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1 ITCMD: INCIDÊNCIA, BASE DE CÁLCULO, RECOLHIMENTO – DISPOSIÇÕES GERAIS – ROTEIRO Sumário Introdução I - Terminologia II - Incidência II.1 - Hipóteses II.2 - Regras gerais aplicáveis na definição da incidência II.3 - Vigência e aplicação das normas III - Local onde será devido o ITCMD IV - Não-incidência e isenção IV.1 - Não-incidência - Hipóteses IV.2 - Isenção - Hipóteses IV.2.1 - Transmissão "causa mortis" IV.2.2 - Transmissão por doação IV.2.3 - Entidades sem fins lucrativos IV.3 - Reconhecimento da não-incidência e da isenção V - Contribuinte do ITCMD VI - Responsável tributário VII - Base de cálculo do ITCMD VII.1 - Regras gerais VII.2 - Situações específicas VII.3 - Bem imóvel ou direito a ele relativo VII.4 - Bem móvel e demais direitos VIII - Alíquota - Cálculo do imposto IX - Recolhimento do ITCMD IX.1 - Transmissão "causa mortis" IX.1.1 - Hipótese de concessão de desconto - Recolhimento no prazo de 90 dias IX.2 - Transmissão por doação IX.3 - Forma de recolhimento IX.4 - Multa e juros IX.5 - Hipótese de dispensa do recolhimento do ITCMD - Valor inferior a 1 UFESP X - Parcelamento - Transmissão "causa mortis" XI - Obrigações acessórias Introdução O Imposto sobre Transmissão "Causa Mortis" e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos - ITCMD é imposto de competência estadual e incide sobre a transmissão de qualquer bem ou direito havido por sucessão ou por doação. Observa-se inicialmente que a legislação do ITCMD está repleta de termos e expressões afeitos ao direito civil, notadamente ao direito das sucessões (ramo do direito civil). Em apertada síntese, o direito das sucessões é o conjunto de princípios e normas que regulam a transferência de bens ou direitos, em razão da morte de alguém ("causa mortis"). Por conta disso, para entender a tributação pelo ITCMD é importante conhecer o significado dos principais termos e expressões do direito civil em geral e do direito das sucessões utilizados na norma. Até porque, ressalta-se que de acordo com o artigo 110 do Código Tributário Nacional a lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados para definir ou limitar competências tributárias.

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ITCMD: INCIDÊNCIA, BASE DE CÁLCULO, RECOLHIMENTO – DISPOSIÇÕES GERAIS – ROTEIRO Sumário Introdução I - Terminologia II - Incidência II.1 - Hipóteses II.2 - Regras gerais aplicáveis na definição da incidência II.3 - Vigência e aplicação das normas III - Local onde será devido o ITCMD IV - Não-incidência e isenção IV.1 - Não-incidência - Hipóteses IV.2 - Isenção - Hipóteses IV.2.1 - Transmissão "causa mortis" IV.2.2 - Transmissão por doação IV.2.3 - Entidades sem fins lucrativos IV.3 - Reconhecimento da não-incidência e da isenção V - Contribuinte do ITCMD VI - Responsável tributário VII - Base de cálculo do ITCMD VII.1 - Regras gerais VII.2 - Situações específicas VII.3 - Bem imóvel ou direito a ele relativo VII.4 - Bem móvel e demais direitos VIII - Alíquota - Cálculo do imposto IX - Recolhimento do ITCMD IX.1 - Transmissão "causa mortis" IX.1.1 - Hipótese de concessão de desconto - Recolhimento no prazo de 90 dias IX.2 - Transmissão por doação IX.3 - Forma de recolhimento IX.4 - Multa e juros IX.5 - Hipótese de dispensa do recolhimento do ITCMD - Valor inferior a 1 UFESP X - Parcelamento - Transmissão "causa mortis" XI - Obrigações acessórias Introdução O Imposto sobre Transmissão "Causa Mortis" e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos - ITCMD é imposto de competência estadual e incide sobre a transmissão de qualquer bem ou direito havido por sucessão ou por doação. Observa-se inicialmente que a legislação do ITCMD está repleta de termos e expressões afeitos ao direito civil, notadamente ao direito das sucessões (ramo do direito civil). Em apertada síntese, o direito das sucessões é o conjunto de princípios e normas que regulam a transferência de bens ou direitos, em razão da morte de alguém ("causa mortis"). Por conta disso, para entender a tributação pelo ITCMD é importante conhecer o significado dos principais termos e expressões do direito civil em geral e do direito das sucessões utilizados na norma. Até porque, ressalta-se que de acordo com o artigo 110 do Código Tributário Nacional a lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados para definir ou limitar competências tributárias.

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Mas não é só em razão da morte de alguém que o ITCMD pode incidir. No tocante aos atos inter vivos (entre vivos), esse imposto também pode incidir nas doações de bens ou direitos. Convém notar que até a Constituição Federal de 1988 competia aos Estados e ao Distrito Federal instituir imposto sobre transmissão, a qualquer título, de bens imóveis (ITBI), ou seja, independentemente de ser onerosa ou não a transmissão; e não havia previsão para incidência de imposto estadual sobre as doações de bens móveis ou imóveis, bem como sobre a transmissão de bens móveis. Após a Constituição Federal de 1988, aos Estados e ao Distrito Federal compete instituir imposto sobre a transmissão de bens móveis ou imóveis "causa mortis" e doações de bens móveis ou imóveis (sem onerosidade). Já aos Municípios foi atribuída a competência para instituir impostos sobre a transmissão onerosa entre vivos de bens imóveis e de direitos reais sobre imóveis (exceto os de garantia). Posto isto, no presente Roteiro de Procedimentos serão tratadas as disposições gerais acerca da tributação pelo ITCMD, tais como incidência, base de cálculo e recolhimento, bem como dos principais termos e expressões afeitos ao direito civil e ao direito das sucessões, no âmbito do Estado de São Paulo, com base na Lei Estadual nº 10.705/2000 e no Regulamento do ITCMD, aprovado pelo Decreto nº 46.655/2002 (RITCMD/SP). I - Terminologia Com o intuito de facilitar a compreensão da tributação pelo ITCMD, segue quadro com os principais termos, expressões e seus respectivos significados (de forma simples), relativos ao direito civil em geral e ao direito das sucessões que são utilizados na legislação desse imposto. Item Termo / Expressão Considerações

I Sucessão legítima (ou sem testamento)

A herança é transmitida aos herdeiros, de acordo com a ordem determinada na lei civil.

II Sucessão testamentária

A herança ou legado (bem individualizado é transferida aos herdeiros ou legatários, por ato de última vontade (testamento).

III Sucessão provisória Transmissão condicional dos bens de pessoa que se encontra ausente (fase do processo de declaração de ausência).

IV Doação Transferência de bens ou vantagens patrimoniais para outrem, sem onerosidade, e de mera liberalidade.

V Herdeiro Aquele que sucede no total ou em parte de herança. Se for por força de lei, é designado herdeiro legítimo; se for em virtude de testamento, é designado herdeiro testamentário.

VI Legatário Quem recebe, em virtude de testamento, determinada coisa ou percentual específico do legado (parte individualizada da herança).

VII Donatário Pessoa favorecida em uma doação.

VIII Bem corpóreo Bem material (com consistência).

IX Bem incorpóreo Bem imaterial (sem consistência material).

X Fideicomisso

O testador elege determinada pessoa como herdeiro ou legatário e impõe certa condição. Verificada tal condição, o fideicomissário transmite a outra pessoa (fiduciário), indicada pelo testador, o legado ou a herança. É uma forma de garantir a herança para gerações futuras.

XI Inventário Levantamento e descrição detalhada do patrimônio de pessoa falecida, para fins de partilha entre os herdeiros.

XII Arrolamento Forma mais simples de inventário (partilha amigável entre herdeiros capazes).

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XIII Meação Parcela dos bens de um casal que fica reservada ao outro cônjuge.

XIV Quinhão Parte que cabe a determinada pessoa na partilha da herança.

XV Renúncia pura e simples Ato pelo qual o herdeiro abre mão de seus direitos sucessórios.

XVI Espólio Conjunto de bens que integram o patrimônio do falecido e que será partilhado.

XVII Usufruto Direito conferido a uma pessoa para usar e colher frutos sobre determinado bem, por determinado período de tempo.

XVIII Nu-proprietário É a pessoa proprietária de bem dado em usufruto.

XIX Abertura da sucessão

Abre-se a sucessão com a morte e desde logo a herança é transmitida aos herdeiros legítimos e testamentários.

XX Sobrepartilha Ocorrida no inventário. Partilha adicional de bens remanescentes ou descobertos após a partilha.

II - Incidência II.1 - Hipóteses O ITCMD incide sobre a transmissão de qualquer bem ou direito havido: a) por sucessão legítima ou testamentária, inclusive a sucessão provisória;

Compreende-se na letra "a" a transmissão de bem ou direito por qualquer título sucessório, inclusive o fideicomisso.

b) por doação. Além disso, o imposto também incide na transmissão de: a) qualquer título ou direito representativo do patrimônio ou capital de sociedade e companhia, tais como ação, quota, quinhão, participação civil ou comercial, nacional ou estrangeira, bem como, direito societário, debênture, dividendo e crédito de qualquer natureza; b) dinheiro, haver monetário em moeda nacional ou estrangeira e título que o represente, depósito bancário e crédito em conta corrente, depósito em caderneta de poupança e a prazo fixo, quota ou participação em fundo mútuo de ações, de renda fixa, de curto prazo, e qualquer outra aplicação financeira e de risco, seja qual for o prazo e a forma de garantia; c) bem incorpóreo em geral, inclusive título e crédito que o represente, qualquer direito ou ação que tenha de ser exercido e direitos autorais.

Nessas transmissões ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos forem os herdeiros, legatários ou donatários.

Fundamentação: artigo 1º, incisos I e II, §§ 1º e 2º e artigo 2º, incisos I a III, todos do RITCMD/SP - Decreto nº 46.655/2002. II.2 - Regras gerais aplicáveis na definição da incidência 1) O ITCMD incide sobre a legítima dos herdeiros, ainda que ela tenha sido gravada (sujeita à limitação, condição ou obrigação), bem como sobre a doação com encargo (sujeita à obrigação), como se o gravame ou o encargo não existisse. 2) Estão compreendidos na incidência do imposto os bens que, na divisão de patrimônio comum, na partilha ou adjudicação, forem atribuídos a um dos cônjuges, a um dos conviventes, ou a qualquer herdeiro, acima da respectiva meação ou quinhão. 3) A transmissão de propriedade ou domínio útil de bem imóvel e de direito a ele relativo, situado no Estado, sujeita-se ao imposto, ainda que o respectivo inventário ou arrolamento seja processado em outro Estado, no Distrito Federal ou no exterior; e, no caso de doação, ainda que doador, donatário ou ambos não tenham domicílio ou residência no Estado de São Paulo.

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4) O bem móvel, o título e o direito em geral, inclusive os que se encontrem em outro Estado ou no Distrito Federal, também ficam sujeitos ao imposto, no caso de o inventário ou arrolamento processar-se: a) neste Estado ou nele tiver domicílio o doador; b) no âmbito administrativo em outro Estado ou no Distrito Federal e o "de cujus" ter domicílio neste Estado no momento do falecimento. Fundamentação: artigo 1º, §§ 3º e 5º e artigo 2º, §§ 1º e 2º, todos do RITCMD/SP - Decreto nº 46.655/2002. II.3 - Vigência e aplicação das normas No tocante à vigência e aplicação das normas relativas ao ITCMD, são aplicadas as seguintes regras: 1) Para fins de tributação, será aplicável a lei vigente à época do fato gerador. 2) Até 31/12/2000 vigorava a Lei nº 9.591/1966, que disciplinava a transmissão de bens imóveis. Por conta disso, até 31/12/2000 não há incidência na transmissão de bens móveis. No caso da transmissão "causa mortis", leva-se em consideração a data do óbito. No caso das doações, também deve ser levada em consideração a data da doação. 3) De 01/01/2001 a 31/12/2001, vigorou a Lei nº 10.705/2000, em sua redação original, ou seja, disciplinava a transmissão de bens imóveis e móveis. 4) A partir de 01/01/2002 passou a vigorar a Lei nº 10.705/2000, com as alterações da Lei nº 10.992/2001. A título exemplificativo, tem-se que se determinado óbito ocorreu em 1995, mas o processo de inventário foi iniciado em 2008, deve ser aplicada a Lei nº 9.591/1966. Fundamentação: artigo 105 do Código Tributário Nacional; Lei nº 9.591/1966; Lei nº 10.705/2000; Lei nº 10.992/2001. III - Local onde será devido o ITCMD De início convém notar que para fins de definição do local onde será devido o ITCMD, leva-se em consideração o fato de o bem ser corpóreo ou incorpóreo. Ademais, o ITCMD será devido, também, sempre que o doador residir ou tiver domicílio no exterior, assim como, no caso de morte, se o "de cujus" possuía bens, era residente ou teve seu inventário processado fora do País: a) sendo corpóreo o bem transmitido: a.1) quando se encontrar no território do Estado de São Paulo; a.2) quando se encontrar no exterior e o herdeiro, legatário ou donatário tiver domicílio neste Estado; b) sendo incorpóreo o bem transmitido: b.1) quando o ato de sua transferência ou liquidação ocorrer no Estado de São Paulo; b.2) quando o ato referido na alínea anterior ocorrer no exterior e o herdeiro, legatário ou donatário, tiver domicílio neste Estado. Fundamentação: artigo 3º do RITCMD/SP - Decreto nº 46.655/2002. IV - Não-incidência e isenção IV.1 - Não-incidência - Hipóteses O ITCMD não incide na transmissão de bens ou direitos ao patrimônio: a) da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios; b) de autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; c) de templos de qualquer culto; d) dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos;

Ressalta-se que a não-incidência mencionada nas letras "b", "c" e "d" acima, somente se refere aos bens vinculados às finalidades essenciais, não alcançando bens destinados à utilização como fonte de renda ou

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como exploração de atividade econômica. e) na renúncia pura e simples de herança ou legado; f) sobre o fruto e rendimento do bem do espólio havidos após o falecimento do autor da herança ou legado; g) sobre a importância deixada ao testamenteiro, a título de prêmio ou remuneração, até o limite legal. Especificamente em relação à letra "d" acima, a aplicação do beneficio da não-incidência fica condicionada à comprovação, pelas entidades, de: 1) não distribuir qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; 2) aplicar seus recursos integralmente no País, exclusivamente na manutenção de seus objetivos institucionais; 3) manter escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. Fundamentação: artigo 150, VI, e §§ 2º ao 4º da CF/88 e artigos 4º e 5º do RITCMD/SP. IV.2 - Isenção - Hipóteses IV.2.1 - Transmissão "causa mortis" Fica isenta do ITCMD a transmissão "causa mortis": a) de imóvel de residência, urbano ou rural, cujo valor não ultrapassar 5.000 UFESPs (R$ 87.250,00 em 2011) e os familiares beneficiados nele residam e não tenham outro imóvel; b) de imóvel cujo valor não ultrapassar 2.500 UFESPs (R$ 43.625,00 em 2011), desde que seja o único a ser transmitido;

Considera-se o valor total e as características de cada imóvel, e não o valor correspondente ao quinhão de cada herdeiro ou legatário.

c) de ferramenta e equipamento agrícola de uso manual, roupas, aparelho de uso doméstico e demais bens móveis de pequeno valor que guarneçam os imóveis referidos nas letras "a" e "b" anteriores, cujo valor total não ultrapassar 1.500 UFESPs (R$ 26.175,00 em 2011); d) de depósitos bancários e aplicações financeiras, cujo valor total não ultrapassar 1.000 UFESPs (R$ 17.450,00 em 2011); e) de quantia devida pelo empregador ao empregado, por Institutos de Seguro Social e Previdência, oficiais ou privados, verbas e prestações de caráter alimentar decorrentes de decisão judicial em processo próprio e o montante de contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e do Fundo de Participações PIS-PASEP, não recebido em vida pelo respectivo titular; f) na extinção do usufruto, quando o nu-proprietário tiver sido o instituidor.

Para o exercício de 2012 a UFESP - Unidade Fiscal do Estado de São Paulo foi fixada em R$ 18,44. A seguir, o valor da UFESP nos últimos exercícios:2011: R$ 17,45 - Comunicado DA nº 88/20102010: R$ 16,42 - Comunicado DA nº 55/20092009: R$ 15,85 - Comunicado DA nº 52/20082008: R$ 14,88 - Comunicado DA nº 53/2007

Fundamentação: Artigo 6º, inciso I e § 4º do RITCMD/SP; Comunicado DA nº 87/2011. IV.2.2 - Transmissão por doação Fica isenta do ITCMD a transmissão por doação: a) cujo valor não ultrapassar 2.500 UFESPs (R$ 46.100,00 em 2012);

Os tabeliães e serventuários responsáveis pela lavratura de atos que importem em doação de bens ficam obrigados a exigir do donatário declaração relativa às doações isentas recebidas do mesmo doador.

b) de bem imóvel para construção de moradia vinculada a programa de habitação popular; c) de bem imóvel doado por particular para o Poder Público.

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Adicionalmente, destaca-se que na transmissão por doação, deverá constar expressamente dos respectivos instrumentos o valor do bem e o fundamento legal que deu base à isenção.

Para o exercício de 2012 a UFESP - Unidade Fiscal do Estado de São Paulo foi fixada em R$ 18,44. A seguir, o valor da UFESP nos últimos exercícios:2011: R$ 17,45 - Comunicado DA nº 88/20102010: R$ 16,42 - Comunicado DA nº 55/20092009: R$ 15,85 - Comunicado DA nº 52/20082008: R$ 14,88 - Comunicado DA nº 53/2007

Fundamentação: Artigo 6º, inciso II e §§ 2º e 3º RITCMD/SP; Comunicado DA nº 87/2011. IV.2.3 - Entidades sem fins lucrativos O ITCMD também é isento nas transmissões "causa mortis" e sobre doação de quaisquer bens ou direitos feitas a entidades sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais sejam vinculados à promoção dos direitos humanos, da cultura ou à preservação do meio ambiente. Para tanto, deverão ser observados os procedimentos estabelecidos e as condições exigidas em resoluções conjuntas editadas pela Secretaria da Fazenda e, de acordo com a natureza da entidade, pela Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, pela Secretaria da Cultura ou pela Secretaria do Meio Ambiente. Nesse sentido, foram editadas as seguintes Resoluções: 1) Resolução Conjunta SF/SC 01/2002 - promoção da cultura; 2) Resolução Conjunta SF/SMA 01/2002 - preservação do meio ambiente; 3) Resolução Conjunta SF/SJDC 01/2002 - promoção dos direitos humanos. Frise-se que para efeito de reconhecimento do direito à isenção, a Secretaria da Fazenda emitirá o documento denominado "Declaração de Isenção do Imposto sobre Transmissão "Causa Mortis" e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos - ITCMD", conforme modelo por ela aprovado, por prazo determinado, que: a) será utilizado pela entidade nos processos em que for interessada; b) poderá ser cassado a qualquer tempo por meio de ato publicado no Diário Oficial do Estado sempre que se verificar que a entidade deixou de preencher os requisitos que ensejaram a emissão desse documento ou de requerer a renovação do reconhecimento do seu direito à isenção no prazo estabelecido pela Secretaria da Fazenda. Ademais, além da notificação, intimação ou aviso mediante publicação no Diário Oficial, o interessado será cientificado da cassação do reconhecimento da isenção por notificação postal remetida ao endereço por ele fornecido, salvo se ele não houver indicado esse endereço à repartição; ou por meio de ciência do interessado nos autos de processo administrativo. Fundamentação: artigo 6º, § 1º e artigo 9º do RITCMD/SP. IV.3 - Reconhecimento da não-incidência e da isenção As hipóteses de não-incidência e de isenção mencionadas a seguir ficam condicionadas a reconhecimento prévio por parte da Secretaria da Fazenda: a) não-incidência na transmissão de bens ou direitos ao patrimônio: a.1) de autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; a.2) de templos de qualquer culto; a.3) dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos; b) isenção na transmissão por doação de bem imóvel para construção de moradia vinculada a programa de habitação popular. Relativamente às transmissões ocorridas na esfera judicial, as seguintes hipóteses, também, ficam condicionadas ao seu reconhecimento pela Secretaria da Fazenda: a) isenção na transmissão "causa mortis":

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a.1) de imóvel de residência, urbano ou rural, cujo valor não ultrapassar 5.000 UFESPs (R$ 87.250,00 em 2011) e os familiares beneficiados nele residam e não tenham outro imóvel; a.2) de imóvel cujo valor não ultrapassar 2.500 UFESPs (R$ 43.625,00 em 2011), desde que seja o único a ser transmitido; a.3) de ferramenta e equipamento agrícola de uso manual, roupas, aparelho de uso doméstico e demais bens móveis de pequeno valor que guarneçam os imóveis referidos nas letras "a" e "b" anteriores, cujo valor total não ultrapassar 1.500 UFESPs (R$ 26.175,00 em 2011); b) isenção na transmissão por doação de bem imóvel cujo valor não ultrapassar 2.500 (R$ 43.625,00 em 2011) UFESPs. Sendo certo que a critério da Administração, referido reconhecimento poderá ser efetuado por meio de manifestação do Agente Fiscal de Rendas, à vista dos autos judiciais levados pelo interessado à repartição fiscal competente. Fundamentação: artigos 7º e 8º do RITCMD/SP. V - Contribuinte do ITCMD São contribuintes do ITCMD: a) na transmissão "causa mortis": o herdeiro ou o legatário; b) no fideicomisso: o fiduciário; c) na doação: o donatário;

Se o donatário não residir nem for domiciliado no Estado de São Paulo, o contribuinte será o doador.

d) na cessão de herança ou de bem ou direito a título não oneroso: o cessionário. Fundamentação: artigo 10 do RITCMD/SP. VI - Responsável tributário Em regra, o contribuinte é obrigado ao recolhimento do tributo. Em outras situações, no entanto, a legislação tributária atribui a um terceiro a responsabilidade pelo pagamento do tributo. Responsável tributário é aquele que sem revestir a condição de contribuinte, isto é, sem dar causa a situação que constitua fato gerador do imposto, fica sujeito ao cumprimento da obrigação em decorrência de disposição expressa em lei. Ante isto, a legislação do ITCMD determina que nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação de recolher o imposto pelo contribuinte, respondem solidariamente com os contribuintes, nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: a) o tabelião, escrivão e demais serventuários de ofício, em relação aos atos tributáveis praticados por eles ou perante eles, em razão de seu ofício; b) a empresa, instituição financeira e bancária e todo aquele a quem couber a responsabilidade do registro ou a prática de ato que implique na transmissão de bem móvel ou imóvel e respectivo direito ou ação; c) o doador, o cedente de bem ou direito, e, no caso do parágrafo único do artigo anterior, o donatário; d) qualquer pessoa física ou jurídica que detiver o bem transmitido ou estiver na sua posse; e) os pais, pelos tributos devidos pelos seus filhos menores; f) os tutores e curadores, pelos tributos devidos pelos seus tutelados ou curatelados; g) os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; h) o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio.

Em todas as hipóteses a responsabilidade é solidária, não comportando, por conseguinte, benefício de ordem, isto é, o imposto pode ser cobrado tanto do contribuinte originário (mencionado no tópico V) quando do responsável tributário, a critério da autoridade competente.

Fundamentação: artigo 11 do RITCMD/SP. VII - Base de cálculo do ITCMD VII.1 - Regras gerais

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A base de cálculo do ITCMD é o valor venal do bem ou direito transmitido, expresso em moeda nacional. Com efeito, considera-se valor venal o valor de mercado do bem ou direito na data da abertura da sucessão ou da realização do ato ou contrato de doação. No caso de sucessivas doações entre os mesmos doador e donatário, serão consideradas todas as transmissões realizadas dentro de cada ano civil, devendo o imposto ser recalculado a cada nova doação, adicionando-se à base de cálculo os valores dos bens anteriormente transmitidos e deduzindo-se os valores dos impostos já recolhidos. No cálculo do imposto não serão abatidas quaisquer dívidas que onerem o bem transmitido, nem as do espólio. Já na hipótese de sobrepartilha, o imposto devido na transmissão "causa mortis" será recalculado para considerar o acréscimo patrimonial de cada quinhão. Fundamentação: artigo 12, §§ 1º e 3º, artigos 14 e 15 do RITCMD/SP. VII.2 - Situações específicas Nas situações específicas a seguir, a base de cálculo é equivalente a: a) 1/3 do valor do bem, na transmissão não onerosa do domínio útil; b) 2/3 do valor do bem, na transmissão não onerosa do domínio direto; c) 1/3 do valor do bem, na instituição do usufruto, por ato não oneroso; d) 2/3 do valor do bem, na transmissão não onerosa da nua-propriedade. Fundamentação: § 2º do artigo 12 do RITCMD/SP. VII.3 - Bem imóvel ou direito a ele relativo O valor da base de cálculo, no caso de bem imóvel ou direito a ele relativo será: a) em se tratando de: a.1) urbano, não inferior ao fixado para o lançamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU (imposto de competência municipal);

Nesta situação, poderá ser adotado valor venal de referência do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis - ITBI divulgado ou utilizado pelo município, vigente à data da ocorrência do fato gerador, desde que não inferior ao valor referido no item "a.1", sem prejuízo da instauração de procedimento administrativo de arbitramento da base de cálculo, se for o caso.

a.2) rural, não inferior ao valor total do imóvel declarado pelo contribuinte para efeito de lançamento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR (imposto de competência federal);

Nesse caso, poderão ser adotados os valores médios da terra-nua e das benfeitorias divulgados pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo ou por outro órgão de reconhecida idoneidade, vigentes à data da ocorrência do fato gerador, quando for constatado que o valor declarado pelo interessado é incompatível com o de mercado.

b) o valor pago pelo falecido ("de cujus") até a data da abertura da sucessão, quando em construção; c) o valor do crédito existente à data da abertura da sucessão, quando compromissado à venda pelo falecido ("de cujus"). Fundamentação: artigo 16 do RITCMD/SP. VII.4 - Bem móvel e demais direitos No que tange ao bem móvel ou direito não abrangido pelo disposto no subtópico VII.3 acima, a base de cálculo do ITCMD é o valor corrente de mercado do bem, título, crédito ou direito, na data da transmissão ou do ato translativo. Caso não haja valor correspondente no mercado, o Fisco admite o que for declarado pelo interessado, hipótese em que tal valor fica sujeito à revisão do lançamento pela autoridade competente. Relativamente às ações, tem-se que o valor das ações representativas do capital de sociedades é determinado segundo a sua cotação média alcançada na Bolsa de Valores, na data da

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transmissão, ou na imediatamente anterior, quando não houver pregão ou quando a mesma não tiver sido negociada naquele dia, regredindo-se, se for o caso, até o máximo de 180 dias. Em tempo, não sendo a ação, quota, participação ou qualquer título representativo do capital social objeto de negociação ou não tiverem sido negociados nos últimos 180 dias, admite-se, para fins de tributação, o respectivo valor patrimonial. Por último, esclareça-se que no caso de dissolução da sociedade, a base de cálculo corresponderá ao valor devido aos herdeiros em razão da apuração de haveres. Fundamentação: artigo 17 do RITCMD/SP. VIII - Alíquota - Cálculo do imposto A alíquota do ITCMD é de 4% e será aplicada sobre o valor fixado para base de cálculo. Fundamentação: artigo 16 da Lei nº 10.705/2000; artigo 29 do RITCMD/SP. IX - Recolhimento do ITCMD IX.1 - Transmissão "causa mortis" Na transmissão "causa mortis", o imposto será pago até o prazo de 30 (trinta) dias, após a decisão homologatória do cálculo ou do despacho que determinar seu pagamento, ou antes da lavratura da escritura pública, no caso de transmissão realizada no âmbito administrativo. Sendo certo que o prazo de recolhimento do imposto não poderá ser superior a 180 (cento e oitenta) dias da abertura da sucessão, sob pena de sujeitar-se o débito ao pagamento de juros e multa, salvo, por motivo justo, o caso de prorrogação desse prazo pela autoridade judicial. Fundamentação: artigo 31, I do RITCMD/SP. IX.1.1 Hipótese de concessão de desconto - Recolhimento no prazo de 90 dias Sobre o valor do imposto devido a título de transmissão "causa mortis", desde que recolhido no prazo de 90 (noventa) dias, a contar da abertura da sucessão, será concedido desconto de 5% (cinco por cento). Fundamentação: artigo 31, I, § 1º do RITCMD/SP. IX.2 - Transmissão por doação Na transmissão por doação o ITCMD será pago: a) no prazo de 15 (quinze) dias do trânsito em julgado da sentença, antes da expedição da respectiva carta ou da lavratura da escritura pública, quando se tratar de partilha de bem ou divisão de patrimônio comum; b) antes da celebração do ato ou contrato da doação que, somada às anteriores, superar o montante de 2.500 UFESPs (R$ 43.625,00 em 2011), dentro do ano civil, relativamente a esta doação e às anteriores até então isentas, quando se tratar de sucessivas doações entre os mesmos doador e donatário; c) se houver reserva do usufruto, do uso ou da habitação sobre o bem, em favor do doador, nos seguintes momentos: c.1) antes da lavratura da escritura, sobre o valor da nua-propriedade; c.2) por ocasião da consolidação da propriedade plena, na pessoa do nu-proprietário, sobre o valor do usufruto, uso ou habitação; c.3) facultativamente, antes da lavratura da escritura, sobre o valor integral da propriedade. d) antes da celebração do ato ou contrato correspondente, nos demais casos. Ademais, devem ser consideradas as seguintes regras quando do recolhimento do ITCMD por doação: 1) Se o ato de doação for formalizado por meio de instrumento particular, os contratantes também ficam obrigados a efetuar o recolhimento antes da celebração e mencionar, no termo de doação, a data, valor e os demais dados da guia respectiva. 2) Os tabeliães e serventuários, responsáveis pela lavratura de atos que importem em doação de bens, ficam obrigados a exigir dos contratantes a apresentação da respectiva guia de recolhimento do ITCMD, cujos dados devem constar do instrumento de transmissão.

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3) Caso a doação seja ajustada verbalmente, aplicam-se, no que couber, as regras já mencionadas, devendo os contratantes fazer constar da guia de recolhimento dados suficientes para identificar o ato jurídico efetivado. 4) Todo aquele que praticar, registrar ou intervir em ato ou contrato, relativo à doação de bens, está obrigado a exigir dos contratantes a apresentação da respectiva guia de recolhimento do imposto. Fundamentação: artigo 31, inciso II, § 2º e 3º do RITCMD/SP. IX.3 - Forma de recolhimento O recolhimento do ITCMD deverá ser feito mediante Guia de Arrecadação Estadual - GARE-ITCMD, que deverá ser gerada por meio de programa emissor, disponível no endereço eletrônico www60.fazenda.sp.gov.br/wps/portal.

A GARE-ITCMD será utilizada para o pagamento, integral ou parcelado, de débito inscrito ou não inscrito na dívida ativa.

A GARE-ITCMD deverá ser gerada com um dos seguintes códigos:

Código Discriminação

015-2 Doações

016-4 doações - débitos inscritos na dívida ativa

017-6 "causa mortis"

018-8 "causa mortis" - débitos inscritos na dívida ativa

019-0 parcelamento "causa mortis" - débitos não inscritos

020-6 parcelamento "causa mortis" - débitos inscritos na dívida ativa

021-8 exigido em Auto de Infração e Imposição de Multa - AIIM

022-0 parcelamento doações - débitos não inscritos

023-1 parcelamento doações - débitos inscritos na dívida ativa

Destaca-se que no caso do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de Direitos a Eles Relativos - ITBI ("Causa Mortis" e Doações), devido, regra geral, ao Estado de São Paulo até o advento da Constituição Federal de 1988, deverá ser utilizada a Guia de Arrecadação Estadual - GARE-DR, com a utilização dos seguintes códigos: a) 013-9 - doações- débitos inscritos na dívida ativa; b) 014-0 - doações; c) 027-9 - "causa mortis" - débitos inscritos na dívida ativa; d) 028-0 - "causa mortis". Fundamentação: artigo 30 do RITCMD/SP e artigos 5º, I e 11 e Tabela I do Anexo I da Portaria CAT nº 126/2011. IX.4 - Multa e juros O imposto não recolhido no prazo determinado na legislação do ITCMD estará sujeito a multa e juros, a partir do dia seguinte ao do vencimento. A multa corresponderá a 0,33% por dia de atraso, até o limite de 20%, calculados sobre o valor do imposto. O montante do imposto recolhido fora do prazo legal fica sujeito a juros equivalentes, por mês, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC, para títulos federais, acumulada mensalmente.

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Os juros equivalerão a 1% para fração de mês, assim entendido qualquer período de tempo inferior a um mês. O valor dos juros deve ser fixado e exigido na data do recolhimento do débito, incluindo-se esse dia. Frise-se, ainda que o Poder Executivo divulgará, mensalmente, a taxa SELIC acumulada para fins de recolhimento do ITCMD em atraso. Fundamentação: artigo 20 da Lei nº 10.705/2000; artigo 32 do RITCMD/SP. IX.5 - Hipótese de dispensa do recolhimento do ITCMD - Valor inferior a 1 UFESP Expressamente, a legislação dispensa o recolhimento do ITCMD, relativamente a cada contribuinte, correspondente a 1 UFESP.

Para o exercício de 2012 a UFESP - Unidade Fiscal do Estado de São Paulo foi fixada em R$ 18,44. A seguir, o valor da UFESP nos últimos exercícios:2011: R$ 17,45 - Comunicado DA nº 88/20102010: R$ 16,42 - Comunicado DA nº 55/20092009: R$ 15,85 - Comunicado DA nº 52/20082008: R$ 14,88 - Comunicado DA nº 53/2007

Fundamentação: Artigo 33 do RITCMD/SP e Comunicado DA nº 87/2011. X - Parcelamento - Transmissão "causa mortis" Há previsão na legislação para que na transmissão "causa mortis", o débito fiscal possa ser recolhido em até 12 (doze) prestações mensais e consecutivas, a critério dos Procuradores Chefes das Procuradorias Fiscal e Regionais, no âmbito de suas respectivas competências. O parcelamento fica condicionado também a que não haja no monte (valor da herança) importância suficiente em dinheiro, título ou ação negociável, para o pagamento integral do débito fiscal. Por débito fiscal entende-se a soma do imposto, das multas, da atualização monetária, dos juros de mora e dos acréscimos previstos na legislação; o qual será consolidado na data do deferimento do parcelamento. Os valores das prestações mensais não poderão ser inferiores a 5 UFESPs (R$ 87,25 em 2011) e serão calculadas, na data do vencimento, com o acréscimo financeiro aplicável ao parcelamento do ICMS. Observe-se que a primeira prestação será paga na data da assinatura do acordo, vencendo-se as seguintes no mesmo dia dos meses subsequentes. Nos casos de transmissão "causa mortis" não será concedido o parcelamento se entre os bens da herança houver importância suficiente em dinheiro, título ou ação negociável para o pagamento integral do débito fiscal. O pedido de parcelamento deverá ser realizado pelo contribuinte do imposto ou procurador devidamente habilitado. Nos casos de transmissão "causa mortis" não será concedido o parcelamento se entre os bens da herança houver importância suficiente em dinheiro, título ou ação negociável para o pagamento integral do débito fiscal. Ressalta-se que o parcelamento será considerado rompido na hipótese de atraso de pagamento superior a 90 (noventa) dias. Ocorrendo o rompimento do acordo, prosseguir-se-á na cobrança do débito remanescente, sujeitando-se o saldo devedor aos juros de mora e aos demais acréscimos legais. O rompimento do acordo acarretará a inscrição do débito na dívida ativa e o conseqüente ajuizamento da execução fiscal. Fundamentação: artigo 32 da Lei nº 10.705/2000; artigos 34 e 35 do RITCMD/SP. XI - Obrigações acessórias

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A legislação do ITCMD determina que o contribuinte, conforme a hipótese de incidência, cumpra determinadas obrigações acessórias (prestações positivas ou negativas no interesse da arrecadação e fiscalização). Dentre tais obrigações destaca-se a entrega de declaração, a ser cumprida na hipótese de doação. Com efeito, o contribuinte fica obrigado a apresentar, até o último dia útil do mês de maio do ano subsequente, uma declaração anual relativa ao exercício anterior, onde deverá relacionar e descrever todos os bens transmitidos a esse título e respectivos valores venais, identificando os doadores e donatários. O contribuinte fica dispensado de cumprir essa obrigação quando: a) a soma das doações realizadas entre o mesmo doador e donatário, no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de cada exercício, não ultrapassar o valor correspondente a 2.500 UFESPs (R$ 43.625,00 em 2011); b) houver recebido uma única doação no exercício, exclusivamente no âmbito judicial; c) todas as doações entre os mesmos doador e donatário tenham ocorrido exclusivamente no âmbito judicial. Na hipótese de doações no âmbito judicial, independentemente da obrigatoriedade da sua inclusão na declaração, o contribuinte, no prazo de 15 (quinze) dias a contar do trânsito em julgado da sentença, fica obrigado a apresentar declaração, que deverá reproduzir todos os dados constantes da partilha, instruída com a guia comprobatória do recolhimento do imposto. Ademais, as Portarias CAT nºs 15/2003, 05/2007 e 19/2007 detalham o cumprimento das obrigações acessórias e os procedimentos administrativos relacionados ao ITCMD, inclusive no que tange ao procedimento para reconhecimento de imunidade ou isenção, bem como acerca dos procedimentos a serem adotados na avaliação judicial dos bens, para fins de determinação da base de cálculo do imposto. Fundamentação: artigos 25 e 26 do RITCMD/SP; Portarias CAT nºs 15/2003, 05/2007 e 19/2007. FONTE: FISCOSoft.

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