ii - purl.ptpurl.pt/29246/1/504914_1900-05-27/504914_1900-05-27_item2/504914... · estremecido...
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II
SEMANÁRIO DEMOGR A TI GO ALGARVIO
Proprietário, director e editor responsável — GUSTAVO CABRITA
RedaccSo t a(Imiuislr;icuo=!tna Vasc» da Cama, 27
Tjimgia^hia Deinoeralica^Rna Vasco da Cana, 27
O FUTURO
l»reço «la ai»«híKnu Ima
(Pagamento adiantado)
Continente a ilkns, anno, réis.. 14400
CoIouíhh e estrangeire ....... 24000
Accresce 70 réis uas assignations
tendo a cobrança pela via postal.
1'reço «IOM mtitiivtcào»
Na I> pagina, linha.......... .. 60
Na 2.» e 3.1 paginas 40
Secção competente 20
A municies permanentes, ajuste espe-
cial. Os originaes enviados A redacção
não serão restituídos. Publica-se an-
uuncios litterarios logo que se receba
um exemplar.
Ob ars. assignantes teem direito a um
abatimento de 25 o/0 nas tuas publica-
ções.
A nossa reapparição
Em fins tio rnez de tlezombro
lillijno, por uma circumslaneia
inesperada e imprevista, vimos-
nos involunlariannmlt! forçados a
interromper a publicação do nos-
so jornal.
A interrupção foi muilo além
do tempo ponpie nós julgávamos
<pio ella pudesse durai f eni re-
sultado de duas occorrencias,
ambas tie pondeiação e bastante
allendivéis. Eni primeiro logar,
o estado de consternação em
tpie ficou o espirito tio seu pro-
prietário e director, pelo falleci-
mento, em 10 de janeiro, tio seu
estremecido filho e nosso illus-
tratio ctdlaboratlor, s». Luciano
Cabrita; depois d'isso, a prolon-
gada e pei igossima doença de
que elle mesmo foi accommellido
e que o leve ás portas da morte,
como é costume tlizer-se.
H"je, removida a causa que
deu logar a ser interrompida a
publicação tio jornal, -0 Futuro»
volta de novo, e com a mesma
orientação politica, a visitar os
seus bondosos assignantes e pro-
sados collegas, agradecendo ás
direcções destes a fineza que
lho dispensaram não interrom-
pendo a sua remessa.
A RedacçXo.
LUCIfiNO CABRITA
Nada mais brutal, tnnis horrivel-
mente desolador do qua a morte!
Ella lança o desespero e a miséria
no Ur, o luto e a magna na Patria.
Perante esse monstro «pie engolplm
tanta ex;stencia querida, abatem-
8<; todas as bandeiras, emmudem
cein-se todas as paixões : é que a
mui te irmana todos os homens
ii esse transforinisino que a razão
accoita mas o sentimeuto repello.
Mas, se a nmrte eiesta, n um mo-
mento, as esperanças mais beilas e
reduz a pó iiinumeros encantos, faz
germinar e desenvolver se, como
consoladora compensação, a sau-
dade, que é o culto da nossa alma,
pela que se elevou aos páramos do
infinito. Sim ! A saudade dulcifica
o coração porque como que sandi-
fiea o eme amado que perdemos,
porque espiritualisa sublimemente
a sua memoria. A saudade vibra
come uni cântico da alma e doura
as imagens queridas, envolven-
do-as, ao mesmo tempo, nUma ra-
diação suavíssima. A saudade è o
amor crystalisado peia ausência
eterna. . .
*
Luciano Cabrita, consub-itancia-
çãn rara de virtude e talento, mor-
rendo na pujança da mocidade,
abriu impreenclii vol vacuo no cora-
ção da família e tios amigos. Fi-
lho, esposo e pae amantíssimo,
futiccionai io distinefo e brilhante
jornalista, teve uma m ima que foi
exemplo de civismo. Compreheu-
dendo ideacs, revellou-se intelli-
geute; Iodando por alien, sem ces-
sar, foi honesto. A consciência,
como verdadeiro phanal, assign»-
loti-lhe u vida, como homem e como
politico, por um traço rectilíneo,
que é a mais perfeita expressão do
dever sagradamonte cumprido.
N esta crise moral e intellect! v a
de (pio enferma a nacionalidade,
teem valor excepcionr.l os caracteres
e os talentos. Perder os raros que
existem é descer cada vez mais
para o «hysiuo, é aggravarem se
os syoiptoinas da decomposição na-
cional. Onde brilha a Sciencia, falta
a dignidade; em vez do mutuo res
peito dos direitos, nota se a corru-
|»ção e o crime; e se, por um lado,
a íiihicia entorpece actividades quo
poderiam tornar se Salvadoras, por
outro, i» cretinisino o a inveja cer
cam e procuram envenenar o que
é honesto e útil. Se ha energia, é
bem nioibidrt, puis se cifra em com
bater tudo que mais nos eunobrece;
e, á falta de batalliÕ -s sagrados
que se sacrifiquem pelos princípios,
avultam o negrejam as quadrilhas,
os bandos dos que ferem por in«-
lincto de ferocidade, dos que rou-
bam e sugam, cuno organismo pa-
rasitário <pie conduz á ruína eco-
nómica, o que já está cotidemuado
á luitia moral.
Não é, pois, só como amigo di-
lecto e amigo companheiro de es
cia que deploro a morte de Lu
ciam» Cabrita; é também como ei
dadão, sinceramente devotado aos
interesses do meu paiz. Luciano
Cabrita, pela sua organisação su-
perior, destacava se d'essa moci-
dade que por tilii patenteia a mais
triste deiiiencia'e servilidade.
Os seus actos foram liçõ-s de
Coherencia, a sua peuna f.»i feliz
escalpello (jue pôz a nú bastantes
podres políticos, e, ao mesmo tem
po, espada fidelíssima a um credo
que outros defendem segundo a cor
rente <las conveniências. Amável e
generoso, soube grangear «yinpa-
thias em todos os campos partidá-
rios, em todas ns classes 8«>ciae3.
D 'scanOe, no seio de Deus, a
sua alma, onde só viveu a virtude,
e que á sua memoria, tão límpida
e pura, seja feita plena justiça.
A Antonio Cabreira.
Dissidentes
Essa fesla de paz e de amor,
de progress» e de Iralialhn, de-
pois do iiiallogro da confereii-
eja de Haya, é, porvenlora. uma
simples aspirnçAo; — nem se-
quer e uma (régua, porque, em-
quaiil» os reis pelo sangue ou
P"lo dinheiro ali admiram e go-
sani os progressos das írlcs c
das iudiiNlrias, além. uas mon-
lanlias escarpadas do Transwaal
e do Orange, a lacta nàu eiilra-
qucce, não pára a chacina,
CarloM Cnllixto.
Stf nm roneei lo enropeu, sò
uma liga das potencias poderia
levantar a sua voz em defeza
dos fracos; mas nem essa liga,
nem esse concerto jáinais rxis-
lirào. Assim, pois, as sympa-
lliias dos povos para como os
«lt»ersi serão eslereis. hmger
s6 poderá conlar com o esforço
e com a forluua dos seus sol-
dados.
«Journal «lc« .
Moslrae-lhes, senhoras, (aos
lilhos) que é uma monstruosa
barbaridade, uma baixeza sem
nome, uma rollossal infamia,
que nos faz chorar de raiva por
nos reconhecei mos impo leni es
perante o crime, vér um paiz
pequeno, amesqniiihado. rouba-
do e insultado, dar auxilio aos
que mais o desprosam, espo-
liam c insultam para esmaga-
rem. milro pequeno povo, que,
numa Ilida de uiorle, es lá de-
f> nuenil» a sua lerra, a sua
casa,* a sua liberdade, a sua fa-
mília, ludo o que mais se ama
no mundo aqnillo porque vale
a pena viver,
II. A iiaia de Cnatro Osorio.
N'wua palavra, lodo o pro-
duclo liquido das leiras da Ili-
dia brilaunica é apanhado pela
liiglaicria.
AVeslmlnster CuieMo»
F»« tas em Pari*; guerra na
Africa e nas Fbippimis J Fume na
linha ; iufainias eu» Pui tugal.
A««» hyuinos ti ittmpliaos que su-
bam «la gloriosa cfdade franceza
n oma apotlieose phantastica e des-
liimbrantissiina, enchendo o mundo
d uma harmonia fascinadora, casa-
s« o fstrondfsr da artilhei ia, o ti-
nir das espadas, o relinchar dos
cavallos, oh gritos e maldições dos
que tombam e mordem a terra en-
sopada no proprio sangue!
Para onde qusreis que eu me
volte, ó moralistas que andaes, ha
soculos, « prégar t redempção hu-
mana, ó Videntes 4'uma era de paz
e fraternidade universal?
Para Paris — pira o atordoa-'
tneuto dos sentidos; para esse des-
lumbramento que prende, fascina,
embriaga, enlouquece; para essa
bacchanal magnifica e nunca vista;
para esne turbilhão imineuso onde
redemoinham vaidades, onde o oiro
corre a jorros reflectindo riquezas
sein contu, dando idéa de um mun-
do grandioso e bello, paraíso de
delicias infinito e eterno, sonho de
uni oriental que o opio allucma e
embriaga ?
Não basta.
A sciencia, as artes, a industria,
o coniniercio, a agricultura, todos
os ramos da actividade do homem
podem estar ali representados ; o
que eu ali não vejo —oinbora a
ilietoiica dos discursadores, as
boas intenções d'alguns optimistas
c as affirmativas dalguns desluin
brados — é a «ynthese moral d uma
civilização que corresponda a mi-
lhares de annos do cultor», de es-
forços inauditos, de martyrios su-
blimes, de luctas sem tréguas, dis- (
pulando á natureza os iustiaclos
selvagens da origem.
Como quereis que eu veja n'essa
Exposição esplendida, que aliás
admiro e applaudo, uma affiniiali-
va de solidariedade, de coiifrater-
uisação, de inicio d uma era de
concórdia, ae uns poucos de milhões
de nossos irmãos erguem os braços
descarnados a implorar um pouco
de pão com que matem a fome ?
Como quereis que «u veja nessa
Exposição alguma coisa de maia
alto que o histe e mesquinho in
ftrtísse, a vaidade, a ambição, a cu-
biça, a mera satisfação de desejos
egoístas, se a guerra continua a
assolar os campos, a destruir ns
cidades, a oobrir de luto e lagri-
mas o la> domestico, a espalhar
por toda a parta a oipbaudade e a
viuvez ?
(L in» quereis (pie eu veja n'essa
Exposição alguma coisa de ideal,
d ôHMe abençoado e eterno sonho de
paz para que t«-ui embalado lautas
alma-, se os vendilhões e os Judas
se dão as mãos para o assassinato,
não de um homem mas d um povo,
rindo-se com risos cie dcnn.nios,
agachados sob o palladiu protector
formado pelas armas dos «iiorcntia-
rios pretorianos, dos que falam em
nome do direito, da razão, e da
Justiça?
Não ! Não !
A Exposição de Paris è uma
feira ; como tal podeis dizer que é
a primeira do inundo, a mais rica,
a mais bell i, a mais gr..ndiosa, a
mais ««p endente qu t os homens
teem reuiisado s«d»re a terra. Di-
zei isso, niHN não digaes que cila
representa a fraternidade dos po-
vos.
ih povos lá estão, é verdade,
fiaterni8ando, mas sob o ponto de
vista commercial. Mais nada. Cha-
in a os o interesse material, não o
moral. D aqui a alguns mazes a
feira desapparece e os povos con-
tinuarão a sua marcha dolorosa
sob o uzormgiie dos governos c o
egoísmo^d<»M reis. A Inglaterra terá
afogado o TransWaal imiiii lago de
sangue; a índia continuará a cla-
mar que tem fonii; Portugal, en-
feudado a uma oligarchia explora-
dora e vilissima, indifferente e cy-
nico, a face estanhada para o afo-
gueamenlo que resulta da «.ffionta,
continuará a olhar, fascinado e co-
barde, para a bolsa que lhe otfe-
reoe a mão da tnaldade em paga
da traição ; a Russia terá arreba-
tado os últimos fóios da Finlândia
o solo das Filippiuas Continuar*
coberto de cadavei-es • Cuba, livre
das garras da Hespanha, dt-ba
ter-se-lia nas garras dos Eslados-
Unidos; as dynastias continuarão
a ser inimigas dos povos) as pe-
nitenciarias continuarão a fazer lou-
cos ; os exércitos continuarão a er-
gucr-se, como pliantasmns, deante
do ideal bem dito da Liberdade, da
Egualdade, da Fraternidade !
Fraternidade ! e milhões de
braços a trabalhar para milhões
de parasitas, de batoteiros, de vai-
dosos e de ladiÕes !
Fraternidade! — e a Europa as-
sistindo, de braços cruzados, im-
passível, ao anniquillainento de um
povo que prefere a morte á escra-
vidão e á deshonra!
fraternidade! — e os governos
das ilações aiigmentando, dia a dia,
exércitos e armnmentoa, sugando,
caila vez com mais ancia, o sangue
do povo trabalhador !
Fraternidade! — e, por todo o
inundo, das gi andes cidades como
das aldeias, dos bairros infectos,
das mansardas sem luz e sem ar,
das minas de grisou, dos lares sem
lume, das boccas sem pão, dos al-
COUCC8, das tabolagens, dos carco-
ics, das trevas — dc todo esse
a by sino cavado pela maldade liu-
iiiaiia — eleva-se, sobe, revoluteia o
borburinlio imineuso das agonias,
o alarido tragic»» das dores, a voz
lancinante da mie«*ria !
Ali! Fraternidade — sonlio bom-
dito, aspiração grandiosa de tantos
videntes, supremo ideal das almas
grandes e puras e santas, Estiella
dos Magos, chainma do Tliabor,
perdão da Cruz, hymno de odenUi
e nove, fluido immortal da con-
sciência, quando serás tu o laço
de união entre os homens?
Quando te erguei ás tu em frente
da civilisaçào — bandeira sagrada
ante a qual desappareçain paixões
e egoísmos, odioe e cubiças, opu-
lências e misérias, ante a qual to-
dos os homens se dêem as mãos
seguindo pela vida fóra satisfeitos
e felizes ?
Nunca? — mas isso seria um sar-
casmo purigente atirado á consciên-
cia universal, a negação de Deus*
Tu viiás, um dia, d'aqui a um sé-
culo ou d'uqui a um milhão d'an-'
nos — não importa quando! Que
venhas... é o bastante paia que
muitos braços to chamem, para
que muitos olhos se ergam p*na o
azul — já lia fascinação da mira-
gem. Rasga este c«o caliginoso que
nos cobre, purifica esta atmosplieru
lie egoísmos que nos asphyxia, apa-
ga o inc -ndio d , cobiça que nos
devoia, faze descer o «ffluvio do
amor sobre as almas, i»ncliewa terra
Ha luz espiritual do liom para que
sobre ella jamais tome raizes a ar-
vore maldita da Iniquidade!
Jose Augusto de Castro.
Na terça feira, reuniu «e, na a
miiiistração d este conoellio, a eoi
missão local do soeoorros a naiifr
g«»s com o fim do solicitar socou
ros paia as desoladas famílias d.
12 vidimus do temporal doolia 1
Consta-iios que a conndissão r
solveu dirigi|-so ás magestades
solioilar da cainara municipal pai
a secundar no acu pedido.
E' just^j.
Ò FUTtJRÕ
Perseguição à imprensa
Mfte tem já conta o numero
de querellas que o governo, ou,
por outraj o ministro A'poiui, tem
feito promover contra o nos «o es-
forçado collega A Patria, de L s-
boa, por causa da muito louvável
attitude que este independente jor-
nal tomou contra a balota protec-
ção do adiposo ministro á cheia-
lura do partido progressista.
Agora até ll»e serviu para satis-
fação dos seus rancorosos intuitos
um tuelto aob a epig.apbe O» pe-
lingrinos, na secção Echos & No-
ticias, ou, se assim não é, temos
então um pretenso chefe de parti-
do obedecendo ás ordens do jesui-
tismo, o que também não é muito
em seu abono.
No metifuo caso está também uni
outro nosso collega 0 Norte, do
Porto, que em campanha tenaz e
presistente tem egualmeiíte comba
tido a balofa prètençã» do antigo
redactor do Primeiro de Janeiro e
do Correio da Noite que iniriga e
fervilha para chegar a ohele de
partido como fervilhou e intrigou
para chegar ao logar que hqje oc-
•oupa.
/JUMtÇÕES HE ATlil
Do nosso estime do collega O
■Districto de Faro <tnumerevem.e o
seguinte:
«Lavvou-se, no dia 21, nas no-
tas do notário dr. Davim, em Faro,
a escriptuia de fusão das empre-
sas de armações de pesca de atuiu
•denominadas do Pharol, Cabo-'de
Santa Maria e Ramalhete, d esta
costa, representadas pelos srs.Fran-
cisco de Sousa Archanjo, Joaquim
Casimiro Archanjo, José Martins
• Caiado, visconde do Cabo de San-
ta Maria, Constantino Curaano e
- José Alexandre da Fonseca.
• Serviu de intermediário para
conciliar e hsriuoiiisar os referidos
interesses o sr. Luiz Septilveda-Pi-
meiltel Mascarenhas, administra-
dor d'este concelho, que conseguiu
ver coroadas de bom êxito as di-
ligencias em que se empenhou o
para as quaes tiuha recommenda-
ções superiores.
O contracto funda-se n'uma lou-
vação, de que seiá arbitro de de-
sempate o capitão de 'fragata sr.
•Lopes Banhos, para o que lhe foi
logo concedida a necessária auoto-
•risação.
Na opinião dos interessados, este
•contracto, acabando com uma lu-
'cta de interesses que embarayuva
'muito os poderes públicos, vem ro-
bustecer em extremo a valorisayão
das emprezas a que respeita, por-
que ficam assim dominando o prin-
-cipal local de pesca do atuiu no Al-
garve »
Folhetim do FUTURO
Analyse da Fé
ai-mas do outro mundo
HELIODORO SALGADO
Derivada da crença 11a distinc-
ySo substancial da alma e do corpo
e da sobrevivência d'aqtiellaá nos-
sa curta vida physiologica existe a
crença nas alm>t6 do outro mundo,
expressão elliptiea pela qual se si-
gnifica que as almas dos mortos
veem do outro mundo a este. Ape-
gar de os mortos terem sido sepul-
tados e de, segundo a crença tlieo-
logiea, a sua aluía ter recebido
qualquer dos destinos traniceudeii-
:
«Segundo o alludido contracto, o
material da armação do Pharol é
adquirido pela companhia de pesca
do Cabo de Santa Maria e o Ra-
malhete e pago em acções d esta,
que, além d'isso, tem de desembol-
sar 3:0005000 réis em dinheiro.
Não podemos ainda formar juizo
segure sobre a operação e se alguém
lucra com ella. Com «ffnto, se a
armação do Pharol têr, de futuro,
lançada a valer, os prejuízos, na
opinião dos entendidos, serão,
como até agora, muito considerá-
veis e fatalmente necessários ; se...
a fingir, o governo cassará dece» to
a concessão o porá em praça o lo-
cal, que pode milito bom sor adju-
dicado a interessados diversos dos
actuae8, o que ;para estos terá ma-
nifestos inconvenientes.»
Em consequência, portanto, da
fusão das emprezas proprietá-
rios destas tres armações, ti veiam
por fim termo as questões entre a
do Pharol e a do Cabo de Santi
Maria, a pro.posito do local para
o lançamento d esta, questões eoi
que, no anno passado, nós inter
viemos a favor da primeira, por
ser do toda a justiça a sua .preteii-
ção.
-Damos, pois, os parabéns aos
'nossos amigos Archaiyos.
Sendo muito possivel que, por
niha ciicnmstaiicbw qualquer, paia
mim estranha, tivesso deixado de
agradecer a todos os cavalheiros
que mo dispensaram » fineza de
KCoinpanhav á sua ultima morada
os restos murines do men infeliz e
inolvidável filho, Luciano Alvaro
da Costa Cabiita, ou que me diri-
giram cartões de pezames pelo seu
decesso, venho rogar Mies que mo
desculpem por esse tacto, que in-
luntariainente talvez tivesse prati
cado, e que acceitem a expressão
sincera do ineii reconhecimento.
Otliao, 21 de maio de i960.
Gustavo Ad'dpho Manuel Cabrita.
Em cumprimento de um dever
8aci'atissimo a que a coueciencia
imperiosamente nos obriga, vimos
significar ao ex.™ sr. dr. Bernar-
dino Adolplio e Silva a nossa mui-
ta gratidão e eterno reconheci
mento pela forma realmente dis-
tinct*, mais de amigo do que de
clinico, porque «tratou o nosso des
ditoso e nunca assás pranteado fi-
lho e irmão, Luciano Alvaro da
«Costa Cabrita, na prolongada o fa-
tal enfermidade a que infelizmente
succumbiu. Eguaes sentimentos
manifestamos lambem ao sr. Anto-
nio Mana Leitão, alma nobilíssima
em corpo de Hrtista, que muitos
não sabem apreciar e compreheti
•der, pela sOllicitude e constante
desvelos com que sempre -cuidou,
•como verdadeiro e sincero »au»igo,
do infeliz extiuoto.
Maria Amalia Dias da Costa Ca-
brita.
Gustavo Adolpho Manuel Cabrita.
Florentina Am ília da 'Costa Ca
brita.
De regresso das tliermas de Vil-
la Harta (Hespanha), onde estava
fazendo uso das aguas, -chegou a
Faro, na quarta feira, partindo
n'esse mesmo dia para Lisboa, o
sr. conselheiro José Bento Ferreira
de Almeida, illustre deputaUO por
este circulo.
tes quo lhe são assignalados pela
religião (céu, purgatório ou infer-
no), a superstição popular affi-ma,
como na Beua, quo ««as almas au
dam cá».
O que é mais curioso é que esta
•crença supersticiosa não satisfaz
•grandemente aquelles qoe a pos-
suem. For grande que seja o amor
dos sobreviventes.por aquelles que
morreram, amor manifestado em
toda a syinbolica do culto dos mor-
tos, aquelles mesmos que^deseja
• riam que .os que .partiram fossem
ainda vivos em sua companhia, to
dos se arripiam de medrosos se
lhes parece que vêem ou ou vein a
•alma do morto. Porquê?.. .
For grande que seja o -nosi-o
amor pelos mortos, o cadaver teu»
sempre qualquer coisa de repu-
gnante: asna frialdade tão algi-
daiueute característica; a sua livi-
Manuel Leonardo Vieira
Por cartas vindas de Africa foi
n esta villa recebida a noticia de
ter falleoido em Benguella, quando
estava para regressar ao reino,
o nosso patrício e velho democra-
ta si*. Manuel Leonardo Vieira.
A' d'-solada viuva e aO seu filho,
filhas « genros, enviamos os rios-
sus muito sentidos pozaines.
E' do nosso prosado collega de
Gouveia, O Trabalho, o esplendido
artigo Dissidentes que hoje, com a
devida vénia, tomamos a liberdade
<le transcrever.
TllU! 1UCI0YU
Da União dos Atiradores Civis
Portuguezes recebemos um cafão
de convite para a sua sessão fes-
tiva de encerramento da época de
•1899-1900 e distribuição de pre-
mios, que deve ter hoje l- gur eu»
Fed roliços, pelas li luiras da ma-
nhã.
Não pudendo assistir h ella, far-
iios-hemos repri sentar pelo nosso
'illustrado collahvii ader, sr. Lniz
•Derouet, & quem enviámos o car-
rão .
Prorogação das côrtes
As cortes foram prorogadas até
12 do proximo inez de junho, em
vista da reKílução tomada 110 con-
selho de estado em reunião de 17
•d'este inez.
A bordo d«» paquete allemão Ge-
neral seguiu para Moçambique,
aeonipunhado de sua ex.1** esposa
e de dois filhinhos, o nosso apre-
ciável amigo sr. João Peiy de
Linde, terceiro verificador da al-
fandega de Lisboa e genro do nos-
110 estimado amigo e patrício sr.
João Rfis da -Fonseca.
O sr. Peij vae ali exercer as
funnçõos de director da alfandega
da Beira.
Dosejamos-lhes boa viagmn e
muita saúde e prosperidades-
Por decreto do dia 17 fori tfaendo
até &1 de julho proximo «> praso
dentro do qual as moedas -de prata
de 100 e de 50 réis podou» circu-
lar legalmente 110 contirieiote do
reino e ilhas adjacentes.
Durante o período acima indica-
do, a tr«»ca das referidí is .moedas
realisar-se-ha nas agencias diatri-
ctaes do Banco de Portugal o nas
recebedorias dos coueellios^ e, findo
•elle, as mesmas moedv.s deixarão
de ser recebidas em pajgai nentos 00
estado.
Depois da substituição das moe-
das é que serão substi tu idas as ce-
dillas dos mesmos vai or«5s.
1
Par dfl*piiclio lio din 16 foi o
I1UBBO pHtrioi" e ««ligo,
ciniio Jo-é Alves, *ppr«rvH«»0 parn
njudante (lo noUrio publico n'eslK
comsrca, o nosso -amigo sr. Anto-
nio VinliMS lieis.
N» qilintii-fei" a, pela e*.0"1 viuva
sr." D Maria da CmiceiçSo Santos
Mendonça, d'esta villa, loi podi la,
para b.-u fiHio o sr. Francisco Xa-
vier de Mendonça, a mfto de sua
prima a ex."" sr.* D. Emilia Syl-
van» da Fonseca, premiada e sym-
patiiica menina, tillia do nosso es-
timado amigo sr. Joa(|iiiiii Antonio
-da Fonseca.
Por antiguidade de dasse, foi
•.promovido ao logar de segundo as-
-pirante da alfandega de Lisboa o
«10884» amigo sr. Filipp* Lopes do
Ruzmio.
Bibliographia
(Falta «08 hoje o espaço e por
4hso bó no seguinte numero indica-
remos as publicações recebidas du-
-lante c» tempo que o jornal esteve
-euf penso.
*• 0 OCCIDENTE
•v
Recebemos <t n.° 769 desta inte-
ressante revista illiiBtrada.cujaa gra-
vni-HS sito,como sempre, magnificas.
A parte li iteraria é também mui-
to interessante.
RedauçXo e administraçllo, largo
do Poço Novo, entrada pela truves-
sa do Convento de Jesus, 4, Lisboa.
dez pavorosa; a sua trágica iinmo-
bilidade; o cheiro es.aliado desde os
primeiros symptoms s <le decompo-
sição; o conhecimento do espectá-
culo que elle ha de*>fferecer quando
reduzido tão mó ;ao esqueleto; a
idéa de que, debaixo da tena/esse
esqueleto nadará nnn podridão, de-
vorado por milhar de vermes re-
pugnantes; o q<ie ha de mysterioHO
nas trevas do tuia alo e na tranquil- l
lidada dos cemitérios; tudo con-
cm ro pai a a ciultção e conservação
d'esse terror in-)meti vo, tão pueril
e infundamentado como tod4»s os
'terrores «religiosos.
Depois, os mortos vão lá para
baixo, apparent»;mente para onde
as crenças antig8* col locavam o re
servatoiio da -sombra. nocturna que
invaile a terra quando o gd de so©
abaixo do hsrisonte* E não fào
'essas scuwbr«« yovotudz» de anjo^
— Pois sim, dá tu o assumpto
que eu dou as consoantes.
O assumpto é a mulher.
— Agradama. Consoantes qual-
quer destas: endo, ando, indo.
Passados minutos diz o primeiros
«A wulher nance gemendo,
A vida passa chorando,
E por fim morre seffrendo.»
Uospoful-e o outro:
«À mulher nasce fingindo,
A vida passa enganando,
E por fim morre meirtifido.v
ca
d
$,X>rC&r.
tDiccionario das seis línguas»
Está publicada a decima série,
que alcança atõ ao ÍakcícuIoa
que abrange paginas G57 a 736 o
as palavras lleliquataire a Sourcil-
Ittix o que mostra o adiantamento
do Diccionario das seis limjuus, cuja
publicação segue com toda a regu-
laridade come todas as publicações
editadas pela Empresa do Occiden-
ts, ile Lisboa.
A utilidade d este diccionario é
incontestável e bom se pôde consi-
derar universal.
Sendo a lingua franerza a baso
deste diccionario, elle pÓde ser con-
sultado por portoguezes, inglezes,
allemãoH, bespauhoos e italianos,
pois iro fim do diccionario ha um
índice ou vocabulário geral das seis
línguas, onde se encontrai»» todas
as palavras ooin a sua corresponden-
te em franco® o quo permitie facil-
mente saber qualquer palavra nas
seis ditas linguaH.
Se esta obra se. recommenda pela
ena utilidade, não -o recommenda
menos pela barateza, 30 réis ca«la
fascículo de 16 paginas e para a
provinciu cada série de -5 fascícu-
los 1G0 réis.
DOLOKt
A mulher
— Vamos improvisar ties versos
com HHnuinplo H CoiiBoantee foiçn-
das, diz um poeta"* outro.
maus, do espíritos maléficos, que a
p.iuco e pouco vão avolumando até
8« tornarem personagens mythicos
dos cultos lieli'KsetricoB, Typbon
no Egypto, Abriman na Persia,
Satanaz entre os «hristãos ?. ..
•Que maravilha pois que também as
.almas dos mortos, desde que com
estes são descidas ái regiões infe-
riores da terra, so tornem malefi-
como os demónios, e venham
imite perturbar a existência
tranquil!a dos vivos, apparecendo'-
llies aqui em sonhos, ali em vilões
«u quaesquer outras hallucinações
dos sentidos, d'uma realidade toda
subjectiva, impondo-se irresistivel-
mente ao espirito illudido e mito-
SHggeetinoado du gente crédula e
timorata?... O que é um sonho
eenão unia hallucinação d'u i espi-
rito que entra inooherentei ite cm
tfuncçãrs emqufnto «> passa
— CD —
Ella morreu «em nunca ter amado.
Mais tarde, quando foi desenterrada
E aberto o seu caixão,
O coveiro notou extraaho facto :
EtU estar decomposta « ter intacto
Sómente o coração!
E um poeta explicon
Ante o cadaver da mulher desfeita :
— Maldito coração que aunca amou,
Nem mesmo ao» proprio» verme» apro- veita f
àccacio dk Paiva.
A. .
Romance histórico de Camillo Cas-
tello Branco, editado pela Empreza
da Historia de Portugal, Livraria
Moderna, ma Augusts, 95 -Lisboa.
Fascículos semMiiaes de 16 p*gi-
las in 4.f coin 2 gravuras, ou to-
mos mensaes de 80 pag. e 10 gm v.,
do estado de repouso on da vigília,
ou vice versa? E o que é uma hal-
lucinação senão a iIlusão do espi-
rito no qual * imaginação actua
tão fortemente que transforma as
ideas em sensações, transformando,
pela convicção intima, a realidade
subjectiva n'uma realidade obje-
ctiva ?.» .
Assim se explica esta supersti-
ção. A recordação dos mortos, da
sua voz, da sua figura, produz as
hallucinações do» sentidos. A cren-
ça na sua sobrevivência anímica
dá realidade objectiva a essa phan-
tasmagoria. As idéas deprimentes
acima apontadas criam no espirito
o medo »>u a repugnância pela pre-
sença das almas. Então inventam-
se ineius do evitar tai*s visitas, e
:í religião é chamada a intervir.
{Continía)*
r •:./V\ a
8| S. THOME AFR
^ -ii - ■ ih r.','".il '".ii i'i r • —'
^.•V4.V..N^»Vr..V. »«VÍ.V4,V..V3.Ví»\ÍK
p:.
A
O FUTURO
no preço respectivãmente cie 50 e
250 réis ohcíh um.
A SEREIA—acha se concluído
ente famoao voluine de 328 pagi-
iiahr admiravelmente impresso em
tini88imo papel e illustrado com
40 estampas de paginA, photogra-
vadas segundo a» artistieas «gua-
rellas de Manuel de Macedo e Ro-
que Gameiro. Cada uma d'essas es-
tampa# é um inspirado quadro cm
que a superioridade da concepção
se une ao acabado da execução.
A capa da brochura encerra um
bom modelo de trabalho typogra-
phic», a côres, ouro e prata. Ao
alto ha um medalhão dourado so-
bre o qual se vê o busto de Camil-
lo, em photogravuia, iiiipeccav*.!-
meute impresso a sépia.
A capa de encadernação, em per-
calina, a ouro e côres, é um tia
bailio esmerado, da in»»is alta no-
vidade e tino gosto, coin o todos os
trabalhos sabidos das « fficinas de
Alfredo David, custando o livro
encadernado apenas 15500 e lf)000
réis em brochura.
Emfiui, o livro é sem exage-
ração um primor, ou antes um eon-
juituto de primores.
Agente n'estn villa, José Marques
CorpAs Centeno.
I
OS LUZIADAS
Reu«b«niOB os fascículos 3 a 10
il« Os Lusíadas, granel" «dtyAo P»"
nnlar illustrada que a Empreza da
HitUria dg Portugal começou a pu-
blicar «Hl fascículos <lo 8 paginas
e 2 esplendidas gravuras peio pre-
ço de 60 réis cada fascículo.
Preço da asaignatura
Cada faiciado de 2 folha», de
8 paginas cada, iu 4.°, grande for-
inato, contendo cada tasciculo 2
esplendidas gravuras por 60 réis.
Cada tomo contendo 5 fascículos
ou 80 paginas, inserindo cada to-
mo 10 magnificas gravuras origi-
naes por 300 réis.
Rtícommendainos aos nossos lei-
tores esta interessantíssima obra,
a qual pode ser adquirida sendo
os pedidos, acompanhadas da res
pectiva importância, dirigidos A
Livraria Moderna — Rua Augusta,
95 — Lisboa.
((Historia de Portugal»
Teem sabido regularmente os fas-
cículos que, como os seus antece-
sores, inserem soberbas illuetraç5es.
Sobre as condires em que a His-
toria de Portugal é publicada repor-
tamos os nossos leitores ao respe-
ctivo aununcio que inserimos nu 4.*
pagina.
Predial, ou quaesquer outros di-
plomas legislativos, a Bibliolheea
d'ellcs fmá edição, a preço modico,
com é costume d'esta empresa.
LÊ F0R1TG4L A' L EXPOSICION
I
Recebemos o numero I d esta
excelleiue revista bi-im-nsal illua
trada, orgAo dos expositores por-
tugu<zes no grande ctrtimen de
Paris, referente a 25 de março ul-
timo, superiormente redigida em
pnltngnez e francês pelo iiosmo il-
lustrado patrício e coilega sr. Xa-
vier de Carvalho.
Em consequência da suspensão
do nosso jornal, não Recusámos a
recepção e, naturalmente, f-»i por
isso que deixámos de receber os
números subsequentes.
Entretanto agradecemos a lem-
brança.
BJSXtEHE & G-*
R. Marechal Saldanha,*26
MWUO/t
ON
%
V*
<0
POR
Emile Richebourg
auctor dos seusacionaes romances :
A PILHA-Maldita (que conta já duas
edições), A MULUKK Fatal, A Es
POSA, A MaRI YR. O M.\KlbO, A AVÓ,
Os FILHOS I>A MI 1.1' >N xliIA, O SEL-
VAGEM e A VIUVA MILIONÁRIA, edi-
tados por esta empreza e que tão
grande soecesso obtiveram.
AS DUAS MÃES! Estas duas
palavras constituem uma verdadeira
syntliese do adoiiravel trabalho de
Emile Richebourg. AS DUAS
MÀES uáo duas mulheres que »««f-
irem: uma porque é mãe o não tem
ti Um», o a outra porque tem film «
não é mãe! E, em volta it'esLa lu
Ctft, quanta intriga, quantos ci nu e
e quantas «cenas comuioventcsos
palpitantes de auciedadi-l
Caderneta semanal de 4 folhas (32
paginas) e uma estampa, 50 >éis.
Cada volume, brochado, 450 réis.
t in mnfiiiâco brlade.
Pedidos de asssignaturas á casa
editora Balem & C.â, rua do Mare-
chal Saidauhu, 26—Lisboa.
i(A Saúde,,
Novas leis
A Bibliotheca Popular de Leg is
■Ão, com »éde «m Lisbon, run <Ih
«lay a, n° 183, 2.*, «caba da
ítu■' OS novos legub.immtos so-
rt Imposto do Sello (200 réis),
•atribuição de Registo (200 réis),
mda de Çasus a tíumptnaria (réis
0), Reorgamsação do notariado
blico (200 léi»).
Oa troa primeiros regulamentos
o acompanhados do repertórios
phabeticos, o que torna assAs re
imoandavois estas ediçBes, pela
cilidade com que o consulente
contra a materia que deseja Co-
iecer.
Logo que no Diário do Governo
>pnr«çam o Çodigo Administrate
■ o Regulamento da Contribuição
zir 2.* edição em onndiçÕ»s milito
vantajosa* para os asnigiiautes, aos
quaes seiá offerecido, cem o ultimo
fnscicU o da obra, um BRINDE va-
lioso.
A obra comp<5e-so de 28 cader-
netas, ou sejam 3 volumes, com 24
soberbas estampas. Cada caderneta
se.nanai 50 réis; cada volume bro-
chado 450 réis. Pedidos A Empreza
E litora Bolem & C.a, rua Marechal
Saldanha, 26 —Lisboa.
Aos AgricultoresM!
Está publicado o
4liu.ui.ich das Aldeias para 1900
Abrange todos os elementos pró-
prios de livros d'esta ordem; insere
numerosos artigos sobre todo® os
ramos de agricultura e industria»
ruraes. Além d isso trata assam-
pto« iinp'-itantes da vida pratica,
pelo que é um livro utilíssimo para
toda a gente. 1 vol. de 160 p*gi-
nas. illustrado com 34 gravuras —
150 róis.
A' venda nas priucipaes livrarias
do paia.
Reuiette-ae, iminediatamente, pe-
lo correio, franco de porto, a quem
rei net ter a re*pactiva importaiioia
ao director «la Gazeta das Aldeias t
rua do Costa Cabral, 1216—Porto.
i Recebemos o n.° 20,corresponden-
te a março ultimo, d'esta magni-
fica revista mensal sobre tratamen-
tos naturaes — emprego do ar, da
agua, alimentos, luz, exercício, tem-
peratura e d outros meios immeen
tea com fins therapeiiticos para man-
ter, robustecer a resta ura r a saúde
pelos methodos de Priesuitz,Kueipp,
dr. Brehmer, etc., muito util aos
medicos e indispensável aos pues do
fainilia, directores de collegios, hos-
pícios, azylos, etc.—sob a direcção
do nosso presado amigo sr. dr. João
Bentes Castel Branco, illustrado di-
rector do estabelecimento thermal
das Caldas de Monchique.
Assignatura, por anno, para o
reino e Hespanha, 15200 réis; para
as colónias, 15800 réis; e para o
Brazil, 25400 réis.
Recouimendainos a todos oh nos-
sos leitores a Requisição d A Saúde.
•o<r>o~
«Alma Negra»
Publicou se n 4.° volume d'oetu
primorosa obra romântica de gran-
de sensação, devida A peiuiR bri-
lhante de Xavier de Moniépiu.
E' o quarto romance da eolloo-
çã«) de obras baratas iniciada pela
Empreza da Historia de Portugal.
Cada Volume, brochado, 60 réis;
pura a provineia, 70 réis.
Pedidos á Empresa, rua Augusta,
90 - Lisb «a.
E' agente iTcsta villa o nosso ami-
go «r. José Marques CurpasCenteno.
Collecçâo PAULO DE KOCH
Recebemos n IS." caderneta d'esta mo-
numental Co/lrcçào de que a boin conhe-
cida etnpreza lisbonense dos srs. Guima-
rães, Libauio & C.a acabam de abrir uma
assignatura extraordinária ao preço do
|oo rél* por cada fascículo semanal de
Mo ou II pmjlHRS «
uma srRVuru.
A winpreza oflereoe aos novos asssig-
nantes tia Collecçâo de Paulo Koch um
lirliiile «to «wlor de 4#«»o rs.»
á escolha dos aasiiruuntes, entre os se-
guintes objectos: t'ni reloglo «le
iqo. Um uiugniflce blnocuie.
O crime il« «ocledude (sensacio-
nal romance de João Chaga»).
Com a certeza de se adquirir qualquer
d'estes magníficos brindes, ninguém ha-
verá, de certo, que deixe de subscrever
na Hssigna'ura extraordinária da Collec-
Cjío de P'.ulo de Koek, o que todos po-
derão fazer dirigmdo-se, ein LISBOA —
á Livraria Editora GuãUaiieè, Libunio
& C.', rua de S. Roque, 110; no PORTO
—A Livraria E..Tavares Mariin», 8, Clé-
rigos, 10.
E' «gente n'esta vi'.'.s. o nosso amigo
sr. José Marques Corpas Ceuteuo.
4 •
[ FILHV HU.DITI
por Emile Richebouug
Acbando-sc oxgotnda a l.a edição
d'este notabilissiino romance, uma
das cordas de gloria de Rishebutirg,
resolveu a respectiva Empreza ta-
ceroH d« 30:000 vocábulos porto-
guezes, «pie ainda não estavam re-
gistados nos mais completos e mo-
no» imperfeitos diccionarios da nos-
sa lingua.
Na respectiva casa editora está
aberta a assignatura para esta obra
que constará de 2 volumes de c-r
ca de 1:600 paginas, formato iu 4.°
u duas columnar, divididos ou» 11
tomos de 9 folhas de impressão, ou
sejam 144 paginas, que serão en-
tregues mensalmente aos srs. asnig-
nalllea pelo preço de 500 róis cada
um, ficando este rico ivpositorio dos
vocábulos portugueses pela módica
quantia de 55500 réis, pois, so a
obra der mais dou 1 1 tomos, o ex-
cedente terá pelos editores offvreci-
do «os si s. ansignantoH.
O MOVO DlCCIOtVABSO será
u com pa li lia «lo «lo um a-apl«lo
diii» interi-tsunte appen«làc«^
geoitruplilco. com a maioria
«loa nomes que nudum uditlle-
rndos noa livros «lo veotfra-
pliin. no onsliio pul>llc4». ua
linguagem couimum. efe.
Secção d'an nuncios
!Huyo llicciuiiari# da
Lingua rorlugueza.
publicou MO 14.*lomo ini-
portHiitn obra «lo sr. Con.li.lo de Fi-
gueiredo e «Ih quid buo editor®» os
nis. Tavares Cardo»* & Irmào, lar-
go >1" CainCe»» 6—Li»b"«.
O saber e illiistl a,%0 do sr. Can-
dido de Figueiredo é gsrhntia suffi-
cient" de quo esta util i»nblic>vHO
bbi A unta das primeira» e mais cor-
rectas no sen gener< quo tem visto
a luz no nosso paiz.
O Novo diccionarU coinprebende
Aos surdos
Uma seiílioiR rica, quo foi cura-
da da surde» e de zumbidos nos
ouvidos por meio dos Tympanos ar-
tificiais do Instituto Nicholson, en-
tregou a esto instituto h quantia de
25:000 francos a fim de que todas
mh pessoas anrdwB quo não tenham
moios do adquirir o« Tympnvos pos-
sam twl os gratuitamente.
Dirigirão ao Instituto, "Lonc-
gott" Guiinesbury, Londres,W.
" IYIONTE-PTÕ GERftL
PERANTE a direcção d este
mouto-pio habilita se D. Oa-
tliarina de Jesus Lopes, por si « como
administradora de suas duas filhas
menores Maior o Filippa, residen-
tes em Lagos, como unien» herdei
rua A pensão annual de lUÕoOlX)
réis, legada por seu marido e pac o
hooío «i.° 6:317 Antonio Mariannó
Lopes.
Correm éditos de trintn d»«», »
contar de h je, convocando q"»**-
quer eutros filhos ligitimo», legiti-
mados ou perlilhaJo# do iidlecido,
para que reclamem « parte f]ue ni\
mesma pensão lhes possa jpcrien-
cer.
Fmdo o praso será ri'solvidil **la
pretenção.
Lisboa « escrfptorio rt'» Mr^®'
pio Geral, 9 de m»io de 1800#
O secretario da direcção
(a) Albino A. Freire d'Andrad „
Imposto do sello 80 réis
Éditos de 30 dias
CarCorlo «lo 1/ oOlolo
(L* publicaçAo)
NO juizo do direito desta oo-
nian-a o fcartorio do i.° offi -
cio, iu» inventario por obito do
Anna Joaquina, que foi casada em
primeiras núpcias c«»m João Viegas
e em segunda» com Manuel de
Brito e residiu no sitio dos P- ares,
freguesia de Qnelfes, coirem editoa
de trinta dias, a contar da segun-
da e ultima publicação do presente
annuncio no Diário do Governo,
citando, para lodos os termo» do
mesmo inventario até final, o inte-
ressado João Duarte, vulgarmente
conhecido por João Ladino, marido
da co-herdeira Maria do Rosario
da Ponte, marítimo, auBente em
parte incerta, e que residiu n esta
villa. Pelo presente ficam egual-
monte citados oh credores e legata-
rio» deicoidieoido».
Olhão, 18 de maio de 1900.
O ESCRIVÃO,
Miguel M. Agre* de Mendonça.
VERIFIQUEI.
Liz Teixeira.
s
CARVÃO DE FORJA
i globo umas 15 a 20 to- Vende-se ei
nelladas.
Para vôr e
Santo Antonio,
nandes Piloto.
0 mais energico
tratar, em Villa Real de
escriptorio de José Fer-
depurativo do sangue
Esta medicament», i..v,nvâo d'..,., ««lebre pharmaceutic., frai.uw. pre-
parado escrupulosamente por J. J. Machado, pharmaceutic» pel» Escola
Medica de Li»b»a, é o»n«id«rad» como o depurativo u.ai» enérgico e radical
até Imie conhecido. . ..
Na sua eemjmnição aponss entram vogetaes, por isso pôde applicar-se
a cre»nçns o adultos. *
As nuas vantagens são incontestáveis na syphilis, escrófula», moléstia»
de p«ll«, rhettuiatismo e prisRo de ventre. Frasco, 800 réis.
Runette-»« para a provineia a quem fizer as roquiêiç^u»> acompanha-
da» da respectiva importância, A
Pharmacia Machado, 7, Largo do Rato, 8—Lisboa
TTP0BBAFR1A AIISILIÃSl D£ ESQRIPT0R10
com dkp0SITO Dl] IMPRESSOS
de Manuel Caetano da Silva
Successor. Albino (^tWd^lva
MKriATilftS UB PRATA Au ^po.ufà^Je «Wfcínra^ astíc^^tHBW,
ein 1884 e na Exposição Industrial Portuqueza, cm Liabo.», em 1* b
' COIMBRA — Traça do Comiiirrcio, II
Impressos para repartições, commercio e particulares
ImpreHiã» rápida do ivlatorioB, compromissos, estatuto»,
facturas, .oappas, diplomas, tai5«s, qfficios, .-«cibos, «diu«s, «visos. osUu.pas,
rotiilos para pliinviufti^K0l-3H.,J^1l'lH* e»v<í,0P»>eB» ctc » eto;
Trabalho» Ue Impre«i0e« u cVe«. eatorraiypta
a—
O íLTimÒ
MANUEL PINHEIRO CHAGAS
Historia Portugal
Popular e illlustrada
Lxplendiilimieiile illuslraila no texlo sul) a dirceçfto do notável artista
ROQUE G-JLIMIIEIRO
Como é feita a distribuição
Constará de 6 volumes, approxiinadumente, esta, a todos os respeitos,
importantíssima obra, tendo cada volume cerca de 600 paginas Mostradas
com CENTENARES DE GRA\ URAS, e será publicada aos fascículos se-
manais, em 4.° grande, de 16 paginas e 4 ou 5 gravuras, custando, cada
fascículo apenas — oo ItÉIM, pagos no acto da entrega, preço modieis-i-
mo, attendendo a (pie é uma obra original, e que originaes são todos os
trabalhos de desenho e gravura, feitos exclusivamente para esta publicação,
e executados no paiz. I-to em LISBOA e no PORTO.
Nas PROVÍNCIAS, a asHiguaturn será paga adiantadamente á razão de
30© ItÉIK CADA FASCÍCULO. FltANCO IIR PORTE, contendo 10 fo-
lhas com mais de 20 gravuras, ou em TOMO* DE £© FOI,II 4* COii M % I*
UE IO tiU!l (IIIA« XO TEXTO. POR OOO IIÉH. FltAXCO REPOUTE.
Quando os assignantes ou correspondentes das províncias queiram
«conomisar portes do correio, poderão enviar quantias maiores que lhes
serão creditadas, ficando sempre o saldo á disposição dVsses assignantes
ou correspondentes. Quem enviar quantia superior a 1$000 réis, receberá
da administração da eiiipreza, na volta do correio, aviso de recepção.
A queiu se responsabiiisar por mais do O asiignaturas dará a em preza
20 °/o do cominissão, caso se encarregue da distribuição dos fascículos e
da despeza a fazer com a remessa do dinheiro á èmpreza.
Dirigir os pedidos de assignatura á
Livraria Antonio IVIaria Prrpira Autrnasift, 62o64euvnt. Liliana «IIIUIIIU IViai ia í U CU Cl, |lit llonKn!V4f ruA Augusta, 95
—I,l*Bo 4.=No PoliTo. Citiulriino €l«•> CitinpoM. rua de D. Pedro, 116—2°
E I TODIS 4* LI VB A It IA* DO PAIZ
-Empresa Litteraria Lisbonense
fiUIMARiES, MBANIO Ttl."
C0LLECÇÃ0 PAULO DE K0CK
Em eaincfo de deslríbuiç»»:
Tr
r
13,0 ««'»* *rwc)G COJÍ.K.igccj AO
IjLXUSfRAaa COM MAG3SX1TSGÀS GRAVURAS
4 o réis por semana em Lisboa e Porto.
Nas províncias, faseie, de 96 pap. lio, «le 3 «>m 3 semannfl.
A olira lerá | volume e o «eu preço mio excederá m Joo réis.
crimeTá"sociedade
Romance de palpitante actualidade, original de
li " I
Illustrado com perto de 200 gravuras e chromes
ni'sciilms c aguai cilas «ri^iiiacs de ANTONIO B\KU
G0 RÉIS CADA SEMANA
E4j tores : XIBABTIO & essa \ Rua do Norte, 145, Lisboa
€OND>ÇÕ£S DA ASSJGWATTJP A: Seraõ distribuídas cada semana 3 f«>-
IItivm ln-1. # coin 3 grituirii», ou 2 follias, cbm 2 pavuraN e I «*.liro-
mo em separado pelo preço de Oo réis, ou ena tomos d« I I ToIIiiim coin 2H tfru-
vtiras e I eliroiito pelo preço de •'<»» rei». Paru a província expedir-ne-hão
quinzenalmente O lollias ou o ToIIi.im c «iiii clironii» pelo preço de I «ta
réis, mas não se satisfazem pedidos que não venham acompanhados da importância.
Assignu-se ein Lisboa no escriptorio da Em »«*zu, rua do Norte, 145, nas principaes
livrarias, na Galeria Monaco e nos estabeleci itieut»s oude estiver o cartaz-ummncio.
( onsideram-se correspondem es as pessoas das províncias e ilhas que se responsabiJi*
eavem por 3 ou uiuím iim«Ií;iiíiIuimi«,
Pedidos áKIIIMtFZ % LIT l Elt4lKl t I,«*BB!»"\IC V*F ílulinarnes, Li*
liivnio 4% c;.a. rua Larga de S. lioqiu», 108 i II I -Lisboa.
!*© l»OII TO tenlro «1«» puiMM acoe». rua de Santa Catbarina, 229 e 281
EH CoiMBatt—Ageucia de Negócios l'uivcrsimrioa de A. de Paulo e Silva rua
do lu tau to D. Augusto.
■V**. rnt
IV Anuo
© FUTURO i\.° m
SEMANÁRIO DEMOCRÁTICO ALGARVIO
rropr.ielariii, direelur e editor responsável = Gustavo Cabrita
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NOVA C9I1ECÇIO POPULAlt
ADOLPHE »'£NNE«y
A FILHA DO CONDEMNADO
rauilioMO ronituice (le <t% eiilurnt e «lo laarimnx. illOMtrado com 2o» sraturan
Kit I ADE A TODO* O* AHHltÁ^iINTEZ
O mais trágico e emocionante dos romances até hoje publicados ^or esta einpieza ! Entrecbo digno do auctor
famoso de An Duit» Orpluia, da roimpiriMlorn, da l,in«l» de Clianiomiix e da Harlyr. ctc.
Aventuras e peripécias extraordinárias. Grande drama de amor e de ciúme, de abnegação e de heroísmo ! Lucras
terríveis com a natureza e com os homens atravez de paiees longiquos e mysteriosos! Uma figura admirável de
mulher conduz a acção, Recendendo enthustasmo pela sua coragem, arrancando lagrimas pelos seus infortúnios!
Desfecho surprehendente!
DiizetihiM mil pr»NpcfloN illiiMfrail«»M«lftNf riliuicloM sratU. Estão impressas as piimeiras
folhas da obra. Recebem-se desde jã ut signa tinas na livraria editora
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Xavier de Moiitépin
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