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Relatório de participação no II Colóquio Luso-Brasileiro, Niterói (RJ), 2011

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II COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO: INCURSÕES INTERDISCIPLINARES: DIREITO E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

Niterói, RJ, 18 e 19 de outubro de 2011

Relatório de AtividadesEdilenice Passos

1 Apresentação

O presente documento relata as principais atividades do II Colóquio Luso-Brasileiro: Incursões interdisciplinares : Direito e Ciência da Informação, realizado no período de 18 e 19 de outubro de 2011, em Niterói, Rio de Janeiro.

2 O local

II Colóquio Luso-Brasileiro foi realizado no Solar do Jambeiro. Construído em 1872 por Bento Joaquim Alves Pereira, rico português residente no Rio de Janeiro, o Solar do Jambeiro é um notável exemplar da arquitetura residencial urbana burguesa, em meados do século XIX. Implantada em uma chácara no bairro do Ingá, murada com gradis de ferro fundido apoiados em pedra de cantaria, a casa assobradada, edificada originalmente em pedra e cal, foi internamente dividida em inúmeros cômodos para abrigar numerosa família. O solar apresenta fachadas inteiramente revestidas de azulejos portugueses e beirais constituídos por telhões de louça, pintados à mão, provenientes da cidade do Porto, em Portugal.

Foto disponibilizada no site http://www.solardojambeiro.com.br/

3 O Evento

O evento foi organizado e realizado, conjuntamente, pela Universidade Federal Fluminense

(UFF) e a Universidade do Porto.

Nos dois dias de realização do II Colóquio Luso-Brasileiro foram apresentadas 22 palestras

reunidas em sete painéis.

Estiveram presentes, aproximadamente, 90 pessoas, entre bibliotecários, advogados e

alunos de graduação e de mestrado.

As palestras foram apresentadas por professores universitários brasileiros e portugueses.

Houve um painel especial para os alunos do Programa de Pós-graduação Justiça Administrativa

(PPGJA-UFF), que reúne alunos brasileiros e portugueses.

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3.1 As palestras

Passo a seguir a fazer um pequeno resumo das palestras apresentadas. Acrescentei

sugestões de leituras para aqueles que tiverem interesse em se aprofundar no assunto.

3.1.1 Painel: Produção, gestão e uso da informação jurídica

Limitações normativas ao acesso à informação jurídicaDra. Maria Luísa Alves da Silva Neto (UPorto)

A palestrante discutiu o direito à informação e a liberdade da informação. Lembrou os preceitos da Constituição Portuguesa no tocante ao direito de informar, direito a se informar e o direito de ser informado. Ressaltou a importância de transmitir e receber a informação sem a interferência do Poder Público. Abordou ainda a questão da responsabilidade social e a importância da transparência na produção da informação (sua contextualização, coleta dos dados, entre outros aspectos). Destacou que alguns tipos de informação sofrem limitações, como é o caso das informações protegidas pelo segredo médico, profissional, religioso, pela Justiça e pelo Estado. Falou também o direito de resposta, que permitiria à opinião pública a possibilidade de tomar decisões sobre os fatos, que em resumo trata-se de pluralismo informativo.

Da autoridade do indizível: acerca do debate sobre os arquivos da ditadura militar no Brasil (1964-1985)Dra. Georgete Medleg Rodrigues (UnB)

Foi discutido o acesso aos acervos sensíveis em face do Decreto nº 4.553, de 2002, que Dispõe sobre a salvaguarda de dados, informações, documentos e materiais sigilosos de interesse da segurança da sociedade e do Estado, no âmbito da Administração Pública Federal. A palestrante diferenciou os conceitos de arquivos da ditadura militar brasileira e os arquivos da repressão militar no Brasil. Foi discutido o “direito ao esquecimento”, pois algumas pessoas que foram protagonistas de fatos públicos, ou seus familiares, preferem que não seja lembrada sua participação. Nisso entrou a discussão sobre o que é “segredo” e o “não segredo”, o que é público e o que é privado. Muito se discute as razões que dois ex-presidentes da República, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Ignácio Lula da Silva, que sofreram com a ditadura e mesmo assim não abriram os arquivos. A palestrante ainda destacou a dificuldade das fontes para a discussão do problema da ditadura militar no Brasil: os documentos remanescentes correspondem à versão do Estado, os documentos mais importantes, ainda existentes, são considerados sigilosos e os documentos mais comprometedores foram destruídos. Certos militares advogam que documentos esparsos levariam a má-interpretação dos fatos e seria preciso cautela na abertura dos arquivos.

Sugestões de leituras complementares:

RODRIGUES, Georgete Medleg. Entrevista sobre os arquivos da Ditadura. Disponível em: < http://arquivoememoria.wordpress.com/category/georgete-medleg/ >

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RODRIGUES, Georgete Medleg; HOTT, Daniela Francescutti Martins. Sigilo e segredo na administração pública brasileira: a divulgação do dossiê sobre FHC ou o desvelamento do oportunismo dos governos em relação ao acesso aos documentos públicos. Disponível em: <http://www.aag.org.br/anaisxvcba/conteudo/resumos/comunicacoes_livres/daniellaegeorgete.pdf>

Apresenta um breve histórico da questão do acesso aos arquivos públicos no mundo e a evolução dos dispositivos legais brasileiros, particularmente no que se refere ao acesso aos documentos sigilosos. Destaca o papel da Constituição Federal de 1988 na ampliação dos direitos de acesso. Analisa os aspectos intrínsecos e extrínsecos do sigilo e do segredo na administração pública e conclui com uma reflexão com base no caso da divulgação, pela imprensa brasileira, de um dossiê com informações sobre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

RODRIGUES, Georgete Medleg. Projeto de Lei sobre acesso a informações: breves considerações. Disponível em: <http://www.informacaopublica.org.br/node/647 >.

Analisa o Projeto de Lei 5.228/2009 e cita, a fim de comparação, a nova lei de arquivos francesa aprovada no ano passado.

MoReq-Jus: reflexões sobre sua contribuição e evoluçãoMSc Cláudia Piovesan Macedo (CPqD)

A palestrante discorreu sobre o eArq Brasil e o MoReq-Jus. Falou brevemente sobre os objetivos do MoReq-Jus na gestão e preservação de documentos institucionais no âmbito da Justiça Federal. Mostrou brevemente o futuro do Moreq europeu que focará suas ações em desenvolver módulos específicos para saúde, finanças, defesa e justiça. Disse que o modelo atual dos fornecedores de informação é pelo “aprisionamento dos dados”, mas o futuro mostra que o novo caminho é para a utilização de padrões abertos com olhos voltados para a autonomia de fornecedores e para as necessidades dos usuários. Disse ainda que a tendência para moderna é pensar na segurança da informação, internet sem fio, computação na nuvem, privacidade, reconhecimento da fala, e projetos que considerem a tela do vídeo, da TV e dos smartphones. Citou ainda o PREMIS (Preservation Metadata: Implementation Strategies), que o nome de um grupo de trabalho internacional que elaborou um informe denominado PREMIS PREMIS Data Dictionary for Preservation Metadata (Dicionário de dados PREMIS de metadados de preservação), que inclui um dicionário de dados e informação sobre os metadados de preservação.

Sugestões de leituras complementares:

CAPLAN, Priscila. Entender Premis. Washington: Library of Congress, 2009. Disponível em: < http://www.loc.gov/standards/premis/UnderstandingPREMIS_espanol.pdf>

PREMIS: Preservation Metadata Maintenance Activity: Official website. Disponível em: <http://www.loc.gov/standards/premis/>

3.1.2 Painel: Acesso livre à informação científica e compartilhamento de conhecimentos

Ética na publicação científicaDr. Sigmar de Mello Rode (ABEC / UNESP)

O palestrante iniciou dizendo que a investigação científica deve gerar conhecimento. Lembrou que o Brasil está em 13º lugar em número de publicações, mas o País está na 20º posição em relação às citações, além disso, nenhum brasileiro nunca ganhou um prêmio Nobel. O brasileiro que esteve mais

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perto de recebê-lo foi Carlos Chagas que foi indicado em 1913 e 1921, mas que suspostamente não o recebeu porque cientistas brasileiros se manifestaram contrariamente à premiação do conterrâneo. Também deve ser considerado que o número de doutores é mais ou menos igual ao número de artigos publicados. A publicação, na verdade, deve ampliar, validar, criticar e gerar novas questões e novas soluções. Os periódicos não possuem mecanismos iguais para avaliação dos periódicos. Mesmo que os padrões sejam os mesmo, o resultado nunca será, pois a avaliação é subjetiva. Um artigo recusado por uma revista, pode facilmente ser aceito por outra. O palestrante disse que um artigo pode receber citações por ser bom ou ruim. Para ilustrar, citou o caso de um artigo sobre câncer de boa que tinha sérias falhas metodológicas e foi por isso citado várias vezes por autores que contestavam a metodologia utilizada. Disse ainda que ética na publicação pode ser resumida pelos modos e posturas esperadas por qualquer um envolvido no ato de publicar. A ética no processo de publicar tem como objetivo resguardar a qualidade. O palestrante disse que pressões competitivas que levam o autor a distorcer os dados, a publicar pesquisas de menor expressão por alcançarem resultados mais rápidos e a “compartamentalizar” a mesma pesquisa, ou seja, publicar a mesma pesquisa por partes e/ou vários veículos para passar a impressão de ter uma produção maior do que a verdadeira. Por fim, falou sobre o plágio nas publicações científicas.

Sugestões de leituras complementares:

GUIMARÃES, José Augusto Chaves; MOLINA, Juan Carlos Fernández (Orgs). Aspectos jurídicos e éticos da informação digital. Recife: Fundepe e Cultura Acadêmica, 2008.

OLIVEIRA, Maria Odaísa Espinheiro de; FERREIRA, Glória Isabel Sattamini; LUNARDELLI, Rosane Suely Álvares. Ética profissional na prática do bibliotecário. Brasília, Usina das Letras, 2011.

PITTELLA, José Eymard Homem. O processo de avaliação em ciência e a indicação de Carlos Chagas ao prêmio Nobel de fisiologia e Medicina. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 42, n. 1, p. 67-72, jan.-fev. 2009. Disponível em: <http://www.imaginologia.com.br/extra/upload%20curiosidades/Carlos-Chagas-Premio-Nobel-de-Fisiologia-ou-Medicina.pdf>

SHINKAI, Rosemary S. Integridade na pesquisa e ética na publicação. Scientia Medica (Porto Alegre), v. 21, n. 1, p. 2-3, 2011. Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/viewFile/8602/6082 >.

Open acess: esperança para ampliar a visibilidade da ciência brasileiraDr. Hélio Kuramoto (IBICT)

A palestra girou em torno do acesso livre (open access), que significa também ser acessível em linha, ser livre de custos e acessível imediatamente. O programa de livre acesso permite o acesso a 2,5 milhões de artigo de periódicos publicados por ano, a nível mundial, e a cerca de 25 mil revistas com revisão por pares. No programa é permitido incluir teses, dissertações, relatórios técnicos, obras de arte, monografias. O programa não se aplica a livros com direito autoral. O livre acesso permite aumentar a visibilidade, o acesso, o uso e o impacto de um artigo ou publicação; acelerar o progresso das ciências; melhorar a monitorização, avaliação e gestão da atividade científica. Sem falar que o livre

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acesso impacta no aumento de citações. Existem dois caminhos para atingir o acesso livre: por meio dos repositórios institucionais e por meio dos periódicos de acesso livre. Por fim, o palestrante lembrou as vantagens do Portal da Capes: maximizar a visibilidade das pesquisas, dos autores e universidades; melhorar a gestão da Ciência; acelerar o desenvolvimento científico e aumentar a transparência no investimento em ciências.

Sugestões de leituras complementares:

BOMFÁ, Cláudia Regina Ziliotto; BLATTMANN, Ursula; CASTRO, João Ernesto E. Acesso livre aos periódicos científicos eletrônicos: possibilidades e limitações. Disponível em: < http://www.ced.ufsc.br/~ursula/papers/claudia_ursula_castro.pdf>.

MANIFESTO Brasileiro de apoio ao Acesso Livre à Informação Científica. Disponível em: < http://kuramoto.files.wordpress.com/2008/09/manifesto-sobre-o-acesso-livre-a-informacao-cientifica.pdf>.

ROLLEMBERG, Rodrigo. PLS 387, de 2011 : Dispõe sobre o processo de registro e disseminação da produção técnico-científica pelas instituições de educação superior, bem como as unidades de pesquisa no Brasil e dá outras providências. Disponível em: <http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=101006 >

Estratégias para implementar o acesso aberto na Universidade de São PauloDra. Sueli Mara Soares Pinto (USP)

A palestrante mostrou as publicações da Universidade de São Paulo (USP) que tem acesso aberto: Brasiliana USP, Biblioteca Digital de Teses e Dissertações, Ciência à mão, entre outras. O Portal de Revistas da USP tem 54 periódicos já credenciados e 40 em processo de credenciamento. Foi citado as normas internas que permitiram, ao longo do tempo, a criação do repositório de acesso aberto. Em relação ao processo de criação de repositórios institucionais de acesso aberto, a palestrante disse que algumas instituições utilizam “policy”, ou seja, uma política que sugere que os professores-autores e alunos-autores disponibilizem seus trabalhos; outras utilizam o processo “mandate”, ou seja, para os professores e alunos é obrigatório o depósito no repositório. Destacando que o depósito pode ser obrigatório, mas a divulgação pode ser facultativa.

Sugestões de leituras complementares:

COSTA, Sely. Abordagens, estratégias e ferramentas para o acesso aberto via periódicos e repositórios institucionais em instituições acadêmicas brasileiras. Liinc em Revista, Rio de Janeiro, v. 4, n.2, p. 218 – 232, set. 2008. Disponível em: <http://revista.ibict.br/liinc/index.php/liinc/article/view/281>.

KURAMOTO, Helio. Repositórios Institucionais: principal caminho para o acesso livre. 2010. Disponível em: <http://kuramoto.blog.br/2010/05/02/repositorios-institucionais-principal-caminho-para-o-acesso-livre/>.

MORENO, Fernanda Passini; LEITE, Fernando César Lima; ARELLANO, Miguel Ángel Márdero. Acesso livre a publicações e repositórios digitais em ciência da informação no Brasil. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v.11, n.1, p. 82-94, jan./abr. 2006.

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3.1.3 Painel: Comunicação da informação científica no Direito: desafios e perspectivas

Periódicos científicos do Direito: o desafio da superação da cultura dos livrosDr. Vladimir Oliveira da Silveira (CONPEDI)

O palestrante, membro do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Direito – CONPEDI – (http://www.conpedi.org.br/), iniciou com um questionamento sobre a utilidade dos periódicos científicos e os motivos para que a publicação científica ocorra principalmente por esse meio. Ele explicou que os livros servem para o conhecimento consolidado, e os periódicos deveriam discutir novos assuntos. Informou que, em 2011, o Brasil possui 1.174 faculdades de Direito, ou seja, mais da metade das faculdades de Direito do mundo estão situadas em nosso País. Disse que atualmente é saber que o autor lê, quanto o autor é lido e quem lê o autor. Discutiu os aspectos que levariam um periódico de Direito ser bem qualificado pelo Qualis e Scielo.

Sugestão de leitura complementar:

FERREIRA, Aline de Alessio; NEUBHAHER, Berenice; REIS, Elizabeth; GOMES, Marcos da Silva. Avaliação de periódicos científicos on-line na área do direito. CRB-8 Digital, São Paulo, v. 2, n. 2, p. 12-26, set. 2009. Disponível em: < http://revista.crb8.org.br>.

Scielo e a comunicação científica: desafios e perspectivasMSc Fabiana Montanari Lapido (Scielo)

O Scielo nasceu com o objetivo de desenvolver uma metodologia para a publicação e disseminação de resultados de pesquisa em formato eletrônico e contribuir para o desenvolvimento da pesquisa científica e fortalecimento dos periódicos científicos. Uma publicação deve ter visibilidade, acessibilidade, qualidade, credibilidade e impacto. No portal Scielo, www.scielo.br, estão disponíveis 600 títulos de acesso aberto. O Scielo permite links dinâmicos com bases de dados nacionais e internacionais, publicação de material de apoio (gráficos, imagens, áudio, vídeo, entre outros), textos em mais de um idioma, todos os artigos recebem o número DOI (Digital object identifier = Identificador de Objeto Digital), permite a publicação de artigos ahead print (divulga o artigo logo após a seleção sem esperar que o fascículo todo fique pronto) e de press release, produz indicadores de impacto. O processo de avaliação e permanência é rigoroso e avalia os seguintes aspectos: indicação da norma adotada, forma de apresentação da filiação de autores, revisores e avaliadores, indicação da responsabilidade do conteúdo, palavras-chave, transferência de direitos autorais, publicação dos critérios de avaliação. Também é importante evitar a endogenia (distribuição institucional e geográfica) de autores, conselho editorial e revisores. Em relação ao conteúdo, os artigos devem trazer resultados de pesquisas originais e que contribuam para o desenvolvimento da área, precisam ser coerentes com a orientação temática do periódico, os artigos de revisão precisam ser atuais, e mostrar claramente a metodologia e os dados utilizados. Não é desconsiderada a qualidade do texto e da tradução. Para os periódicos serem incluídos no Scielo é necessária a avaliação por pares e transparência em relação do corpo editorial. No portal do Scielo é possível encontrar todos os parâmetros utilizados para a avaliação dos periódicos, entre outras informações.

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Sugestões de leituras complementares:

DIGITAL object identifier. Wikipédia. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Digital_object_identifier> .

MENEGHINI, Rogério. Avaliação da produção científica e o Projeto SciELO. Ciência da Informação, Brasília, v. 27, n.2, 1998. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-19651998000200018>.

SOUZA, Marcia Izabel Fugisawa. SciELO e Qualis: conheça as fontes de divulgação de artigos científicos. AGRInforma, ano II, n. 11, set.-out. 2004. Disponível em: http://www.cnptia.embrapa.br/node/134.html.

3.1.4 Painel: Diálogos interdiciplinares: Ciência da Informação e Direito

É possível um diálogo interdisciplinar e epistemológico entre Ciência da Informação e Direito?Dr. Armando Malheiro da Silva (UPorto)

O conferencista iniciou explicando o Método Quadripolar (que avalia os pólos epistemológico, teórico, técnico e moforlógico). Discutiu os conceitos de pluridisciplinaridade/multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade. O primeiro caracteriza-se pela simples associação de disciplinas, partilhamento de objetivos comuns, multiplicidade de métodos e existência de fronteira disciplinar. A interdisciplinaridade tem como características a linguagem parcialmente comum, a coesão de saberes, a integração disciplinar e o compartilhamento de objetivos comuns. Por sua vez, na transdisciplinaridade, as ciências teriam linguagem, estrutura e fundamentos comuns, assim como transferência de problemática e conceitos. A Ciência da Informação e o Direito giram em torno da epistemologia prática de ambas as disciplinas, recuperam as temáticas e problemáticas por meio de projetos.

Sugestões de leituras complementares:

AGUILLAR, Fernando Heren. Metodologia da ciência do direito. 4. ed. São Paulo : Atlas, 2009.

BICALHO, Lucinéia Maria. As relações interdisciplinares refletidas na Ciência da Informação. 2009. 267f. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) - Escola de Ciência da Informação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009

GOMES, Henriette Ferreira. Interdisciplinaridade e Ciência da Informação: de característica a critério delineador de seu núcleo principal. DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação, v.2, n. 4, ago. 2001. Disponível em: <http://www.dgz.org.br/ago01/Art_04.htm>

PAVIANI, Jayme. Interdisciplinaridade: conceitos e distinções. 2.ed. Caxias do Sul: Educs, 2008.

PAVIANI, Jayme. Epistemologia prática: ensino e conhecimento científico. Caxias do Sul: Educs, 2009.

SARACEVIC, Tefko . A natureza interdisciplinar da ciência da informação. Ciência da Informação, v. 24, n. 1, 1995.

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SILVA, Terezinha Elisabeth da (org.). Interdisciplinaridade e transversalidade da Ciência da Informação. Recife: Néctar, 2008. 216p.

TONINI, Regina Santos Silva; BARBOSA, Marilene Abreu. A interdisciplinaridade da Ciência da Informação determinando a formação de seus profissionais. Disponível em: <http://www.cinform.ufba.br/7cinform/soac/papers/adicionais/ReginaTonini2.pdf >.

Ciência da Informação: transversalidadesDra. Nair Yumiko Kobayashi (USP)

Segundo a palestrante, o dever de cada pesquisador é pensar no seu modo de “fazer ciência”. Explicou sobre a convergência crescente entre as tecnologias culturais e os dispositivos informacionais (tecnologias digitais). Existem dispositivos formais que levam à convergência: a tecnologia, a linguagem e a busca e a recuperação da informação. A busca pela informação é uma ação planejada, requer conhecimento prévio da informação, estratégias de buscas aderentes ao sistema (linguagem mais operadores lógicos-semânticos) e um sistema de aferição de documentos recuperados. A conferencista fez ainda algumas colocações sobre a produção na área da Biblioteconomia Jurídica.

Sugestão de leitura complementar:

GÓMEZ, Maria Nélida González. Metodologia de pesquisa no campo da Ciência da Informação. DataGramaZero: Revista de Ciência da Informação, v.1, n.6, dez. 2000. Disponível em: <http://www.dgz.org.br/dez00/Art_03.htm>

3.1.5 Painel: Ética em pesquisa e acesso à informação

O ciclo de vida da informação jurídica: papel do gestor da informaçãoDra. Fernanda Ribeiro (UPorto)

A palestrante iniciou falando a cerca dos contextos de produção e uso da informação jurídica em Portugal. Ressaltou as críticas à lentidão da Justiça naquele país, sobre a revolução digital que os tribunais vêm passando para garantir todos tenham acesso à informação, pois só o acesso público justifica e legitima a custódia e a preservação dos documentos. A interdisciplinaridade potencializa o uso e o acesso à informação jurídica. Gerenciar informação jurídica significa encontrar soluções práticas e compreender um conjunto diversificado de atividades: produção, tratamento, registro, preservação e memória.

Ciência 2.0: Desafios para a comunicação da Informação científica em ambientes digitaisDr. José Manuel Pereira de Azevedo (UPorto)

O conferencista começou falando sobre a mudança cultural que vivemos, onde há uma interseção entre tecnologias de mídia, indústrias, conteúdos e audiências. Atualmente, somos produtores e consumidores de informação (produsers). Nota-se que há uma perda do controle sobre a propriedade intelectual. A web 2.0 tem como característica a arquitetura de participação. O palestrante indaga retoricamente se também é possível falar em ciência 2.0. Para a existência de ciência 2.0 haveria a necessidade de adoção de instrumentos participativos. Nos dias atuais, notam-se três tendências: 1) o crescimento da autoria (onde publica-se primeiro e a filtragem é feita a posteriori); 2) explosão da publicação (publicação de drafts e de pesquisas ainda não finalizadas); 3) abundância de dados oficiais e “não-oficiais” (os dados são liberados em

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formatos não-tratados para permitir que outros pesquisadores tenham interpretações alternativas; novas oportunidades para vários atores na produção científica e no processo de publicação). Também é possível verificar três níveis de profundidade: partilhar pesquisas, partilhar recursos e partilhar resultados. O primeiro nível tem como exemplo o site www.linkedin.com, ou seja, são redes sociais utilizadas como redes científicas que criam plataformas para pesquisas; o segundo nível, partilhar recursos, tem como exemplos gestores de referências bibliográficas (http://www.zotero.org/ ), ou de favoritos e marcadores (http://www.delicious.com/ ), e serviços instrumentais participativos. O terceiro nível, partilhar resultados, tem como exemplos os blogs e wikis, serviços de notícias sobre ciência e o acesso livre. Na ciência há de ocorrer colaboração, que significará explosão de autorias, com a necessidade de filtros confiáveis, onde a reputação será o recurso mais valioso, pois vai gerar atenção, poder e financiamento. Haverá uma diluição das fronteiras entre ciência e produção cultural e, também, haverá a necessidade dos cientistas comunicarem com áreas afins.

Sugestões de leituras complementares:

SCIENCE 2.0. Wikipedia. Disponível em: < http://en.wikipedia.org/wiki/Science_2.0>

PLATAFORMAS E FERRAMENTAS 2.0 DESENVOLVIDAS PARA A COMUNIDADE CIENTÍFICA.

Disponível em: < http://cienciadoispontozero.com/mestrado/comunicacao-cientifica-2-0/>

WALDROP, Mitchell. Science 2.0: Is Open Access Science the Future? [Preview]: Is posting raw results online, for all to see, a great tool or a great risk? Scientific American, Apr. 2008. Disponível em: <http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=science-2-point-0>

WALDROP, Mitchell. Science 2.0: Great New Tool, or Great Risk? Wikis, blogs and other collaborative web technologies could usher in a new era of science. Or not. Scientific American, Jan. 2008. Disponível em: < http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=science-2-point-0-great-new-tool-or-great-risk>

Ética na divulgação científica: problemas e soluçõesDr. Charles Pessanha (UFRJ)

Os grandes problemas éticos encontrados na divulgação científica giram em torno da análise dos dados (fabricação e/ou falsificação de dados); na autoria (os autores não podem simplesmente colocar o nome na pesquisa, mas devem assumir a responsabilidade por pelo menos uma seção particular do estudo) e no conflito de interesses (os autores devem divulgar completamente os patrocínios recebidos para a realização da pesquisa), na revisão por pares (quando mais cedo divulga, mais cedo se protege a autoria), publicação redundante (autores para mostrar produção maior do que a verdadeira, fazem o auto-plágio, ou dividem as pesquisas); no plágio, nas obrigações com os editores, nas relações com a mídia (as pesquisas não devem ser divulgadas prematuramente e/ou de forma sensacionalista). A conduta antiética do autor ocorre nas seguintes situações: na falsificação de dados reais ou provas ou na utilização de dados distorcidos. A conduta antiética do parecerista ocorre quando falsifica fatos, retardar a apresentação do parecer, rouba idéias ou textos de manuscritos. A conduta

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antiética do editor ocorre quando falsificar pareceres, mente para autor, ou rouba idéias de manuscritos. Os mecanismos de accountability podem ser: hierárquico, supervisionado, fiscal, legal, de mercado, dos pares, reputação pública. Os princípios básicos da ética na pesquisa são: honestidade em todos os aspectos de pesquisa, responsabilização na condução da pesquisa, respeito e imparcialidade profissionais, boa gestão da pesquisa. O Palestrante informou com satisfação que a FAPESP e o CNPQ lançaram recentemente um guia com boas práticas científicas.

Sugestão de leitura complementar:

ADINOLFI, Valéria Trigueiro Santos. Ética e mídia: os periódicos de divulgação científica brasileiros e seus discursos sobre ética da ciência. Disponível em: <http://www.sbpcnet.org.br/livro/58ra/senior/resumos/resumo_508.html >

PESSANHA, Charles. Ética e divulgação científica :o papel do editor. Disponível em: http://eventos.bvsalud.org/abec/public/documents/Charles-152301.ppt#265,9,O Papel do Avaliador

RODRIGUES, Ana Vera Finardi; CRESPO, Isabel Merlo; MIRANDA, Celina Leite. Ética em pesquisa e publicações científicas. Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia, v. 2, n. 1, 2007. Disponível em: http://revista.ibict.br/pbcib/index.php/pbcib/article/view/512

Ética, conhecimento e perspectivas na contemporaneidadeDr. Gilvan Luiz Hansen (PPGJA/UFF)

O palestrante discutiu as questões ligadas aos atores do processo educacional: professores, diretores, alunos e família; e também das instituições (empresas, igrejas, escolas, e governo). Falou também sobre a universidade e o seu significado (ensino, pesquisa e extensão) e sobre a função social do pesquisador que é a crítica do contexto e dos projetos da sociedade.

3.1.6 Painel: Incursões interdisciplinares do Direito: Experiências do Judiciário

Registro dos partidos políticos entre 1945 e 1979Rosemary de Almeida e Suely Saick (TSE)

O TSE estabeleceu o objetivo da transparência de informações na sua área. Havia um histórico de solicitações de pesquisa sobre eleições passadas. Essas demandas de pesquisa que havia na instituição originou a base dessa pesquisa pró-ativa. Já havia sido realizado um primeiro trabalho sobre os eleitos no período de 1945 a 1990. O trabalho atual seguiu as seguintes etapas: levantamento quantitativo do processo de registro e cassação, elaboração do projeto, levantamento da legislação da época, seleção das peças processuais e confecção da página na web. Como resultado direto aconteceu a visibilidade dos profissionais que trabalharam no projeto, por ter dado visibilidade às informações produzidas pela Casa.

Sugestão de leitura complementar:

O resultado pode ser visto em: http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/registros-de-partidos-politicos-1945-a-1979

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Gestão documental e descrição arquivística : ampliando o acesso e a pesquisa da Justiça Federal no Rio Grande do SulMarieta Marks Löw (Justiça Federal – RS)

O Programa de Gestão documental da Justiça Federal compreendeu: diagnóstico feito em 1996 que mostrou a precariedade dos arquivos. Em 1999, a Resolução n. 217, estabeleceu a Tabela de Temporalidade. Posteriormente, foi elaborada a Tabela de Temporalidade da documentação judicial. O Tratamento técnico da JFRS incluiu o tratamento do acervo (elaboração do quadro arranjo, do inventário sintético para o fundo do JFRS e da política de segurança de acervo); o tratamento documental (higienização, desmetalização, pequenos reparos, costura, acondicionamento em caixas tipo polionda, descrição individual). Para os documentos eletrônicos verificou-se a possibilidade de uso das informações registradas nos sistemas eletrônicos de informação processual.

Realidade da gestão documental dos tribunais estaduais: tabela de temporalidade de documentos administrativos do Poder JudiciárioGilberto de Souza Cardoso (TJRJ)

O acervo arquivístico do TJRJ possui 22 milhões de processos, o custo para seu armazenamento gira em torno de quase cinco milhões de reais por ano, tem um acréscimo de 2.5 milhões de processos por ano. O Acervo arquivístico do TJSP possui 70 milhões processos, com o custo anual de 12 milhões de reais.A Bahia tem o acervo mais antigo, com documentação mais extensa, rica e variada. Diagnóstico indica a inexistência de gestão efetiva do acervo arquivístico, inadequação ou inexistência de documentação arquivística (tabela de temporalidade), ausência de local adequado de armazenamento, ineficiência do serviço prestado.

Tabela de temporalidade de documentos unificada do Poder Judiciário: Processos judiciais : Projeto Memória do Poder JudiciárioTassiara Jaqueline FankKich (TJRS)

Dentro do Programa Nacional de Gestão Documental e Memória do Poder Judiciário (Proname) foram criados subcomitês, contanto com a experiência dos tribunais participantes, foi elaborada a tabela de temporalidade, que foi levada à consulta pública em 2010, como consequência foi elaborada a Recomendação 37, de 2011 (http://www.cnj.jus.br/atos-administrativos/atos-da-presidencia/322-recomendacoes-do-conselho/15447-recomendacao-n-37-de-15-de-agosto-de-2011 ). Instrumentos auxiliares: Manual de gestão documental do Poder Judiciário (http://www.cnj.jus.br/images/programas/gestao-documental/manual_gestao_documental_poder%20judiciario.pdf ), Lista para a baixa definitiva de autos, Lista de verificação para eliminação de autos findos, Plano de Amostra estatística representativa. O Projeto Memória do Poder Judiciário tem como objetivo preservar e difundir vestígios do passado que podem acionar memórias, tendo os processos judiciais como fontes documentais. O material traz inúmeras possibilidades de estudos como a situação dos escravos por ser vista por intermédio da partilha de bens, pesquisas trabalhistas por meio das greves, entre outras tantas.

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Sugestão de leitura complementar:

MARQUES, Otacílio Guedes: Informação histórica: recuperação e divulgação da memória do Poder Judiciário brasileiro. 2007. 133f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Faculdade de Ciência da Informação, Universidade de Brasília, 2007. Disponível em: <http://repositorio.bce.unb.br/bitstream/10482/1563/1/Dissertacao_Otacilio_Guedes_Marques.pdf >

3.1.7 Painel: Incursões interdisciplinares do Direito: Pesquisas dos mestrandos do PPGJA

A pesquisa em Direito no Brasil: enfoque nos periódicos científicosCristiano Quintela Soares

O objetivo é investigar o grau de efetividade do Qualis Periódicos na tarefa de avaliar a produção intelectual dos programas de pós-graduação dos programas de pós-graduação nacionais. O palestrante citando Marcos Nobre informou que existe certo atraso na pesquisa jurídica, que tem aspectos metodológicos específicos e a ausência de pesquisas empíricas. Citando Tércio Ferraz informou que 40% das pesquisas jurídicas consistem em reprodução de texto legal e o restante é paráfrase. O cenário atual mostra a existência 12.564 periódicos nacionais, sendo que 465 são especializados em Direito, mas com alto índice de natalidade e mortalidade.

Sugestão de leitura complementar:

KOKOL, Awdrey Frederico. A pesquisa em direito e a crise do ensino jurídico. Disponível em: <http://www.diritto.it/pdf/28310.pdf>.

NOBRE, Marcos. Apontamentos sobre a pesquisa em Direito no Brasil. Novos Estudos Cebrap, São Paulo, p.145-154, jul.2003.

As novas tecnologias de comunicação e informação na justiça: a realidade portuguesaMarta Cristina Simões da Rocha

Quais são as melhorias esperadas com o emprego de novas tecnologias nos tribunais? Entre as vantagens estão: maior transparência, responsabilização profissional dos agentes, aumento de produtividade e da qualidade, possibilidade de ritmos de trabalho. Os maiores riscos são: resistência dos funcionários, falta de formação tecnológica, fraca participação na concepção das aplicações tecnológicas, indisponibilidade de meios, equipamentos e logística, ameaça aos direitos fundamentais do cidadão (invasão de privacidade), entre outras.

Da gestão documental na infiltração de agentesRafael Wolff

A infiltração de agentes é um meio excepcional de investigação, quando o agente infiltrado é o policial que obtém acesso à intimidade das entidades criminosas. A gestão documental desse processo de infiltração é de suma importância, pois é necessário preservar o contraditório. A correta gestão documental garantirá toda a licitude do processo. Ao mesmo tempo, é preciso manter em sigilo para preservar a intimidade do acusado e a vida do agente.

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A documentação do Tribunal Regional Federal da 1. Região e a sua utilização como fonte de informação para a produção do conhecimento em Direito.Vânila Cardoso André de Moraes

A documentação é o resultado do fazer jurídico. O TRF-1 é o maior dos tribunais regionais federais, tem 27 magistrados, são 4.248 novos casos por magistrado. No TRF-1 observa-se que comunicação se dá, em sua maioria, por meio do uso de recursos eletrônicos, considerando que a comunidade é dispersa. A base de dados do TRF-1 possui apenas ementa, sem indexação. A biblioteca e o arquivo não possuem bibliotecários ou arquivistas. O estudo mostrou que o controle da documentação TRF-1 está aquém do necessário, sendo necessário o aperfeiçoamento dos servidores e o incremento de políticas e investimentos tecnológicos.

Considerações Finais

A maioria das palestras no II Colóquio Luso-Brasileiro: Incursões interdisciplinares :

Direito e Ciência da Informação foram de alto nível e trouxeram novos conhecimentos.

Proporcionou o contato com professores e pesquisadores portugueses que estão atuando na área

jurídica.

As palestras sobre ética mostram a grande preocupação atual quanto à realização de

pesquisas e à divulgação científica. Os novos recursos tecnológicos trouxeram facilidades quanto à

pesquisa, mas também quanto à prática de ações antiéticas, em especial o plágio. É necessário

que todos os segmentos da sociedade se reúnam para valorizar e cobrar atitudes éticas de todos

os que lidam com pesquisa científica.

A participação no evento me proporcionou o acúmulo de novos conhecimentos que serão

aplicados no meu trabalho de produção de pesquisas e na disseminação da informação jurídica.

Transformou-se em excelente oportunidade em fazer contatos com profissionais brasileiros e

portugueses que atuam na área da Biblioteconomia Jurídica.

Edilenice PassosCRB-1 /780