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    Universidade Federal de Santa CatarinaDepartamento de Engenharia CivilDisciplina ECV5317 Instalaes I

    PROJETO DE PREVENO CONTRA INCNDIO

    Prof. Enedir Ghisi, PhD

    Florianpolis, Maio de 2004

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    UFSC / Depto de Engenharia Civil / ECV 5317 Instalaes I 2

    Sumrio

    5. Projeto de Preveno contra Incndio................................................................................................35.1. Classificao da ocupao das edificaes................................................................................35.2. Classificao dos riscos de incndios.........................................................................................3

    5.2.1. Risco leve.............................................................................................................................35.2.2. Risco mdio..........................................................................................................................45.2.3. Risco elevado.......................................................................................................................45.2.4. Carga de fogo.......................................................................................................................4

    5.3. Proteo por extintores................................................................................................................75.3.1. Capacidades extintoras........................................................................................................75.3.2. rea de proteo..................................................................................................................85.3.3. Do caminhamento ................................................................................................................85.3.4. Sinalizao e Localizao....................................................................................................85.3.5. Tipo e quantidade de extintores...........................................................................................9

    5.4. Sistema Hidrulico Preventivo...................................................................................................105.4.1. Canalizaes......................................................................................................................105.4.2. Reservatrios .....................................................................................................................10

    5.4.3. Hidrantes ............................................................................................................................125.4.4. Dimensionamento ..............................................................................................................135.4.5. Abrigos de mangueiras ......................................................................................................145.4.6. Linhas de mangueiras........................................................................................................145.4.7. Hidrante de recalque..........................................................................................................155.4.8. Reserva tcnica de incndio (RTI).....................................................................................15

    5.5. Referncias bibliogrficas..........................................................................................................18

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    5. Projeto de Preveno contra Incndio

    Normas pertinentes: Norma de Segurana Contra Incndio Corpo de Bombeiros de SC(NSCI/CBSC, 1994) e NBR 13714 Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a

    incndio (ABNT, 2003).5.1. Classificao da ocupao das edificaes

    Segundo a NSCI (1994), para determinao de medidas de segurana contra incndio, asedificaes sero classificadas da seguinte forma:

    I - Residencial:a) Privativa (multifamiliar);b) Coletiva (Pensionatos, asilos, internatos e congneres);c) Transitria (hotis, apart-hotis, motis e congneres);

    II - Comercial (mercantil e comercial);III - Industrial;IV - Mista (residencial e comercial);V - Pblica (quartis, secretarias, tribunais, consulados e congneres);VI - Escolar (escolas, creches, jardins e congneres);VII - Hospitalar e laboratorial;VIII - Garagens;IX - De reunio de pblico (cinemas, teatros, estdios, igrejas, auditrios, salo de exposies,boates, clubes, circos, centro de convenes, restaurantes e congneres); X - Edificaes especiais:

    a) Arquivos;b) Cartrios;c) Museus;d) Bibliotecas;e) Estaes de rdio e TV;f) Centros de computao;g) Subestao eltrica;h) Centrais telefnicas/telecomunicaes;i) Postos para reabastecimentos de combustveis;j) Terminais rodovirios;k) Oficina de conserto de veculos automotores.

    XI - Depsito de inflamveis;XII - Depsito de explosivos e munies.

    5.2. Classificao dos riscos de incndios

    Para efeito de determinao dos nveis de exigncias do sistema de segurana contra incndio, aNSCI (1994) estabelece que as edificaes devem ser classificadas em funo da ocupao, da

    localizao e da carga de fogo.

    5.2.1. Risco leve

    Sero consideradas de risco leve as edificaes classificadas como:a) Residencialb) Pblicac) Escolard) Reunio de pblicoe) Comercialf) MistaConsidera-se como Risco Leve tambm as edificaes comerciais quando em um nico pavimento

    ou, quando edificaes mistas, com via de circulao independente daquela que serve o fluxoresidencial, e que comportem carga de fogo mdia estimada menor do que 60 kg/m2. A NSCI (1994)

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    estabelece que quando se tratar de vrias instalaes comerciais numa mesma edificao,considera-se para efeito de carga computada, o somatrio delas.

    5.2.2. Risco mdio

    Sero consideradas de risco mdio as edificaes classificadas como:a) Hospitalar-laboratorialb) Garagensc) Comerciald) Industriale) Mistaf) EspeciaisConsidera-se como Risco Mdio tambm as edificaes comerciais, industriais ou mistas quandoinstaladas em mais de um pavimento, com acessos dando em vias de circulao comum (nas mistas,quando houver a sobreposio de fluxos comercial - residencial) e com carga de fogo mdiaestimada entre 60 e 120 Kg/m2.5.2.3. Risco elevado

    Sero consideradas de risco elevado as edificaes classificadas como:a) Comercialb) Industrialc) Mistad) EspeciaisQuando o somatrio das unidades comerciais da edificao mista e as demais comportarem cargade fogo estimada, maior do que 120 Kg/m2.5.2.4. Carga de fogo

    A NSCI (1994) estabelece que o dimensionamento da carga de fogo da edificao deve ser feito de

    acordo com os elementos de clculo constante no seu anexo A e transcritos abaixo.

    Roteiro de clculo para dimensionamento da carga de fogo da edificao:

    1o Levantamento dos materiais combustveis encontrados na edificao, inclusive o mobilirio.

    2o Levantamento do peso estimado dos combustveis.

    3o Relacionar os respectivos poderes calorficos. A NSCI (1994) no apresenta esta informao,mas a Tabela 5.1 mostra o poder calorfico de alguns materiais.

    4o Clculo da quantidade de calor por combustvel atravs da equao 5.1.Qi = Ki Pi (5.1)Onde:Qi = Quantidade de calor para o combustvel i (kcal)K = Poder calorfico do combustvel i (kcal/kg)P = Peso do combustvel i (kg)n = o nmero total de combustveis

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    Tabela 5.1.Poder calorfico de alguns materiais.Material Poder calorfico (kcal/kg)Resduos de comida (mistura) 3324Resduos de frutas 4452Resduos de carne 6919Papel carto 4127

    Revistas 3043Papel jornal 4713Papel (mistura) 4206Papel carto encerado 6513Plsticos (mistura) 7995Polietileno 10402Poliestireno 9140Poliuretano 6237PVC 5430Txteis 4913Borracha 6123Couro 4467

    Resduos de jardim 3613Madeira (verde) 2333Madeiras duras 4641Madeira (mistura) 4620Vidro e mineral 48Fonte: ENS/UFSC

    5o Somatrio das quantidades de calor para cada combustvel atravs da equao 5.2.

    =

    =

    n

    1iiQQ

    (5.2)

    Onde:Q = Quantidade de calor total (kcal)Qi = Quantidade de calor para o combustvel i (kcal)n = o nmero total de combustveis

    6o Clculo da equivalncia em madeira atravs da equao 5.3.

    mm K

    QP =

    (5.3)

    Onde:

    Pm = Poder calorfico equivalente em madeira (kg)Q = Quantidade de calor total (kcal)Km = Poder calorfico da madeira (a NSCI recomenda que se adote 4400 kcal/kg)

    7o Clculo da carga de fogo ideal atravs da equao 5.4.

    A

    Pq m=

    (5.4)

    Onde:q = Carga de fogo ideal (kg/m2)Pm = Poder calorfico equivalente em madeira (kg)

    A = rea da unidade (m2

    )

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    8o Clculo da carga de fogo corrigida. A NSCI (1994) estabelece que quando os combustveisestiverem armazenados ou guardados em depsitos, se determine a carga de fogo corrigidautilizando-se a equao 5.5.

    2

    m

    qqc=

    (5.5)

    Onde:qc = Carga de fogo corrigida (kg/m

    2)q = Carga de fogo ideal (kg/m2)m = Coeficiente de correo (adimensional).

    A Tabela 5.2 apresenta coeficientes de correo conforme apresentados na NSCI (1994).

    Tabela 5.2. Coeficiente de correo para alguns materiais.Material Coeficiente m de acordo com o estado do material

    Solto Empilhado CompactoPequena densidade e

    grande superfcieDensidade e superfcie

    mdiaGrande densidade esuperfcie reduzida

    Algodo 1,2 0,8 0,5Borracha, linleo,plsticos

    1,3 1,0 0,7

    Cereais 1,0 0,8 0,6Coque, antracita, hulhaseca

    0,3 0,2

    Pedaos de madeira,papel

    1,7 1,2 0,6

    Farinha 0,9 0,7 0,5Pele 1,0 0,8 0,6Feno, palha 1,8 1,3 0,9

    Hulha gordurosa, hulhade gs, lignito 0,5 0,4

    L 0,8 0,6 0,4Madeira e produtos demadeira, papelo,mveis

    1,4 1,0 0,5

    Nitrocelulose, celulide 4,0 3,0 2,0Turba, carvo vegetal 0,8 0,6 0,5Seda 1,4 0,9 0,6Materiais lquidos e gasosos Coeficiente mGases combustveis 1,5Lquidos que podem esquentar at seu ponto de inflamao 1,0Lquidos com pontos de inflamao maior que 100C 0,6Fonte: NSCI (1994)

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    Exerccio 5.1. Determinar a carga de fogo em uma edificao com 700 m2 onde existem osseguintes materiais combustveis: 200 kg de madeira dura, 500 kg de piso de borracha, 100 kg dealgodo, 200 kg de papel e 70 kg de plsticos.

    5.3. Proteo por extintores

    Independente do nmero de pavimentos ou da rea total construda, ser exigido Sistema Preventivopor extintores nas seguintes edificaes:

    Residenciais privativas multifamiliares;Residenciais coletivas;Residenciais transitrias;Industriais;Mistas;Pblicas;

    Escolares;Hospitalares, laboratrios e similares;Garagens;Destinadas reunio de pblico ou estabelecimentos para reunio de pblico instalados emedificaes com outros fins;Especiais;Para depsito de inflamveis;Depsitos de explosivos e munies.Edificaes comerciais com rea superior a 50 m2 ou com carga de fogo igual ou superior a 25kg/m2, devero dispor de Proteo por Extintores;O sistema dever apresentar os extintores locados em planta baixa, com o uso de simbologia prpria

    e o registro da capacidade extintora. Os detalhes genricos devero apresentar a cota de instalaodos aparelhos e as sinalizaes.

    Os extintores empregados no sistema preventivo podero ser do tipo manual ou sobre-rodas.

    O nmero mnimo de extintores necessrios para um sistema preventivo, depende:I - Do risco do incndioII - Da adequao do agente-extintor classe de incndio do local a proteger;III - Da capacidade extintora do agente-extintor;IV - Da rea e do respectivo caminhamento necessrio a distribuio dos extintores.V - Da ocupao.

    5.3.1. Capacidades extintoras

    Os extintores so divididos em "CAPACIDADE EXTINTORA" e a condio mnima para que constituauma "CE", obedece a critrios de tipo e quantidade de agente-extintor:

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    I - Espuma: Capacidade extintora igual a 10 litros;II - Gs Carbnico: Capacidade extintora igual a 4 kg;III - P Qumico: Capacidade extintora igual a 4 kg ( base de Bicarbonato de Sdio);IV - gua: Capacidade extintora igual a 10 litros.

    Entende-se por carreta aquele extintor sobre-rodas, provido de mangueira com 5 m de comprimentono mnimo e equipada com difusor ou esguicho, com as seguintes capacidades mnimas:a) Espuma: um extintor de 50 litros;b) Gs Carbnico: um extintor de 30 kg;c) P Qumico: um extintor de 20 kg ( base de Bicarbonato de Sdio);d) gua: um extintor de 50 litros.

    Sero observados os requintes para as mangueiras dos extintores de gua de 3 a 6 mm e pqumico de 10 a 13 mm, observando-se que as conexes devero ser de metal no oxidante e asmangueiras resistentes s intempries, sendo que no podero sofrer reduo do dimetro, quandosubmetidas a um esforo de tenso.

    5.3.2. rea de proteo

    Cada Capacidade Extintora protege uma rea mxima de acordo com o grau de risco, como pode seobservar na Tabela 5.3.

    Tabela 5.3. rea mxima em funo do riscoRisco rea mxima (m2)Leve 500Mdio 250Elevado 250

    5.3.3. Do caminhamento

    Os extintores devem ser, tanto quando possvel, eqidistantes e distribudos de forma a cobrir a rea

    do risco respectivo e que o operador no percorra, do extintor at o mais afastado, umcaminhamento como indicado na Tabela 5.4.

    Tabela 5.4. Caminhamento mximo em funo do riscoRisco Caminhamento (m)Leve 20Mdio 15Elevado 10

    O caminhamento dever ser medido atravs de acessos e reas para circulao, observando-se osobstculos.

    5.3.4. Sinalizao e LocalizaoA localizao e a sinalizao dos extintores obedecero aos seguintes requisitos:

    I - A probabilidade do fogo bloquear o acesso ao extintor ser a menor possvel;II - Boa visibilidade e acesso desimpedido;III - Com exceo das edificaes residenciais multifamiliar ou quando os extintores forem instaladosno hall de circulao comum, dever ser observado:

    a) Sobre os aparelhos, seta ou crculo vermelho com bordas em amarelo, e quando a viso forlateral dever ser em forma de prisma.b) Sobre os extintores, quando instalados em colunas, faixa vermelha com bordas em amarelo,e a letra "E" em negrito, em todas as faces da coluna.

    IV - Com exceo das edificaes residenciais multifamiliares, dever ser instalado sob o extintor, a

    20 cm da base do extintor, crculo com a inscrio em negrito "PROIBIDO DEPOSITAR MATERIAL",nas seguintes cores:a) Branco com bordas em vermelho;

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    b) Vermelho com bordas em amarelo;c) Amarelo com bordas em vermelho.

    V - Nas edificaes industriais, depsitos, garagens, galpes, oficinas e similares, sob o extintor, nopiso acabado, dever ser pintado um quadrado com 1 m de lado, sendo 0,10 m de bordas, nasseguintes cores:

    a) Quadrado vermelho com borda em amarelo;

    b) Quadrado vermelho com borda em branco;c) Quadrado amarelo com borda em vermelho.VI - Os extintores portteis devero ser afixados de maneira que nenhuma de suas partes fiqueacima de 1,70 m do piso acabado e nem abaixo de 1,00 m, podendo em escritrios e repartiespblicas ser instalados com a parte superior a 0,50 m do piso acabado, desde que no fiquemobstrudos e que a visibilidade no fique prejudicada;VII - A fixao do aparelho dever ser instalada com previso de suportar 2,5 vezes o peso total doaparelho a ser instalado;VIII - Sua localizao no ser permitida nas escadas (junto aos degraus) e nem em seus patamares;IX - Os extintores nas reas descobertas ou sem vigilncia, podero ser instalados em nichos ouabrigos de lato ou fibra de vidro, pintados em vermelho com a porta em vidro com espessuramxima de 3 mm, em moldura fixa com dispositivo de abertura para manuteno e devero terinstrues afixadas na porta orientando como utilizar o equipamento. Deve haver tambm dispositivo

    que auxilie o arrombamento da porta, nas emergncias e instrues quanto aos estilhaos do vidro.

    5.3.5. Tipo e quantidade de extintores

    Quando houver diversificao de riscos numa mesma edificao, os extintores devem ser colocadosde modo adequado natureza do fogo a extinguir, dentro de sua rea de proteo.

    Quando a edificao dispuser de riscos especiais, tais como:I - Casas de caldeirasII - Casas de fora eltricaIII - QueimadoresIV - Casas de mquinasV - Galerias de transmisso

    VI - Pontes rolantes (casas de mquinas)VII - Escadas rolantes (casas de mquinas)VIII - Cabines rebaixadorasIX - Casas de bombasDevem as mesmas ser protegidas por Capacidades Extintoras, adequadas natureza do fogo aextinguir e cobrir o risco, independente da proteo geral da edificao. Os extintores devero serlocados e instalados na parte externa dos abrigos dos riscos especiais.

    A NSCI (1994) estabelece no seu Artigo 39 que em edificaes com mais de um pavimento, se utilizeno mnimo duas Capacidades Extintoras para cada pavimento, mesmo que em rea inferior aoexigido para uma capacidade extintora.

    Quando a edificao for comercial (mercantil e/ou escritrio), possuindo lojas independentes e onde

    a porta principal no der acesso circulao comum da edificao, onde estiver instalado o sistemade segurana contra incndio, para cada loja ou sala dever ser previsto, no mnimo, umaCapacidade Extintora.

    Para reas superiores a 400 m2, com risco de incndio elevado obrigatrio o emprego de extintoresmanuais e extintores sobre rodas (carretas). Os extintores sobre-rodas s devem ser localizados empontos centrais da edificao e sua rea de cobertura restrita ao pavimento onde se encontram. Oextintor sobre-rodas s cobrir os pontos de rea que permitir o seu livre deslocamento. No permitida a proteo unicamente por extintores sobre-rodas podendo ser, no mximo, at a metadeda proteo total correspondente ao risco. Quando a edificao dispuser de extintores sobre-rodas,s ser computada, no mximo, a metade da carga para efeito de clculo da Capacidade Extintora.As distncias a serem percorridas pelo operador sero acrescidas da metade dos valores constantespara os caminhamentos dos extintores manuais.

    O Corpo de Bombeiros de Santa Catarina somente aceita os extintores manuais ou sobre-rodas que

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    possurem a identificao do fabricante e os selos de marca de conformidade emitidos por rgosoficiais, sejam de vistoria ou de inspeo, respeitadas as datas de vigncia e devidamente lacrados.

    Exerccio 5.2. Determinar a quantidade de extintores necessrios em uma escola com 4 pavimentosde 400 m2 cada pavimento (20 m x 20 m). Existe um corredor central de 2 m x 20 m.

    5.4. Sistema Hidrulico Preventivo

    Segundo a NSCI (1994), o Sistema Hidrulico Preventivo sob Comando ou Automatizado, dever serlocado em planta baixa, apresentado em esquema vertical ou isomtrico, com os detalhes eespecificaes do sistema e apresentar planilha com os clculos hidrulicos, devendo constar doprojeto, as presses e vazes reais verificadas nos esguichos dos hidrantes mais desfavorveis.

    Em edificaes com 4 ou mais pavimentos ou rea total construda igual ou superior a 750 m2,independente do tipo de uso, ser exigido Sistema Hidrulico Preventivo.

    Quando se tratar de conjunto de unidades isoladas, agrupadas ou em blocos independentes comrea inferior a 750 m2, ser computada a rea do conjunto para efeito da exigncia do SistemaHidrulico Preventivo.

    5.4.1. Canalizaes

    A canalizao do sistema poder ser em tubo de ferro fundido ou galvanizado, ao preto ou cobre eas redes subterrneas exteriores edificao, podero ser com tubos de cloreto de polivinila rgido,fibro-cimento ou categoria equivalente. Nas instalaes internas as tubulaes devero serenterradas a pelo menos 1,20 m de profundidade, observando-se a construo de um nicho com asdimenses mnimas de 0,25 x 0,30 m, guarnecido por tampa metlica pintada de vermelho.

    Em qualquer situao, a canalizao, as conexes e peas do sistema devem suportar pressosuperior a 15 kg/cm2. O dimetro interno mnimo deve ser de 63 mm, devendo ser dimensionadode modo a proporcionar as presses e vazes exigidas por normas nos hidrantes hidraulicamentemenos favorveis.

    As canalizaes, quando se apresentarem expostas, areas ou no, devero ser pintadas devermelho.

    As canalizaes do SHP devem terminar no hidrante de recalque.

    5.4.2. Reservatrios

    O abastecimento do Sistema Hidrulico Preventivo poder ser feito de 3 formas, a seguir descritas:1o) Por Reservatrio Superior

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    a) A aduo ser feita por gravidade, obedecendo os seguintes requisitos:

    1) Estar instalada em compartimentos que permitam uma altura mnima de 4 m, medidos entrea parte inferior do fundo do reservatrio e o hidrante hidraulicamente menos favorvel;2) Dispor de botoeiras junto aos hidrantes menos favorveis, guarnecidas por abrigos do tipo"quebra-vidro", instalado entre 1,20 e 1,50 m do piso acabado;

    3) Ser alimentadas por redes independentes e ligadas a um moto-gerador ou a uma bomba decombusto interna com partida automtica.b) A canalizao do SHP deve ser instalada de modo a ter a sua tomada de admisso no fundo doreservatrio (tomada simples ou em colar);c) A canalizao para o consumo predial deve ser instalada com sada lateral, de modo a assegurara RTI;d) Em reservatrios com clulas independentes, admite-se a sada para consumo pelo fundo doreservatrio;e) Abaixo do reservatrio, a canalizao do SHP dever ser dotada de registro de manuteno nomesmo dimetro da canalizao;f) Abaixo do registro de manuteno dever ser instalada vlvula direcional, no mesmo dimetro dacanalizao, de maneira a bloquear o recalque;g) Tanto o registro, quanto a vlvula, devero ser instalados de modo a facilitar o acesso, o exame

    visual e a manuteno;h) No caso de haver mais de uma prumada no sistema, e essas se intercomunicarem, dever haver apossibilidade de isol-las por meio de registro de paragem, no sendo permitida a instalao deregistro nas colunas;i) Os reservatrios devem ser dotados de dispositivos para acesso a vistoria interna;j) A prumada no SHP apresentar nos pavimentos ou setores um ou mais hidrantes;k) A canalizao para limpeza do reservatrio dever ser metlica, at a altura do registro, quetambm dever ser metlico.

    2o) Por Reservatrio Inferior

    a) Devero estar situados em locais que permitam o acesso desembaraado e ter espao paramanobras de bombas de incndio;

    b) Admite-se como reservatrio, mananciais naturais desde que assegurem a permanncia dosistema;c) As bombas devero ser dimensionadas a fim de garantir as vazes mnimas, em funo da classede risco e o funcionamento de:

    1) 1 hidrante: quando instalado 1 hidrante;2) 2 hidrantes: quando instalados de 2 a 4 hidrantes;3) 3 hidrantes: quando instalados 5 ou 6 hidrantes;4) 4 hidrantes: quando instalados mais de 6 hidrantes.

    d) Ser exigida presso dinmica mnima de:1) 4,0 mca para edificaes de Risco Leve;2) 15,0 mca para edificaes de Risco Mdio;3) 45,0 mca para edificaes de Risco Elevado.

    A presso residual mnima no hidrante mais desfavorvel ser alcanada considerando emfuncionamento simultneo tantos hidrantes, conforme especificado anteriormente;

    e) O sistema dever ter o seu funcionamento assegurado por um motogerador ou uma bomba decombusto interna com partida automtica;f) As bombas devero ser instaladas em compartimentos prprios, que permitam fcil acesso, espaointerno para manuteno e oferea proteo contra a ao das chamas;g) As bombas devem ser de acoplamento direto, sem interposio de correias ou correntes;h) As bombas devem ser instaladas em carga e possuir dispositivos de escorva automtica, cominjeo de retorno permanentemente aberto, com dimetro de 6 mm, ou dispor de outros recursos demodo a garantir a coluna na tomada de admisso.i) As bombas eltricas devero dispor de redes independentes com chave para desarme no quadrode entrada, sinalizada de modo a diferenci-la de outras chaves.

    j) Os condutores do circuito eltrico devem ser protegidos por eletrodutos e possurem traado queos preserve de danos pelo calor e/ou das chamas, de eventuais danos mecnicos, agentes qumicos

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    e da umidade.k) As bombas devem ser instaladas nas canalizaes, dispositivos que absorvam as vibraes forade freqncia, criadas, principalmente, quando na sada da inrcia ou da reposio de carga;l) As bombas afogadas devem ter um registro de paragem instalado na tomada de admisso eprximo bomba, dispositivo para registros de presso negativa;m) As bombas instaladas em mananciais naturais, devem dispor junto vlvula de p, de um sistema

    de ralos e filtros para evitar a entrada de detritos que possam causar danos ao balanceamentohidrulico e/ou mecnico do empeler ou rotor;n) Em sistemas automatizados, quando da entrada de bombas em funcionamento, esta deve seranunciada em monitor com alarme visual/sonoro, instalado preferencialmente em ponto(s) devigilncia ou controle;o) O tempo de comutao da fonte, para a entrada do moto-gerador ou moto-bomba de combustointerna, no deve ser superior a 5 segundos;p) As casas de bombas devem ser amplas para facilitar a manuteno e bem ventiladas de modo afacilitar a dissipao do calor gerado pelos motores;q) Os motores de combusto interna, do gerador e das bombas, devem ter suas tomadas dedescarga dirigidas para o exterior;r) A autonomia mnima para os motores do gerador e das bombas de 2 horas sob a carga mximado sistema;

    s) Na sada da bomba ser obrigatrio a colocao do registro de manuteno e vlvula direcionalpara bloqueio de recalque;t) O sistema deve dispor de canalizao para teste, com dispositivos para os seus desarmesmanuais;u) As bombas devem ter, na casa de bombas, dispositivos para os seus desarmes manuais;v) No mesmo reservatrio dever estar acondicionada a gua para consumo da edificao,observando-se as alturas das tomadas de admisso das bombas, de modo a assegurar a RTI;w) No caso de impossibilidade tcnica de construo, plenamente comprovada, admitir-se-, odesmembramento do reservatrio inferior no mximo em 04 unidades interligadas pelo fundo, emsistema de vasos comunicantes, com dimetro mnimo de 15 cm;x) O reservatrio dever possuir dispositivos antivrtice;y) As tomadas de admisso das bombas sero independentes.

    3o

    ) Por Castelo D'gua

    a) Os reservatrios elevados do tipo Castelo D'gua podero ser montados em estruturasindependentes da edificao ou edificaes que o sistema ir proteger ou instalados em cotadominante do terreno;b) O sistema, partindo desses reservatrios, poder alimentar a rede de hidrantes internos e/ouexternos, observando-se as condies mnimas de presso e vazo;

    5.4.3. Hidrantes

    Os hidrantes devero sempre ocupar lugares de modo a se proceder a sua localizao no menortempo possvel. Devem ser instalados, preferencialmente, dentro do abrigo de mangueiras, de modoque seja permitida a manobra e substituio de qualquer pea.

    Em instalaes de risco Mdio ou Elevado, os hidrantes devem ser sinalizados com um quadrado decor amarela ou vermelha com 1 m de lado, pintado no piso e com as bordas de 10 cm, pintados nacor branca; Os hidrantes devem ser dispostos de modo a evitar que, em caso de sinistro, fiquembloqueados pelo fogo.

    Para as edificaes de risco Leve, os hidrantes tero sada singela, enquanto nas edificaes derisco Mdio ou Elevado, tero sada dupla.

    Quando externos, os hidrantes devem ser localizados tanto quanto possvel afastados das paredesda edificao, no podendo, no entanto, distar mais de 15 m.

    No haver exigncia de colocao de hidrantes de parede nos mezaninos e sobre-lojas que

    possuam at 100 m2 de rea, desde que os hidrantes do pavimento assegurem a proteo, conformeo estabelecido no caminhamento.

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    Onde:J a perda de carga unitria (mca/m);Q a vazo (m3/s);C o coeficiente de rugosidade;D o dimetro da tubulao ou da mangueira (m).

    Segundo a NSCI (1994), deve-se adotar coeficiente de rugosidade de 120 para as canalizaes e de140 para as mangueiras com revestimento interno de borracha.

    5.4.5. Abrigos de mangueiras

    Os abrigos tero, preferencialmente, forma paralelepipedal, com as dimenses mximas de 0,90 mde altura, por 0,70 m de largura, por 0,20 m de profundidade, para as instalaes de risco Leve. Parainstalaes de risco Mdio e Elevado devero ser observadas dimenses que permitam abrigar comfacilidade os lances de mangueira determinados para cada projeto.

    As portas dos abrigos devero dispor de viseiras de vidro com a inscrio "INCNDIO", em letrasvermelhas com as dimenses mnimas: trao de 0,5 cm e moldura de 3 x 4 cm. A porta do abrigodever possuir dispositivos para ventilao, de modo a evitar o desenvolvimento de fungos e/ou

    lquens no interior dos abrigos.

    Em edificaes residenciais, quando separado do hidrante de parede, o abrigo de mangueira nopoder ser instalado a mais de 3 m de distncia.

    Os abrigos de mangueiras podero ser dotados de dispositivos de fechamento chave, devendoobservar:I - As dimenses devem atender s exigncias das normas;II - Os dispositivos utilizados devem permitir a rpida abertura dos abrigos;III - A chave (ou outro dispositivo que possibilite a abertura) deve estar situada ao lado do abrigo demangueiras;IV - O abrigo para a chave deve possuir dimenses mnimas de 0,10 x 0,15 x 0,04 m;V - A parte frontal do abrigo da chave deve ser envidraada, contendo informaes quando a sua

    destinao e forma de acion-la.

    Os abrigos podero tambm dispor de fachada envidraada, devendo-se observar:a) Fachada em moldura, que no reduza as dimenses internas do abrigo de mangueiras - destinadoa acomodar a mangueira que o caminhamento exija;b) Ser em vidro com espessura mxima de 3 mm;c) Dispor de identificao com a inscrio "incndio" em cor amarela, meia porta;d) Deve apresentar no tero mdio inferior, instrues quanto ao uso do equipamento, ressaltando,particularmente, a necessidade de ser quebrado o vidro para acesso e uso do hidrante e cuidadoscom relao aos estilhaos;e) Os abrigos devem ter rea para ventilao, com o objetivo de evitar o desenvolvimento de lquense/ou fungos, igual a 10% da rea envidraada, na parte superior e inferior;f) Possuir afixado ao abrigo dispositivo para auxiliar no arrombamento da fechadura, de forma a se

    apresentar bem identificado;g) Ter drenagem, atravs de orifcios com pingadeiras, na parte inferior do abrigo;h) Deve possuir dispositivo ou permitir a sua abertura para manuteno ou vistoria.

    5.4.6. Linhas de mangueiras

    As linhas de mangueiras, dotadas de juntas de unio, tipo Storz, no podero ultrapassar ocomprimento mximo de 30 m.

    Quando o caminhamento mximo for de 30 m, as mangueiras devero ser em dois lances detamanhos iguais.

    As mangueiras devero ser previstas de modo a no existirem reas brancas.

    As mangueiras devero resistir presso mnima de 8,5 kg/cm2.

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    Os dimetros mnimos das mangueiras e os requintes a serem adotados nos esguichos, deveroobedecer aos valores indicados na Tabela 5.6.

    Tabela 5.6. Dimetro da mangueira e do requinte em funo do grau de riscoRisco Dimetro da mangueira Dimetro do requinte

    Leve 38 mm (1 1/2") 13 mm (1/2")Mdio 63 mm (2 1/2") 25 mm (1")Elevado 63 mm (2 1/2") 25 mm (1")

    As mangueiras devem ser flexveis, de fibra resistente umidade e com revestimento interno deborracha. Devero estar acondicionadas nos abrigos, de modo a facilitar o seu emprego imediato.

    As mangueiras podero ser dotadas de esguicho de vazo regulvel, em substituio ao esguichocom requinte, desde que a presso residual, medida no esguicho, atenda s exigncias de pressomnima. Em parques de armazenamento e/ou depsito de lquidos inflamveis com risco Mdio eElevado, os esguichos devero ser do tipo vazo regulvel.

    5.4.7. Hidrante de recalque

    O hidrante de recalque ser localizado preferencialmente junto via pblica, na calada ou embutidoem muros ou fachadas, observando-se as mesmas cotas para instalao dos hidrantes de parede.Poder ser instalado junto via de acesso de veculos, via de circulao interna, de modo a seroperado com facilidade e segurana e em condies que lhe permitam a fcil localizao.

    O hidrante de recalque ser dotado de vlvula angular com dimetro de 63 mm, dotado de adaptadorRxS de 63 mm com tampo cego.

    O abrigo do hidrante de recalque dever ser em alvenaria de tijolos ou em concreto, com asdimenses mnimas de 0,50 x 0,40 x 0,40 m, dotado de dreno ligado canalizao de escoamentopluvial ou com uma camada de 0,05 m de brita no fundo, de modo a facilitar a absoro da gua,quando a ligao do dreno com a canalizao no puder ser efetuada. A borda superior do hidrante

    de recalque no pode ficar abaixo de 0,15 m da tampa do abrigo, e o hidrante dentro do abrigo,instalado em uma curva de 45, deve ocupar uma posio que facilite o engate da mangueira, noprovocando quebra com perda de carga. A tampa do abrigo do hidrante de recalque ser metlicacom as dimenses mnimas 0,40 x 0,30 m e possuir a inscrio INCNDIO. O hidrante de recalquepoder ser instalado em um nicho (quando for em paredes), observando as dimenses de 0,40 x0,50 x 0,20 m, projetando a sada para frente; deve constar a inscrio incndio na viseira da portaem fibra de vidro, com eixo pivotante; deve dispor de dreno em pingadeiras.

    Em edificaes residenciais proibido o uso de vlvula de reteno que impea a retirada de guado sistema, atravs do hidrante de recalque.

    permitida a interligao de duas ou mais colunas em um nico hidrante de recalque, no caso deconjuntos residncias em blocos, desde que os reservatrios elevados se apresentem na mesmacota e com a mesma altura.

    5.4.8. Reserva tcnica de incndio (RTI)

    A reserva tcnica de incndio ser dimensionada de tal forma que fornea ao sistema umaautonomia mnima de 30 minutos.

    No dimensionamento da reserva tcnica de incndio, devero ser consideradas as seguintes vazes:a) Risco Leve - A vazo no hidrante mais favorvel (maior presso), acrescido de 2 minutos porhidrante excedente a quatro;b) Risco Mdio e Risco Elevado - As vazes nos hidrantes mais desfavorveis (menor presso),considerando em uso simultneo:1) 1 hidrante: quando instalado 1 hidrante;2) 2 hidrantes: quando instalados de 2 a 4 hidrantes;3) 3 hidrantes: quando instalados 5 ou 6 hidrantes;

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    4) 4 hidrantes: quando instalados mais de 6 hidrantes; e acrescentar 2 minutos por hidranteexcedente a quatro.

    Exemplo 1: Prdio de 6 pavimentos com 1 hidrante por pavimento

    No caso de risco leve, calcula-se a vazo no hidrante mais favorvel (Q6, nopavimento trreo) atravs da Eq 5.7. A RTI ser dada por:

    RTI = Q6 (30min + 4min) [litros]

    No caso de risco mdio ou elevado, como tem-se 6 hidrantes, considera-se os 3hidrantes mais desfavorveis em uso simultneo. Assim, calcula-se as vazes noshidrantes Q1, Q2 e Q3, da cobertura para baixo atravs da Eq 5.7. A RTI ser dadapor:

    RTI = (Q1+Q2+Q3) (30min + 4min) [litros]

    Exemplo 2: Prdio de 1 pavimento com 7 hidrantes na mesma cota (H1 maisprximo do reservatrio)

    No caso de risco leve, calcula-se a vazo no hidrante mais favorvel (Q1)) atravsda Eq 5.7. A RTI ser dada por:

    RTI = Q1 (30min + 6min) [litros]

    No caso de risco mdio ou elevado, como tem-se 7 hidrantes, considera-se os 4hidrantes mais desfavorveis em uso simultneo. Assim, calcula-se as vazes noshidrantes Q4, Q5, Q6 e Q7, atravs da Eq 5.7. A RTI ser dada por:

    RTI = (Q4+Q5+Q6+Q7) (30min + 6min) [litros]

    Em edificaes de risco leve, a RTI mnima deve ser de 5000 litros.

    A RTI, quando em reservatrio subterrneo, ser o dobro da previso para a do reservatrio elevado,para todas as classes de risco.

    Admite-se o desmembramento da RTI em reservatrio elevado em clulas separadas com unidadesequivalentes, desde que estas sejam interligadas em colar ou barrilete e abasteam o mesmosistema. Quando o reservatrio for inferior e em clulas separadas, estas tero que serdesmembradas em unidades equivalentes.

    Blocos de edificaes podero ter suas prumadas alimentadas por um nico reservatrio elevado(superior ou em Castelo d'gua), desde que este comporte as RTI mnimas para cada um dos blocos.

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    Exerccio 5.3. Determinar a RTI para um edifcio residencial com 4 pavimentos. O p-direito de cadapavimento e a altura entre o fundo do reservatrio e a laje de cobertura de 3,00 m; a altura entre alaje de cobertura e a tubulao para o primeiro hidrante de 1,50 m.

    Exerccio 5.4. Verificar se a presso no hidrante mais desfavorvel do exerccio anterior atende asexigncias da NSCI/CBSC (1994).

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    Exerccio 5.4 (continuao)

    Exerccio 5.5. Determinar a RTI para um edifcio residencial com 12 pavimentos. O p-direito decada pavimento e a altura entre o fundo do reservatrio e a laje de cobertura de 3,00 m; a altura

    entre a laje de cobertura e a tubulao para o primeiro hidrante de 1,50 m.

    5.5. Referncias bibliogrficas

    NSCI/94 Norma de Segurana Contra Incndios, Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, 1994.Disponvel em http://www.pm.sc.gov.br/ccb/cat/

    ABNT (2003) NBR 13714 Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incndio. Riode Janeiro.