imobiliario30-1-13

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| Quarta-feira, 30 de janeiro de 2013 | O mérito empresarial Artigo Adelino Venturi A nossa principal entidade da sociedade civil organizada, de São José dos Pinhais, a Aciap, respira ares de modernidade. A nova diretoria - comanda- da pelos empresários e compa- nheiros Adriano Derinievicz e seu vice Luiz Cesar Schilipake - se mostra inovadora. Tem como marca a inovação, que não se in- sere apenas nas áreas da produ- ção industrial. A inovação é um conceito amplo e abrange, antes de tudo é a visão estratégica de uma empresa, de uma entidade e da própria sociedade. Vivemos um tempo de reno- vação, de sangue novo injetado em todos os sistemas que impul- sionam a nossa sociedade, inclu- sive na área política. A posse da nova diretoria - que vai administrar a Aciap até 2014 - foi um momento de ex- pressão desse novo tempo. É importante reproduzir al- guns temas desse momento, em particular as afirmações do nos- so presidente Adriano. Ele disse de maneira objetiva que "um dos grandes objetivos é apresentar nas comemorações do cinquentenário o projeto de um novo prédio da associação que tra- rá mais estrutura aos serviços dos associados e comunidade". Segundo Adriano, muitos pro- jetos deste ano serão direcionados ao ano que vem, quando a Aciap completa 50 anos. E mais. Todas as ações serão orientadas pela filosofia do asso- ciativismo - que, tradicionalmen- te, muito se fala e pouco se prati- ca. Isto é deveras importante. O associativismo demanda se compreender que uma entidade não pertence a um ou mais diri- gentes ou membros influentes. Ela é um todo; uma grande col- méia onde todos têm uma fun- ção. É com esse espírito que a nova geração de dirigentes da Aciap as- sume a responsabilidade de proje- tar institucionalmente um dos mais modernos centros empresa- riais do país. São José dos Pinhais é hoje a expressão da modernidade brasilei- ra fora do eixo do tradicionalismo e do conservadorismo, as federações paulistas que se autodenominam "território econômico" do país. São José dos Pinhais é um dos centros que lideram o empreen- dedorismo e a produção sustenta- da pelos avanços tecnológicos na chamada nova fronteira do desen- volvimento do país. Por aí se mede a importância da nossa entidade nesse contexto institucional, de representação de todos os segmentos - agricultura, indústria, comércio e serviços - da economia local e regional. O presidente Adriano agrade- ceu o apoio dos diretores, parcei- ros e representantes do poder público e acrescentou: "São estas parcerias que vão gerar o futuro Instituto Aciap e o futuro Ob- servatório Social. Em curto pra- zo, vamos reinaugurar o Centro de Negócios da Aciap no Aeropor- to Internacional Afonso Pena". O evento foi prestigiado pelo vice-prefeito Antonio Fenelon (Toninho da Farmácia), que repre- sentou o prefeito Luiz Carlos Setim; o secretário municipal de Indústria, Comércio e Turismo, Valdir Furlan; atuais e ex-direto- res da entidade; coordenadores das câmaras setoriais e do Con- selho Deliberativo da Aciap; ve- reador Tadeu Camargo, que repre- sentou a Câmara Municipal; pre- sidente da Subseção São José dos Pinhais da OAB-PR, Vanderlei Mühlstedt; representantes de clubes de serviço, Polícia Militar; imprensa; entre outros segmen- tos. Adelino Venturi é professor, empresário e membro do Conselho Deliberativo da Associação Comercial, Industrial, Agrícola e de Prestação de Serviço (Aciap), de São José dos Pinhais Como anda o mercado imobiliário no mundo? A evolução nos últimos anos, os efeitos da crise e as pers- pectivas daqui para frente em três mercados imobiliários dis- tintos que, de alguma forma, acabam se relacionando. Foi o que empresários de diversos segmentos conferiram no en- contro “Perspectivas Imobiliá- rias Mundiais”, quando foi apre- sentada a situação dos merca- dos brasileiro, norte-americano e europeu. Realizado pela Brum e Ad- vogados Associados, o evento aconteceu no último dia 1º de abril, no Hotel Senac-Ilha do Boi, em Vitória, e foi o primeiro de uma série que vai abordar, entre outros temas, os reflexos da economia na construção ci- vil sustentável. Na primeira palestra, o dire- tor-presidente da Galwan, José Luís Galvêas, também diretor do Sindicato da Indústria da Cons- trução Civil do Espírito Santo (Sinduscon), falou sobre as pers- pectivas no Brasil, principal- mente com o Pacote da Habita- ção, recém-lançado pelo gover- no federal. “É um estímulo para o em- presariado e representa um in- cremento muito grande na movimentação do mercado. Com imóveis voltados para quem ganha até 10 salários mí- nimos, injeta-se dinheiro na economia, refletindo em todos os segmentos”, afirmou. Ele ressaltou que a regula- mentação dos financiamentos no País impede a formação de uma bolha imobiliária, como aconteceu nos Estados Unidos. “Estamos em uma situação ma- dura, de mercado extremamen- te competitivo e regulamenta- do” acrescentou. Galvêas ressaltou que há perspectivas positivas no mer- cado interno para o setor de ro- chas, mas deu o alerta. “O pro- duto industrializado ainda tem mais agressividade em vendas e marketing. É preciso que as em- presas de granito busquem essa competividade”, aconselha. INCENTIVOS PARA RECUPERAÇÃO NOS EUA A empresária brasileira Pa- trícia Brum, radicada nos Esta- dos Unidos, detalhou todo o efeito dominó da bolha imobi- liária, desde o “sonho america- no” de cada família ter uma casa espaçosa, com dois carros na ga- ragem”, às facilidades para a compra do imóvel, passando pelas hipotecas e chegando à inadimplência. Patrícia, que também é mem- bro do Marble Institute of América (MIA), observou que o setor de rochas acompanhou tanto o pico como a queda des- se mercado, a partir de 2007, e explicou também os efeitos do plano de resgate da economia proposto pelo presidente nor- teamericano Barack Obama, da ordem de US$ 10,5 trilhões. Entre as ações, estão a redu- ção de impostos e mais crédito para quem compra a primeira casa. Também serão investidos US$ 787 bilhões em obras de infraestrutura e o benefício do seguro desemprego foi estendido. Por enquanto, segundo ela, as construções foram paralisa- das, exceto de apartamentos para aluguel. Por outro lado, não é impossível comprar um imó- vel nos EUA hoje, mesmo por- que os preços estão baixos. “Um casal jovem consegue comprar sua casa, desde que comprove renda e faça um de- pósito de entrada, por exemplo. E ainda recebe como incentivo a devolução de parte do valor pa- go no imposto de renda”, disse. Brasil na mira dos europeus O empresário espanhol Al- fonso Sevillano, que atua no setor imobiliário, falou sobre os efeitos da crise e as mudanças no mercado europeu. Segundo ele, no verão de 2007, foram investidos cerca de 64 bilhões de euros no setor. No último tri- mestre de 2008, o valor caiu para cerca de 18,5 bilhões de euros. Sevillano observou que, com o superávit imobiliário que atingiu a Espanha nos últimos anos, gerando um esgotamento do mercado residencial, por exemplo, muitas empresas da- quele país estão buscando inves- timentos na América Latina, principalmente no Brasil. Um termômetro apresenta- do foi uma pesquisa realizada no último trimestre de 2008, com mais de 800 diretores de empre- sas do ramo imobiliário e de fun- dos de investimentos, com a in- tenção de conhecer suas expec- tativas quanto ao futuro do se- tor imobiliário na Europa. Cerca de 49% dos entrevis- tados afirmaram acreditar que o mercado deve se ajustar em dois ou três anos. Outros 30,5% acreditam que a situação deve de organizar em mais de três anos. Além disso, 38% demons- traram interesse em investir na América Latina e 38,6% afirma- ram que um dos fatores que mais preocupa ao investir em um novo mercado é o desconheci- mento do mesmo.

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| Quarta-feira, 30 de janeiro de 2013 |

O mérito empresarialArtigo

Adelino Venturi

A nossa principal entidade dasociedade civil organizada, de SãoJosé dos Pinhais, a Aciap, respiraares de modernidade.

A nova diretoria - comanda-da pelos empresários e compa-nheiros Adriano Derinievicz e seuvice Luiz Cesar Schilipake - semostra inovadora. Tem comomarca a inovação, que não se in-sere apenas nas áreas da produ-ção industrial. A inovação é umconceito amplo e abrange, antesde tudo é a visão estratégica deuma empresa, de uma entidadee da própria sociedade.

Vivemos um tempo de reno-vação, de sangue novo injetadoem todos os sistemas que impul-sionam a nossa sociedade, inclu-sive na área política.

A posse da nova diretoria -que vai administrar a Aciap até2014 - foi um momento de ex-pressão desse novo tempo.

É importante reproduzir al-guns temas desse momento, emparticular as afirmações do nos-so presidente Adriano.

Ele disse de maneira objetivaque "um dos grandes objetivos éapresentar nas comemorações docinquentenário o projeto de umnovo prédio da associação que tra-rá mais estrutura aos serviços dosassociados e comunidade".

Segundo Adriano, muitos pro-jetos deste ano serão direcionadosao ano que vem, quando a Aciapcompleta 50 anos.

E mais. Todas as ações serãoorientadas pela filosofia do asso-ciativismo - que, tradicionalmen-te, muito se fala e pouco se prati-ca.

Isto é deveras importante.O associativismo demanda se

compreender que uma entidadenão pertence a um ou mais diri-gentes ou membros influentes.Ela é um todo; uma grande col-méia onde todos têm uma fun-ção. É com esse espírito que a novageração de dirigentes da Aciap as-sume a responsabilidade de proje-tar institucionalmente um dosmais modernos centros empresa-riais do país.

São José dos Pinhais é hoje aexpressão da modernidade brasilei-ra fora do eixo do tradicionalismo edo conservadorismo, as federaçõespaulistas que se autodenominam"território econômico" do país.

São José dos Pinhais é um doscentros que lideram o empreen-dedorismo e a produção sustenta-da pelos avanços tecnológicos nachamada nova fronteira do desen-volvimento do país.

Por aí se mede a importânciada nossa entidade nesse contextoinstitucional, de representação detodos os segmentos - agricultura,

indústria, comércio e serviços - daeconomia local e regional.

O presidente Adriano agrade-ceu o apoio dos diretores, parcei-ros e representantes do poderpúblico e acrescentou: "São estasparcerias que vão gerar o futuroInstituto Aciap e o futuro Ob-servatório Social. Em curto pra-zo, vamos reinaugurar o Centrode Negócios da Aciap no Aeropor-to Internacional Afonso Pena".

O evento foi prestigiado pelovice-prefeito Antonio Fenelon(Toninho da Farmácia), que repre-sentou o prefeito Luiz CarlosSetim; o secretário municipal deIndústria, Comércio e Turismo,Valdir Furlan; atuais e ex-direto-res da entidade; coordenadoresdas câmaras setoriais e do Con-selho Deliberativo da Aciap; ve-reador Tadeu Camargo, que repre-sentou a Câmara Municipal; pre-sidente da Subseção São José dosPinhais da OAB-PR, VanderleiMühlstedt; representantes declubes de serviço, Polícia Militar;imprensa; entre outros segmen-tos.

Adelino Venturi é professor,empresário e membro do

Conselho Deliberativo daAssociação Comercial,

Industrial, Agrícola e dePrestação de Serviço (Aciap),

de São José dos Pinhais

Como anda o mercadoimobiliário no mundo?

A evolução nos últimosanos, os efeitos da crise e as pers-pectivas daqui para frente emtrês mercados imobiliários dis-tintos que, de alguma forma,acabam se relacionando. Foi oque empresários de diversossegmentos conferiram no en-contro “Perspectivas Imobiliá-rias Mundiais”, quando foi apre-sentada a situação dos merca-dos brasileiro, norte-americanoe europeu.

Realizado pela Brum e Ad-vogados Associados, o eventoaconteceu no último dia 1º deabril, no Hotel Senac-Ilha doBoi, em Vitória, e foi o primeirode uma série que vai abordar,entre outros temas, os reflexosda economia na construção ci-vil sustentável.

Na primeira palestra, o dire-tor-presidente da Galwan, JoséLuís Galvêas, também diretor doSindicato da Indústria da Cons-trução Civil do Espírito Santo(Sinduscon), falou sobre as pers-pectivas no Brasil, principal-mente com o Pacote da Habita-ção, recém-lançado pelo gover-no federal.

“É um estímulo para o em-presariado e representa um in-cremento muito grande namovimentação do mercado.Com imóveis voltados paraquem ganha até 10 salários mí-nimos, injeta-se dinheiro naeconomia, refletindo em todosos segmentos”, afirmou.

Ele ressaltou que a regula-mentação dos financiamentosno País impede a formação deuma bolha imobiliária, comoaconteceu nos Estados Unidos.“Estamos em uma situação ma-dura, de mercado extremamen-te competitivo e regulamenta-do” acrescentou.

Galvêas ressaltou que háperspectivas positivas no mer-cado interno para o setor de ro-chas, mas deu o alerta. “O pro-duto industrializado ainda temmais agressividade em vendas emarketing. É preciso que as em-presas de granito busquem essacompetividade”, aconselha.

INCENTIVOS PARARECUPERAÇÃO NOS EUA

A empresária brasileira Pa-trícia Brum, radicada nos Esta-dos Unidos, detalhou todo oefeito dominó da bolha imobi-liária, desde o “sonho america-no” de cada família ter uma casaespaçosa, com dois carros na ga-ragem”, às facilidades para acompra do imóvel, passandopelas hipotecas e chegando àinadimplência.

Patrícia, que também é mem-bro do Marble Institute ofAmérica (MIA), observou queo setor de rochas acompanhoutanto o pico como a queda des-se mercado, a partir de 2007, eexplicou também os efeitos doplano de resgate da economiaproposto pelo presidente nor-teamericano Barack Obama, daordem de US$ 10,5 trilhões.

Entre as ações, estão a redu-ção de impostos e mais créditopara quem compra a primeiracasa. Também serão investidosUS$ 787 bilhões em obras deinfraestrutura e o benefício doseguro desemprego foi estendido.

Por enquanto, segundo ela,as construções foram paralisa-das, exceto de apartamentospara aluguel. Por outro lado, nãoé impossível comprar um imó-vel nos EUA hoje, mesmo por-que os preços estão baixos.

“Um casal jovem conseguecomprar sua casa, desde quecomprove renda e faça um de-pósito de entrada, por exemplo.E ainda recebe como incentivoa devolução de parte do valor pa-

go no imposto de renda”, disse.Brasil na mira dos europeusO empresário espanhol Al-

fonso Sevillano, que atua nosetor imobiliário, falou sobre osefeitos da crise e as mudançasno mercado europeu. Segundoele, no verão de 2007, foraminvestidos cerca de 64 bilhõesde euros no setor. No último tri-mestre de 2008, o valor caiupara cerca de 18,5 bilhões deeuros.

Sevillano observou que,com o superávit imobiliário queatingiu a Espanha nos últimosanos, gerando um esgotamentodo mercado residencial, porexemplo, muitas empresas da-quele país estão buscando inves-timentos na América Latina,principalmente no Brasil.

Um termômetro apresenta-do foi uma pesquisa realizada noúltimo trimestre de 2008, commais de 800 diretores de empre-sas do ramo imobiliário e de fun-dos de investimentos, com a in-tenção de conhecer suas expec-tativas quanto ao futuro do se-tor imobiliário na Europa.

Cerca de 49% dos entrevis-tados afirmaram acreditar queo mercado deve se ajustar emdois ou três anos. Outros 30,5%acreditam que a situação devede organizar em mais de trêsanos. Além disso, 38% demons-traram interesse em investir naAmérica Latina e 38,6% afirma-ram que um dos fatores que maispreocupa ao investir em umnovo mercado é o desconheci-mento do mesmo.

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