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AHNO XVI RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 27 DÉ ABRIL DE 1921 R. 812' ¦ ii i i !¦ ^. . .ií .11^

• ^ASEMANDAs%lANÇAS (^^)FüBLlcA"SEA5QüARTAS'fEIRAS'

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^ * JT numero auulso,300 R?X

fl^fe:W--#^.^ylj5^11'l»^*-**"*^^.^*- ™rf||í,^»-»-^')^^ NUMERO ATRAZADO, 500 R* */I REDACÇÀÒEadministração

AVENTURAS DE CHIQUINHO

Um dia, Zé Macaco, que tem a mania das invenções,Quiz mostrar ao Chiquinho um novo apparelho de " Pára'-' Sig*"...

Effectivamente o trambolho era engenhoso, embora umpouco violento no seu funecionamento. Mexia-se na mani-vella para lá e, zás! —.utna grande mão fazia pa-rar o passante.

Oim a niamvetia para ei, z&s.' — um pontapé faziaseguir o transeunte. Chiquinho e Jagunço, forem, não gos-f*ram.. .

...'da experiência que Zé Macaco fizera com elles, evingaram-se, pespégando no inventor uma série de pára esiga de crear qaliãm '

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o tico.tico SAHIDA DÊ LBAO E ENTRADA DE SENDEIRO

... O Filismino andava pelos Seus 6o annos, ma» gostavade passear, deixando em casa a sua cara metade, a D. Fe.-licidade, dando ponto nas meias.

Uma vez o Felismino sahiu e andou a provar variasmarcas de vinhos, a ponto^e se embriagar. E como nãocessasse...

__%___ __kWÍ_______. ÍWl""^^ ^f-í rBh bBp3

...de beber, o dono do botequim pôl-o na rua. Felis-mino ficou indignado com, o homem do halcão e, aos bo-léos,... -

. ...gesticulando/esbarrou num poste da Light. — Mi-seravel ! gritou elle. Não sei onde estou que não te que-bro a cara I — E dava soccos no poste. .

Um guarda-civil, 'que passava no momento, deu-lhe o

braço e o conduziu á casa. Com grandes difficuldades elle¦»uhiu as escadas c entrou no ouarto D Felieid?..-. nor

...infelicidade delia, o esperava atraz da porta, empu-nhando uma vassoura. O r«sto já se sabe — apanhou na_..cabeça <> viciado. Também até hoje o velbote não bebe mais

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_O-H>K>0<>4<>'K>4<>+<>i<>4^^ TICO-TICO +OH>K>j

?

GORRESPÕNOEÍ.CIÂ 00 OR. SÂBETÜ00CHRISTOVÃO RODRIGUES (Parahyba do Norte) — Para

se matricular na Sacola Naval precisa ter exames do todos ospreparatórios, menos Arithmetica, Álgebra, Gfeometria e Trigo-norr_et_>:a s Desenho, visto como terá de ser exanrnado nestasmatérias, antes de lhe ser concedida a matricula. 13' o que sechama — exame vestibular. A idade para a matricula é até18 annos. O requerimento deva ser feito ao ministro da Ma-rinha, lnatruido com certld.es de idade e de vaccina. Uma vezmatriculado pagara 8OO?0C0 de seis em seis mezes. O enxovalê todo â ousta do al_m.no.

MYRTHYS (Inhaúma) — Para saber da residência dosartistas escreva a Operador, Re-dacção do Para todos..., rua doOuvidor 164.

— O horóscopo da mulhernascida a 27 de Agosto é o se-gulnte: Será tímida e casta, combonitos olhos, feições regulares erosto oval. Será boa mâo de fa-mtlia, piedosa, delicada e coinpas-siva. Casará cedo e rica. Terámais filhas do que filhos, e que,como sua mãe, serão ds uma bel-leza rara.

A pedra tallsman ê o Jaspe,que preserva da tristeza.

MAGNOLIA (S. Paulo) — E'um temperamento orgulhoso, cheiode voluntarledade, mas ao mos-mo tempo accesaivel, por ser mui-to idealista e de grande bondadecordial. O seu espirito é muito re-cto, não obstante uma grandedose ds ternura, que o podia pôrem cheque. E' bastante perspicaz,e, de Quando em quando, man fes-tam-so fortemente seus lnstinctosluxuriosos. Ha firmeza e ambiçãona vontade ; não ha, porém, muitaforça inicial.

JOSÉ' DE CARVALHO (San-tos) — Horóscopo de 1! de MaioO homem nascido sob o sigwo"Taurus* será de caracter atre-vido, presumido e altivo de cora-ção. Não morrerá de amores porsua pátria e procurará mudar deterra, á cata de fortuna. Sa casarfará um casamento vantajosoPassará perigos nas águas domar e terá trabalhos por causade mulheres. Terá uma doençaaos 11 annoa a outra aos 40. Ssescapar desta poderá viver até85 annos.

A mulher nascida sob o signo"Piseis" grangearâ grandes sym-pathlaa na sociedade em que vi-vor. Será bem amada pelo homemque desposar. Terá alguns des-gostos na sua mocldade, pela dl-vergencla de seus pães com assuas affelçoea ou a aua vocação.

FAVORITA (Rio) — Temuma natureza apparentemente de-llcada, mas ê muito egoísta: quer tudo para si. E* muito vo-luntanloso, mas sabe esconder esse traço, ou por outro sabedisfarçar essa qualidade, exactaments para ser mais forte econseguir mais. Todavia, tem bastante grandeza d'alma para senão lncommodar quando os ventos lhe são contrários — o quoé outro traço forte da sua individualidade. Tem pouca, bon-dade cordial. E' bastante faceira, mas tem pouco sentimento es-th. tico.

MARCEL (?) — De tal natureza seja o esforço, que, real-mente, concorra para esse estado de magreza. Mas não pareceprovável. E' mais lógico ser um estado Independente do pequenodefeito physioo. Deve, pois, seguir um regimen alimentar abun-dante e solido, entrando principalmente as carnes, os farina-oeos, os legumes ricos — espinafra, oouve e agrião — os ovos.

¦f •'_H*_£;'s,_^___>__Nfi5[5r sj -v:V_f'¦''j_ V-%,*¦'¦'¦ ¦'¦'¦'._-_-_-__-___-_-^_r4__frfl __r*9 '_r-_l -ff^-Myl/laWí "_-__-_-_H_Í_--rC_--fe__r__ffmmJmWmWfAmWmW^^Lk" TFBfm^WZf fl_ff 1mE____________H

_>tí^t-'g__«&__,; - "... '"'¦'¦_"¦•---... ./--...- ¦¦" •¦-'¦-¦'.,£•' j

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Iffll^^^&BgEBBmmWmmmmmmmmWmMWÊ_L copo do próximo numero do oríi_ítco magazine"Leitura para todos".

lfite, etc. Pequenos passeios ao ar livre, pela manhã. Um poucode gymnastica reeiplratoria e, se puder banhos de mar ou pelomenos, as injecções de thalo-soro, preparad-s por Silva Araújo.

C. T. í_, (Copacabana) — Não tem direito a estudo grapho-lógico : escreveu em papel pautado. Horóscopo de 15 de Maio i— O homem nascido nessa data será ousado, arrebatado, porvezes brutal. Será feliz nas suas emprezas, mas, devido ao seuespirito curto, todos os seus cuidados tenderão para ascou-a8 rnateriaes da vida, desdenhando a arte e tudo quantofôr intellectual. No fim da vida tornar-se-á taciturno 6 des-confiado.

A mulher será enérgica decidida, voluntariosa. Tra-tara bem dos seus negócios, fará a sua fortuna e a de suacasa. Quando solteira terá genlo independente, e um tanto

estouvado, mas casando-se tor-nar-se-ã esposa fiel, cuidadosa •dedicada, comquanto por vezesviolenta e impertinente.

JOSÉ' SALDES (Maceió) —ceio) — Trate do caso, que pôdeser sério. Consulte um medico oumesmo um bom pharmaceutlco.Essas cousas sé á vista, e sa-bendo-se a causa.

ARISTOTELINO RIBERRO(Rio) — A querida amiguinhaenganou-se: aqui nâo Be adivl-nha o futuro de ninguém. Queirapedir noutros termos.

LAUSINIIO (Campinas) —Não acredite em pomadas paraespinhas, salvo quando prévia-mente houver feito uma desin-fecção completa doB Intestinos.Mas depois disso, qualquer sabãoliquido — Russo, Arlstolino, etc— serve para fazer desappareoeros vestígios.

Consulte o seu medico e pe-

S,-lha a receita para aquella des-

fecção _de aocordo com a suanatureza. B* assim que se faz.

ALBA MARTINS (Ro) —A mulher nascida sob o signo"Caprlcornius" será de Índoleum tanto perversa. Emquantosolteira será apenas leviana e ti-mlda. mas dopois de casada tor-nar-se-ã desembaraçada e Intri-jante. Será amlfi- de viajar emulto dada a discussões. Gostaráde theatros, bailes e de versos.Morrerá multo velha.

A pedra tallsman é o —"Oranete".

AUGUSTO DA SILVA RO-SA (S. Paulo) — Com esse ti-tulo — Agenale Dune ou Agen-cia Duna — não existe aquinenhuma casa de informações.Existe, sim, a firma Dun & C,oom agencia de Informações com-merolaes, á Avenida Rio Bran-co 110, 2° andar — telephone 497,Central.

Quanto ao outro assum-jrto — privilégios — a melhor,Senão unlca, é a casa Leclero

A C, rua do Rosário 156 —, telephone 1198, Norte.MILOSA (Rio) — 1* — O Creme Polah, ou melhor, o Cutl-

sol Reis. 2° — Use a Quina PaVamá, de Silva Araújo ou a Ju-ventude Alexandre. 3" — O horóscopo de 19 de Setembro ô as-sim: A mulher será timida, casta e devota. Casará cedo e rica.Sorá excellente mãe de familia e terá mais filhas que filhos.

SÓCRATES (Campinas) — Para o horóscopo faltou a datade nascimento, que é essencial.

Qualquer que seja a profissão que seguir nada perderá«m aprender musica.

N. F. B. (Rio) — Para estudo graphologlco é preciso queo pedido venha assignado com o nome e sobrenome, isto é, quetenha a assignatura legal. E para horóscopo é preciso o dia domez em qua nasceu. — DB. SABETUDO.

Álbumfi GnematograpNco

• DO —=

PARA TODOS...pnrn 1922==

Commemorando o seu 3° anniversario, publicará o ParaTodos..., pelo Natal do corrente anno, um magnífico ai-bum contendo centenas de retratos de artistas, todos abso-lutamente inéditos, a duas e mais cores, com as respectivasbiographias, scenas de films de suecesso, artigos originaessobre factos relativos á cinematographia, quer noticiosos,mier technicos, de sorte a fornecer aos seus leitores os da-Cos mais completos sobre a industria do film no mundo inteiro.Tratando-se, como se trata, de «ma publicação luxuosíssima,

COMO JAMAIS SE FEZ NO BRASIL,

a sua edição será naturalmente limitada. Assim, as encom-mendas d. exemplares podem ser feitas desde já á SociedadeAnonyma O Malho—Rua do Ouividor n. 164—Rio de Janeira

Preço 5$000 — Registrado pelo Correio 5$500

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..C5+Õ+0+ o TICO-TICO *o+0+0+<>+<>+0+0+0+<>+<>í<>+<>+0+^^

Creança curada com o ^EltlXlR DE liOGÜEIflA'5 d. && d, ã^Vo^ao*! àU^sel^S^o0usar: extracto de belladona 3 centigr., oxydo branco de an-tlmonlo B centigr., xarope de codeina 30 gr., Julepo goni-moso, feito num lnfuso de capinaria. 150 gr.

A. E. C. (Fortaleza) —¦ As injecçOes de "Èlectrargol"podem ser empregadas com vantagem, pois combatem vigo-rosamente os mlorobios pathogenlcos.

J. VIEIRA (Rio) — Pincele as regiões Indicadas, em-pregando: tintura de iodo 10 gr., tintura thebalca, 5 gr.,glycerina 20 gr.

DR. DURVAL DE BRITO

Amélia de Oarviylho Branco — 2 nnnoa de Idade — Bahia...venho por meio desta agradecer a cura que o ELIXIRDE NOGUEIRA do Phco. Chco. João da Silva Silveira ope-rou em minha filha AMÉLIA, de 2 annos de idade,' a qualsoffria de um padeoimento de e°celrnn e tumores por todeO cor pinho.

(A) Amélia de Carvalho BrancoBahia — Rua do Pilar n. 77Os documentos, narrando minuciosamente todas as curas

obtidas com o ELIXIR DE NOGUEIRA do PharmaeeutiçoJoão da Silva Silveira, estão em poder dos únicos fabrlcan-tes — VIUVA SILVEIRA & FILHO, rua da Gloria n. 62.com as firmas devidamente reconhecidas.

BALAS «SPORTSMEN»Além de deliciosas levam Impresso no envoltório o

retrato dos melhores foot-ballers de São Paulo e Riode Janeiro. São indiscutivelmente as mais preferidas poisquem apresentar a collecçâo completa dos retratos re-cebe lindos e valiosos brindes. A numeração 6 completa,todos recebem prêmios I Por este motivo são as mais pro-curadas.

GRECHI & COMP. — Fabricantes. S. Padxo — Ruado Glazometro, 35. Rio Da Jameiro — Rua Senador Dan-tas, 103.

CLINICA 7uBDICA D'0 CICO-TICOCONSULTAS DA SEMANA

A. S. (Rio) — Pela manha e a noite usa uma c«íherl-nha do "Valerianato de Ammonlo Plerlot". Depois de cadarefeição, use o "Nucleatol Granulado Robin",—o conteúdoda medida que acompanha o vidro. Faça por semana tresinjeeções intra-musculares com as ampolas do "Soro arss-nico-ferro-phosphatado n. 1, de Silva Araújo.I. G. (S. Paulo) — Use em fricções: óleo de meimendro

60 gr., salioylato de methyla 15 gr., chloroformlo 10 gr.,essência de terebinthlna 10 gr., ammonea liquida 6 gr., aí-.;. coolatura de alfazema 8 gr.J. F. (Recife) -— Deve usar os banhos de Varéges. De

certo não lhe ha de agradar o cheiro do mono-sulfureto desodlo; mas quem precisa tem de ser resignado. Assim com-prehende o vulgo, quando afflrma sentenclosamente que anecessidade tem cara de hereje...

Farinha 1'hoMphntada, eicrapuloaamente prepara-da para alimentação das oreançiiB, adultos, do-entes, convalescentes, et;. Adoptada com real•uceesso na "Creche Baroneza de Limeira", em

S. Pnnlo.Wfc i*1 i ¦!MBWww«ranmVWiiBüiitf<»>si.s--"t^-^.---. — w—~-.7*mffT^iw_ihi-_sac5iaigg

eRLMEDnírirflNei=9,,i

A SALVAÇÃO das

rilLUBt.ii Qae Lenho empregado nau creaaclnhaainternadas na "Creche F.aro nessa rte Limeira" o pre-parado denominado "CREME DA INFÂNCIA", dofabrico da Sociedade Anonyma *FBCULARIA PAU-LISTA", e os resultados obtidos tÉSm sido anima,dores.

S. Paulo, 1 de Maio de 1919 — Dr. Felintho Ha-bcrbeck Brandão (Firma reconhecida).Kncontru-ne em todas as casas de primeira ordem

S. A.FECULARIA PAULISTtNA RIO DBJANBIROCAIXA POSTAL 778 Agentes: J. L. GUIMARAENS & C.

8. Paulo Rua da Alfândega, 85—Sob. |\ ajuizado; faze gosar delles os teus si- A

,i a milhantes e serás virtuoso. Y

? Darthros, Comichões, Infecções, ^y i ^SSSS CWn <§ X'i / t- •.' _j- 't i, "i res"«Peito «nas coV.as, /tSSb. J% Yf mo/ tczemas, Pruridos o Irritações \BQ í insomnia*,«te. >r^k a

í », BABY-FLOHA SILVA ARAÚJO j t^^^i^m |•j tf_SS^fc^ Talco boricinado para uso das jsBm j *sfr (wm$c3' %í ^kW^^^^^^. crianças e adultos ^^

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í ELLA MflO MEDICO./. **%$// 0/\rjv^r^r^jv^rj^rjv^^rj-^m-^rv^j^j^e^r^jvv^^ i w / .{•

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Propriedade o*SEMANÁRIO DAS CRIANÇAS

'Soe. Anonyma O MALHO" — Publica-o. 4s Quartas-F-ira»DisKCTos-acRiNTii A. Sérgio da Silva Júnior

atstNeiA—RcdacçXoANHUNCIOS

TELEPHONES-_ NORTE 6*03

8052 S81S

A83IQNATURA8

e mizcs-

19$000

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Numero avulso- ________ 800 M' " MO INTEBIOS DO» ESTADOS 400 SS.

ATRAZADO 600 *».

164, M GO OUVIDOR - RIO DE I1IEIR0As assignaturas começam sempre no dia í.° do me* em qua forem tomidas, e só serão acceitas annual ou semestralmente

As lições de VovôA INTELLIGENCIA DOS INSECTOS

Meus netinhos :Hontem, quando entrei em casa, um dos

meus netinhos, que já conta oito annos,perguntou-me de sopetão :

— Os insectos pensam como nós ?Franqueza: — fiquei atrapalhado. As

creança» têm o dom de atrapalhar a gen-te com «ns suas perguntas.

Era-me diffkil responder á perguntacomo a pergunta fora feita. Se o meunetinho me perguntasse se os insectos ti-nham inielligencia eu saberia responder.Mas feita a pergunta d'aquella maneira— os insectos pensam como nós? — fiqueilériamente embaraçado.

Dizer-te que os insectos pensam comonós é exaggero. Exaggero e inverdade. Ohomem, na escala animal, é o animal su-Perior. E, quanto mais superior é um ani-mal, mais inteligente elle é, isto é, maiscondições de raciocínio elle tem. Pensaré uma resultante do raciocínio. Os inse-otos são animaes inferiores a nós; estávisto que não podem pensar como nós

!£ pensamos; mas têm a intelligencia que nós'•errros. Mas não se póde negar que os in-sectos possuem alguma intelligencia.

A inteligência, isto é, as qualidades deraciocínio dos insectos têm sido larga-

y mente negadas por muitos daquelles queos estudam, Af firma-se que os insectosnada mais têm do que instineto. Ao nas-cer já elles sabem o que vão fazer du-rante a vida; não têm necessidade deaprender os seus delicados misteres. As-

JÇ sim sendo o que elles tem é instinto enão intelligencia.

Mas, será isso verdade? Se com algunsinsectos isso é verdadeiro, com outros jánão é, Ha alguns delles que mostram vir-tudes de intelligencia iguaes aos própriosanimaes superiores, '

Querem os meus netinhos ter a provada intelligencia dos insectos? Basta queestudem a. vida e os coslumes das formi-gas e «Ias abelhas.

Estudando os dois animaeszinhos, per-cebe-se que eV.es não são autômatos, istoé, não praticam sempre os mesmos actos,não executam sempre da mesma maneira° seu papel na vida.

Isso de se dizer que os insectos não se

modificam nem se aperfeiçoam, nadaaprendem e nada esquecem e que semprepraticam aquillo que os seus antepassados,desde o começo do mundo, praticaram,vem por terra desde que estudemos a vidainteressante das abelhas e das formigas.

Um exemplo a propósito das formigas.Quando o máo tempo se denuncia, o pri-meiro cuidado das formigas é fechar aabertura do formigueiro; verificam asavarias da morada, não só prevenindo assuas próprias vidas, como também as daslarvas que 14 dentro estão depositadas.

Por ahi se vê que as formigas são obri-gadas a abservar, a apreciar, a julgar e ainventar. E isso é intelligencia.

Não podemos determinar o valor psy-chologico de um animal sem primeiro exa-minar os seus centros nervosos. O cere-bro de uma formiga é um bello exemplodo facto de ser necessário para as com-binações intellectuaes um centro nervososuperior.

Uma colônia de formigas compSe-se detres sortes de individuos: a formiga rai-nha — a maior de todas, a formiga obrei-ra — mais pequena e a formiga macho —um pouco maior que a obreira. Dessastres, é a obreira a que tem as faculdadesintellectuaes mais desenvolvidas. Na rainhacilas são menos e na formiga macho quasinenhuma. A formiga macho é um sêr in-ferior: não distingue amigos nem iniml-gos; não sabe sequer voltar ao ninho quan-do de lá é tirada.

Vede o que dissemos acima: é necessa-rio um centro nervoso superior para ascombinações intellectuaes. O cérebro daformiga obreira é grande, o da rainha émenor e o da formiga macho—atrophiado.

Dahi se conclue que a obreira é maisinteligente, tem memória maior e virtu-des de pensamento muito desenvolvidas; arainha — menos e a formiga macho —quasi nada.

Na formiga obreira as qualidades dememória estão de facto muito desenvolvi-das. Certas formigas são capazes de reco-nhecer as suas amigas, depois de muitosmezes de ausência. Existem entre e"as com-binações olfativas (de cheiro) complica-das: cheiro do ninho, cheiro de lamilia,cheiro individual.

Todas estas cousas sto provai irrefuta-veis de que" nellas não existe somente oInstineto, mas também a Intelligencia.

E' facto demonstrado que as formigas

«B ais abelhas se communicani entre si.,Certamente a linguagem que ellas usam.não é a linguagem humana, não. E' uma clinguagem lá a modo deilas, mas, em todo 'o caso, uma linguagem. E isso só acon-tece com as abelhas e formigas obreiras, ,que as outras, por terem o cérebro atro- ,phiádo, não têm papel intelligente na vida.

Entre as formigas e as abelhas vamosencontrar sentimentos que são de seres .superiores na escala animal. A abelha rai-nha tem ciúmes e mata, quando póde, a'sua rival; as formigas guerreiras são de'um heroísmo (porque não, heroísmo?) as-sombroso; as abelhas obreiras deixam-semorrer de fome para alimentar a rainha,aquella que vae augmentar a prole, aquel-Ia a que está entregue o povoamento do jcortiço. Ha entre as formigas ódios pes- \soaes, como entre nós. Já se tem obser-vado que certas formigas, no meio de uma imultidão deilas, vão direito atacar aquel-Ia que lhe fez algum mal. Ha tambémsympathias, af feições: ha formigas quevivem sempre boas camaradas, sempreunidas, depois que uma defendeu a outra.

O instineto do dever é também muito des-envolvido entre ellas. Atacado o formiguei- iro, todas se preparam para o combate e'todas estão promptas a morrer, e muitas 'vezes morrem, sempre com uma abnegação \que os homens precisavam aprender.

Por ahi vêem os meus netinhos, que haintelligencia e ás vezes uma intelligenciamuito mais clara e muito nobre entre osinsectos. E' preciso, porém, observar queessa intelligencia apparece mais nos inse-ctos sociaes, isto é, naquelles que vivem ,em sociedade, que vivem em colônias, taes .as formigas e as abelhas.

Não é somente o homem o sêr intelli- 'gente. A natureza ao formar os seres não 'nos deu o privilegio da intelligencia. Distri- \buiu-a por todos os seres, a uns mais, a,outros menos, conforme as necessidades da •vida. Isso do homem julgar-sa o único ianimal racional, nada mais é do que vai-dade, talvez a mais accentuatía de todas asqualidades (se não quizerem tâiamar de-feito) humanas. Nós nos julgamos os uni-,cos seres raciorrae». Quem sabe lk « omacaco, se o elephante, sa as formigas,se as abelhas não julgam elles próprios?

Quem sabe li se aqueVe» animaes nãonos imaginam seres inferiores ?

VOVÓ

ILLUSTRAÇAO BRAZILEIRA — espelho da ar te e Intellectualidade do Brasil' <>«t««>K>-l-<>-K>-K>-K>«K>-K>-K^ <

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•0*0+0* O TICO-TICO "*<>*<>-K>+0*K>H<>4«>4<H<H<>4^^

¥f»sfiS}___f_-—--J TS"1 B9

PTiCo-^Fico maudafíc

ajw/v,ejísab/o,s

Completa hoje mais um anniversario na-taliclo a gentil senhorlnha Enedina, filhado Sr. Francisco Affonso de Mello, com-merciante em Branquinha, Estado de Ala-

-— Tambem receberá multas felicitaçõespela passagem do seu natalicio o estimadoSr. José Motta, negociante em Branquinha,

i .AlaizoasA 12 do corrente passou a data na-

tallcia do pequeno Zezito, filhinho do Sr.Manoel de Araujo Cerqueira, residente emBranquinha, Alagoas.

Fez annos a 13 do corrente a lntelll-gente menina Théa, irmã do nosso collabo-rador Theomar Freire Jones e filha do Dr.Jones Filho.

Completam amanhã quatorze annos osiovons Lincoln e Aguinaldo (gêmeos) fl-ihos do Sr. Olympio Moreira Lima, func-clonario das Docas do Porto de Recife, on-de residem os annlversarlantes.

Oclrema, galante filhinha do Dr. Ben-to de Andrade, recebeu hontem, dia de seunatalicio, muitas felicitações e bonbonp.

Verá passar amanhã mais um nata-llclo o galante Edú, enlevo do lar do Sr.Antenor de Siqueira e de D. Orminda G.Siqueira.

NASCIMENTOS

O lar do Sr. Audlfar Lacerda e de suaexma. senhora está augmentado pelo nos-cimento de uma Interessante menina querecebeu o nome de Amalla.

Mais um l'ndo lrmãozinho têm osnossos leitores Carmen e Mario Pereira, re-sidentes nesta capital. Marlano será o no-me do nosso futuro leitor.

Está em festas o lar do Sr. JuvenalPinheiro e de sua senhora D. Ada Nobre-ga Pinheiro, por motivo do nascimento,oceorrido a 15 do corrente, de seu filhinhoRuy.

BAPTISADOBFoi baptisado no dia 17 deste mez o gor-

ducho Arnaldo, filhinho do Dr. Victor deC. Monteiro e de D. Almolrinda S. Mon-teiro. Arnaldo teve por padrinhos o seuavO, o Sr. capitão Salvador Simões e sualrmãzlnha Celeste, nossa prezada leitora.

—Luiz Chrlstlano, o interessante filhi-nho do Dt. Helmano de Souza Mattos eD Alice Brasil de Souza Mattos, foi

1 baptisado a 18 do corrente mez. Poreste motivo, os avôs da Interessantecreança, que serviram de seus paranym-phos na pia baptismal, offereceram á

i noite em sua residência um chá ás pes-soas de suas relações, tendo o guapo' Luiz Chrlstlano sido muito admiradojpelos presentes.

NA BERLINDA ...

Estão na berlinda as alumnas da Escolado Commeroio "José Bonlfaoio", de San-tos:

Callmerla Castilho, por ser a mala_agradável; Evellna Alça, por ser a malaespirituosa; Odetto Freitas, por ler amais rlsonha; Magnolia Cedro, por ser amais pândega e tagarella; Odette Fran-ca, por ser a mais appllcada; PaulinaMala, por aer a mais estudiosa; AdoliaMorgado, por ser a mais bonita; Ade-lalde Oliveira, por ser a mais elegante;Guiomar Porto, por ser a mais sooegada;Neomizla Campos, por ser a mala cora-da; Magnolia Moreira, por ser a maisalegre; Lery Plínio, por ser a mais en-graçadtnha; Jesulna CarrIJo, por ter unalindos cabellos e nôs por sermos — IN-DISCRETAS.

Estão na berlinda aa segulntea ie-nhorltaa e rapazes da rua S. Joaé:

Elvira. por Ber a mala vagarosa; Isau-ra, a mais gorda; Adelaide, a mala en-oantadora; Catlta, a mala modesta;

Eduardo, o mais elegante; Vicente omais levado; Armando, o mais bonito;Antônio, o mais forte; Avtellar, o malaquerido; Manoel, o mais "chie"; Goulart*0 mais demorado, e eu ? o mais — FAL-LADOR.

— Estfto na berlinda as seglntes se-nhoritas e rapazes da rua Rezende :

Marlazinha, a mais elegante; Nair, amais engraçada; Olinda a mais estúdio-sa; Olga, a mais melancólica; Itália, amais bonita; Dalila, a mais sincera; Sil-vina, a mais agradável; Odette, a malaboaslnha; Eugênio, o mais gordo; Ernea-to, o mais fino; Ângelo, o mais tlmidoiFrancisoo, o mais alto; José, o mais rloo;Ignacio, o mais bem falante; Barco, omais querido; Ra.ul, o mais falador; VI-cente, o mais amável; João, o mais va-lente, e eu ? o mais — LINGUARUDO.

Estão na berlinda as senhorlnhasda bella cidade de Magdalena :

JuKnha, por ser a mais meiga e ap-pllcada; Alda, por ser mais graciosa equerida de todos; Pequenina, por ser amais alegre e rlsonha; Dalila, por ser amais bonita, dlstincta e elegante; Alzira,por ser a mais faceira e sympathlca; Ce-

BâflJÜS

u gui a.u.eno Ca.MíHo, ae i mexes, filhinhodo Sr. Antônio Alves e de D. Magdalena

Silva Alves.

Hta, por ser a mais Joven e a mais pan-dega; Zezé, por ser a mais constante equerida; Noella, por ser a mais gentil e"chie"; Jandyra, por ser amável e atten-ciosa, e eu a mais tagarella — MARIA-ZINHA.

— Estão na berlinda as seguintas pes-soas do bairro de Botafogo :

Esther Reis, por ser a mais seduetora;Sara Bandeira de Mello, por ser a maismimosa; Emilia, por ser a mais bella;Adalgisa F., por ser a mala elegante ;Heloísa I. F., por ser a mais "sport-woman; Opholla M. Reis, por ser a maiselegante; Ilka Reis, por ser a mais for-te; Ivo Magalhães, por Bor o mais belloe elegante; Carlos Lassanoe Fontoura,por ser o mais engraçadinho; FredericoFaro, por ser o mais bello, e eu por ser amais — ORACIOSA.

— Estão na berlinda as segulnteasonhorltas e rapazes da rua Moraea eValle :

Sylvia Colombo, por ser a mais ele-gante; Georgetto CruK, por ser a malaestudiosa; Beatriz Cruz, por ser a maisoutdadosa; Mercedes Cruz, por ser a malasympathloa; Leonora, por aer a mais ri-sonha; Julieta. por ser a mais eximia;Violeta, por ser a mais graoiosa; Anno,por aer a mais engraçada, Almerlnda, porpor aer a mala prazentelra; GeorgotteCoutinho, por aer a mala trabalhadelra ;

Maria de Lourdes, por ser a mais boni-tinha; Rodolpho, por ser triste; Raul, poraer o malB esperto; Sylvio, por ser omais "chie"; Augusto, por ser o mais pa-triotlco; Rubens, por ser o mais queri-do; Américo, por ser o mais elegante;José Sylva.por ser o mais corajoso; Moa-cyr, por ser o mais bonltinno; Franiis-co Coutinho, por ser o mais socegado, eeu — QUEM SOU ?EM LEILKO

Leilão das alumnas do i" anno da16" Escola mista do 8o Dlstrlcto :

Quanto dão pela belleza de Marietta ?Pela elegância da Jandyra ? Pela gordurade Nadyr ? Pela dedicação de Hilda ? Pelosilencio de Lygia ? Pela simplicidade deMaria Elisa ? Pela elegância de Adalber-ta ? Pela modéstia de Ivette ? Pela gen-tlleza de Chrlstollna ? Pela bondade de Or-mezlnda ? Pela belleza de Elsla ? Pela gra-ça de Carusa ? Pela gratidão da America?Pela modéstia de Alice ? e finalmente,quanto dão pela minha elegância ? 9, 19,13, 1, 18. 4, 5. 18, 6, 12, 12, 18. 16, 6,18, 5, 9, 18, 1.

Estão na berlinda ob seguintesalumnos da Escola Modelo Bernardode Vasconcellos, da 6' anno :

Iracema, por ser a mais Intelligente;Oswaldlna, por ser a mais séria; Lau-ra, por ser a mais eatudlosa; Julieta,por ser a mais travessa; Santuzza, porser a mais luxenta; Maria Lupe, porser a mais franca; Gorazza, por ser amais querida; Maria da Penha, por sera mais espirituosa; Ondina Bastos, poraer a mais delicada; Anna por ser amais boaslnha; Gloconda, por ser amais alta: Nlolo, por ser o mais "mlg-non" e Tuy, o mas calmo. E eu sou omais — RAVENGAR.

Leilão da Escola Joaquim Manoel 'de Macedo, 6» anno :

Quanto dão pelos sorrisos de Orcellna?pela Bympathla de Nlcla ? pólos mimososcachos de Dona Robertma ? pelo acanha-mento de Julquerla ? pelo sorriso de Zl-lah ? pela voz fina de America ? pelamlgnon Ulmarla ? pela Intelligencia deOdette ? pela applicação de Emengarda epelo leiloeiro — ROLLEAUX ?

Estão em lellfto as gentis sonhorltas 'e os gentis rapazes do bairro de SãoChristovão :

Quanto dão pela voz meiga do FadloTaham ? pela altura do Rubem Madeira ?pela ingenuidade do Rodolpho Kussá ?pelas palavras santas do Brae Dias Pi-nho ? pela camaradagem do Agostinho ?

Êelo modo de nadar do Demosthenes

ilas? pela sinceridade do Reynaldo Sa-roldl ? pelo olhar do Oscar Toledo ? pe-Ias travessuras do João Dias ? pelas gra-ças do Diogenes Dias 7 pela camarada-gem da Carmen ? pelos lindos olhos daDéa ? pela conversa da Geny ? pelos ca-bellos da BBther ? pela simplicidade daGuiomar ? pela modéstia da Bellnha ? efinalmente quanto dão por mim ?—GAU-CHA.

Estão em leilão as seguintes senho-rinhas e rapazes, de São Christovão :

Quanto dão pela delicadeza da Olga ?pelo andar da Bolllnha ? pelo "chie" deEponlna ? pela Bympathla da Mercedes ?pela extrema habilidade da Alzira ? pelacalma da Miloca ? pelo coraçãozlnho mel-go do Muolo ? pelo comportamento daBelllnha ? pelo meigo olhar da Marlqui-nhns ? pela eleganola da Maritta ? pelabelleza do Hernani 7 pela gentileza doOctavio 7 pelo porte da Dedeca 7 pelaspolidas unhas da Hercrtlla ? pela slnceri-dade do Renato ?DOCBIRA

Pudim das minhas amlgujnhas de Ja-oarepaguft:

Junta-se 1|2 kilo da bondade de Abi-guhll Rolhe, 1 clmvena da gentileza daLulzlnha, 20 granimos da delicadeza deIracema Vidal, 8 colheres do sorriso attra-hente de Jandyra Vidal; 1 colher de sopada sinceridade de Judith Vidal, 1 chicarada graoa de Odette Forain, 1 ohavena damodéstia da Maria Aroucn, 1 chicara daIngenuidade de Nelly, 1 tigela da gontlle-za de Sara Mlllemo, 1 cálice da meigulcede Darcy D^nlz, 100 grammas da slnceri-dade de Enêas Sant'Anna, 1|2 kilo da de-dlcação de Joaé Leitão. Bate-se bem, leva-ae ao forno e, quando prompto, offeroce-seao amiguinho Ernesto Rohe. — ANGELI-CA DOBBATV

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j <>X>*o«:K>r<>-K>K>^C>4<^ O TICO-TICO towrv)

gf^fa OS TRES PARES'DE TAMANCOS íHavia, ha muito tempo, um velho car-

pinteiro que tinha tres filhos. Era um ho-mem bom que trabalhava muito e passavaPor ter dinheiro guardado. Mas, .quandoelle morreu, seus filhos ficaram desapofl-tados.

Ficaram muito tristes, porque assim po-tabellião para ver qual era a herança enão encontraram em toda á casa nem umvintém. Acharam apenas, fechados pre-ciosamente em um bahú de ferro, como sa

_^ £^S*7K.jfNhj^*-,r—-l ,-j-l, Jj jl 'i_ i'ii»

Llr2^ rabiK w*il(|HlWi "m

O irmão mais velho encontrou algunsnickeis.

valessem muita cousa, tres pares de ta-mancos.

Ficaram muito tristes, porque assim po-diam se considerar na mais completa mi-seria.

Entretanto, continuando á procurar cui-dadosamcnte, acharam em outra caixauma carta que lhes fez nascer uma pou-co de esperança. A carta dizia assim :" M«u« queridos filhos.

Estimando igualmente a todos tres, nãoquiz favorecer mais a um do que a ou-tro com a minha herança. Por isso, vo-cês mesmos ficam encarregados de divi-dir a (fortuna que consegui ajuntar coinmuito trabalho.

E isso será fácil.Calcem os tamancos que aqui deixei

fechados no bahu' de ferro e caminhempela estrada, sempre direito, indo para o

lado do sol. Hão de encontrar a fortunadebaixo dos pés."

Os tres filhos do carpinteiro eram rá-pazes de espirito simples.

Não procuraram comprehender o senti-do da carta do velho. Trataram, apenas,de executar as suas instrucções.

O mais velho, cjue se chamava João,era alto e forte; escolheu logo os melho-res tamancos, o par que estava novo e per-feito; calçou-os e sahiu immediátamen-

te, andando com grande rapidez na di-recção do sol, com a esperança de en-contrar o thesouro primeiro do que osoutros e ficar com todo o dinheiro.

O segundo filho, que se chamava José,apressou-se também a escolher dos doispares de tamancos que haviam ficado o<jue estava mais novo, e sahiu pelo mes-mo caminho de seu irmão mais velho.

O filho mais moço do carpinteiro eramagro, franzino e se chamava Henrique.Viu os outros tirar o que quizeram e fi-cou com o ultimo par de tamancos, queeram já muito velhos e estragados, tantoque para andar com elles seria precisomuito cuidado .Mas que fazer ? Eraaquillo que lhe tinham deixado 1...

Em todo o caso vki logo que com unstamancos tão velhos elle não poderia ai-cançar os irmãos; portanto, estava arris-cado a chegar tarde e não encontrar nemmais um nickel da herança de seu pae.Com effeito os dois irmãos mais velhoscorriam rapidamente, um perseguindo ooutro e em pouco o pobre Henrique osperdeu de vista. Comtudo, para obedecera carta de seu pae e com a esperança deque seus irmãos lhe dariam, talvez, ai-guma cousa da fortuna que encontrassem,Henrique poz-se a caminho corajosamente.

Assim caminhou um dia inteiro. Quan-do cahiu a noite sentou-se á beira do ca-minho, comeu um pedaço de pão que le-vava no bolso, depois deitou-se sobre ummonte de )folhas sêccas e adormeceu.

No dia seguinte recomeçou a andar. Dequando em quando perguntava ás pessoasque encontrava na estrada :

Os senhores não viram passar poraqui meus irmãos João e José ?

Vimos. — respondiam as pessoas —Passaram ha muito tempo.

Então ainda não cheguei ao logar dothesouro — pensava Henrique.

E proseguia na sua marcha.Ao fim de oito dias já o rapaz estava

muito cansado e mal podia andar, mesmoporque os tamancos, muito gastos, lhe ma-goavam os pés. E elle pensava amargamen-te no egoísmo de seus irmãos, qu)e o ti-nham abandonado.

De repente, tropeçou; os tamancos, já,muito velhos, batendo em uma pedra, par- ,tiram-se e ouviu-se um ruido singular.Henrique olhou para o chão e ficou estu- 'pefacto. Dos tamancos partidos sahiam de- 'zenas de moedas de>euro.

A predicção da carta do sapateiro acaba-va de se realisar. Henrique encontrara a 'fortuna debaixo dos pés.

Intelligente e perspicaz, o velho compro-hendera o caracter de cada um de seus fl-lhos. Comprehenderá que elles seriam io-capazes de se unir afim de partirem jun- 'tos em busca da fortuna. Sahia que os

mill xm /m*'^

Os tamancos se abriram e delles rolarammoedas de ouro.

dois mais velhos eram brutaes e assim quizque elles próprios por suas mãos escolhes-sem a fortuna. Pôz o seu dinheiro em ouroescondido no forro dos tamancos mais ve-lhos, nos tamancos bem conservados pôzmoedas de prata e nos tamancos novos pôzapenas nickeis.

Calculara elle que os ambiciosos haviamfatalmente de escolher os tamancos me-lbores e quiz castigal-os.

De facto, José, que escolhera os ta-mancos ainda muito bons, teve que ca-minliar dois mezes antes de partil-os e sóachou moedas de prata, e João, o maisvelho, caminhou um anno sem parar e aofim de todo esse tempo leve que se con-tentar com alguns magros nickeis.

Teve assim cada um a sorte que bemmerecia.

Flores ejíqjisltasO flortcultor que puder deixar algum

tempo as suas flores para pensar noutracousa dirá que ha uma grande aemellian-Ca entre anmaes e plantas.

Flores bonitas — como todas as quacresoem em terra firme — crescem no fun-do do oceano, emquanto que, nas estufas,onde estilo guardadas, multas plantas ma-ravilhosas trazidas de terras troptcaes, or-chldéas e cactus, podem multo bem sertomadas por pássaros, repf.s ou peixes.

No Alexandre Parque, Manchester, por•xemplo, pôde-ae vêr um cactus extraordl-narto, cuja flor — rara, allâs, é Igualzinha* uma estrella do mar.

Mas ha vinte annos que nâó floresce ea&o poucas aa pessoas que tiveram occaslfiode vêr «sta. flor.

O que mais deteriora os chapéos é achuva e a poeira. Esta ultima penetra nofeltro, tornando-o sebento e sujo. Paraevitar esse inconveniente deve-se escovarminuciosamente o chapéo todos os dias e,quando fôr molhado pela chuva, deve-seenxugal-o com um lenço bastante fino,esfregando-o na direcção do pello do fel-

tro. Se# este estiver desfigurado, deve-searranjal-o com as mãos, dependural-o atéque esteja quasi secco, escovando-o eraseguida, para ime o pello tome a conve-niente direcção. Se depois desta opera-ção se abserva que o feltro não está lus-truso, deve-se applicar-lhe um ferro de en-gommar e logo após passar-llie uma es-cova, o que lhe restituirá o brilho e o tor-nárá ainda mais bonito. Todas estas pe-quenas precauções custam pouco traba-lho e nenhum dinheiro, e dão aos chapéusum aspecto limpo e elegante.

LEITURA PARA TODOS — o mais útil de todos os magazines.• <>-K>4<>4K>x>'K>-K>frO-K>^^

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•O+O+O* 0 TICO-TICO **K>*K>*i<H-<>*í*<>*<K>-f<>^^

OFFERTA DE ANNIVERSARIOrn (DIALOGO)

PersonagensArthdb

Lauro .

arthur (Bnvrando da direita oom umatira de papel nas mãos e um lápis, vae an-dando emquanto escreve) :"Pelo seu Minlversario...

Neste dia... primoroso...Lauro (Entrando da esquerda ao mesmo

tempo, oom uma tira de papel e um lápisna mão, eporove também emquanto anda,de maneira a se encontrarem ambos aomeio da soena) :"Neste dia luminoso

Do seu... grato anniversario. ..Arthur (Abalroando Lauro « erguendo a

oabeça) — Que é Isío 7 Estas fazendo ver-sos 7 (Esconde o papel).

Lauro (Erguendo a cabeça) — Estou,sim ; e tu ?

Abthub (Escondendo o papel em que es-orevia) — Eu?... Eu estou escrevendo•wju i umas cousas...

Lauro — Deixa vêr...Arthur — N&o. N&o posso. B' segredo.

Mostra o teu.Lauro — N&o posso também. E' uma

surpresa...Arthub — Desde que a surpresa n&o

seja para mim, n&o faz mal que eu veja...Lauro — Mas podes contar 4 pessoa a

quem vae ser feita, e eu n&o quero queella saiba. ..

Arthub — E quem é esta «lia t yLauro — Isso é o que eu n&o te dlso...Arthub — Pois entflo cada u_n escreva

para si no seu canto, e acabou-se.Lauro — Pois está diito I (Senta-se

numa cadeira a um lado da soena, e oo-meça a escrever e a contar as syllabaspelos dedos).

Arthub — Está dito I (Senta-se tm ou-tra cadeira do lado opposlo e oomeça tam-bem a esorever e contar pelos dedos).

Lauro (Repetindo, pensar..o) !"Neste dia luminoso,..Do seu.. . grato anniversario...

(Dirigindo-se ao outro) '. 0' mano Ar-thur 1... Arranja-me uma rtma para lu-minoso...

Arthub — Uma só 7 Tosso arranjar atéoem; para luminoso tenho: dengoso, ml-moao, cheiroso, gostoso, medroso, teimo-so... (Diz muito depressa).

Laubo — Ohega I Chega I... J4 acheiuma melhor. (___c*re-t>e»<Io e em vos baiaa) :"Neste dia luminoso..,

Do seu... grato anniversario,Um presente primorosovou fazer... de um reillcario..."

Arthur (.Repetindo, pen_af(vo) i"Pelo seu anniversarioNeste d'a. .. primoroso...

(Dirigindo-se ao Mario) : O' mano ! Vêse me arranjas ahi uma rtma para annl-verBarlo.

Lauro i— Ora I E' faolllmo. Posso ar-ranjar mais de cem. Ouve 14. Para annl-versarlo, tenho: primário, secundário, ter-narlo, quaternário, soenarlo, septenarlo, no-venarlo, armário, boticário... (Di* istomuito depressa).

Abthub — Basta I Basta 1 N&o é pre-olso mais. Achei oousa melhor. (Escreve,falando em voz baiaa) '.

"Pelo seu anniversario,Neste dia. .. primoroso,Vou fazer de um rellcarloUm presente... luminoso."

Laubo (Que tem, estado a escrever) —Eu, por mim. J4 acabei de esorever o quedesejava.

Abthub (Hempre esorevendo) — Eu es-tou terminando também. Falta pouca cou-sa (Escreve com rapides). \

Lauro — Imagino o que nfto salilrad'ahll... Se n&o fosse eu, que te arran-JeI uma rima em drio...

Abthub (Detoaneío de esorever) — LAIsso é que n&o. Preclsavas lambem de ri-

irmãos12 annos

10

mas em õso e eu arranjei logro multas.Lauro — Que afinal n&o serviram 7Arthur — Como nâo serviram 7Lauro — N&o serviram porque eu n&o

escolhi nem uma dellas I Se duvidas, e pro-mettes gtuardar segredo, eu recitarei o queescrevi

Arthub — Pois recita 14.Lauro — Presta attenç&o (Lendo o que

escreveu) :"Neste dia luminosoDo seu... grato anniversario,Um presente primorosoVou fazer um rellcarlo,

Arthur (Interrompendo-o) •— Perdão IIsto é meu.

Lauro — E' seu ? ! Como aaslm ,Arthur — Acabei de o escrever agora

mesmo. (Lê) t"Pelo seu annivcrsarioNeste dia... primoroso,Vou fazer de um rellcarlo,Um presente luminoso..."

Lauro — N&o ê a mesma cousa.Arthur — E', sim; apenas com a dlf-

íerença de estar exactamente ao contrario.Lauro — Se ha differença n&o ó a mes-

ma oousa....Arthur — Mas vamos ao fim. Continua

14. ..Lauro (Lendo):"Para essi a guem eu amo,

Mais que a minha própria vkla,..Abthub — Sim, senhor... Multo bem.

Quando a mamãe souber disso...Laubo — Que é que tem 7.,.Arthur — Nada. N&o tem nada. Con-

tlnúa...Lauro (Lendo):

Tudo o que e bello reclamo,O' santa Imagem querida I"

Arthur — O senhor n&o fes mais doque copiar o que eu escrevi...

Lauro — De onde eu estava era lmpos-slvel.

Arthur — Pois oiça. 14 (Lt) :"Para esta Santa querida,A quem tanto e tanto eu amo...

Lauro — Bonito; sim senhor... Quan-do a mam&e também souber disso..,

Arthur — Que é que tem 7 Diga ILauro — Nada. Pôde continuar...Arthur (Lendo o 2° verso) t

A quem tanto e tanto eu amo,Mais que a minha própria vida,Tudo o que é lindo eu reclamo *.

Lauro — B' muito parecido i mas n&o éa mesma oousa.

Arthub — Vamos, ent&o, ao final.Laubo — Leia você.Abthub — N&o. Leia você primeiro.Lauro — Nâo. Quem deve. ler primeiro

é você.Arthub — Neste caso vamos ler, os dois,

ao mesmo tempo.Lauro — Pois vamos I (Liem, ao mes-

mo tempo) :"E que a esto rellcarloMeu coroç&o acompanhe,Na offerta do anniversarioDa minha boa uiuinBe I"

(Falando ao mesmo tempo) t Iguaes IArthur — Isto quer dizer que pensa-

mos da mesma fôrma.Laubo — Que bella oolnoldencla IAbthur — Pois vamos, ent&o, assim,

abraçados, recitar-lhe os nossos versos, ho-

Íe, que é o dia dos seus anno» I (Põe-lhe o

raço ao hombro).Lauro — Vamos, sim. B depois dos ver-

sos lhe daremos uin beijo...Abthur — E denols do beijo, um abraço ILauro — Um «i">, n&o t dois abraços.Juntos (Btthlndo, alegremente) — Ma-

m&e I Mamãe' ! Venha ouvir 1...

Resultado do sorteioCithara Iceal

da

Por absoluta falta de espaço não nostem sido possível pufticar o resultado ,dos sorteios da Cithara Ideal, de accordocom os dizeres do annuncio deste interes-sante instrumento, publicado neste jornal.

Este sorteio tem sido regularmente jrcalisado, dando até hoje o seguinte re-rultado :

l° sorteio — Premiado o n. 06, perten-cente á Sta. GUIOMAR NASCIMEN-'TO, residente á rua Salgado Zenha n. 31.

2° sorteio — Premiado o n. 142, per-,tencente a RAUL EGALON, residentena estação de Floriano.

3° sorteio — Premiado o n. 43, per-tencente a FRANCISCO BAPTISTADA SILVA, residente á rua Sinimbu' Y,

n, 74, S. Christovão.Todos estes leitores já devem estar do

posse da interessante Cithara Ideal.

ILLUSTRÃÇÃO BRáZILEIRÂA elite intellectual do paiz es-

pera oom a mais viva anciedade onumero de Abril do luxuoso men-

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Artistica e luxuosamente confe-cciocados, todos os números de II-lustração Brasileira trazem colla-boração dos nomes mais illustresnas letras e nas artes do Brasil evasto e selecto texto. O numero

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PRETO E BRANCO(HISTORIA MUDA)

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*0-K>KH<>-K>-K>-K>-J<>^^ TICO-TICO +0+0*04

Uvi_y^i__^ ly-... ¦.-_-_¦

-I 0 CYSNE, o rei dos lagos h^ms,^^=d

=§)

Caçar o cysne, essa ave de que os po*-'as gregos e latinos tinham feito o em.blema da belleüa e da lnnocencla, « que,como diz Buffon, reina nas águas por to-dos os titulos qué> podem fundar um lm-Perio de paz!... E' effectivamente dlf-ticil assoolar essa idéa cruel com a qusformamos desse palmlpede tão digno deinteresse, e acerca do qual vamos contaralgumas particularidades antes de chegar-mos a caça do que se trata.

Sabem, por exemplo, que o cysne po-de servir de barometro ? Quando mergu-lha até melo corpo é signal de bom tem-Po; quando, pelo contrario, fustiga comas azas a sup-erflole da água, é signal d*chuva.

O cyne, quando anda, perde a sua ele-saneia e a sua magestade; mas quando sevê num lago Justifica a ldêa que teve Ju-plter de se metamorphosear em cysne.Nada com multa rapidez, vSa tambemoom multo vigor. Os seus costumes sãobrandos; eõ a defesa dos filhos e o chi-me o podem fazer sahir do seu genio.

A ternura do cysne pelos filhos 4 nota-vel. Quando se approxlma a lncubação,que dura seis semanas, prerara um ni-nho nalgum sitio afastado da margem ;forma-o de plantas aquáticas, de hervase de juncos, o inaoho e a fêmea prestando-se mutuo auxilio; a fêmea põe sete ouoito ovos. Os cysnes, ao sahirem da oas-ca, são côr de cinza; conservam essa côrainda por muitos meses. Ninguém se po-de approxlmar Impunemente de um ninhode cysnes, .quando os adultos estão tra-tando de alimentar a sua progenitura.Uma fêmea atacou • manteve em respeitouma raposa que a nado conseguira che-gar a seu ninho.

E' verdade que um cysne adulto temforça bastante para quebrar com umaaza a perna de um homem. Quando o pe-rlgo é grave, e a resistência dlfficil, ocysne foge, levando um dos pequenos Ascostas.

A carne do oysne esta longe de ser boa,e a única cousa que delle se aproveitasâo as pennas e a pennugem, mas niloha Jardim que não acolha com prazer e«s*hospede que vem a ser um dos seus bellosornamentos. Por Isso os Hollandezes, como seu admirável Instincto commerclal, utili-earam os seus "pavés" e os seus canaesPara crearem uma lmmensa quantidade decysnes que exportam para toda a Europa.

Os antigos, como é sabido, suppunliamque o cysne soltava um canto harmoniosona sua hora extrema. O cysne domésticoé mudo, e a approxlmação da morte nãoPôde de certo mudar a conformação dasua larynge; mas o oysne bravo tem osórgãos da voz muito desenvolvido» e mui-

taB vezes produz sons tão meigos, tão pe-netrantes como as vibrações das harpaseólias. Sem duvida os Gregos tinham ob-servado esse phenomeno, e, costumados ámudez dos seus cysnes, ouvindo os cys-nes bravos, quando os caçavam, despren-der da garganta harmoniosos sons, suppu-zeram que era a morte que lh'os inspirava,quando era apenas a liberdade.

Os cysnes podem viver um seoulo.Essas aves gosavam outr'ora de gran-

de consideração na Inglaterra; por um«dito de Eduardo IV, sô filhos de rei, ouproprietários de grandes feudos podiam

nas caudas dos que abriam a marcha. 'Contei pouco mais ou menos trinta; e era 'evidente que era apenas a vanguarda deum bando de mais de cem. Havia ali umpedaço de terreno que as águas sô escon-diam por oceasiêo das inundações. Foi iahi que pararam as aves de passagem.

Com auxilio de um telescópio pude se.guir os seus movimentos a grande dls-tancia e examinal-os bem no momento emque faziam a sua "toilette".. Vi-os ba-'nhar o seu pescoço de neve, procurar com 'ardor o sustento, e adormecer com a ca-beca escondida debaixo da aza, emquan-

3y^> <Ss. ^^BBBBBBBBBBBBMXmmm

A caça aos cysnes selvagens.

ter cysnes. Outro edito castigava o rou-bo de ovos de cysne com prisão de anno• dia.

Um bando de cysnes bravoB offereceum espectaculo admirável, maB que sónos. paizes do norte se pôde gozar. "Es-tava uma vez, diE um escriptor britanni-co, sentado no meu quarto; era no con-dado de Hampshire e por um Inverno ri-gorosisstmo, quando senti um bater deazas regular e um som bem dlstincto devozes de pássaros. Antea> de eu poderchegar ã minha Janella, escureceu o meuquarto completamente.

Era uma enorme companhia de cysnesbravos que voavam em bando tão cerradoque os bicos duns parcolam Ir cravados

to outros do bando, como os barcos deronda em uma esquadra, navegavam A 'roda delles para os proteger durante osomno.

E' sabido que o fogo exerce uma gran-de attracção « excita uma grande curiosi- idade em muitos animaes. O cysne é umdelles. BJ por isso caça-se-o quando «eiva-gem, do eegulnte modo:

Collooa-se na extremidade de um barcoum paravento fortemente llluminado comarchotes pelo lado de fora; do outro ladoabrigam--se os caçadores immersos numaescuridão completa. Os cysnes, attrahl-dos pela claridade, avançam em grande inumero, vindo ass*m se offerecer aos gol-pes que os esperam."

X ANIMAES INTERESSANTESO FAESIO ESPECTRO

O farslo espectro t um orosinito. querdizer, um animal qua, na escala soologtca,esta logo "antas dos símios" qu maçapQs,K' um animal Interessante, e qua sô seencontra em algumas das grandes ilhaslio Ooeano Indico — Madagascar, Bumatra,Java,,, Este, cuja photograPU>a está aluireproduzida, deve o teu nome ao, maça-bro aspeoto da Sua physlongrnia,

Apezar do prpxtmo parentesco com aamacacps, é de tamanha ainda multo me»IfQX, Seguia possuir, geralmente, ps dl»mensões do um sagüi, ou de um rato,

No femtanito, ps lamures ^ putrq nemedeste grupo de animaes — se aPPrpxlmanímuito dos macacos, pela fôrma Jo wrpoireto

methodo de locomoção, pela Yida ar*'cola, péía. dispos:ção preUen~íl <íps uâs,,

Ao contemrilar-s i Uffl tal anlmalz.ln.Uo,Pepga-se. que e]le não possue es reQUfSQgnecessários para a luta peja vWft, A Y6"«c~4e, porém,' É flue 0 ÍH-rSÍo espeptro ô &4-mirayeimente bem dQta&Q flu armae âefen»'•vas. e que representem uma magníficaadaptação ta cqndiqijes d* vida ambiente,

Sendo animal fraee § minúsculo, ellenftp ppderia, possuir uma epf3nn;saaap maisMustfida ap§ própria* rewsos, W um anumal nactu-ne, habltuM* a eaaa- Inseutas6 t-stjuí-nya vaWtehKfataRi Oa nlnus nau a*

.

um tamanho desmedido, e parecem oecuparmetade da face, mas possuem um extraor-dinarlo poder de visão. Para elle não hatrevas. As patas são de tal modo confor-madas que elle pôde agarrar-se ás maisInsignificantes saliências, subindo pelos ra-mos a persagiu'r aa suas presas.

As orelhas, extraordinariamente de3en-volvidas, BÜo de uma sensibilidade apura-dlsíima, capazes - de perceber os menoresrumores, e de com.prehendel-os, condiçãoIndispensável a um sêr que precisa saberdistinguir bem aqu'llo que lhe pôde serútil e aqulllo que lhe pôdj trazer a morte.

Para evitar a germinação das batatasdestinadas ao consumo deve-se empregar0 systema de Mr. Schubraux, do Insti-tuto Agrônomo de Paris.

E' O seguinte: submergir as batatas du-rante 10 horas numa mistura de ioo litrosde água e kilo e meio de ácido sulphuricoordinário. Esta água aciduladá mata osgermeru.

O

Nao há um só dos bagos de arroí queae comem, que n5o tenha sido regadocom o suor do cultivador.

©+O.J^4aON|at»>4Kf^«>^OÍ»«>1H£>,ttC^ ~-v<>+o+«>>

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•0*0te0te O TICO-TICO r<ttOteOteOte<?teOteOteOteOteOteOteOteOi<>teOteOteOteOteOte^ '

*9 CIDADES DESAPPAREClDAS e*

TIMGrAID - HA. JLI^KLICJLAs cidades desapparecidas são muitas no mundo.Nas paginas d'0 Tico-Tico temos dado aos nossos pe-

queninos leitores umas dezenas dellas. Umas desapparecerampor toda a sorte de cataclysmos : terremotos, incêndios, soter-ramentos de vulcões, etc. Outras pelas guerras, outras, lenta-mente, pela acção do tempo, pela escravisação dos seus ha-biíantes ou pelo abandono destes.

A Africa tem um exemplo interessante do desappare-cimento lento de uma cidade, por meio da queda da civili-sação do seu povo. A cidade é Timgad.

Ha 50 annos atraz ninguém sal>ia em que logar Tim-gad estava situada. Pouco antes de 1880 a cidade foi encon-trada. Já não era mais uma cidade, era uma ruina que pre-cisava ser desentulhada. Ondeexistiam os palácios existiamagora os bosques.as ruas eramflorestas, os parques areaes,etc.

Feitas as excavações á ei-dade surgiu com toda a suagrandeza antiga.

O leitor ha de querer sa-ber onde fica Timgad. Satls-faremos a sua curiosidade.

A colônia franceza da Ar-gelia corresponde aquella pro-vincia da Africa que os romã-nos denominavam Numidia, sque faz parte da margem sep-tentrional da Africa do Norte,

que vae subindo do mar em terraços suecessivos. Encontra-se,primeiro, uma facha de terreno muito fértil, junto ao mar, eesse terreno vae subindo no sentido das'montanhas do Atlas,cujas condições climatericas se parecem com as da Riviera edo norte da Itália. Ao sul das montanhas do Atlas acha-seum elevado planalto chamado Tell, região igualmente mui-to fértil; segue-se outra cordilheira e é na vertente para olado do sul do Aurés, o mais alto pincaro desta segunda cor-dilheira, que está situada Timgad, á umas cem cilhas do Me-diterraneo.

Que foi a cidade de Timgad ? perguntarão os meninos.Um enorme centro de actividade, diremos nós.

Foi construída pela 3* Legião do exercito romano, no anno100 antes de Christo. Os construetores tinham em vista doisfins: o primeiro, como já dissemos, era dominar e subjugaras 'tribus guerreiras das montanhas e do deserto, pela forçada civilisação, e por esta razão estava a cidade intelligente-mente collocada a entrada de um dos mais accessiveis des-filadeiros da montanha. O outro objecto que tinham em vistaos construidores de Timgad era 'fornecer-se de recrutas.

Infelizmente Timgad não permaneceu durante longos an-nos em condição prospera e delia se apoderaram sem gran-des difficuldades o» Vândalos. Quando Salomão, tenente dofamoso Belisaro, fez uma expedição ao Aurés, em 535 antes deChristo, encontrou a cidade incendiada pelos berberes. Porémum posto avançado desta importância não tardou a ser re-construído pelos bysantinosí erigiram-se numerosas igrejaschristãs sobre as antigas ruinas romanas.

Foram exeavados os alicerces de seis destas basílicas.No fim do sétimo século Timgad foi, porém, de novo de-vastada pela guerra.

Seguiu-se a isto longo silencio. Terremotos, tempes-

0 arco de Trajano *• as columnas do Templo do Gênio dasColônias.

a Schola, exeavada por Mt.

tades, assim como outros processos menos rápidos da naturezaafastaram-se da cidade abandonada.

Ao longe, nas margens do Mediterrâneo, reinam váriosconquistadores: gregos, mouros, hespanhoes, turcos, etc

Timgad ficou, porém, fora das tormentas, porque, noque diz respeito á historia, ficou desconhecida durante estesséculos todos. Quando em 1880 se começou a exeavação deTimgad, só 0 arco de Trajano se via acima da cidade soter-rada. Tudo mais era vegetação ou areia.

Foram descobertos, alem do arco de Trajano, o mer-cado, o Fórum, o theatro, o museu; emfim, a cidade inteira.

A rua principal de Timgad chamava-se Decamanus Ma-ximum, linda rua, com uma vista soberba, desde a entrada

do Fórum até-o arco de Traja-no e além da cidade até ásmontanhas longínquas.

O Fórum tem uma gran-de extensão e uma enfiada delojas, o templo de Victoria, aTribuna dos oradores, a Cúria,a Basílica.

O theatro está collocadona porta mais elevada da ei-dade. E' um theatro colossal,maior que o de Pompeia.

Foram descobertos gran-des banheiros, quasi todos emperfeito estado de conser-vação.

Outra ruina interessante éBaliu um dos monumentos mais

lindos e mais notáveis de Timgad. Algumas das suas colu-mnas, que se tomaram a erigir, são de pedra calcarea e deuma alvura resplandescente.

Timgad posue grandes riquezas em columnas de mar-more e finos mosaicos, mas não tem fustes como Pompeia,quer nos edifícios públicos, quer nas casas particulares.

Timgad era essencialmente uma cidade commercial, e aprova disto está no tamanho e na importância dos seus mer-cados. Além do mercado e das lojas do Fórum existem ain-da dois grandes mercados perto do arco de Trajano. Nomaior destes, dois ainda se encontram, sete mesas de pedrae algumas" pilastras, que provavelmente sustinham um telhadoqualquer, e nos quaes se encontram, finamente esculpidos, osemblemas do trafico que ahi se fazia. Por exemplo, uma pi-lastra mostra-nos um pequeno Bacho e um vinha e cachosde uvas do outro lado.

As ruinas de Lambcesis, o quartel da famosa 3" LegiãoRomana, estão situadas a pequena distancia. O Pretorio, con-struteção rectangular, é á mais importante destas ruinas, quenão foram tfão bem exploradas como as de Timgad.

Mesmo ao lado das grades de Timgad, encontra-se ummercado aarabe, onde^todas as quintas-feiras ha feira. Con-templando essa scena cheia de actividade, as compras e ven-das, as discussões entre os negociantes árabes e berberes, oscamellos deitados, gosando de um repouso bem ganho, asmulas e os cavallos esperando, pacientemente, um pouco afãs-tados da multidão, o viajante imagina-se transportado de re-pente para longe da civilisação do vigésimo século, e bemperto da da antiga Timgad, no auge da sua prosperidade,quando ella mantinha relações com os turbulento» filhos dodeserto e das montanhas.

APROVEITAE O TEMPOT

Certo phlloaopho antigoE afamado "sablchfto"Km que havia de pensarTara o povo congregar13 dar.lhe exemplar llçfto I TVne ft Janella e p'ra ruarôe-se a daltar, — o "ratfto" 1Mais calado do que um mudo,Roupas, moveis, louças, tudo..Tudo o que lhe vinha & mito.(Menos livros, porque os sábios— Julgando nada saberem —Aos sous livros e alfarrábios,Quanto mais sabem, mais querem.)

O povo — que ha de ser sempreA espantada multidão —Orlta Jft. todo alarmado :Que o pobre sablo, coitado,Perdera a luz da razão I...

Quando a celeuma 6 maior,lílle, entflo.

Discursa ao povo confuso :"O que assim desprezo é de uso..»"De faoll acqulslçfto..."Multas riquezas que fossem l,.«"Com trabalho e declsUo"Tudo se pôde rehaver..."Sô o TEMPO, em seu correr"O TEMPO nfto volta, ndo !

"Eu louco I?..." Loucos sois vôs,"Da mais triste condlçüo I"Vôs que o TEMPO a toda a horaDeltaes pela porta fora, ;"Ou pela janella, ao chão I..."Entre o que nõs praticamos"Vede que dlffrenças vfto,"Inconscientes que estraçals"Isbo de que nfto ha mais1—" Que é da vida a duraçílo I"Nunca digas : "p'ra amanhft"Nfto digas, creança, nfto 1Aproveita o dia de hoje,Qu« o TEMPO depressa foge...

— Qu» te sirva esta lição IANNA DE CASTRO OSÓRIO

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Oj HOi-Jdi iiHíiiíí/eHííJ iftrorw: i e s) lucrceües e hraccho, tuhuihos do òr. bnèas de raiva; 2) tSettno üarreto, ftllio Xdo Sr. José Antônio da Rocha Barreto, residente em Portugal; 4) João Baptista Pires das Chagas, distineto estudante; 5) (y

A galante Vara Pessoa, e 6) Maurício Moreira da Costa Linfa, applicado alumno do Mosteiro de S. Bento.

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-O TICO-TICO M CANHÃO DE CAMPANHA

f^jjjjpl ÇyS^ (^om

a s10ssa i>:ig'n* |(| onc'iumr)s o lindo brinquedo de armar — L'm canhão dc campanha —qUe iniciámos no numero passado. Todas as .peças/ _^*^ J>w

>jp§ >. desta pagina devem s%iarb em (-'artolina e cuidadosamente. Com o modelo geral, publicado no ultimo numero, e o modelo que vocês encontram hoja/ /y^\ J ^^0/777/>k "«ta pagina, facil ¦ * *idiCa^. canhão de cam- //

J7////////\ Bi- 8-nha. Cada 1^- '% pur'

"ecessari:», que f--. __-* _ ___-, rv // 1J///'''''/- orientará aos arma** Ventura encontrem C/T JTT ^7) / /

S? A-- r—~~ alguma difficuldade., X», >" iV^/l | /T\ // '/flSS *-' No .próximo ^ i ^^dc vanos leito- ^\ // ,

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res, publicarem^ u,11* /io rfoar™ar complc,:a, de ,/ f\ O// /

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GALERIA D'0 TICO=TICO

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l) 0 Caminho Jocn, pagina armada c photogrnphmln pelo. menino Francisco Ramos; 2) Deotleciono Nepomuceno; 3) Ma-noel Arthur 4yrej, residente em Portugal; 4) Amaro Ijns Cavalcante, do Recife; 5) Afrn Chagas" Filho e José P. As-suÀpção Júnior; 6) Nelson, Alberto, Alie» t Jayme, filhinhos do Sr. Bento Zerrenner, residente na estação de S. Bernardo.

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'C**«r>-i_!i^-<>.K?-i-^'K>K?'^^ O TICO-TICO •fOi-o^-J

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C07_\0 A5 ARAniiAS FAZE/TY A CEIA Ljffi5

Fazem com uma seda especial que sóellas sabem fabricar.

A seda é segregada por duas sortes deglândulas, cujos orifícios excretores cor-respondem aos fusulos das fieiras, ou aosorificios microscópicos do cribellum. Sãoglândulas sempre numerosas e complexas.Produzem diversas espécies de seda — istoé, cada glândula se pega á sua seda, que,por sua vez, tem um destino especial: asglândulas que produzem a seda dos ca-sulos são tubulosas; as que dão a sedadas teias são ampolares; as que segre-gam os fios que tecem os tubos de hab>-tação são fusiformes, etc

E' bem de ver que a seda não é se-gregada, nem sae da glândula sob estafórma — de fio já solidificado. O pro--dueto das glândulas sericigenas (produ-ctoras de seda) é um liquido viscoso, que,ao sahir do organismo, em contacto com oar, se solidifica. Imagine-se um longo fio.tenuissimo, de baba — tal é a secreção daseda. Esses fios viscosos escapam-se pelovértice das fieiras, ou melhor — dos fu-sulos, como a seda que sae pelo lábio su-perior nas larvas das borboletas.

Cumpre notar que, nem sempre, traba-lham todas as glândulas ao mesmo tempo.A aranha pôde, á vontade e segundo assuas necessidades, fazei-as trabalhar si-ttHultaneamente ou separadamente. Ao sa-hirem dos fusulos, esses fios são lança-dos com a rapidez violenta de uma flexa,Certas aranhas — Thomisas, Lycoses, etc,têm a faculdade de dardejar um ou mui-"-os filamentos, de uma enorme extensão,quer para transpor directamente as dis-tancias, seguras a elles, quer para armara trama das suas teias, quer para subirnos ares, na perseguição de uma presa.Então, a aranha volta a extremidade doabdômen na direcção conveniente, e lançasubitamente os fios, cujas pontas se vãocoüar ao ponto visado. Algumas espécies,

«--_rE_sÇá

como as Thomisus bufo, projectam umverdadeiro feixe de filamentos sedosos,que se elevam nos ares em ondas do maisgracioso effeito.

Toda aranha tem o seu processo pro-prio de tecer a teia. As Epeiridas, porexemplo, formam uma circumferenciacujos raios são ligados uns aos outros pormeio de uma. longa espiral, e, para isto

-— ?

ellas põem em contribuição a mais trans-cendente geometria. As aranhas domesti-cas arranjam tecidos mais espessos; outrasconstróem tubos, saccos, funis, armadilhascom portas — verdadeiras ratoeiras; ou-trás, finalmente, como as Argironetas,edi ficam sob as águas ninhos graciosissi-mos com a fórma de "sino de mergulho".

Existe um numero portentoso de ara-nhas, principalmente no Brasil, desde aspequeníssimas, ainda menores que o papa-moscas, tão fácil de obervar nas habita-ções domesticas, até as formidáveis My-gales — as aranhas caranguejeiras, cujovulto lembra effectivamente o de um siry.

Fora impossível dar uma descripção com-pleta de todos os typos; mas ha alguns quemerecem menção especial, pelas partícula-ridades que os distinguem. Nesse numero,estão as Age,'enieas, a que pertence a jacitada aranha-labyrintho.

E' uma das mais communs; nem porisso, porém, deixa de ser interessantíssima,principalmente porque é das que se domes-tiçam facilmente. Podem ser observadasnos campos, nos jardins abandonados, pon-tos especialmente estimados por ellas. E' ahique se vêem, pelas manhãs de Maio, essaslongas teias, verdadeiras tendas sedosas, deum intricado tecido, amplas como umlenço, a cobrir tufos de hervas e ramos in-teiros de arbusto». Ao menor movimento,a tela estremece, fazendo dansar na luz asgaitas do òrvalho.

Para muitas aranhas—as Epereidas en-tre outras, a teia, feita de fios viscosos,uma verdadeira armadilha para a capturade presas. Só examinando o conjuneto pó-de-se comprehender como elle ali faz a suacaçada.

A teia é um largo funil com o concavovoltado para cima, prompta para recebero que cahir; por cima existe um intrin-cadissimo emmaranhado de fios, mais com-plicado que a floresta de cabos de mil na-vios juntos.

Atiremos um grilo lá dentro. O animal-zinho debate-se e quantio mais se debatemais os fios o prendem. A aranha, do fun-do do funil, observa a presa. E quando ella,cansada, exhausta, não mais se move, é quea aranha sobre ella se precipita.

Muito mais complicado é o ninho qu*ella constróe na época da reproducção.

E' uma verdadeira cidade, onde se en-contram, em ponto menor, essa mesma telade caça e mais : casulos para ovos, câmarapara amores, galerias para passeios da»novas aranhas.

CURIOSIDAD ESHIEROGLYPHOS

Vêem os nossos leitores que a leiturase faz da esquerda para a direita, como *%

qrvvtjB«?r lírtiCé

nossa e de alto para baixo em cada syl-laha: Be-ri-nis.

E' a um sábio francez, Champollion,que devemos a chave da escriptura hiero-

(T[________DCleopatra

glyphica, que desde a antigüidade pareciaignorada. Durante a expedição de Bona-parte ao Egypto, descobriu-se em Rosetauma inscripção em lingua egypcia com atraducção em grego.

Verificou-se que os nomes illustreseram cercados por uma linha curva, car-touche, e por- esses nomes é que se che-garam a determinar algumas letras ou si-gnaes do systema.

As primeiras tentativas foram feitascom os nomes de Berenik (Berenica),KHopatr (Cleopatra), Alexandrere (Ale-xandre). Outros nomes logo oceorreramq_e foram decifrados, e com o estudo dalingua copta, que é o egypcio já muito al-terado, foi com grande trabalho reconsti-tuida a lingua morta, antiga.

Asim a sciencia da Egyptologia, intei-ramente positiva, tem traduzido innume-ras inscripções, papyros que conservam aliteratura do antigo povo e documentosde sciencias e da religião e da vida po-litica e moral. A civilisação do Egyptoentremostra-se ainda mais grandiosa quea da tradição transmittida por Herodotoe outros escriptores gregos.

Na gravura aqui junta reproduzimos ostres cartouches de Berenice, Cleopatra eAlexandre, que dão um rudimento do al-phabeta Estas letras foram naturalmentesymbolo de palavras inteiras, aproveitada

provavelmente a inicial dellas, como ele-mento phonetico. Vêem, pois, os nosso»amiguinhos que os hieroglyphos, como os

(>____n___DAlexandre

l\ . A. B

*. B.

*=. M.

*—i. N

Si 0. — — .D-TB. \\. I. -

•*• P.-..:-'*4'---3S. L. R.

conhecemos, tem puros valores alphabe-ticos e sônicos e correspondem ás letrasque usamos, mais ou menos.

1 LEITURA PARA TODOS — o mais útil de todos magazines.<-^<>-.o4-<r*>-^>*<H<>+<>-*^^ '

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•O+O+O. 0 TICO-TICO «>í><>«H<>4<>K>K>K>K4'<>K>«H<«H^ÍO.<«<>4<>«.<>«>t<H<>+<>j

_ J\ t»--"'"-1^ ---¦—> >r?r«B'~"V .-___. ./""-"¦ „»~r.y .-_..-¦ XTV an - TV V--ii»

^ raios espaços iífinitosI 3J[ _4_. _R, T E W|sAhi está o planeta que mais tem mere-

cldo as attenções da Terra.Marte tem sidoo astro mais estudado pelos astrônomos, oque mais tem attrahido a curiosidade dosromancistas para a localisação das suas no-vellas. Ha um grande numero de noman-ces descrevendo viagens a Marte e descre-*vendo (segundo a' fantasia do romancista)a população marciana, com os seus costu-mes e o seu gráo do progresso.

Por que essa sympathia que a Terra tema Marte ? perguntarão os meninos.

Por esta razão muito simples. Marte ê oplaneta que mais se parece com á Terra.Ma"is que Venus, que, como já vimos.mui-to se assemelha ao nosso mundo.

Vista telescoplca do planeta Marte

Marte parece-se com o nosso mundo emseus pontos mais importantes, quer sob oponto de vista dc sua constituição plane-taria, quer sob o de suas apparencias ex-teriores.

Se elle não fosse menor que a Ter-ra, se o seu diâmetro fosse duas vezesmaior do que é, seria muito difficil a umobservador que estivesse collfccado emqualquer ponto do céo dástinguíl-o do piá-neta que habitamos.

Quando Marte, devido á sua revolu-ção annual, está do mesmo lado do Solque a Terra, fica muitíssimo próximodc nós — apenas 14 milhões de léguasafastado.

E assim tio próximo pôde ser linda-mente observado. Munidos de um bomtelescópio poderemos verificar que á con-figuração geographíca de Marte tem ana-íogia com a nossa. Nos pólos o planeta.presentá neves alvissímai e á proporção

que descemos para o equador encontramosos continentes e os mares. Os continen-tes apparecem aos nossos olhos de umacôr vermelha, côr que apresenta o pia-neta.

Serão elles, os continentes, realmentedessa côr ? E' o que se não sabe com se-gurança. Dizem uns astrônomos que sim,dizem outros porém que a côr avermelha-da nãfo é do próprio solo de Marte, masda sua vegetação. As arvores, em vez deserem de jfolhagem verde como ás tios-sas, b5.o de folhagem encarnada.

As estações em Marte são maia ou me-nos as mesmas que na Terra. O annosolar daquelle globo dura 687 dias terres-três. Em dias d_ planeta Marte tem oarmo 668 e 2I3; ora, em conseqüência daobliqüidade da ecliptica, a primavera e overão do seu hemkpherlo boreal tem emnumero redondo 372 dias, ao passo que ooutono e o inverno só têm 296. Reci-procamente, no hemispherio austral, asestações estivaes têm 296 dias e as inver-naes 392. Porém tal desigualdade de du-ração não impede que os dois hemisphe-rios gozem da mesma temperatura média.

A densidade de Marte é pouco mais oumenos a nossa Isto é, a da Terra: . de0,95, sendo a do nosso planeta — 1. A in-tensidade do peso na superfície marcianaé apenas de 44 centésimos mais do queé na Terra.

A orbita de Marte não se afasta danossa mais de 28 milhões de léguas. Vi-sinho muito pnbximo.

Marte effectuá o seu movimento detranslação (a revolução aimual) em umanno, dez mezes e onze dias.

A rotação diurna é feita em 24 horas,39 minutos c 21 segundbs.

Recebe elle duas vezes menos a luz doSol do que nós. Deve lá fazer muito maisfrio do que aqui.

Não tem elle satellíte, Emquanto nóstemos a nossa Lua, emquanto Júpiter temquatro mundos na sua dependência, Sa-turno oito, etc, etc., Marte não tem ne-nhum. As noites lá devem ser profun-damente negras.

Os astrônomos têm quasi sempre ima-gínado a habitabílidade dos planetas pelascondições de habitabílidade da Terra,Sendo Marte quasi egual ao nossa globoé provável que lá também existam bo-mens,.

E como serão esses homens ? Iguaes a jnós? Devem ser physicamente differen-tes, talvez mesmo mentalmente. Serão,mais intelligentes que os da Terra ? Qua-si toda gente responde pela affirmativa.Os marcianos devem ser mais Intelligen-tes do que os terrestres, porque, sendo O ,planeta menor que o -nosso, mais ced-o se 1«olidifiaou e mais cedo teve habitantes, -habitantes que por mais longo tempo des-envolveram as suas qualidades de intel-ligencla.

Sobre os habitantes de Marte ha vasta ,literatura romanesca. Os novellista têm-no pintado de fómas as mais extravagan-

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Outra photographla de Marte

tes, mas são quasi todos da opinião de queelles são mais i-níelligentes do que nós.

Wells, romancista inglez, que os meni-nos devem ler, já escreveu um romance—A guerra dos marcianos, em que descre-ve Londres assaltada por alguns habitán-tes de Marte, lá chegados numa bala.

Fantasias...Que aspecto apresentará a Terra aos

marcianos ? A mesma suecessão de pha-«es que Venus nos apresenta. Para os ha-bitantes de Marte a Terra é uma estrellada manhã e da noite que está a 48o do -Sol. Venus aipparece-lhes como a nós ap-parece Mercúrio,

E' um planeta interessante para nós.Além das suas outras qualidades tem a

',

de parecer-se com o globo que habitamosQuçm sabe se os seus habitantes não <

s%q homens iguaes a nós, com os nossosgostos, ás nossas virtudes e os nossos im-1mensos defeít.s ?

"O tico-Oco" ojfer.c. aos seus .ei-fores entradas de cinema

0s «ossos Innuinerue Je)to-*_ 4* *on*Suburbana de.S.tu ciiltul ,o.s.t._o 4» para^bens. Por uma feli/. coinbln.açfio com ,0gr. Manoel Coelho Ürandfto. 0 *__..propi-í.u.tarl" du •.Gíne JW.cyi.* — primo-roso f) confor.tavel fl)n»jnatograp}ip 43.Avenida Amaro C.ayuJ.cSLn.t) n, ££, na #a_-í._s_o 4,0 "AJ.<>yer —- #_ís r»<J..cv.i.o pubíl.cu

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Cin.CTtVA BO.UL_.yARD j,

Este "pojipon» 4.4 4!rcito & entrada};4e uma cie.-mtii n|^ )<» annos, pu»¦essSes do hoje aa de «Ici>o|« d» .um.inUa ST__-J—21 1

Q "Q PW. ma QH_ «« f6_, .SíSf _3 íi=

herdade é %Mm „-}__. )' . .i

As injurias sã9 as r_. S.S _.§ q»t? Bfte |l_f í, Pi-

A mate ..uxu.qs.. das publicações nacionaes è n ILLfJgTIlAÇAO DnAZILEIIU.

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<>K>*Ov<>-r<>-K>-K>-X>-J-^^ O TICO-TICO -rO+O+Oj

Não nos fiemos nos nossos olhos e nos nossos ouvidosElles mentem. Mentem os ouvidos e men-

tem os olhos.E' communi ouvlr-se uma pessoa dizer :

— Eu vi . eu ouvi INfio vale nada a affirmativa. Nâo vale

porque tanto os ouvidos como oa olhos nosenganam lamentavelmente. Ou melhor quemnos engana é a memória.

Nao ha nada mais diíficll que um tes-temunho verdadeiro. N&o ha nada mais dlf-ficil do que dizer a verdade, isto é, narraro passado, reconstituir em toda a exactl-dllo um facto oceorrido, mesmo quandonós o assistimos com os olhos e com os ou-vidos... que a terra ha de comer.

Quer o pequenino leitor convencer-sedisto ? Faça a seguinte experloncia. Peçaa um certo numero de pessoas para "re-cordar-s© e escrever exactamente a cifraque indica, no commum dos relógios daalgibeira, a hora aeis". Veriflcar^se-â quetodas as pessoas Interrogadas escreverãosem hesitaçêlo a cifra VI ou 6; algumasmais atila-las, lembrando-se de que, nos re-loglos,- as cifras se escrevem na dlrecç_odos ralos que partem do centro do quadran-

O relógiota, Ét-avam a cifra pedida deste modo —IA no g! todos, porém, se mostrarão con-vencidos da exactldâo do próprio testemu-nho, promptos a repettl-o em Juramento.

Peça-sa, então, a ellas que retirem dobolso o relógio a o examinem. Muitas des-cobrirão que a olfra VI ou 'ia .ue viamtão claramente na Imagem mental que ti-nham do relógio, realmente n&o existe,Porque o seu logar é ocupado pelo mostra-dor dos segundos.

Eis ahi a prova material de um grandenumero de testemunhos Inexactos.

-No emtanto, quantas vezes, no curso dodia, examinamos e observamos o relógio INão ha duvida de que toda essa gente In-terpellada estava de boa té, convencida dehaver dito a verdade.

Estudos no sentido de verificar até queponto pôde ser acreditado o testemunho deum homem são e de boa fé têm sido fei-tos. Stern aprofutndou-se no assumpto eformulou a seguinte lei : — O testemunhofalso é a regra; o exacto é a exoepç&o.

O methodo usado por Stern foi o seguiu-te : apresentava a uma pessoa a gravurade uma scena qualquer e pedia-lhe depoisa descrlpçâo de memória. Ob erros erammuitos.

O mais curioso ê o seguinte : todos osIndivíduos experimentados, ao referiremexactamente o facto, o fazem com perfeitasegurança, absolutamente promptos a ga-rantlr pelo juramento a exactldâo de cadapormenor que relatam — e que, alllâs, sô"exlate na imaginação. Uma moça, a quemfoi mostrado um quadro que representavaum homem dando de comer a uma crean-ça, cinco mezes depois afflrmou que o ho-mem dava de comer a um pombo. H niohavia uma ave no quadro.

Expariencla Interessante fez o professorClaparede, da Universidade de Genebra. Aexperiência foi a seguinte :

Certo dia, um homem mascarado entrourepentinamente na sala onde Claparedelecclonava e começou a gesticular e a vo-clferar cousa» lncomprehenslvels.

O professor o Intimou a sahir. mas oImportuno se fez de surdo, e foi preciso«xpulsal-o violentamente. 0 facto se deuna tarde do dia em que ali — em Gene-bra — se celebra a "Festa da Escalada",na qual tomam parte muitos mascarados |• os estudantes acreditaram que um de«-tas, mais ousado, se aventurou até as sa-Ias da Universidade.. . O certo é que nln-guem suppoz que o caso fosse preparado,propositadamente, para servir de motivo auma experiência psychologlca. Expulso olntruso, continuou o professor a sua Uçâo,como se nada houvesse oceorrido; mas,uma semana depois, fes algumas allusõesao mascara, pedindo aos alumnos que pas-sassem ao laboratório — aquelle. que selembrassem bem dos faotos. Vinte e tresacceltaram o convite, prestaram-se a serInterrogados. Os depoimentos foram cuida-

dosamente feitos, e contlnuaram-se por dl-versos dias — de 21 de Dezembro de 1905a 81 de Março de 1906. O professor fez a 'cada um as mesmas perguntas (cujas res-postas certas vêm em seguida, entre paren-thesls) : O homem trazia chapéo ? (Sim) ;Que espécie de chapío ? (De feltro, molle) ;De que côr o chapéo ? (Cinzento) ; O ho- ,mem trazia luvas ? (Sim) ; De que côr, asluvas? (Brancas) ; Como estava vestido?...Trazia gravata?... De que côr?...

Apenas terminado o depoimento, o pro-fessor levava o alumno a uma sala con- 'tlgua, onde estava exposta a mascara queo Indivíduo trazia na oceasião, no melo denove outras mascaras diversas. Quasi nln-guem a reconheceu. Apezar de que essa [entrada brusca do Indivíduo houvesse pro-duzldo grande impressão em todos os ani-mos, a descripçfto do typo, feita pelos es-tudantes, foi multo falsa e Inexacta. Fa-cto notável : cada testemunha attestou a iexistência de diversos pormenores do ves-tuario do mascarado, pormenores Inteira-mente fantásticos. Uma testemunha afflr-mou, com "absoluta certeza" : que o ho-

Mascaras

mem calçava borzeguins de cano alto,quando elle trazia botinas communs: umaoutra — que elle trazia calções. Em 23pessoas, apenas 6 souberam distinguirmascara usada, e Isto mesmo com multahesltaç&o.

Deante destas experiências pôde a genteconfiar no testemunho dos nossos próprio»ouvidos e dos nossos próprios olhos ? Abso-lutamente nâo.

((Se não se morresse mais»A TERRA. MORIBUNDA POR SUPER-ABUNDÂNCIA DE VIDA — AMJARI--M08 VERTIGINOSOS — CARNIFICINA

NECESSÁRIA

A oondição essencial á vida . a morte.Vamos demonstrar abaixo essa verdade,que, á primeira vista, parece um para-doxo.

Supponhamos, por um instante, mis-penso o equilíbrio entre a vida e a morte.

Imaginemos que a morte desappáreceu.Que se daria ? A prinrsim conseqüênciaseria que o numero de seres vivos au-gmentária tanto que, no fim de certo tem-po, o planeta não os poderia mais conter.

A atmosphera se transformaria em umamassa compacta de pássaros e insectos,impedindo á penetração dos raios solares.Em sua superabundancia a vida suffoca-ria e esmagaria a vida, que tornaria im-possível.

Vejamos agora alguns algarismos. Umanimal microscópico chamado o rotatorpõe, em média, 30 ovos de cada ver e for-

nece em um anrto 70 gerações. Se todosesses indivíduos se conservassem vivosconstituiriam no fim de um anno umamassa fantástica — uma esphera com raiomaior do que o universo conhecido.

O cynipo, um insecto quasi impercepti-vel, que produz uma moléstia especial nasarvores, o phyloxera e outros ophibios,que sugam o sueco das plantas, multipli-cam-se também em proporções enormes.Um ophibio por dia produz 25 descenden-tes; no segundo dia já um casal produ-ziu 625 individoios, no terceiro dia seusdescendentes são 15625. Dez mil dessesinsectos, mais leve do que o ether, pesamapenas um vigésimo de grammá. Poisbem, 10 gerações consecutivas formariamum bloco com o peso egual ao de um bi-lhão de homens pesando cada um cem ki-los. Isso em 10 dias !

• Uma mosca, no espaço de um verão,chega a produzir vinte milhões de descen-dentes. Ao fim de enco estios de livrepropagação chegar-se-ia a um cifra fan-tastica, 32 seguido de 35 zeros.

Vejam também os vegetaes. Uma sóplanta vulgar — a pesquiama — produx

annualmente cerca de dez mil sementes.Em cinco annos cobriria toda a superfície 'da terra de uma mattagal impenetrável.

A caçada da vida prosegue nas pro-fundezas do Oceano, sob fôrmas tão,orueis como sobre a superfície da terra.

O bacalhau, aos tres annos, começa ajpôr ovos e põe oito a nove milhões deovos annualmente.

Ao fim de tres annos — sem a inter-venção enérgica da morte — produziria 1quarenta mil bilhões de bacalhaus. As'meduzas são destruídas em quantidadesfantásticas, pelos mammiferos aquatl-cos. Por sua vez o estômago de cada me-duzá contem mais de 100.000 dessas mi-croscopicas algas marinhas chamadas dia-toméas. Uma baleia engole de cada vezmilhares de pequenos animaes.

De alto a baixo da escala dos seres oespectaculo é o mesmo. Quanto mais in-tensa é a propagação da espécie, maispromptá é também a obra da morte, paraque se mantenha o equilíbrio, sem o quala vida se tornaria impossível.

A natureza parece cruel, mas sua cruel-dade . também previdência.

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140S10ÉS OE GÊNIO E AS SUAS L0UCURASt=S9=_£____ __=*____: ¦ j

Os homens de genlo são oreáturas difife-rentes de nós outros. No physico pare-cem-se com toda a gente, mas no espi-rito não se parecem com pessoa alguma.Parecem-se com elles próprios.

Os homens geniaes dão ás vezes a im-pressão de que são loucos. Ha mesmo quemaffirme que elles, na verdade, nada maissão do que loucos auth.nticos. E' uma lou-cura differente das outras loucuras, a lou-cura sublime, mas, no fundo, loucura.

Os homens de genlo vivem sempre absor-tos, distraídos, engolfados em altos pensa-mentos, em sublimes cogitações, em crea-ções tdmiraveis, em sonhos culminantes equem assim vive não se poda parecer como resto da humanidade, que só pensa nascousas terrenas.

Tasso Beethoven

Ha delles que são como verdadeiras cre-ancas; ha delles que têm mania, as maisinfantis, ás maii tolas, tão infantis e tãotolas que a gente é forçada a concordarque elles são de facto loucos.

Vede, por exemplo a mania de Christia-no Haggens, celebre physico e astrônomohollandez, do século XVII.

Hággens passou toda a vida com a ma-nia de que era feito de manteiga. E porcausa disso nunca st approximava do fogo.Não se approximava com medo de derre-ter-se.

Ricci, grande compositor Italiano, nãopodia ouvir o mlado dos gatos. Se estavacompondo e um ga'to miava, ficava comoum louco e não escrevia mais. AntônioTacchini, celebre compositor italiano, sópodia escrever com uma verdadeira tribudo gatos em cima de sua mesa de trabalho,tudo a miar e com ^outra tribu também degatos a roçar-lhe as pernas.

Verdadeiros malucos IQuanto ás crendices e as abusões nin-

guem como os homens de gênio, maisdado a ellas.

Tasso, o grande Tasso, acreditava pia-mente nos espíritos e no* magos. As vezesimaginava que o «diabo estava ao seu ladoe escrevia aos amigos dizendo que o demo-nio lhe furtava o dinheiro e lhe escondia o

papel. Dumas Filho, o extraordinário dra-maturgo francez, acreditava seriamente emoecuitismo, ciganos, cartomantes, etc.

Os homens e mulheres de theatro sãomuito dados a superstições. E quando esseshomens e mulheres são geniaes as suasabusões chegam ao exaggero. Adelina Pat-ti mantinha uma fé extraordinária nos sa-patinhos que calçou no primeiro dia cmque pisou no palco. Guardava os ditos como cuidado de uma verdadeira religião.Quando ia fazer um papel pela primeiravez, calçava os taes sapatinhos no seu ca-marim, durante uns minutos.

A gran-de actriz Weisscr nunca entrouem scena sem se benzer convulsivamentenos bastidores e Rosita Mauri, quando pi-'sava no palco, beijava sorrateiramente umamedalhinba de N. S. do Monte que tra-zia escondida nas rendas do casaco.

Mania curiosa, curiosa abusão tinha Hen-riqueta Sontag, celebre cantora allemã.Antes de apresentar-«e em publico comiaanchovas.

Entre a gente de theatro as manias sãohorríveis. Sarah Bernhardt ficava possessaquando via o theatro vasio. De uma feitaem Ohio, nos Estados Unidos, ella repre-sentava com o theatro quasi ás moscas.Num certo momento, desesperada (a peçaera a Dama das Camelias) ella voltou-sefuriosamente para o publico e exclamou:

—¦ Como vós sois estúpidos I Vós todos!O .curioso é que o piíblioo a applaudiu

freneticamente, quando ella terminou o in-sulto. E' que o publico do theatro de Ohionâo sabia... francez.

Quato ás distracçÕes não ha quem astenha mais que os homens de gênio.

Beethoven era tão distrahido que ás ve-zes se esquecia de haver almoçado. Umavez, na corte de D.. José II, estava tão ab-sorvido nos seus pensamentos musicaes quecomeçou, inadvertidamente, a bater com-passo sobre o hombro do imperador, o qual,percebendo o caso, deixou-se ficar muitoquieto, para mais tarde dizer com muitagraça e jcvklidade : — Já fui batido porum dos meus subditos e, no emtanto, dei-xei-o impune.

Verdi, tendo uma vez que reger uma dassuas partituras, em vez de abrir a musica,abriu ás paginas de um jornal illustradoe ficou muito escandalisado por não encon-trar notas musicaes no jornal.

O grande pintor Francisco Podentl, umavez enfiou ao pescoço em vez de gravata•umas calças e de outra vez embrulhou-secom um cobertor, suppondo que fosso acapa.

E a vaidade ? Ah I quasi todos os ho-meus geniaes são vaidosíssimos. Uma vezperguntaram a Paganinl quem era o pri-meiro violinista do mundo. Elle respondeu:

—O primeiro não sei. Sei que o segundoé Carlos Liplnski.

—O primeiro ella não disse, mas queriadizer que era elle próprio.

Balzac dizia-se abertamente um grandehomem.

Uma das suas pretenções era pertencer á ,família dos Balzac d'Entraques. Uma vez .soube que vários membros dá família ne-gavara o tal parentesco. Ao saber disso 'Balzac respondeu :

— Ah I eu então não sou descendentedos Balzac d'Eintraques ? 1 Pois bem, tantopeior para eües.

Tem ás vezes verdadeiros brinquedos decreança os homens de gênio. Cromwel, o '

reformador da Inglaterra, brincava a cabra ,cega com as pessoas de sua família. Napo-leão, o terrível Napoleão, o imperador dos

Dumús Filho Balzao

francezes, saltava na corda como os garo-tinhos.

O poeta Shelley, o tristonho, distrahia-se em fazer barquinhos de papel pára sol-tal-os na correnteza. Uma vez estava ábeira de um rio e não tendo no bolso ou- '

tro papel fez o barquinho, distrahidamente, [com uma nota de 40 libras (6oo!jkxx)) e ,sol tou-o na água.

Interessantes 1 Curiosissimos 1 E porquenão dizer verdadeiros lucros ?

FAJU RECITAI. NAS SALAS

DE CASTIGOSabem que fez Diamante,Aquelle gato malhado ?Roubou, ali meu plntasügro,Foi oomel-o no telhado 1

Nâo vao pensar que eu qulzesseA avestta engaiolar...Po's compríl-a unicamentePara fazel-a voar |

Affora, dou no Diamante TTiro-lhe a vida T Isso nao IBasta que tenha um castigo.Que lhe sirva de Hcao !

Em lograr do plntastlgo,Quer mie, quer fique triste,Flear& engaioladoUm dia 1 comendo alplste.

DULCE CARNEIRO

<<_v\, 7>V

Chiquinho tem cabello bem cortado porque corta na CASASCHM1TT, rua Gonçalves Dias 51. Perfumadas e

<—r - cutelarias finas. ~»C>^<H<>^<H<>^<H<>^<>^<>^<>*K>+<>H<VK> K>+<H<>-K>"r<>4<>-K>-H>t,<^*=>«1^^

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ÉSf NAVIOS de"•*»• «-^la&l..» -•«*•¦

HONTEM E NAVIOS DE HOJE lll>. Acr^f>Sti

O primeiro barco que houve no mundofoi o toro de madeira. Cortado o troncoda arvore, o homem o atirava nas assmas ecomo o tronco bolasse o homem vogou so-bre elle. O primeiro leme devia ter «idouma vara ou pedaço de pâo qualquer.

Mas a humanidade não podia continuarcom esse processo primitivo e rustteo delocornoc&o. O barco evoluiu, fl. proiporçaoque o homem evoluía.

Ma!s tarde vamos encontrar os naviosdos phentcios, se parecendo de alguma ma-nelra com os navios de hoje. Eram navioshoje oonslderados Insignificantes, mas averdade é que, oom elles, os phenlclos rom-peram os mares e fizeram as suas con-qulstas.

Quasi todos, ou melhor, todos os povor»

Os navios dos Normandos tinham 24 mo-tros de comprimento (hoje seriam peque-niselmos) e logares para 48 remadores.

Os navios dos Romanos eram adaptaçõesdas galeras gregas e phenloras.

No século XIXI se notam modificaçõesprofundas, grandes progressos na arte daconstrucgão naval. Os árabes, desenvolven-do o commerclo do Oriente, estimularam oseuropeus para a navegação de longo our-eo. As Republicas italianas de Gênova ede Veneza crearam grandes marinhas. Aomesmo tempo, as excurEÍes a guerras lon-glnquas «Ias Cruzadas obrigaram os povobdo Occidente a se occuparem especialmenteda marinha da guerra. K' assim que LuizIX de França — S. Luiz — alugou a Ge-rovn e a Veneza para â sua expedição á

navios tornam-se resistentes, alongadas eos canhões de combate vC..i para a amura-da dos navios, sahlndo dos castellos.

Só no século XVII desayparecei am porcompleto as galeras a remo. Na França etia Hespanha as galeras eram remadas porcondemnados. Dahi a denominação de ga-l('t\ Fulano foi condemnado i\ galés per-petuas, a remar toda a vida as galeras.

As çialeras coma navios de guerra poucovaliam, depôs de usadas as nãos ou ascaravellas. Eram mais navios de luxo queoutra cousa. Basta dizer que, a 14 de Ju-lho de 1684, o conde de Relinque, francez,a bordo do Le Bon> navio de 550 homensde equipagem, e com mão vento, resistiue p8z em fuga. 86 galeras hespanholas, comtima equipagem de 1.400

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marítimos da antigüidade tiveram os se ...barcos.

A' proporção que as necessidades «ires-aram, os barcos foram tomando mais vo-lume e â proporção que as viagens se fa-ziam para mais longe tornaram-se ellesmais fortes, com altas proas, castellos, etc.

No começo, os navios andavam no marlnjpellldos pelos remos. Depois appareceramas velas. Só modernamente, ha pouco maisde um século, inventou-se a machina a va-por.O velame antigo era apenas uma gran-de vela quadrada, Inclrnando-se segundo ovento e o apparelho do governo; nas ga-leias gregas ou phenicias eram lart£<os re-mos aos lados e a popa. Os castellos sãoverdadeiros fortes na proa do barco.

Onde esses castellos se vêem mais vul-tuosos são nos navios de Guilherme — oConquistador, nos navios terriveis dos Vi-kings, piratas ousados dos mares do Nortee também nos dos Normandos, os formi-davels conquistadores da Grã Bretanha.

Tarra Santa, 1.800 navios, cujas condiçõesnos eâo conhecidas pelo contracto de alu-guel, ainda hoje conservado.

No século XV os mais celebres baroo*de combate são as nãos. As nãos eramgrandes navios (grandes para o tempo) dedois mastros e tres cobertas. E' nesse se-culo que começam a appaíecer os canhóesa bordo dos barcos de combate. Houve nãoscom sete cobertas. Pouto mais tarde appa-recém as caravellas, barcos ligeiros, masde grande valor na guerra. A flotrlha deColombo era de caravellas.

As velas latinas tiveram a sua época.Foram, porém, depois, substituídas pelas^velas quadradas, mais manejaves e menos*porlgosas no momento da tempestade.

E' nessa época que apparece o leme nogoverno dos barco;], fixado 4 popa, nosgonzos macho e fêmea, como se usa atéhoje. _

Foi no século XYI Que a marinha deguerra mais se desenvolveu. As proas dos

Nos fins do século XVII e começos dosecu/lo XVIII os navios de guerra nãoapresentam modificação sensível. O «íue haé uma grande preoccupação cm adornaros barcos de desenhos de artistas, esculptu-ras, & proa e 4 popa.

Apparece o barco-corsario — navro dospiratas. São pequenas embarcações, llgel-ras, esgulas, de velame farto, armadas 11-gelramente com 4 ou 8 canhóes, mas deuma velocidade excepcional.

Entre os corsários houve muitos quepassaram a historia. Surcouf, corsáriofrancez, era uma creatura diabólica. Tomoua força varras- fragatas Iri^l.izas.

O .eeoulo XIX foi o século das gTandestransformações dos navios. Começam ellesa ser a vapor. Tudo então desapparece dosbarcos antigos. A» velocidades chegam, aser fantásticas.

E hoje temos os transatlânticos formlda-veis, que engolem milhas, que carregam po-pulações de verdadeiras cidades.

Petfcao da mão esquerdaFalo a todos os amigos da juventude, e

supplico-lhes que lancem olhos de oompal-xão sobre a minha desgraçada sorte, afimde que se dispam dos preconceitos de quesou victtma.

Somos duas Irmãs gêmeas e os olhosdo homem não se assemelham tanto, nemse concordam tanto como eu e minha irmã;todavia a parcialidade de nossos pães faz-nos a distincçao mais lnjuriosa.

Logo que nasci enslnaram-me a consido-rar a minha Irmã como um sér de classe*"uperior a minha. Çresol sem me darem amenor lnstrucçâo, emquanto que não setem .poupado nada para a sua educação.Tinha mestre que lhe ensinavam a escre-ver, a desenhar, a tocar Instrumentos;nias se por acaso eu tocasse um lápis,uma penna, uma agulha, lo<i«o me ralhavamcruelmente; até me batiam algumas ve-zes, só por nâo ter destreza e graça. E"verdade quo algumas vezes a minha Irmãme assooia ãs suas emprezas; mas tem«empre grande cuidado em tomar a dean-telra e em não se servir de mim senão emnecessidade, ou para figurar ao pé delia.

Não crelaes, senhores, que as minhas

queixas sejam excitadas só por vaidade.Não; a minha aflicçâo tem um motivomulto mais sério. Secundo um uso estabe-lecldo na minha família, somos obrigadosa prover á subsistência de nossos pães.Em segredo vos direi que minha Irmã ésujeita â gotta. aos rlvrumatlsmos, á calm-bra, sem contar muitos outros accidentes.Ora, se ella experimentar alguma lndis-posição, e que esta não «seja passageira,qual será a sorte da nossa pobre famlllaíNossos pães não se arrependerão entãoamargamente de ter posto tão grande dlf-ferença entre duas irmãs tão perfeitamenteIguaes ?

Ai ! morreremos miseravelmente. Ser-me-â Impossível rabiscar uma petição parapedir boccoitos ; porque me vi obrigada aservir-me de mão estianha para escrever orequerimento <iue tenho a honra de vosapresentar.

Dignae-vos, senhores, fazer sentir aosnossos pães a injustiça, de uma ternuraexolusiva e a necessidade de partlharIgalxnente os eeus cuidados e a sua affer-Cão por todos os eeus filhos. Sou com pro-fundo respeito. — Vossa obediente criada— A mão esquerda.

Bunumw FrjvNKUN

17JIA PUBLICAÇÃO Dentro de . tres ouANOIOBAMENTE quatro dias terão os

ESPERADA aprec adores da boaleitura, da lei tu ra

que diverte, que Instrua, que empolga, en-sejo de passar horas de alegre recreioespiritual. E" que mais um numero doprimoroso magazine mensal "Leitura

para todos" será posto & venda contendo,como é de praxe, um texto varladlssimo,todo Illustrado e Intertrsalado de finissl-mas trlohromias.

A "Leitura para todos* é o único ma-gazlne no gênero qu» se edita em nossopaiz.

Ca<-adores :OIA 1 com esse trajo I De onde

vens ?.— Tem pouco tpie «saber. Venho ¦*»

caça ás perdizes.E quantas caçaste ?Nenhuma.Então» como sabes que eram perdi-

zes ?...

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i04<>-K>+ O TICO-TICO *<>K>-K>-K>K>-K>-r^K>*<r>^^

Os tt°ss°5 G^netngoô

Resultado do Concurso n. 1687Solucfonistas : — Jo&o A Taltsou, Atros-1 tinho Braga, Amory Pomplllo, Flora Deo-

linda Mendes de Hollanda, Galba AlmeidaMattos, Maria de Lourdes Porto dos San-tos, Maria Delfina Xavier Villamil, Vicen-to Paulino Borges da Silva, Diva Moraes,Ludovlna dos Anjos, Marta de LourdesMachado Ribeiro, Rteoleta Silveira, DarcyVelgta Magalhães, Stenio Carlos C. deSouza, Eduardo Urpta Primo, Paulo Fer-' nandes, Maria José Santos Motta, GleraldaNascimento Guimarães, Helena Marelra,Edith Carvalhaes e Castro,- Odette Castro,Jorge Nunes Scrrao, Aqulno Nunes deCastro, Ivan da Fonseca Netva, Nelson Pe-reira de Castro, Yolanda Mac°el, José Os-car Pereira Lima, Colandy Garcia, ZalyCâmara, Antônio Rodrigues Rego, RolandoMachado, José M. Bellan, Lucilla Barreto,Henrique Ernesto Greve, Laiureano Corrêa,Maria do Carmo da Silva e Silveira, Mil-ton Figueiredo, Olga de Lourdes Siqueira,Paulo Celso U. Cavalcanti, Isaura de OI!-veira Filha, Lúcia Fragoso dos Santos,Milton Mirrales de Flgeiredo, Júlio Emes-to Leite Chavete, Oelita Barbosa, JoãoHerrhene dos S. Pinto, Zllá Barbosa, Ma-ria Elisa Gkraarâes Nery, Ephlgenia Ro-cha, Ariovaldo Medeiros de Miranda, Ha-

mllton da Bastos Manfredlne, Lecy Be-hmer, Álvaro Lima do Almeida Filho, Au-to Mendes, Rosaria de Oliveira, Norah VI-anna, Elza Rabello de Vasconcellos, ZildaRamos Mala, Zuleika .\'alr de Castro,aNlda L. Velloso, Osório Rezende, RenatoSoelro Ferreira, Marina Santos, RenatoAlvos, Cleopatra Luzia Dias, José PedroAbreu e Lima Filho, Marina Carneiro deRezende, Carlos R. Chataignier, Maria VI-ctoria Carvalho de Azevedo, Juanita daPenna, Joanna H. M. Doin, João AlvesLyra Made'ra, Eurico França Furtado,Dalila de Carvalho, Zeny Mafra Peixoto,Zenaide Camargo Toledo, Wilson de OU-veira, Globerto Barbosa acques, Avchtme-des Barbosa Jacques, Francisco Moniz Bar-i-x-ío de Aragão, Arnaldo Vieira Müller,Edmundo Martins Pinheiro, Ernesto LuizGreve, Sylvio S lva, Nelson C. Ferreira,Graciosa Bastos dos Santos, José dos San-tos Leste, Bey Leprevoat, Narciso Ibafiez,Candinho Cunha e Silva Jundor, Zely Men-des, Moacyr Peixoto, Hehmar Devoto, Ra-chel Machado Campos, Frederico Cerejo,Célia Leaes, Dhella de Salles Costa, JoséFerreira Fernandes, Octavla Doralice deSouza, Marietta Xavier, Camlllo SouzaTorres, Ciovls Lins Marinho, Waldyr Au-gusto da Silva, Gloria Vieira Lelts, Hei-bio Rego Lins, Haydée Almeida Barata,Álvaro José eixeira, Adelina S. Fernan-des, Benedicto Leal, Laura Lyra da Silva,Anna Cândida de M. Gtomide, João Brito,Decio Silvlno de Faria, Milton da NovaMonteiro, Octavlano Ferreira dos Santos,Dinah Paschoal, Maria Zoralde Ferreira,Moacyr Bastos, Lucilia Coelho, Helios Ru-towitsch, Fablo de Vasconcellos, Doralice

Garcia, Otto Freitas, José Toledo de Car-valho, Manoel Cardoso, José Pinho, PlínioRibeiro de Castro, Helena Lascaleia, LuizB. Paula, José de Araujo, Norma Mariada C&sta, Carmen Camargo Nogueira, Alcindo da Cruz Martnrt, Daniel Diniz daFonseca, Geraldo Chagas, José Dlonyiío de -jOliveira, Armando Cruz, Fausto Pacheco,Guairnuby Cerqueira, Boacyr de AndradeLima, Doralice Nunes da Silveira, JoséCordeiro Ramos, Carlot Marcondes Ferraz,Marilia Mello,' Claudlonor José Barroca,Amynthas L. Faria, Luiz de Carvalho, Ro-salina de Carvalho, Maria Helena Peça-nha, Maurício Cabral, Antônio do Nasci-mento, Ery Furtado Bandeira, Heloisa -iBandeira de Mello, Euê^riia Rangel, VI-ctor José Hiidebrando Montez, HermanLeut, Luiz Sanchez, Maria de LourdesCosta, Octavio Dias dos Santos Brandão,Jorge Teixeira, Nice Ayrosa da Silva, Her-mes Ferraz, Adelaide Vitare, Maria José deQueiroz, Atallba Carvalho de Lara, VI-ctor Mattos, Ruy dos Santos Loureiro, Dal-va Froes da Cruz, Raul Vieira de Araujo,Zllka Braga dos Santos, Iracema Ferraz,Lygia Jordio Ribeiro, Elvira Camuyrano,Newton Victor do Espirito Santo, Caeta-no d* Azevedo Carvalho, Cecília Nltzsche,Roberto Nltzsche, Adalberto Gonçalves,Henrique Bonilha Rodrigues^ Antão da Sil-va, Sylvia S. de Oliveira, Elza Romano,Sylvio Manzini, José Dias, Arthur de Oli-veira, Carmen Pereira Filha, Sylvio Wer-neck, Mario de Avellar Drummond, OlmarMarques de Oliveira, Jusil Carlberg daPlácido e Silva, Jurema M. Tibfriçá, Didl-mo Pinheiro, Dirce da Fonseca AntunesBaptista, José Rosa Buccione, Álvaro d»Almeida Lisboa, Célia Vaz de Mello, Ma-ria do Carmo de Mello Palhares, Nair Pi-mentel, Odila de Barros Pimentel, CílsoSantos Neves, Carlos Oomenale, DJaniraMartins, Edgard Lemos Cardoso, Hélio deOliveira Mello, Antônio Mattos, RubensCorrêa, Amaury Benevenuto de Lima, Cel-so G-erin Anesi, Waldemar Paulo dos San--tos, Gen Leal Paula, Nelson Magg'otto,Juraoy de Araujo Silva, Antônio Alves F.Filho, Eugênio de Almeida Magalhães, Ma-ria de Lourdes Reis, Agenor Azevedo Pln-to, Ernestino Lopes Junior, Beatrlzlnha,

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premiado publicado *i'0 Tico-Tico,

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IODO

Cuidasdos vossosdentes I

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A razãode alguns dos vos-sos de.:tes esta-iem canados, ape-zar de os limpar-

des todos os dias, é a prova maia evidentede que as pastas e sabões dentífricios aque tendes recorrido nao servem paraconserval-os sãos.

Bmpregae o ODOL! É urna prepa-ração liquida e que por isso penetra emto as as cavidades da bocea, O Odol éalém d'isso, um Üntisepiico e, como tal,evita acç odestruidora das bacteriasnos,dentes e conservaosdentes bellos c sadios.

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IODOLINO DE ORHI0E3O

DoPRECIOSO SUCCEDANEO DO ÓLEO DE FÍGADO DE BACALHAU, DAS BMULSOES B DAS PREPA-RAÇÕES IODADAS — O MELHOR TÔNICO PARA CREANÇAS B PESSOAS ANÊMICAS. FORTALECEE ENGORDA EM POUCOS DIAS. RECEITADO DIARIAMENTE POR NOTÁVEIS CLÍNICOS, QUB AT-

TESTAM O SEU ALTO VALOR THERAPBUTICO.LEIAM OW ATTESTADOS

COMEÇOU POR MUITO FASTIO EMMAGRECIMENTO= E TOSSE ===

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G

A doença de minha irmã começou por um fastio muito accentuado, repugnando a comida e vomitando quandoera obrigada a tomar qualquer alimento. Cansava com a menor caminhada, tinha tonteiras, pallidez e tossia bastan-te. Apezar de tratar-se, estes symptomas foram augmentando, o incommodo mensal desappareceu e chegou a tal ma-greza, que temi estivesse tuberculosa. Pesando 68 kilos aos 22 annos ficou reduzida a 56, não obstante ser alta Nãoobtendo resultados com os tratamentos seguidos, continuando sempre a enfraquecer, quasi não se levantando da ca-ma e só se alimentando com extracto de carne, resolvi, á vista de tantos attestados de cura com o IODOLINODE ORH, dar esse remuiio a minha irmã. Hoje confesso que, se tivesse dado antes, pouparia mezes de incommo-dos, soffrimentos e gastos inúteis.

Estava Carmen com 20 dias de uso de IODOLNO e o seu estado já inspirava a maior confiança. Com avolta do appetite, desde os primeiros dias, o IODOLINO conseguiu restabelecer suas forças, seu bom gênio, debe-lar a tosse, reanimar as côrcs e no fim do tratamento podia dizer-se que estava mais bonita e forte que antes dadoença. Como tive o prazer de ver restabelecida minha irmã, unicamente com o IODOLINO DE ORH, quero quesé publique este attestado para beneficio das outros.

Bahia, 1 de Maio d* 1919. JOÃO CHAVES DE ALMEIDAO " IODOLINO DE ORH", que reúne em si todos os princípios fortificantes do Óleo de Bacalhau, e outros

necessários ao organismo, sem os inconvenientes do Óleo de Bacalhau, que o estômago de muitas pessoas não supporta,restitue em pouco tempo as forças perdidas e cura radicalmente a anemia e todas as suas manifestações : Escrofulas,Rachitismo, Flores Brancas, Inapetencia, etc, etc.Em tcdas as drogaria e pharmacias — Agentes : Hermano Bareellos & C, Rua i* de Março, 100 — Rio tíe Janeiro.

Do

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0E30E SOESOr SOI I0E30 0E30E toxaoB I0S30

4> IdUllo Leal Paula, Leda Pereira, Maria da1 Gloria Silva, Yâra de Araújo Seixas, Jay-

nie Zerremer, Emílio Jorge Nejm, Ilermi-nia Alvares de Lima, Annibal de Gouvêa,Ilva Campos, Eugênio Tonini, Dario Abran-eives., Augristo Barbosa, Alolr Queiroz daAraújo, Jadyr Vogel, Heitor Vogel, CelinaCampbell de Barros, Arnaldo Machado Go-mes, José Osbone Pereira, Inah Bastos, Jo-8; Peres Blanco, Maria da CHoria Sarai-va, Regina de Toledo Moreira, Iracema

¦{, Martins de Almeida, Archanjo Ravagnani,Hugo Bazin de Mello, Ocirema Silva, Ar-mando Petry de Souza, Vanllio Osório, Jor-Se M. Porto, Moacyr M, Porto, Maria doCarmo Dias Leal, Homero Dias Leal, Ma-

T rilta. Dias Leal, Rubem Dias Leal, Lucyy Barbosa Lima, Flavio de Aiiulno, Carlos* Valdozenda, Milton Slmas, Jayme RamosQ da Fonseca Lessa, Alexandre Pues de An-4- drade Silva, Sylvio Corrêa de Sâ, Mariaà da Cofioe-icao de Sâ, Walter Diogo de Al-i meida Campos, Eduardo Corrêa da Silva Jnlor. Adella Ferreira da Silva, Celeste,£ Moreira, Maria Ferreira Que roz, Nodyr -X De Ralnerl, Jo3o Pereira dos Santos, Eloy

aa Silveira Rosa, Roque Mendes de Mar-T cos, Rubens Santos, Iza Braga de Men-

"onça, Júlio Clément, Eduardo DanielVaughan, Eugênio Paullac, Armando Falco-ne, Nelson Ballariny, Renato Conceição,Anna Alves, Ciro Vianna, Maria da (ílo-ria dos Santos Freitas Corrêa, Plinio Mo-reira Pitaluga. Neva Pinto de Andrade,Walter Tliíole, Ruy Pacheco, JeannetteCastro, Alice de Oliveira Monteiro, Mario

Castor de Souza, José Paoheco da Silva,Agenor Moreira Alves, Carlos T. de MIran-da e João Cardoso Mendes.

FOI O SEGUINTE O RESULTADOFINAL DO CONCURSO :

i° Prêmio :JOSÉ' FERREIRA FERNANDES

de 8 annos de idade e residente á ruaMarangá n. 165, Jacarepàguá, nesta ca-pitai.

a* Prêmio ;PLÍNIO MOREIRA PITALUGA

de 11 anr.os de idade e residente â rua 15de Novembro n. 57, em Cuyabá, Esta-do de Matto Grosso.

Resultado do Concurso n. 1693HESPOSTAS OKRTA.S !

1» — Andaluzia2« — Gallinha-Llnha3* — Tango-Tanga4» — Salmão*6* — Eva-Ave. .Solttc':onistari : — Globerto Barbosa Ja-

cques, Archtiwdes Barbosa Jaeques, IdyllioLeal Paula, Ephlgenla Rocha, Mathias deAlbuquerque Mello, Lucy Barbosa Limo,Jusll Carlberg de Plácido e Silva, NelsonLebon, Carlota R Duarte, Jorge M. Porto,Moacyr M. Porto, Heloísa Cavalcanti Pes-

soa, Geny Leal Paula, Josephlna DaltroRamos, Nadya Costa Pereira, Maria StellaVelloso de Oliveira, Beatrlzlnha, Dinorah 'Braga de Campos, Paulo de Azevedo, Joãode Mello Paiva, Mozart Corrêa de SouzaPinto, Delphlna Soares Rocha, Joio dosSantos Leite, Jullo Clément, Najib Tan- ,nure, Maria da Gloria Silva, Aquiléa Mo- ,raes, Maria do Carmo Dias Leal, HomeroDias Leal, Marilia Dias Leal, Itubem Dias 'Leal, Mirza CorrSa, Annibal de Gouvêa,Renato Soares de Souza, Boacyr de An-drade Lima, Crysallda Domingues Soares.Armando Azevedo Pinto, Isabel Ribeiro,Joaquim Luz, Sebastião - Jorge Brown,Carlos R. Chatalü-nier, Aida da Cruz Ran-gel, Luiz' Parreira, Benedicto Castilho deAndrade Filho, Apparlcio Angellnl, Anto-nio PedToso de Lima Filho, Alice do» San-tos Lima, Alayde dos Santos Lima, Alfre-do Gomes Saavedra Filho, Carlos Paes deBarros, Duloe Fernandes, Roberto Adam-czyk, Iraoema Martins de Almeida, Jura-cy de Arauío Silva, Risoleta Silveira, Ze-nlr Medeiros, Juracy de Miranda, MariaLucílla da Silva Prado, José BonifácioCaacaldl, Alcides Pereira Braga, Leda l'e-reira, Dalva Fr6es da Cruz, Eugenia Ran- Tgel, Waldyr Freire Peixoto, Adelina S. Fer- Vnandes, Maria do Rosário Lobo, Nálco Pe- *i*reira Guilherme, Guilherme Ramos, ThtersF. Lopes, Maria Souza, Hlrte Geraldo Cop-plnl. Diva de Jesus Moraes, Oswaldo Fer-reira Porto, Mareellino Queiroz de Freitas,Newton Victor do Espirito Santo, CelesteClomes Morin, Moacyr Peres Trancoso, VI-

? GAS A CaUlOIwAB 120-?^ p^^Ho

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"*¦ c>*<HOÍ<H<M'0'l<>+0+<H<>-t-0+<>K>+<3 +0+0<<>4<'4^+0"K>+<>+0+0+<>+£>-»"» * N-D+ÔWHO+íi+O+O'

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dya Wrtght de Castro, Marina Oliveirad'.-11'Amlco, Tolanda Lannos, Humberto Per-rone, Maria Luiza Facchinl, Nlze de Cas-tro, Deusdedit Lopes dos Santos, SylvioMachado Oliveira, A. Pinto, Mario de Mo-raes Bandeira, Poralice Nunes da Silveira,randlda Ribas Esteves, Rubem Flori, Eml-lia da Silva, Davlna Gaspar da Silva, Zul-mar Davld Ferreira, Roberto Horta Oli-veira, Jandra Pedroso, Adalr Neiva Fal-ler, Sednor Kneese Filho, Ernani Carva-lho, Américo R. V. Ratto, Rozendo Bene-vides Soares, Marina Benevenuto de L ma,Celina Campbell de Barros, Nice Ayrosa daSilva, Zilda Aragão, Gualnuby MacedoCerqueira, Alceu de Miranda, Iracema Me-nezes, Pinah Paschoal, Darcy Sabá, J. J.de Sá Freire Alvim, Octacilio de AvellarDrummond, Rosallna de Carvalho, Luiz d«Carvalho, Francisco Soares, Maria H-alenaPeçanha, Chysal da Domingues Soares,Aracy Bastos, Esther de Mello Araujo, Ze-naide Camargo Toledo, Walter Diogo deAlmeida Campos, Preciosa Ferreira Leite,Virgínia Esteves das Dore_i, Dila Gonc.il-ves. Lucy Coelho de Souza, Lydia Motta,

. Ernesto L. Clreve, H> E. Greve, Bene-dicto Leal, Dalila Gurgcl, Lilly Tornquist,

Foi premiada a solucionista:NALDA CAMPELLO

de 8 annos e moradora á rua D. D. R.Alves n. I, em Güaratinguetá, Estado deS. Paulo.

CONCURSO N. 1.60-ESTAnOS PRÓXIMOS

Perguntas :1« — Qual a fructa formada pelo tempo

de um verbo e a parte do corpo humano 7(2 syilabas).

Bento Kuntz2» — Qual a cidade da Palestina que

tem por nome uma fructa ?(3 syilabas).

Josã Dias.S« — Qual a nota musical que, trocada

uma letra, é preposição ?<1 syllaba).

Álvaro Peres.4» — Qual a fructa cujo nome 6 forma-

do por um animal, um advérbio de logare uma syllaba ?

(5 syilabas).Arlinda da Cunha Siqueira

6» — EHe é metadeElla é parte do vestuário.

(2 syilabas).Leny Galhardo.

As soluções do presente concurso de per-guntas, que é dos mais fáceis, devem serenviadas a esta redacção, separadas de ou-tros quaesquer concursos, acompanhadas dadeclaração de Idade e residência, asslgna-tura do próprio punho e do vale que vaepublicado a seguir e tem o numero 1.804.

Paea este concurso, que será encerradono dia 20 da Maio próximo, distribuiremospor sorte uma linda surpresa.

DIGESTIVO

CONCURSO N. 1.603

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Facll, bem fac 1 mesmo úo ser solucio-nado é o nosso concurso de araiar de hoje.Cortando, pelas linhas Indicadas, os qua-,drados acima e mais as duas pequenas par-tes em negro que se vêem ao lado do cíi-chê, tf^m vocês, collocando-as de certo mo-do, de formar, em preto, Já se vê, a figurado um animal feroz que, em geral, habl-ta os pólos.

Míos ã obra e enviem as soluções aesta redacção, acompanhadas das declara-ções de Idade e rosldencla, assignatura dopróprio punho do concurrente e ainda dovale que vae publicado a seguir e que temo numero 1.603

Para este concurso, que será encerradono dia V de Julho proslmo, offerecemos co-mo prêmios duas maravilhosas surpresas.

• • • «•

FORMULA DO ESPECIALISTAFRANCEZ DR. ED. PICARD,DE PEPSINA. PANCREATINA

E DIASTASA

Tônico digestivo e antidyspeptico degrande valor. Sua formula, constituidados fermentos digestivos naturaes do or-ganismo, faz digerir os alimentos comfacilidade assombrosa.

COMBATEtodas as fôrmas dc dyspepsia nervosa,'flatulenta e atônica e as gastrites e tistsintestinaes. Produz bem estar gastro-in-testinal rapidamente nas indigestões, aci-dez e embaraços gástricos e elimina todosos symptomas de deficiência digestiva,taes como máo hálito, neruosidade1 dô-res de estômago, lingua suja, náuseas,ardor na bocea t garganta, magresa, ir-ritações da pelle, gosto desagradável nabocea, resfriamento das mãos e pês, en-jôos e prisão de ventre. A' venda nasdrogarias. Único depositário no Brasil :Louis S. Curt — Caixa Postal. 1875 —Depto.: letra "P" — Rio de Janeiro.

AtU/tâfo 1603

ALE par/vNNoc;q^çug5oJ

1604

FG-RINHAS DE PRESENTEpara enfeitar livros, enviamos gratuitamente a todos os meninos e me-ninas intelligenteSv que mostrarem este aanuncio á mamãe e nos escre-

verem dizendo o que ella disse :

COOUELÜGHE-TOSSES-CATARRHQS DÃ INFÂNCIACuram-se unicamente com o celebre

Xaropedas Creançasdo velho pharmaceutico L. M. Pinto de Queirox.

Endereço para pedir as figurinhas : — Sec. Prop. da Soe. de Pro-duetos Chin-icos L. Queiroz — R. S. Bento 21, sob. — S. Paulo.

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Jüs. VlJNOAlSíC_A_- E>E TOTÓ 0 TICO-TICO.

Totó era perseguido por um camello de circo. O Cor-cunda não podia vêr o cão: dava dentadas e couces. Umavez pisou-lhe no rabo, mas Totó jurou vingar-se...

...e partiu em desenfreada carreira. O camello ria-sepor vçr o cão em desespera Naquella carreira, Totó foiter a uma floresta e...

... reunindo alguns bichos ferozes, propoz, mediante «retribuição de dinheiro, que as feras dessem uma sova no" camello, sem lhe tirar sangue ou matar.

As feras não o puderam fazer, porque, se atacassemo camello, matavam-n'o infallivelmente. Então Totó con-vocou uma reunião de cães e ahi combinaram...

^***~ ¦ • '" •¦ ¦• ¦•'--,— ¦ -' ' l'

"•' I

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'"• ' ¦''

...o plano. Xo elia seguinte, quando o camello esiai/adenado, alguns cães rodearam-n'o e se puzeram a cocar.Ue repente, o camello levantou-se,...

.berrando, dando couces e pul"s — estava cheio d.pul_as. A vingança do Tólé e seus amigos foi completa: ocamello até hoje se coç»

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C^4^PPP\Q\Oesaimo OV)vJ\)t>J\ \3ny pc&x'D'b.ya_.o

,-S

Jujuba dorme com Carrapichona mesma cama. Hontem, duran-te a noite, Jiüfuba sonhou quetinha ido pescar. l<

Havia uma taboa muito com-prida que avançava sobre o mar.Elle, o traquinas, na pontinha databoa, esticava o bracinho, decanniço em punho.

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Wfeiii___ii?--^E_:

De repente, appareceu na outra extremidade databoa uma onça horrível. Não havia por onde es-capar ' De um lado a fera ameaçadora, do outro omar profundo...

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~~X

Por essas alturas Carrapichodeu um berro. Jujuba haviamettido o balde na cabeça do pa-

I

Jujuba rezou uma Ave-Maria e, quando a onça saltou, uivando no seupulo molle de gato, Jujuba a esperou e metteu-lhe o balde dos peixes .iacabeça.

Offfirla»» l_l_.08.ra_>!_ic_.n d'<> MALHO

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(*) M!COL-AO

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