implantação da interface homem-máquina siemens tp 177a no laboratório de controle e automação

101
UIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS CETRO DE EGEHARIA E COMPUTAÇÃO CURSO DE EGEHARIA ELÉTRICA IMPLATAÇÃO DA ITERFACE HOMEM-MÁQUIA SIEMES TP 177A O LABORATÓRIO DE COTROLE E AUTOMAÇÃO. Alexandre de Souza Petrópolis 2009

Upload: alexandresouza26

Post on 28-Jul-2015

2.416 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

UIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS

CETRO DE EGEHARIA E COMPUTAÇÃO

CURSO DE EGEHARIA ELÉTRICA

IMPLATAÇÃO DA ITERFACE HOMEM-MÁQUIA SIEMES TP 177A O

LABORATÓRIO DE COTROLE E AUTOMAÇÃO.

Alexandre de Souza

Petrópolis

2009

Page 2: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

1

UIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS

CETRO DE EGEHARIA E COMPUTAÇÃO

CURSO DE EGEHARIA ELÉTRICA

IMPLATAÇÃO DA ITERFACE HOMEM-MÁQUIA SIEMES TP 177A O

LABORATÓRIO DE COTROLE E AUTOMAÇÃO.

Monografia, trabalho de conclusão de curso,

apresentada à Faculdade de Engenharia da

UCP como requisito parcial para conclusão do

Curso de Engenharia Elétrica.

Alexandre de Souza

Professor Orientador

Paulo César Lopes Leite

Petrópolis

2009

Page 3: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

2

Aluno: Alexandre de Souza Matrícula: 05406005

Título do Trabalho: IMPLATAÇÃO DA ITERFACE HOMEM-MÁQUIA

SIEMES TP 177A O LABORATÓRIO DE COTROLE E AUTOMAÇÃO.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Faculdade de Engenharia da UCP

como requisito parcial para conclusão do Curso de Engenharia Elétrica.

AVALIAÇÃO

GRAU FIAL:______

AVALIADO POR

Prof. Paulo César Lopes Leite _________________________________

Prof. Geovane Quadrelli _________________________________

Prof.ª Maria Cristina Quesnel _________________________________

Petrópolis, 22 de dezembro de 2009.

Prof.ª Maria Cristina Quesnel

Coordenadora

Page 4: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

3

AGRADECIMETOS

Primeiramente a Deus por esta oportunidade

maravilhosa que me concedeu, e pela força que Ele me

deu em todos os momentos de dificuldade durante o

caminho trilhado. Especialmente a Prof.ª Maria da

Glória e a minha irmã Raquel, pois sem elas este sonho

não seria realizado. Aos meus pais e a minha namorada

Lidiane, por todo apoio e incentivo ao longo dessa

jornada.

Page 5: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

4

RESUMO

O presente trabalho apresenta a implementação no laboratório de controle e automação

da interface homem-máquina (IHM) Siemens TP 177A. Os primeiros capítulos abordam os

principais conceitos sobre automação industrial, sendo então apresentadas as características

mais importantes sobre os controladores lógicos programáveis da linha S7-200 e da IHM TP

177A, ambos da Siemens. Após isso é demonstrado os principais procedimentos para

elaboração de um projeto de telas de supervisão e controle para esta IHM utilizando o

software de programação WinCC Flexible 2008. Por fim, é demonstrado o processo no qual

esta IHM é aplicada, denominado de Gangorra de Ventiladores e são apresentadas as telas de

supervisão e controle elaboradas para uso neste processo. Palavras-Chave: IHM, Automação,

Gangorra.

Page 6: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

5

LISTA DE ABREVIATURAS

CLP - CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL

IHM - INTERFACE HOMEM-MÁQUINA

SFC - SEQÜENCIAMENTO GRÁFICO DE FUNÇÕES

PID - PROPORCIONAL INTEGRATIVO DERIVATIVO

NA - NORMALMENTE ABERTO

NF - NORMALMENTE FECHADO

PLC - PROGRAMMABLE LOGIC CONTROLLER

SCADA - SUPERVISORY CONTROL AND DATA ACQUISITION

RAM - RANDOM ACCESS MEMORY

PROM - PROGRAMMABLE READ-ONLY MEMORY

EPROM - ERASABLE PROGRAMMABLE READ-ONLY MEMORY

EEPROM - ELECTRICALLY-ERASABLE PROGRAMMABLE READ-ONLY MEMORY

CPU - CENTRAL PROCESSING UNIT

PC - PERSONAL COMPUTER

Page 7: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

6

LISTA DE ILUSTRAÇÕES E TABELAS

Fig. 1 - Diagrama de Blocos de um Sistema de Controle Automático

Fig. 2 - Diagrama esquemático de um Encoder incremental

Fig. 3 - Disco de um Encoder Absoluto

Fig. 4 - Ciclo de varredura de um PLC

Fig. 5 - Exemplo de Tela de um Sistema Supervisório

Fig. 6 - Imagem demonstrativa dos PLC´s da Série S7-200

Fig. 7 - Estrutura básica da CPU 222

Fig. 8 - Imagem demonstrativa da IHM TP177A

Fig. 9 - Vista Frontal e Lateral da IHM TP 177A

Fig. 10 - Vista Traseira da IHM TP 177A

Fig. 11 - Vista Superior da IHM TP 177A

Fig. 12 - Tela de Inicialização Loader

Fig. 13 - Tela do Painel de Controle

Fig. 14 - Tela de Ínico do WinCC

Fig. 15 - Tela de definição da arquitetura da rede

Fig. 16 - Tela de definição dos dispositivos

Fig. 17 - Definição do layout padrão das telas

Fig. 18 - Definição das telas do projeto

Fig. 19 - Definição de telas adicionais

Fig. 20 - Tela de escolha das bibliotecas

Page 8: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

7

Fig. 21 - Tela final de configuração

Fig. 22 - Ambiente de programação do WinCC

Fig. 23 - Barra de Configuração

Fig. 24 - Tela de alteração da IHM

Fig. 25 - Exemplo de preenchimento da tabela dos Tags

Fig. 26 - Exemplo de configuração de um alarme analógico

Fig. 27 - Barra de ferramentas (Tools)

Fig. 28 - Configuração da imagem do botão

Fig. 29 - Configuração das ações do botão

Fig. 30 - Propriedades do campo de entrada/saída

Fig. 31 - Teclado alfanumérico de entrada de dados

Fig. 32 - Configuração do gráfico de barra

Fig. 33 - Janela de transferência de projetos

Fig. 34 – Foto da Gangorra de Ventiladores

Fig. 35 – Esquema de Controle do Processo

Fig. 36 – Foto do Amplificador de Sinal

Fig. 37 – Conexões Elétricas do Amplificador

Fig. 38 – Fonte de Alimentação Simétrica Minipa

Fig. 39 – Contatora Auxiliar Siemens

Fig. 40 – Foto do Processo da Gangorra de Ventilaodores

Fig. 41 – Detalhamento da Ligação do PLC

Page 9: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

8

Fig. 42 – Esquema Elétrico Funcional do Processo

Fig. 43 – Tabela dos Tags do Processo da Gangorra

Fig. 44 – Hierarquia das telas da IHM

Fig. 45 – Tela Inicial

Fig. 46 – Tela Controle PID

Fig. 47 – Tela Parâmetros PID

Fig. 48 – Tela Gráfico PID

Fig. 49 – Tela Controle ON/OFF

Fig. 50 – Tela Grafico ON/OFF

Fig. 51 – Tela de Alarme do Set Point

Fig. 52 – Base com IHM instalada

Fig. 53 – Montagem Final do Processo

Tabela 1 - Especificação dos modelos da série S7-200

Page 10: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

9

SUMÁRIO 1 ITRODUÇÃO ..................................................................................................... 15

2 AUTOMAÇÃO IDUSTRIAL ............................................................................ 16

2.1 DEFINIÇÃO ............................................................................................... 16

2.2 SISTEMAS DE CONTROLE ..................................................................... 16

2.2.1 Definições .................................................................................... 17

2.2.1.1 Variável Controlada ou Variável do Processo .............. 17

2.2.1.2 Variável Manipulada ou Variável de Controle .............. 17

2.2.1.3 Set Point ........................................................................ 17

2.2.1.4 Histerese ........................................................................ 17

2.2.1.5 Controlador .................................................................... 17

2.2.1.6 Sensor ............................................................................ 18

2.2.1.7 Atuador ou Elemento Final de Controle........................ 18

2.3 PRINCIPAIS TIPOS DE CONTROLE ...................................................... 18

2.3.1 Controle O/OFF ....................................................................... 18

2.3.2 Controle PID ............................................................................... 18

2.4 SENSORES DE POSICIONAMENTO ANGULAR ................................. 19

2.4.1 Encoder Incremental ................................................................. 19

2.4.2 Encoder Absoluto ....................................................................... 20

2.4.3 Potênciometro ............................................................................. 20

2.5 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMAVÉIS ............................... 21

2.5.1 Definição...................................................................................... 21

2.5.2 História e Evolução .................................................................... 21

2.5.3 Vantagens e desvantagens ......................................................... 22

2.5.3.1 Vantagens ...................................................................... 22

2.5.3.1.1 Flexibilidade .................................................. 22

2.5.3.1.2 Funcionalidade .............................................. 22

2.5.3.1.3 Eficiência ....................................................... 22

Page 11: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

10

2.5.3.2 Desvantagens ................................................................. 22

2.5.3.2.1 Ambientes Inapropriados ................................ 22

2.5.4 Princípio de Funcionamento ..................................................... 22

2.5.5 Tipos de Memória ...................................................................... 24

2.5.6 Linguagens de Programação ..................................................... 24

2.5.6.1 Ladder ............................................................................ 24

2.5.6.2 Blocos Funcionais ......................................................... 25

2.5.6.3 Seqüenciamento Gráfico de Funções (SFC) ................. 25

2.6 SISTEMAS SUPERVISÓRIOS ................................................................. 25

2.6.1 IHM ........................................................................................... 25

2.6.1.1 Aplicação nos Processos Industriais.............................. 26

2.6.2 SCADA ...................................................................................... 26

3 ITRODUÇÃO AO PLC SIEMES S7-200 ...................................................... 28

3.1 ASPECTOS GERAIS ................................................................................. 28

3.1.1 Principais Características .......................................................... 28

3.1.1.1 Elevada Performance ..................................................... 28

3.1.1.2 Elevada Modularidade ................................................... 28

3.1.1.3 Elevada Conectividade .................................................. 28

3.1.2 Modelos da Série S7-200 ............................................................ 29

3.2 ESTRUTURA DO PLC S7-200 ................................................................. 30

3.2.1 Barramento das entradas digitais .......................................... 30

3.2.2 Barramento das saídas digitais e de alimentação ................. 30

3.2.3 Porta de Comunicação RS 485 ................................................ 31

3.2.4 Chave seletora do modo de funcionamento .......................... 31

3.2.4.1 Posição STOP ................................................................ 31

3.2.4.2 Posição RUN ................................................................ 31

Page 12: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

11

3.2.4.3 Posição TERM ............................................................. 31

3.2.5 Potênciometro Analógico ........................................................... 32

3.2.6 Conector para módulos adicionais ......................................... 32

3.3 SOFTWARE DE PROGRAMAÇÃO STEP-7 Micro/WIN .................... 32

3.4 COMUNICAÇÃO .................................................................................... 33

4 ITRODUÇÃO A IHM SIEMES TP177A .................................................... 34

4.1 DESING DO MODELO TP 177A ............................................................ 34

4.1.1 Foto Demonstrativa ................................................................... 34

4.1.2 Vista Frontal e Lateral .............................................................. 35

4.1.3 Vista Traseira ............................................................................ 35

4.1.4 Vista Superior ............................................................................ 36

4.2 CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS ........................................................ 36

4.2.1 Display Sensível ao Toque (Touch Screen) .............................. 36

4.2.2 Comunicação com o PLC S7-200 .............................................. 36

4.2.3 Programação .............................................................................. 37

4.3 CONFIGURAÇÃO E OPERAÇÃO .......................................................... 37

4.3.1 Opções da tela de inicialização “Loader” ................................ 37

4.3.1.1 Transfer ........................................................................ 37

4.3.1.2 Start .............................................................................. 37

4.3.1.3 Control Panel ................................................................ 38

4.3.2 Configurações do Painel de Controle ...................................... 38

4.3.1.1 OP ................................................................................. 38

4.3.1.2 Password ....................................................................... 38

4.3.1.3 MPI / DP Settings ......................................................... 38

4.3.1.4 Transfer ........................................................................ 39

Page 13: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

12

4.3.3 Calibração do display (Touch Screen) ..................................... 39

4.3.4 Configuração do canal de dados .............................................. 39

4.4 MODOS DE OPERAÇÃO ........................................................................ 39

4.4.1 Modo Online .............................................................................. 39

4.4.2 Modo Offline .............................................................................. 39

4.4.3 Modo de Transferência .............................................................. 39

4.5 FUNÇÕES COMPLEMENTARES ........................................................... 40

4.5.1 Backup e restauração de arquivos ........................................... 40

4.5.2 Atualização da Versão do Software da IHM .......................... 40

5 ELABORADO UM PROJETO COM WICC FLEXIBLE 2008................ 41

5.1 CRIANDO UM NOVO PROJETO ........................................................... 41

5.2 EXPLORANDO A BARRA DE NAVEGAÇÃO (PROJECT) .................. 46

5.2.1 Device (Dispositivo) .................................................................... 47

5.2.2 Screens (Telas) ............................................................................ 48

5.2.3 Communication (Comunicação) ............................................... 48

5.2.3.1 Tags ............................................................................... 48

5.2.4 Alarm Management (Gestão de Alarmes) ............................... 50

5.2.4.1 Analog Alarms (Alarmes Analógicos) .......................... 50

5.3 EXPLORANDO A BARRA DE FERRAMENTAS (TOOLS)................. .52

5.3.1 Configurando os principais objetos ......................................... 53

5.3.1.1 Button (Botão) ............................................................... 53

5.3.1.2 IO Field (Campo de Entrada / Saída) ............................ 55

5.3.1.3 Bar (Gráfico de Barra) ................................................... 56

5.4 TRANSFERINDO O PROJETO PARA A IHM ....................................... 57

6 APLICAÇÃO DA IHM O PROCESSO DE POSICIOAMETO DA

GAGORRA DE VETILADORES .................................................................... 58

Page 14: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

13

6.1 GANGORRA DE VENTILADORES ....................................................... 58

6.1.1 Descrição do Processo ............................................................... 58

6.1.2 Esquema do Sistema de Controle ............................................ 59

6.1.3 Problemas para Implantação do Controle .............................. 59

6.1.4 Soluções dadas aos problemas encontrados ............................ 60

6.1.5 Montagem do Processo ............................................................. 62

6.1.6 Lógica de Programação ............................................................ 63

6.2 APLICAÇAO DA IHM TP 177A NO PROCESSO ................................... 64

6.2.1 Revisão da Lógica de Programação ......................................... 64

6.2.2 Elaboração das Telas de Controle e Supervisão...................... 65

6.2.2.1 Tela Inicial .................................................................... 66

6.2.2.2 Tela Controle PID ........................................................ 66

6.2.2.3 Tela Parâmetros ............................................................ 68

6.2.2.4 Tela Gráfico PID .......................................................... 69

6.2.2.5 Tela Controle ON/OFF ................................................. 70

6.2.2.6 Tela Gráfico ON/OFF .................................................. 71

6.2.3 Configuração de Alarme para o Set Point .............................. 72

6.2.4 Comissionamento ....................................................................... 73

7 AÁLISE DE RESULTADOS ............................................................................... 74

8 COCLUSÕES ........................................................................................................ 75

9 REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 76

APÊDICE A – PROCEDIMETOS PARA CALIBRAÇÃO DO DISPLAY

“TOUCH SCREE” DA IHM SIEMES TP 177A

APÊDICE B – PROCEDIMETOS PARA BACKUP DE DADOS DA IHM

SIEMES TP 177A.

Page 15: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

14

APÊDICE C – PROCEDIMETOS PARA RESTAURAÇÃO DE DADOS

DA IHM SIEMES TP 177A.

APÊDICE D – PROCEDIMETOS PARA A ATUALIZAÇÃO DO

SISTEMA OPERACIOAL DA IHM SIEMES TP 177A.

APÊDICE E – LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO DO PLC PARA A

GAGORRA DE VETILADORES

Page 16: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

15

1 ITRODUÇÃO

Este trabalho teve como objetivo implantar no laboratório de automação e controle da

Universidade Católica de Petrópolis a interface homem-máquina (IHM) Siemens TP 177A

existente na universidade, com a intenção de aperfeiçoar os estudos referentes à automação

industrial e possibilitar aos alunos a utilização de um dispositivo que permite uma melhor

visualização de como os sistemas de controle reagem a perturbações e a alterações nos seus

parâmetros.

A IHM foi adicionada em um processo já existente no laboratório, onde um

Controlador Lógico Programável (CLP) Siemens S7-200 comanda um sistema de

posicionamento angular atuado por hélices. Este processo é conhecido na universidade como

Gangorra de Ventiladores.

A implantação de uma IHM requer conhecimentos que vão desde os conceitos básicos

sobre automação industrial até a programação do software WinCC Flexible, onde são

desenvolvidas as telas de supervisão e controle da IHM.

Com isso, este trabalho dá maior enfoque na programação do WinCC Flexible

mostrando como são desenvolvidas as telas de supervisão e controle, e na aplicação da IHM

no processo de posicionamento angular da Gangorra de Ventiladores, demonstrando como foi

realizada a montagem e como a IHM atua neste processo.

Page 17: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

16

2 AUTOMAÇÃO IDUSTRIAL

2.1 DEFINIÇÃO

Entende-se por automação qualquer sistema de controle que tenha como objetivo

substituir ou facilitar o homem na realização de uma determinada tarefa de maneira rápida e

eficaz.

[...] o surgimento da automação está ligado com a mecanização, onde

o objetivo era sempre de simplificar o trabalho do homem, de forma a

substituir o esforço braçal por meios e mecanismos, liberando o tempo

disponível para outros afazeres, valorizando o tempo útil para as

atividades do intelecto, das artes, lazer ou simplesmente

entretenimento. (SILVEIRA & SANTOS, 2001, p.5).

Moraes & Castrucci (2007, p.12) afirmam que o objetivo da automação não é somente

reduzir custos de produção, ela decorre mais de necessidades como maior nível de qualidade

dos produtos, maior flexibilidade na alteração dos processos, maior segurança dos

trabalhadores, redução de perdas materiais e de energia, mais disponibilidade e qualidade da

informação sobre o processo e melhor planejamento e controle da produção.

2.2 SISTEMAS DE CONTROLE

Qualquer sistema onde desejamos atribuir um sinal de entrada para a obtenção de um

sinal de saída através do conhecimento do comportamento do processo pode ser entendido

como um sistema de controle. Os sistemas de controle podem ser divididos em:

• Sistema em malha aberta

Sistema onde não há comparação entra a saída com um valor pré-estabelecido para a

entrada. Ou seja, a saída do sistema não influencia na entrada.

• Sistema em malha fechada

Sistema onde há uma realimentação, em que a saída é comparada com um valor de

referência para a entrada, gerando um sinal de entrada corrigido para a obtenção da

saída desejada.

Page 18: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

17

A figura abaixo mostra o diagrama de blocos de um sistema automático de controle.

Fig. 1 – Diagrama de Blocos de um Sistema de Controle Automático

2.2.1 Definições

2.2.1.1 Variável Controlada ou Variável do Processo

É a variável que se deseja ser medida e controlada em um determinado processo. Por

exemplo: temperatura de um forno, nível de um tanque etc.

2.2.1.2 Variável Manipulada ou Variável de Controle

É a variável que tem como objetivo eliminar o erro do sistema, ou seja, fazendo com

que o sistema se estabilize no valor pré-estabelecido.

2.2.1.3 Set-Point

É o valor desejado para a variável controlada em um determinado processo, este valor

é determinado através de estudos e/ou experiências passadas.

2.2.1.4 Histerese

É utilizada no controle ON/OFF sendo a zona morta do processo, ou seja, é o intervalo

de valores no qual o atuador não atua. Quanto menor for à zona morta, menor será a oscilação

do sistema, porém maior será o desgaste no atuador.

2.2.1.5 Controlador

É o elemento responsável pelo acionamento dos atuadores, levando em conta o estado

das entradas e as instruções do programa inserido em sua memória.

Page 19: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

18

2.2.1.6 Sensor

É o elemento que fornece informações sobre o sistema, correspondendo às entradas do

controlador. Pode indicar variáveis físicas, tais como pressão e temperatura, ou simples

estados, tal como um sensor de presença.

2.2.1.7 Atuador ou Elemento Final de Controle

O atuador é o dispositivo responsável pela alteração do estado do processo ao qual está

se aplicando o controle. É considerado como o elemento final de controle e pode ser, por

exemplo: o motor de acionamento de um portão, uma válvula proporcional de um tanque etc.

2.3 PRINCIPAIS TIPOS DE CONTROLE

2.3.1 Controle O/OFF

O princípio de funcionamento do sistema de controle ON/OFF é baseado na

comparação do sinal fornecido pelo sensor, de um determinado processo, com o sinal gerado

a partir do set-point desejado. Neste tipo de controle é utilizado o valor de histerese para

limitar a oscilação do processo, com isso o controlador irá ligar ou desligar o atuador de

acordo com o resultado da comparação entre a variável controlada e o set-point, respeitando

os limites de atuação impostos pela soma do set-point com a histerese.

Este controle pode ser considerado o mais simples e econômico, porém é um sistema

que não apresenta precisão e não possui realimentação. Suas aplicações restringem-se a

sistemas onde não é necessário precisão. Como por exemplo: Controle de nível de uma

cisterna, termostato de ar-condicionado etc.

2.3.2 Controle PID

O princípio do controlador PID, se baseia em um sistema de controle em malha

fechada, ou seja, o controlador lê o valor da variável controlada através de um sensor e

compara ao valor de set-point anteriormente estabelecido, obtendo assim um erro. Com isso,

ele realiza o cálculo proporcional, integral e derivativo a fim de se obter o valor da variável

manipulada que irá fornecer ao atuador o valor correto para estabilizar o processo, igualando

o valor da variável controlada ao valor de set-point.

Page 20: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

19

A fórmula matemática utilizada pelo controlador PID para o cálculo da variável

manipulada é a seguinte:

. = ( ( + ( + (

Onde:

V.M = Variável Manipulada

E(t) = Diferença entre o Set Point e a Variável Controlada (Erro)

Kp = Ganho da Parcela Proporcional

Ki = Ganho da Parcela Integral

Kd = Ganho da Parcela Derivativa

Este tipo de controle é o mais usual no controle dos processos industriais devido a sua

capacidade de manter o sistema estável, sua velocidade na reação ás perturbações e sua

robustez.

2.4 SENSORES DE POSICIONAMENTO ANGULAR

Como foram definidos anteriormente os sensores podem indicar diversas variáveis

físicas, porém neste trabalho é abordado somente os sensores de posicionamento angular.

2.4.1 Encoder Incremental

Conforme Alexandre Capelli define:

O Incoder incremental é um dispositivo acionado mecanicamente pelo acoplamento com o eixo do motor e de funcionamento optoeletrônico, que fornece informação discreta de deslocamento (posição relativa). Eles são fabricados com um disco de vidro ou metal que tem na sua periferia uma trilha com segmentos opacos e transparentes. Conjuntos de emissores de luz e detectores fotoelétricos são cuidadosamente dispostos a cada lado do disco codificado. Esse disco é montado em um eixo do elemento do qual se deseja determinar o deslocamento ou velocidade. Quando o eixo gira, as linhas opacas e transparentes do disco passam entre o emissor e detector de luz, modulando o feixe luminoso produzido pelo emissor de luz, atingindo o detector e gerando neste um sinal elétrico correspondente com as divisões gravadas no disco. O feixe de luz é focalizado no disco mediante sistemas ópticos (lentes, espelhos, prismas, etc.) (CAPELLI, 2006, p.182).

O diagrama esquemático do Encoder incremental é mostrado na figura 2.

Page 21: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

20

2.4.2 Encoder Absoluto

O encoder absoluto, mostrado na figura 3, possui basicamente as mesmas

características do incremental, porém “ao contrário do incremental, o absoluto (mesmo

parado) tem um “palavra” digital em seus terminais de saída. Sendo assim, uma máquina que

funciona com um encoder não precisa movimentar seus eixos para saber onde eles estão”

(CAPELLI, 2006, p.184 e 185).

Fig. 2 – Diagrama Esquemático de um Encoder incremental. Fonte: (CAPELLI, 2006, p.185)

Fig. 3 – Disco de um Encoder Absoluto. Fonte: (CAPPELI, 2006, p.185)

2.4.3 Potenciômetro

São dispositivos elétricos que convertem seu deslocamento angular em variação de

resistência elétrica, com isso é possível determinar, através dos sinais elétricos gerados com a

variação, a posição do seu eixo em relação a uma origem pré-estabelecida.

Page 22: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

21

2.5 CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMAVÉL (CLP)

2.5.1 Definição

O CLP, muito conhecido também pela sigla PLC (Programmable Logic Controller)

que é utilizada neste trabalho, é um equipamento eletrônico de fundamental importância nos

sistemas de automação industrial. Ele é capaz de armazenar dados e programas com a

finalidade de executar as instruções determinadas pela lógica de controle nele armazenada,

interagindo diretamente com o processo.

Ainda sobre o PLC, pode-se dizer que ele

[...] é um computador que realiza funções de controle em vários níveis de complexidade. O aspecto interessante do PLC é que ele pode ser programado e utilizado por pessoas sem um grande conhecimento no uso do computador. Este pequeno computador (PLC) é projetado para trabalhar em ambiente industrial com variação de temperatura, umidade, vibrações, distúrbios elétricos e outras variantes que existem no ambiente industrial (PRUDENTE, 2007, p.1).

2.5.2 História e Evolução

Segundo Filho (2006, p.3) o PLC nasceu dentro da General Motors, em 1968, devido

ao grande tempo em que as máquinas de produção ficavam paradas aguardando a alteração da

lógica de controle dos painéis de comando para o início da montagem de um novo modelo.

Tais mudanças implicavam em altos gastos de tempo e dinheiro. Sob a liderança do

engenheiro Richard Morley, foi elaborado um equipamento que atendia a todos os usuários

dos painéis de comando, com isso ele atendia as indústrias de um modo geral, não só o

segmento automobilístico.

Com isso, foi possível reduzir

[...] os tempos de parada da máquina de modo a tornarem-se competitivos no mercado. Com o passar do tempo, o PLC transformou-se em um equipamento mais simples de usar, mais confiável e produtivo. Dos anos 1980 em diante deu-se um enorme desenvolvimento na indústria dos computadores. O PLC tornou-se especializado, e sua difusão cresceu exponencialmente. O mercado do PLC cresceu de um volume de cerca de 120 milhões de dólares em 1978 para cerca de 100 milhões de dólares nos primeiros anos da década de 1990, e ainda hoje está crescendo (PRUDENTE, 2007, p.1).

Page 23: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

22

2.5.3 Vantagens e Desvantagens

2.5.3.1 Vantagens

2.5.3.1.1 Flexibilidade

Uma das grandes vantagens do PLC é a facilidade com que o seu programa original

pode ser modificado, com isso qualquer alteração no processo controlado por ele, pode ser

realizada sem que haja grandes custos com uma nova programação. No passado, as alterações

no funcionamento de qualquer processo traziam um grande custo devido à necessidade de

alteração dos quadros elétricos que controlavam o processo.

2.5.3.1.2 Funcionalidade

O PLC possui grande facilidade de programação e a possibilidade de simulação do

programa criado antes da implantação no processo. Também é possível visualizar o programa

em tempo real durante a sua execução facilitando assim, a detecção das falhas ocorridas

durante o andamento do processo.

2.5.3.1.3 Eficiência

A velocidade de leitura e execução de um PLC é um dos seus pontos mais fortes. Ele é

capaz de ler e executar programas complexos com grande velocidade de atualização das

variáveis.

2.5.3.2 Desvantagens

2.5.3.2.1 Ambientes Inapropriados

Por ser um componente eletrônico não é recomendável a aplicação dele em ambientes

que possuem grandes temperaturas, interferências eletromagnéticas e possibilidade de contato

com líquidos.

2.5.4 Princípio de Funcionamento

O PLC realiza todas as suas funções respeitando o ciclo de varredura, que opera de

forma seqüencial e em ciclo fechado. As etapas básicas deste ciclo são: atualização das

entradas, processamento das instruções do programa e atualização das saídas. Como mostra a

figura 4.

Page 24: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

23

O ciclo de varredura começa com o controlador que

[...] lê a porta de entrada, gravando a informação na imagem de entrada. Em seguida ocorre o processamento, e, por fim ele copia a imagem de saída na porta de saída. Para o primeiro ciclo, a imagem das variáveis de entrada é zerada. O processamento desenvolve-se a partir dessa situação, atualizando a palavra e a imagem de saída. Toda vez que a varredura da imagem de entrada se efetua, a palavra de entrada é atualizada. (MORAES & CASTRUCCI, 2007, p.30)

O tempo total para a execução de um ciclo de varredura é determinado como clock ou

tempo de varredura. Ainda sobre o tempo de varredura, Francesco Prudente (2007, p.11)

observa que “este tempo deve ser o mais breve possível, de modo a se obter um tempo ótimo

de resposta do PLC. Para evitar mau funcionamento da instalação automática, deve-se

escolher, portanto, um PLC veloz e potente”

Fig.4 – Ciclo de varredura de um PLC

Os PLC’s podem processar dois tipos de sinais, são eles:

• Sinais Digitais

São sinais que representam as variáveis que somente podem apresentar dois estados (0

ou 1). Exemplos: bomba ligada ou desligada, válvula solenóide aberta ou fechada etc.

• Sinais Analógicos

São sinais que representam as variáveis que podem assumir valores dentro de uma

determinada faixa. Esses sinais geralmente chegam as entradas do CLP com níveis de

0-10 V ou 4-20 mA. Exemplos: sensor de temperatura de um forno, válvula

proporcional de vapor etc.

Atualização das Entradas

Processamento do Programa

Atualização das Saídas

Page 25: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

24

2.5.5 Tipos de Memória

Como observa João Mamede Filho:

Os CLP´s são dotados de cartões de memória utilizados pelos processadores lógicos para processar sinais e pelo sistema operacional e também utilizados para armazenamento dos programas dedicados. (MAMEDE, 2007, p.639).

Estas memórias podem ser divididas em:

• Memória do Programa

Espaço utilizado para armazenar o programa responsável pelo gerenciamento de todas

as atividades do PLC. O usuário não pode modificá-la e geralmente é armazenada em

memórias PROM, EPROM e EEPROM.

• Memória do Usuário

Espaço reservado para o armazenamento do programa do usuário. Geralmente

utilizam-se memórias do tipo RAM, EEPROM e FLASH-EPROM.

• Memória de Dados

Espaço reservado para o armazenamento dos valores de entrada e saída do programa,

assim como os valores dos temporizadores, contadores etc.

2.5.6 Principais Linguagens de Programação

Entre as linguagens de programação mais utilizadas, destacam-se as linguagens que

possui diagramas que se aproximam aos esquemas elétricos, chamadas de linguagens de

programação gráfica.

Estas linguagens são dividas em:

2.5.6.1 Ladder

Foi à primeira linguagem criada exclusivamente para a programação dos PLC’s e até

hoje é a mais utilizada para este fim. Ela está presente em praticamente todos os PLC’s que

estão disponíveis no mercado e isto se deve a sua facilidade de programação devido às suas

semelhanças com os esquemas elétricos funcionais.

Page 26: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

25

2.5.6.2 Blocos Funcionais

Conforme Franscesco Prudente define:

É uma linguagem a “portas lógicas” que permite desenhar um esquema clássico de eletrônica digital. È muito utilizado nos sistemas de controle de grandes instalações de processos (centrais termoelétricas, instalações químicas e outros) (PRUDENTE, 2007, p.37).

2.5.6.3 Seqüenciamento Gráfico de Funções (SFC)

Conforme Moraes & Castrucci (2007, p.37) esta linguagem representa em seqüências

gráficas as varias etapas de um determinado programa. Com isso, é possível visualizar de

maneira rápida e objetiva o funcionamento do programa implementado.

Segundo Prudente (2007, p.37) esta linguagem é muito similar a linguagem de blocos

funcionais, porém diferente da linguagem de blocos, cada bloco representa um estado do

processo que está sendo controlado.

2.6 SISTEMAS SUPERVISÓRIOS

São sistemas informatizados que

[...] permitem que sejam monitoradas e rastreadas informações de um

processo produtivo ou instalação física. Tais informações são coletadas

através de equipamentos de aquisição de dados e, em seguida, manipuladas,

analisadas, armazenadas e posteriormente, apresentadas ao usuário. (SILVA

& SALVADOR, 2005, p.1)

Conforme Moraes & Castrucci (2007, p.118) os sistemas supervisórios são divididos

em dois grupos, são eles:

• IHM / HMI (Interface Homem Máquina / Human Machine Interface).

• SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition – Aquisição de Dados e

Controle do Supervisório).

2.6.1 IHM

Uma IHM pode ser definida como o meio de comunicação entre o operador e o

processo que ele supervisiona. Nos dias de hoje a aplicação das IHM’s nos processos de

Page 27: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

26

automação industrial tornaram-se imprescindíveis, devido à quantidade de variáveis e

parâmetros que os processos indústrias possuem e que os PLC’s devem controlar. As IHM’s

oferecem aos operadores a possibilidade de monitoramento e alteração dos parâmetros do

processo remotamente através de um display de cristal líquido, que em alguns casos podem

ser sensíveis ao toque.

Porém as IHM’s são indicadas somente para supervisionar partes de um determinado

processo, pois elas não possuem capacidade de controlar um processo que contenha grandes

números de variáveis de entradas e saídas digitais e analógicas.

2.6.1.1 Aplicação nos Processos Industriais

Como aborda Moraes & Castrucci (2007, p. 119) uma IHM apresenta várias

aplicações para o ambiente industrial, são elas:

• visualização de alarmes e erros gerados por alguma condição anormal do sistema;

• visualização de dados dos equipamentos de uma determinado processo;

• visualização de dados referentes a produção de um determinado processo;

• alteração de parâmetros do processo;

• alteração do modo de controle de um determinado processo.

2.6.2 SCADA

O sistema SCADA foi elaborado com o objetivo de supervisionar e controlar grandes

números de variáveis de entrada e saídas digitais e analógicas de um determinado processo.

[...] Esses sistemas visam à integridade física das pessoas, equipamentos e

produção, consistindo muitas vezes em sistemas redundantes de hardware e

meio físico (canal de informação) e permitindo pronta identificação de

falhas. Alguns sistemas permitem a troca a quente do hardware danificado,

facilitando o reparo sem necessitar de parada do sistema. (MORAES &

CASTRUCCI, 2007, p.120).

Nos dias de hoje, o SCADA é muito aplicado nas grandes indústrias para se obter o

controle total sobre um determinado processo. Ele apresenta uma interface muito amigável

para o usuário sempre reproduzindo o processo em sua tela, como mostra o exemplo da figura

5, e com a atualização em tempo real das variáveis e parâmetros envolvidos no processo.

Page 28: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

27

É muito utilizado também para o controle e gerenciamento da produção, informando

com grande precisão as informações referentes aos processos de produção.

A figura abaixo ilustra como exemplo uma tela de um sistema supervisório.

Fig. 5 – Exemplo de Tela de um Sistema Supervisório. Fonte: (Site Siemens)

Page 29: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

28

3 ITRODUÇÃO AO PLC SIEMES S7-200

Este capítulo aborda as principais características e funcionalidades do PLC

Siemens S7-200. Este PLC pertence à linha de controladores lógicos programáveis da

Siemens, denominada SIMATIC.

A linha SIMATIC abrange os seguintes Controladores Lógicos Programáveis:

• PLC compacto (Série LOGO)

• PLC compacto com expansão (Série S7-200)

• PLC modular (Série S7-300/400)

3.1 ASPECTOS GERAIS SOBRE O S7-200

3.1.1 Principais Características

Devido ao seu baixo custo e sua grande funcionalidade, o S7-200 se tornou uma

ótima alternativa para as aplicações na área de automação de pequeno e médio porte. Suas

principais características são:

3.1.1.1 Elevada Performance

Por se tratar de um PLC pequeno e compacto, o S7-200 é ideal para aplicações onde não há muito espaço disponível para montagem. Ele também é rápido e oferece um ótimo rendimento em tempo real, garantindo maior qualidade, eficiência e confiabilidade ao processo (SIEMENS)

3.1.1.2 Excelente modularidade

A família do S7-200 tem uma concepção modular coerente, permitindo que soluções possam ser desenvolvidas sob medida e ampliadas conforme a demanda. Ela é composta de CPUs com diferentes níveis de memória e diferentes números de entradas e saídas integradas. Estão disponíveis uma vasta gama de módulos de expansão para diversas funções, bem como diversas possibilidades de painéis de comando e visualização (SIEMENS)

3.1.1.3 Elevada conectividade

O S7-200 possui diversas possibilidades de comunicação. As interfaces integradas padrão RS485 suportam taxas de transferência de dados até 187,5 Kbps. E através de módulos de expansão específicos, é possível realizar a comunicação via modem, PROFIBUS-DP1, AS-Interface2 e Ethernet (SIEMENS)

1 Protocolo de comunicação baseado no conceito fieldbus (barramento de campo). 2 Sistema no qual é o possível conectar módulos juntos ao processo, ao nível mais baixo de uma planta qualquer.

Page 30: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

29

3.1.2 Modelos da Série S7-200

A série S7-200 é dividida em vários modelos de CPU’s que se diferenciam “na

velocidade de execução do programa, na dotação de memória, I/O digital disponível no

módulo básico ou no número de interface de comunicação” (PRUDENTE, 2007, p.68).

Dependendo do modelo da CPU, a alimentação poderá ser de 230 VCA ou 24

VDC, as entradas digitais serão sempre do tipo DC e as saídas digitais podem ser do tipo a

relé ou DC tipo Mosfet.

A especificação de uma CPU da série S7-200 é sempre descrita pelo número do

modelo da CPU seguido de três abreviações que se referem ao tipo de alimentação, tipo de

entrada e de saída respectivamente. Como por exemplo: CPU 221 AC / DC / Relay, esta

CPU possui alimentação em AC (230 VCA), entradas do tipo DC e saídas do tipo a relé

(Relay).

Na tabela abaixo, estão especificados todos os modelos da série S7-200 com as

suas especificações básicas de entradas e saídas digitais:

Série S7-200

CPU Tipo Entradas e Saídas Digitais

221 DC/DC/DC 6 entradas e 4 saídas

221 AC/DC/Relay 6 entradas e 4 saídas

222 DC/DC/DC 8 entradas e 6 saídas

222 AC/DC/Relay 8 entradas e 6 saídas

224 DC/DC/DC 14 entradas e 10 saídas

224 AC/DC/Relay 14 entradas e 10 saídas

224XP DC/DC/DC 14 entradas e 10 saídas

224XP AC/DC/Relay 14 entradas e 10 saídas

226 DC/DC/DC 24 entradas e 16 saídas

226 AC/DC/Relay 24 entradas e 16 saídas

Tabela 1 – Especificação dos modelos da série S7-200. Fonte (SIEMENS)

Page 31: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

30

Na figura abaixo, é apresentada todos os modelos de PLC’s da série S7-200.

Fig.6 – Imagem demonstrativa dos PLC’s da Série S7-200. Fonte (Siemens)

3.2 ESTRUTURA DO PLC S7-200

Como mostra à figura 7, a estrutura básica de um controlador da série S7-200 é dividida em:

3.2.1 Barramento das entradas digitais

Neste barramento estão concentradas as entradas digitais da PLC, onde é possível

conectar vários tipos de botões, chaves e sensores. As entradas são indicadas com a letra

I, que é seguida pelo endereço do byte e do bit correspondente a entrada. Como por

exemplo: I0.1, I1.2 etc.

Há neste barramento também uma alimentação de saída com 24 VDC, utilizada

para a alimentação de sensores deste tipo

3.2.2 Barramento das saídas digitais e de alimentação

Neste barramento estão concentradas as saídas digitais do PLC, onde são

conectados os atuadores, podendo ser, por exemplo: válvulas solenóides, lâmpadas e

outros. As saídas são indicadas com a letra Q, que é seguida pelo endereço do byte e do

bit correspondente. Como por exemplo: Q0.2, Q2.1 etc.

Page 32: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

31

A alimentação da CPU é realizada também através deste barramento, podendo ser

do tipo AC ou DC.

3.2.3 Porta de Comunicação RS 485

Através desta porta é possível conectar o PLC a um PC de configuração, para a

transferência de dados e visualização em tempo real da lógica implementada e pode ser

utilizada também para conectar o PLC a uma interface homem-máquina para o

monitoramento do processo.

3.2.4 Chave seletora do modo de funcionamento

Através desta chave, pode-se alternar o modo de funcionamento do PLC, está

chave possui três posições:

3.2.4.1 Posição STOP

Neste modo, o PLC desabilita todas as saídas e entra em modo de espera,

desligando todos os aparelhos conectados as suas saídas. Esta opção é utilizada quando se

deseja transferir um novo projeto ou alterar o projeto já existente no PLC.

3.2.4.2 Posição RUN

Neste modo, o PLC irá executar todas as instruções do programa, atualizando as

saídas de acordo com o estado das entradas. Porém, “se houver um erro irreversível no

programa, o PLC passa automaticamente para stop, aguardando a remoção do erro

(PRUDENTE, 2007, p.69).

3.2.4.3 Posição TERM

Nesta posição, o modo de funcionamento do PLC ficará indefinido, podendo ser

alterado em tempo real através do PC de configuração utilizando o software de

programação do mesmo.

Para isso é necessário “posicionar manualmente a chave hardware do S7-200 na

posição TERM ou RUN. O modo de funcionamento poderá assim ser modificado via

software pelo menu CPU>STOP ou CPU>RUN” (PRUDENTE, 2007, p.70).

Page 33: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

32

3.2.5 Potenciômetro analógico

Através deste potenciômetro é possível alterar com grande precisão valores de

temporizadores, contadores e outros parâmetros sem que seja necessário entrar no

programa. Pode ser utilizado com grande eficiência em processos que tenham diferentes

temporizações ou diferentes métodos de contagem.

3.2.6 Conector para módulos adicionais

Este conector é utilizado para a ligação de módulos adicionais, estes módulos

podem ser de entradas e saídas (digitais, analógicas e específicas para medição de

temperatura), de posicionamento ou de comunicação.

Fig.7 – Estrutura básica da CPU 222. Fonte: (SIEMENS)

3.3 SOFTWARE DE PROGRAMAÇÃO STEP-7 Micro/WIN

A programação dos PLC’s da série S7-200 é realizada através do software STEP-7

Micro/WIN, este software é uma ferramenta bastante simples e de fácil utilização. Ele

possibilita ao usuário a oportunidade de programar em praticamente todos os tipos de

linguagens de programação de PLC’s e ainda oferece um ambiente de programação com

padrão do Windows, tornando o processo de programação mais amigável ao usuário.

Page 34: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

33

3.4 COMUNICAÇÃO

Na maioria dos casos, os PLC´s da série S7-200 são aplicados em configurações

básicas de automação, diretamente no controle de uma determinada máquina ou processo.

Nestes casos, é utilizado para a comunicação do PLC com o PC de configuração ou IHM,

o cabo de comunicação PC/PPI.

Este cabo permite a conexão do PLC a um PC dotado de interface serial com o programa STEP-7 Micro/WIN corretamente instalado. O cabo não-reversível contém um conversor optoisolado da RS-485 (inteface de comunicação do PLC) a RS-232 (interface serial do PC). Ao longo do cabo há um dispositivo que permite, mediante DIP-switch (mínisculos interruptores), definir os parâmetros da comunicação (PRUDENTE, 2007, p.68).

Page 35: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

34

4 ITRODUÇÃO A IHM SIEMES TP177A

Este capítulo aborda as características e funcionalidades da IHM TP 177A, esta IHM

pertence à série de painéis 177 da Siemens que abrange também a TP 177B e a OP 177B.

Esta linha de painéis apresenta avanços significativos em relação à série 170. Ela

possui maior eficiência no uso dos textos e dos gráficos na aplicação de tarefas de

monitoração de máquinas e plantas e também possuem bibliotecas de caracteres asiáticos e

cirílicos que podem ser configurados, como os usuais.

Como principais novidades, esta linha apresenta a possibilidade de montagem vertical

da TP 177A e o sistema de alarme permanente da TP 177B oferecendo assim possibilidade de

aplicações em diferentes áreas. Além de alguns modelos oferecerem a possibilidade de

conexão através de rede PROFIBUS e PROFINET3.

As IHM's da linha 177 oferecem um rápido comissionamento, uma grande memória de

usuário, alto desempenho e são otimizadas para o uso com projetos no WinCC Flexible.

4.1 DESING DO MODELO TP 177A

O desing deste modelo demonstrou grande evolução em relação a sua série anterior,

ela teve seu desenho alterado para a possibilidade de trabalhar na vertical. Com isso, ela

ganhou em funcionalidade e apresentou um desenho mais agradável.

4.1.1 Foto Demonstrativa

Fig. 8 – Imagem demonstrativa da IHM TP177A. Fonte: Siemens

3 Rede da organização PROFIBUS que utiliza a Ethernet para automação industrial.

Page 36: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

35

4.1.2 Vista Frontal e Lateral

Fig. 9 – Vista Frontal e Lateral da IHM TP 177A. Fonte: Siemens

4.1.3 Vista Traseira

Fig. 10 – Vista Traseira da IHM TP 177A. Fonte: Siemens

Page 37: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

36

4.1.4 Vista Superior

Fig. 11 – Vista Superior da IHM TP 177A. Fonte: Siemens

4.2 CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS

4.2.1 Display Sensível ao Toque (Touch Screen)

A TP 177A possui um display de 5,7’’ totalmente liso, que apresenta quatro níveis

diferentes de azul, com resolução de 320 x 240. Este display possui a tecnologia de touch

screen, ou seja, é sensível ao toque do usuário durante a sua operação.

Ela apresenta um teclado alfanumérico virtual para a entrada de dados do usuário. Isto

a torna mais compacta e econômica em relação às dimensões de instalação no processo

industrial.

4.2.2 Comunicação com o PLC S7-200

A TP 177A possui uma interface já integrada para conexões do tipo PPI/MPI com a

linha de PLC’s S7-200, isto facilita muito a integração dos dispositivos para a aplicação

conjunta em automação de processos.

Ela apresenta também a possibilidade de conexão via MPI/PROFIBUS DP, porém

apresenta a limitação de apenas quatro pontos de interligação no mesmo barramento.

Page 38: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

37

4.2.3 Programação

A programação das telas da TP 177A é realizada através do software WinCC Flexible

2004 ou superior, nas versões Micro, Compact, Standard e Advanced. O capítulo 5 demonstra

os principais passos para a criação de um projeto no WinCC Flexible 2008.

4.3 CONFIGURAÇÃO E OPERAÇÃO

4.3.1 Opções da tela de inicialização “Loader”

Todas as opções de ajustes e de transferência de projeto da IHM estão concentradas na

tela de inicialização denominada Loader, como mostra a figura 12. Esta tela sempre aparece

após a inicialização da IHM e possui três opções de operação para o usuário, são elas:

Fig. 12 – Tela de Inicialização Loader

4.3.1.1 Transfer

Através desta opção é possível colocar a IHM em estado de transferência de dados,

sendo necessário quando se deseja carregar um projeto ou atualizar a versão da IHM.

4.3.1.2 Start

Essa opção é utilizada para iniciar o projeto armazenado na memória interna da IHM.

Page 39: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

38

4.3.1.3 Control Panel

Através desta opção é possível abrir o painel de controle da IHM, onde é possível

configurar os ajustes das telas e os ajustes de transferência de projeto.

4.3.2 Configurações do Painel de Controle

Como visto anteriormente, o painel de controle pode ser acessado através da opção

Control Panel na tela Loader, ou então, acessado durante a execução de um determinado

projeto, desde que este tenha esta operação configurada durante a sua elaboração.

Como mostra a figura abaixo, o painel de controle apresenta cinco opções de

configuração.

Fig. 13 – Tela do Painel Controle

4.3.2.1 OP

Nesta opção é possível alterar as configurações de tela, visualizar informações sobre o

dispositivo e calibrar a sensibilidade ao toque do display.

4.3.2.2 Password

Através desta opção é possível definir uma senha para a proteção do painel de

controle.

4.3.2.3 MPI / DP Settings

Função disponível para alteração e configuração dos parâmetros dos protocolos de

comunicação MPI / DP.

Page 40: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

39

4.3.2.4 Transfer

Opção disponível para a alteração dos parâmetros de transferências e configuração do

canal de dados.

4.3.3 Calibração do Display (Touch Screen)

Dependendo da posição de montagem da IHM e do ângulo de visão do usuário, pode

ser necessária a calibração do display para que não ocorra nenhum erro de operação por parte

do usuário.

Esta calibração deve ser realizada conforme os procedimentos descritos no apêndice

A.

4.3.4 Configuração do Canal de Dados

A configuração do canal de dados deve sempre ser feita antes da transferência do

projeto, pois não pode haver divergência entre a configuração do projeto com a da IHM.

4.4 MODOS DE OPERAÇÃO

Os modos de operação da IHM podem ser alterados antes da execução do projeto ou

então durante a execução, desde que o programador tenha configurado um objeto de controle

para o usuário ter a opção de alterar o modo de operação.

4.3.1 Modo Online

Neste modo a comunicação entre o PLC e a IHM estará ativa, com isso o usuário

poderá visualizar e alterar dados e parâmetros do processo que está em execução.

4.3.2 Modo Offline

Neste modo não há comunicação entre o PLC e a IHM, com isso o usuário não

consegue visualizar e alterar dados do processo, apesar de poder operar a IHM.

4.3.3 Modo de Transferência

Neste modo é possível transferir um projeto para a IHM através do PC de

configuração ou através de um backup e podem-se restaurar dados do dispositivo.

Page 41: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

40

4.4 FUNÇÕES COMPLEMENTARES

4.4.1 Backup e Restauração

É possível fazer um backup ou restaurar os dos seguintes dados salvos na memória

flash da IHM:

• Projeto do WinCC Flexible

• Arquivo Imagem da IHM

• Definições do Administrador

• Receita de Dados

• Chaves de Licença

Estes procedimentos podem ser realizados através do Software WinCC Flexible ou

então do ProSave. Nos apêndices B e C são demonstrados os procedimentos de backup e

restauração respectivamente.

4.4.2 Atualização da Versão do Software da IHM

Um conflito de compatibilidade pode ocorrer na transferência de um projeto para a

IHM quando ocorrer diferenças nas versões do software de configuração ou sistema

operacional da IHM. Quando há versões diferentes, a transferência é interrompida e é exibida

uma mensagem indicando um conflito de compatibilidade.

Para resolver estes problemas pode-se atualizar o sistema operacional do dispositivo

quando o projeto tiver sido criado com uma versão mais recente do software de configuração

ou então, transferir uma versão mais antiga do projeto que se enquadre com a versão que se

do sistema operacional que se encontra na IHM.

Com a atualização do sistema operacional, todos os dados referentes a projetos, senhas

e configuração de canais de dados são apagados, tendo que ser configurados novamente após

a atualização.

O procedimento para a atualização do sistema operacional da IHM está descrito no

Apêndice D.

Page 42: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

41

5 PROCEDIMETOS BÁSICOS PARA ELABORAÇÃO DE UM PROJETO COM

WICC FLEXIBLE 2008

Este capítulo aborda os principais passos para a elaboração de um projeto de telas de

supervisão e controle para IHM’s. Estes passos têm como base a implantação do projeto em

sistemas de pequeno porte, visando a IHM TP 177A que foi utilizada no presente trabalho.

5.1 CRIANDO UM NOVO PROJETO

O melhor modo de se criar um novo projeto no WinCC é utilizar o assistente para

criação de um novo projeto. Utilizando este assistente podem-se definir antes da abertura do

projeto algumas configurações e parâmetros importantes, como o tipo de IHM, o modelo do

controlador, número de telas e etc.

Para utilizar este assistente deve-se selecionar na tela inicial do WinCC Flexible, a

opção “Create the new project with the Project wizard”, como mostra a figura abaixo:

Fig. 14 – Tela de Início do WinCC

Com isso, a tela seguinte será a de escolha da arquitetura da rede onde será aplicada a

IHM. Neste Caso, será escolhida a opção “Small Machine”, onde o controlador é conectado

diretamente a IHM caracterizando sistemas de pequeno porte.

Page 43: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

42

A figura abaixo ilustra a escolha da arquitetura da rede a ser utilizada no projeto.

Fig. 15 – Tela de definição da arquitetura da rede

A próxima tela de configuração é a mais importante para o projeto, nela é definido o

tipo de conexão, o modelo da IHM e do controlador que serão utilizados no projeto. A figura

abaixo mostra a definição da conexão para MPI/DP, a escolha da IHM TP177 Micro 6” e do

controlador Simatic S7 200.

Fig. 16 – Tela de definição dos dispositivos

Page 44: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

43

No passo seguinte é definido o layout padrão das telas de programação, onde é

possível configurar o cabeçalho e a disposição da tela de alarme do projeto.

Fig. 17 – Definição do layout padrão da telas

Em seguida é possível definir o número de telas principais e auxiliares que serão

utilizadas a partir da tela inicial.

Fig. 18 – Definição das telas do projeto

Page 45: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

44

Na tela seguinte são oferecidas algumas telas adicionais que disponibilizam

informações e possibilidade de alteração de alguns parâmetros, são elas:

System Screen for Language Switching – Tela disponível para possível alteração da

linguagem utilizada no projeto;

System Screen for Runtime Stop – Tela de sistema para interromper o funcionamento

do programa em execução na IHM;

System Screen for Online/Offline – Tela de sistema para a alteração do modo da IHM

entre Online e Offline.

Screens for system diagnostics – Tela para acesso aos diagnósticos de operação do

sistema.

User administration – Tela para acesso exclusivo ao administrador do sistema quando

houver.

System information – Tela para acesso as informações do sistema em operação.

Fig. 19 – Definição de telas adicionais

O próximo passo para a configuração inicial do projeto é carregar ao projeto as

bibliotecas padrões de botões/chaves, painéis e gráficos.

O uso destas bibliotecas torna o trabalho de programação muito mais simples, devido a

sua grande gama de objetos já criados que são disponibilizados para a criação das telas.

Page 46: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

45

Para um bom desenvolvimento do projeto, é recomendável carregar sempre as três

bibliotecas disponíveis, para isso, é preciso somente selecioná-las e clicar no botão >.

Fig. 20 – Escolha das bibliotecas utilizadas no projeto

Por fim é possível definir o nome do projeto criado, o nome do autor e a descrição de

algum comentário pertinente ao projeto.

Fig. 21 – Tela final de configuração

Page 47: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

46

Após o término do assistente de criação do novo projeto é iniciado o ambiente de

programação do WinCC. A partir dele é possível realizar toda a programação e configuração

do novo projeto a ser criado.

A figura abaixo mostra o ambiente de programação do WinCC e mostra como

evidência a tela inicial do projeto (Start Screen).

Fig. 22 – Ambiente de programação do WinCC

5.2 EXPLORANDO A BARRA DE NAVEGAÇÃO (PROJECT)

A barra de navegação (Project) do WinCC é dividida em varias seções, como mostra a

figura 23, com a finalidade de se desmembrar todas as configurações que envolvem o projeto.

Nesta parte do trabalho são demonstradas as principais funções desta para barra de navegação

considerando um projeto de pequeno porte utilizando a IHM TP 177A.

Page 48: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

47

A figura abaixo mostra a todas as funções de configuração da barra de configuração

“Project”.

Fig. 23 – Barra de configuração

As principais funções desta barra são:

5.2.1 Device (Dispositivo)

Nesta opção é possível visualizar a IHM para qual o projeto esta sendo elaborado e é

possível também alterar a especificação da IHM utilizada. No caso de alteração da IHM

Page 49: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

48

devem-se observar as diferenças de funcionalidades que as IHM’s apresentam entre si,

portanto algumas configurações já estabelecidas podem ter que ser alteradas de acordo com o

modelo da IHM.

Para alterar a IHM, deve-se clicar com o botão direito do mouse sobre o ícone e

selecionar a opção “Change Device Type”, com isso aparecerá à janela com a relação de todos

os dispositivos possíveis, como mostra a figura abaixo.

Figura 24 – Tela de alteração da IHM

5.2.2 Screens (Telas)

Nesta seção é possível navegar entre as telas já criadas, adicionar novas telas ao

projeto e renomear às telas já existentes no projeto.

Para criar uma nova tela é preciso somente clicar em “Add Screen” que a nova tela

será criada automaticamente pelo programa.

5.2.3 Communication (Comunicação)

5.2.3.1 Tags

Neste campo é possível definir os tags, ou seja, o endereçamento de todas as variáveis

que envolvem o projeto e que estão armazenados na lógica de controle do CLP. Esta definição

é dividida em varias etapas que serão mostradas a seguir:

Page 50: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

49

Name (Nome)

Neste campo é definido o nome da variável para uso do programa, este nome

usualmente é relacionado ao processo, como por exemplo: sensor de temperatura,

contatora do motor etc.

Connection (Conexão)

Neste campo é definida qual é a conexão na qual a variável será lida, ou seja, em qual

CLP a variável será aplicada. Pode ocorrer, de uma ou mais variáveis não possuírem

conexões por serem apenas tags internos, ou seja, variáveis criadas apenas para

conexão entre IHM e CLP.

Data Type (Tipo de Dados)

Este campo receberá a informação de que tipo de variável que se está criando. A

variável poderá ser de natureza binária, real, inteira, dupla inteira etc.

Address (Endereçoes)

Neste campo é definido o endereçamento dos dados de uma determinada variável, esse

endereço deverá ser o mesmo utilizado na lógica do CLP, para que não haja conflito

de informação no sistema.

Array elements (Elementos da Matriz)

Esta opção é utilizada quando se deseja usar tags idênticos, diferenciando somente na

posição da memória utilizada. Com isso, deve-se informar nesta opção o número de

tags idênticos, quando houver.

Acquisition Cycle (Ciclo de Aquisição)

Neste campo é determinado o ciclo de aquisição dos dados das variáveis pela IHM,

com isso é possível determinar a velocidade de atualização dos campos de entrada de

dados no programa da IHM.

Comment (Comentário)

Este campo é utilizado somente quando se deseja realizar algum comentário referente

à variável descrita.

Page 51: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

50

No exemplo da figura abaixo é possível observar todas as informações descritas acima

aplicadas a um grupo de variáveis de um determinado projeto.

Fig. 25 – Exemplo de preenchimento da tabela dos Tags

5.2.3 Alarm Management (Gestão de Alarmes)

5.2.3.1 Analog Alarms (Alarmes Analógicos)

Nesta função é possível configurar alarmes analógicos para alertar sobre situações em

que uma ou mais variáveis não estão dentro de um valor pré-determinado. Esta opção é muito

utilizada para a segurança dos processos industriais, por exemplo, um processo de controle de

temperatura de um forno que possui uma determinada faixa de valores, precisa de um sistema

de supervisão que avise se por caso a temperatura ultrapassar os limites pré-estabelecidos.

Esta função apresenta os seguintes campos de configuração:

Text (Texto)

Neste campo é descrito o texto alarme, ou seja, o que será avisado através da janela de

alarme.

Page 52: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

51

Class (Classe)

Neste campo é selecionado o tipo de alarme, que podem ser de Erro, Aviso ou

Sistema.

Trigger Tag (Tag de Disparo)

Neste campo é determinado o Tag de disparo, ou seja, a variável do processo que será

controlada pelo alarme. Exemplo: a temperatura do forno citado no exemplo anterior.

Limit (Limite)

Valor do limite de disparo no qual o tag de disparo, não poderá ser superior ou inferior

conforme configuração do alarme.

Trigger Mode (Modo de Disparo)

Nesta opção é definido o modo de disparo, podendo ser na curva de subida (on rising

edge), ou seja, se o Tag de disparo superar o valor do limite é emitido o alarme. Ou

então na curva de descida (on falling edge), onde o alarme é emitido quando o valor

do Tag de disparo cai para um valor menor que o limite.

A figura abaixo ilustra a configuração de um alarme, onde o tag de disparo:

“TEMPERATURA” não poderá passar do valor de 100 graus, se isto ocorrer será emitido um

alarme com a mensagem: Valor da temperatura acima da faixa permitida.

Fig. 26 – Exemplo de configuração de um alarme analógico

Page 53: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

52

5.3 EXPLORANDO A BARRA DE FERRAMENTAS (TOOLS)

A barra de ferramentas do WinCC é dividida em quatro seções, são elas:

Simple Objects (Objetos Simples)

São os objetos necessários para a elaboração de qualquer projeto. Ex: botões, campos

de entrada, chaves etc.

Enhanced Objects (Objetos Robustos)

São objetos mais específicos que se enquadram somente em determinados projetos.

Ex: gráfico e janela de alarme.

Graphics (Gráficos)

Nesta seção é possível inserir no projeto objetos de imagens já criados, como por

exemplo: chaves, motores, tubulações, máquinas etc.

Library (Biblioteca)

Esta seção tem como finalidade armazenar os objetos que o usuário mais utiliza para a

elaboração de telas, com isso basta o usuário arrastar o objeto desejado para a library

que o mesmo ficará sempre em evidência para ser utilizado.

Fig.27 – Barra de ferramentas (Tools)

Page 54: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

53

5.3.1 Configurando os principais objetos

A seguir são destacados os principais objetos para a criação de um projeto, observando

que para inserir qualquer objeto é preciso selecioná-lo na barra de ferramentas e arrastá-lo

para a área de trabalho. Todos os objetos possuem uma barra de propriedades própria onde é

possível configurar todos os detalhes referentes ao objeto.

5.3.1.1 Button (Botão)

É um dos objetos mais utilizado na criação de qualquer projeto, a seguir será descrito

todas as opções na barra de propriedades deste objeto.

General (Generalidades)

Nesta opção é possível determinar se o botão irá aparecer com um texto, com um

gráfico ou será invisível. Nos casos do texto e do gráfico, é possível determinar

aparências diferentes para os dois estados possíveis (ligado e desligado).

Properties (Propriedades)

Nesta opção são definidas as características do objeto quanto à aparência, posição na

área de trabalho, tamanho do texto etc.

Animations (Animações)

Esta opção dá a possibilidade de se criar animações que alterem a aparência e a

visibilidade de acordo com o estado da variável associado ao objeto.

Events (Eventos)

Esta é a opção mais importante da barra de propriedades, através dela é configurada a

ação que o botão irá executar dependendo do tipo de intervenção que ele sofre.

No caso de um botão ele pode sofrer as seguintes intervenções: click (clicado), press

(pressionado), release (liberado), activate (ativado), desactivate (desativado) e change

(alterado).

Através destas intervenções existe um grande número de ações que poderão ser

executados através do botão ou de outro objeto.

Page 55: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

54

A figura abaixo demonstra a seleção de uma imagem para a utilização em um

determinado botão.

Fig.28 – Configuração da imagem do botão

Em seguida, são configuradas as ações para o mesmo botão que quando pressionado

aciona o Tag “contatora” e desliga o Tag “Luz Stop”. Como mostra a figura abaixo:

Fig.29 – Configuração das ações do botão

Page 56: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

55

5.3.1.2 IO Field (Campo de Entrada / Saída)

Este objeto pode criar um campo de entrada, de saída ou de entrada e saída de valores

no programa em execução. Para isso, deve ser configurado de acordo com a necessidade do

usuário. A figura abaixo mostra um exemplo da barra de propriedades deste campo

preenchida.

Fig. 30 – Propriedades do campo de entrada/saída

No caso do exemplo acima é possível observar que a opção “mode” está definida com

Input/Output, ou seja, o campo será de entrada e saída de valores. No campo Tag, deve-se

selecionar a variável que se deseja ler e alterar seu valor, no caso acima foi determinado o set

point. E na opção format é possível configurar o formato do número e quantas casas decimais

serão utilizadas.

Para a entrada de valores durante a operação da IHM, deve-se tocar no campo de I/O

para ter acesso ao teclado alfanumérico mostrado na figura abaixo. Através dele é possível

digitar o valor desejado para a variável escolhida.

Fig. 31 – Teclado alfanumérico de entrada de dados

Page 57: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

56

5.3.1.2 Bar (Gráfico de Barra)

Este objeto pode ser útil quando se deseja acompanhar uma determinada variável que

varie de acordo com determinados limites. Como por exemplo: o nível de água de um tanque

etc.

Para configurá-lo é preciso somente informar qual serão o máximo e o mínimo valor

de variação e qual será o Tag controlado. Conforme o exemplo da figura abaixo:

Fig. 32 - Configuração do gráfico de barra

5.4 TRANSFERINDO O PROJETO PARA A IHM

Para acessar a opção de transferência deve-se abrir o menu Project > Transfer >

Trasnfer.., com isso irá aparecer a janela conforme mostrada na figura 33, onde deve-se

selecionar o modo de transferência.

Após isso, deve-se se certificar que a IHM está em modo de transferência, se ela

estiver basta somente clicar na opção “transfer” e aguardar a transferência do projeto para a

IHM.

Page 58: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

57

A figura abaixo mostra a janela de transferência de projeto do WinCC.

Fig.33 – Janela de transferência de projetos

Page 59: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

58

6 APLICAÇÃO DA IHM O PROCESSO DE POSICIOAMETO DA GAGORRA

DE VETILADORES

Este capítulo demonstra a implantação da IHM no processo da Gangorra de

Ventiladores.

6.1 GANGORRA DE VENTILADORES

6.1.1 Descrição do Processo

Esta gangorra possui dois ventiladores tipo brushless4 fixados nas suas extremidades

como elemento final de controle e um potenciômetro como sensor de posição fixado em seu

centro, como mostra a figura 34. A Gangorra de ventiladores é um sistema automático de

controle onde o objetivo é posicionar a gangorra na posição desejada (Set-Point) através do

acionamento conjunto dos ventiladores usando diferentes sentidos de rotação e potência

aplicada, partindo-se de uma origem pré-estabelecida.

Fig. 34 – Foto da Gangorra de Ventiladores

Para definição do Set-Point foi definido inicialmente a utilização de um potenciômetro

e para a função do controlador é utilizado o PLC SIEMENS 226 em conjunto com um módulo

adicional EM235. 4 Brushless são motores que não possuem escovas, onde não há nenhum ponto de contato mecânico entre os dois módulos (rotor e estator) para passagem de eletricidade.

Page 60: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

Atuador:

2 Ventiladores Tipo Brushless 24 VDC

6.1.2 Esquema do Sistema de Controle

A partir das considerações citadas acima

esquema como foi estruturado o processo de controle em questão.

A figura abaixo ilustra o esquema da malha de controle da Gangorra de Ventiladores:

6.1.3 Problemas para Implantação do Controle

Após a análise dos componentes do sistema de controle, foi possível observar alguns

problemas para a implantação da idéia inicial do processo

1. A saída analógica do módulo

portanto não serviria

consomem uma corrente maior do que o PLC é capaz de fornecer;

2. Como os ventiladores inicialmente especificados ainda não foram adquiridos, a

gangorra foi provisoriamente montada com ventoinhas

que não possuem a possibilidade de inversão do seu sentido de rotação;

Processo: Posicionamento da

Gangorra

Sensor: Potênciometro

4,7k

Controlador:

PLC SIEMENS 226 + EM235

Atuador:

2 Ventiladores Tipo Brushless 24 VDC

Esquema do Sistema de Controle

das considerações citadas acima, é possível demonstrar através de

ruturado o processo de controle em questão.

A figura abaixo ilustra o esquema da malha de controle da Gangorra de Ventiladores:

Fig. 35 – Esquema de Controle do Processo

Problemas para Implantação do Controle

Após a análise dos componentes do sistema de controle, foi possível observar alguns

a implantação da idéia inicial do processo, foram eles:

A saída analógica do módulo adicional do PLC é de 0-10VDC

não serviria para o acionamento dos ventiladores, pois eles são de 24 VDC e

consomem uma corrente maior do que o PLC é capaz de fornecer;

Como os ventiladores inicialmente especificados ainda não foram adquiridos, a

gangorra foi provisoriamente montada com ventoinhas com motores tipo brushless

que não possuem a possibilidade de inversão do seu sentido de rotação;

59

Sensor: Potênciometro

4,7kΩ

é possível demonstrar através de um

A figura abaixo ilustra o esquema da malha de controle da Gangorra de Ventiladores:

Após a análise dos componentes do sistema de controle, foi possível observar alguns

10VDC com baixa potência,

adores, pois eles são de 24 VDC e

consomem uma corrente maior do que o PLC é capaz de fornecer;

Como os ventiladores inicialmente especificados ainda não foram adquiridos, a

com motores tipo brushless

que não possuem a possibilidade de inversão do seu sentido de rotação;

Page 61: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

60

3. O módulo adicional EM235 possui somente uma saída analógica, com isso os

ventiladores não podem atuar ao mesmo tempo.

6.1.4 Soluções dadas aos problemas encontrados

Para solucionar os problemas descritos anteriormente, foram implantadas as seguintes

soluções:

Para solucionar o problema do sinal de saída do PLC, foi desenvolvido um

amplificador de sinal para transformar o sinal de 0-10V vindo do PLC em 0-24V e

injetá-lo nos ventiladores. A figura abaixo mostra a implementação do amplificador

desenvolvido.

Fig. 36 - Foto do Amplificador de Sinal

O esquema abaixo mostra as conexões elétricas deste amplificador:

Fig 37 - Conexões Elétricas do Amplificador

Page 62: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

61

Porém para a utilização deste amplificador foi necessário utilizar uma fonte DC

simétrica para injeção dos sinais de +15, - 15 VDC. A fonte utilizada foi a Fonte de

Alimentação Simétrica DC Digital MPL-3303 Minipa, mostrada na figura abaixo.

Fig.38 - Fonte de Alimentação Simétrica Minipa

A solução dos outros problemas foi à implantação de uma contatora auxiliar que

recebe do amplificador o sinal de 0-24VDC e através do programa do PLC ela realiza

o chaveamento dos ventiladores. Com isso, os ventiladores alternam seu

funcionamento de acordo com a posição da gangorra, sendo que cada ventilador é

responsável por mover a gangorra para um determinado sentido. A contatora utilizada

foi a Contatora Auxiliar Linha Sírius 24 DC 2NA+NF SIEMENS.

Fig.39 - Contato Auxiliar Siemens

Page 63: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

62

6.1.5 Montagem do Processo

Após a solução de todos os problemas observados anteriormente, foi realizada a

montagem do processo de controle da gangorra de ventiladores no próprio laboratório de

controle e automação. Como mostra as figuras abaixo:

Fig. 40 - Foto do Processo da Gangorra de Ventiladores

Fig. 41 - Detalhamento da Ligação do PLC

Page 64: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

63

A figura abaixo mostra o diagrama elétrico funcional do processo.

Fig. 42 - Esquema Elétrico Funcional do Processo

6.1.6 Lógica de Programação

Após a montagem do processo foi desenvolvida a lógica de programação para o PLC.

Sobre a lógica desenvolvida é possível destacar algumas considerações importantes:

1. Foram convencionados valores percentuais para a posição da Gangorra,

determinando na lógica que a gangorra varia da posição “0” até “100”, sendo

zero a posição do ventilador 1 encostado no batente.

2. Foram implementados os dois algoritmos de controle mais comumente

utilizados na industria: ON/OFF e PID. A lógica foi dividida em sub-rotinas

para cada tipo de controle, sendo que elas possuem intertravamento para que

não haja o funcionamento simultâneo dos mesmos.

3. No Controle PID, há uma rotina que elimina a zona morta do elemento final de

controle do processo. Esta zona morta ocorre devido os ventiladores não

Page 65: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

64

apresentarem características de linearidade entre a tensão aplicada e a sua

rotação, por isso eles só atuam a partir de certo nível de tensão.

4. Para o posicionamento mais rápido da Gangorra foi criada uma zona morta no

controlador PID. Com isso, quando a variável controlada entra dentro desta

faixa é desligado o funcionamento dos ventiladores.

5. Com a criação da zona morta citada acima, o sistema se estabiliza, porém o

erro no controlador PID continua existindo e forçando o bloco a aumentar a

componente integral para eliminação o erro. Com isso, quando o sistema volta

em operação à componente pode estar em um valor muito alto dificultando

uma nova estabilização do sistema. Para resolver este problema foi

implementada na lógica uma rotina que iguala o valor da variável controlada

ao Set Point forçando o controlador a “enxergar” erro zero no processo e assim

não alterar a componente integral.

6.2 APLICAÇAO DA IHM TP 177A NO PROCESSO

Durante testes e experimentos com a Gangorra de Ventiladores foi possível constatar

alguns problemas relativos à operação do processo, foram eles:

Pouca precisão na definição do Set-Point, pois é definido através de um potenciômetro

com baixa precisão e também não é possível saber exatamente o valor que se esta

definindo;

Dificuldade na alteração dos parâmetros do controle PID, pois só é possível realizar

esta operação através do PC de Configuração do programa;

Falta de informação do valor da variável manipulada.

Visando solucionar estes problemas foi aplicado no processo de posicionamento da

Gangorra de Ventiladores um sistema de supervisão e controle utilizando a IHM Siemens TP

177A. Para isso foram realizados os seguintes procedimentos:

6.2.1 Revisão da Lógica de Programação

Para aplicação da IHM se fez necessário revisar a lógica de programação do PLC

Page 66: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

incluindo na lógica as variáveis que

programação revisada está disponível no Apêndice E.

Na figura abaixo é possível visualizar a tela de pr

nesta tela são configurados os endereços da lógica para controle da IHM.

6.2.2 Elaboração das Telas de Controle e Supervisão

Após a definição dos endereços das va

telas de controle e supervisão

apresentam níveis de hierarquia como é demonstrado na figura abaixo:

Controle

Gráfico PID

incluindo na lógica as variáveis que são manipuladas através da IHM

programação revisada está disponível no Apêndice E.

a figura abaixo é possível visualizar a tela de programação dos Tags do WinCC Flexible,

são configurados os endereços da lógica para controle da IHM.

Fig.43 - Tabela dos Tags para o Processo da Gangorra

Elaboração das Telas de Controle e Supervisão

Após a definição dos endereços das variáveis no WinCC Flexible

telas de controle e supervisão para a utilização no processo. Durante a operação as telas

apresentam níveis de hierarquia como é demonstrado na figura abaixo:

Fig.44 – Hierarquia das Telas da IHM

Tela Inicial

Controle PID

Gráfico PID Parâmetros

Controle ON/OFF

Gráfico

65

és da IHM. A lógica de

ogramação dos Tags do WinCC Flexible,

são configurados os endereços da lógica para controle da IHM.

Tabela dos Tags para o Processo da Gangorra

riáveis no WinCC Flexible foram elaboradas as

para a utilização no processo. Durante a operação as telas

Page 67: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

66

Todas as telas desenvolvidas serão demonstradas a partir de uma simulação realizada

internamente no WinCC Flexible, portanto não possui associação com o processo da

Gangorra de Ventiladores.

6.2.2.1 Tela Inicial

Na tela inicial, mostrada na figura abaixo, é possível visualizar o valor do Set Point

definido e o valor atual da variável controlada (Posição da Gangorra). Através dela é definido

o tipo de controle que será utilizado no processo.

Fig. 45 - Tela Inicial

No exemplo da figura acima é possível observar que está sendo utilizado o Controle

PID, pois quando é selecionado um modo de controle, o botão correspondente indica a

seleção através da mudança da sua cor e aspecto.

Page 68: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

67

6.2.2.2 Tela Controle PID

Nesta tela é possível definir o valor do Set Point para dar início ao processo de

controle PID. Após isso é possível visualizar os valores em tempo real do Set Point (S.P),

Variável Manipulada (V.M) e da Variável Controlada (V.C) através das barras de indicação.

Fig.46 - Tela Controle PID

Esta tela possui também as seguintes opções.

Gráfico - Visualização do gráfico do processo em tempo real.

Parâmetros - Visualização e alteração dos parâmetros do controlador PID.

Tela Inicial – Opção para voltar à tela inicial do processo.

Desligar o controle – Opção para desligar controle em andamento.

Page 69: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

68

6.2.2.3. Tela Parâmetros

A partir desta tela é possível visualizar e alterar os valores dos parâmetros do

controlador PID (Ganho, Tempo da Integral e Tempo de Derivação).

Fig. 47 - Tela Parâmetros PID

Nesta tela também é possível acessar as seguintes opções:

Gráfico - Visualização do gráfico do processo em tempo real.

Controle – Opção para voltar à tela de controle do processo.

Page 70: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

69

6.2.2.4 Tela Gráfico PID

Nesta tela é possível visualizar graficamente como se comportam as variáveis do

sistema de controle (Set Point, Váriavel Controlada e Variável Manipulada).

Fig.48 - Tela Gráfico PID

No exemplo da figura acima é possível observar como é plotado o gráfico do controle

PID na tela da IHM.

Esta tela possui também as seguintes opções:

Controle – Opção para voltar à tela de controle do processo.

Parâmetros - Visualização e alteração dos parâmetros do controlador PID.

Page 71: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

70

6.2.2.5 Tela Controle ON/OFF

Nesta tela é possível definir o valor do Set Point e da Histerese para dar início ao

processo de controle ON/OFF. Após isso é possível visualizar os valores em tempo real do

Set Point e da Variável Controlada através das barras de indicação.

Fig.49 - Tela Gráfico ON/OFF

Ela possui também as opções de visualizar o gráfico do processo em tempo real, voltar

à tela inicial e desligar o controle.

Esta tela possui também as seguintes opções:

Gráfico - Visualização do gráfico do processo em tempo real.

Tela Inicial – Opção para voltar à tela inicial do processo.

Desligar o controle – Opção para desligar controle em andamento.

Page 72: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

71

6.2.2.6 Tela Gráfico ON/OFF

Nesta tela é possível visualizar graficamente como se comportam o Set Point e a

Váriavel Controlada, além de se poderem visualizar os limites impostos pela histerese.

Fig.50 - Tela Gráfico ON/OFF

No exemplo da figura acima é possível observar como é plotado o gráfico na tela

IHM. Nota-se que a histerese é plotada através dos limites superior e inferior, indicados

através das linhas tracejadas.

Esta tela possui também as seguintes opções:

Controle – Opção para voltar à tela de controle do processo.

Parâmetros - Visualização e alteração dos parâmetros do controlador ON/OFF.

Page 73: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

72

6.2.3 Configuração de Alarme para o Set Point

Para evitar que um erro de operação na definição do Set Point crie um erro na

execução do programa, foi elaborado um sistema de alarme que não permite que o valor do

Set Point assuma um valor maior do que 100. Caso isto ocorra o sistema de alarme trava a

operação da IHM enquanto não for retirado o erro do processo.

A figura abaixo mostra a mensagem de erro gerada a tela quando ocorre este

problema.

Fig. 51 – Tela de Alarme do Set Point

Page 74: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

73

6.2.4 Comissionamento

Após o desenvolvimento das telas, foi realizada a implantação da IHM no processo. A

IHM foi conectada ao PLC via cabo PROFIBUS e alimentada através da fonte interna de 24

VDC do PLC. Com isso, foi realizada a transferência do projeto do WinCC para a IHM e

realizado testes de comunicação entre PLC e IHM que constataram que a comunicação estava

funcionado perfeitamente. As figuras abaixo mostram com detalhes a implantação da IHM no

processo da Gangorra de Ventiladores.

Fig.52 - Base com IHM instalada

Fig. 53 - Montagem Final do Processo

Page 75: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

74

7 AÁLISE DE RESULTADOS

Com a implantação da IHM no processo foi possível alcançar melhoras significativas

na operação do processo, as principais vantagens da implantação foram:

Maior facilidade na operação do processo

A aplicação da IHM tornou o processo mais simples e intuitivo, com isso qualquer

usuário consegue operá-lo mesmo sem conhecer todas as características de

funcionamento do processo;

Alteração dos Parâmetros do Processo Remotamente

A IHM possibilita que sejam visualizados e alterados todos os parâmetros do

controlador PID, facilitando assim os estudos de como o processo reage a alterações

nos seus parâmetros;

Visualização Gráfica do Comportamento do Processo

Através da IHM é possível acompanhar graficamente o andamento do processo em

tempo real e visualizar os valores das variáveis do processo.

Todas as vantagens citadas acima facilitarão os estudos referentes a sistemas de

controle desenvolvidos no laboratório, pois a IHM oferecerá os alunos todas as possibilidades

de alterações de parâmetros de controle e toda a visualização de como se comporta o processo

quando o mesmo sofre alterações em seus parâmetros.

Porém foi possível constatar durante os experimentos que os ventiladores utilizados

como atuadores, não possuem as características necessárias para se obter um ótimo

desempenho do processo. Os motores brushless não apresentam características de linearidade

entre a tensão aplicada e a sua rotação, característica típica de motores de CC. Portanto o

processo pode ser melhorado com a implantação de ventiladores mais eficientes para o

deslocamento da Gangorra.

Page 76: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

75

8 COCLUSÕES

Este trabalho mostrou a implantação da IHM Siemens TP 177A no laboratório de

controle e automação com o objetivo de aprimorar os estudos referentes a sistemas de

controle. Foram demonstrados todos os principais conceitos para a implantação deste

dispositivo e os principais procedimentos de programação do Software WinCC Flexible.

Após isso foi demonstrado em um estudo prático como é realizado a implantação

desse dispositivo em um processo real. O processo escolhido foi a Gangorra de Ventiladores

existente no laboratório de controle e automação, porém este processo teve todo o sistema de

controle melhorado e adequado para a utilização do trabalho.

Com isso, o trabalho alcançou todos os seus objetivos a que se proponha que foi dar

aos alunos da universidade a possibilidade de utilizar um dispositivo que facilita a operação e

possibilita a visualização de como os sistemas de controle reage a perturbações. E também

servir como referência para outros trabalhos que possam utilizar este dispositivo para a

aplicação em outros processos.

Page 77: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

76

9 REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PRUDENTE, Francesco. Automação Industrial – PLC: teoria e aplicações – curso

básico. 1º edição. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2007.

MORAES, Cícero Couto de; CASTRUCCI, Plínio de Lauro. Engenharia de Automação

Industrial. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2007.

CAPELLI, Alexandre. Automação Industrial – Controle do movimento e processos

contínuos. São Paulo: Editora Érica, 2006.

FILHO, João Mamede. Instalações Elétricas Industriais. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.

SILVEIRA, Paulo R. da; SANTOS, Winderson E. Automação e Controle Discreto. 3. ed. São

Paulo: Editora Érica, 2001.

FILHO, Bernardo Severo da Silva. Curso de Controladores Lógicos Programáveis. 2006.

Texto para uso didático – Faculdade de Engenharia Elétrica, Universidade do Estado do Rio

de Janeiro, Rio de Janeiro.

SILVA, Ana Paula G. da; SALVADOR, Marcelo. O que são sistemas supervisórios?

Disponível em:

http://www.centralmat.com.br/Artigos/Mais/oQueSaoSistemasSupervisorios.pdf. Acesso em:

28 nov. 2009.

SIEMENS. WinCC Flexible 2004: Manual do Usuário. 3º edição, 2004.

SIEMENS. Touch Panel TP177: Manual do Equipamento. 3º edição, 2008.

SIEMENS. S7-200: Manual de Programação. 3º edição, 2000.

SIEMENS. HMI device TP 177A, TP177B, OP177B (WinCC Flexible): Operation

Instructions. 2008.

Page 78: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

77

APÊDICE A – PROCEDIMETOS PARA CALIBRAÇÃO DO DISPLAY “TOUCH SCREE” DA IHM SIEMES TP 177A

PROCEDIMENTOS:

1. Abrir o painel de controle e selecionar a opção OP.

2. Na janela OP aberta, selecionar a guia “Touch”, conforme a figura 1:

3. Selecionar o botão “Recalibrate” para a calibração da tela;

4. Irá aparecer a imagem, conforme a figura 2:

5. Toque ligeiramente a mira de calibração, com isso a mira irá se mover para quatro

posições. Toque o centro de cada posição, caso o centro não for tocado, o processo

será reiniciado.

6. Após tocar o centro das quatro posições aparecerá à seguinte mensagem:

Os novos valores de calibração foram medidos. Toque na tela para salvar os valores da

calibração. Se você não tocar na tela dentro de 30 segundos, os valores de nova

calibração serão descartados.

7. Com isso, toque na tela para salvar a nova calibração e pressione a tecla OK.

Fig. 1 Fig. 2

Page 79: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

78

APÊDICE B – PROCEDIMETOS PARA BACKUP DE DADOS DA IHM

SIEMES TP 177A.

PROCEDIMENTOS:

Com a IHM conectada ao PC de configuração, executar os seguintes passos:

1. No PC de configuração, abrir o WinCC Flexible e selecionar a opção

“Comunication Settings”;

2. Após isso, abrir o menu “Project” e selecionar a opção “Transfer”;

3. Na janela de diálogo que irá abrir, selecionar a IHM, o tipo de ligação entre o PC e

a IHM e definir os parâmetros de conexão;

4. Feche a janela de diálogo;

5. Agora selecione a opção “Backup” no menu “Project > Transfer”.

Com isso, irá abrir a janela de diálogo “SIMATIC ProSave [Backup]”.

6. Selecione os dados a serem copiados;

7. Selecione a pasta de destino e um nome para o arquivo de backup “.psb”.

8. Coloque a IHM em modo de transferência de dados;

9. Inice o processo de backup através da opção “Start Backup”;

10. Siga as instruções do WinCC Flexible durante o processo de backup.

11. Uma mensagem é exibida quando o processo de backup de dados for concluído

com sucesso.

Page 80: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

79

APÊDICE C – PROCEDIMETOS PARA RESTAURAÇÃO DE DADOS DA IHM SIEMES TP 177A.

PROCEDIMENTOS:

Com a IHM conectada ao PC de configuração, executar os seguintes passos:

1. No PC de configuração, abrir o WinCC Flexible e selecionar a opção

“Comunication Settings”;

2. Após isso, abrir o menu “Project” e selecionar a opção “Transfer”;

3. Na janela de diálogo que irá abrir, selecionar a IHM, o tipo de ligação entre o PC e

a IHM e definir os parâmetros de conexão;

4. Feche a janela de diálogo;

5. Agora selecione a opção “Restore” no menu “Project > Transfer”.

Com isso, irá abrir a janela de diálogo “SIMATIC ProSave [Restore]”.

6. Através do campo “Open”, abra o arquivo de backup “.psb” que deseja restaurar;

7. Coloque a IHM em modo de transferência de dados;

8. Inicie o processo de restauração através da opção “Start Restore”;

9. Siga as instruções do WinCC Flexible durante o processo de restauração.

10. Uma mensagem é exibida quando o processo de restauração de dados for concluído

com sucesso.

Page 81: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

80

APÊDICE D – PROCEDIMETOS PARA A ATUALIZAÇÃO DO SISTEMA OPERACIOAL DA IHM SIEMES TP 177A.

PROCEDIMENTOS:

Com a IHM conectada ao PC de configuração, executar os seguintes passos:

1. No PC de configuração, abrir o WinCC Flexible e selecionar a opção

“Comunication Settings”;

2. Após isso, abrir o menu “Project” e selecionar a opção “Transfer”;

3. Na janela de diálogo que irá abrir, selecionar a IHM, o tipo de ligação entre o PC e

a IHM e definir os parâmetros de conexão;

4. Feche a janela de diálogo;

5. Agora selecione a opção “OS Update” no menu “Project > Transfer”;

6. Em “Image Path”, selecione a IHM correspondente ao arquivo “.img”.

Os arquivos de imagens estão disponíveis na pasta “WinCC Flexible Images”, localizada na pasta de instalação ou no CD do WinCC Flexible;

7. Colocar a IHM em modo de transferência;

8. Selecionar novamente a opção “Update OS”;

9. Seguir as instruções do WinCC Flexible durante a atualização.

10. Uma mensagem é exibida quando a atualização do sistema operacional for concluída

com sucesso.

Page 82: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

81

APÊDICE E – LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO DO PLC PARA A GAGORRA DE VETILADORES

Principal Alexandre de Souza 08/19/2009 10:06:40 pm

Block: Author: Created: Last Modified 12/05/2009 10:11:13 am

PROGRAMA PRINCIPAL

Network 1 CONTROLADOR ON/OFF

A chave ON/OFF Aciona a Subrotina do Controlador ON/OFF

Chave_ON_OFF Chave_PID

/

Rotina ON OFF

EN

Symbol Chave_ON_OFF

Chave_PID

Network 2

Address V0.2

V0.1

CONTROLADOR PID

Comment Acionamento do Controle ON/OFF

Chave de Acionamento da Lógica do PID

A chave Always_ON mantém o Bloco do PID sempre Ativo

Always_On PID0_INIT

EN

VC_ATUAL PV_I

SP_R Setpoint~

Output PID_OUT

Symbol Always_On

PID_OUT

SP_R

VC_ATUAL

Network 3

Address SM0.0

VW12

VD200

VW10

Comment Contato Sempre Ativo

Saída do PID

Valor do Set Point Atual

Valor da Variável Controlada Atual

ACIONAMENTO DA SUB-ROTINA DE LEITURA E CONVERSÃO DAS VARIÁVEIS

A chave Always_On mantém a sub-rotina sempre ativa.

Always_On Variáveis

EN

Symbol Always_On

Address SM0.0

Comment Contato Sempre Ativo

1 / 20

Page 83: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

82

TCC-GANGORRA / Principal (OB1)

Network 4 CONTROLADOR PID

A chave PID Aciona a Subrotina do Controlador PID

Chave_PID Chave_ON_OFF

/

Rotina PID

EN

Symbol Chave_ON_OFF

Chave_PID

Network 5

Address V0.2

V0.1

SET POINT

Comment Acionamento do Controle ON/OFF

Chave de Acionamento da Lógica do PID

Bloco de passagem do Valor do Set Point definido pela IHM para a entrada no bloco do PID

Always_On MOV_R

EN ENO

SP_IHM IN OUT SP_R

Symbol Always_On SP_IHM

SP_R

Address SM0.0 VD160

VD200

Comment Contato Sempre Ativo Valor do Set Point definido pela IHM

Valor do Set Point Atual

2 / 20

Page 84: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

83

TCC-GANGORRA / Variáveis (SBR0)

Block: Author: Created:

Variáveis Alexandre de Souza 08/19/2009 10:06:40 pm

Last Modified: 12/05/2009 10:11:13 am

Symbol

EN

Var Type

IN

IN

IN_OUT

OUT

TEMP

Data Type

BOOL

Comment

LEITURA E CONVERSÃO DAS VARIÁVEIS

Network 1 LEITURA DO VALOR DA VARIÁVEL CONTROLADA

Lê o valor da Variável Controlada, transforma em DI e em seguida transforma em Real.

Always_On I_DI DI_R

EN ENO EN ENO 1.A

VC_LIDO IN OUT AUX_4 AUX_4 IN OUT

1.A

VC_R

Symbol Always_On

AUX_4

VC_LIDO

VC_R

Address SM0.0

VD24

AIW2

VD28

Comment Contato Sempre Ativo

Valor de VC em Duplo Inteiro

Valor da Leitura da Variável Controlada

Valor da Leitura da Variável Controlada - Real

3 / 20

Page 85: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

84

TCC-GANGORRA / Variáveis (SBR0)

Network 2 CONVERSÃO DA VARIÁVEL CONTROLADA PARA ESCALA DE 0-100

Conversão da escala para 0-100; VC_R é dividido por 25200 (Valor máximo no Sensor) e multiplicado por 100; Converte-se através do bloco Trunc o valor real em Duplo Inteiro;

Converte-se o valor Duplo Inteiro em Inteiro e carrega este valor no bloco do PID

A chave LIM_HIST é acionada quando o sistema está estabilizado, com isso o valor de VC será o do SP (Network 6 -

Rotina PID)

Always_On LIM_HIST

/

DIV_R MUL_R

EN ENO EN ENO 2.A

VC_R IN1

26500.0 IN2

OUT AUX_5 AUX_5 IN1

100.0 IN2

OUT

TRUNC

2.A EN ENO 2.B

AUX_6 AUX_6 IN OUT AUX_7 AUX_7

DI_I

2.B EN ENO

IN OUT VC_ATUAL

Symbol Always_On

AUX_5

AUX_6

AUX_7 LIM_HIST

VC_ATUAL

VC_R

Network 3

Address SM0.0

VD32

VD36

VD40 M0.1

VW10

VD28

Comment Contato Sempre Ativo

Valor de VC_R dividido por 32000

Valor de AUX_5 multiplicado por 100

Valor de AUX_6 em Duplo Inteiro Contato do Limite da Histeresse

Valor da Variável Controlada Atual

Valor da Leitura da Variável Controlada - Real

CONVERSÃO DA SAÍDA DO PID EM DUPLO INTEIRO

Converte-se a Saída do PID em um Valor Duplo Inteiro para a utilização na Sub-Rotina PID

Always_On I_DI

EN ENO

PID_OUT IN OUT PID_DI

Symbol Always_On

PID_DI

PID_OUT

Address SM0.0

VD44

VW12

Comment Contato Sempre Ativo

Saída do PID em Duplo Inteiro

Saída do PID

4 / 20

Page 86: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

85

TCC-GANGORRA / Variáveis (SBR0)

Network 4 CONVERSÃO DO VALOR DO SET POINT EM INTEIRO

Converte-se o Set Point de Real para Duplo Inteiro e em seguida para Inteiro.

Always_On MOV_R ROUND

EN ENO EN ENO 4.A

SP_IHM IN OUT AUX_23 AUX_23 IN OUT

DI_I

4.A EN ENO

AUX_24 AUX_24 IN OUT SET_POINT_I

Symbol Always_On

AUX_23

AUX_24

SET_POINT_I

SP_IHM

Network 5

Address SM0.0

VD136

VD140

VW40

VD160

Comment Contato Sempre Ativo

Valor de SP_IHM em Real

Valor de SP_IHM em Duplo Inteiro

Valor do Set Point em Inteiro

Valor do Set Point definido pela IHM

LEITURA DO VALOR DA HISTERESE

Este bloco recebe o valor da histerese definido pela IHM e a insere no programa através de HIST_ATUAL

Always_On MOV_W

EN ENO

HISTERESE_IHM IN OUT HIST_ATUAL

Symbol Always_On

HIST_ATUAL

HISTERESE_IHM

Address SM0.0

VW70

VW60

Comment Contato Sempre Ativo

Valor Atual da Histerese

Valor da Histerese - IHM

5 / 20

Page 87: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

86

TCC-GANGORRA / Rotina PID (SBR1)

Block: Author: Created:

Rotina PID Alexandre de Souza 08/22/2009 11:21:54 am

Last Modified: 12/05/2009 10:10:33 am

Symbol

EN

Var Type

IN

IN

IN_OUT

OUT

TEMP

Data Type

BOOL

Comment

LÓGICA DE CONTROLE DOS VENTIADORES

Network 1 ACIONAMENTO DOS VENTILADORES

Se a Saída do PID for Menor que 50, Aciona-se a Contatora que Liga o Ventilador 1

Se a Saída do PID for Maior que 50, Reseta-se a Contatora que Liga o Ventilador 2

Always_On PID_DI

<D

50

PID_DI

>D

50

K1

S

1

K1

R

1

Symbol Always_On

K1

PID_DI

Address SM0.0

Q0.4

VD44

Comment Contato Sempre Ativo

Saída da Contatora

Saída do PID em Duplo Inteiro

6 / 20

Page 88: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

87

TCC-GANGORRA / Rotina PID (SBR1)

Network 2 LÓGICA DE CONTROLE DO VENTILADOR 1

Quando a Saída do PID for menor que 50, a Escala de Saída do PID é convertida de 50-0 para 30-100. Para isso o Valor de 50 é subtraído pelo valor de saída do PID e é Multiplicado por 1.4 e somado com 30. O Valor final é carregado na entrada dos ventiladores.

O Contato Lim_Hist é acionado quando o valor de SetPoint esta dentro da Histerresse, com isso é desligada a saída.

Always_On LIM_HIST

/

PID_DI

<D

50

SUB_DI

EN ENO 2.A

+50 IN1

PID_DI IN2

OUT AUX_8

DI_R MUL_R

2.A EN ENO EN ENO 2.B

AUX_8 IN OUT AUX_9 AUX_9 IN1

1.4 IN2

OUT

TRUNC

2.B EN ENO 2.C

AUX_10 AUX_10 IN OUT AUX_11 AUX_11

+30

ADD_DI DI_I

2.C EN ENO EN ENO

IN1

IN2

OUT AUX_12 AUX_12 IN OUT POT_OUT

Symbol Always_On

AUX_10

AUX_11

AUX_12 AUX_8

AUX_9

LIM_HIST

PID_DI

POT_OUT

Address SM0.0

VD84

VD88

VD92 VD76

VD80

M0.1

VD44

VW30

Comment Contato Sempre Ativo

Valor do AUX_9 multiplicado por 1,4

Valor do AUX_10 em Duplo Inteiro

Valor do AUX_11 somado 30 Valor de PID_DI subtraído de 50

Valor do AUX_8 em Real

Contato do Limite da Histeresse

Saída do PID em Duplo Inteiro

Valor da Potência Carregada nos Ventiladores

7 / 20

Page 89: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

88

TCC-GANGORRA / Rotina PID (SBR1)

Network 3 LÓGICA DE CONTROLE DO VENTILADOR 2

Quando o valor de saída do PID for maior que 50, a escala é convertida de 50-100 para 30-100. O Valor da saída do PID é subtraído de 50, depois multiplicado por 1,4 e somado com 30, o valor final é carregado na entrada dos ventiladores.

O Contato Lim_Hist é acionado quando o valor de SetPoint esta dentro da Histerresse, com isso é desligada a saída.

Always_On LIM_HIST

/

PID_DI

>D

50

SUB_DI

EN ENO 3.A

PID_DI IN1

+50 IN2

OUT AUX_13

DI_R MUL_R

3.A EN ENO EN ENO 3.B

AUX_13 IN OUT AUX_14 AUX_14 IN1

1.4 IN2

OUT

TRUNC

3.B EN ENO 3.C

AUX_15 AUX_15 IN OUT AUX_16 AUX_16

+30

ADD_DI DI_I

3.C EN ENO EN ENO

IN1

IN2

OUT AUX_17 AUX_17 IN OUT POT_OUT

Symbol Always_On

AUX_13

AUX_14

AUX_15 AUX_16

AUX_17

LIM_HIST

PID_DI

POT_OUT

Address SM0.0

VD96

VD100

VD104 VD108

VD112

M0.1

VD44

VW30

Comment Contato Sempre Ativo

Valor do PID subtraído de 50

Valor do AUX_13 em Real

Valor do AUX_14 multiplicado por 1,4 Valor do AUX_15 em Duplo Inteiro

Valor de AUX_16 somado 30

Contato do Limite da Histeresse

Saída do PID em Duplo Inteiro

Valor da Potência Carregada nos Ventiladores

8 / 20

Page 90: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

89

TCC-GANGORRA / Rotina PID (SBR1)

Network 4 POTÊNCIA DOS VENTILADORES

Para carregar a Potência nos Ventiladores a escala é alterada de 0-100 para 0-32000. Para isso, o valor de saída é multiplicado por 320.

Always_On I_DI DI_R

EN ENO EN ENO 4.A

POT_OUT IN OUT AUX_19 AUX_19 IN OUT

MUL_R

4.A EN ENO 4.B

AUX_20 AUX_20 IN1

320.0 IN2

OUT AUX_21 AUX_21

ROUND DI_I

4.B EN ENO EN ENO 4.C

IN OUT AUX_22 AUX_22 IN OUT POT_OUT_REAL

MOV_W

4.C EN ENO

POT_OUT_REAL IN OUT VENT_OUT

Symbol Always_On

AUX_19

AUX_20

AUX_21

AUX_22 POT_OUT

POT_OUT_REAL

VENT_OUT

Address SM0.0

VD120

VD124

VD128

VD132 VW30

VW20

AQW0

Comment Contato Sempre Ativo

Valor de Pot_Out em Duplo-Inteiro

Valor de Pot_Out em Real

Valor de Pot_Out multiplicado por 320

Valor da AUX_21 em Duplo inteiro Valor da Potência Carregada nos Ventiladores

Valor da Potência em escala de 0-32000

Saída Analógica para os Ventiladores

9 / 20

Page 91: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

90

TCC-GANGORRA / Rotina PID (SBR1)

Network 5 APLICAÇÃO DA HISTERESSE PARA O POSICIONAMENTO DOS VENTILADORES

Calcula a diferença entre o valor de Set Point e da Variável Controlada. Verifica se esta dentro dos Limites da Histerese, se estiver é carregado o valor zero na saída dos ventiladores e é desativada a logica de controle dos ventiladores.

Always_On SUB_R

EN ENO

AUX_18

>R

-2.0

AUX_18

<R

2.0

AUX_6 IN1

SP_IHM IN2

OUT AUX_18

5.A

LIM_HIST

MOV_W

5.A EN ENO

0 IN OUT VENT_OUT

Symbol Always_On

AUX_18

AUX_6

LIM_HIST

SP_IHM VENT_OUT

Network 6

Address SM0.0

VD116

VD36

M0.1

VD160 AQW0

Comment Contato Sempre Ativo

Diferença entre o valor do S.P e de V.C

Valor de AUX_5 multiplicado por 100

Contato do Limite da Histeresse

Valor do Set Point definido pela IHM Saída Analógica para os Ventiladores

ROTINA PARA ZERAR A INTEGRAL DO PID

Quando o sistema está estabilizado a chave LIM_HIST é acionada e através do bloco "move" o valor do SP é carregado em VC_ATUAL, com isso o bloco PID irá enxergar erro zero e irá parar a integração

Always_On LIM_HIST MOV_W

EN ENO

SET_POINT_I IN OUT VC_ATUAL

Symbol Always_On LIM_HIST

SET_POINT_I

VC_ATUAL

Address SM0.0 M0.1

VW40

VW10

Comment Contato Sempre Ativo Contato do Limite da Histeresse

Valor do Set Point em Inteiro

Valor da Variável Controlada Atual

10 / 20

Page 92: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

91

TCC-GANGORRA / Rotina ON OFF (SBR2)

Block: Author: Created:

Rotina ON OFF Alexandre de Souza 08/22/2009 11:27:26 am

Last Modified: 12/04/2009 05:59:33 pm

Symbol

EN

Var Type

IN

IN

IN_OUT

OUT

TEMP

Data Type

BOOL

Comment

CONTROLADOR ON-OFF

Network 1 DEFINICAO DO LIMITE SUPERIOR

O Limite Superior é definido através da Soma do Set-Point com o Valor de Histerese

Chave_ON_OFF EXT

/

ADD_I

EN ENO

SET_POINT_I IN1

HIST_ATUAL IN2

OUT LS

Symbol Chave_ON_OFF

EXT

HIST_ATUAL

LS SET_POINT_I

Network 2

Address V0.2

M0.2

VW70

MW10 VW40

Comment Acionamento do Controle ON/OFF

Extremo da Escala

Valor Atual da Histerese

Limite Superior Valor do Set Point em Inteiro

DEFINICAO DO LIMITE INFERIOR

O Limite Inferior é definido através da Subtração do Set-Point com o Valor de Histerese

Chave_ON_OFF EXT

/

SUB_I

EN ENO

SET_POINT_I IN1

HIST_ATUAL IN2

OUT LI

Symbol Chave_ON_OFF

EXT

HIST_ATUAL

LI

SET_POINT_I

Address V0.2

M0.2

VW70

MW20

VW40

Comment Acionamento do Controle ON/OFF

Extremo da Escala

Valor Atual da Histerese

Limite Inferior

Valor do Set Point em Inteiro

11 / 20

Page 93: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

92

TCC-GANGORRA / Rotina ON OFF (SBR2)

Network 3 LÓGICA DE ACIONAMENTO DO VENTILADOR 1

Compara se Variável Controlada é menor que LI (Limite Inferior) . Se for verdadeiro, reseta-se a contatora e carrega a potência máxima no Ventilador 1.

VC_ATUAL

<I

LI

K1

R

1

MOV_W

EN ENO

32000 IN OUT VENT_OUT

Symbol K1 LI

VC_ATUAL

VENT_OUT

Network 4

Address Q0.4 MW20

VW10

AQW0

Comment Saída da Contatora Limite Inferior

Valor da Variável Controlada Atual

Saída Analógica para os Ventiladores

LÓGICA DE ACIONAMENTO DO VENTILADOR 2

Compara se Variável Controlada é maior que LS (Limite Superior) . Se for verdadeiro, aciona-se a contatora e carrega a potência máxima no Ventilador 2.

VC_ATUAL

>I

LS

K1

S

1

MOV_W

EN ENO

32000 IN OUT VENT_OUT

Symbol K1

LS

VC_ATUAL

VENT_OUT

Network 5

Address Q0.4

MW10

VW10

AQW0

Comment Saída da Contatora

Limite Superior

Valor da Variável Controlada Atual

Saída Analógica para os Ventiladores

LÓGICA DE DESLIGAMENTO DOS VENTILADORES

Se VC estiver dentro dos limites da histerese, carrega-se zero na saída dos ventiladores.

VC_ATUAL

<I

LS

VC_ATUAL

>I

LI

MOV_W

EN ENO

0 IN OUT VENT_OUT

Symbol LI

LS

VC_ATUAL

VENT_OUT

Address MW20

MW10

VW10

AQW0

Comment Limite Inferior

Limite Superior

Valor da Variável Controlada Atual

Saída Analógica para os Ventiladores

12 / 20

Page 94: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

93

TCC-GANGORRA / Rotina ON OFF (SBR2)

Network 6 CORREÇÃO DO EXTREMO SUPERIOR DA ESCALA

Subtrai-se da Histerese o valor de 100 e carrega em AUX_25 Significa que SetPoint + Limite Superior é maior que 100. Então é carregado o valor de 100 no Limite Superior.

Chave_ON_OFF SUB_I

EN ENO

+100 IN1

HIST_ATUAL IN2

OUT AUX_25

Symbol AUX_25

Chave_ON_OFF

HIST_ATUAL

Network 7

Address VW80

V0.2

VW70

Comment Valor da HIsterese menos 100

Acionamento do Controle ON/OFF

Valor Atual da Histerese

Se AUX_25 for igual ou maior ao Set Point. Significa que SetPoint + Limite Superior é maior que 100. Então é carregado o valor de 100 no Limite Superior.

SET_POINT_I

>=I

AUX_25

EXT

S

1

MOV_W

EN ENO

100 IN OUT LS

Symbol AUX_25

EXT

LS

SET_POINT_I

Network 8

Address VW80

M0.2

MW10

VW40

Comment Valor da HIsterese menos 100

Extremo da Escala

Limite Superior

Valor do Set Point em Inteiro

CORREÇÃO DO EXTREMO INFERIOR DA ESCALA

Se o valor do Set Point for menor que a histerese, então é carregado zero no Limite Inferior

SET_POINT_I

<=I

HIST_ATUAL

EXT

R

1

MOV_W

EN ENO

0 IN OUT LI

Symbol EXT

HIST_ATUAL

LI

SET_POINT_I

Address M0.2

VW70

MW20

VW40

Comment Extremo da Escala

Valor Atual da Histerese

Limite Inferior

Valor do Set Point em Inteiro

13 / 20

Page 95: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

94

TCC-GANGORRA / PID0_INIT (SBR4)

Block: Author: Created:

PID0_INIT 09/24/2009 08:22:36 pm

Last Modified: 09/24/2009 08:22:36 pm

LW0

LD2

Symbol

EN

PV_I

Setpoint_R

LW6 Output

LD8

LD12

Tmp_DI

Tmp_R

Var Type

IN

IN

IN

IN

IN_OUT

OUT

OUT

TEMP

TEMP

TEMP

Data Type

BOOL

INT

REAL

Comment

Process Variable Input: Range 0 to 100

Setpoint Input: Range 0.0 to 100.0

INT PID Output: Range 0 to 100

DWORD

REAL

This POU was created by the PID formula of the S7-200 Instruction Wizard. To enable this configuration within the program, use SM0.0 to call this Subroutine from the MAIN program block every scan

cycle. This code configures PID 0. See DB1 for the PID loop variable table starting at VB204. This subroutine initializes the

variables used by the PID control logic and starts the PID Interrupt "PID_EXE" routine. The PID interrupt routine is called

cyclically based on the PID sample time. For a complete description of the PID instruction see the S7-200 System Manual.

Note:When the PID is in manual mode the output should be controlled by writing a normalized value(0.00 to 1.00) to the Manual Output parameter instead of changing the output directly. This will automatically provide a bumpless transfer when

the PID is returned to automatic mode.

14 / 20

Page 96: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

95

TCC-GANGORRA / PID_EXE (INT0)

Block: Author: Created:

PID_EXE 12/04/2009 12:33:23 pm

Last Modified: 12/04/2009 12:33:23 pm

Symbol Var Type

TEMP

TEMP

TEMP

TEMP

Data Type Comment

This POU was created by the PID formula of the S7-200 Instruction Wizard. This interrupt routine implements Timed Interrupt for PID execution. This interrupt routine was attached in subroutine

"PID1_INIT".

15 / 20

Page 97: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

96

TCC-GANGORRA / Auxiliares

Symbol

AUX_1

AUX_2

AUX_3

AUX_4

AUX_5

AUX_6

AUX_7

AUX_8

AUX_9

AUX_10

AUX_11

AUX_12

AUX_13

AUX_14

AUX_15

AUX_16

AUX_17

AUX_18

AUX_19

AUX_20

AUX_21

AUX_22

AUX_23

AUX_24

SP_IHM

AUX_25

Address

VD8

VD12

VD16

VD24

VD32

VD36

VD40

VD76

VD80

VD84

VD88

VD92

VD96

VD100

VD104

VD108

VD112

VD116

VD120

VD124

VD128

VD132

VD136

VD140

VD160

VW80

Comment

Valor do SP dividido por 32760

Valor do AUX_1 multiplicado por 100

Valor do AUX_2 em Duplo Inteiro

Valor de VC em Duplo Inteiro

Valor de VC_R dividido por 32000

Valor de AUX_5 multiplicado por 100

Valor de AUX_6 em Duplo Inteiro

Valor de PID_DI subtraído de 50

Valor do AUX_8 em Real

Valor do AUX_9 multiplicado por 1,4

Valor do AUX_10 em Duplo Inteiro

Valor do AUX_11 somado 30

Valor do PID subtraído de 50

Valor do AUX_13 em Real

Valor do AUX_14 multiplicado por 1,4

Valor do AUX_15 em Duplo Inteiro

Valor de AUX_16 somado 30

Diferença entre o valor do S.P e de V.C

Valor de Pot_Out em Duplo-Inteiro

Valor de Pot_Out em Real

Valor de Pot_Out multiplicado por 320

Valor da AUX_21 em Duplo inteiro

Valor de SP_IHM em Real

Valor de SP_IHM em Duplo Inteiro

Valor do Set Point definido pela IHM

Valor da HIsterese menos 100

16 / 20

Page 98: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

97

TCC-GANGORRA / PID

Symbol

SP_R

VC_LIDO

VENT_OUT

LIM_HIST

K1

Always_On

Chave_PID

SET_POINT

VC_R

PID_DI

VC_ATUAL

PID_OUT

POT_OUT_REAL

POT_OUT

Address

VD200

AIW2

AQW0

M0.1

Q0.4

SM0.0

V0.1

VD20

VD28

VD44

VW10

VW12

VW20

VW30

Comment

Valor do Set Point Atual

Valor da Leitura da Variável Controlada

Saída Analógica para os Ventiladores

Contato do Limite da Histeresse

Saída da Contatora

Contato Sempre Ativo

Chave de Acionamento da Lógica do PID

Valor do Set Point Atual

Valor da Leitura da Variável Controlada - Real

Saída do PID em Duplo Inteiro

Valor da Variável Controlada Atual

Saída do PID

Valor da Potência em escala de 0-32000

Valor da Potência Carregada nos Ventiladores

17 / 20

Page 99: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

98

TCC-GANGORRA / ON/OFF

Symbol

Chave_ON_OFF

HISTERESE_IHM

SET_POINT_I

LS

EXT

LI

HIST_ATUAL

Address

V0.2

VW60

VW40

MW10

M0.2

MW20

VW70

Comment

Acionamento do Controle ON/OFF

Valor da Histerese - IHM

Valor do Set Point em Inteiro

Limite Superior

Extremo da Escala

Limite Inferior

Valor Atual da Histerese

18 / 20

Page 100: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

99

TCC-GANGORRA / POU Symbols

Symbol

Variáveis

Rotina PID

Rotina ON OFF

PID0_INIT

PID_EXE

Principal

Address

SBR0

SBR1

SBR2

SBR4

INT0

OB1

Comment

LEITURA E CONVERSÃO DAS VARIÁVEIS

LÓGICA DE CONTROLE DOS VENTIADORES

CONTROLADOR ON-OFF

This POU was created by the PID formula of the S7-200 Instruction Wizard.

This POU was created by the PID formula of the S7-200 Instruction Wizard.

PROGRAMA PRINCIPAL

19 / 20

Page 101: Implantação da Interface Homem-Máquina Siemens TP 177A no Laboratório de Controle e Automação

TCC-GANGORRA / PID0_SYM

Symbol

PID0_D_Counter

PID0_D_Time

PID0_I_Time

PID0_SampleTime

PID0_Gain

PID0_Output

PID0_SP

PID0_PV

PID0_Table

Address

VW284

VD228

VD224

VD220

VD216

VD212

VD208

VD204

VB204

Comment

Derivative Time

Integral Time

Sample Time (To modify, rerun the PID Wizard)

Loop Gain

Calculated, Normalized Loop Output

Normalized Process Setpoint

Normalized Process Variable

Loop Table Starting address for PID 0

20 / 20