implementaÇÃo do sistema de controle e acionamento...

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ UTFPR DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA DAELT CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETRÔNICA DAELN CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL ALMIR ROBERTO PIERIN BRUNO MARÇAU VARGEM ROGÉRIO DA VEIGA FERRES IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE E ACIONAMENTO DE MESA POSICIONADORA XYZ TRABALHO DE DIPLOMAÇÃO CURITIBA 2015

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ – UTFPR

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA – DAELT

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETRÔNICA – DAELN

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

ALMIR ROBERTO PIERIN

BRUNO MARÇAU VARGEM

ROGÉRIO DA VEIGA FERRES

IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE E ACIONAMENTO

DE MESA POSICIONADORA XYZ

TRABALHO DE DIPLOMAÇÃO

CURITIBA

2015

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ALMIR ROBERTO PIERIN

BRUNO MARÇAU VARGEM

ROGÉRIO DA VEIGA FERRES

IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE E ACIONAMENTO

DE MESA POSICIONADORA XYZ

Trabalho de Conclusão de Curso de graduação, apresentado à discipl ina de Trabalho de Diplomação, dos Cursos Superiores de Tecnologia em Automação Industrial do Departamento Acadêmico de Eletrotécnica – DAELT – e Tecnologia em Mecatrônica Industrial do Departamento Acadêmico de Eletrônica – DAELN da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, como requisito parcial para obtenção do título de Tecnólogo. Orientador: Prof. M.Eng. Jaime Favretto Co-orientador: Prof. M.Eng. Anderson Levati Amoroso

CURITIBA

2015

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ALMIR ROBERTO PIERIN BRUNO MARÇAU VARGEM

ROGÉRIO DA VEIGA FERRES

IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE E ACIONAMENTO DE MESA POSICIONADORA XYZ

Este Trabalho de Diplomação foi julgado e aprovado como requisito parcial para a obtenção do Título de Tecnólogo em Automação Industrial e Tecnólogo em Mecatrônica Industrial , do Curso Superior de Tecnologia em Automação Industrial e do Curso Superior de Tecnologia em Mecatrônica Industrial, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

Curitiba, 19 de julho de 2015

_____________________________ _________________________________ Prof. Ednilson Soares Maciel, Me. Prof. Milton Luiz Polli, Dr. Coordenador de Curso Coordenador de Curso Departamento Acadêmico de Eletrotécnica Departamento Acadêmico de Mecânica

____________________________________ Prof. Rafael Fontes Souto, Me.

Responsável pelo Trabalho de Diplomação da Tecnologia Departamento Acadêmico de Eletrotécnica

____________________________________ Prof. Sérgio Moribe, Esp.

Responsável pelo Trabalho de Diplomação da Tecnologia Departamento Acadêmico de Eletrônica

BANCA EXAMINADORA

_______________________________ Prof. Jaime Favretto, Me. Universidade Tecnológica Federal do Paraná Orientador

_____________________________________ Prof. Anderson Levati Amoroso, Me. Universidade Tecnológica Federal do Paraná Co-orientador _____________________________________ Prof. Joaquim Eloir Rocha, Dr. Universidade Tecnológica Federal do Paraná _____________________________________ Prof. José da Silva Maia, Me. Universidade Tecnológica Federal do Paraná

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RESUMO

FERRES, Rogério da Veiga; PIERIN, Almir Roberto; VARGEM, Bruno Marçau. Implementação do Sistema de Controle e Acionamento de Mesa Posicionadora XYZ. Trabalho de Conclusão de Curso – Tecnologia em Automação Industrial, Tecnologia em Mecatrônica Industrial UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curit iba, 2015.

Este trabalho apresenta a reestruturação de uma mesa posicionadora de dois eixos XY modelo POSILIN 100, do fabricante WEG, existente no laboratório de máquinas especiais da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR, e que é util izada pelos alunos para f ins didáticos. O trabalho abrange a elaboração das interconexões em um terceiro eixo Z, a inclusão de uma garra e máquina retíf ica, a reestruturação e configuração dos sistemas de acionamento e controle existentes, e também a elaboração de documentação técnica como diagramas e manual de operação. Estão descritos no trabalho as fases de especif icação dos componentes, a readequação do leiaute do quadro de comando, a integração entre o software CNC Mach3 e o projeto f ísico. Após as etapas executadas é possível realizar trajetórias programadas ut il izando os três eixos da mesa, o transporte de peças através da garra e a usinagem de peças através da máquina retíf ica. Mesas posicionadoras, conhecidas como Robôs Cartesianos, são equipamentos muito util izados na indústria para os mais diversos f ins . A melhoria neste equipamento existente proporciona uma ferramenta mais completa para ser ut il izada nos laboratórios da UTFPR.

Palavras-chave: Mesa posicionadora XY, POSILIN 100, software CNC Mach3.

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ABSTRACT

FERRES, Rogério da Veiga; PIERIN, Almir Roberto; VARGEM, Bruno Marçau;, Positioning Table in 3 axes XYZ , Project Work Conclusion – Industrial Automation Technology, Industr ial Mechatronics Technology, UTFPR – Federal Technological University of Parana. This task show the restructuring of a Posit ioning Table of two axes XY model POSILIN 100, from WEG manufacturer, existing in the special machines laboratory from Federal Technological University of Parana – UTFPR, and it is used by students for teaching purposes. This task is about the development of interconnections in a third axe Z, the inclusion of a grip and a grinding machine, the restructuring and configuration of the existing drive and control systems, and also the preparation of technical documents such as diagrams and operation manual. In the task is described the specif ication phases of components, the readjustment of the control cabinet layout, and the integrat ion between the Mach3 software and the physical project. After the executed steps you can perform programmed trajectories using the tree axes of the table, the transport parts through the grip and machining parts through the grinding machine. Positioning Tables, also known as Cartesian Robots are widely used in industries for different purposes, improving this exist ing equipment wil l p rovide more complete equipment for use in UTFPR laboratories.

Key words: XY posit ioning Table, POSILIN 100, software CNC Mach3.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Placa isolada .............................................................................................. 17 Figura 2: Tipos de motores de passo ........................................................................ 19 Figura 3: Modos de funcionamento motores de passo .............................................. 19 Figura 4: Largura de pulsos para funcionamento do micro servomotor .................... 22 Figura 5: Componentes de um micro servomotor ..................................................... 22 Figura 6 - Exemplos de cabos de micro servomotores ............................................. 23 Figura 7: Sensor indutivo .......................................................................................... 25 Figura 8: Mesa posicionadora XYZ ........................................................................... 26 Figura 9: Diagrama do sistema de controle e acionamento na mesa XY .................. 28 Figura 10: Placa de montagem ................................................................................. 29 Figura 11: Interface de operação do quadro de comando ......................................... 30 Figura 12 Interface de operação do quadro de comando .......................................... 30 Figura 7: Conexões rápidas ...................................................................................... 31 Figura 8: Caixa de distribuição internamente ............................................................ 32 Figura 15: Placa de inversão dos sensores de home e relés industriais ................... 32 Figura 16: Esquema de ligação dos sensores de home ............................................ 33 Figura 17: Diagrama esquemático do sistema de controle e acionamento XYZ ....... 34 Figura 18: Terceiro eixo com sensor de home na posição original ........................... 35 Figura 19: Sensor de home reposicionado ................................................................ 35 Figura 20: Drive de controle para motor de passo .................................................... 36 Figura 21: Motor tuning eixo Z ................................................................................... 37 Figura 22: Diagrama do gerador de pulsos ............................................................... 38 Figura 23: Largura do pulso na posição de abertura da garra .................................. 39 Figura 24: Largura do pulso na posição de fechamento da garra ............................. 39 Figura 25: Gerador de pulsos para servomotor da garra .......................................... 40 Figura 26: Controle analógico ................................................................................... 40 Figura 27: Disjuntor tripolar ....................................................................................... 42 Figura 28: Fusíveis ultrarrápidos ............................................................................... 42 Figura 29: Fonte saídas 5 Vcc e 12 Vcc .................................................................... 43 Figura 30: Fonte saída 24 Vcc .................................................................................. 43 Figura 31: Fonte saída 9 Vca .................................................................................... 43 Figura 32: Contator auxiliar ....................................................................................... 44 Figura 33: Placa de interface..................................................................................... 45 Figura 34: Placa de interface RS 232 ........................................................................ 46 Figura 35: Reles de interface .................................................................................... 46 Figura 36: Servoconversores .................................................................................... 48 Figura 37: Sensores home ........................................................................................ 49 Figura 38: Servomotor ............................................................................................... 50 Figura 39: Motor de passo ........................................................................................ 51 Figura 40: Dimensões motor de passo ...................................................................... 51 Figura 41: Esquema de ligação para motor de passo ............................................... 52 Figura 42: Garra ........................................................................................................ 52

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1: CONEXÕES DA PLACA DE INTERFACE BPC-PRO..................... ....... 45

TABELA 2: PINAGEM SERVOCONVERSOR WEG SCA05..................................... 48

TABELA 3: TABELA DE AJUSTE DE CORRENTE DO DRIVE EIXO Z ...................50

TABELA 4: TABELA DE AJUSTE DO MODO DO PASSO........................................ 50

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LISTA DE SIGLAS

CA Corrente Alternada

CC Corrente Contínua

CI Circuito Integrado

CNC Comando Numérico Computadorizado

DAELT Departamento Acadêmico de Eletrotécnica

DAELN Departamento Acadêmico de Eletrônica

LED Light-Emitting Diode

mA Mili Ampére

PC Personal Computer

RPM Rotações por Minuto

TTL Transistor-transistor Logic

USB Universal Serial Bus

UTFPR Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Vca Volts Corrente Alternada

Vcc Volts Corrente Contínua

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 11

1.1 TEMA ....................................................................................................... 11

1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA ........................................................................ 11

1.3 PROBLEMAS E PREMISSAS .................................................................. 11

1.4 OBJETIVOS ............................................................................................. 12

1.4.1 Objetivo Geral........................................................................................... 12

1.4.2 Objetivos Específicos ............................................................................... 12

1.5 JUSTIFICATIVA ....................................................................................... 12

1.6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................. 13

2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................ 14

2.1 MESA POSICIONADORA TRÊS EIXOS .................................................. 14

2.2 SOFTWARE DE CONTROLE MACH3 ..................................................... 14

2.3 LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO CNC ................................................ 15

2.4 PLACA DE INTERFACE .......................................................................... 16

2.5 MOTOR DE PASSO ................................................................................. 17

2.6 SERVOCONVERSOR .............................................................................. 19

2.7 SERVOMOTOR ........................................................................................ 20

2.8 MICRO SERVOMOTOR ........................................................................... 21

2.9 GARRAS .................................................................................................. 23

2.10 SISTEMAS DE TRANSMISSÃO .............................................................. 24

2.10.1 Correia Sincronizadora ............................................................................. 24

2.10.2 Fuso ......................................................................................................... 24

2.11 SENSOR DE PROXIMIDADE INDUTIVO ................................................ 25

3 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ........................................... 26

3.1 REATIVAÇÃO DO SISTEMA ................................................................... 26

3.1.1 Interpretação Do Sistema Existente ......................................................... 26

3.1.2 Testes em Bancada .................................................................................. 28

3.2 RESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA .......................................................... 29

3.2.1 Alteração do Leiaute ................................................................................. 29

3.2.2 Desenvolvimento Interface de Operação do Quadro de Comando .......... 29

3.2.3 Instalação de Conectores ......................................................................... 31

3.2.4 Substituição da Placa de inversão dos sensores de home ...................... 32

3.3 IMPLEMENTAÇÃO DO TERCEIRO EIXO ............................................... 33

3.3.1 Mecânica .................................................................................................. 34

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3.3.2 Acionamento Eixo Z ................................................................................. 35

3.3.3 Gerador de Pulsos para Micro Servomotor da Garra ............................... 37

3.4 CONTROLE MANUAL DOS EIXOS ......................................................... 40

4 ESPECIFICAÇÃO DOS COMPONENTES UTILIZADOS ......... 41

4.1 FERRAMENTAS DE CONFIGURAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ................. 41

4.1.1 Computador .............................................................................................. 41

4.1.2 Software ................................................................................................... 41

4.2 PROTEÇÃO, ALIMENTAÇÃO E ACIONAMENTO DO SISTEMA ELÉTRICO ................................................................................................................ 41

4.2.1 Disjuntor ................................................................................................... 41

4.2.2 Fusíveis .................................................................................................... 42

4.2.3 Fontes de Alimentação ............................................................................. 42

4.2.4 Contatores ................................................................................................ 43

4.3 INTERFACES DE COMANDO ................................................................. 44

4.3.1 Placa de Interface ..................................................................................... 44

4.3.2 Placa de Interface RS 232 ........................................................................ 45

4.3.3 Relés de Interface .................................................................................... 46

4.3.4 Servoconversores ................................................................................ 47

4.3.5 Drive motor de passo ............................................................................... 48

4.3.6 Sensores home ........................................................................................ 49

4.4 MOTORES ............................................................................................... 50

4.4.1 Servomotor ............................................................................................... 50

4.4.2 Motor de Passo ........................................................................................ 51

4.4.3 Micro servomotor ...................................................................................... 52

5 CONCLUSÃO ...................................................................................... 53 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 55 APÊNDICE A – MANUAL DE OPERAÇÃO .................................................. 57 APÊNDICE B – DIAGRAMA DA ALIMENTAÇÃO DO SISTEMA ........... 72 APÊNDICE C – CONEXÕES DA PLACA DE INTERFACE ...................... 73 APÊNDICE D – ESQUEMA DE LIGAÇÃO SERVOCONVERSOR X ..... 74 APÊNDICE E – ESQUEMA DE LIGAÇÃO SERVOCONVERSOR Y ..... 75

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1 INTRODUÇÃO

1.1 TEMA

Este trabalho propõe a reestruturação de uma mesa

posicionadora de dois eixos, a implementação de um terceiro eixo

vert ical e garra, disponibil izando também ferramen ta para usinagem.

O software Mach3 executado em um microcomputador possibil ita

movimentos tridimensionais com exatidão . Através da programação tipo

Comando Numérico Computadorizado (CNC) é possível realizar

trajetórias necessárias para ut il ização de ferramentas como fresas,

transportadores entre outras.

1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

A partir do equipamento Posilin 100, uma mesa posicionadora

com dois eixos, que atualmente realiza movimentos no plano horizontal ,

de propriedade da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, se faz

necessária a realização da montagem das interconexões, integração e

configuração dos sistemas de controle existentes incluindo um terceiro

eixo; atr ibuindo também uma garra para transporte e ferramenta de

usinagem.

O presente Trabalho de Diplomação contempla a melhoria em

um equipamento amplamente uti l izado por permitir movimentos

precisos, ut il izado para f ins didáticos, programado por um

microcomputador pela porta paralela util izando uma interface existente

no sistema atual, sendo controlado por um software CNC chamado

Mach3 do fabricante Artsoft EUA.

1.3 PROBLEMAS E PREMISSAS

A presente mesa posicionadora de dois eixos já esteve

funcional, e realizava movimentos horizontais, no entanto, sua

aplicação prát ica era restrita pela ausência de um tercei ro eixo e

efetuadores.

Devido às condições de interl igação das conexões elétr icas de

campo com o quadro de comando não estarem integradas através de

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uma conexão rápida, para armazenamento da mesa era necessário a

desconexão dos cabos que interl igavam a mesa ao quadro de comando,

desta forma, o processo de inicial ização da mesa era demorado.

Diante do exposto, foi constituído o seguinte questionamento:

como implementar um terceiro eixo e reestruturar a mesa posicionadora

de dois eixos a f im de torná-la uma ferramenta mais versátil?

A aplicação de softwares CNC como o Mach3 é amplamente

util izada no controle de ferramentas como fresadoras entre outras

aplicações similares, que realizam traba lhos a partir de movimentos em

três eixos com precisão e controle. O Mach3 já está sendo util izado

para controlar a mesa posicionadora em dois eixos, que facil itará a sua

aplicação em um sistema com mais um eixo.

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo Geral

Reestruturar a mesa posicionadora XY e implementar a

funcionalidade do eixo Z, permit indo a execução de rotinas de

transporte de peças, assim como a usinagem de peças executada por

ferramenta adequada que será f ixada no respectivo eixo.

1.4.2 Objetivos Específicos

Levantar a documentação do sistema existente ;

Interpretar o sistema físico existente;

Especif icar os componentes para o sistema;

Reestruturar o quadro de comando;

Instalar os cabeamentos de força e controle ;

Executar os testes de desempenho;

Elaborar o manual de operação.

1.5 JUSTIFICATIVA

Para a reestruturação de uma mesa posicionadora de dois eixos

é proposto um sistema de acionamento e controle de movimento para

um terceiro eixo, a instalação de uma garra e disposição de ferramenta

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de usinagem, razões que ampliam as possibi l idades de util ização do

projeto para f ins didáticos.

A melhoria proporcionada à mesa posicionadora pode promover

uma signif icativa contribuição para o ensino nos laboratórios do

Departamento Acadêmico de Eletrotécnica - DAELT.

1.6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia adotada para a realização deste trabalho

perpassa por um levantamento bibliográf ico, de manuais de fabricantes

dos componentes, dados técnicos, revistas especial izadas, artigos

técnicos e trabalhos de diplomação, visando entender o funcionamento

dos diversos componentes que devem ser integrados para o

desenvolvimento do projeto. Efetuando testes práticos para

levantamento de dados a f im de atingir o objetivo geral.

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14

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 MESA POSICIONADORA TRÊS EIXOS

Mesa posicionadora de três eixos é um robô cartesiano que tem

possibil idade de trabalho em três direções distintas; os quais

representam comprimento, altura e profundidade.

Os robôs cartes ianos caracter izam -se pela pequena área de trabalho, pelo e levado grau de r ig idez mecânica e pela grande exat idão na local ização do atuador . Seu contr o le é s imples em razão do movimento l inear dos vínculos e de o momento de inérc ia da carga ser f ixo em toda a área de atuação conforme (ROSÁRIO, 2005, p.158).

Este tipo de robô é comumente uti l izado para realização de

tarefas de manipulação e transporte, devido à simplicidade dos

movimentos lineares, com deslocamentos verticais e horizontais ,

permitindo que, por exemplo, uma ferramenta possa ser posicionada

dentro de um plano determinado e que esta realize uma tarefa

programada com precisão e repetibil idade, para tanto, devem ser

dotadas de terminais efetuadores, elemento fundamental para

execução de uma tarefa. Os principais efetuadores são as garras e as

ferramentas especializadas.

Segundo Capelli (2006) robôs cartesianos realizam movimentos

lineares e circulares com ação conjunta dos eixos. Essa operação

chama-se interpolação.

Para gerar as trajetórias do robô o controle e a interpolação dos

eixos de um robô cartesiano podem ser realizados através de software

CNC e placa de interface equivalente; este t ipo de software é

programado através de linguagem de programação conhecido como

código G.

2.2 SOFTWARE DE CONTROLE MACH3

O Mach3 é um software dedicado ao controle de máquinas CNC

no qual é escrito um programa a ser executado. O Mach3 uti l iza o

código G como l inguagem de programação, o mais comum para

máquinas CNC.

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15

Projetado para controlar máquinas tais como fresadoras, tornos,

cortadores por plasmas, e outros, o Mach3 pode simultaneamente

controlar até seis eixos, coordenando seus movimentos lineares e

circulares.

De acordo com o desenvolvedor do software Mach3, ARTSOFT

EUA (2008), o ciclo de desenvolvimento de um projeto em CNC é

composto de alguns elementos listados:

Ferramenta de software para criação do projeto da peça;

Programa para gerar arquivo de saída G-code dentro das

respectivas exigências da máquina a f im de produzir a peça

desejada;

Meio de transferência para transferir o arquivo de saída G -code

para o controlador da máquina; pode ser através da rede local ou

através do canal USB do PC;

Controlador da máquina; através deste, o programa será l ido e

interpretado a f im de emitir os sinais de controle para a placa de

controle e drives que controlam os motores da máquina;

Drives de controle; responsáveis por operar os motores que

conduzem os eixos da máquina ferramenteira;

Máquina Ferramenteira; a mecânica da máquina, e suas relações

de transmissão através dos fusos e correias; estes são

controlados pelos servomotores e motores de passo gerando

movimentação em seus eixos.

2.3 LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO CNC

Na usinagem de peças algumas informações são necessárias

para at ingir o resultado e forma desejada . Para isso, no software CNC

faz-se necessária a interpretação destas informações, tais como:

Os valores das coordenadas da peça a ser trabalhada ;

A maneira com que a ferramenta irá se movimentar em relação à

peça.

Segundo FANUC essas informações citadas são convertidas em

instruções capazes de realizar os comandos sob os atuadores da

máquina CNC. Chamadas de programa de usinagem, estas instruções

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16

são organizadas em blocos de programa contendo dados como funções

preparatórias e auxil iares, fundamentam a realização de uma operação.

Os códigos G são um entre os conjuntos de códigos numéricos

que programam um sistema CNC; códigos G também são chamados

como funções preparatórias tornando-se parte ativa na execução de

programas e operação da máquina. Esses códigos são programados

pela letra G seguida de dois dígitos, exemplo: G02. (interpolação

circular sentido horário / hel icoidal sentido horário), e são sempre

programados no início do bloco, descrevendo o t ipo de movimento da

máquina, t ipo de interpolação, t ipo de dimensionamento, funções

relacionadas com o tempo e at ivam determinadas condições de

funcionamento dentro do controle.

As funções miscelâneas M também são adicionais e alternadas

conforme tipo de máquina, pois executam comandos diretos sobre a

máquina e auxil iam na execução do programa, tais como: liga, desliga,

habil ita, desabil ita abertura, fechamento, troca, parada.

No exemplo do bloco, pode-se visualizar a sintaxe de uma linha

de programa:

Sintaxe > N..G..X..Y..Z..F..S..T..M..;

Exemplo > N0015 G00 X20. Y50. Z40 F0.3 S500 T1 M03;

Relação de signif icados conforme valores de cada caractere:

N – Endereço do bloco

G – Função preparatória

X, Y, Z – Eixos

F – Função de avanço

S – Rotações por minuto

T – Número da ferramenta

M – Função Miscelânea

; – Caractere no f inal do Bloco.

2.4 PLACA DE INTERFACE

De acordo ARTSOFT EUA (2008) o software Mach3 ut il iza sinais

de entrada e saída digitais binários para comunicação com os drives de

controle dos eixos através da porta paralela do PC. A porta paralela

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trabalha com Lógica Transistor-Transistor (TTL), onde qualquer tensão

entre 0 e 0,8 Vcc são interpretados como um sinal de nível baixo “Lo” e

toda tensão entre 2.4 e 5 Vcc como n ível alto “Hi” , porém a porta

paralela fornece esses sinais com correntes muito baixas, menor que

0,4 mA para “Lo” e menor que 40 mA para “Hi”, isto signif ica que

conectar qualquer tensão negativa, ou maior que 5 Vcc, ou ainda exigir

uma corrente acima da capacidade da porta paralela irá queimar a

saída e pode causar danos a placa mãe do PC.

Para proteger o PC de curto circuitos acidentais , ou até mesmo

correntes causadas por interferências nos cabos gerados pelos motores

(ruído) a Artsoft EUA recomenda a u ti l ização de uma interface,

conhecida como placa isolada apresentada na Figura 1, que limita a

corrente dentro e fora da porta paralela.

Figura 1: Placa isolada Fonte: Guia de utilização interface optoisolada BPC-PRO P.1

2.5 MOTOR DE PASSO

Devido à estabil idade e por serem mais econômicos, os sistemas

de controle operam em baixas potências, necessitando amplif icar esses

sinais a f im de comandar atuadores que demandam maiores proporções

de energia. Para realização desta tarefa foram desenvolvidos drives de

controle, cuja função é receber a potência dos sinais de uma interface

de saída e comandar os atuadores responsáveis pelo acionamento e

controle de um respectivo equipamento ou máquina.

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Um dr ive é um circuito dig i ta l que ampl i f ica um sinal d igi ta l de baixa potênc ia, permit indo at ivar e desat ivar um atuador d ig i ta l , mas que trabalha com maiores níveis de energia do que a in terface de saída pode fornecer (PAZOS, 2002, p. 96).

O motor de passo é um transdutor eletromecânico, cuja prin cipal

característica é a conversão de pulsos elétr icos em movimentos

mecânicos discretos, denominados de passos. Para uma operação de

posicionamento o motor recebe um número inteiro de pulsos que é

convert ido em um ângulo f ixo de rotação.

Além de seu baixo custo, o motor de passo vem aliado as

seguintes vantagens e razões de util ização: acionamento digital,

robustez mecânica, baixo ruído, modularidade e facil idade de

instalação pela ausência de escovas e f luídos.

Uma vantagem destes motores com respeito aos de corrente contínua, é que quando estão f ixos em uma determinada pos ição tem um torque de retenção e levado, o que n ão acontece durante o movimento (PAZOS, 2002, p. 203) .

Motores de passo são classif icados segundo a sua fo rma

construt iva, basicamente divididos em três tipos, relutância variável,

imã permanente ou híbrido.

O motor construído com um rotor com muitas polaridades feito

de ferro doce e um estator laminado sem imã permanente, que dá a ele

a característ ica de torque estát ico nulo, é chamado de motor de

relutância variável. Outro t ipo é o motor de imã permanente, que

apresenta um rotor de alnico ou ferrite magnetizado radialmente, o que

proporciona a esse tipo de motor um torque estático não nulo. Baseado

nos dois primeiros, o motor híbrido conta com as características

desejáveis de cada um, sem torque estático nulo e capacidade de

operar com velocidades de passos altas, apresenta tanto o rotor quanto

estator mult identados.

A Figura 2 apresenta um esquemático de cada tipo de motor de

passo.

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Figura 2: Tipos de motores de passo Fonte: Adaptado MENDONÇA (2009)

Os motores de passo podem ser l igados de duas formas de

acordo com a necessidade da aplicação, a ligação paralela proporciona

maior velocidade e menor torque enquanto a l igação série, menor

velocidade e maior torque. A sequência de acionamento das bobinas

também inf luencia nessa relação, existem diferentes sequências de

acionamento das bobinas conforme a Figura 3.

Figura 3: Modos de funcionamento motores de passo Fonte: Treinamento de Motores de Passo, Drives e Introdução a Servoacionamentos, Akiyama 2009, p.5

2.6 SERVOCONVERSOR

O servoconversor é um dispositivo eletrônico microprocessado

responsável pelo acionamento e controle de um servomotor. Um

servoconversor recebe um sinal de comando a part ir de um sistema de

controle e amplif ica o sinal e transmite a corrente elétrica para um

servomotor, com a f inalidade de produzir o movimento proporcional ao

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sinal de comando; este sinal irá determinar a velocidade, posição e

aceleração desejada. Um dispositivo de realimentação é acoplado ao

motor informando o estado atual do motor de volta para o servo drive .

Em seguida o servo drive compara o estado atual do motor com o

estado que foi ordenado. Na sequência, ele altera a frequência de

tensão ou largura de pulso para o motor, de modo a corrigir qualquer

desvio em relação ao estado ordenado. Os disposit ivos de

realimentação mais comuns são: encoder incremental, encoder

absoluto e resolver; esta realimentação pode ser usada para detectar

movimento indesejado, ou para assegurar a precisão do movimento

comandado pelo servo drive ao servomotor.

Num sistema de controle adequadamente con figurado, o

servomotor gira a uma velocidade que se aproxima muito a velocidad e

de sinal a ser recebido pelo servoconversor. Vários parâmetros tais

como o controle de torque, ganho proporcional, amortecimento e o

ganho de realimentação, devem ser ajustados para atingir este

desempenho desejado.

O servoconversor possui em sua memória diversos parâmetros,

que podem ser ajustados conforme a aplicação que a que se destina.

Como característica principal dos parâmetros vale ressaltar a

parametrização das entradas digitais, as quais podem ser

parametrizadas para habilitação e funcionamento do servomotor,

parada de emergência do motor, inversão de sentido de giro, dentre

outras ações que o servoconversor pode executar (CASTILHO ; SILVA,

2012).

Atualmente os servoacionamentos são cada vez mais util izados

em máquinas CNC, automatização de processos de manufatura, no

campo da robótica entre outras util izações, promovendo ganhos

signif icat ivos na velocidade e na qualidade dos processos produtivos.

2.7 SERVOMOTOR

Os servomotores são motores que realimentam a sua posição,

garantindo o deslocamento exigido pelo seu controlador com excelente

precisão. Podem ser al imentados através de tensão alternada e

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contínua. São comumente util izados em aplicações onde se exige

precisão, altos níveis de torque e velocidade conforme (JUNIOR;

OLIVEIRA; VOTRE, 2003).

Devido as suas característ icas, existem três modos básicos que

os servomotores podem ser operados:

Modo torque: o torque desenvolvido pelo servomotor mantém -se

constante, enquanto varia-se apenas a sua velocidade;

Modo velocidade: a velocidade desenvolvida pelo servomotor

mantém-se constante, mesmo com constante variação de sua carga;

Modo posicionamento: constante variação de torque e

velocidade enquanto realiza movimentos precisos.

Para as mais diversas aplicações, os modelos construt ivos mais

comuns para servomotores são os trifásicos assíncronos, trifásicos

síncronos e CC, porém o princípio de funcionamento é o mesmo se

comparado com motores convencionais, diferenciam -se somente em

alguns casos em sua forma construtiva e ut il ização de materiais, tais

como:

O uso de ferromagnéticos e bobinas especiais para promover

ganho na dinâmica do servomotor, ou seja, consegue realizar rápidas

acelerações durante o seu funcionamento;

A otimização do rotor a f im de eliminar os atri tos durante a

rotação e o máximo possível da inércia própria, propiciando um ganho

de precisão;

O uso de um sensor de posição, este irá proporcionar maior

estabil idade e vida útil no servomotor.

Segundo Ohm (2000) alguns fatores são determinantes para a

util ização de um determinado tipo de servomoto r com seu respectivo

servoconversor; o máximo de torque, a capacidade de sobrecarga,

velocidade, manutenção, regime de trabalho, custo, dinâmica do

processo, t ipo de comunicação conforme arquitetura do projeto.

2.8 MICRO SERVOMOTOR

Apesar de terem o mesmo nome os micro servomotores possuem

princípio de funcionamento diferente dos servomotores industriais. Os

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micro servomotores recebem essa denominação devido sua

realimentação de posição, onde um potenciômetro está acoplado à

transmissão fornecendo um sinal para o circuito eletrônico que controla

sua posição; nos micro servomotores o servoconversor esta integrado,

sendo necessário apenas o envio de um sinal com pulso modulado que

determina sua posição, e é l imitado a três posições conforme Figura 4.

Figura 4: Largura de pulsos para funcionamento do micro servomotor Fonte: UNESP ( 2013)

O servomotor é alimentado com tensões de 5 V e recebe um sinal no formato PWM (Pulse Width Modulation). Este sinal é 0 V ou 5 V. O circuito de controle do servo fica monitorando este sinal em intervalos de 20 ms. Se neste intervalo de tempo, o controle detecta uma alteração do sinal na largura do sinal, ele altera a posição do eixo para que a sua posição coincida com o sinal recebido. (UNESP, 2013).

O motor CC pode gerar um alto torque se comparado ao seu

peso, maior que 1kgf.cm, devido à redução da velocidade gerado pelas

engrenagens. A Figura 5 mostra os componentes do micro servomotor.

Figura 5: Componentes de um micro servomotor Fonte: Adaptado de Fonte: UNESP (2013)

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De acordo com o seu fabricante, o micro servomotor pode ter cabos de

diferentes cores, na Figura 6 alguns exemplos.

Figura 6 - Exemplos de cabos de micro servomotores Fonte: UNESP (2013)

2.9 GARRAS

Segundo Rosário (2005, p.170) a garra se compara a mão

humana, entretanto é incapaz de simular seus movimentos, l imitando -

se apenas a uma faixa de operações; devido à necessidade de

manuseio de diferentes objetos tamanhos, formas e materiais, alguns

tipos de garras foram desenvolvidos.

As garras com dedos de movimentação mecânica seguram os

objetos por constrição física, ou seja, a garra é projeta de modo que ao

fechar envolve a peça sem exercer força contra ela, ou ainda por atrito,

onde os dedos aplicam uma força para reter a peça, neste caso, os

dedos podem ser revestidos de materiais macios para não danif icar

peças frágeis.

As garras de dedos podem ter diversos tipos de a tuadores, como

motores, cil indros pneumáticos ou hidráulicos e os mais variados

mecanismos para transformar a rotação dos motores ou o

deslocamento linear dos cil indros no movimento de abertura e

fechamento dos dedos.

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Garras a vácuo são mais leves que as garras mecânicas de

dedos, mas tem uma aplicação restrita para objetos l isos e com uma

face plana, como lâminas de vidro, metal. O tamanho da peça pode

exigir mais ventosas ou copos de sucção de acordo com seu peso e a

pressão da bomba.

Para a manipulação de peças metálicas podem ser util izadas

garras magnéticas, que tem tempos de pega muito rápidos

independente da geometria das peças (ROSÁRIO, 2005, p.173).

2.10 SISTEMAS DE TRANSMISSÃO

2.10.1 Correia Sincronizadora

Tipo de transmissão considerado como nível excelente de

resistência ao atrito e desgaste, é uma das transmissões mais

util izadas na indústria, pois realiza trabalho si lencioso, exige menos

manutenção, pois não necessita de lubrif icação; possui excelente

rendimento na faixa de 98%.

A vantagem deste s istema é que não há per igo de escorregamento, como no caso das pol ias, embora se a correia é de borracha pode se est icar caso a carga seja pesada demais para o torque resultante (PAZOS, 2002, p. 241) .

2.10.2 Fuso

Tipo de transmissão com alta capacidade de carga e ef iciência,

boa precisão, proporciona a realização de movimentos de translaç ão

com precisão de 0,01 mm para fusos trapezoidais e de 0,001 mm para

fusos de esferas recirculantes que realizam o mesmo trabalho, porém

com uma tecnologia mais moderna que substituiu a po rca trapezoidal

por uma castanha1 com esferas aumentando a precisão e reduzindo o

atrito, os fusos de esferas recirculantes não são autobloqueastes

devido ao seu auto rendimento, por esta razão os fusos trapezoidais

ainda tem aplicação onde são mais adequados que os de esferas

recirculantes.

1 Castanha é o termo usado para denominar a parte do fuso de esferas, onde estão as esferas,

equivalente à porca dos fusos trapezoidais.

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Este s is tema cons is te s implesm ente num eixo c i l índr ico roscado sol idár io com o e ixo de um motor. Uma peça com uma rosca fêmea do mesmo t ipo é roscada no e ixo. Essa peça deve ter uma guia para evitar sua rotação durante o movimento. Assim, quando o e ixo roscado g irar ac ionado pelo motor , a peça, incapaz de g irar por causa da guia, avançará ou retrocederá dependendo do sent ido de rotação do eixo (PAZOS, 2002, p. 245) .

2.11 SENSOR DE PROXIMIDADE INDUTIVO

Os sensores de presença indutivos são amplamente util izados

na automatização industrial, po is são capazes de detectar todos os

tipos de metais em alta frequência de chaveamento, além de serem

insensíveis à vibração, pó e corrosão.

O dispos it ivo cons is te numa bobina a l imentada por um sinal radiof requênc ia. Quando um objeto ferromagnético se aprox ima, entrando na área de medição do d ispos it ivo sens i t ivo, muda a re lutânc ia do c i rcui to magnét ico, mudando o valor da corrente c irculante pela bobina (PAZOS, 2002, p. 155) .

A detecção ocorre sem que haja o contato f ísico entre o sensor e

o objeto metál ico, não havendo desgaste e aumentando a vida úti l de

ambas as partes. A Figura 7 apresenta um sensor indutivo.

Figura 7: Sensor indutivo Fonte: COMALETRECO (2015)

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3 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

3.1 REATIVAÇÃO DO SISTEMA

3.1.1 Interpretação do Sistema Existente

A implementação de Sistema de Acionamento e Controle de Mesa

XY, CASTILHO e SILVA (2012), referenciou a realização deste presente

trabalho. A mesa continha dois eixos constituídos por um equipamento

comercial do fabricante Weg chamado Posil in 100, que realizava

movimentos horizontais através de dois eixos acionados por

servomotores e com transmissão por correias sincronizadoras , e seu

controle era realizado através do software CNC Mach3. A Figura 8

apresenta o equipamento após a instalação do terceiro eixo e

efetuadores.

Figura 8: Mesa posicionadora XYZ Fonte: Autoria própria

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Descrição dos componentes indicados na Figura 8:

Painel de Controle: Onde se encontram os drives de controle e

placas de interface de comando, responsáveis por coordenação

da mesa;

Eixo X: Eixo Horizontal da mesa, movido por servomotor; relação

de transmissão através de correia;

Eixo Y: Eixo Horizontal da mesa, movido por servomotor; relação

de transmissão através de correia;

Eixo Z: Eixo Vert ical da mesa, movido por motor de passo;

relação de transmissão através de um fuso;

Máquina Retíf ica: Efetuador para usinagem de peças; acoplado

ao eixo Z;

Garra: Efetuador para transporte e manipulação de peças;

acoplado ao eixo Z;

Mesa: Estrutura mecânica ut il izada como base para suportar os

eixos e motores; plataforma para realização dos projetos CNC.

A Figura 9 apresenta o diagrama esquemático do sistema de

controle e acionamento da mesa XY, o qual previa a ampliação de mais

um eixo. O software Mach3 instalado no PC envia sinais comando

através da porta paralela para a placa de interface, estes sinais

passam pela placa de interface RS232 e chegam até os

servoconversores que por sua vez acionam os motores. A placa de

interface RS232 se fazia necessária devido a incompatibil idade entre o

conector da saída da placa de interface e conector de entrada de sinal

dos servoconversores.

Os sinais de home são enviados para placa de interface através

do fechamento dos contatos dos relés ao receberem os sinais dos

sensores indutivos. A util ização dos relés se faz necessária devido à

diferença das tensões de trabalho da placa de interface (5 Vcc) e dos

sensores (24 Vcc).

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Figura 9: Diagrama do sistema de controle e acionamento na mesa XY Fonte: Imagem adaptada de SILVA e CASTILHO 2012

3.1.2 Testes em Bancada

Antes de iniciar a montagem do quadro, foi necessária a

realização de testes em bancada de todos os componentes a f im de

comprovar a ef iciência e funcionamento. Iniciaram-se os testes

individualmente com cada drive e seu respectivo motor; foram testes

demorados em virtude dos ajustes necessários para o funcionamento

adequado para a aplicação. Durante estes testes os drives de controle

dos motores não funcionaram no primeiro momento, foi então

necessário consultar os manuais dos fabricantes, interpretar os sina is,

verif icar as configurações e parâmetros, realizar medições de

grandezas elétr icas, equalizando os sinais na mesma referência a f im

de solucionar o problema.

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3.2 RESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA

3.2.1 Alteração do Leiaute

Os circuitos de controle e potência foram montados no mesmo

quadro de comando; porém a distr ibuição dos componentes na placa de

montagem foi alterada devido à necessidade de incluir mais

componentes a f im de atender os objetivos do projeto. A Figura 10

apresenta o novo leiaute da placa de montagem.

Figura 10: Placa de montagem Fonte: Autoria própria

3.2.2 Desenvolvimento Interface de Operação do Quadro de Comando

Identif icada a necessidade do desenvolvimento de uma interface

de operação do quadro de comando, foram instaladas botoeiras e

sinalizações conforme Figura 11.

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Figura 11: Interface de operação do quadro de comando Fonte: Autoria própria

Descrição dos componentes da Figura 11:

Botão de Emergência (ES): parada imediata de todo o sistema;

Chave Seletora (S0): habil ita a alimentação do quadro de

comando;

Sinaleiro (L0): indicação de falha;

Chaves Alavancas (S1, S2 e S3): habilitam drives de controle dos

motores que comandam os eixos X, Y e Z ;

LEDs Sinalizadores (L1, L2 e L3): indicações que os drives de

controle estão habilitados.

A Figura 12 apresenta o diagrama elétr ico da interface de

operação do quadro de comando.

Figura 12 Interface de operação do quadro de comando Fonte: Autoria própria

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3.2.3 Instalação de Conectores

A estrutura da f iação dos componentes de campo e comunicação

com o PC foi plane jada para uma conexão rápida, na lateral do quadro,

de modo que todos os componentes sejam interl igados através de

apenas alguns conectores.

A Figura 13 mostra a forma de conexão rápida dos conectores

laterais.

Figura 7: Conexões rápidas Fonte: Autoria própria

A f iação de campo foi concentrada em uma caixa de distr ibuição

acoplada junto à estrutura da mesa, para facil itar a interl igação dos

componentes de campo foi uti l izado um componente indu strial chamado

INTERFACE DB25 que possui bornes para conexão dos cabos e uma

saída DB25, desta forma, através de um cabo multivias é possível

interligar os dados de campo ao quadro de comando, tais como:

Sensores de zero máquina e limites, X, Y, Z;

Alimentação e sinal de controle da Garra.

A Figura 14 mostra as conexões no interior da caixa de

distribuição.

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Figura 8: Caixa de distribuição internamente Fonte: Autoria própria

3.2.4 Substituição da Placa de inversão dos sensores de home

Devido o projeto da placa de inversão dos sensores de home não

prever a implementação do terceiro eixo, optou-se pela sua

substituição por t rês relés industriais. A Figura 15 apresenta a placa e

os novos relés.

Figura 15: Placa de inversão dos sensores de home e relés industriais Fonte: Autoria própria

Estes relés são ut il izados para comutar o retorno do sinal dos

sensores de home para os bornes da placa de interface, ao receber os

sinais de campo dos sensores indutivos na sua bobina de 24 Vcc ,

conforme Figura 16.

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Figura 16: Esquema de ligação dos sensores de home Fonte: Autoria Própria

3.3 IMPLEMENTAÇÃO DO TERCEIRO EIXO

A Figura 17 a seguir apresenta o esquema dos componentes que

contemplam o controle e acionamento da mesa após a implementação

do terceiro eixo e os efetuadores.

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Figura 17: Diagrama esquemático do sistema de controle e acionamento XYZ Fonte: Imagem adaptada de SILVA e CASTILHO 2012

3.3.1 Mecânica

A mecânica do eixo Z foi montada por empresa terceir izada,

util izando a mesa de coordenada como transmissão e suporte para

f ixação da retíf ica e da garra.

Durante teste do eixo Z, verif icou-se a necessidade do

reposicionamento do sensor de home que estava na vertical, onde a

chapa metálica que o aciona, em caso de uma falha na programação ou

movimento manual indevido, poderia colidir com o sensor e danif icando

o mesmo; uma vez que o sensor estava abaixo do f im de curso que

limita a subida fora a área de trabalho, conforme Figura 18.

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Figura 18: Terceiro eixo com sensor de home na posição original Fonte: Autoria própria

Esse defeito de projeto foi solucionado furando a base do eixo Z

para f ixar o sensor na horizontal e reposicionando a chapa metálica

para que a mesma passe a frente do sensor acionando o mesmo sem a

possibil idade de colisão. A Figura 19 mostra a alteração executada.

Figura 19: Sensor de home reposicionado Fonte: Autoria própria

3.3.2 Acionamento Eixo Z

Foi o acionamento do motor de passo do eixo Z foi uti l izado o

drive de controle para motor de passo BL-TB6550-V2, porém, ainda

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foram necessários diversos testes para atin gir o melhor desempenho no

controle do motor de passo.

Esta placa, Figura 20, é integrada com a placa de interface, e

recebe a sequência de pulsos para controle do motor de passo. Nesta

placa também é necessário o ajuste da corrente conforme o tipo de

ligação do motor de passo.

Figura 20: Drive de controle para motor de passo Fonte: Autoria própria

Com a implementação do eixo Z, foi necessário testar o melhor

t ipo de ligação e ajuste no modo de funcionamento do motor de passo.

O melhor desempenho na precisão do deslocamento foi atingido

util izando o tipo de ligação em série e modo de funcionamento

FullStep , com 20 passos por unidade. Este valor foi adicionado ao

campo “Motor Tuning and Setup” do Mach3 conforme Figura 21 na

sequência.

Abaixo cálculos considerados para parametrização do eixo Z:

Passo do fuso: 10 mm

Resolução do motor: 1,8 graus

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Número de passos por volta do motor: 360 / 1,8 = 200

Número de milímetros por passo: 10 / 200 = 0,05

Número de passos por milímetro: 1 / 0,05 = 20

Figura 21: Motor tuning eixo Z Fonte: Autoria própria

3.3.3 Gerador de Pulsos para Micro Servomotor da Garra

A placa geradora de pulsos foi desenvolvida para gerar os

pulsos necessários para o posicionamento do micro servomotor que

aciona a garra, conforme abordado no capítulo 2.

Foi uti l izado como base o diagrama 2 onde o CI 555 é util izado

no circuito para gerar os pulsos em 50 Hz, foram adicionados a ele um

relé para receber um sinal da saída a relé da placa de interface

optoisolada BPC-PRO e mais uma resistência variável formando um

ramo paralelo com o valor da resistência elétrica diferente, onde o

chaveamento do relé seleciona o valor da resistência usado alterando a

2 HUNT, Oliver. 555 Based Simple Servo Controller, Disponível em:

http://www.hvlabs.com/555servo.html. Acesso em: 06 fev. 2015

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largura do pulso gerado. A Figura 22 mostra o diagrama com as

alterações do diagrama base.

Figura 22: Diagrama do gerador de pulsos Fonte: Adaptado de Hunt (2003)

Os valores das resistências elétr icas foram definidos através de

testes em bancada, tomando como referência o diagrama base, os

valores das resistências foram sendo alterados conforme a resposta do

micro servomotor chegando os valores ideais de duração dos pulsos de

6,4 ms para abertura da garra apresentado na Figura 23 e 1,6 ms para

fechamento indicado na Figura 24.

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Figura 23: Largura do pulso na posição de abertura da garra Fonte: Autoria própria

Figura 24: Largura do pulso na posição de fechamento da garra Fonte: Autoria própria

Foi acrescentado um botão de impulso possibi l itando a

realização de testes locais para abertura e fechamento da garra e uma

chave liga/desliga. Este circuito foi montado em placa padrão tipo i lha

10x5 cm conforme Figura 25 abaixo.

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Figura 25: Gerador de pulsos para servomotor da garra Fonte: Autoria própria

3.4 CONTROLE MANUAL DOS EIXOS

Para realização de uma operação manual na movimentação dos

eixos para qualquer direção usando variados tipos de movimento é

possível uti l izar um controle conectado a porta USB; o software Mach3

trabalha com todos os modelos de joyst icks analógicos compatíveis

com o sistema operacional Windows.

A Figura 26 mostra o modelo de controle uti l izado para testes

durante a concepção do projeto.

Figura 26: Controle analógico

Fonte: Autoria própria

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4 ESPECIFICAÇÃO DOS COMPONENTES UTILIZADOS

4.1 FERRAMENTAS DE CONFIGURAÇÃO E PROGRAMAÇÃO

4.1.1 Computador

Para instalação do software de programação e configuração, o

Mach3, foi disponibil izado um computador do Laboratório de Máquinas

especiais da UTFPR com sistema operacional Windows XP Service

Pack 3. Neste PC foram realizados todos os testes necessários para

colocar a mesa XYZ em condição de uso.

4.1.2 Software

O software CNC util izado como interface de operação e

programação neste projeto foi o Mach3; este pacote de software é

responsável pela interpretação do G-Code calculando em tempo real os

movimentos necessários para executar a trajetória definida e enviando

sinais de pulsos de passo e de di reção para os controladores da mesa

através da porta paralela.

Designado como recurso para integração com a mesa XYZ desde

a concepção do projeto, o software Mach3 exige um PC com um

processador de 1 GHz, 32 bits, sistema operacional Windows 2000, ou

Windows XP, ou Windows Vista 32-bits, (O Windows Vista pode exigir

um complemento do registro, disponível em

<http://www.machsupport.com>).

4.2 PROTEÇÃO, ALIMENTAÇÃO E ACIONAMENTO DO SISTEMA ELÉTRICO

4.2.1 Disjuntor

Para proteção geral do quadro, foi agregada a uti l ização um

disjuntor tripolar do fabricante WEG de 25 A, conforme Figura 27.

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Figura 27: Disjuntor tripolar Fonte: Autoria própria

4.2.2 Fusíveis

Para proteção dos circuitos contra sobre corrente também foram

util izados três fusíveis ultrarrápidos de 250 Vca 16 A, conforme Figura

28.

Figura 28: Fusíveis ultrarrápidos Fonte: Autoria própria

4.2.3 Fontes de Alimentação

Para al imentação dos circuitos eletrônicos foram util izadas três

fontes; uma fonte de PC com saídas de 5 Vcc e 12 Vcc 18 A na Figura

29, disponibil izada pela UTFPR, uma fonte de saída 24Vcc 2A Figura

30, e uma fonte de 9 Vca 1000 mA do modelo AD–0901000AU mostrada

na Figura 31.

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Figura 29: Fonte saídas 5 Vcc e 12 Vcc Fonte: Autoria própria

Figura 30: Fonte saída 24 Vcc Fonte: Autoria própria

Figura 31: Fonte saída 9 Vca Fonte: Autoria própria

4.2.4 Contatores

Para energizar o quadro foi instalado um contator tr ifásico de 20

A, com tensão de alimentação da bobina 127 Vca que é acionado por

chave seletora na porta do quadro.

Também foi uti l izado um contator auxil iar com dois contatos

normalmente abertos mais dois normalmente fechados, com tensão de

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alimentação da bobina 127 Vca para chaveamento do sinal da botoeira

de emergência.

A Figura 32 mostra o modelo de contator auxil iar uti l izado no

projeto.

Figura 32: Contator auxiliar Fonte: Autoria própria

4.3 INTERFACES DE COMANDO

4.3.1 Placa de Interface

Este é o principal componente util izado como interface entre o

PC e o circuito de controle da mesa, ele recebe diretamente os

comandos do Mach3 e replica para os demais drives de controle, além

de receber os sinais dos sensores home ; protegendo assim a placa

mãe do PC em virtude de ser isolada.

Foi mantida a placa de interface optoisolada BPC-PRO, Figura

36, fabricada pela Hobby CNC no projeto, conforme Casti lho e Silva

(2012), uti l izando a saída para o eixo Z e a saída a relé 1 da placa para

controle do estado da garra .

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Figura 33: Placa de interface Fonte: Autoria própria

A tabela a seguir descreve as entradas/conectores da placa de interface.

Tabela 1: Conexões da placa de interface BPC-PRO

Fonte: Manual do Fabricante

4.3.2 Placa de Interface RS 232

Desenvolvida por Castilho e Silva (2012) para adaptar as

conexões RS 232 entre a placa de interface PBC-PRO e fornecer

também o sinal de habil ita para cada drive de controle dos eixos X, Y e

Z, esta não foi alterada, pois já estava previsto no seu projeto a

implementação do eixo Z.

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46

Figura 34: Placa de interface RS 232 Fonte: Autoria própria

4.3.3 Relés de Interface

Uti l izados para comutar o retorno do sinal de home nos bornes

da placa de interface, recebendo os sinais de campo dos sensores

indutivos na sua bobina com tensão de alimentação em 24 Vcc. Foram

util izados relés DEK-REL-24/0/1 com capacidade de chaveamento de

250 Vca 5 A.

Figura 35: Reles de interface Fonte: Autoria própria

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4.3.4 Servoconversores

Para controle da velocidade, posicionamento e torque dos

servomotores que controlam eixos X e Y, foram util izados dois

servoconversores da Weg, modelo SCA05 8/16. Este servoconversor

tem corrente de saída de 8 A, sendo corrente máxima de saída 16 A;

suporta frequência de chaveamento até 10 kHz. Ele possui uma

configuração padrão, possui entradas e saídas analógicas e digitais,

entrada do resolver, conexão serial RS232 e conexão para IHM remota.

Segue Tabela 2 com especif icação da pinagem 1 a 28:

Tabela 2 : Pinagem Servoconversor WEG SCA05

Fonte: Manual do usuário servoconversor SCA05 P. 43

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Como acessório possui instalada a placa CEP1 para recepção de

sinais de trem de pulsos e direção enviados pela placa de interface.

Os parâmetros dos servoconversores foram revisados e

mantidos conforme configuração realizada por Castilho e Silva (2012).

Figura 36: Servoconversores Fonte: Autoria própria

4.3.5 Drive motor de passo

Para o controle do motor do eixo Z foi ut i l izado o drive BL-

TB6550-V2. Este drive é projetado para acionamento de motores de

passo de até 3 A.

É possível necessário realizar a ajuste de corrente de

alimentação conforme especif icação do motor. A Tabela 3 mostra os

possíveis ajustes de corrente conforme combinação dos jumpers SW,

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SW2, SW3 e S1 e Tabela 4 as combinações para determinação do t ipo

de passo através dos jumpers S3 e S4 que estão escritos na placa.

Tabela 3: Tabela de ajuste de corrente do drive eixo Z

Fonte: HOBBY CNC

Tabela 4: Tabela de ajuste do modo do passo

Fonte: HOBBY CNC

4.3.6 Sensores home

Foram uti l izados três sensores indutivos 24 Vcc, um para cada

eixo da mesa, f ixados a suportes, como mostrado na Figura 37, para a

realização da função zero da máquina.

Figura 37: Sensores home Fonte : Autoria própria

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4.4 MOTORES

4.4.1 Servomotor

Para movimentação dos eixos X e Y foram mantidos os

servomotores do Fabricante WEG, modelo SWA56, possuindo rotação

nominal de 2000 rpm, e corrente de 2,5 A.

A Figura 38 apresentando o modelo instalado.

Figura 38: Servomotor Fonte: Autoria própria

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4.4.2 Motor de Passo

Uti l izado para controle do e ixo Z, este, f ixado na posição vert ical

com transmissão através de um Fuso. O motor de passo foi concedido

pela Universidade, modelo KTC-HT23-401, fabricado pela Kalatec.

A Figura 39 mostra o motor de passo acoplado no fuso.

Figura 39: Motor de passo Fonte: Autoria própria

A Figura 40 mostra as dimensões do motor em milímetros:

Figura 40: Dimensões motor de passo Fonte: KALATEC

O esquema de ligação util izado para o motor de passo foi a

l igação série, conforme observado na Figura 41.

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Figura 41: Esquema de ligação para motor de passo Fonte: KALATEC

4.4.3 Micro servomotor

Para atingir uma precisão signif icativa no funcionamento da

garra, a melhor opção foi a util ização de um micro servomotor,

disponibil izado pela Universidade do fabricante Torobot, modelo

TR205.

Figura 42: Garra Fonte: Autoria própria

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5 CONCLUSÃO

Ao término deste trabalho a mesa posicionadora XYZ encontra -

se funcional e em plena condição de uso de seus três eixos,

possibil itando trajetórias tr idimensionais interpolando esses eixos.

Através dos efetuadores implementados, a garra e a máquina

retíf ica, é possível a realização de transporte de peças bem como a

usinagem de peças conforme trajetória programada no software Mach3.

A mesa precisava ser um equipamento de fácil operação, para

poder ser inicial izada de forma simples e ágil, desta forma, foram

instalados conectores que interl igam todos os sinais provenientes dos

sensores de campo através de apenas um cabo até o quadro de

comando; ações que tornaram o projeto mais trabalhoso, porém o

resultado f inal se mostrou um equipamento simples de ser operado

conforme foi proposto.

Foram identif icadas necessidades de melhoria na mecânica da

mesa, nivelando a base para realização de testes mais precisos,

juntamente com a melhoria no conjunto mecânico do eixo Z a f im de

retirar a folga. A substituição servomotor de abertura e fechamento da

garra, devido ao desgaste das engrenagens plást icas do servomotor,

por um modelo com engrenagens metálicas, aumentando

signif icat ivamente a vida út il do motor.

Também foi obtido êxito no alcance dos objet ivos específ icos,

através de consultas a fontes de pesquisa de livros e internet a f im de

just if icar tecnicamente o projeto. Diversos testes foram realizados

envolvendo os eixos, a garra e a retíf icas, provando a ef iciência e a

funcionalidade do sistema de controle e das interconexões; desta

forma, a mesa posicionadora XYZ a partir deste TCC está disponível

para ser ut il izada por professores e alunos da Universidade durante

aulas ou projetos, atendendo de forma satisfatória as funcionalidades

que foram propostas no escopo proposto.

Como sugestão de trabalhos futuros pode ser realizada:

Avaliação de desempenho do robô;

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A melhoria no sistema de controle capacitando o sistema a tomar

decisões de acordo com eventos na planta, realizando diferentes

trajetórias automaticamente;

A inclusão de mais efetuadores para realização de trabalhos

específ icos.

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REFERÊNCIAS

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HOBBY CNC. Guia de utilização interface optoisolada BPC-PRO HOBBY CNC. Manual de Instrução Tb-6560-V2 HUNT, Oliver. 555 Based Simple Servo Controller, Disponível em: <http://www.hvlabs.com/555servo.html> Acesso em: 06 fev. 2015 JUNIOR, João Carlos Dalzoto; OLIVEIRA, Rosenaldo Alves De; VOTRE, Rodrigo. Trabalho de Conclusão de Curso: Inside Motors, Curitiba, 2003. KALATEC. Motor de Passo KTC-HT23 / NEMA 23

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MENDONÇA, Victor de. MOTOR DE PASSO: PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO, 2009, Disponível em : <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAZSAAA/motor-passo-principio-funcionamento> Acesso em 29 de jun. 2015 OHM, Dal Y. Selection of servo motors and drives, Virginia, EUA, 2000 PAZOS Fernando. Automação de sistemas & Robótica, Rio do Janeiro: Axcel Books do Brasil, 2002

REVISTA MECATRÔNICA ATUAL. Sensores de proximidade indutivos, 2012 ROSÁRIO, João Maurício. PRINCÍPIOS DE MECATRÔNICA, São Paulo, 2005

UNESP. aula-4---servo-motor-13-03-2013-final, 2013, Disponível em: <http://www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariaeletrica/aula-4---servo-motor-13-03-2013-final.pdf>. Acesso em: 11 Jul. 2015 WEG S.A. Guia de Aplicação Servocionamentos, Jaraguá do Sul, 2004 WEG S.A. Manual do Usuário Servoconversor SCA05

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APÊNDICE A – MANUAL DE OPERAÇÃO

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: SISTEMA POSILIN 100.............................................................................5

FIGURA 2: INTERFACE DE OPERAÇÃO MACH3......................................................6

FIGURA 3: AJUSTE DE ZERO MÁQUINA...................................................................7

FIGURA 4: CARREGAMENTO DE UM PROGRAMA................................................12

FIGURA 5: EDIÇÃO DE UM PROGRAMA.................................................................13

FIGURA 6: EXECUTANDO UM PROGRAMA............................................................13

FIGURA 7: PARANDO UM PROGRAMA...................................................................13

FIGURA 8: JOYSTICK ANALÓGICO.........................................................................14

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SUMÁRIO

ALERTA DE SEGURANÇA ........................................................................................ .4

CUIDADOS ................................................................................................................. 4

DESCRIÇÃO DO SISTEMA ........................................................................................ 4

APRESENTAÇÃO DO SISTEMA ............................................................................... .5

LIGANDO O EQUIPAMENTO ..................................................................................... 5

INTERFACE MACH3 .................................................................................................. 6

AJUSTE DE ZERO ...................................................................................................... 6

CRIANDO UM PROGRAMA ....................................................................................... 7

FUNÇÃO G ................................................................................................................. 7

FUNÇÕES DE POSICIONAMENTO ......................................................................... 10

FUNÇÃO N ................................................................................................................ 10

FUNÇÃO O ............................................................................................................... 10

FUNÇÃO BARRA (/) ................................................................................................. 10

FUNÇÃO M ............................................................................................................... 11

CARREGANDO UM PROGRAMA ............................................................................ 12

EXECUTANDO O PROGRAMA ................................................................................ 13

OPERAÇÃO MANUAL DA MESA...............................................................................14

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ALERTA DE SEGURANÇA

EVITE ACIDENTES!

Robôs cartesianos são muito perigosos se não operados

corretamente, pois irão executar exatamente a trajetória definida pela

programação. Robôs industriais não são ferramentas para diversão. Ao

operar a mesa posicionadora, certif icar -se de que a trajetória não vai

ocasionar uma colisão e se pessoas não estão próximas a ela.

CUIDADOS

A parametrização do software Mach3 e dos servoconversores

são de grande importância para a util ização perfeita e seguro do

equipamento.

A configuração incorreta de parâmetros como de pulsos por volta

e rampas de aceleração, no Mach3, ou da relação função mestre

escravo, no SCA05, podem resultar em velocidades extremamente altas

na movimentação, causando sérios acidentes. Portanto qualquer ajuste

relacionado ao ganho, rampas de aceleração, relação mestre escravo

ou pulsos por unidade de medida, seja nos servoconversor ou Mach3,

devem ser realizados com extrema cautela.

Deve-se evitar a permanência de pessoas próximas ao

equipamento enquanto o mesmo estiver em operação. Não é permit ido

que o equipamento seja operado sem supervisão do responsável

DESCRIÇÃO DO SISTEMA

A mesa posicionadora possui três eixos de deslocamento linear,

onde os eixos X e Y são acionados por servomotores através de

transmissão por correia e polia e o eixo Z é acionado por um motor de

passo com transmissão através de fuso. Além disso, possui suporte

para uma garra, que é acionada por um servomotor, possibil itando a

movimentação de peças ou a uti l ização de uma ferramenta retíf ica.

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Permite através da interface CNC Mach3, a execução de

movimentos para desenvolvimento de trajetórias, por meio da execução

de um programa elaborado em código G.

APRESENTAÇÃO DO SISTEMA

O sistema possui as segu intes partes conforme Figura 1, além

de um computador:

Figura 1: Sistema Posilin 100 Fonte: Autoria própria

LIGANDO O EQUIPAMENTO

Para a util ização do sistema é necessário primeiramente verif icar

se todas as conexões da mesa estão devidamente l igada s conforme:

1. O cabo de al imentação em uma tomada trifásica 220 Vca ;

2. O cabo de controle entre a caixa de distribuição e o quadro

de comando;

3. As conexões de potência e controle entre os

servoconversores e servomotores;

4. O cabo de comunicação entre a porta paralela do PC ao

quadro de comando;

5. Os cabos do motor de passo ao quadro de comando ;

6. Verif icar se os disjuntores estão na posição de ligado;

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7. Habilitar os servoconversores através das chaves L/D;

8. O botão de emergência não pode estar acionado.

Após verif icação, deve-se ligar o computador e iniciar o software

Mach3.

INTERFACE MACH3

Ao se iniciar o software Mach3 ele apresentará a seguinte

interface:

Figura 2: Interface de operação Mach3 Fonte: Autoria própria

AJUSTE DE ZERO

Antes de se iniciar uma rot ina é necessário primeiro realizar o

ajuste de zero.

Para isso deve-se cl icar no botão “REF ALL HOME” , na qual a

mesa irá se mover para posição inicial de trabalho e o contador será

zerado. Quando a cor do contorno de especif icação dos eixos passar

de vermelho para verde, signif icará que todos os eixos foram

referenciados.

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Figura 3: Ajuste de zero máquina Fonte: Autoria própria

CRIANDO UM PROGRAMA

Com um programa em código G é possível enviar a mesa um

conjunto de instruções necessárias para seu acionament o e execução

de tarefas.

Exemplo:

N10 G00 X00 Y00 Z00

N20 G00 X100 Y200 Z20

N30 M05 (acionamento do atuador)

N40 G01 Z00

N50 G00 X10 Y30 Z20 M04 (desligamento do atuador)

N60 M30 (f im de programa)

Esses comandos devem ser escritos em um documento no

formato “.txt” e importando para o Mach3 ou criando através da própria

interface.

FUNÇÃO G

Definida como uma função preparatória de deslocamento indica

ao comando o modo de trabalho, ou seja, indica à máquina o que fazer,

preparando-a para executar um tipo de operação, ou para receber uma

determinada informação. Esse tipo de função é dado pela letra G,

seguida de um número formado por dois dígitos. Existem dois t ipos de

funções:

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Modais: São as funções que uma vez programadas

permanecem na memória do comando, valendo para todos

os blocos posteriores, a menos que modif icados por outra

função ou a mesma;

Não modais: São as funções que todas as vezes que

requeridas, devem ser programadas, ou seja, são válidas

somente no bloco que as contém.

Segue tabela com funções conforme ISO1056:

Código G Função

G00 Posicionamento rápido

G01 Interpolação linear

G02 Interpolação circular no sentido horario (CW)

G03 Interpolação circular no sentido anti-horario (CCW)

G04 Temporização (Dwell)

G05 Não registrado

G06 Interpolação parabólica

G07 Não registrado

G08 Aceleração

G09 Desaceleração

G10 a G16 Não registrado

G17 Seleção do plano XY

G18 Seleção do plano ZX

G19 Seleção do plano YZ

G20 Programação em sistema Inglês (Polegadas)

G21 Programação em sistema Internacional (Métrico)

G22 a G24 Não registrado

G25 a G27 Permanentemente não registrado

G28 Retorna a posição do Zero máquina

G29 a G32 Não registrados

G33 Corte em linha, com avanço constante

G34 Corte em linha, com avanço acelerando

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G35 Corte em linha, com avanço desacelerando

G36 a G39 Permanentemente não registrado

G40 Cancelamento da compensação do diâmetro da ferramenta

G41 Compensação do diâmetro da ferramenta (Esquerda)

G42 Compensação do diâmetro da ferramenta (Direita)

G43 Compensação do comprimento da ferramenta (Positivo)

G44 Compensação do comprimento da ferramenta (Negativo)

G45 a G52 Compensações de comprimentos das ferramentas

G53 Cancelamento das configurações de posicionamento fora do zero fixo

G54 Zeragem dos eixos fora do zero fixo (01)

G55 Zeragem dos eixos fora do zero fixo (02)

G56 Zeragem dos eixos fora do zero fixo (03)

G57 Zeragem dos eixos fora do zero fixo (04)

G58 Zeragem dos eixos fora do zero fixo (05)

G59 Zeragem dos eixos fora do zero fixo (06)

G60 Posicionamento exato (Fino)

G61 Posicionamento exato (Médio)

G62 Posicionamento (Groceiro)

G63 Habilitar óleo refrigerante por dentro da ferramenta

G64 a G67 Não registrados

G68 Compensação da ferramenta por dentro do raio de canto

G69 Compensação da ferramenta por fora do raio de canto

G70 Programa em Polegadas

G71 Programa em metros

G72 a G79 Não registrados

G80 Cancelamento dos ciclos fixos

G81 a G89 Ciclos fixos

G90 Posicionamento absoluto

G91 Posicionamento incremental

G92 Zeragem de eixos (mandatório sobre os G54...)

G93 Avanço dado em tempo inverso (Inverse Time)

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G94 Avanço dado em minutos

G95 Avanço por revolução

G96 Avanço constante sobre superfícies

G97 Rotação do fuso dado em RPM

G98 e G99 Não registrados

FUNÇÕES DE POSICIONAMENTO

Função X: Posição no eixo X

Função Y: Posição no eixo Y

Função Z: Posição no eixo Z

Formato: X10 Y20 Z30

FUNÇÃO N

Função uti l izada para identif icar sequencia dos blocos.

Cada bloco de informação pode ser identif icado pela função “N”,

seguida de até 4 dígitos, que o comando lança automaticamente no

programa mantendo um incremento de 10 em 10.

Exemplo:

N10 ...;

N20 ...;

N30 ...;

FUNÇÃO O

A função O é usada para identif icar todo programa ou

subprograma na memória do comando, onde é composto por “O”

seguido por até 4 dígitos, podendo variar na faixa de 0000 até 9999.

Exemplo: O1754

FUNÇÃO BARRA (/)

Usada para inibir a execução de blocos sem alterar a

programação.

Exemplo: / N50 G01 X10 Y10 Z30

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FUNÇÃO M

As funções Auxil iares abrangem os recursos da máquina não

cobertos pelas funções anteriores.

Código M Função

M00 Parada programa

M01 Parada opcional

M02 Fim de programa

M03 Liga o fuso no sentido horário (CW)

M04 Liga o fuso no sentido anti-horário (CCW)

M05 Desliga o fuso

M06 Mudança de ferramenta

M07 Liga sistema de refrigeração numero 2

M08 Liga sistema de refrigeração numero 1

M09 Desliga o refrigerante

M10 Atua travamento de eixo

M11 Desliga atuação do travamento de eixo

M12 Não registrado

M13 Liga o fuso no sentido horário e refrigerante

M14 Liga o fuso no sentido anti-horário e o refrigerante

M15 Movimentos positivos (aciona sistema de espelhamento)

M16 Movimentos negativos

M17 e M18 Não registrados

M19 Parada do fuso com orientação

M20 a M29 Permanentemente não registrado

M30 Fim de fita com rebobinamento

M31 Ligando o "Bypass"

M32 a M35 Não registrados.

M36 Acionamento da primeira gama de velocidade dos eixos

M37 Acionamento da segunda gama de velocidade dos eixos

M38 Acionamento da primeira gama de velocidade de rotação

M39 Acionamento da segunda gama de velocidade de rotação

M40 a M45 Mudanças de engrenagens se usada, caso não use, Não registrados.

M46 e M47 Não registrados.

M48 Cancelamento do G49

M49 Desligando o "Bypass"

M50 Liga sistema de refrigeração numero 3

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M51 Liga sistema de refrigeração numero 4

M52 a M54 Não registrados.

M55 Reposicionamento linear da ferramenta 1

M56 Reposicionamento linear da ferramenta 2

M57 a M59 Não registrados

M60 Mudança de posição de trabalho

M61 Reposicionamento linear da peça 1

M62 Reposicionamento linear da peça 2

M63 a M70 Não registrados.

M71 Reposicionamento angular da peça 1

M72 Reposicionamento angular da peça 2

M73 a M89 Não registrados.

M90 a M99 Permanentemente não registrados

A garra pode ser aberta através da função M05 e fechada pela

função M04.

CARREGANDO UM PROGRAMA

Com o sistema devidamente ajustado deve -se carregar um

programa para execução da trajetória. Para isto é necessário buscar

um programa previamente escrito clicando na função “Load G Code” e

selecionando o arquivo.

Figura 4: Carregamento de um programa Fonte: Autoria própria

Caso se queira realizar alguma alteração no programa escrito,

pode se clicar na opção “Edit G -Code”, onde o programa será aberto

permitindo tais alterações.

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Figura 5: Edição de um programa Fonte: Autoria própria

EXECUTANDO O PROGRAMA

Após carregado o programa que se deseja executar, para iniciar

basta cl icar no botão “Cycle Start” .

Figura 6: Executando um programa Fonte: Autoria própria

Caso haja a necessidade de se interromper a execução de algum

programa deve-se clicar na opção “Stop”.

Figura 7: Parando um programa Fonte: Autoria própria

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OPERAÇÃO MANUAL DA MESA

A mesa também poderá ser operada manualmente uti l izando um

joyst ick analógico conectado a porta USB do P C. Os eixos podem ser

controlados individualmente em todas as suas direções. Para isso,

deve se manter pressionado o botão R1 e acionar os controles

analógicos, movimentando assim os eixos, executando trajetórias,

conforme instruções na Figura 8.

Figura 8: Joystick analógico Fonte: Autoria própria

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APÊNDICE B – DIAGRAMA DA ALIMENTAÇÃO DO SISTEMA

Fonte: Autoria própria

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APÊNDICE C – CONEXÕES DA PLACA DE INTERFACE

Fonte: Autoria própria

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APÊNDICE D – ESQUEMA DE LIGAÇÃO SERVOCONVERSOR X

Fonte: Autoria própria

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APÊNDICE E – ESQUEMA DE LIGAÇÃO SERVOCONVERSOR Y

Fonte: Autoria própria