in brasil moderno precisa investir no ibge

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ANO UI - JANEIRO DE 1990 - N 12 33 reverter a situação de tudo estar extremamente concentrado na Sede. Para que isso aconteça, entre outras coisas, é necessário investir na capacitação do pessoal das Unidades Regionais para integrá-lo efetivamente ao corpo técnico da Instituição. A opinião de David Wu Tai, Diretor-Geral, está na página 4. permanentemente, sobre o seu passado e seu presente. Nesse sentido, acho que o IBGE é uma Instituição de futuro. Entrevista com o Diretor de Pesquisas, Lenildo Fernandes Silva, na página 4. U In Brasil moderno precisa investir no IBGE Se o cenário que prevalecer no futuro for o de um Brasil moderno, que procura não só crescer mas fazer com que esse crescimento 1:raga benefícios para a sociedade como um todo; se o Brasil quiser deixar o rol dos países subdesenvolvidos, atrasados, ele precisa investir no IBGE. E aí é fundamental que o IBGE se tome uma Instituição também moderna e ágil, como o Brasil que a gente quer. parater .um IBGE todo C..."""?' informatizado. Assim, . a coleta de dados seria em um questionário digitalizado, ligado diretamente a um computador, que faria a crítica dos dados e responderia de imediato ao entrevistador, no mesmo instante de sua interação com o entrevistado . José Sant'Anna Bevilaqua, Diretor de Informática, fala deste assunto na página 5. Mas se o cen_ ário for o de um Brasil estagnado, atrasado, o IBGE perde muito em importância. De qualquer forma, é bom lembrar que a sociedade sempre precisará de informações que retratem a sua realidade, por mais complicada que ela seja. Esta é a visão de Charles Curt Mueller, Presidente do IBGE, que está na página 3 desta edição. Éintençãodo t-r;§$ Governo Federal # :::::: de ordenamento territorial c:S$ e a Amazônia é, certamente, a porção do território a merecer os maiores cuidados diante da · disponibilidade de recursos naturais. Mais detalhes com o Diretor de Geociências, Mauro Mello, na página 5.

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Page 1: In Brasil moderno precisa investir no IBGE

ANO UI - JANEIRO DE 1990 - N 12 33

~~ ~ ~~B~~ ~ ·~ reverter a situação

~ fil.J~ de tudo estar

-<tf\~ ~ extremamente concentrado

~ ~ ,...~ ~ na Sede. Para que

~ ~ isso aconteça, entre outras coisas,

• X~ é necessário investir na capacitação do

~ ~ pessoal das Unidades Regionais

~V para integrá-lo efetivamente ao corpo técnico

da Instituição. A opinião de David Wu Tai,

Diretor-Geral, está na página 4.

permanentemente, sobre

o seu passado e seu presente.

Nesse sentido, acho que o IBGE

é uma Instituição de futuro. Entrevista

com o Diretor de Pesquisas, Lenildo

Fernandes Silva, na página 4.

U In Brasil moderno precisa investir no IBGE

Se o cenário que prevalecer no futuro for o de um Brasil moderno, que procura não só crescer mas fazer com que

esse crescimento 1:raga benefícios para a sociedade como um todo; se o Brasil quiser deixar o rol dos países

subdesenvolvidos, atrasados, ele precisa investir no IBGE. E aí é fundamental que o IBGE se tome uma Instituição

também moderna e ágil, como o Brasil que a gente quer.

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~ ~ ~X~ . a coleta de dados seria ~"""?' ~ em um questionário ~9 digitalizado, ligado diretamente

('~ a um computador, que faria a ~~ crítica dos dados e responderia de

.~ imediato ao entrevistador, no mesmo ~ instante de sua interação com o

entrevistado . José Sant'Anna Bevilaqua, Diretor de Informática, fala deste assunto na página 5.

Mas se o cen_ário for o de um Brasil estagnado , atrasado, o IBGE perde muito em importância. De qualquer forma, é bom lembrar que a sociedade sempre precisará de informações que retratem a sua realidade, por mais complicada que ela seja. Esta é a visão de Charles Curt Mueller, Presidente do IBGE, que está na página 3 desta edição.

.~~ ·~'. ~~ Éintençãodo

t-r;§$ ~ Governo Federal

# (~~ integ:~::~:~~ :::::: ~ ~ de ordenamento territorial

c:S$ e a Amazônia é , certamente, a

~ ~ porção do território a merecer os

~ maiores cuidados diante da

~ · disponibilidade de recursos naturais.

Mais detalhes com o Diretor de

Geociências, Mauro Mello, na página 5.

Page 2: In Brasil moderno precisa investir no IBGE

Página 2

EDITORIAL

Este é o nosso primeiro encontro nes­te in(cio dos anos 90, neste in(cio de

ano de Censo. No ar, muita expectativa, muita esperança. Balanço. Bola pra fren­te. Há muito o que fazer. Refletir. Muito para contar, para se encontrar.

Com esta, são 34 edições do Jl, con­tando a de número zero e a especial da Confest - . e fora a publicação CENSO em REVISTA, que está começando - e Isto é também motivo para comemorar. E comemoramos com a palavra da direção e de funcionários desta Casa sobre, o seu futuro, o seu destino, a sua missão.

Cá entre nós da Comunicação Social, é o que chamamos de "Projeto Compro­misso", um compromisso que cada um de nós se sente motivado a assumir, às vezes apenas pelo simples fato de estar passan­do por aqui ou po.r aqui ficar ou estar há muito tempo.

Para quem tem o privilégio, isso mes­mo, de viver o IBGE, indo fundo nos pro­blemas, refletindo e colaborando para acertar caminhos, não há como escapar de continuar apostando n'esta Casa, cuja credibilidade vem da integridade e capaci­dade de seu corpo técnico, da garra dos seus funcionários; cuja credibilidade tem sido, a cada momento, conquistada por­que quem a tem levado para a frente - e continuará a lev&-la - bota fé, acredita.

Não há, mesmo, como escapar de apostar que todos os horizontes do Brasil contêm o IBGE.

Presidente da República JoMSarney

Ministro-Chefe da Secre~ria de Planejamento e Coordenaç!io Joio Ballota de Abreu

Secret~rio -Geral

Ricardo Lu'• Santiago

FUNDAÇÃO INSillUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTA TISIICA - IBGE

Preoldente: Chorles Curt Mueller

Dlretor·G...al: David Wu Tai

Diretor de Peequln•: LenUdo Fernandes Silva

Diretor de Geoclêncla•: Mauro Pereira de Mello

Diretor de lnform6tlca: José Sant'Anna Bevilaqua

JORNAL DO IBGE ANO 111 - JANEIRO DE 1990 - N? 33

Publicaçao mensal destinada aos funcion~rios do IBGE Editado pela Coordenadoria de Comunlcaç3o Social - Avenida Franklin Roose· vek. 194. 9~andar- Tel.: (021) 220-1222

Editora Reoponaivel: Shirley Soares (Reg. 12.466 MT. RJ)

Editor Aaolotente: Paulo Roberto C4rdooo

Redaçlo e Reportagem: Edson Ferreire, Fitima Santos, Merco Santos, Rob­son Waldhelm e Tereu~ Rodrigues

Equipe de Apolo: Andreo Rodrigues , Gisele Wolguemuth , Luiz Roberto Ma­chado, Maria Goreth Sala e Nêlio Machado

Programaçlo Gr6flco-Edltorlal: Gerência de Edlloraçlo

Fotocompoolçlo, Arte·Finallaaçlo, lmpreulo e Clrculaçlo: Centro de Documentaçao e Dissemlnaçlo de Informações - CDDI/Departomento de Pro­duç6o Gr6flco e Gerl!ncla de MorkeHng.

Tiragem: 14.000 exemplares

Permitido a tronscrlçlo lolol ou parcial do matbta publicado no Jornal do IBGE. desde que citada a fonte .

JORNAL DO IBGE- Janeiro de 1990

PROMOÇÃO DO MÊS A Editora Nova Fronteira enviou cinco exemplares

de Memórias de Aldenham H ouse para serem sortea· dos este mês .

Para concorrer à 15~ Promoção do Mês, responda corretamente à pergunta do teste e remeta o cupom para o Jornal do IBGE - 15~ Promoção do Mês -Av. Franklin Roosevelt, 194, 9? andar - CEP 20.021, Rio de Janeiro, RJ .

MEMÓRIAS DE ALDENHAM HOUSE

Memórias tfJ4Jdenf.urn

House

Antônio Callado

308páginas Editora Nova Fronteira

O livro relata as memórias fictícias do personagem Perseu de Souza, que, junto com outros latino­americanos, foi acomodado pela BBC em Londres, na mansão Alde­

nham House. Suspense, mistério e talento se aliam nesta obra do mesmo autor de Quarup.

O Recenseamento Geral acontece a cada ........ anos .

Nome ............................................ . Lotação .......................................... . Telefone/Ramal ............................... . Cidade .. ............... Estado ................ .

Sorteados nos testes 129, 139 e 149: Geneide de Macedo Gadelha (Unidade Regional- PB) , Lucimar Marins (SRH/Derhu), Vera Maria G. Vilanova (DPE/CCA), Rod­ney Loyola M. da Silva (Unidade Regional- SE), Francisca Araújo Peixoto (Unidade Regional- PB) , Jamile Prúcoli (Unidade Regional- ES), Hélio Higa (Unidade Regio­nal- PR), Tereza Neumann Leiros de Azevedo (Unidade Re­gional- RN) , Antonio Costa Moreira (Unidade Regio­nal- CE), Lilian Miranda Silva (Unidade Regional- ES), Ni­valdo Conceição Pimentel (Unidade Regional- MG), Odicea Arantes Matos (Dl/Biblioteca) e Ricardo de Monra Barbagli (Unidade Regional- RS) .

PSICOTERAPIA

Pasep Carlos Rubens Montes Pinto, da Agência Rio Casca/MG, quer receber o extrato atualizado do Pasep.

( ... ) Achei plausível a atitu­de do IBGE, através de ne­gociações dos Acordos Coletivos de Trabalho, de incluir como uma das cláusulas o pagamento do Pasep pelo sistema Fopag. Tenho porém uma dúvida: quando o pagamento era efetuado pela rede bancária, o participante re­cebia o extrato detalhado do movimento durante o ano . ( ... ) Com a implan­tação desse sistema, só te­nho conhecimento do ren­dimento que me foi ou está sendo creditado na conta corrente . Pergunto : como conseguir esse extrato? Penso que o mesmo deveria ser entre­gue aos servidores do IBGE juntamente com o contracheque. ( ... ) É nos­so direito tê-lo em mãos. A

• Adulto • Adolescente

• Casal • Criança

PSICOLOGOS .

Sandra Lucia Lopes - CRP 05/14581 Sergio Garbati Gorenstin - CRP 05/12022

TEL: 205·1750

FONOAUDIOLOGIA DISTúRBIOS

• técnica vccal • da fala • dicção • da escrita • cratÓria • da leitura

Reeducação Psicomotora

Jl"ria jsatel ç);{ra J..ucches1 FONOAUDIOLOGA

Rua Mariz e Barros. 292 - CLINOP TEL .: 284-5242(consultóriol/248-6968 (casal

quem reclamar ou mesmo solicitar esclarecimentos? N.R.: O superintendente­adjunto da SRH, Sérgio Roberto Boa Nova, escla­rece que, segundo infor­mação do Banco do Brasil, os extratos deverão ser re­metidos ao IBGE, no máximo até este mês . O J/ enviou a sua carta para a SRH, que está à dispo­sição para maiores infor­mações, no seguinte ende­reço: Av. Franklin Roose­velt, 146 - 49 andar -20.021 - Rio de Janeiro .

Transferência Olindo Frazeto Filho, lo­tado na DEGE/MS, em Campo Grande, deseja transferir-se para o Estado do Paraná.

( ... )Sou Técnico de Apoio Administrativo 1 e estou querendo fazer permuta com outro servidor para a Delegacia do Paraná ou para as seguintes Agên­cias: Maringá, Londrina, Ponta Grossa ou Paranavaí. Meu endereço: IBGE -Rua Barão do Rio Branco, 1.431 - Centro - Caixa Postal 264 - Te!. : (067) 721-1162.

Documento expressivo Wilson Távora Maia, As­sessor do CDDI, 44 anos de IBGE, elogia o JI de novembro.

( ... ) O Jornal do IBGE, de novembro de 1989, ocu­pará lugar expressivo entre os documentos que forem selecionados para consti­tuir o acervo contendo a fascinante história do IBGE, pela coincidência de vir a público essa edição quando se comemoram os 100 anos da República, com a época das eleições para a Presidência, quase 30 anos após as últimas ( ... ) e pela respeitável e oportuna opinião expres­sa, sobre o papel de nossa Casa, pelos 22 ilustres pre­sidenciáveis. O fato, inédi­to, causou-nos intenso e compreensível orgulho, re­cordando-se que o órgão, nem sempre tratado com a respeitabilidade que mere­ce, obteve unânime consa­gração e reconhecimento de todos aqueles ilustres patrícios, neste momento histórico em que vivemos. ( ... ) Desse modo, esse fei­to jornalístico convém ser assinalado , como o faço modestamente, com esta, creditando-se a seus auto­res um marco expressivo na existência do IBGE e os parabéns de todos os lbgeanos.

João de Oliveira Avelino, titular da Unidade Regio­nal do Acre. Cumprimento toda a equi­pe da CCS pela extraor­dinária edição do JI de novembro e agradeço a pronta e eficiente colabo­ração dispensada à Unida­de Regional do Acre .

Page 3: In Brasil moderno precisa investir no IBGE

JORNAL DO IBGE- Janeiro de 1990

''Se a realidade , . e uma cmxa-preta ... as ações ficam complicadas e as decisões saem- erradas''

Charles Curt Mueller já viven­ciou o dia-a-dia do IBGE como seu funcionário, Diretor de Agrope­cuária, Recursos Naturais e Geo· grafia; Assessor da Presidência; Coordenador de Projeto Especial; membro da Comissão Especial de Planejamento, Controle e Avalia­ção das Estatísticas Agropecuárias - Cepagro, e, há quase dois anos, como seu Presidente.

Ele vê um primeiro momento ainda de muita dificuldade para a Casa e garante que "isso tem a ver com a situação de quase falência do setor público. As atividades normais do IBGE sofrerão este ano e no próximo restrições orça­mentárias". E vai adiante, alertan­do: "O setor público está em crise e todo mundo concorda que as ne­cessidades da nação são muito maiores do que os recursos gera­dos por impostos. Isto tem que ser revertido".

Charles Mueller mencionou a III Confest como um marco na área das estatísticas. "Algumas dessas áreas precisam mais atenção no futuro. A área de Geociências, também", diz, acrescentando:

- Não é só uma questão de ma­pear novas pesquisas, inquéritos, modernizar parque de computa­ção, de equipamentos ... É também uma questão de investimento em recursos humanos. Nós temos uma carência muito grande de t~~nicos qualificados' e precisa­mos investir, inclusive, na forma­ção e aperfeiçoamento de pessoal. JI - E a proibição de contratações não vai impossibilitar essa renova­ção? CM - Mais cedo ou mais tarde, será inadiável alguma renovação, por con­tratação. Mas, além disso , o IBGE faria bem se investisse mais em seu pessoal. JI - Mas já não há preocupação . em investir no pessoal? CM - É claro que isso já vem aconte­cendo, mas deveria ocorrer em escala bem maior. E não ocorre , principal­mente, por dificuldades orçamentárias .

JI - Essas dificuldades não impe­diram que se acreditasse em pla­nejamento estratégico, não é? CM - O planejamento estratégico é uma tentativa de coordenar as nossas ações básicas num horizonte maior. O que acontece muito hoje em dia no se­tor público, de uma maneira geral, é

que se vive o dia-a-dia administrando crises . Faltam recursos , orçamentos, salários, uma série de coisas . JI -.,. É apagar um "incêndio" por dia. CM - Exatamente . Não se tem tido tempo de considerar a situação num prazo mais longo . O planejamento es­tratégico faz isso . Procura avaliar quais são os cenários possíveis no médio e longo prazos e , a partir deles, estabele­ce linhas básicas de ação . JI - O que são esses cenários? CM - Nós só podemos planejar, mes­mo a nossa própria vida, tendo em vista um panorama do futuro . Se a gente acha que o futuro vai ser bom, que os salários vão ser bons , a gente pode pla­nejar construir uma casa , comprar um imóvel. .. JI - Este é um cenário otimista. CM - Certo . Mas se, ao contrário , houver perspectiva de desemprego , de salários reais decrescentes, terá que se ter muito cuidado com cada ação indi­vidual. A mesma coisa deve ocorrer com o IBGE . São estabelecidos cenários e caminhos a seguir. Mas não adianta, por exemplo , montar um cenário fantástico , que nada tem a ver com a nossa realidade .

JI - Mas isto evita "apagar incên­dio"? CM - Não . Mesmo porque adminis­trar qualquer organização, especial­mente em momentos de crise econômi­ca, é quase por definição um processo de sucessivas ações de "apagar incên­dios". Se a gente sabe que está apagan­do incêndio, mas, nos "intervalos", po­de caminhar num rumo seguro , a atuação do administrador, aí, se torna mais eficaz. JI - O planejamento estratégico é instrumento para um IBGE melhor no futuro?

CM - Um grande balizador, eu diria, para a administração, a gestão da Casa . Os rumos são indicados a partir dos cenários de que já falei. JI - O IBGE está sendo pensado, então, a médio e longo prazos. Mas e o momento e o agora? CM - As ações de gestão da Casa são no sentido de resolver problemas a cur­to prazo, dentro de uma visão também de médio prazo que já se tem hoje . Sa­bemos, por exemplo , que temos que fazer o Censo, uma série de pesqui­sas, são compromissos institucionais do IBGE, às vezes até obrigatórios por lei. A ação do dia-a-dia existe e esta­mos indo pra frente. Temos a visão do que queremos, de onde queremos che­gar. Tanto é que estamos, também, in­vestindo pesado no IBGE do futuro .

JI - É o pegar na massa no dia-a­dia e, ao mesmo tempo, pensar o futuro? CM - O que estamos fazendo com o planejamento estratégico é a reunião de cabeças pensantes, de pessoas que têm larga experiência, que conhecem bem a Casa , que já tiveram tempo para refletir sobre ela . Elas se reúnem, interagem e, daí, saem os cenários, as idéias, emer­ge o planejamento estratégico. Se não fosse assim, seria uma atividade centra­lizada . Bastaria, então ; contratar meia dúzia de consultores . Eles fariam um documento bonito, técnico, mas, no fi­nal das contas, nada teria a ver com a nossa Instituição . JI - É questão de viver a Casa? CM - É. Você pode contratar o me­lhor consultor do mundo . Ele vai ter que passar anos aqui para entender o IBGE. Agora, se quem pensa é da própria Casa, há uma compreensão de como funciona e de como poderia evo­luir . Além disso, e muito importante : essas pessoas estão realmente envolvi­das com o futuro desta Casa . Qualquer administração é transitória. Um plane­jamento desses é o que vai ficar. O que vai ficar é fruto do que pensam essas pessoas sobre a nossa missão institucio­nal, sobre os problemas que vivem aqui, as perspectivas que vêem para a Instituição ...

Página 3

JI - Então, a partir de um cenário otimista, como será o IBGE do fu­turo? CM - Uma instituição moderna, ágil, cumprindo sua missão de tal forma que a sociedade possa ter informações de bom nível, em tempo, e , principalmen­te, voltadas para as suas próprias ne­cessidades. Afinal , a sociedade nos sus­tenta com propósitos . Não é para pagar os nossos salários, mas para que tenha de volta e em tempo o que ela espera e precisa: informações fundamentais pa­ra o planejamento de ações do gover­no, do setor privado, das pessoas. JI - O que falta para o IBGE ser moderno? CM - Falta tanta coisa ... Mas nós não estamos parados . Eu me lembro que quando cheguei aqui, em 85 , fiz uma visita a vários departamentos e raros eram os que tinham um terminal ou um micro . Ninguém sabia nem muito bem o que fazer com aquilo. Hoje a informa­tização é uma realidade . .. Estamos mo­dernizando também várias pesquisas e procedimentos. Há alguns impedimen­tos, como a falta de elementos qualifi­cados ... Várias áreas se queixam de fal­ta de técnicos de bom nível. Como já disse, isso se resolve por dois cami­nhos, ou contratando ou treinando pes­soal. Mais : o IBGE precisa de melhores instalações, agilizar processos adminis­trativos. Em resumo, é fazer melhor o que já se está fazendo . Temos que ser mais ágeis, que ter respostas cada vez mais certas e mais prontas.

JI - O IBGE do futuro é um so­nho? CM - Não queremos ficção científica. Mas todos nós, com certeza, concorda­mos que o IBGE tem muito a andar pa­ra atingir uma situação ideal, na qual haverá um mapeamento, um constante exame do que é que a comunidade precisa, o que · espera do IBGE. Se a realidade é uma caixa-preta, um negócio obscuro, as ações ficam com­plicadas e as decisões saem erradas. Quanto melhor se conhece a realidade mais se abrem os horizontes para que ações possam ser tomadas . Por tudo is­so, o IBGE do futuro tem que ser real.

Page 4: In Brasil moderno precisa investir no IBGE

]

Página 4 JORNAL DO IBGE- Janeiro de l990

Valorização deve continuar

Gilson Costa

"Valorização dos Recursos Humanos". Es­te é o processo pelo qual passam os fun­cionários do IBGE. O diretor-geral, David Wu Tai, manifestou desejo de ver mantida, no futu­ro, a mesma evolução ocorrida nos últimos dois anos, onde praticamente foram atendidas todas as antigas reivindicações:

- Plano de Cargos e Salários, moldado nas necessidades da Instituição e compatível com o mercado de trabalho;

- Avaliação de Desempenho e Potencial, instrumento gerencial ~substituível para plane­

jar o âesenvolvimento do funcionário e sua re­ciclagem por meio de um processo interativo.

' - Sistema de Promoções em nível hori-

zontal, por mérito e antigüidade, de forma transparente, onde o funcionário sabe quando e como pode ser promovido;

- Disfunções as disfunções de Nível Médio foram integralmente corrigidas na imple­mentação do novo Plano de Cargos e Salários e as de Nível Superior estão em fase final na Comissão de Recursos para serem avaliadas pelo Conselho Diretor.

Treinando o pessoal Outro ângulo fundamental no desenvolvi­

mento dos quadros do IBGE, é o que diz res­peito a treinamento. Embora o ano que se en­cerrou tenha sido o da maior crise financeira, foi exatamente em 89 que mais se investiu em treinamento nos mais variados níveis: gerencial, de reciclagem, capacitação, adaptação a novas tecnologias, assim como viagens de estudo, fundamentais para observar os avanços técni­cos de outras instituições e assimilá-los.

Diversas seleções de pessoal em nível in­terno têm sido efetuadas, com a participação de todas as áreas interessadas, com resultados ex­celentes.

Em breve, será divulgado um concurso in­terno de nível superior, visando suprir as neces­sidades de pessoal qualificado da Instituição. Além disso, pretende-se dotar as Unidades Re­gionais de corpo técnico capaz de fazer frente aos desafios da descentralização e atender à de­manda de pesquisas regionais a longo prazo.

Melhores condições de trabalho Notoriamente as condições de trabalho

mais adversas eram enfrentadas nas Unidades

~ 6 o .!: "8 E ~

David: "Em breve teremos concurso interno."

Regionais do Pará, Amazonas e Rio de Janeiro. Os dois primeiros casos estão superados com a mudança, no final do ano passado, para novas sedes . Quanto ao Rio, a Unidade está com mu­dança marcada para o mês de fevereiro onde ocupará as instalações da Praça da Bandeira.

Uma empresa forte e democrática

vem investindo nesses contatos, visan­do se apropriar das boas experiências desses países e conhecer os avanços, contradições e limitações que os mes­mos enfrentam em suas produções es­tatísticas.

ENCE pode preparar futuro

O investimento em recursos huma­nos no IBGE é fundamental. É preciso que se invista tanto nos analistas, como nos técnicos de pesquisas, no pessoal de apoio administrativo e nas Unidades Regionais. Nesse último caso, na medi­da em que hoje temos clareza das pos­sibilidades do processo de descentrali­zação, estamos transferindo parte signi­ficativa dos trabalhos rotineiros para as Unidades Regionais. E o interessante: com ganhos de qualidade.

Acredito que existe um caminho muito importante a ser trilhado pelo IBGE em termos da descentralização interna e da articulação com outros produtores de estatísticas, através da Ge­rência do Sistema Estatísti­co Nacional. Essa Gerência não pode, no entanto, ser coercitiva, ela terá de ser participativa e cooperativa, com muita discussão com a sociedade. A criação do Conselho Técnico e das Câmaras Técnicas em mui­to coritribuirá para atingir tais objetivos.

Sem negar o passado

Sabemos, no entanto, que o IBGE, e em particular a Diretoria de Pesquisas, mas não somente ela, necessita de mu­danças profundas. Precisamos refletir sobre as experiências acumuladas e, a partir daí, avançarmos com vistas a no­vas conquistas. Ternos clareza, por exemplo, que é necessário se investir maciçamente em recursos humanos. O futuro aponta claramente para isso.

o . --·

O IBGE, como vimos, terá que se sirHonizar com os novos tempos, ter clare­za do momento histórico em que está inserido, ante-

Existe a necessidade de a Institui­ção se qualificar cada vez mais. São também necessários avanços meto­dológicos e tecnológicos. É preciso se investir em processos mais modernos e mais expeditos de apuração de pesqui­sas que sejam, de um lado, rigorosos na qualidade e, de outro, simples e efi­cientes, de forma a propiciar a apu­ração e divulgação dos resultados no mais curto prazo. Dessa maneira, a Di­retoria de Pesquisas poderá investir mais tempo na essência da produção estatística e na reflexão sobre suas áreas temáticas, isto é, no desenvolvimento de novos processos, no conteúdo das pesquisas, na análise e divulgação de resultados etc.

Ao falarmos em futuro, ele passa, também, por uma transformação na Es­cola Nacional de Ciências Estatísticas. A ENCE tem cumprido o seu papel histórico de formar estatísticos. Precisa­mos mais do que nunca, no entanto, que a ENCE seja uma escola formado­ra, também, de quadros técnicos espe­cíficos para o IBGE e, ao mesmo tem­po, um laboratório de novas metodolo­gias. Promovendo cursos e seminários sobre o processo de produção de esta­tísticas, ela possibilitará a uniformização do conhecimento de todos aqueles que, com formações diferenciadas, tra­balham na Empresa. A ENCE precisa dar conta de uma linguagem integrado­ra do trabalho dessas pessoas com for­mação multidisciplinar.

Lenildo: investir em recursos humanos ·é mental.

Os últimos 25 anos mostraram uma Instituição voltada para dentro de si mesma, para a sua construção. O futu­ro, no entanto, exige mudanças. O IBGE vai ter que se mostrar mais, vai ter que se integrar cada vez mais com os de­mais produtores de estatísticas, com os órgãos estaduais, com os usuários.

ver o futuro . Pensando nis­so, a Diretoria d~ Pesquisas vem há muito tempo discutindo com a comuni­dade vários de seus trabalhos. Tem-se investido, também, no contato com os principais produtores de estatísticas do mundo, como o Canadá, Estados Uni­dos e França. O IBGE há algum tempo

Considerando que o IBGE abriga to­das essas possibilidades é que podemos dizer que esta Casa tem futuro e esse futuro tem muito a ver com a perma­nente capacidade de reflexão crítica que a Instituição tenha em relação a seu passado e a seu presente.

Page 5: In Brasil moderno precisa investir no IBGE

JORNAL DO mGE- Janeiro de 1990

Estamos na revolução dos anos 90

Não podemos analisar a área de informática do IBGE independente do contexto da sociedade. Ho­je, temos uma sociedade informatizada, cercada de terminais, micros, fax, uma parafernália que não surgiu por acaso. Tudo isso faz parte de uma revo­lução tecnol6gica que encontramos em todos os lu­gares. Dentro de suas possibilidades, seja financeira ou de concepção de um projeto de informação, o IBGE está participando dessa revolução.

À medida que a empresa vai se contagiando com a informática, o seu trabalho passa a ser dependen­te dela. Agora, por exemplo, estamos começando a usar o fax, um equipamento de transmissão de da­dos fantástico. Estamos montando nosso ambiente de informática. Se visualizamos o IBGE dos pr6xi­mos anos vamos ver esses micros, terminais, fax, tudo funcionando dentro de um ambiente que se comunica entre si, de forma coloquial e de fácil ma­nuseio.

seio, além da velocidade de produção da infor­mação Estatística, de Geociências e, até, das rotinas administrativas. O Censo 90, por exemplo, traz uma novidade excepcional que é a codificação au­tomática. A codificação é um dos maiores proble­mas do organismo estatístico e requer uma análise profunda. A inovação no Censo 90 é um sistema de codificação inteligente.

Dessa forma, o computador, que possui algorit­mos, tentará resolver esse processo de codificação, se não conseguir, ele pedirá ajuda humana. Isso, em termos de agilidade e qualidade, será extraor­dinário. Saindo do Censo 90, a indústria de in­formática está direcionada em dois caminhos em termos de entrada de dados. Um é interpretar um documento e passá-lo para um meio legível por processamento do banco eletrônico de dados.

Página 5

Essas transformações no IBGE em certo momen­to acontecem com velocidade, em outros, precisa­mos nos conter por causa da crise do setor público. Mesmo assim, na década de 90 conseguiremos au­mentar a nossa rapidez de comunicação. Essa é a revolução dos anos 90 e isto vai ser o IBGE nos pr6xlmos anos. Estamos trabalhando em uma mon­tagem de estrutura que incorpore a chamada infor­matização da sociedade dentro da nossa Instituição.

Outro caminho, por sinal muito interessante, é o dos computadores portáteis, parecidos com um pe­queno gravador. É possível que nos anos 90 tenha­mos equipamentos pequenos e baratos. Uma des­sas novas técnicas ou as duas irão ser empregadas no IBGE em futuro pr6ximo. Com isso, tornaremos mais curto o tempo entre a realização e a divulgação de uma pesquisa.

Bevilaqua: noCenso90, cocllflcaçioser6autom6tlca.

Codificação automática Queremos dizer que estamos aumentando, e em

multo, a nossa taxa de comunicação e de manu-

Frente de comunicação

formar uma frente de comunicação. Imagino a for­mação de uma rede digital de comunicação, que permitirá maior velocidade no trânsito de infor­mação. Chegaríamos, assim, à maturidade do pro­cesso de coleta de dados. Teríamos uma melhoria quantitativa em nossa produção e atingiríamos uma velocidade estúpida na liberação de nossas infor­mações.

Com o aperfeiçoamento técnico, associado com as Unidades Regionais e as Agências, poderemos

Da prancheta às estações gráficas

"Eu vejo o futuro marcado por um uso maciço de sistemas computacio­nais", revela o diretor de Geociências, Mauro Pereira de Mello, dizendo que "nos anos 80 ficou caracterizada a ne­cessidade de um salto tecnol6gico para dar mais modernidade a todos os proje­tos nesta virada do século".

dos como de 3. a geração. Esses siste­mas, sem dúvida, irão dinamizar ostra­balhos dessa natureza, permitindo a ampliação do Sistema Geodésico Brasi­leiro em sua capacidade de atendimen­to de todas as demandas da'sociedade. Os Sistemas de Informações Geográfi­cas apontam o amanhã para as áreas de Geografia e de Recursos Naturais, por facilitarem em muito a análise dos mais diferentes temas que participam dos estudos nesses campos da pro­dução de conhecimentos e infor­mações.

Maior maturidade

a mesa de trabalho estão sendo substituídas por es­tações gráficas e outras "ferramentas" computacio­nais. Isto sem esquecer, é 6bvio, de outros campos de atuação da Instituição.

Do lado do verde

Não poderia passar em brancas nuvens a questão .2 da Amazônia. O IBGE - <ll leia-se DGC - deve conti­nuar o trabalho iniciado

~ ! «: .~ ~

Mauro Mello aponta como promisso­ras as perspectivas para a Geociências no IBGE. Por exemplo: a Introdução de novos equipamentos e sistemas computacionais adequados às areas de Cartografia, Geodésia e Recursos Natu­rais garantirão maior dinamismo na produção de documentos analíticos e cartográficos. Na Cartografia, a ob­tenção de dados com o emprego de sis­temas eletrônicos se mostrou altamente positiva nos primeiros ensaios já realiza­dos, equivalendo, senão sobrepujando, a qualidade dos sistemas tradicionais 6ticos e mecânicos. Mais: estações gráficas e o ultramoderno scanner, "que digitaliza por varredura, servindo tanto para a obtenção de dados quanto para o lançamento de informações gráficas, fazem parte do futuro da Geo­ciências", adianta Mauro, acrescentan­do:

A permanente troca de informações com organismos internacionais e o acesso a sistemas computacionais dota­dos de alto grau de sofisticação - não somente comerciais, mas prevalente­mente científicos - têm elevado o nível da equipe técnica de todas as áreas co­bertas pela Diretoria de Geociências, "o que significa maior maturidade com muitos funcionários já formados e ou­tros especializando-se nas novas tecno­logias".

com o programa Nossa Na- ...,J

tureza. São quatro áreas Mauro: perspectivas para enfrentar os anos 90.

- Na Geodésia, a moderna tecnolo­gia já está bem esboçada, com os siste­mas de posicionamento geodésico por meio de rastreamento por satélites arti­ficiais. Os equipamentos são classifica-

Quanto às questões administrativas, Mauro propõe que "o IBGE seja mais ágil no que se refere a suprimentos". O processo de modernização exige essa agilidade, principalmente na Geociências onde, por exemplo, a prancheta e

destacadas justamente por apresentarem problemas de organi­zação do espaço. "O IBGE já está tra­balhando, nessas quatro áreas, para fe­char o primeiro diagn6stico. O que se pretende é otimizar a ação pública sem causar prejuízos ambientais e críticas da sociedade, minimizando os conflitos so­ciedade e natureza. Todas as ações de­vem ser muito bem articuladas", previ­ne o diretor de Geociências.

A estruturação, implantação e manu­tenção de um sistema territorial de in­formações são essenciais para que o planejamento, em sua dimensão nacio-

nal, possa se desenvolver de forma coesa, garantindo o rumo por ações nas áreas da Geografia e da Estatística, , suficientes para se descrever completa­mente a realidade nacional.

"Somente assim é que podemos ter uma visão adequada no planejamento, tanto nacional quanto regional." E bem humorado, Mauro Mello completa:

- São essas, em suma, as perspecti­vas do IBGE e da Geociências para en­frentar a pr6xima década e a virada do século. Isto sem fazer apologia do Parti­do Verde.

Page 6: In Brasil moderno precisa investir no IBGE

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Em tempo de mudança

José Frank­lin Casado de Lima- AL

Serve-se ao IBGE por vo­cação, com entusiasmo e

lealdade. É missão histórica da Instituição a mensuração da conjuntura brasileira, mos­trando, sobretudo, a extensão dos elemen­tos que definem nossa realidade. Vamos para o Recenseamento Geral de 1990 pron­tos a dar nossa contribuição maior aos le­vantamentos em causa, em um ritmo que assinale a precisão de dados reclamada pelo

P'" l~y

Alvacyr Almeida -SE

Em 1990 ocorrerão três fatos de grande significado e de pers­pectivas para esta Unidade Regional: a posse do novo Presi­dente do Brasil, o Ingresso do IBGE no regi­me jurídico único e o Censo 90. Expectati­vo, o lbgeano de Sergipe aguarda esses eventos alentando a esperança de salutar mudança em suas condições sócio­econômicas, enquanto conjuga esforços pa­ra a melhoria da qualidade de seu trabalho, em busca do objetivo de sua Instituição.

~, .-

MGE também em Tocantins

Gerino Alves da Silva Filho - RO Estaremos enfrentando um Recensea­

mento Geral ·do Brasil mais moderno, uma vez que estamos na era da informatização. Com a instalação do microcomputador, da Base Operacional, do Sistema SIAFI e do terminal de videotexto da SIAS ligado à Unidade Regional do Rio, estaremos pron­tos a agilizar os resultados do Censo 90. Es­peramos contar com recursos para melho­rias do prédio da nossa Unidade e melhorar a mão\te-obra através de cursos e treina­mentos específicos.

Artur Fenelra FUho- BA

É evidente o nosso cresci­mento nestes últimos anos. Garantida a autonomia

técnica ao IBGE, pelo futuro Presidente da República, são animadoras as perspectivas desta Unidade Regional, em 1990.

Havendo maior descentralização de de­cisões e recursos suficientes, a UR/BA ofe­recerá positivamente a sua parcela de con­tribuição, para realizarmos o último e mais

ehRe~n~ome~~

Paulo Afonso de Aragio Araújo- RN

Nossa maior expectativa é a de que o avanço do processo de

descentralização venha conferir às Unidades Regionais a necessária capacitação para produzir dados em nível local e transmiti-los à sociedade de maneira mais direta e espe-

cífica. . ,/)

f~",:-

Carlos Alberto Lopes- PA

Apesar das enor­mes dificuldades ope­racionais enfrentadas em 1989, a Unidade Regional do Pará conseguiu excelente

progresso, como o Centro de Processamen­to de Dados e as suas novas instalações.

Para 1990 esperamos unir esforços, a fim de que possamos, não só o Pará, mas o IBGE como um todo, fazer o X Recensea­mento Geral, um trabalho cuja qualidade

~mb•m~):4m~;:tcl,

José Maria dos Santos Senio -AM

Para a Unida­de Regional do Amazonas,. esta­mos prevendo melhores con­dições de traba­lho, decorrentes da mudança pa­

ra a nova sede, onde pretendemos imple­mentar reciclagem e treinamento adequa­dos aos funcionários, visando ao aprimora­mento das pesquisas e à execução do X Re-

=~•mento G...I. ~.

Antonio Augus­to Leite de Cas­tro- CE

Para expandir as fronteiras da Unidade Regional temos reciclado nossa cultura ge­rencial e avançado operacionalmente com a informati­

zação possibilitada pela Gerência de Proces­samento. Em 1990, teremos implantada a PME, reivindicação histórica e o X Recen­seamento Geral, eventos marcantes. Após a Ill CONFEST, ampliaremos nossa missão institucional, passando a Interagir com os órgãos estatísticos locais pertencentes ao Sistema Estatístico Nacional.

------.:; -:> - c...--:---

Eribaldo de Carva­lho Portela - PE

A despeito da crise fi­nanceira por que pas­samos, no decorrer de 1989, ante a ansiada mudança de governo,

alimentamos agora a perspectiva de melho­res dias, enfrentando tudo de novo. O oti­mismo do novo governo nos transfere por osmose a satisfação de ter um governo pos­to pela vontade da maioria. Isto nos creden­cia para novas realizações, enfrentando as dificuldades com mais paciência, na certeza

de que melhme• diM '''ã~

Adrimauro da Silva Gemaque -AP

Continuaremos os trabalhos de­senvolvidos, defi­nindo alternativas estratégicas quan­to à ação futura da Unidade Re­gional do Amapá.

Joio de Oliveira Avelino - AC Apesar da angustiante crise por que passa

o país, sou extremamente otimista e não perco nunca a esperança. Por essa razão, vejo como boas as perspectivas para esta UR, principalmente com as transformações que certamente ocorrerão a partir da posse

do no•o p,.gdente. =H .

JORNAL DO IBGE- Janeiro de 1990

Helio Caldas Banos -PB

Não sei o que nos es­pera em 1990. Acredito, porém, que a nossa Uni­dade Regional conti­nuará a merecer da Direção-Geral a atenção que sempre lhe foi dispensada.

Temos pela frente um Recenseamento Geral. Tenho a absoluta certeza de que a nossa equipe demonstrará mais uma vez a sua garra e a meta será atingida com galhar­dia.

Helder de Aragio Arau­jo- Pl

As perspectivas da Uni­dade Regional do Piauí são as mais otimistas possíveis. O nosso desempenho no processo de divulgação da

verdadeira face sócio-econômica da região associado à credibilidade que conquistamos dos nossos usuários nos autorizam a fazer esta afirmação.

Calvino Almeida Viei­ra-MA

No limiar de um no­vo ano, quando os ho­rizontes se alargam em direção ao futuro, te­mos a esperança de que, com a ajuda

do nosso Deus, vivamos dias repletos de fe­licidade.

... . -. J. ~··

Vicente de Paulo Joa-quim- RR

Roraima, no­vo estado, ga­rimpo, índios, malária, hepati­te, sarampo, chuvas, atolei­ros... Precarie­dades a 40°C. E, no meio, a menor Unidade Regional consoante a reali­dade local. Carente de recursos materiais e humanos. O desafio é provê-la aos objeti­vos da Instituição, demonstrar sua im­portância e provar sua existência.

Unidade Regional em Tocantins.

Segundo o Diretor~- I, David Wu Tai, em termos de I~ _o novo estado terá como perspecti~a · ,a)o futuro a abertura de um esc; Jio 4 representação na capital provisór a _ . , ~do Norte. O passo seguinte: ~StàTiÇão da Unidade Region . ' - futura capital - e para Planejamento, O~llif,~~· está fazendo um anteprojeto que será remetido à SEPLAN para as necessárias aprovações.

Page 7: In Brasil moderno precisa investir no IBGE

... -JORNAL DO IBGE~ Jaaeiro de 1990

Intensa movimentação político-social

Devaldo Benedito de Sou­za- MT

O processo de moderni­zação, a descentralização das atividades, a implantação da informatização nas Unidades Regionais, o aprimoramento do pessoal em curso na Insti­tuição, as propostas encami­nhadas na 111 CONFEST para a elaboração do novo Plano Geral de Informações Estatísti­

cas e Geográficas permitem-nos afirmar, com absoluta certeza, que esta UR estará à altura para o atendimento às reais demandas por dados estatísticos e geográficos dos

d;v..,O< ... m~to• da rom~r mato.-g"'"'""

Raimundo Coêlho de Abreu Rocha- DF

A informatização das Unidades Regionais, simultaneamente com o desenvolvimento de seus recur­sos humanos, dinamizará a pro­dução e divulgação das atividades do IBGE, tornando-o cada vez mais necessário ao Governo, en-

a tidades de pesquisas, empresas e demais usuários.

~~

Antônio Firmino de Oliveira Filho- MS

Com a nova filosofia de traba­lho implantada no IBGE em 1989, observa-se uma melhoria

1 sensível no nível técnico das pes­quisas, alicerçan,do nossas pers­pectivas no futuro da Instituição, que se consolidará com a implan­tação da informatização em todas as UR, permitindo realizar o X Recenseamento Geral com rapi­

dez e elevado padrão de qualidade, atendendo dessa for­ma a demanda da sociedade pela modernização do setor público.

Onéslo Francisco Dutra - GO

1990: mesmo antevendo in­tensa movimentação político­social e administrativa no país (com a nova Administração Fede­ral, eleições gerais para governa­dores, Assembléias Legislativas e Congresso Nacional) , a Unidade Regional de Goiás estará inte­grando, também, a grande mo­

vimentação ibgeana pcÚa o sucesso do X Recenseamento Geral do Brasil, operação marcante de nossa Instituição.

Investindo no espírito de equipe

--

Carlos Henrique Borba - RJ As nossas perspectivas, que

objetivam aprimorar as atividades desta Unidade Regional, são: for­talecimento do espírito de equipe; maximização da produtividade; aperfeiçoamento do nível técni­co; especialização da mão-de­obra e melhorias nas condições ambientais.

Antonio Ferreira de Paula - ES Esta Unidade pretende, prioritaria­

mente, manter os cronogramas das pesquisas e, sobretudo, o controle de qualidade na coleta e crítica de da­dos. ( ... ) O X Censo Demográfico já vem ocupando considerável espaço e exigindo cuidados para o sucesso

desse projeto de tanta importância para ·o IBGE e para a sociedade brasileira. Serão estes os objetivos dominantes, sem descuidar dos recursos humanos, melhor capacitando-os e, se possível, completar a informatização das atividades da UR.

Antonio Utsch Moreira - MG Vemos com otimismo o futuro

deste estado, pelas riquezas que possui, a despeito das dificulda­des que nos esperam. Nos próxi­mos governos elas serão supera­das com o esforço conjunto dos mineiros, que haverão de colocar o interesse do estado acima das conveniências de eventuais de­tentores do poder. Assim, Minas voltará a ocupar, política e econo­

micamente, a posição que merece no cenário nacional, para felicidade nossa e do Brasil.

José Antonio Gomes Fon­tes- SP

Em 1990 será cumprido o mais intenso programa de trabalho já realizado pela Unidade Regional de São Paulo que certamente exi­girá dedicação especial de todos os servidores, mas que revelará ao país a pujança da terra paulista no momento histórico em que to­dos os brasileiros, sob o comando do

novo governo, estarão vivendo a expectativa da implan­tação de mudanças que haverão de nos conduzir ao desen­volvimento e bem-estar social, próprios de grandes nações.

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Página 7

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derrotar o medo Jucely Lottln - SC

A realização do Censo 90, tarefa maior de nossa Instituição, é o grande desa­fio que os ibgeanos catari­nenses enfrentarão no próximo ano . Santa Catari­na representa pouco mais de 1% do Território Nacio­nal, mas o Censo mostrará, mais uma vez, o seu lugar no contexto nacional, despon­tando entre os cinco maio­res produtores de alimen­tos, apesar do tan'lanho.

Wilson José Xa­vier Pedro - PR

A tradição de tra­balho dos servidores foi a grande susten­tação, até hoje, pa­ra o alcance dos ob­jetivos. A fidelidade profissional e o es­forço individual per­mitiram levar a con­tento os trabalhos. Por isso, a certeza de êxito na perspec­tiva básica de 1990

o Recensea­mento Geral alia-se à esperança de obtenção de maiores recursos para investir no aperfeiçoamento dos Recursos Humanos, materiais e nas condições de trabalho.

Gerváslo Rodrlgo Ne­ves- RS

O IBGE e as Unidades Regionais estão passando pelo processo de moderni­zação, com tudo que ele contém de perspectivas para o futuro e de rompi­mentos com o passado. Este processo é belo e as­sustador. Belo pelo que promete, assustador pelo medo produzido, muito mais em nós do que no movimento inevitável da sociedade. Modernizar é a nossa tarefa. Já está aí. É só derrotar o medo.

Page 8: In Brasil moderno precisa investir no IBGE

Página 8 JORNAL DO IBGE-Janeiro de 1990 ..

antbént depende de nós

[)ocUtnen· CentrO de (L cos)

Ano Mario de S6 ~de InformaçõeS u ·

_ e [)jssemln .... --toçoo que esperamos

Há uma diferença entrier~a\mente aconte-

e desGja;a~aed~ ~~: ~~ \BGE ~~i~~~:~t~~ cet. o . tendo acesso a e haja da funcionánOS Quero, també~, q~ da pelos

...oríflcos. . ma1or a1n esy~-d de um respeltOE t é extensivo aos SQCie a C a \s o de-

f\ss\onais da as . ue acho até que ~~\ít\cos tam~é~Ó~~; presidente corremos pendendo d p vatitados. o risco de ser prl

Ih Bezerro, odocides Bote o

da Untdode Re·

Demo! de Pernambuco. gton . nlficativamen-

·o o \BGE avançando s;ecursos hum3-VeJ área tecno\6gica\iz~ ~~o administrat~va

te na om a descentra a.,. Re ime Jurídico n?s, c Só espero q~e? e ~s nossos an­~udando. ·er não pre)udlqu rt" u\armente, U\ 0 sevl, E pa1c n c , o\urão. u, e""'prega-. de ev ... d mo um '" selos onsidera o co . 'b\\co que prefiro ser cd que funcionánod pu Ent~ndo, do público .o 'á desgasta a ._ . terão é uma coisa I U ·dades Regionais \ r

ue as nl desenvo ve ' ta~bém, ~unidades para se dos protlsslo­mals opo . - 0 crescente

alonzaça co,_-n a vR de de Coleta. na1s da e

do Gerência de ·o Polodinl dos Santos,

Ano Morl tos (Contndé). Suprtmen f o· onárlos

f nos un O \BGE deve invesa~ordo com as suas

és de cursos de mais concursos atrav -o· promover . \antar áreas de atuaça ' -o funciona\; ,mp d

a ascensa - a área e internos par te a \nformatizaçao ':' \ e fixar et\cientem~n estoque de mat\~TI~ o de de-controle e t s para ava 1aça

'tétios mais jus o ões por mérito. cn ho e das promOÇ sempen

Marco Antonio Orne/os, da Unidade Regional de SõoPoulo.

Necessariamente, o IBGE terá que, por intermédio da área de recursos humanos, investir na valoriiação do seu quadro de funcionários, reconhecidamente de alto ní­vel técnico. A aquisição de equipamentos modernos e a busca permanente do aperfei­çoamento na área de processamento de da­dos são objetivos que deverão ser persegui­dos, como forma de atingir nossos ideais. O futuro do IBGE depende de n6s e por Isso pretendo prosseguir nessa luta de 14 anos dedicados à Instituição.

Dilza Morto Stluetra do Fonseca, do Diretoria de Pesquisas (Mangueira).

Espero que o IBGE continue prestando serviços cada vez melhores e mais úteis à sociedade, e seja reconhecido por isso. Es­pero, também, que seja mantida, sempre, a integridade de nossas pesquisas. A autono­mia técnica traz grandes beneffcios a todos os funcionários da Casa, do contlnuo ao Presidente. É multo bom ser respeitado pela seriedade do trabalho realizado.

Luiz Goes-Ftlho, do Departamento de Recursos Naturais (Praça da Bandeira).

A ampliação da perspectiva de realização e ascensão profissional dependem da soli­dez, do conceito, da credibilidade da Insti­tuição. Isto influi diretamente no ânimo e na esperança dos funcionários. Mas depende, também, da vontade pessoal de cada um.

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RobertodaSilvacruz d s . SOs Financeiros u ' a UJ>erintendêndacJe o , ••,aterlais e p, necur-

0 IBG "atrimon/aJs (Sede). E deve co ti

cessidades do n nuar atendendo à atua - Q pafs no s ne-

. çao. ue os índices seu campo de 5eJam sempre m Por n6s produZJ'd da . erecedor d os

m SOciedade. Esse é o es a credibilidade di ento Profissional Par grande reconheci-

caro à causa da Institu~ç:~~eles Que se de-

Claude FalctJo Nacional de Ciênc/':sa~~:atrf:tampos, da

Cas(ENCE).

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área de . os trabalhos de

t~cnica, ~~~~~ e ~~a indiscu~~~~~!~d!c7: Ciências Estaffistiq a Escola Nacional d ate - cas dever! e nçao por Parte d . a merecer mal cr~omputadores e ia dJreção do IBGE. M~~ tos Jmprescindív . mpressoras, instrum ~ecessldades PreemJs ao ensino moderno sea~n­nam entes e . ' o do Para Projetar aind n:uJto contribui-

s nossos trabalho a maJs a qualidad Particularmente s. . e

nhe~lmento à dedl ans~JO Pelo justo reco­ProfJssiona/ de seus /aç~o e . à capacidade

. uncJonános.

J (.!) ----...... r.&J·!íi~

Carlos Gonçalues (Mangueira). ' da Diretoria de Informática

Que os resultados dos trabalhos desen­volvidos pelo IBGE sejam mais bem apro­veitados pelas autoridades governamentais, no sentido de proporcionar maior benefício à sociedade como um todo. Pessoalmente, gostaria que fossem dadas maiores oportu­nidades de desenvolvimento profissional aos seus funcionários.