ilma. sra. pregoeira pollyana guerra e cÁssia … · hapvida assistÊncia mÉdica ltda., pessoa...

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Diretoria de Licitações | Fone: (85) 3255 9071 | Fax: (85) 3255 9050 ILMA. SRA. PREGOEIRA POLLYANA GUERRA E CÁSSIA COUTINHO DA SILVA E EQUIPE DE APOIO DA COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO DO SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL DEPARTAMENTO REGIONAL DE PERNAMBUCO E DO SERVIÇO NACIONAL DA INDUSTRIA EM PERNAMBUCO SESI PE. PREGÃO PRESENCIAL N°004/2016. TIPO DE LICITAÇÃO: MENOR PREÇO POR FAIXA ETÁRIA MENSAL. HAPVIDA ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA., pessoa jurídica de Direito Privado, inscrita no CNPJ n° 63.554.067/0001-98, com sede em Fortaleza, Estado do Ceará, situada na Avenida Heráclito Graça, nº 406, 2° Andar, Bairro: Centro, futura participante da licitação em epígrafe, vem por intermédio de sua representante infra firmada, apresentar PEDIDO DE IMPUGNAÇÃO ao Instrumento Convocatório n°004/2016, com fulcro no item 8.1 do edital, pelos fatos e fundamentos aduzidos.

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Diretoria de Licitações | Fone: (85) 3255 9071 | Fax: (85) 3255 9050

ILMA. SRA. PREGOEIRA POLLYANA GUERRA E CÁSSIA COUTINHO DA SILVA E

EQUIPE DE APOIO DA COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO DO SERVIÇO

NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – DEPARTAMENTO REGIONAL

DE PERNAMBUCO E DO SERVIÇO NACIONAL DA INDUSTRIA EM

PERNAMBUCO – SESI – PE.

PREGÃO PRESENCIAL N°004/2016.

TIPO DE LICITAÇÃO: MENOR PREÇO POR FAIXA ETÁRIA MENSAL.

HAPVIDA ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA., pessoa jurídica de

Direito Privado, inscrita no CNPJ n° 63.554.067/0001-98, com sede em Fortaleza, Estado do

Ceará, situada na Avenida Heráclito Graça, nº 406, 2° Andar, Bairro: Centro, futura participante

da licitação em epígrafe, vem por intermédio de sua representante infra firmada, apresentar

PEDIDO DE IMPUGNAÇÃO ao Instrumento Convocatório n°004/2016, com fulcro no item

8.1 do edital, pelos fatos e fundamentos aduzidos.

Diretoria de Licitações | Fone: (85) 3255 9071 | Fax: (85) 3255 9050

INTRÓITO

Cumpre estabelecer, inicialmente, que a Licitação é um procedimento administrativo

prévio a todos os contratos da Administração, devendo tal procedimento ser a regra e não a

exceção. Encontrando, fundamentação legal no art.37, inciso XXI da Carta Magna. Ressalta-se,

que o objetivo da licitação é a busca da proposta mais vantajosa dentre as apresentadas por

aqueles que desejam contratar com o Poder Público, bem como garantir a isonomia das

contratações públicas.

A modalidade ora escolhida para a realização deste certame foi o Pregão Presencial com

o escopo de ampliar a competitividade e consequentemente aumentar as oportunidades de

participação e ter como resultado a redução de despesas contratando com quem oferecer a

proposta mais vantajosa que atenda aos anseios desejados.

Nos ensinamentos do Doutrinador Jorge Ulisses Jacob, “Pregão é o procedimento

administrativo por meio do qual a Administração Pública, garantindo a isonomia, seleciona

fornecedor ou prestador de serviço, visando à execução de objeto comum no mercado,

permitindo aos licitantes, em sessão pública, reduzir o valor da proposta por meio de lances

verbais e sucessivos.”.

No mesmo sentido, o Ministro Relator Eros Grau menciona na ADI 3070/RN:

“(...) 3. A licitação é um procedimento que visa à satisfação

do interesse público, pautando-se pelo Princípio da Isonomia.

Está voltada a um duplo objetivo: o de proporcionar à

Administração a possibilidade de realizar o negócio mais

vantajoso - o melhor negócio - e o de assegurar aos

administrados a oportunidade de concorrerem em igualdades

condições, a contratação pretendida pela Administração (...).

A função de licitar é a de viabilizar, através da mais ampla

disputa , envolvendo o maior número possível de agentes

Diretoria de Licitações | Fone: (85) 3255 9071 | Fax: (85) 3255 9050

econômicos capacitados, a satisfação do interesse

público.(...).”

Por essas razões faz-se necessário que as alegações aqui expostas sejam analisadas,

processadas e sejam dadas publicidade. Caso, as mesmas não sejam acolhidas, que sejam

motivadamente respondidas, com observância ao Direito Constitucional de Petição, disposto na

Carta Magna. Assim, vale mencionar os ensinamentos do doutrinador José Afonso da Silva.

Vejamos:

"É importante frisar que o direito de petição não pode ser

destituído de eficácia. Não pode a autoridade a que é dirigido

escusar-se de pronunciar sobre a petição, quer para acolhê-la

quer para desacolhê-la com a devida motivação.”

DA TEMPESTIVIDADE DO PEDIDO DE IMPUGNAÇÃO

O Pedido de Impugnação, ora apresentado, é cabível por estar em consonância com a

legislação pertinente à matéria e tempestivo com fulcro no item 8 do Edital.

É cediço, que o prazo para o Pedido de Impugnação é de até o segundo dia útil que

antecede a abertura dos envelopes de habilitação, ou seja, dois dias úteis antes da data fixada

para a abertura do Certame.

Conforme o ensinamento do Doutrinador Jorge Ulisses Jacoby, orienta que: “A contagem

do prazo para a impugnação se faz com a observância da regra geral do art.110 da Lei Federal nº

8.666/93, tendo por termo inicial a data estabelecida para o da apresentação da proposta”.

No caso apresentado, a data de abertura do referido certame está marcada para o dia

20/06/2016.

Logo, o referente Pedido de Impugnação é TEMPESTIVO, devendo ser apreciado.

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DAS RAZÕES DA IMPUGNAÇÃO

1. DA EXIGÊNCIA DE REDE CREDENCIADA DA LICITANTE

Prevê o Edital no item 8. DOS LOCAIS DE ATENDIMENTO – ANEXO III as seguintes

exigências de apresentação de rede, vejamos:

8.1 Os SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICO

AMBULATORIAL COM OBSTETRÍCIA,

deverão ter cobertura mínima obrigatória, nas localidades

abaixo relacionadas, sem prejuízo do atendimento para

urgências e emergências em todo território nacional:

8.1.1 O licitante deverá apresentar junto a sua proposta

comercial, a comprovação de que possui em sua rede

própria, credenciada ou conveniada pelo menos

600(seiscentos) médicos, no Recife e região metropolitana,

não podendo contar mais de uma vez aquele que possui mais

de uma especialidade. Esta comprovação deverá ser

apresentada impressa em mídia digital (CD ou DVD)

RECIFE E REGIÃO METROPOLITANA

Recife

O Convênio Médico deverá apresentar credenciamento de

no mínimo:

10 médicos por especialidade em Cardiologia,

Oftalmologia, Clínica Médica, Ginecologia/Obstetrícia e

Pediatria, não podendo contar mais de uma vez aquele que

possui mais de uma especialidade.

04 médicos por especialidade em Neurologia, Psiquiatria,

Otorrinolaringologia, Oncologia, Urologia e Ortopedia, não

podendo contar mais de uma vez aquele que possui mais de

uma especialidade.

04 Psicólogos.

03 redes de laboratórios de grupos empresariais diferentes

que realizem exames de diagnósticos – análises clínicas,

exames de alta complexidade e medicina nuclear.

03 hospitais, sendo um com no mínimo, 150 (cento e

cinquenta) leitos e pelo menos 30 (trinta) leitos de UTI e dois

hospitais com no mínimo 100 (cem) leitos cada, sob pena de

desclassificação, e que o conjuntamente atendam as

especialidades de Cardiologia, Otorrinolaringologia, Clínica

Médica, Ginecologia/Obstetrícia, Pediatria, Neurologia e

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Ortopedia, com atendimento de urgência, emergência e

cirurgias, mesmo que o atendimento se dê em espaços

físicos distintos e por serviço de sobre aviso. A verificação

dos atributos do hospital poderá ser feita pelo site do CNES –

Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde do

Ministério da Saúde, ou presencialmente através de

diligência.

Ao menos 1 hospital credenciado com cobertura para

obstetrícia com UTI Neonatal.

A escolha do prestador de serviços deverá ser facultada

aousuário em rede própria, credenciada, cooperada ou

conveniada, sem obrigatoriedade de encaminhamento pela

operadora de saúde.

Olinda

O Convênio Médico deverá apresentar credenciamento de no

mínimo:

03 médicos por especialidade em Cardiologia, Clínica

Médica, Oftalmologia, Ginecologia/Obstetrícia e Pediatria,

não podendo contar mais de uma vez aquele que possui mais

de uma especialidade.

02 redes de laboratório de grupos empresariais diferentes

que realize, em conjunto ou separadamente, todos os exames

de diagnósticos e análises clínicas.

01 hospital com no mínimo 110 (cento e dez) leitos, sob

pena de desclassificação, que atenda as especialidades de

Cardiologia, Clínica Médica, Pediatria e Ortopedia, com

atendimento de urgência, emergência e cirurgias, mesmo que

o atendimento se dê em espaços físicos distintos

e por serviço de sobreaviso. A verificação dos atributos do

hospital poderá ser feita pelo site do CNES – Cadastro

Nacional de Estabelecimentos de Saúde do Ministério da

Saúde, ou presencialmente através de diligência.

A escolha do prestador de serviços deverá ser facultada ao

usuário em rede própria, credenciada, cooperada ou

conveniada, sem obrigatoriedade de encaminhamento pela

operadora de saúde.

Jaboatão dos Guararapes:

O Convênio Médico deverá apresentar credenciamento de no

mínimo:

03 médicos por especialidade em Cardiologia, Clínica

Médica, Oftalmologia, Ginecologia/Obstetrícia e Pediatria,

Diretoria de Licitações | Fone: (85) 3255 9071 | Fax: (85) 3255 9050

não podendo contar mais de uma vez aquele que possui mais

de uma especialidade.

02 laboratórios de grupos empresariais diferentes que

realize em conjunto ou separadamente, todos os exames de

diagnósticos – análises clínicas.

01 hospital para atendimento de urgência e emergência

adulto e pediátrico.

A escolha do prestador de serviços deverá ser facultada ao

usuário em rede própria, credenciada, cooperada ou

conveniada, sem obrigatoriedade de encaminhamento pela

operadora de saúde.

Cabo de Santo Agostinho:

O Convênio Médico deverá apresentar credenciamento de no

mínimo:

02 médicos por especialidade em Cardiologia, Clínica

Médica, Ginecologia/Obstetrícia e Pediatria, não podendo

contar mais de uma vez aquele que possui mais de uma

especialidade.

01 laboratório que realize em conjunto ou separadamente,

todos os exames de diagnósticos –

análises clínicas.

01 hospital que atenda urgência e emergência.

A escolha do prestador de serviços deverá ser facultada ao

usuário em rede própria, credenciada, cooperada ou

conveniada, sem obrigatoriedade de encaminhamento pela

operadora de saúde.

CIDADES DO INTERIOR

Caruaru:

O Convênio Médico deverá apresentar credenciamento de no

mínimo:

03 médicos por especialidade em Cardiologia, Clínica

Médica, Oftalmologia, Otorrinolaringologia,

Ginecologia/Obstetrícia e Pediatria não podendo contar mais

e uma vez aquele que possui mais de uma especialidade .

01 médico por especialidade em Neurologia, Oncologia,

Urologia, Psiquiatria (conforme item 4.1.6.1)e Ortopedia, não

podendo contar mais de uma vez aquele que possui mais de

uma especialidade .

01 laboratório que realize em conjunto ou separadamente,

todos os exames de diagnósticos – análises clínicas.

Diretoria de Licitações | Fone: (85) 3255 9071 | Fax: (85) 3255 9050

01 hospital para atendimento o de urgência e emergência

adulto e pediátrico e cirurgia.

A escolha do prestador de serviços deverá ser facultada ao

usuário em rede própria, credenciada, cooperada ou

conveniada, sem obrigatoriedade de encaminhamento pela

operadora de saúde.

Garanhuns:

O Convênio Médico deverá apresentar credenciamento de no

mínimo:

01 médico por especialidade em Cardiologia, Ortopedia,

Clínica Médica, Oftalmologia, Ginecologia/Obstetrícia e

Pediatria, não podendo contar mais de uma vez aquele que

possui mais de uma especialidade

01 laboratório que realize exames de diagnósticos –

análises clínicas.

01 hospital para atendimento de urgência e emergência

adulto e pediátrico e cirurgias eletivas e de urgência.

A escolha do prestador de serviços deverá ser facultada ao

usuário em rede própria, credenciada, cooperada ou

conveniada, sem obrigatoriedade de encaminhamento pela

operadora de saúde.

Petrolina:

O Convênio Médico deverá apresentar credenciamento de no

mínimo:

03 médicos por especialidade em Cardiologia, Clínica

Médica, Ortopedia, Psiquiatria (conforme item 4.1.6.1),

Oftalmologia, Ginecologia/Obstetrícia e Pediatria, não

podendo contar mais de uma vez aquele que possui mais de

uma especialidade.

01 laboratório que realize em conjunto ou separadamente,

todos os exames de diagnósticos – análises clínicas.

01 hospital para atendimento de urgência e emergência

adulto e pediátrico e cirurgias eletivas e de urgência.

A escolha do prestador de serviços deverá ser facultada ao

usuário em rede própria, credenciada, cooperada ou

conveniada, sem obrigatoriedade de encaminhamento pela

operadora de saúde.

Araripina:

O Convênio Médico deverá apresentar credenciamento ou

atendimento por reembolso dos custos integrais devido a

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inexistência de rede da região, observada a relação de

preços em vigor dos serviços médicos e hospitalares

praticados pela licitante:

01 médico por especialidade em Cardiologia, Clínica

Médica, Ortopedia, Psiquiatria, Oftalmologia,

Ginecologia/Obstetrícia e Pediatria , não podendo contar

mais de uma vez aquele que possui mais de uma

especialidade.

Credenciamento de laboratórios que realizem exames de

diagnósticos – análises clínicas.

01 hospital para atendimento de urgência e emergência

adulto e pediátrico e cirurgias eletivas e de urgência ainda

que ocorra em espaços físicos distintos e pelo sistema de

sobreaviso.

A escolha do prestador de serviços deverá ser facultada ao

usuário em rede própria, credenciada, cooperada ou

conveniada, sem obrigatoriedade de encaminhamento pela

operadora de saúde.

Goiana:

O Convênio Médico deverá apresentar credenciamento de no

mínimo:

01 médico por especialidade em Cardiologia, Clínica

Médica, Ortopedia, Psiquiatria (conforme item 4.1.6.1),

Oftalmologia, Ginecologia/Obstetrícia e Pediatria, não

podendo contar mais de uma vez aquele que possui mais de

uma especialidade.

01 laboratório que realize exames de diagnósticos –

análises clínicas.

01 hospital para atendimento de urgência e emergência e

cirurgias eletivas e de urgência, ainda que ocorra em espaços

diferentes e pelo sistema de sobre aviso.

A escolha do prestador de serviços deverá ser facultada ao

usuário em rede própria, credenciada, cooperada ou

conveniada, sem obrigatoriedade de encaminhamento pela

operadora de saúde.

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Observa-se, ainda, com a leitura dos dispositivos retro mencionados que o Edital,

dispõe NOMINALMENTE as cidades nos quais o proponente deverá possuir rede, além de

estabelecer o quantitativo de hospitais, laboratórios e especialistas.

Contudo, NÃO ESTABELECE QUAL O CRITÉRIO ADOTADO PARA A INDICAÇÃO

ESPECIFICAMENTE DAQUELAS CIDADES E QUAL O CRITÉRIO UTILIZADO PARA O

QUANTITATIVO DE REDE EXIGIDO. Restando, assim, evidente que o quantitativo, bem

como a indicação nominal das cidades e o quantitativo de rede credenciada, foi realizado

de forma discricionária, sem adoção de critérios objetivos e, com isso, RESTRINGINDO

ASSIM, À PARTICIPAÇÃO DE POSSÍVEIS INTERESSADOS EM PARTICIPAR DO

CERTAME.

Ademais, como pode ser constatado ainda, que o instrumento convocatório não prevê

prazo algum para o futuro contratado efetivar os possíveis ajustes necessários em relação a sua

rede ou quiçá estabelece a como forma de ampliar o caráter competitivo a divisão de lotes, uma

vez que cada plano de saúde exigido no edital em apreço possui características distintas,

restringindo, dessa maneira, de forma clara e inequívoca a participação de mais interessados no

certame.

Na concepção do Doutrinador Hely Lopes Meirelles, o ato discrionário “são os que a

Administração pode praticar com liberdade de escolha seu conteúdo, destinatário, conveniência,

oportunidade e seu modo de realização”.

Contudo, é relevante ressaltar, que a discricionariedade como poder da Administração,

deve ser exercido consoante determinados limites, não se constituindo em opção arbitrária para

o gestor público. Logo, deve ser esclarecido que a discricionariedade é diferente de

arbitrariedade. Onde, a primeira, é a liberdade para atuar, para agir DENTRO DOS LIMITES

DA LEI, enquanto a segunda é a atuação do administrador além (fora) dos limites da

lei, SENDO ILEGAL, ILEGÍTIMO E INVÁLIDO.

No caso em apreço, o quantitativo de rede e a indicação das cidades tão próximas, bem

fora disposto de forma discricionária e arbitrária, sem qualquer estudo técnico ou amparo legal

que justificasse aquelas exigências, restringindo de sobre maneira o número possíveis licitantes.

Sendo, dessa forma, ato ILEGAL e INVÁLIDO, pois NÃO ADOTOU critérios legais que,

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estabelecesse parâmetros para disposição de rede, afora exigência de quantitativo exacerbado em

cidades próximas.

Dessa forma, tais exigências, impossibilita que prováveis licitantes possam compareçam

ao certame, com redes próprias que apresentam as mesmas características em termos de

atendimento, capaz de atender aquele número de usuários. Ficando demonstrando, TOTAL

CERCEAMENTO NA PARTICIPAÇÃO DOS LICITANTES QUE APRESENTAM

REDE SUFICIENTE E QUE ATENDEM DE FORMA SATISFATÓRIA O NÚMERO DE

USUÁRIOS DO EDITAL EM APREÇO, CONFRONTANDO, DESSA FORMA, OS

DITAMES LEGAIS E OS PRINCÍPIOS DO PROCEDIMENTO LICITATÓRIO, QUAL

SEJA: LISURA, AMPLA DISPUTA, ECONOMICIDADE, BUSCA DA PROPOSTA

MAIS VANTAJOSA, ISONOMIA, LEGALIDADE, dentre outros.

Nesse mesmo sentido, o art.37, XXI da Constituição Federal estabelece que, em

licitações não é admitido cláusulas restritivas à participação dos interessados. Vejamos:

“ressalvados os casos especificados na legislação, as

obras, serviços, compras e alienações serão

contratados mediante processo de licitação pública

que assegure igualdade de condições a todos os

concorrentes, com cláusulas que estabeleçam

obrigações de pagamento, mantidas as condições

efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual

somente permitirá exigências de qualificação

técnica e econômicas indispensáveis à garantia do

cumprimento das obrigações.”.

Logo, por disposição Constitucional, resta claro, que as únicas exigências que a

Administração PODEM fazer aos interessados são AQUELAS INDISPENSÁVEIS AO

CUMPRIMENTO DO CONTRATO, sob pena de violação do Princípio da

Competitividade e, consequentemente, da Legalidade.

No mesmo sentido, o art. 2° do Regulamento de Licitações e Contratos do SESI dispõe

que:

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A licitação destina-se a selecionar a proposta mais vantajosa

para o SESI e será processada e julgada em estrita

conformidade com os princípios básicos da legalidade, da

impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade,

da probidade, da vinculação ao instrumento convocatório, do

julgamento objetivo e dos que lhe são correlatos,

inadmitindo-se critérios que frustrem seu caráter competitivo.

É cediço e ratificado por lei, que possíveis exigências em Editais NÃO PODEM ir

além do estritamente necessário à obtenção do objeto desejado pelo Poder

Público. Entendimento esse, ratificado pelo Doutrinador Marçal Justen Filho, em sua obra

Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 12° Edição, Editora Dialética,

Vejamos:

“A Lei ressalva a liberdade para a Administração definir as

condições da Contratação Administrativa. Mas, simultaneamente,

estrutura o procedimento licitatório de modo a restringir a

discricionariedade em determinadas fases ou momentos

específicos.”

Corroborando o exposto anteriormente, restou demonstrado, que não foi adotado

nenhum critério legal, que contivesse parâmetros diferenciadores que “justificassem” aquele

número exacerbado de credenciados ou quiçá a disposição dos mesmos naquelas regiões.

Nesse diapasão, a formulação de exigências exorbitantes que restringem

indevidamente a participação dos interessados foi analisada pelo doutrinador Marçal Justen

Filho. Vejamos:

“A Administração não tem liberdade para

impor exigências quando a atividade a ser

executada não apresentar alta complexidade nem

envolver graus mais elevados de

aperfeiçoamento. Especialmente em virtude da

regra constitucional (art.37, XXI), somente

poderão ser impostas exigências compatíveis com o

mínimo de segurança da Administração Pública.”.

(grifos nossos).

Diretoria de Licitações | Fone: (85) 3255 9071 | Fax: (85) 3255 9050

Assim, tais exigências a ser apresentadas pelas licitantes, limita consideravelmente, o

número de participantes, sendo, portanto, um desrespeito aos princípios constitucionais e

legislação pertinente, DEVENDO SEREM ABOLIDAS DESTE EDITAL.

Nesse contexto, sabido é, o entendimento, já ratificado, pelos Tribunais Superiores,

onde menciona que o objetivo da licitação é a busca da promoção da ampla disputa e

interesse público. Devendo tais princípios, serem harmônicos e não conflitantes.

Compartilhando o mesmo entendimento, vale mencionar, ainda, a lição do Mestre

Marçal Justen Filho, em sua consagrada obra “Comentários à lei de Licitações e Contratos

Administrativos”, vejamos:

(...) Não cabe à administração ir além do mínimo

necessário à garantia do interesse público. Logo, não se

validam exigências que, ultrapassado o mínimo,

destinam-se a manter a Administração em situação

“confortável”. A CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88

PROIBIU ESSA ALTERNATIVA.”.

“Pode-se afirmar que, em face da Constituição, o mínimo

necessário à presunção de idoneidade é o máximo

juridicamente admissível para exigir-se no ato

convocatório.”.

“LOGO, TODA VEZ QUE FOR QUESTIONADA

ACERCA DA INADEQUAÇÃO OU

EXCESSIVIDADE DAS EXIGÊNCIAS, A

ADMINISTRAÇÃO TERÁ DE COMPROVAR QUE

ADOTOU O MÍNIMO POSSÍVEL. Se não for possível

comprovar que a dimensão adotada envolvia esse mínimo,

a Constituição terá sido infringida.”.

“SE A ADMINISTRAÇÃO NÃO DISPUSER DE

DADOS TÉCNICOS QUE JUSTIFIQUEM A

CARACTERIZAÇÃO DA EXIGÊNCIA COMO

INDISPENSÁVEL (MÍNIMA), SEU ATO SERÁ

Diretoria de Licitações | Fone: (85) 3255 9071 | Fax: (85) 3255 9050

INVÁLIDO. NÃO CABERÁ INVOCAR

COMPETÊNCIA DISCRICIONÁRIA E TENTAR

RESPALDAR O ATO SOB O ARGUMENTO DE

LIBERDADE DE APURAÇÃO DO MÍNIMO. É claro

que a referência constitucional se reporta ao mínimo

objetivamente comprovável – não àquilo que parece ser o

mínimo objetivamente comprovável – não àquilo que

parece ser o mínimo em avaliação meramente subjetiva de

um agente.”. (in ob. Cit., 5ªed., ver. e ampl. Pág.284).

(grifo nossos).

Frente aos ensinamentos doutrinários acima, e o que preceituam os dispositivos legais

que versam sobre a nulidade de exigências desproporcionais e desarrazoadas, sem um critério

lógico e legal nas cláusulas editalícias, infere-se, com bastante facilidade, que o Edital

apresenta-se eivados de vícios, devendo sempre a Administração privilegiar a interpretação

dos aspectos fáticos, normativos e legais a ampla competividade no certame licitatório e o

alcance do objetivo buscado pelo Poder Público.

Deste modo, após a leitura de todo exposto, associado com o posicionamento do TCU

faz-se necessário que tais exigências referentes ao quantitativo exacerbado de Rede, afora a

indicação objetiva daquelas cidades, SEJAM RETIRADAS do corpo editalício, já que tais

exigências são ILEGAIS e DESRAZOADA. Afetando, assim, na elaboração da proposta de

preços, o caráter competitivo e a licitude do certame.

2. DA ILEGALIDADE DE APRESENTAÇÃO DE REDE NA PROPOSTA DE

PREÇO

Aduz o item 7.1.3 letra “a” do Edital, a seguinte exigência:

7.1.3 A proposta comercial deverá conter, além dos elementos

relativos à completa identificação, quantificação e qualificação dos

serviços, de acordo com o objeto desta licitação, catálogos e/ou

descritivos técnicos dos serviços ofertados por produto/plano, que

permitam comprovar claramente que todos os serviços solicitados

no ANEXO III foram atendidos pelo licitante, sem prejuízo das

exigências a seguir elencadas.

Diretoria de Licitações | Fone: (85) 3255 9071 | Fax: (85) 3255 9050

a) Relação atualizada de toda a rede própria, credenciada e ou

cooperada, de médicos, hospitais, clínicas e laboratórios da licitante

para cada produto/plano ofertado (com o número do respectivo

registro junto a ANS), onde deverá ser demonstrado inclusive o

cumprimento das exigências mínimas dos locais de atendimento

descritos no item 8.do termo de referência Anexo III.

Contudo, o art. 12, II do Regulamento de Licitações e Contratos do SESI estabelece,

taxativamente, as únicas exigências de qualificação técnica que poderão ser realizadas ao

vencedor do Certame. Vejamos:

Art. 12. Para a habilitação nas licitações poderá, observado o

disposto no parágrafo único, ser exigida dos interessados, no

todo ou em parte, conforme se estabelecer no instrumento

convocatório, documentação relativa a:

(...)

II - qualificação técnica:

a) registro ou inscrição na entidade profissional competente;

b) documentos comprobatórios de aptidão para desempenho

de atividade pertinente e compatível em características,

quantidades e prazos com o objeto da licitação;

c) comprovação de que recebeu os documentos e de que

tomou conhecimento de todas as condições do instrumento

convocatório;

d) prova de atendimento de requisitos previstos em lei

especial, quando for o caso.

Como cediço, a qualificação técnica tem a finalidade de aferir a aptidão técnica do

licitante conferindo segurança à Administração Pública de que o mesmo possui pleno

conhecimento técnico para a execução do contrato, caso se sagre vencedor do certame.

Da mesma forma, esclarece o princípio da Legalidade, impondo à Administração o

dever de rever seus atos que vão de encontro às normativas do instituto d. É o que diz o Excelso

doutrinador Hely Lopes Meirelles, a saber:

Aqui fazemos menção ao Princípio da Legalidade da

Administração, que preconiza pela atuação administrativa

segundo a lei, ou seja, atuação mediante observação

irrestrita das disposições contidas em lei. Pelo Princípio da

Legalidade Administrativa, “não há liberdade nem vontade

pessoal. Enquanto na Administração particular é lícito fazer

tudo que a lei não proíbe, na Administração Pública só é

Diretoria de Licitações | Fone: (85) 3255 9071 | Fax: (85) 3255 9050

permitido fazer o que a lei autoriza. A lei para o particular

significa ‘pode fazer assim’”; para o administrador público

significa ‘deve fazer assim’ – Hely Lopes Meirelles (Direito

Administrativo Brasileiro, 26ª ed., São Paulo, Malheiros

Editores, 2001, p. 82.)

Assim, em que pese as determinações do item 7.1.3 e subitens a comprovação da

rede credenciada, de acordo Regulamento de Licitações e Contratos desta Instituição deverá ser

apresentada apenas no momento da contratação. Exigir rede credenciada específica para o objeto

licitado antes mesmo da contratação, fere ainda a razoabilidade do certame.

A corroborar, ainda, o exposto acima, ainda que sobejamente demonstrada, a

irregularidade apontada por esta proponente já fora devidamente analisada pelo Tribunal de

Contas da União que, através do voto do Excelso Ministro Augusto Sherman Cavalcanti,

consolidou o tema, tratando a exigência de Rede Credenciada como “ônus financeiro e

operacional desarrazoado para as empresas competidoras”. Assim, clarividente que a mais alta

corte de contas do país corrobora as assertivas trazidas à baila, entendendo ser ilegal a exigência.

Vejamos o brilhante posicionamento:

A exigência de apresentação da rede credenciada, no

fornecimento de vale refeição, deve ser efetuada no

momento da contratação e não na ocasião da apresentação

de proposta, de forma a garantir a adequada prestação dos

serviços, sem comprometer a competitividade do certame

Representação de empresa apontou possível irregularidade

na Tomada de Preços CRBio-01 nº 1/2013, conduzida pelo

Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (CRBio-01), que

tem como objeto a contratação de serviços de administração,

gerenciamento, emissão e fornecimento de documentos de

legitimação – vale refeição, para aquisição de refeições em

estabelecimentos comerciais credenciados. A autora da

representação insurgiu-se contra a exigência contida no

edital do certame que impunha à licitante a apresentação de

proposta contendo “6.13.4. Relação dos estabelecimentos

credenciados, sendo que num raio 2 km da sede do CRBio-01

em São Paulo, localizada na Rua Manoel da Nóbrega n° 595,

Paraíso, bem como num raio de 2 Km da sede das

Delegacias Regionais de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul,

situadas, respectivamente, na Avenida Isaac Povoas no 586,

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Cuiabá-MT e Rua XV de Novembro no 310, Campo Grande-

MS deverá haver, no mínimo, 20 (vinte) restaurantes e/ou

estabelecimentos similares credenciados”. Alegou que, em

face da jurisprudência do Tribunal de Contas do Estado de

São Paulo e do TCU, somente no momento da contratação

seria cabível a demonstração do cumprimento de tal

exigência. A unidade técnica considerou consistente tal

argumento e, por entender presentes os requisitos do

periculum in mora e do fumus boni iuris, propôs a suspensão

cautelar do certame e a oitiva da entidade. O relator

ressalvou o fato de que outra cláusula do edital sinalizava a

necessidade de apresentação da rede credenciada de

restaurantes apenas quando da assinatura do contrato

(cláusula 8.1). Ponderou, a despeito disso, que “a inclusão

da cláusula 6.13.4, ora impugnada, tornou o edital

contraditório, o que pode levar ao afastamento de possíveis

empresas interessadas, bem como à eventual desclassificação

indevida de propostas de preços”. E também que, conforme

jurisprudência do Tribunal. “o momento adequado para a

exigência de apresentação da rede credenciada é quando da

contratação, concedendo ao licitante vencedor prazo

razoável para tanto, de forma a garantir uma boa prestação

do serviço sem causar qualquer prejuízo à competitividade

do certame”. A inclusão dessa exigência no decorrer da

licitação, portanto, “constitui ônus financeiro e operacional

desarrazoado para as empresas competidoras”. O Tribunal,

por sua vez, ao endossar proposta do relator, decidiu: a)

suspender cautelarmente o certame; b) promover a oitiva do

CRBio e da empresa vencedora do certame acerca da

exigência contida no subitem 6.13.4 do edital acima

transcrito, “uma vez que, conforme jurisprudência desta

Corte, somente é cabível exigir a rede credenciada na fase de

contratação e apenas em relação à licitante vencedora do

certame, após concedido prazo razoável para que a empresa

credencie os estabelecimentos comerciais fornecedores de

refeição”. Precedentes mencionados: Acórdãos 1884/2010,

307/2011, 2962/2012, 3400/2012, todos do Plenário.

Acórdão 686/2013-Plenário, TC 007.726/2013-9, relator

Ministro-Substituto Augusto Sherman Cavalcanti,

27.3.2013.

Por derradeiro, apenas por extremo zelo e cautela, ir de encontro ao entendimento

supra, é atentar contra a mais lídima justiça.

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Neste sentido, é incongruente e ilegal exigência acima disposta, na fase de apresentação

das propostas de preço, além, uma vez que descumpre os preceitos e princípios legais que regem

as Licitações e Contratos desta Instituição.

Em outras palavras, pode-se-ia dizer que os dispositivos legais trazem uma visível

determinação no sentido de que os requisitos de capacidade técnica deverão ser apresentados no

momento da Contratação, dessa maneira, qualquer exigência estabelecida em fase distinta

aquela, será tida como insubordinação aos preceitos legais vigentes, comprometendo de sobre

maneira a lisura do Certame, legalidade, moralidade dos atos administrativos e isonomia do

certame.

Dessa maneira, restou demonstrado que as referidas exigências são ilegais, devendo ser

abolidas do Edital em comento. Todavia, uma vez presentes serão tidas como atos ilegais e sob

pena de apreciação judicial.

DOS PEDIDOS

Ante ao exposto, requer que sejam julgadas, TOTALMENTE PROCEDENTES a

Impugnação suscitada, já que tais exigências são DESPROPORCIONAIS E

CONSEQUENTEMENTE ILEGAIS, sob pena de comprometer a lisura do Certame.

Devendo-se SUSPENDER a data de abertura do certame, pelo fato do atual edital

encontrar-se eivado de vícios e, uma vez, retificado influenciará na lisura do certame, na

Proposta de Preço, na ampla participação dos futuros licitantes, economicidade e

consequentemente, na busca da melhor proposta.

Observando-se, contudo, a remarcação do prazo e o intervalo mínimo exigido

legalmente.

Nesses Termos, pede deferimento.

Fortaleza (CE), 16 de junho de 2016.

HAPVIDA ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA. Dra. Roberta Siebra de Pontes

Gerente Jurídica de Licitações

OAB/CE n° 30.924

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