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Impacto da globalização na Impacto da globalização na cultura alimentar dos brasileiros cultura alimentar dos brasileiros I Mostra de Experiências Exitosas em Alimentação e Nutrição Rosa Wanda Die Garcia Rosa Wanda Die Garcia Rosa Wanda Diez Garcia Rosa Wanda Diez Garcia Profa. Dra. do Curso de Nutrição e Metabolismo da Profa. Dra. do Curso de Nutrição e Metabolismo da FMRP FMRP-USP USP Brasília, outubro de 2005 Brasília, outubro de 2005

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Impacto da globalização na Impacto da globalização na p g çp g çcultura alimentar dos brasileiroscultura alimentar dos brasileiros

I Mostra de Experiências Exitosas em Alimentação e Nutrição

Rosa Wanda Die GarciaRosa Wanda Die GarciaRosa Wanda Diez GarciaRosa Wanda Diez GarciaProfa. Dra. do Curso de Nutrição e Metabolismo da Profa. Dra. do Curso de Nutrição e Metabolismo da

FMRPFMRP--USPUSP

Brasília, outubro de 2005Brasília, outubro de 2005

GlobalizaçãoGlobalizaçãoGlobalizaçãoGlobalização

I fl ê i d l b li ã dInfluência da globalização nas mudanças alimentares:alimentares: Concentração de indústrias multinacionais deConcentração de indústrias multinacionais de

alimentos;Comercialização e distribuição concentrada em

redes de mercados de grandes superfícies;Ab t d i t õAbertura das importações;Enfraquecimento da produção local;Enfraquecimento da produção local; PublicidadePublicidade

MetrópolesMetrópolessão essas hipertrofiadas aglomerações urbanassão essas hipertrofiadas aglomerações urbanassão essas hipertrofiadas aglomerações urbanas.são essas hipertrofiadas aglomerações urbanas.

E serão metrópoles também em seu sentido E serão metrópoles também em seu sentido etimológico etimológico –– cidade mãe cidade mãe –– embora do caráter maternal embora do caráter maternal

ééretenham menos a ternura que a posse, pois é a partir retenham menos a ternura que a posse, pois é a partir delas que o mercado internacional é controlado asdelas que o mercado internacional é controlado asdelas que o mercado internacional é controlado, as delas que o mercado internacional é controlado, as

ingerências políticas articuladas, e o comércio de bens e ingerências políticas articuladas, e o comércio de bens e g p ,g p ,valores determinado. valores determinado.

A centralização, efetuada a partir das metrópoles, doA centralização, efetuada a partir das metrópoles, doprocesso de internacionalização da economia da política eprocesso de internacionalização da economia da política eprocesso de internacionalização da economia, da política eprocesso de internacionalização da economia, da política e

da cultura, fáda cultura, fá--las cidades, por excelência cosmopolita las cidades, por excelência cosmopolita da cu tu a, áda cu tu a, á as c dades, po e ce ê c a cos opo taas c dades, po e ce ê c a cos opo ta(Azevedo, 1993).(Azevedo, 1993).

Concentração da População Urbana na América Concentração da População Urbana na América

9080 2% 81,1%

60

70

80

64,2%

80,2%

69,2%

40

50

60

20

30

40

0

10

Caribe América doNorte

AméricaCentral

América do Sul

United Nations Department of Economic and Social Affairs/Population DivisionWorld Urbanization Prospects: The 2003 Revision

Proporção da Proporção da p çp çpopulação urbana por região população urbana por região -- Brasil Brasil

10090 52%

708090

81,25%69,87% 69,07%

90,52%80,94%

86,73%

506070

304050

01020

0Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-

Oeste

O meio urbanoO meio urbanoO meio urbanoO meio urbano

M i U bM i U bMeio UrbanoMeio Urbano

Di id dDi id dDiversidadeDiversidadeTTTempo Tempo EEEspaçoEspaçoAcesso publicitárioAcesso publicitárioAcesso publicitárioAcesso publicitárioAcesso aos bens de consumo eAcesso aos bens de consumo eAcesso aos bens de consumo e Acesso aos bens de consumo e serviçosserviçosserviçosserviços

A d li t ã dA d li t ã dA passagem da alimentação do espaço A passagem da alimentação do espaço privado para o públicoprivado para o públicoprivado para o públicoprivado para o público

A relação com o tempo e os espaçosA relação com o tempo e os espaços

Organização e a percepçãoOrganização e a percepçãoOrganização e a percepçãoOrganização e a percepção

A origem da alimentaçãoA origem da alimentação

Aspectos simbólicos associados do público e do privadoAspectos simbólicos associados do público e do privado

A caracterização do comensal contemporâneoA caracterização do comensal contemporâneoA caracterização do comensal contemporâneoA caracterização do comensal contemporâneoÉ nostálgicoÉ nostálgicoCome fora de casaCome fora de casaDiminuiu o tempo dedicado à comidaDiminuiu o tempo dedicado à comidaDiminuiu o tempo dedicado à comidaDiminuiu o tempo dedicado à comidaCome em qualquer lugarCome em qualquer lugarCome junto à outras atividadesCome junto à outras atividadesÉ ecléticoÉ ecléticoÉ ecléticoÉ ecléticoÉ preocupado com a saúdeÉ preocupado com a saúdeTem que gerenciar uma profusão de alimentosTem que gerenciar uma profusão de alimentosÉ preocupado com o corpo estéticoÉ preocupado com o corpo estéticoÉ preocupado com o corpo estéticoÉ preocupado com o corpo estéticoÉ sedentárioÉ sedentárioTem menos conhecimento tradicionalTem menos conhecimento tradicional

Como estas mudanças se refletem nas práticas

alimentares?

Mudanças no Padrão AlimentarMudanças no Padrão AlimentarMudanças no Padrão AlimentarMudanças no Padrão AlimentarPráticas Alimentares EcléticasPráticas Alimentares Ecléticas

M d P d ã AliM d P d ã AliMudanças no Padrão AlimentarMudanças no Padrão Alimentaraumento no consumo de alimentos aumento no consumo de alimentos

industrializados;industrializados;redução no consumo de alimentosredução no consumo de alimentosredução no consumo de alimentos redução no consumo de alimentos

tradicionais como arroz e feijão;tradicionais como arroz e feijão;j ;j ;alimentação fora do domicílio (serviços alimentação fora do domicílio (serviços

e instituições)e instituições);;deslocamento das refeições;deslocamento das refeições;deslocamento das refeições; deslocamento das refeições; publicidade.publicidade.publicidade.publicidade.

O t d dO t d dO aumento do consumo de O aumento do consumo de alimentos industrializados e a rendaalimentos industrializados e a renda

ConsumoConsumo per capitaper capita de alimentos industrializados (médiade alimentos industrializados (médiaConsumo Consumo per capitaper capita de alimentos industrializados (média de alimentos industrializados (média e desvioe desvio--padrão), segundo quartil de renda. Crianças de 0 padrão), segundo quartil de renda. Crianças de 0

a 59 m de idade da cidade de SP 1995/96a 59 m de idade da cidade de SP 1995/96a 59 m de idade, da cidade de SP 1995/96a 59 m de idade, da cidade de SP 1995/96Quartil de renda

Alimento M DP M DP M DP M DP pA h l d 2 1 8 9 3 8 11 5 4 5 12 7 6 8 16 4 0 002

1º 2º 3º 4º

Achocolatados 2,1 8,9 3,8 11,5 4,5 12,7 6,8 16,4 0,002Balas 0,2 1,6 0,9 4,8 1,4 8,2 1,1 5,9 0,414Biscoitos 11 6 21 1 12 9 25 7 11 3 24 6 12 7 26 2 0 971Biscoitos 11,6 21,1 12,9 25,7 11,3 24,6 12,7 26,2 0,971Cereais mat. 0,1 0,7 0,4 3,6 0,7 6,4 0,7 4,9 0,542Iogurtes 8 7 31 2 14 7 37 3 21 1 56 8 23 2 53 8 0 014Iogurtes 8,7 31,2 14,7 37,3 21,1 56,8 23,2 53,8 0,014Refrigerantes 24,8 111,3 25,0 76,2 30,7 93,9 54,4 133,4 0,038Salgadinho 2,5 11,6 5,1 23,0 4,3 16,9 4,4 16,5 0,700g , , , , , , , , ,Sucos (pó) 8,5 38,5 17,6 80,2 16,8 83,5 6,3 38,1 0,988

Aquino, RC e Philippi, ST. Rev. Saúde Pública, 2002; 36(6).

Percentuais obtidos das POFs segundo classe de renda e Percentuais obtidos das POFs segundo classe de renda e Percentuais obtidos das POFs segundo classe de renda e Percentuais obtidos das POFs segundo classe de renda e grupos de alimentos (períodos de 1990/92 e 1994/96 no grupos de alimentos (períodos de 1990/92 e 1994/96 no

Município de São Paulo) Município de São Paulo) Município de São Paulo) Município de São Paulo)

Classe de Semi elaborados Industrializados In NaturaGrupos de Alimentos

renda 90/92 94/95 95/96 90/92 94/95 95/96 90/92 94/95 95/96

Classe 1 49,20 39,30 37,40 37,00 46,70 55,50 13,80 14,00 7,10Classe 2 45,10 37,60 33,80 39,80 47,80 57,40 15,00 14,60 8,80Classe 3 41,00 33,00 32,30 42,50 50,90 57,70 16,50 16,00 10,00Classe 4 41,90 * 25,30 39,00 * 60,70 19,10 * 14,00

Classes de renda (Sal Min): 1- de 0 a 1; 2 - de 5 a 10; 3 - de 10 a 20; 4 de 20 a 40.

Barreto, SAI e Cyrillo, DC. Rev. Saúde Pública, 2001; 35(1).

Percentuais obtidos das POFs segundo classe de renda e Percentuais obtidos das POFs segundo classe de renda e Percentuais obtidos das POFs segundo classe de renda e Percentuais obtidos das POFs segundo classe de renda e grupos de alimentos (períodos de 1990/92 e 1994/96 no grupos de alimentos (períodos de 1990/92 e 1994/96 no

Município de São Paulo) Município de São Paulo) Município de São Paulo) Município de São Paulo)

Classe de Semi elaborados Industrializados In NaturaGrupos de Alimentos

renda 90/92 94/95 95/96 90/92 94/95 95/96 90/92 94/95 95/96

Classe 1 49,20 39,30 37,40 37,00 46,70 55,50 13,80 14,00 7,10Classe 2 45,10 37,60 33,80 39,80 47,80 57,40 15,00 14,60 8,80

+2 0% +5 2% +6 9%+5 3%Classe 3 41,00 33,00 32,30 42,50 50,90 57,70 16,50 16,00 10,00Classe 4 41,90 * 25,30 39,00 * 60,70 19,10 * 14,00

+2,0% +5,2% +6,9%+5,3%

Classes de renda (Sal Min): 1- de 0 a 1; 2 - de 5 a 10; 3 - de 10 a 20; 4 de 20 a 40.

Barreto, SAI e Cyrillo, DC. Rev. Saúde Pública, 2001; 35(1).

Distribuição das famílias que nem sempre ou Distribuição das famílias que nem sempre ou Distribuição das famílias que nem sempre ou Distribuição das famílias que nem sempre ou raramente consomem a alimentação raramente consomem a alimentação

do tipo q e q erem (%) do tipo q e q erem (%) do tipo que querem (%) do tipo que querem (%) (POF 2002(POF 2002--2003)2003)

Renda familiar ( $)

Outro motivoRendimento familiar ã

Os alimentos nãoã d(reais R$)

até 600 0 620 53

não permite

35 63

são encontrados

até 600> 600 -1200

0,621,03

0,530,58

35,6329,9

>1200-3000>3000 1,52

1,640,670,39

21,396,09

Total,

4,81,

93,1,

2,17

Gasto mensal em reais com alguns alimentos por faixa de

renda (POF 1995 1996)

Gasto mensal em reais com alguns alimentos Gasto mensal em reais com alguns alimentos por faixa de renda (POF 1995/1996)por faixa de renda (POF 1995/1996)renda (POF 1995-1996)

60

por faixa de renda (POF 1995/1996)por faixa de renda (POF 1995/1996)

50arrozfeijãofar mandioca

30

40

eais

far.mandiocaoutros óleos e gord.carne de 1a.

20

re vegetais

0

10

até 5 SM > 5 - 10 SM >10 - 20 SM >20 SMsalários mínimos

Gráfico 13: Gasto médio mensal em cruzados, per capita, com alguns alimentos industrializados e p g

preparados, por faixa de renda familiar (POF1987-88)

100,00

120,00

60,00

80,00

ruza

dos

20,00

40,00cr

0,00FR1* FR2 FR3 FR4 FR5 FR6 FR7 FR8 FR9 FR10

faixas de rendafaixas de renda

Enlatados e conservas Alimentos preparados

Gráfico 14: Gasto médio mensal em reais, per capita, com alguns alimentos industrializados e preparados por faixaalguns alimentos industrializados e preparados, por faixa

de renda familiar (POF,1995-96) 4 50

3,50

4,00

4,50

2 00

2,50

3,00

reai

s

1,00

1,50

2,00r

0,00

0,50

FR1 FR2 FR3 FR4 FR5 FR6 FR7 FR8 FR9 FR10faixas de renda

Enlatados e conservas Alimentos preparadosp p

Gráfico 21: Crescimento na produção de salgadinhos industrializados

(1980 a 1996)140000

100000

120000

(ton)

60000

80000

ntid

ade

20000

40000

Qua

n

01980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996

Ano

Datamark Ltda Datamark Ltda -- Market Intelligence, 1996Market Intelligence, 1996gg

Gráfico 24: Crescimento na Produção de Biscoitos (1980 a 1996)

600000

700000

)

400000

500000

de (t

on)

200000

300000

Qua

ntid

a

0

100000Q

AnoBiscoitos f inos Biscoitos populares

Datamark Ltda Datamark Ltda -- Market Intelligence, 1996Market Intelligence, 1996gg

Gráfico 26: Crescimento da Produção de Sucos Processados (1990 a 1996)

300 000

200 000

250.000

300.000

litros

)

100 000

150.000

200.000

ade(

mil

50.000

100.000

Qua

ntid

a

-

A

Q

Ano

Datamark Ltda Datamark Ltda -- Market Intelligence, 1996Market Intelligence, 1996gg

Gráfico 17: Crescimento na Produção de Bebidas Lácteas e Iogurte Líquido (1990 a 1996)

100.000

n)

60.000

80.000

dade

(ton

-

20.000

40.000

Qua

ntid

-1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996

Ano

Bebida láctea Iogurte líquido

Datamark Ltda Datamark Ltda -- Market Intelligence, 1996Market Intelligence, 1996gg

Gráfico 27: Crescimento na Produção de Leites (1990 a 1996)

4 500s)

3.0003.5004.0004.500

idad

ede

litro

s

1 0001.5002.0002.500

Qua

nti

milh

ões

d

-500

1.000 (m

AnoL it l id L it t i d A B CLeite longa vida Leites pasteurizados A,B,C

Datamark Ltda Datamark Ltda -- Market Intelligence, 1996Market Intelligence, 1996

A redução do consumo deA redução do consumo deA redução do consumo de A redução do consumo de alimentos tradicionais como o alimentos tradicionais como o

arroz e o feijãoarroz e o feijão

Estudo Multicêntrico sobre Estudo Multicêntrico sobre Consumo Alimentar (INAN, 1997)Consumo Alimentar (INAN, 1997)

Principais alimentos fornecedores de energia em 4Principais alimentos fornecedores de energia em 4Principais alimentos fornecedores de energia em 4 Principais alimentos fornecedores de energia em 4 municípios estudados:municípios estudados:pp

AçúcarAçúcar ArrozArroz BolachaBolacha Carne Carne ççbovinabovina

F i h dF i h d F i h dF i h d F ijãF ijã F báF báFarinha de Farinha de mandiocamandioca

Farinha de Farinha de trigotrigo

Feijão Feijão FubáFubá

LeiteLeite MacarrãoMacarrão Óleo veg.Óleo veg. OvosOvos

PãoPão QueijoQueijo BatataBatata RefrigeranteRefrigerantejj gg

Principais alimentos que contribuem para o aporte energético na América Latina em

1970/1972 e 1995/19971970/1972 e 1995/1997

Bermudez, OI e Tucker, KL. Cad Saúde Pública, 19(Sup 1), 2003

Contribuição dos cereais para o total de energia na Contribuição dos cereais para o total de energia na Contribuição dos cereais para o total de energia na Contribuição dos cereais para o total de energia na

América Latina (1964 América Latina (1964 –– 1996)1996)é ca at a ( 96é ca at a ( 96 996)996)

Bermudez, OI e Tucker, KL. Cad Saúde Pública, 19(Sup 1), 2003

Disponibilidade de energia per capita na América Latina em 1990 e 1999

C t ib i ã d t t l d gi C t ib i ã d t t l d gi Contribuição das carnes para o total de energia na Contribuição das carnes para o total de energia na

América Latina (1964 América Latina (1964 –– 1996)1996)América Latina (1964 América Latina (1964 –– 1996)1996)

Bermudez, OI e Tucker, KL. Cad Saúde Pública, 19(Sup 1), 2003

Proporção do total de proteína vegetal (Prot.V) e Proporção do total de proteína vegetal (Prot.V) e proteína animal (Prot A) Brasil 1964proteína animal (Prot A) Brasil 1964 19961996proteína animal (Prot.A). Brasil. 1964proteína animal (Prot.A). Brasil. 1964--1996.1996.

Períodos Prot.V Prot. A1964-1966 68,5 31,51974-1976 63 6 36 41974-1976 63,6 36,41984-1986 59,8 40,21994-1996 51,4 48,6

Bermudez, OI e Tucker, KL. Cad Saúde Pública, 19(Sup 1), 2003

Gráfico 4: Gasto médio mensal em cruzeiros per

capita com alimentos fonte de proteínas por faixa decapita com alimentos fonte de proteínas por faixa de renda (ENDEF, 1978)

50,00

100,00

eiro

s

0,00

50,00

FR1 FR2 FR3 FR4 FR5 FR6 FR7 FR8 FR9

cruz

faixa de renda

C í d A L it d i dCarne, víscera e pescado Aves e ovos Leite e derivados

G áfi 6 G t édi l i itGráfico 6: Gasto médio mensal em reais, per capita, com alimentos fonte de proteínas, por faixa de renda familiar

(POF - 1995-96)(POF 1995 96)

14 00

16,00

10,00

12,00

14,00

6,00

8,00

reai

s

2,00

4,00

0,00FR1 FR2 FR3 FR4 FR5 FR6 FR7 FR8 FR9 FR10

faixas de renda

Carnes, vísceras e pescado Aves e ovos Leite e derivados

Publicidade de alimentosPublicidade de alimentos

Brasil – adolescentes passam cerca de 5 horas/ dia diante da TV.Exposição de 30 segundos a comerciais de alimentos influência na escolhaalimentos – influência na escolha.A publicidade influencia as concepções da criança sobre o que é alimento saudável.Cada hora que o adolescente passaCada hora que o adolescente passa assistindo TV→ aumenta 2% prevalência de obesidadeobesidade

Almeida S S, Nascimento P C, Quailot T C B. Revista de Saúde Pública 2002; 36(3):353-5

F üê i t l d lg F üê i t l d lg Freqüência e percentual de algumas Freqüência e percentual de algumas categorias de anúncios veiculados em TVcategorias de anúncios veiculados em TV

Dias de semana Sábados

gg

Categorias Freq. % Freq %

Alimentos 1091 22 47 304 22 25Alimentos 1091 22,47 304 22,25Bebidas alcoolicas 134 3,37 167 12,23Produtos de beleza 442 11,13 6 0,44Produtos de beleza 442 11,13 6 0,44Produtos de higiene 213 5,36 27 1,98Produtos de limpeza 190 4,78 63 4,61

Vestuário 95 2,39 63 4,61Supermercados 158 3,98 48 3,51

Almeida, SS et al. Rev. Saúde Pública 2002; 36(3)., ; ( )

ANÁLISE QUALITATIVA DOS ANÚNCIOS

Anúncios de produtos alimentícios → 1395Anúncios de produtos alimentícios → 1395

9,3% - grupo de carnes, ovos e leguminosas

11,7% - grupo de leites, queijos e iogurtes

21,2% - grupo de pães, cereais, arroz e massas

57,8% -grupo de gorduras, óleos, açúcares

Completa ausência de frutas e verduras

Tipos de Vendas Promocionais veiculados com alimentos infantis - 2003veiculados com alimentos infantis 2003

24,3%25,0% alimento16,2% 16,2%

15 0%

20,0% brinquedocard

5,4%10,0%

15,0%figurinhajogo

0 0%

5,0%jogomágicatatoo0,0% tatoo

Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutrição UnB / NP3 - Janine Giuberti Coutinho

Qual será o panorama doQual será o panorama doQual será o panorama do Qual será o panorama do perfil nutricional no futuro?perfil nutricional no futuro?perfil nutricional no futuro?perfil nutricional no futuro?

TENDÊNCIA SECULAR DA PREVALÊNCIA DE TENDÊNCIA SECULAR DA PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADESOBREPESO E OBESIDADE

REGIÃO E RENDA ♂ ♀ ♂ ♀ ♂ ♀ ♂ ♀ ♂ ♀ ♂ ♀Sobrepeso Obesidade Sobrepeso Obesidade Sobrepeso Obesidade

Nordeste 7,9 16,0 1,2 4,1 5,2 9,5 2,4 7,8 4,2 7,6 4,4 12,519891975 1989 1997 1997

Sobrepeso Obesidade Sobrepeso Obesidade Sobrepeso Obesidade1975

25% mais pobres 7,8 17,6 0,7 3,1 4,8 11,2 0,8 5,2 5,5 9,6 1,8 7,725% mais ricos 7,5 12,4 2,5 6,7 3,5 6,1 5,1 9,8 2,6 5,6 8,4 14,5

Sudeste 8,7 10,8 2,9 7,8 4,8 5,4 5,8 14 2,9 5,4 8,4 12,3

25% i b 13 0 13 9 1 6 6 1 7 7 6 4 2 9 11 2 3 3 8 9 3 8 14 125% mais pobres 13,0 13,9 1,6 6,1 7,7 6,4 2,9 11,2 3,3 8,9 3,8 14,125% mais ricos 4,1 6,8 5,4 7,9 2,9 4,3 8,2 14,4 2 3,1 10,2 8,9

Brasil 8,3 13,4 2,1 6,0 5,0 7,5 4,1 10,9 3,5 6,5 6,4 12,4 Sobrep/obesidadeTotal (sob/ob)

21,7 2,7 12,5 15,0 10,00 18,824,4 27,5 28,8

Monteiro, Conde e Popkin, 2002Monteiro, Conde e Popkin, 2002

Frente as referidas mudanças nasFrente as referidas mudanças nasFrente as referidas mudanças nas Frente as referidas mudanças nas práticas alimentares quais seriampráticas alimentares quais seriampráticas alimentares, quais seriam práticas alimentares, quais seriam

as possíveis alternativas para as possíveis alternativas para p pp pcomer e viver melhor?comer e viver melhor?

Modelo de urbanidade EducaçãoçPolíticas de lazer e culturaSetor de serviços e instituiçõesSetor de serviços e instituiçõesSetor de serviços e instituiçõesSetor de serviços e instituiçõesMovimentos sociaisMovimentos sociais SaúdeSaúde

Obrigada!Obrigada!