário que fique bem claro, para todos nós, que Kardec não considerava a primeira obra espírita como se a Doutrina, que nela apresentava, já viesse com um ponto final, ou seja, que a tinha como pronta e acabada:

“O Livro dos Espíritos não é um tratado completo do Espiritismo; não faz senão colocar-lhe as bases e os pontos funda-mentais, que devem se desenvolver suces-sivamente pelo estudo e pela observação”. (KARDEC, Revista Espírita 1866, jul., p. 223).

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Em O Livro dos Médiuns (jan/1861), Kardec lista as obras que deveriam ser lidas por aqueles que se interessassem em ter noções preliminares do Espiritismo, sugerindo esta ordem:

“1º O que é o Espiritismo: [...]2º O Livro dos Espíritos: [...]3º O Livro dos Médiuns: [...]4º A Revista Espírita: Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que completam o que se encontra nas duas obras precedentes, formando-lhes, de certo modo, a aplicação. Sua leitura pode fazer-se simultaneamente com a daquelas obras, porém, mais proveitosa será, e, sobretudo, mais inteligível, se for feita depois de O Livro dos Espíritos”. (p. 53).

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“Um caso de possessãoSenhoria Julie

Dissemos que não havia possessos no sentido vulgar da palavra, mas subjugados; retor-namos sobre esta afirmação muito absoluta, porque nos está demonstrado agora que pode ali haver possessão verdadeira, quer dizer, substituição, parcial no entanto, de um Espírito errante ao Espírito encarnado. Eis um primeiro fato que é a prova disto, e que apresenta o fenômeno em toda a sua simpli-cidade.

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Várias pessoas achavam-se um dia na casa de uma senhora médium sonâmbula. De repente esta tomou ares todos masculinos, sua voz mudou, e, dirigindo-se a um dos assistentes, exclamou: "Ah! meu caro amigo, quanto estou contente de te ver!" Surpreso, perguntou-se-lhe o que isso significava. A senhora retomou: "Como! meu caro, tu não me reconheces? Ah! é verdade; estou todo coberto de lama! Sou Charles Z..." A este nome, os assistentes se lembraram de um senhor morto, alguns meses antes, atingido de um ataque de apoplexia, na beira de um caminho; tinha caído num fosso, de onde se tinha retirado seu corpo, coberto de lama.

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Ele declara que, querendo conversar com seu antigo amigo, aproveitou de um momento em que o Espírito da senhora A..., a sonâmbula, estava afastado de seu corpo, para se colocar em seu lugar. Com efeito, tendo se renovado esta cena vários dias seguidos, a senhora A... tomava cada vez as poses e as maneiras habituais do Sr. Charles, virando-se sobre a costa da poltrona, cruzando as pernas, roçan-do o bigode, passando os dedos sobre seus cabelos, de tal sorte que, salvo o vestuário, poder-se-ia crer ter o Sr. Charles diante de si; no entanto, não havia transfiguração, como vimos em outras circunstâncias. Eis algumas de suas respostas: ==>

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P. Uma vez que tomastes posse do corpo da senhora A..., poderíeis ali ficar? - R. Não, mas isso não é a boa vontade que me falta.

P. Por que não o podeis? - R. Porque seu Espírito está sempre preso ao seu corpo. Ah! se eu pudesse romper esse laço, pregar-lhe-ia uma peça.

P. Que fez durante esse tempo o Espírito da senhora A... ? - R. Estava lá, ao lado, me olhava e ria de ver-me nesse vestuário”.

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Kardec comenta:

“A possessão é aqui evidente e ressalta melhor dos detalhes, que seria muito longo reportar; mas é uma possessão inocente e sem inconveniente. Não ocorre o mesmo quando ela é o fato de um Espírito mau e mal intencionado; pode então ter consequências tanto mais graves quanto esses Espíritos sejam tenazes, e que se torna, frequente-mente, muito difícil livrar deles o paciente do qual fazem sua vítima”. (KARDEC, 2000b, p. 374).

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Em O Evangelho Segundo o Espiritismo (abr/1864), capítulo X – Bem-aventurados os que são misericordiosos, Kardec estudando o tema perdoar os adversários, aponta a possi-bilidade de Espíritos desencarnados de nature-za má perseguirem os encarnados aos quais querem mal. A certa altura, conclui:

“Nesse fato reside a causa da maioria dos casos de obsessão, sobretudo dos que apre-sentam certa gravidade, quais os de subjuga-ção e possessão. O obsidiado e o possesso são, pois, quase sempre vítimas de uma vin-gança, cujo motivo se encontra em existência anterior, e à qual o que a sofre deu lugar pelo seu proceder”. (KARDEC, p. 181).

A Gênese |=>

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Em A Gênese (jan/1868), no cap. XIV - Os Fluidos, ao tratar novamente das obsessões, Kardec diz:

“47. - Na obsessão, o Espírito atua exteriormente, com a ajuda do seu perispírito, que ele identifica com o do encarnado, ficando este afinal enlaçado por uma como que teia e constrangido a proceder contra a sua vontade.Na possessão, em vez de agir exteriormente, o Espírito atuante se substitui, por assim dizer, ao Espírito encarnado; toma-lhe o corpo para domicí-lio, sem que este, no entanto, seja abandonado pelo seu dono, pois que isso só se pode dar pela morte. A possessão, conseguintemente, é sempre temporária e intermitente, porque um Espírito desencarnado não pode tomar definitivamente o lugar de um encarnado, pela razão de que a união molecular do perispírito e do corpo só se pode ope-rar no momento da concepção. (Cap. XI, nº. 18.)

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De posse momentânea do corpo do encarnado, o Espírito se serve dele como se seu próprio fora: fala pela sua boca, vê pelos seus olhos, opera com seus braços, conforme o faria se estivesse vivo. Não é como na mediunidade falante, em que o Espírito encarnado fala transmitindo o pensa-mento de um desencarnado; no caso da posses-são é mesmo o último que fala e obra; quem o haja conhecido em vida, reconhece-lhe a lingua-gem, a voz, os gestos e até a expressão da fisio-nomia”. (KARDEC, 2007e, p. 349).

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Considerando que esse tema é tratado ao se

falar da obsessão, seria oportuno perguntar:

A possessão é sempre uma obsessão?

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“48. - Na obsessão há sempre um Espírito malfeitor. Na possessão pode tratar-se de um Espírito bom que queira falar e que, para causar maior impressão nos ouvintes, toma do corpo de um encarnado, que voluntaria-mente lho empresta, como emprestaria seu fato a outro encarnado. Isso se verifica sem qualquer perturbação ou incômodo, durante o tempo em que o Espírito encarnado se acha em liberdade, como no estado de emancipa-ção, conservando-se este último ao lado do seu substituto para ouvi-lo. ==>

Fato: 1. roupa ou conjunto de roupas; indumentária. (Houaiss).

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Quando é mau o Espírito possessor, as coisas se passam de outro modo. Ele não toma moderadamente o corpo do encarnado, arre-bata-o, se este não possui bastante força moral para lhe resistir. Fá-lo por maldade para com este, a quem tortura e martiriza de todas as formas, indo ao extremo de tentar exterminá-lo, já por estrangulação, já atiran-do-o ao fogo ou a outros lugares perigosos”. (KARDEC, 2007e, p. 349-351).

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Na Revista Espírita 1869, Kardec fala a respeito de um Espírito que não acreditava ter morrido, mas apenas sonhando. Vejamos o seguinte trecho:

“Na sessão da Sociedade de Paris, de 8 de janeiro, o mesmo Espírito veio se manifestar de novo, não pela escrita, mas pela palavra, em se servindo do corpo do Sr. Morin, em sonambulismo espontâneo. Ele falou durante uma hora, e isso foi uma cena das mais curiosas, porque o médium tomou a sua pose, seus gestos, sua voz, sua linguagem ao ponto que aqueles que o tinham visto o reconheceram sem dificuldade. […]

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Numa outra reunião, um Espírito deu, sobre este fenômeno, a seguinte comunicação:

Há aqui, uma substituição de pessoa, uma simulação. O Espírito encarnado recebe a liberdade ou cai na inação. Digo inércia, quer dizer, a contemplação daquilo que se passa. Ele está na posição de um homem que empresta momentaneamente a sua habita-ção, e que assiste às diferentes cenas que se realizam com a ajuda de seus móveis. Se gosta mais de gozar da sua liberdade, ele o pode, a menos que não haja para ele utilida-de em permanecer espectador.

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Não é raro que um Espírito atue e fale com o corpo de um outro; deveis compreender a possibilidade deste fenômeno, então que sabeis que o Espírito pode se retirar com o seu perispírito mais ou menos longe de seu envoltório corpóreo. Quando esse fato ocorre sem que nenhum Espírito disto se aproveite para ocupar o lugar, há a catalepsia. Quando um Espírito deseja para ali se colocar para agir, toma um instante a sua parte na encar-nação, une o seu perispírito ao corpo adormecido, desperta-o por esse contato e restitui o movimento à máquina; mas os movimentos, a voz não são mais os mesmos, porque os fluidos perispirituais não afetam mais o sistema nervoso do mesmo modo que o verdadeiro ocupante. ==>

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Essa ocupação jamais pode ser definitiva; seria preciso, para isso, a desagregação absoluta do primeiro perispírito, o que levaria forçosamente à morte. Ela não pode mesmo ser de longa duração, pela razão de que o novo perispírito, não tendo sido unido a esse corpo desde a sua formação, não tem nele raízes, não estando modelado sobre esse corpo, não está apropriado ao desempenho dos órgãos; o Espírito intruso não está numa posição normal; ele é embaraçado em seus movimentos e é porque deixa essa veste emprestada desde que dela não tenha mais necessidade”. (KARDEC, 2001b, p. 48-49).

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Vejamos a ilustração gráfica dessa ocorrência elaborada pelo pesquisador espírita Hernani Guimarães Andrade (1913-2003), constante de sua obra Espírito, Perispírito e Alma, com a qual explica o fenômeno das “incorpora-ções mediúnicas”.

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No capítulo XIX – Transes e Incorporações do livro No Invisível, Léon Denis (1846-1927), que é considerado um dos principais continua-dores do Espiritismo após a morte de Kardec, fala justa-mente desse assunto:

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“O estado de transe é esse grau de sono magnético que permite ao corpo fluídico exteriorizar-se, desprender-se do corpo carnal, e à alma tornar a viver por um instante sua vida livre e independente. A separação, toda-via, nunca é completa; a separação absoluta seria a morte... No transe, o médium fala, move-se, escreve automaticamente; desses atos, porém, nenhuma lembrança conserva ao despertar.[...]

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No corpo do médium, momentaneamente abandonado, pode dar-se uma substituição de Espírito. É o fenômeno das incorporações. A alma de um desencarnado, mesmo a alma de um vivo adormecido, pode tomar o lugar do médium e servir-se de seu organismo materi-al, para se comunicar pela palavra e pelo gesto com as pessoas presentes”. (DENIS, 1987, p. 249).

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“Indagam certos experimentadores: o Espírito do manifestante se incorpora efetivamente no organismo do médium? Ou opera ele antes, à distância, pela sugestão mental e pela trans-missão de pensamento, como o pode fazer o Espírito exteriorizado do sensitivo?Um exame atento dos fatos nos leva a crer que essas duas explicações são igualmente admissíveis, conforme os casos. As citações que acabamos de fazer provam que a incorpo-ração pode ser real e completa. É mesmo algumas vezes inconsciente, quando, por exemplo, certos Espíritos pouco adiantados são conduzidos por uma vontade superior ao corpo do médium e postos em comunicação conosco, a fim de serem esclarecidos sobre sua verdadeira situação. ==>

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Esses Espíritos, perturbados pela morte, acreditam ainda, muito tempo depois, perten-cerem à vida terrestre. Não lhes permitindo seus fluidos grosseiros o entrarem em relação com os Espíritos mais adiantados, são levados aos grupos de estudo, para serem instruídos acerca de sua nova condição. É difícil às vezes fazer-lhes compreender que abandonaram a vida carnal, e sua estupefação atinge o cômi-co, quando, convidados a comparar o organis-mo que momentaneamente animam com o que possuíam na Terra, são obrigados a reco-nhecer o seu engano. Não se poderia duvidar, em tal caso, na incorporação completa do Espírito. ==>

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Noutras circunstâncias, a teoria da transmis-são, à distância, parece melhor explicar os fatos. As impressões oriundas de fora são mais ou menos fielmente percebidas e transmitidas pelos órgãos. Ao lado de provas de identidade, que nenhuma hesitação per-mitem sobre a autenticidade do fenômeno e intervenção dos Espíritos, verificam-se, na linguagem do sensitivo em transe, expres-sões, construções de frases, um modo de pronunciar que lhe são habituais.

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O Espírito parece projetar o pensamento no cérebro do médium, onde adquire, de passa-gem, formas de linguagem familiares a este. A transmissão se efetua em tal caso no limite dos conhecimentos e aptidões do sensitivo, em termos vulgares ou escolhidos, conforme o seu grau de instrução. Daí também certas incoerências que se devem atribuir à imper-feição do instrumento.

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Ao despertar, o Espírito do médium perde toda consciência das impressões recebidas no sentido de liberdade, do mesmo modo que não guardará o menor conhecimento do papel que seu corpo tenha desempenhado durante o transe. Os sentidos psíquicos, de que por um momento haviam readquirido a posse, se extinguem de novo; a matéria estende o seu manto; a noite se produz; toda recordação de desvanece. O médium desperta num estado de perturbação, que lentamente se dissipa”. (DENIS, 1987, p. 252-254).

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Cairbar Schutel (1868-1938), divulgador espírita de primeira linha, assim se expressou:

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“Na mediunidade falante verificam-se tam-bém casos de incorporação: o Espírito do médium se afasta um tanto do seu organis-mo para dar lugar a outro Espírito, que se utiliza do corpo. Neste caso, há sempre inconsciência do médium, porque ele cai em estado de transe”. (SCHUTEL, 1984, p. 37).

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Gustave Geley (1868-1914), fundador do Instituto Meta-psíquico Internacional, de Paris, autor da obra Resumo da Doutrina Espírita, da qual transcrevemos:

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“A incorporação é o fenômeno, segundo o qual o Espírito toma posse do corpo do médium, e não apenas de um membro ou de um órgão. Nestes casos, não é só a palavra e a voz que fazem lembrar as do morto; reconhecem-se também os gestos característicos que acompa-nham o discurso, as atitudes e a expressão geral da fisionomia. No seu grau superior o fenômeno é também acompanhado de transfi-guração. O corpo e o rosto do médium sofrem modificações momentâneas, reais e não ilusó-rias, que os fazem parecer-se muitíssimo aos do defunto incorporado naquele momento.Este fenômeno, embora pouco frequente, parece ser dos mais impressionantes”. (GELEY, 2009, p. 54-55).

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Encontramos no livro Nos Domínios da Mediunidade, psicografia de Francisco Cândido Xavier (1910-2002), ditado por André Luiz, trechos em que se pode corroborar o fenô-meno da incorporação:

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Das considerações de Áulus sobre Antônio Castro, um dos cinco membros da reunião mediúnica, destacamos o seguinte trecho:

“Quando empresta o veículo a entidades dementes ou sofredoras, reclama-nos caute-la, porquanto quase sempre deixa o corpo à mercê dos comunicantes, quando lhe compe-te o dever de ajudar-nos na contenção deles, a fim de que o nosso tentame de fraternida-de não lhe traga prejuízo à organização física”. (XAVIER, 1987, p. 30).

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Descrevendo a ação de um Espírito desencar-nado sobre a mulher a quem amava, o instru-tor Áulus, a certa altura, diz:

“[…] Entretanto, adaptando-se ao organismo da mulher amada que passou a obsidiar, nela encontrou novo instrumento de sensação, vendo por seus olhos, ouvindo por seus ouvidos, muitas vezes falando por sua boca e vitalizando-se com os alimentos comuns por ela utilizados. Nessa simbiose vivem ambos, há quase cinco anos sucessivos, contudo, agora, a moça subnutrida e perturbada acusa desequilíbrios orgânicos de vulto. […]”.(XAVIER, 1987, p. 54).

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Na sequência da narrativa, vemos o processo de sintonia desse Espírito com a médium, pela qual manifestar-se-ia:

“Notamos que Eugênia-alma afastou-se do corpo, mantendo-se junto dele, a distância de alguns centímetros, enquanto que, ampa-rado pelos amigos que o assistiam, o visi-tante sentava-se rente, inclinado-se sobre o equipamento mediúnico ao qual se justa-punha, à maneira de alguém a debruçar-se numa janela”. (XAVIER, 1987, p. 54-55).

“[…] nesses trabalhos, o médium nunca se mantém a longa distância do corpo...”. (XAVIER, 1987, p. 56).

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Mais à frente, nessa mesma obra – Nos domínios da mediunidade –, vamos encontrar relatos ocorridos com uma outra médium, a Dona Celina, dos quais reproduzimos:

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“A médium desvencilhou-se do corpo físico, como alguém que se entrega a sono profundo, e conduziu a aura brilhante de que coroava. [...]A nobre senhora fitou o desesperado visitante com manifesta simpatia e abriu-lhe os braços, auxiliando-o a senhorear o veículo físico, então em sombra.Qual se fora atraído por vigoroso ímã, o sofredor arrojou-se sobre a organização física da médium, colando-se a ela, instintivamente. [...]A mediunidade falante em Celina era diversa?[...]

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- Celina – explicou, bondoso – é sonâmbula perfeita. A psicofonia, em seu caso, se proces-sa sem necessidade de ligação da corrente nervosa do cérebro mediúnico à mente do hóspede que o ocupa. A espontaneidade dela é tamanha na cessão de seus recursos às entidades necessitadas de socorro e carinho, que não tem qualquer dificuldade para desli-gar-se de maneira automática do campo sensório, perdendo provisoriamente o contacto com os centros motores da vida cerebral. Sua posição medianímica é de extrema passivi-dade.

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Por isso mesmo, revela-se o comunicante mais seguro de si, na exteriorização da própria personalidade. Isso, porém, não indica que a nossa irmã deva estar ausente ou irresponsável. Junto do corpo que lhe pertence, age na condição de mãe generosa, auxiliando o sofredor que por ela se exprime qual se fora frágil protegido de sua bondade. [...] É por essa razão que o hóspede experimenta com rigor o domínio afetuoso da missionária que lhe dispensa amparo assistencial. [...]”. (XAVIER, 1987, p. 72-74 – passim).

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Um complicador a tudo isso é o que ainda consta, no mencionado livro, que, de uma certa forma, vem contra essa possibilidade, conforme se vê nessas duas frases:

“[...] precisamos considerar que a mente permanece na base de todos os fenômenos mediúnicos”.

“Achando-se a mente na base de todas as manifestações mediúnicas, quaisquer que sejam os característicos em que se expres-sem, […]”. (XAVIER, 1987, p. 15 e 18, respectiva-mente).

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Encontramos esse assunto em mais uma das obras da série André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier (1910-2002). É a que tem o título de Missionários da Luz, na qual o capítulo 16 – Incorporação, há comen-tários sobre este fenômeno.Vamos transcrever alguns trechos:

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“Enquanto Alexandre ouvia em silêncio, o simpático colaborador prosseguiu, depois de ligeira pausa:- Estimaríamos receber a devida autorização para trazê-lo... Poderia incorporar-se na orga-nização mediúnica de nossa irmã Otávia e fazer-se ouvir, de algum modo, diante dos amigos e familiares...[...]- Ouça, porém, meu amigo! - tornou Alexan-dre, sereno e enérgico - é indispensável que você medite sobre o acontecimento. Lembre-se de que você vai utilizar um aparelho neuro-muscular que lhe não pertence. Nossa amiga Otávia servirá de intermediária.

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No entanto, você não deve desconhecer as dificuldades de um médium para satisfazer a particularidades técnicas de identificação dos comunicantes, diante das exigências de nossos irmãos encarnados. Compreende bem?[...]Terminada a oração e levado a efeito o equilíbrio vibratório do ambiente, com a cooperação de numerosos servidores de nosso plano, Otávia foi cuidadosamente afastada do veículo físico, em sentido parcial, aproximan-do-se Dionísio, que também parcialmente começou a utilizar-se das possibilidades dela.

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Otávia mantinha-se a reduzida distância, mas com poderes para retomar o corpo a qualquer momento num impulso próprio, guardando relativa consciência do que estava ocorrendo, enquanto que Dionísio conseguia falar, de si mesmo, mobilizando, no entanto, potências que lhe não pertenciam e que deveria usar, cuidadosamente, sob o controle direto da proprietária legítima e com a vigilância afetuosa de amigos e benfeitores, que lhe fiscalizavam a expressão com o olhar, de modo a mantê-lo em boa posição de equilíbrio emotivo. Reconheci que o processo de incorporação comum era mais ou menos idêntico ao da enxertia da árvore frutífera.

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A planta estranha revela suas características e oferece seus frutos particulares, mas a árvore enxertada não perde sua personalidade e prossegue operando em sua vitalidade própria. Ali também, Dionísio era um elemento que aderia às faculdades de Otávia, utilizando-as na produção de valores espirituais que lhe eram característicos, mas naturalmente subordinado à médium, sem cujo crescimento mental, fortaleza e receptividade, não poderia o comunicante revelar os caracteres de si mesmo, perante os assistentes. Por isso mesmo, logicamente, não era possível isolar, por completo, a influenciação de Otávia, vigilante.

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A casa física era seu templo, que urgia defender contra qualquer expressão desequi-librante, e nenhum de nós, os desencarnados presentes, tinha o direito de exigir-lhe maior afastamento, porquanto lhe competia guar-dar as suas potências fisiológicas e preservá-las contra o mal, perto de nós outros, ou à distância de nossa assistência afetiva”.(XAVIER, 1986, p. 260-277 – passim).

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A FEESP – Federação Espírita do Estado de São Paulo publicou a obra Curso de Educação Mediúnica, originada das aulas ministradas, na instituição, por diversos autores sob a Coordenação da Área de Ensino.No programa do 2º ano, temos a 18ª aula que trata da Obsessão - Obsessão Simples – Fascinação – Subjugação – Possessão, na qual é mencionada a mudança de opinião de Kardec sobre a possessão, citando o livro A Gênese, cap. XIV, itens 45 a 49 como o local onde isso ocorreu. Transcrevemos da conclu-são a que chegaram:

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“Em síntese, pode-se dizer que na obsessão o Espírito atua exteriormente por meio de seu Perispírito, e, na possessão, faz domicílio no corpo do encarnado, que cede seu corpo voluntariamente, como no caso da senhorita Julie, ou, involuntariamente, quando o posses-sor é um Espírito mau, ao qual o possesso não tem força moral para resistir”. (FEESP, 1991, p. 140).

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A União Espírita Mineira – UEM publicou, em 1983, o livreto Mediunidade da série “Evange-lho e Espiritismo”, do qual transcrevemos:

“08 - Qual a condição do médium na psicofo-nia consciente, na semiconsciente e na inconsciente?R. - Na psicofonia consciente o Espírito comu-nicante transmite, telepaticamente, às vezes, à distância, as suas ideias ao médium que as retrata com as suas próprias palavras. Na semiconsciente, o Espírito comunicante, atra-vés do perispírito do médium, entra em conta-to com este, atuando sobre o campo da fala e outros centros motores.

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Na inconsciente, afasta-se o Espírito do médium do seu próprio corpo, que mais livremente é utilizado pelo comunicante. Quando há inteira confiança entre ambos, é como se o médium entregasse um instru-mento valioso nas mãos de um artista emérito que o valoriza. Se o comunicante é rebelde ou perverso, o médium, embora afastado, age na condição de um enfermeiro vigilante a controlar o doente”. (Mediunidade, UEM, p. 52).

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Considerações finais

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De uma mensagem a Kardec, destacamos:

“[…] as minhas vozes íntimas se fazem ouvir em torno de ti e que teu cérebro percebe as nossas inspirações, com uma facilidade de que nem tu mesmo suspeitas. Nossa ação, principalmente a do Espírito de Verdade, é constante ao teu derredor e tal que não a podes negar. Assim sendo, não entrarei em detalhes ociosos a respeito do plano de tua obra, plano que, segundo meus conselhos ocultos, modificaste tão ampla e completamen-te. Compreendes agora por que precisávamos ter-te sob as mãos, livre de toda preocupação outra, que não a da Doutrina. Uma obra como a que elaboramos de comum acordo necessita de recolhimento e de insulamento sagrado. [...]”. (KARDEC, Obras Póstumas, set/1863, p. 341).

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Vejamos o que o próprio Kardec disse sobre a sua sensibilidade mediúnica:

“Sem ter nenhuma das qualidades exteriores da mediunidade efetiva, não contestamos em sermos assistidos em nossos trabalhos pelos Espíritos, porque temos deles provas muito evidentes para disto duvidar, o que devemos, sem dúvida, à nossa boa vontade, e o que é dado a cada um de merecer. Além das ideias que reconhecemos nos serem sugeridas, é notável que os assuntos de estudo e observa-ção, em uma palavra, tudo o que pode ser útil à realização da obra, nos chega sempre a propósito, - em outros tempos eu teria dito: como por encantamento -, de sorte que os materiais e os documentos do trabalho jamais nos fazem falta. ==>

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Se temos que tratar de um assunto, estamos certos de que, sem pedi-lo, os elementos necessários à sua elaboração nos são forne-cidos, e isto por meios que nada têm senão de muito natural, mas que são, sem dúvida, provocados por colaboradores invisíveis, como tantas coisas que o mundo atribui ao acaso”. (KARDEC, Revista Espírita 1867, p. 274, grifo nosso).

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Na Introdução de A Gênese (jan/1868), lemos:

Os mesmos escrúpulos havendo presidido à re-dação das nossas outras obras, pudemos, com toda verdade, dizê-las: segundo o Espiritismo, porque estávamos certo da conformidade delas com o ensino geral dos Espíritos. O mesmo sucede com esta, que podemos, por motivos semelhantes, apresentar como complemento das que a precederam, com exceção, todavia, de algumas teorias ainda hipotéticas, que tive-mos o cuidado de indicar como tais e que de-vem ser consideradas simples opiniões pessoais, enquanto não forem confirmadas ou contradita-das, a fim de que não pese sobre a doutrina a responsabilidade delas. (KARDEC, 2007e,

p. 16-17).

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Primeira edição (18.04.1857):

“86 – Em que momento a criança tem uma alma?'No nascimento'.- Antes do nascimento a criança tem uma alma?'Não'.- Como vive então?'Como as plantas'.

A alma ou Espírito se une ao corpo no momento em que a criança vê o dia e respira.Antes do nascimento a criança só tem a vida orgânica sem alma. Ela vive como as plantas, tendo apenas o instinto cego de conservação, comum a todos os seres vivos”.

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Segunda edição (18.03.1860):

“344. Em que momento a alma se une ao corpo?'A união começa na concepção, mas só se completa no momento do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até o momento em que a criança vê a luz. O grito, que então escapa de seus lábios, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus'”.

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Referências Bibliográficas:ANDRADE, H.G. Espírito, Perispírito e Alma, São Paulo: Pensamento-Cultrix, 2002.AUTORES DIVERSOS. Curso de Educação Mediúnica – 2º ano. São Paulo: FEESP, 1991.DELANNE, G. O fenômeno espírita. Rio de Janeiro: FEB, 1977.DENIS, L. No invisível. Rio de Janeiro: FEB, 1987.GELEY, G. Resumo da Doutrina Espírita. São Paulo: Lake, 2009.KARDEC, A. A Gênese. Rio de Janeiro: FEB, 2007e.KARDEC, A. Obras Póstumas, Rio de Janeiro: FEB, 2006b.KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro: FEB, 2007a.KARDEC, A. O Livro dos Espíritos – primeira edição de 1857. São Paulo: IPECE, 2004. KARDEC, A. O Livro dos Médiuns. Rio de Janeiro: FEB, 2007b.KARDEC, A. Revista Espírita 1863, Araras – SP: IDE, 2000b.KARDEC, A. Revista Espírita 1866. Araras, SP: IDE, 1993i.KARDEC, A. Revista Espírita 1867, Araras – SP: IDE, 1999.KARDEC, A. Revista Espírita 1869, Araras – SP: IDE, 2001b.LOMBROSO, C. Hipnotismo e Mediunidade. Rio de Janeiro: FEB, 1999.SCHUTEL, C. Médiuns e Mediunidades. Matão, SP: O Clarim, 1984.TEIXEIRA, J. R. Desafios da Mediunidade. Niterói, RJ: Fráter, 2012.UEM – União Espírita Mineira. Mediunidade. Belo Horizonte: UEM, 1983XAVIER, F. C. Missionários da Luz. Rio de Janeiro: FEB, 1986.XAVIER, F. C. Nos Domínios da Mediunidade, Rio de Janeiro: FEB, 1987.

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Referências Bibliográficas:FRANCO, D. P. Programa Transição 001 – Mediunidade. Out/2008, disponível em: http://programatransicao.tv.br/divaldo-pereira-franco/programa-transicao-001-mediunidade-video_5955d7952.html, acesso em 11.01.2013, às 07:22hs.Estudo Perspicaz das Escrituras. Vol. 2 – Brasil. STVBT, 1991, p.652http://www.portalespirito.com/doutrina/letra-p.htmhttp://www.espirito.org.br/portal/perguntas/prg-004.html.http://www.paulosnetos.net/index.php/viewdownload/5-artigos-e-estudos/74-possessao-ha-a-posse-fisica-do-encarnado

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Referências Bibliográficas:http://www.ceuazul.org.br/siteimagensHoward-Terpning-Medicine-Man-Of-The-Cheyenne.jpghttp://4.bp.blogspot.com/-aL6GKschJs4/TeEdIWGsX8I/AAAAAAAAQI4/vYoe7yy9rgI/s1600/endemoniado.jpghttp://www.aeradoespirito.net/IMGart1/CC002a.jpghttp://ec.i.uol.com.br/economia/2012/12/11/duvida-interrogacao-pessoas-perguntando-questao-1355237126006_956x500.jpghttp://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/07/livroespiritos-157x240.jpghttp://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/07/mediuns-157x240.jpghttp://www.terceiromileniolivraria.com.br/admin/fotos3/imagem3_9_18_24.jpghttp://cpaevirtual.blogspot.com.br/2009/05/biografia-de-hernani-guimaraes-andrade.htmlhttp://www.espiritnet.com.br/Biografias/biogdeni.htmhttp://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/1c/Lombroso.JPG/250px-Lombroso.JPGhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Gabriel_Delanne.jpghttp://2.bp.blogspot.com/-JMHHTJtPJms/T6c_R7-wxVI/AAAAAAAAOCE/hERArIBF7Bk/s1600/geley.pnghttp://www.feblivraria.com.br/febnet/fotos/Nos-dominios-da-mediunidade-frances-__g79681.jpghttp://www.feblivraria.com.br/febnet/fotos/Missionarios-da-luz__g59742.jpghttp://3.bp.blogspot.com/-xJDxYf_9TIA/TfJqJw5OfaI/AAAAAAAAAMU/omzbqt-oWH4/s320/cairbar-schutel.jpg

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O nosso texto que utilizamos para montar este material em slides foi publicado, em três partes, pela Mythos Editora na re-vista Espiritismo & Ciência, nas seguin-tes edições: nº 70 de maio/2009, p. 6-10; nº 71 de junho/2009, p. 14-18 e nº 72 de julho/2009, p. 6-9.

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Versão 7