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IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO 1 Denominação da instituição Escola Estadual do Campo Carlos Augusto Miranda Nichols – Ensino Fundamental Código: 00052 2 Endereço Rua: Eugênio Varoto, 29 3 Bairro/Distrito Quinzópolis 4 Município Santa Mariana Código: 2410 5 NRE Cornélio Procópio Código: 08 6 CEP 86355-000 7 DDD 43 8 Telefone 3582-1132 9 FAX (43) 3582-1132 10 E-mail [email protected] ou [email protected] 11 Entidade mantenedora Governo do Estado do Paraná 12 Zona Urbana 17 – Número de turmas ANOS TURMAS ALUNOS 1 18 1 22 1 23 1 16 TOTAL 4 71 1 – APRESENTAÇÃO Em concordância com a LDB, Lei nº 9394/96, que prevê em seu art. 12, inciso I, que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”. A Escola Estadual Carlos Augusto Miranda Nichols – Ensino Fundamental,

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IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

1 – Denominação da instituição

Escola Estadual do Campo Carlos Augusto Miranda Nichols – Ensino Fundamental

Código: 00052

2 – Endereço

Rua: Eugênio Varoto, 29

3 – Bairro/Distrito

Quinzópolis

4 – Município

Santa Mariana

Código: 2410

5 – NRE

Cornélio Procópio

Código: 08

6 – CEP

86355-000

7 – DDD

43

8 – Telefone

3582-1132

9 – FAX

(43) 3582-1132

10 – E-mail

[email protected] ou [email protected]

11 – Entidade mantenedora

Governo do Estado do

Paraná

12 – Zona

Urbana

17 – Número de turmas

ANOS TURMAS ALUNOS 6º 1 18 7º 1 22 8º 1 23 9º 1 16

TOTAL 4 71

1 – APRESENTAÇÃO

Em concordância com a LDB, Lei nº 9394/96, que prevê em seu art. 12, inciso

I, que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do sistema de

ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”.

A Escola Estadual Carlos Augusto Miranda Nichols – Ensino Fundamental,

entende que este preceito legal sustenta a ideia de que uma das principais tarefas da

escola é a reflexão sobre sua intencionalidade educativa. Alicerça o trabalho pedagógico

escolar enquanto processo de construção contínua: nunca é pronto e acabado.

Fundamenta as transformações internas da organização escolar e explicita

suas relações com as transformações mais amplas (econômica, social, política,

educacional e cultural). É o anúncio do que foi sonhado coletivamente e que pode

passar do sonho a ação, através do trabalho em equipe, pois, fazer da educação um

instrumento amplo de luta pelos direitos da cidadania e da emancipação social, bem

como, fazer da escola uma unidade de produção e distribuição de conhecimentos,

articulados aos reais interesses da maioria da população brasileira e centro de decisão

sobre o que é mais importante para todos, é a missão essencial desta instituição.

Neste sentido, admitir a necessidade de transformar as práticas educativas,

requer clareza teórica e política na organização do trabalho pedagógico.

A construção desse Projeto Político Pedagógico foi uma tarefa que envolveu

todos os componentes da escola, numa ação coletiva mediada pela discussão e diálogo.

Foi elaborado através de reuniões, estudos, pesquisas bibliográficas,

pesquisas com os alunos, garantindo assim uma participação afetiva em tudo aquilo que

aqui está representado, sendo essa uma representação de estrutura escolar em todos os

seus aspectos.

A realização dessa tarefa foi produtiva, proporcionando um ambiente de

reflexão e ação no processo educacional, o que trouxe para a escola melhorias

significativas.

Sabemos que pensar o futuro não é tarefa fácil, mas acreditamos que aquilo

que está aqui representado, servirá como um guia para a busca de um horizonte cada dia

melhor.

ASPECTOS HISTÓRICOS DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

A Escola Estadual Carlos Augusto Miranda Nichols – Ensino Fundamental,

situada à Rua: Eugênio Varotto, 29, no Distrito Quinzópolis, município de Santa Mariana –

Paraná, teve sua inauguração no dia 11 de dezembro de 1992.

Em 13 de maio de 1963, pelo decreto nº 11.613, o governador do Estado do

Paraná, Exmo Sr. Ney Braga, usando de suas atribuições e mediante propostas da

Secretaria de Educação e Cultura, decreta a criação do Grupo Escolar Luiz Massan –

Distrito Quinzópolis – Município de Santa Mariana – Paraná, ofertando as quatro primeiras

séries do 1º grau. O nome Luiz Massan é uma homenagem ao dono das terras do Distrito

e do doador do terreno onde se localiza o estabelecimento de ensino.

A 1ª diretora foi a Senhora Irma Cafieiro Massan, direcionou a escola de maio

de 1963 a 28 de janeiro de 1986.

No dia 21 de março de 1983, pela Resolução nº 3.884/82, foi autorizado o

funcionamento da Escola Estadual Luiz Massan – Ensino de 1º grau. A autorização de

funcionamento incluía as seis primeiras séries do 1º grau, implantando-se a 5ª e 6ª série a

partir do ano letivo de 1983 no período noturno, resultante da reorganização do Grupo

Escolar Luiz Massan. Em decorrência do disposto nesta resolução, a extensão da

Escola Estadual Drº Antonio Pereira Lima – Ensino de 1º grau, da localidade do Distrito

Panema – Município de Santa Mariana, foi desativada. A partir da Resolução nº 8320/84,

houve a inclusão da 7ª e 8ª série, passando a escola a ofertar o ensino de 1º grau

completo no período noturno.

Pela Resolução nº 553/86 do dia 28 de janeiro de 1986, o Diretor Geral da

Secretaria de Estado da Educação designa a professora Olinda Massan Lima, para

exercer a função de Diretora do Estabelecimento de Ensino.

Pela Resolução nº 2.240/86, no dia 15 de maio de 1986, é homologado o

Parecer nº 62/86, do grupo de Estrutura e Funcionamento do Departamento de Ensino de

1º grau aprovado o Plano de Implantação apresentado pelo Estabelecimento de Ensino.

No dia 14 de agosto de 1986, pela Resolução nº 3532/86 é reconhecido o

Curso de 1º grau, mantido pelo Governo do Estado do Paraná.

Pela Resolução nº 541/92, do dia 21 de fevereiro de 1992, pela Resolução nº

4611/92, o Diretor Geral da Secretaria de Estado da Educação resolve a pedido da

comunidade escolar que a Escola Estadual Luiz Massan – Ensino de 1º grau, do Distrito

Quinzópolis – Município de Santa Mariana, passe a denominar-se Escola Estadual Carlos

Augusto Miranda Nichols – Ensino de 1º grau em homenagem póstuma a Carlos Augusto

Miranda Nichols, por ter sido uma pessoa que tinha grande respeito pelas pessoas menos

favorecidas, abrindo frentes de trabalho em época de crise liderando campanhas de

fraternidade.

Pela Resolução 4.860/92 de 16 de dezembro de 1992, o Diretor Geral da

Secretaria de Estado da Educação e considerando a intenção da Prefeitura Municipal em

assumir os encargos de 1ª a 4ª séries da Escola Estadual Carlos Augusto Miranda

Nichols – Ensino de 1º grau, resolve suspender a partir do início do corrente ano letivo,

em caráter definitivo, as atividades escolares relativas ao ensino das quatro primeiras

séries do 1º grau, ficando revogada a autorização de funcionamento, anteriormente

concedida. Toda a documentação escolar das séries extintas passa para a guarda da

responsabilidade da Escola Municipal Luiz Massan – Ensino de 1º grau, que passará a

ser compartilhada.

A Escola Estadual Carlos Augusto Miranda Nichols, passa a ofertar o ensino de

5ª a 8ª séries do 1º grau.

No dia 24 de agosto de 1993, pela Resolução, nº 3901/93, a Professora Maria

Helena Inácio Massan é designada para exercer a função de Diretora da Escola Estadual

Carlos Augusto Miranda Nichols, ficando dispensada a pedido a Professora Olinda

Massan Lima, dos compromissos da direção.

No dia 10 de agosto de 1995, o Conselho Escolar do Estabelecimento se reúne

com a finalidade de indicar a professora Presilina Pereira Lima, para exercer o cargo de

Diretora da Escola, em virtude da aposentadoria da professora Maria Helana Inácio

Massan. Ficando então, pela Resolução 0326/95, a professora Presilina Pereira Lima,

respondendo pela direção do estabelecimento.

No dia 01 de fevereiro de 1996, por meio de eleição direta realizada em outubro

de 1995, fica designado o professor Edson dos Santos Reis para exercer a função de

Diretor do Estabelecimento de Ensino através da Resolução nº 4631/95.

No dia 01 de janeiro de 1998, novamente por eleição realizada em outubro de

1997, é reeleito o professor Edson dos Santos Reis, para continuar exercendo a função

de Diretor do Estabelecimento através da Resolução nº 4282/97.

Em 1999, através do Ato Administrativo nº 298/98 a Escola Estadual Carlos

Augusto Miranda Nichols – Ensino de 1º grau, passa a utilizar a nomenclatura: Escola

Estadual Carlos Augusto Miranda Nichols – Ensino Fundamental – Distrito Quinzópolis –

Santa Mariana – Paraná.

NO dia 01 de janeiro de 2000, novamente por eleição o professor Edson dos

Santos Reis, continua exercendo a função de Diretor do estabelecimento.

No ano de 2002, o professor Edson dos Santos Reis continua na direção do

estabelecimento através de prorrogação feita pelo Governo do Estado, sob a Resolução

294/02.

No ano de 2006 o professor Edson dos Santos Reis assume novamente a Direção deste

estabelecimento, novamente por eleição realizada em novembro de 2005 e exercendo

está função através da Resolução nº 058/06.

ORGANIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

Na estrutura organizacional do estabelecimento temos o Conselho Escolar que

é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativo e fiscal, com objetivo de

estabelecer para a Proposta Pedagógica da Escola, critérios relativos a sua ação,

organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade, tendo como finalidade

promover a articulação entre os vários segmentos organizados da sociedade e os setores

da escola, a fim de garantir a eficiência e a qualidade de seu funcionamento. À equipe de

Direção, formada pelo Diretor, cabe a gestão dos serviços escolares no sentido de

garantir o alcance dos objetivos educacionais do estabelecimento de ensino, definidos na

Proposta Pedagógica. A Equipe Pedagógica, que é formada pela Supervisão de Ensino,

Corpo Docente, Conselho de Classe, responsável pela Biblioteca Escolar, compete a

coordenação, implantação e implementação no estabelecimento de ensino, das diretrizes

pedagógicas emanadas do mantenedor..

O estabelecimento de ensino manterá de acordo com a especificidade de cada

um, o Ensino Fundamental de 2º Segmento de freqüência mista, em um turno: matutino.

Neste período as aulas se iniciam às 7:20 horas e terminam às 11:40 horas, o intervalo é

de dez minutos e acontece depois de duas aulas. Este horário de funcionamento atende

aos interesses da aprendizagem favorecendo a todos indistintamente. Este

estabelecimento de ensino possui 04 turmas no período matutino, sendo uma 6º ano com

24 alunos, uma 7º ano com 22 alunos, uma 8º ano com 25 alunos e uma 9ºano com 24

alunos. Num total de 95 alunos atendidos pela escola. Podendo este número sofrer

pequenas variações de um ano para outro ou durante o ano letivo por conta de

transferências recebidas, expedidas e evasão escolar.

As classes estão organizadas de modo a favorecer a aprendizagem; mas

sente-se falta de um período extra para que o professor dê atendimento individual para os

alunos que apresentam maiores dificuldades. O horário semanal das disciplinas é feito

pela Pedagoga da Escola, procurando fazer com que as aulas sejam geminadas, e

procurando não colocar as disciplinas que apresentam maiores dificuldades no mesmo

dia.

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didáticos - pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do

estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o processo de ensino e

aprendizagem na relação professor - aluno e os procedimentos adequados a cada caso.

Haverá tantos Conselhos de Classe quantos forem às turmas do estabelecimento de

ensino.

A Biblioteca constitui-se em espaço pedagógico, cujo acervo estará à

disposição de toda a comunidade escolar, durante o horário de funcionamento da escola.

A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de todos os

setores do estabelecimento de ensino, proporcionando condições para que os mesmos

cumprem suas reais funções.

Os Serviços Gerais tem a seu encargo o serviço de manutenção, preservação,

segurança e merenda escolar do estabelecimento de ensino, sendo coordenado e

supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado. Os componentes dos serviços

gerais deste estabelecimento de ensino são serventes e merendeiras.

O órgão cooperador formado pela Associação de Pais, Mestres e Funcionários

(APMF) é destinado a promover o intercâmbio entre a família do aluno, os professores e o

Diretor do Estabelecimento, propondo medidas que visam o aprimoramento do ensino

ministrado e assistência de modo geral, ao corpo discente.

CONDIÇÕES FISICAS E MATERIAIS

A escola compatibiliza as instalações físicas, o mobiliário e a organização do

espaço com a escola de 1ª à 4ª séries, que funciona no período vespertino, procurando

da melhor maneira possível proporcionar um ambiente agradável e acolhedor propício à

aprendizagem. Com isso, o espaço acaba tornando-se pouco. Pois a secretaria e sala do

diretor ocupam o mesmo espaço. A sala dos professores também é utilizada pela

pedagoga, a qual existe um banheiro que utilizado para o sexo masculino e feminino.

Temos uma cozinha, um depósito, um almoxarifado, um pátio coberto e cinco salas

de aula. O prédio dispõe de mais quatro salas, porém são utilizadas pela escola municipal

de 1ª à 4ª séries, que as utiliza da seguinte forma: uma para a diretora e secretária, uma

para professores e contra-turno, uma para depósito e vídeo e uma para a cozinha. A

escola de 1ª à 4ª séries também está utilizando uma das salas de aula para contra-turno.

Contamos também com um banheiro masculino para os alunos: com dois vasos

sanitários, um mictório e duas pias. Um banheiro feminino para as alunas: com três vasos

sanitários e duas pias. Um banheiro para os professores de 5ª à 8ª séries com um vaso

sanitário e uma pia, e um banheiro adaptado para os alunos com necessidades especiais.

Todas as classes estão funcionando de acordo com o quadro de ocupação. O

número de alunos matriculados em cada classe atende a capacidade legal: 6º --- máximo

de 35 alunos, 7º à 9º ano --- máximo de 40 alunos.

Para recreação a escola possui duas quadras, sendo uma coberta e outra sem

cobertura, mas ainda não possuem banheiros e nem vestiários.

As carteiras das salas de aulas são adequadas e a iluminação e ventilação das

salas são aceitáveis, pois em todas as salas de aula estão instalados ventiladores.

As medidas de higiene e limpeza estão sendo atendidas.

A escola tem procurado proporcionar um ambiente de trabalho acolhedor e

agradável, colocando em pratica a gestão compartilhada; utilizando apropriadamente as

instalações e os equipamentos existentes em beneficio do seu projeto pedagógico e da

criação de um ambiente de aprendizagem e cidadania.

A escola conta com laboratório do Paraná Digital e todas as salas possuem a TV

multimídia.

A responsável pela biblioteca, organizou uma pasta com todo o acervo da

biblioteca separado por área, para que professores e alunos consultem, sempre que

necessário, visando fazer com que os alunos fiquem motivados a freqüentar a biblioteca,

estimulando-os a ler mais e melhor, auxiliando-os a selecionar assuntos. A biblioteca

constitui-se em espaço pedagógico, cujo acervo está a disposição de toda comunidade

escolar, destinada a atender professores deste estabelecimento de ensino, para

conhecimento e lazer. O horário de atendimento da Biblioteca é somente no período

matutino. O acesso a biblioteca é franqueado a comunidade com fim exclusivo de

pesquisa local, mediante a autorização do Diretor.

Esta Escola atende a clientela deste Distrito e das fazendas vizinhas que,

trabalham na lavoura como bóias-frias. A maioria dos pais são analfabetos, sem nenhuma

formação escolar, e os que possuem alguma, só possuem o Ensino Fundamental do 1º

segmento.

CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO

Esta Escola atende as crianças deste Distrito e das fazendas vizinhas que,

trabalham na lavoura como bóias-frias. A maioria dos pais são analfabetos, sem nenhuma

formação escolar, e os que possuem alguma, só possuem o Ensino Fundamental.

A visão que a comunidade tem da escola é que esta tem a incumbência de tornar

seus filhos cidadãos.

A comunidade apresenta situação precária, pois a maioria das famílias é pobre,

não tendo acesso ao lazer e a cultura.

E como conseqüência deste perfil apresentado pela comunidade à escola constrói

o seu Projeto Pedagógico usando as características dos alunos, trabalhando os seus

problemas, conjugando todos os esforços para promover a sua aprendizagem,

envolvendo os pais, para que estes participem, se atualizem, adquiram conhecimentos

através dos projetos desenvolvidos pela escola, pois além de trabalhar com a formação

do aluno, ainda tem que fornecer aos pais o acesso a cultura e ao lazer, aconselhando-os

no tratamento que deve dar aos filhos, ajudando no seu relacionamento familiar.

RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO, COMUNIDADE/ESCOLA

O perfil da comunidade se reflete sobre os nossos alunos, fazendo com que a

escola construa a sua Proposta Pedagógica usando as oportunidades oferecidas pelas

características dos alunos e trabalhando os problemas que eles trazem, conjugando todos

os esforços para promover a aprendizagem, envolvendo os pais, para que estes

participem, se atualizem, adquiram conhecimentos através de projetos elaborados e

colocados em prática pela escola, uma vez que, na realidade a escola além de trabalhar

com a formação do aluno, nos seus diversos aspectos, ainda tem que, fornecer aos pais o

acesso à cultura e ao lazer.

Tendo em vista a Lei 9394/96 que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, os profissionais de Educação sentem a necessidade de uma reflexão para

mudança de paradigmas; mudando-se a ênfase do ensino para a aprendizagem,

deslocando-se o eixo da “liberdade de ensinar” para o “direito de aprender”.

O mundo de hoje emerge de profundas transformações, de uma desigualdade

social e econômica acentuada, de um progresso tecnológico que não gera empregos, de

mudanças nos valores sociais, culturais e econômicos, que alteram comportamentos, de

despreparo para o domínio da automação, sobressaindo-se à razão, para as

transformações exigidas no mundo globalizado.

Neste sentido, a escola precisa ser organizada para que possa dar conta deste

novo contexto.

Considerando-se que o homem que existe para a referida concepção de mundo é

um homem despreparado para a realidade atual, mas em busca de uma nova

perspectiva, então necessário se faz que a Educação atenda as necessidades do homem

e também as da sociedade onde este vive e busca sua realização pessoal.

Concebendo-se sociedade como construção humana em ambiente coletivo, ao

longo de gerações, conclui-se que a construção é um processo contínuo dentro do mundo

e da vida, permitindo-se assim se situar na realidade pós-moderna de maneira consciente

e construtiva, criando vínculos produtivos e realizadores.

Já que o papel do Sistema Educacional é o de receber este aluno, fazê-lo passar

por um processo e retorná-lo de forma coerente com o momento histórico-social, o aluno

há de estar preparado para enfrentá-lo. A definição de sociedade que temos é a de

valores degradados, conseqüência dos problemas políticos, sociais e econômicos, da

inversão de valores, da necessidade de resgate da honestidade, respeito, cultura e dos

valores morais, éticos e espirituais. Uma sociedade que convive com a ausência de

projetos educacionais estáveis, com o abuso dos meios de comunicação de massa,

ausência de auto-estima, com a descontinuidade de políticas governamentais, com

desemprego e corrupção desenfreada.

Na velocidade em que os fatos estão acontecendo, o mundo precisará de homens

conscientes de seu papel como cidadãos autônomos intelectualmente, críticos, éticos e

capazes de adaptarem-se com flexibilidade às novas condições de ocupação ou

aperfeiçoamento posteriores. A educação é a atividade mediadora no seio da prática

social global, ou seja, em que o aluno passa de uma visão inicialmente confusa e

fragmentada, mas ligada de forma indissociável à sua significação humana e social, a

uma visão mais sintética, mais organizada e unificada fornecendo-lhe um instrumental

para uma participação ativa na democratização da sociedade.

ESTRUTURA DO CURSO

O Ensino Fundamental, segundo degrau da Educação Básica é ofertada por este

estabelecimento de Ensino de 6º ao 9º ano no sistema seriado. De acordo com o Artigo

24 da LDB n.º 9394/96, com a carga horária mínima anual de 800 horas, distribuídas por

um mínimo de 200 dias de efetivo trabalho escolar. O

curso deve garantir uma Base Nacional Comum, de maneira a legitimar a unidade e a

qualidade da ação pedagógica na diversidade nacional. A Base Nacional Comum e sua

Parte Diversificada devem integrar-se em torno do paradigma curricular que visa

estabelecer a relação entre a Educação Fundamental e a vida cidadã.

A escola, para desenvolver sua proposta pedagógica, contempla no seu currículo:

A) Base Nacional Comum: com as áreas de conhecimento de: Língua

Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais, História, Geografia, Educação

Artística, Educação Física e Educação Religiosa. Esta disciplina obrigatória

de matrícula facultativa, conforme artigo 33 da LDB.

B) Parte Diversificada: compreendendo conteúdos complementares,

integrados à Base Nacional Comum, escolhidos por cada sistema de

ensino e estabelecimentos escolares, de acordo com as características

regionais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. Fazem

parte da Parte Diversificada a disciplina de Língua Estrangeira Moderna

(Inglês).

OBJETIVOS GERAIS

Esta Escola atenderá a modalidade de Ensino Fundamental, de 5ª à 8ª série, em

função da demanda existente e de acordo com a carga horária fixada em lei.

O Estabelecimento se propõe para o Ensino Fundamental os seguintes objetivos:

I – O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno

domínio da leitura, da escrita e do cálculo.

II – A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das

artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade.

III – O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de

conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores.

IV – O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de

tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

V – Formação do cidadão, fornecendo ao aluno, ainda, subsídios necessários à sua

melhor inclusão social.

VI –Formar num clima solidário, indivíduos críticos e participativos desenvolvendo o

potencial criativo visando uma sociedade igualitária.

VII –Desenvolver atividades sócio-esportivo-culturais para desenvolver o senso de

cidadania e o espírito de equipe, propiciando uma maior interação a comunidade escolar.

VII – Promover estudos de conteúdos tanto de forma contextualizada quanto pela

utilização de pesquisa e experimentação para favorecer o desenvolvimento da

capacidade crítica, criativa e o conhecimento científico.

MARCO SITUACIONAL

Temos uma sociedade historicamente organizada em camadas sociais, de

forma desigual, com diferenças socioeconômicas e culturais.

A sociedade brasileira está constituída por um grupo reduzido de pessoas que

detém o poder, que usufrui todos os benefícios produzidos coletivamente pela grande

maioria de cidadãos sobreviventes às margens dessa sociedade. A realidade social e

educacional atual de nosso país; requer o enfrentamento e a superação da contradição da

estrutura que existe entre declaração constitucional dos direitos sociais (dentre eles a

educação) e a negação da prática desses direitos.

Atílio Boron (1986) questiona que tipo de sociedade deixa como legado estes

quinze anos de hegemonia ideológica do neoliberalismo? Uma sociedade heterogênia e

fragmentada, marcada por profundas desigualdades de todo o tipo – classe, etnia,

gênero, religião, etc. - que foram exacerbadas com a aplicação das políticas neoliberais.

Uma sociedade dos “dois terços” ou uma sociedade “com duas velocidades””, como

costuma ser denominada na Europa, porque há um amplo setor social, um terço excluído

e fatalmente condenado à marginalidade e que não pode ser “re-convertido” em termos

laborais, nem inserir-se nos mercados de trabalho formais dos capitais desenvolvidos.

Essa crescente fragmentação do social que potencializaram as políticas conservadoras foi

por sua vez reforçada pelo excepcional avanço tecnológico e científico e seu impacto

sobre o paradigma produtivo contemporâneo.

Temos uma escola que transmite conhecimentos, desenvolve a socialização,

busca sempre a valorização pessoal de cada educando, concomitantemente com os

conhecimentos sistematizados, garantindo assim o acesso à educação.

Uma escola onde a comunidade em que está inserida deposita confiança,

credibilidade, respeito e seriedade no que diz respeito ao processe de ensino

aprendizagem e na construção de valores nos educandos que aqui estudam.

Quanto a formação dos professores, todos possuem cursos de especialização

em suas áreas. E fazem capacitações através de simpósios, grupos de estudos, GTR e

outros.

Os professores estão preocupados com a melhoria da qualidade do ensino-

aprendizagem e buscam sempre melhorias nas metodologias que contribuam para a

melhoria do ensino-aprendizagem.

O processo educativo compromissado com a mudança social, busca garantir a

formação e identidade do cidadão, requer um educador que assegure a inter-relação

contínua do educando com o sistema de ensino, propondo coletivamente as ações de

intervenção quando necessárias, acompanhando e avaliando sistematicamente o trabalho

a ser realizado.

A hora-atividade é organizada conforme as possibilidades dos horários

distribuídos semanalmente, mas por ser uma escola de pequeno porte não conseguimos

favorecer o encontro de professores que atuam com as mesmas turmas.

Nos Conselhos de Classe, contamos com os professores, membros do

conselho escolar, a direção, o pedagogo e secretário.

A questão Avaliação, eixo do processo de trabalho do Conselho de Classe é

discutido os critérios, o processo, os instrumentos avaliativos, salientando e ressaltando a

sua importância no processo ensino- aprendizagem, relembrando que ela deve ser

democrática, favorecendo o desenvolvimento da capacidade do aluno apropriar-se de

conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos produzidos historicamente e deve ser

resultante de um processo coletivo de avaliação diagnostica.

O Professor Edson dos Santos Reis, atual diretor deste estabelecimento. Atua

com liderança, mobilizando os professores, alunos e demais funcionários da escola para

que juntos atuem, de forma que seja uma instituição de aprendizagem constante e de

qualidade.

O Diretor dentro de suas atribuições, tanto administrativas, como pedagógicas

envolve a comunidade escolar na tomada de decisões e na implementação de ações

voltadas ao bem estar de toda comunidade escolar.

O Professor Pedagogo tem seu trabalho pautado na prática pedagógica, dando

ênfase na dimensão humana social da aprendizagem e a organização da escola como

ambiente educativo. Acompanhamento pedagógico para com o professor no processo

ensino/ aprendizagem. Todas as ações desenvolvidas são em parceria com educadores

e familiares. Contamos ainda com a parceria da , Conselho Tutelar e Ministério

Público que nos auxiliam na busca da qualidade e não da quantidade.

O trabalho desenvolvido no setor administrativo está voltado a uma

melhor organização do ambiente escolar sempre buscando qualidade e melhor

atendimento aos educandos e pais.

MARCO CONCEITUAL

Em nossa sociedade, as relações entre os homens, são desiguais, onde alguns

detêm o poder e vivem do produto do trabalho de uma grande maioria que ficam à

margem dessa sociedade. Sabendo que o homem não vive isoladamente, que precisa de

outros para sobreviver, altera aquilo que é necessário à sua sobrevivência, transforma as

velhas necessidades, cria novas necessidades às quais passam a ser fundamentais,

produz idéias, elaboram conhecimentos, costumes, valores e se organizam. É nesse

momento histórico por qual atravessamos que podemos e temos que criar possibilidades

de uma Sociedade democrática, justa e igualitária.

Assim, queremos formar educandos críticos e criativos, motivados e interessados em

adquirir conhecimentos, que a escola desenvolve e cria boas perspectivas quanto ao

futuro promissor, buscando sua melhor integração e transformação da sociedade. O

educando deve descobrir-se como construtor desse mundo do conhecimento e da cultura

e sabendo que para isto nosso trabalho deve estar pautado em situações reais concretas

e objetivas.

Queremos formar alunos para uma sociedade com menos desigualdades, com

melhor distribuição de renda e resgate às diferenças culturais, mais crítica com relação às

informações veiculadas pela mídia, com indivíduos educados e capazes de transformar a

sociedade em si, e que esses indivíduos sejam reconhecidos como cidadãos revestidos

de direitos e deveres.

Para Severino (1998), a sociedade é um agrupamento tecido por uma série de

relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas experiências individuais do

homem, havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana,

desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais e produzindo

bens que: “A sociedade configura todas as experiências individuais do homem,

transmite-lhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do grupo e

recolhe as contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e que oferece a sua

comunidade. Nesse sentido a sociedade cria o homem para si “.

( Pinto, 1994), a sociedade é mediadora do saber e da educação presente no

trabalho concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e do agir social

a partir das contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica.

Inês B. de Oliveira diz que uma sociedade democrática não é, portanto, aquela

na qual os governantes são eleitos pelo voto. A democracia pressupõe uma possibilidade

de participação do conjunto dos membros da sociedade em todos os processos decisórios

que dizem respeito à sua vida (em casa, na escola, no bairro, etc.).

Raul Pont no texto sobre democracia representativa e democracia participativa

conclui que nossa convicção funda-se no processo histórico que nos ensina que não há

verdades eternas e absolutas nas relações entre sociedade e o Estado e que estas se

fazem e se refazem pelo protagonismo dos seres sociais e que a busca de uma

democracia substantiva, participante, regida por princípios éticos de liberdade e igualdade

social, continua sendo um horizonte histórico, em suma, nossa utopia para a humanidade.

Sendo o homem um ser de relações, ele se relaciona com a natureza, com os

outros homens e consigo mesmo. Como essas relações são fundamentalmente práticas,

nosso acesso ao ser do homem só se dá através de suas atividades concretas, ou seja,

quando nos perguntamos o que é o homem a resposta só pode ser encontrada nos

elementos que expressam sua realidade, aos quais podemos ter algum acesso. A imagem

que podemos construir do homem será aquela que pudermos apreender de sua

manifestação.

A primeira esfera da ação dos homens é aquela que os coloca em relação com a

natureza e tem a ver mais diretamente com sua própria vida biológica, com sua existência

material. Como qualquer outro ser vivo, o homem só vive se for atravessado por um

intenso intercâmbio com o mundo natural. É da natureza que ele retira tudo aquilo que

necessita para manter sua existência material.

No entanto, as atividades pelas quais o homem estabelece essas relações com a

natureza é o que o diferencia dos demais seres vivos, que têm que adaptar as “ofertas”

feitas pela própria natureza. Enquanto que os homens além de se apropriarem desses

elementos, eles passaram a intervir na natureza. É a natureza que vai se adaptando às

necessidades e aos interesses dos homens. A essa ação transformadora do homem, para

atender as suas necessidades, chamamos, modernamente, de trabalho. Pelo trabalho, o

homem garante sua vida material, assegura sua reprodução e a conservação da espécie.

O homem não se relaciona com a natureza, no esquema indivíduo – mundo

material, como ocorre com os demais seres vivos. O esquema é essencialmente

grupo/natureza, ou seja, embora sejam os indivíduos que ajam concretamente, sua ação

é sempre uma ação coletiva. O homem é em sua essência um ser social. Temos então,

uma segunda esfera da prática humana, que é a prática social. Vemos que a espécie

humana organiza-se coletivamente realizando uma divisão técnica do trabalho, ou seja,

diversas funções que devem ser realizadas são atribuídas a diferentes indivíduos. A essa

divisão técnica do trabalho sobrepõe-se uma divisão social do trabalho, cujas funções são

hierarquicamente distribuídas e marcadas pelo poder, já que essas unções se diferenciam

pelas posições que têm na hierarquia social, onde os indivíduos ou grupos detêm uma

espécie de força sobre os que estão em lugares inferiores.

As relações que os homens estabelecem entre si no contexto dessa

hierarquização social, constituem a esfera da sociabilidade, o âmbito da prática política.

Nem a prática produtiva nem a prática política dos seres humanos teriam

especificidade se não fossem atravessadas e permeadas pelos efeitos de uma terceira

dimensão de seu agir: a prática subjetiva.

Mediante os signos elaborados no plano da subjetividade (conceitos, valores,

imagens, juízos, raciocínios e seus correspondentes objetivados como expressões

culturais), “explica-se” a própria realidade e os demais elementos com ela relacionados.

Por essa cultura simbólica os homens produzem e usam os bens materiais.

Esses elementos simbólicos sobrepõem-se a todos os aspectos da prática

produtiva e da prática social e sobre todas as relações que os homens estabelecem entre

si.

O homem vai se construindo e conservando sua existência concreta na exata

medida em que, através de sua prática, vai se relacionando com a natureza, pelo

trabalho; Com a sociedade pela sociabilidade; e consigo mesmo, pelo cultivo de sua

subjetividade.

São essas três dimensões inter-relacionadas e complementando-se que

constituem as efetivas mediações da existência humana.

As formas de atividade que os homens desencadeiam para produzir sua

existência concreta vão configurando igualmente sua maneira de ser. São as atividades

práticas que vão possibilitando ao homem, construir sua própria condição de ser

especificamente humano.

Dessa maneira, trabalhar é condição imprescindível para que o indivíduo se

humanize e, conseqüentemente, sua ausência ou a deturpação de suas condições

constituem mediações sub-humanas. Assim, tanto o trabalho pode humanizar, como

também degradar, desumanizar o homem dependendo das condições em que é realizado

histórica e concretamente.

Quando o trabalho degrada, desumaniza, ele é um trabalho alienado, ou seja,

leva o indivíduo a perda de sua própria essência, reduzindo-o a simples condição de

animal ou de máquina.

A alienação pelo trabalho é componente comum na atual estrutura social

capitalista, onde o homem se transforma em “coisa” que produz coisas, onde o salário mal

consegue repor as energias gastas pelo indivíduo no exercício de suas atividades.

Esse ser humano, muitas vezes, despreparado para a realidade atual, está em

busca de uma nova perspectiva que possa libertá-lo de sua alienação.

Se não se é humano fora de um tecido social e, portanto, o conhecimento, a

cultura, o trabalho e a educação pressupõem um solo de relações sociais que nutre toda

e qualquer atividade realizada pelos indivíduos.

A educação é uma prática social e, portanto política vai contribuir ou para a

conservação e reprodução da sociedade e de seus conteúdos ideológicos, ou atuar no

sentido de criticar e superar esses conteúdos e, conseqüentemente, agir na linha de

resistência à dominação e de transformação da sociedade. Ela pode se constituir, então,

em uma prática transformadora.

Assim, se de um lado a educação contribui para a reprodução da sociedade por

meio da produção, da sistematização e da divulgação de uma ideologia, do outro, ela

pode contribuir para a transformação da mesma sociedade através da produção, da

sistematização e da divulgação de uma contra – ideologia. Ela pode proceder a uma

crítica da ideologia vigente, desmascarando – a, denunciando seus compromissos com os

interesses dos grupos dominantes no interior da sociedade e gerando, então, uma nova

consciência social entre os sujeitos.

Daí, a importância que os conhecimentos teóricos assumem na âmbito do

trabalho educativo. A apropriação dos bens culturais é imprescindível para que os

indivíduos se tornem humanos, para que superem o imobilismo que a própria estrutura

social impõe, para se tornarem protagonistas da sua história e da história dos homens.

Tendo em vista os objetivos intrínsecos da Educação numa sociedade

historicamente determinada, o trabalho docente deve assegurar aos aprendizes

o domínio firme e consolidado dos conhecimentos científicos, técnicos e culturais;

oportunizar meios e condições para que os alunos adquiram métodos e posturas com

vistas a uma aprendizagem pessoal e a um pensamento autônomo; propiciar condições

para que os elementos mediadores da aprendizagem convirjam para os objetivos

essenciais da Educação.

A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens

situando-os dentro da história -- ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado

pela suas ações na sociedade e nas suas relações de trabalho.

É o processo pela dimensão histórica por representar a própria história individual

do ser humano e da sociedade em sua evolução.

É um fato existencial porque o homem se faz ser homem – processo constitutivo

do ser humano.

É um fato social pelas relações de interesses e valores que movem a sociedade,

num movimento contraditório de reprodução do presente e da expectativa de

transformação futura.

É intencional ao pretender formar um homem com um conceito prévio de homem.

É libertadora porque segundo Boff (2000, p.77) se faz necessário desenvolver

uma educação que nos abra para uma democracia integral, capaz de produzir um tipo de

desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente sustentado.

Nesse sentido, a educação visa atingir três objetivos que forma o ser humano para

construir uma democracia aberta. São eles:

_ “A apropriação pelo cidadão e pela comunidade dos instrumentos adequados para

pensar a sua prática individual e social e para ganhar uma visão globalizada da realidade

que o possa orientar em sua vida”.

_ A apropriação pelo cidadão e pela comunidade do conhecimento científico, político,

cultural acumulado pela humanidade ao longo da história para garantir-lhe a satisfação de

suas necessidades e realizar suas aspirações;

_ “A apropriação por parte dos cidadãos e da comunidade, dos instrumentos de

avaliação crítica do conhecimento acumulado, reciclá-lo e acrescentar-lhe novos

conhecimentos através de todas as faculdades cognitivas humana...”

Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação tem

suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita para

constituir-se e transformar a realidade.

A função fundamental da educação é criar condições político- pedagógicas para o

desenvolvimento do potencial de cada indivíduo e ajudá-lo a tornar-se um ser humano

completo, em suas dimensões sociais, afetivas e intelectuais.

A educação liberta o homem do desconhecido, colocando-o como “dono da

situação”, pois a partir do domínio do conhecimento o sujeito poderá progredir e lutar por

sua autonomia. A educação deve ser entendida como um processo que se caracteriza por

uma atividade mediadora no seio da prática social global .

Para que exista a educação autêntica é preciso superar a relação vertical que

eleva o educador acima do educando, e instaurar uma relação dialógica entre ambos. O

diálogo supõe troca, não imposição. Dessa maneira, o educador já não é o que apenas

educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando que, ao ser

educado, também educa, como afirma Paulo Freire.

Portanto, para a Escola Estadual Carlos Augusto Miranda Nichols - Ensino

Fundamental, um dos principais papéis reservados à educação consistem, antes de mais

nada, em dotar o indivíduo da capacidade de dominar o seu próprio desenvolvimento,

fazendo com que cada um tome o seu destino nas mãos e contribua para o progresso da

sociedade em que vive, baseando o desenvolvimento na participação responsável dos

indivíduos e das comunidades. É a educação contribuindo para o desenvolvimento

humano e, portanto, para a evolução da sociedade. Não deve ser apenas uma

reprodução, mas, principalmente, uma produção e uma adaptação do conhecimento e da

cultura.

As relações entre professor e alunos, as formas de comunicação, os

aspectos afetivos e emocionais, a dinâmica das manifestações na sala de aula fazem

parte das condições organizativas do trabalho docente.

A interação entre professor-aluno é um aspecto fundamental da organização da

situação didática, tendo em vista alcançar os objetivos do processo de ensino: a

transmissão e assimilação dos conhecimentos, hábitos e habilidades.

Deve ser um relacionamento de cumplicidade, interatividade e construção de uma

parceria onde ninguém seja mais e nem menos que o outro na aquisição e assimilação

dos conhecimentos.

Sendo o Ensino Fundamental a fase inicial da vida escolar do educando, acreditamos

que ele é acessível e garante a permanência é responsabilidade de todos nós, para tanto

deve:

Valorizar ainda mais a socialização, o contato pessoal e individual com trocas de

experiências, proporcionar da melhor forma possível condições mínimas necessárias para

o atendimento de alunos com necessidades especiais, valorizar o ser humano em sua

totalidade e buscar parcerias com grupos sociais existentes na comunidade em que a

escola está inserida, para realização de programas culturais, esportivos e sociais.

Algumas ações podem ser tomadas para evitar o afastamento dos

estudantes da escola como:

- Ajudar o aluno a identificar o valor e a utilidade do estudo em sua vida por meio de

atividades ligadas ao seu cotidiano;

- Elaborar aulas dinâmicas e estimulantes;

- Mostrar que a aula é um momento de troca entre todos e saber que o professor não é

mais importante que o dele;

- Valorizar e utilizar os conhecimentos e as habilidades de cada um. Isso pode mudar o

seu planejamento no meio do caminho, mas as aulas vão ficar mais interessantes;

- Promover entre os colegas o sentimento de grupo. Quando criam vínculos, eles se

sentem estimulados a participar das atividades;

O conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre o

homem e a natureza. O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e

das condições sociais que o geram, configurando as dinâmicas históricas que

representam as necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente

nova forma de ver a realidade.

O conhecimento científico é uma conquista relativamente recente da humanidade,

onde todos têm direito ao acesso, ele é intencional e está sempre direcionado para

alguma coisa.

O conhecimento não ocorre somente na individualidade, ele acontece no social

gerando mudanças internas e externas no indivíduo e nas relações sociais, sem esquecer

sua intencionalidade.

E, quando falamos em conhecimento, estamos designando o ato de conhecer

como uma relação que se estabelece entre a consciência que conhece e o objeto a ser

conhecido, mas podemos também estar nos referindo ao produto, ao resultado desse ato,

ou seja, ao saber adquirido e acumulado pelo homem.

Embora os dois aspectos sejam importantes, costuma-se enfatizar o segundo

aspecto quando se atribui à escola a tarefa de transmissão dos conhecimentos,

descuidando-se muitas vezes das questões relativas às formas pelas quais é construído o

saber. Aqui nos interessa examinar o primeiro aspecto, o ato de conhecer, onde se

coloca a questão da realidade do mundo e a capacidade do homem em conhecê-la.

Na perspectiva dialética do conhecimento, o que se visa é chegar à síntese, que

é uma rica totalidade de determinações e de relações numerosas. Conhecimento consiste

numa representação mental das relações.

O que se espera do educando é que seja capaz de construir representações

mentais das relações que definem o objeto. Essas representações, que o sujeito constrói,

na medida em que correspondem efetivamente a relações constituintes do objeto, são os

chamados conceitos, o saber objetivo, a ciência, a filosofia.

A psicologia cognitiva e a epistemologia dialética nos trouxeram importantes

contribuições em relação ao processo de construção de conhecimento no sujeito:

a) Condição necessária para conhecer:

· o sujeito precisa “querer”, sentir necessidade;

· o sujeito precisa ter estrutura de assimilação para aquele objeto (quadro

conceitual correlato);

· precisa ter certos conhecimentos anteriores relacionados aos novos.

b) O conhecimento novo se constrói a partir do anterior/prévio/antigo

(seja para ampliar ou negar, superando).

c) O conhecimento conceitual (em particular o científico e o filosófico) é construído

a partir da linguagem verbal.

d) O conhecimento é estabelecido no sujeito por sua ação sobre o objeto.

e) Esta ação pode ser, em termos predominantes, motora, perceptiva ou reflexiva.

f) Dois sujeitos podem estar fazendo a mesma atividade, mas com graus de

interação com o objeto de estudo bastante diferente.

g) O processo de construção do conhecimento no sujeito passa por “momentos”:

Cínclise (mobilização para o conhecimento), Análise (construção do conhecimento) e

Síntese (elaboração e expressão da síntese do conhecimento).

h) O conhecimento não se dá de uma vez (não é linear), mas por aproximações

sucessivas (sínteses em níveis cada vez mais elevados).

i) Para poder captar as relações de constituição do objeto, o sujeito precisa analisá-

lo, o que significa dizer que deve “decompô-lo” em suas partes constituintes. No processo

de análise, o sujeito precisa ir além da aparência.

j) Diante de situações problemas, o sujeito elabora hipóteses explicativas.

Os pólos sujeito-objeto, homem-mundo, professor-aluno, encontram- se integrados,

inter-relacionados, sem que se busque enfatizar um dos lados, já que ambos têm

importância no processo.

Além disso, o ato de conhecer é dinâmico, já que o ser humano passa por estágios

progressivos de auto – organização nos quais as estruturas formadas se sucedem,

alternando mobilidade e estabilidade.

O que propomos é promover a socialização do saber por meio da apropriação do

conhecimento produzido histórica e socialmente, ou seja, pelo trabalho educativo produz-

se intencionalmente nos alunos o que a sociedade produziu coletivamente no decorrer do

tempo, a sua herança cultural: a ciência, as artes, a filosofia, as técnicas etc.

Valorizamos a educação formal, pois, é o domínio dos conteúdos, a formação de

habilidades, hábitos e convicções – proporcionados pela escola – que permitirá o acesso

do indivíduo á participação social enquanto um cidadão consciente, eficiente, responsável

e autônomo.

A escola necessária para fazer frente a realidade em que estamos vivendo é a que

provê formação cultural e científica, que possibilita o contato dos alunos com a cultura,

àquela cultura provida pela ciência, pela técnica, pela linguagem, pela estética, pela ética.

Especialmente, uma escola de qualidade é aquela que inclui, é uma escola contra a

exclusão econômica, política, cultural e pedagógica.

Para essa escola ser concebida como espaço de construção da democracia social e

política, precisa ter o pleno desenvolvimento de capacidades cognitivas e operativas dos

alunos, tais como: processos mentais, estratégias de aprendizagens, habilidades

do pensar, pensamento crítico por meio dos conteúdos escolares.

Ao desenvolver a criatividade, a sensibilidade e a imaginação, assegura a ligação

entre os aspectos cognitivos, sociais e afetivos, da formação do educando. Isso implica

lidar com os sentimentos, respeitar as individualidades, compreender o mundo cultural

dos alunos e ajudá-los a se construírem como sujeitos, aumentando assim sua auto-

estima, autoconfiança e o respeito consigo mesmos.

A escola dos dias atuais precisa atender as demandas produtivas e de empregos,

promover a inserção competente e crítica no mundo do trabalho, incluindo a preparação

para o mundo tecnológico e da comunicação, para as complexas condições do exercício

profissional no mercado de trabalho. A escola precisa tornar o cidadão capaz de interferir

criticamente na realidade e não apenas integrar-lo ao mercado do trabalho.

O processo Ensino/Aprendizagem está fundamentado na relação de interação

professor/aluno, onde o docente posiciona-se como mediador entre o conhecimento do

senso comum e o conhecimento cientifico, em um processo contínuo na construção do

conhecimento.

Nosso estabelecimento entende que um ensino de qualidade é aquele capaz de

formar cidadãos que interfiram criticamente na realidade para transformá-la e não apenas

para que se integrem no mercado de trabalho.

Tirar o cidadão da escuridão do analfabetismo, com práticas pedagógicas voltadas

ao estímulo para o conhecimento sistematizado, respeitando sempre a história individual

e social do educando.

Queremos conscientizar nossos alunos sobre a importância de dar continuidade

aos seus estudos e, com isso adquirirem uma qualidade de vida melhor e com mais

expectativas quanto ao futuro.

Para nós Gestão Democrática, deve ser entendida como fenômeno educativo,

que se firma como exercício participativo do processo decisório escolar, efetivando uma

prática de democratização i nstitucional, buscando estratégias viáveis à concretização dos

objetivos da comunidade escolar, passa a ter um natural efeito pedagógico sobre cada um

dos integrantes da comunidade escolar.

Na gestão democrática, todos são chamados a pensar, avaliar e agir

coletivamente, diante das necessidades apontadas pelas relações educativas,

percorrendo um caminho que se estrutura com base no diagnóstico das dificuldades e

necessidades e do conhecimento das possibilidades do contexto.

A escola que valoriza a prática da gestão democrática, com competência técnica,

política e social supera as dificuldades do acesso, permanência dos educandos, bem

como, promove aos educadores o incentivo e estímulo à formação continuada, refletindo

assim o sucesso e qualidade no ensino e aprendizagem.

Com o comprometimento da escola pública e a sociedade que se quer construir –

solidária e inclusiva – tanto o conteúdo quanto a metodologia de trabalho precisam

ser projetados, viabilizados e praticados. Para isto, faz-se necessário a reestruturação

curricular incluindo, portanto, o fazer e o pensar cotidiano sobre os conteúdos trabalhados

e sobre as atividades escolares.

A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o

professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com

as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos,

bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor. A avaliação deve dar

condições para que seja possível ao professor tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento

das situações de aprendizagem. A avaliação deve proporcionar dados que permitam ao

Estabelecimento de Ensino promover a reformulação do Currículo com adequação dos

conteúdos e métodos de ensino. A avaliação deve possibilitar novas alternativas

para o planejamento do Estabelecimento de Ensino e do Sistema de Ensino como um

todo.

Os critérios de avaliação, de responsabilidade dos Estabelecimentos de Ensino,

devem constar do Regimento Escolar obedecido à legislação existente. A avaliação do

aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho do aluno em diferentes

situações de aprendizagem. Utilizar técnicas e instrumentos diversificados.

É vedada a avaliação em que os alunos são submetidos a uma só oportunidade

de aferição.

A avaliação deve utilizar procedimentos que assegurem a comparação

com os parâmetros indicados pelos conteúdos de ensino, evitando-se a comparação dos

alunos entre si.

Na avaliação do aproveitamento escolar, deverão preponderar os aspectos

qualitativos da aprendizagem, considerando a interdisciplinaridade e a

multidisciplinaridade dos conteúdos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade

de síntese e a elaboração pessoal, sobre a memorização.

A avaliação deverá obedecer a ordenação e a seqüência do ensino e da

aprendizagem, bem como a orientação do Currículo.

Na avaliação serão considerados os resultados obtidos durante o período letivo,

expressões em notas de 0,0 à 10,0 (zero vírgula zero a dez vírgula zero), por disciplina e

por conteúdos específicos para o Ensino Fundamental, num processo contínuo cujo o

resultado final venha a incorporá-los, expressando a totalidade do aproveitamento escolar.

Os resultados obtidos durante o período letivo preponderarão sobre os da prova final.

Caberá ao Conselho de Classe o acompanhamento do processo de avaliação da

série, devendo debater e analisar todos os dados intervenientes na aprendizagem.

O órgão será composto, obrigatoriamente pelos Professores, pelo Diretor e

Professor Pedagogo.

A individualidade do aluno e o seu domínio dos conteúdos necessários deverão ser

assegurados nas decisões sobre o processo de avaliação. A avaliação do Ensino de

Educação Física e Arte será voltada ao desenvolvimento formativo e cultural do aluno.

O aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter a aprovação

mediante recuperação de estudos paralelos, proporcionados pelo estabelecimento. A

proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da

disciplina em que o aproveitamento do aluno foi considerado insuficiente.

Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, deverá ser contínua,

permanente e cumulativa.

A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento

contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe

possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.

Este Estabelecimento de Ensino proporciona recuperação de estudos paralela,

preferencialmente concomitante ao período letivo., assegurando as condições

pedagógicas definidas no Artigo 1o da Deliberação no 007/99 – CEE. A recuperação de

estudos constituindo um conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar

às dificuldades dos alunos.

É a preocupação da escola pública com o atendimento à diversidade cultural

existente que lhe garante ser reconhecida como instituição voltada, indistintamente para a

inclusão de todos os sujeitos. Entretanto, para que isso se efetive e ocorra a

universalização do ensino, é imprescindível assegurar o acesso, a permanência e a

aprendizagem de todos os alunos.

São experiências socializadoras, motivadas e que possibilitam o crescimento

pessoal. O educando deve estar em busca de informação e aplicação daquilo que

aprende em seu dia-a-dia, procurando ser leitor da realidade em que está inserido.

Ao construir o PPP, devemos realmente nos preocupar com a descrição da

realidade total da escola, sem ser um mero cumprimento de normas burocráticas, todos

são atores principais desta construção, podendo contribuir efetivamente para as

mudanças que almejamos no interior da escola, registrando as ações voltadas para a

melhoria na qualidade do processo ensino/aprendizagem. Quando há entrosamento entre

todos interessados nesta mudança, o trabalho pedagógico gradativamente aparece, pois

se cada um trabalhar separado, nada pode mudar no âmbito escolar.

O PPP é constituído com a finalidade de compreensão e formação humana,

qualificando e disponibilizando recursos humanos e tecnológicos para auxiliar no

desenvolvimento e formação completa do indivíduo.

MARCO OPERACIONAL

A escola deve ser lugar de apropriação crítica, criativa e sistematizada, lugar de

questionamento do saber instituído e de produção criativa de conhecimentos novos,

vinculados às necessidades populares.

Portanto, temos como meta desenvolver um trabalho através do diálogo, um

trabalho coletivo, onde juntos, os educadores, desenvolverão suas práticas tendo como

partida, os mesmos objetivos, trabalhando em prol dos educandos (uma formação

construtiva) e pela escola.

O convívio escolar pretendido depende do estabelecimento de regras e normas

de funcionamento e de comportamento, para tanto, é elaborado no começo de cada ano

um contrato, entre alunos e professores que deverão ser seguidos durante todo o ano,

onde são expostos todos os deveres e direitos de todos. A comunicação clara dessas

normas possibilita a compreensão pelos alunos das atitudes de disciplina demonstradas

pelos professores dentro e fora da classe.

Queremos ressaltar que, a melhoria da qualidade de ensino pode ser

conseguida com mais eficácia se for fruto de ações conjuntas e bem coordenadas pela

equipe técnico-pedagógica, sobretudo pelo diretor, como líder do processo corporativo. A

escola, sem perder sua vinculação ao sistema, é que toma decisões sobre a melhor

maneira de ser dirigida.

PLANO DE AÇÃO DO DIRETOR GESTÃO 2009-2011

OBJETIVOS GERAIS

Uma gestão democrática não se constrói sozinho, mas com a colaboração e

participação de uma comunidade, num trabalho pautado em objetivos e estratégias ações

bem definidas. O compromisso e a competência de implantação de um modelo de

instituição na qual as classes populares possam ter direito ao acesso e à permanência

numa escola pública, gratuita e de qualidade firmamos algumas metas de ação.

AÇÕES

- Promover ajustes no Projeto Político Pedagógico, adequando-o à nova realidade da

escola.

- Analisar e adotar medidas preventivas para a diminuição da reprovação e a

reclassificação para a diminuição idade/série.

- Fortalecer as ações de recuperação paralela.

- Favorecer a realização de aulas de campo.

- Promover a realização de eventos científico, culturais e desportivos.

- Viabilizar o acesso de pessoas portadoras de necessidade especiais a todos os

ambientes acadêmicos e administrativos.

- Manter e orientar o acesso de todo a biblioteca virtual.

- Incentivar a participação dos educadores e educando no “Fera com Ciência”.

- Valorizar a capacitação dos docentes e funcionários.

- Apoiar a participação dos estudantes e servidores em eventos esportivos (gincanas e

jogos escolares).

- Intensificar a participação da APMF.

- Ofertar a alimentação escolar com higiene e qualidade a todos os estudantes.

- Promover reuniões Pedagógicas.

- Promover reuniões pedagógicas (Direção, equipe pedagógica, professores) sempre

que for necessário para discutir e buscar soluções dos problemas dos alunos.

- Divulgar e valorizar o programa Atividade de Complementar – contra turno.

O diretor é o representante do Poder Público na unidade escolar para articular

as políticas educacionais macros com a proposta pedagógica da escola. A ele compete:

- Implementar, com a equipe escolar, as políticas educacionais e fornecer, com precisão e

correção, retro informações à Secretaria da Educação e a outros órgãos centrais e

regionais;

- Atuar técnica e politicamente para que a escola possa cumprir sua missão institucional a

partir do conhecimento de sua realidade local;

- Induzir às inovações necessárias, com base na legislação e em objetivos e metas,

estabelecidos pela política educacional, pela experiência profissional e por conhecimentos

gerais e específicos atualizados.

A Equipe Pedagógica é o órgão responsável pela coordenação, implantação

e implementação no estabelecimento de ensino, das diretrizes pedagógicas

emanadas do mantenedor. Sendo o Pedagogo um profissional qualificado para atuar em

vários campos educativos para atender demandas sócio-educativas de tipo formal e, não-

formal e informal, decorrentes de novas realidades – novas tecnologias, novos atores

sociais, ampliação das formas de lazer, mudanças nos ritmos de vida, presença dos

meios de comunicação e informação, mudanças profissionais, desenvolvimento

sustentado, preservação ambiental – não apenas na gestão, supervisão e coordenação

pedagógica das escolas, como também na pesquisa, na administração dos sistemas de

ensino, no planejamento educacional, na definição de políticas públicas educacionais, nos

movimentos sociais, nas empresas, nas várias instâncias de educação de adultos, nos

serviços de psicopedagogia e orientação educacional, nos programas sociais, nos

serviços para a terceira idade, nos serviços de lazer e animação cultural.

O trabalho do professor abrange funções pedagógicas, sociais e políticas além

da transmissão do conhecimento aos alunos. Para representar as funções do professor,

escolhemos a proposta apresentada por Nóvoa (1996) que é configurada como relação

triangular:

professor

conhecimento aluno

Assim, a dinâmica da aula é centrada na relação permanente entre o professor,

os alunos e o conhecimento. A prática didática está na possibilidade de o professor

realizar a“ensinagem”, como propõe Anastasciou (1998), um processo em que o professor

ao realizar o ensino produz com os alunos, a aprendizagem.

A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte o funcionamento de

todos os setores do estabelecimento de ensino, proporcionando condições para que os

mesmos cumpram suas reais funções, sendo composta por secretário e serviços gerais.

A Secretaria é o setor que tem a seu encargo todo o serviço de escrituração

escolar e correspondência do estabelecimento.

Os Serviços Gerais tem a seu encargo o serviço de manutenção, preservação,

segurança e merenda escolar do estabelecimento de ensino.

RELAÇÃO ENTRE ASPECTOS PEDAGÓGICOS E ADMINISTRATIVOS

As relações entre os aspectos pedagógicos e administrativos devem se fazer

presentes no interior das escolas, é o que procuramos desenvolver em nosso dia a dia na

escola. No entanto, é preciso fazer com que a direção seja confiada a profissionais

qualificados, portadores de formação específica, sobretudo em matéria de gestão.

É fator primeiro que a equipe pedagógica deve estar mais intimamente associada

às tomadas de decisões relacionadas com a educação. E é evidente que melhorar a

qualidade dos professores, do processo pedagógico e dos conteúdos de ensino não deixa

de levantar diversos problemas cuja solução não é fácil.

É preciso dar-lhes os instrumentos de que necessitam para poderem

desempenhar melhor as suas várias funções. Em contrapartida, os alunos e a sociedade

no seu conjunto têm o direito de esperar deles que cumpram a sua missão com

compromisso e com um profundo sentido de suas responsabilidades.

O PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS

• Conselho Escolar

O Conselho Escolar desempenha um papel importante em assegurar que toda

a comunidade seja envolvida em todas as decisões importantes tomadas pela escola.

A atuação e representação de qualquer dos integrantes do CONSELHO

ESCOLAR visará ao interesse maior dos alunos, inspirados nas finalidades da Educação

Pública, para assegurar o cumprimento da função da ESCOLA que é ensinar.

É importante ressaltar que o Conselho deste estabelecimento, procura atender

a todas as solicitações da escola, seus membros se fazem presentes nas reuniões e

procuram ajudar a escola como podem.

• Conselho de Classe

Um dia por bimestre é destinado a encontros para avaliar as estratégias de

melhoria de resultados, de acordo com as necessidades educacionais individuais e

coletivas de alunos e entrega de boletins e reunião com os pais.

Verificamos que a ação de educar tem se tornado bastante complexa quando

o objetivo é a transformação, pois o processo educativo está calcado na transmissão

de conteúdos, aferição do grau de aquisição dos conteúdos dados através de provas,

testes e outros instrumentos de avaliação.

O Conselho será um instrumento de transformação da cultura escolar sobre

avaliação e, consequentemente, da prática da avaliação em sala de aula. Enquanto

espaço de avaliação o Conselho servirá para a busca de alternativas e além disso,

ajudará para que:

. O grupo se conheça como grupo;

- Avalie sua ação como grupo que interage com os alunos;

- Descubra meios, mais eficientes e eficazes para que os alunos cresçam como

pessoas e como estudantes, pessoal e coletivamente.

- Para que os professores busquem novas metodologias.

Para tanto o Conselho de Classe deste estabelecimento, começa com a auto

avaliação do professor, sobre seu trabalho Pedagógico, pois é de fundamental

importância que seja desenvolvido o hábito da autocrítica, pois necessitamos:

- Da tomada de consciência de nossa própria ação e o sentido que ela tem no

contexto pedagógico:

- Ajuda a quebrar um poder discricionário herdado culturalmente pelos

professores;

- Ajuda a criar a consciência da força da ação coletiva pela revelação da

fragilidade da ação individual;

- Ajuda a tornar o professor mais humilde, aberto às mudanças e possibilita uma

interação mais sincera franca e amorosa com os alunos, pois a partir da compreensão

de suas próprias limitações e compreende melhor as limitações dos alunos e se relativiza

o rigor de julgamento.

A auto avaliação do professor no Conselho mostra:

- Como colocou em prática as linhas de ação comuns propostas no bimestre

anterior etc;

- Em que avançou, que dificuldades teve;

- Que inovações na metodologia ou avaliação conseguiu pôr em prática;

- A que causas atribui o sucesso ou a falha nas tentativas que fez.

Logo após a auto avaliação do professor, é analisada a turma em geral, sendo

definida as estratégias para uma ação pedagógica eficaz, através das seguintes ações:

- Registrar os problemas encontrados;

- Colocar por escrito no quadro os objetivos do trabalho no início de cada

bimestre, etc;

- Ao pedir trabalho e pesquisa aos alunos apresentar um roteiro por escrito das

etapas que devem ser cumpridas;

- Reorganizar os grupos de trabalho para aumentar a interação e criação de

novas amizades da turma;

- Estabelecer em conjunto normas de convivência ou regras de disciplina;

- Refletir sistematicamente com os alunos sobre atitudes que tem prejudicado a

turma;

- Dialogar sempre;

- Incentivar e valorizar o progresso que os alunos apresentam;

- Fazer valer as decisões tomadas em conjunto com a turma (Normas de

convivência, datas de entrega de trabalhos e pesquisas etc);

- Ajudá-lo a refletir sobre os limites que devem Ter em suas atitudes em sala.

Logo após a análise das turmas, o Conselho se detém na análise dos casos

mais significativos de cada turma. Não se trata de verificar notas ou conceitos que os

alunos obtiveram. Mas de tentar ver o aluno como um todo, vendo além de

notas/conceitos.

Não se trata de só analisar o aluno nos vários aspectos de sua realidade como

pessoa e estudante, passar a mão na cabeça ou ter pena por seus problemas. Trata-se

de ter uma visão de conjunto sobre cada caso, para se tomar atitude que sejam

adequadas para cada situação (Para uma paciência outro limite, para uns há que ter mais

tolerância, outros mais firmeza; mas todos devem ser tratados com afetividade. Sem

afetividade, pode haver ensino de conteúdos, mas não há educação).

E não se pode ter uma atitude comum a todos. Pois cada um tem sua

individualidade e não se trata a todos da mesma forma, procuramos tratar cada aluno

como se ele fosse único, pois assim, ele se sente especial, e com certeza irá retribuir a

atenção, com compromisso e prazer em suas atividades.

• Associação de Pais e Mestres (APMF)

A A.P.M.F, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos

pais e professores do Estabelecimento e não tem caráter político, religioso, racial e

nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros.

A A.P.M.F. tem por objetivo geral colaborar na assistência ao educando, no

aprimoramento do ensino e na integração família-escola-comunidade, mediante ação

integrada ao Conselho Escolar.

É importante destacar que a APMF deste estabelecimento, tem membros

atuantes, que não medem esforços em ajudar a escola, estão sempre presentes

procurando ajudar dentro de seus limites.

CRITÉRIOS PARA REALIZAÇÃO a) Elaboração do Calendário Escolar

A escola obedece instruções da Secretaria de Estado da Educação

Superintendência de Educação para elaboração do calendário escolar para a rede Pública

Estadual de Educação Básica com o propósito de assegurar à oferta da Educação Básica

com qualidade considerando.

- A Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional no9394/96, de 20/12/96 (LDB/96) e o artigo 56 da Lei Complementar nº 07, de 23/12/76; - Estatuto do Magistério do Paraná.

- A política de autonomia escolar adotada pelo Governo do Paraná, que garante ao

estabelecimento de ensino a elaboração de calendário próprio para atender às

necessidades da comunidade onde a escola está inserida, desde que cumpridas as

exigências da legislação educacional em vigor;

b) Horários letivos e não letivos, 800 horas distribuídas por um mínimo de 200 dias de

efetivo trabalho escolar, entendendo por efetivo escolar todas as atividades pedagógicas

programadas pela Escola, cuja participação dos alunos seja obrigatória. No Calendário

escolar constam: a data fixa do início e término das aulas, dias para encontro pedagógico,

antes do inicio das aulas, dias para encontros pedagógicos bimestrais, feriados oficiais

(nacionais e municipais) e capacitações.

c) Férias escolares e período de recesso De acordo com o Art. 56 da Lei Complementar no07, de 23/12/76, o período de

férias dos professores está fixado em 60 dias por ano, sendo 30 dias consecutivos e 30

alternados. Na contagem do período de férias são considerados todos os sábados,

domingos e feriados existentes no período compreendidos entre o 1o dia de afastamento

e o dia de retorno ao trabalho.

d) Feriados nacionais e municipais. Serão obedecidos os feriados oficiais nacional e municipal, o Estabelecimento

Estadual deverá considerar também a possível ocorrência de fatos ou incidentes que

possam vir a impedir a realização das aulas. Assim sendo, como margem de segurança,

convém estabelecer no calendário 3 (três) a 4 (quatro) dias a mais do que o mínimo de

200 dias letivos exigidos por lei.

d) Planejamento. Dois dias antes do inicio das aulas, deverão ser destinados a encontros para

ano letivo de acordo com o Art. 12 e 13 da LDB/96.

e) Capacitação de professores e funcionários Os professores e funcionários seguem o Programa de Capacitação do

Estado do Paraná, que dispõem de simpósios, grupos de estudos, formação específica

para cada área, Semana Pedagógica, NRE Itinerante, Grupos de Estudos, GTR, Pró-

funcionário, além de buscarem por conta própria Congressos, e vários outros eventos,

que lhes proporcionará um melhor aperfeiçoamento profissional, é claro, tendo dentro dos

limites permitidos por lei, todo o apoio da direção.

Sabendo da importância da formação de um profissional da educação a escola

deve estimulá-lo a aprender o tempo todo, a pesquisar, a investir na própria formação,

utilizando a inteligência, a criatividade, a sensibilidade e a capacidade de interagir com

outras pessoas – alunos, colegas, comunidade – de que dispõe. Nessa perspectiva, a

Escola Estadual Carlos Augusto Miranda Nichols procura oportunizar e apoiar os

professores e funcionários interessados na participação de Congressos, Simpósios,

Palestras, Grupos de estudos, GTR e etc.

f) Organização da Hora-Atividade A Hora-Atividade é o momento em que o professor dispõe para realizar algumas

atividades dentro da escola, atividades estas, que dizem respeito à sua disciplina, pois

corresponde a 20% de sua carga-horária. É organizada por área, conforme cronograma

sugerido pelo NRE; sendo que são poucos os professores e trabalham em outros colégios

da cidade não foi possível contemplar todos nos respectivos dias. A equipe pedagógica

procura atender os professores na Hora-Atividade quando solicitada ou quando se faz

necessário o repasse de informações, ou na elaboração de algumas ações da escola,

pois na maioria das vezes os professores corrigem ou elaboram avaliações, atividades

e/ou exercícios diferentes para suas aulas.

O acompanhamento da hora-atividade é feita através de uma ficha-relatório,

que é entregue no começo de cada mês aos professores, para que fique claro, quais

atividades o professor desempenhou em sua hora-atividade.

O ENSINO FUNDAMENTAL O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos obrigatório e gratuito

na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:

I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos

o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II- a compreensão do ambiente natural e social, do sistema, político, da

tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a

aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV – o fortalecimento dos vínculos da família, dos laços de solidariedade

humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

A Escola enquanto espaço educativo, é por essência lugar social a

comunicação humana e reciprocidade e reversibilidade. A construção do Projeto

Pedagógico se faz, vivenciando isso, pelo diálogo, pelo falar das aspirações e práticas

relativas ao ensino aprendizagem e ao fazer pedagógico global.

A discussão é a estratégia básica para a publicação daquilo que os professores

e alunos fazem na escola, do que pensam, sabem e experimentam de seus valores

devida e convivência.

A teoria não é por si só a solução para práticas novas logo, não basta, se

tomada em si mesma, e não se pode trocar de uma para outra, aleatoriamente. Ela está

no âmago de qualquer prática. Devem as teorias iluminar e conduzir as práticas e nelas

devem encontrar explicações e fundamentação. Daí, a necessidade da atitude de

constante reflexão e teorização das práticas escolares por seus atores.

O importante não é chegar a um plano acabado, mas é o planejar de

organização e articulação dos professores e alunos para as atividades de ensino

aprendizagem é um instrumento estratégico básico uma condição intrínseca ao projeto

pedagógico. É preciso dar muita atenção a forma de como conduzi-lo. O procedimento

essencial é a participação de todos os envolvidos no e como o trabalho escolar, em

igualdade, na condição de parceiros interagindo desde a decisão, passando pela

operacionalização até a avaliação do que se propõe, realiza e aprende.

A pedagogia presente nas salas de aulas precisam ser conhecidas e

articuladas. E assim tomadas, são definidoras dos eixos básicos da pedagogia da escola

seu Projeto Pedagógico.

Para entender o que é educação, o papel da escola e seu projeto deve-se fazer

o questionamento cooperativo acerca do entendimento do que seja conhecimento,

sociedade, ciência, aprendizagem, currículo, qualidade de ensino e competência.

O redimensionamento dos espaços-tempos da escola (Séries, carga horária,

ano letivo, disposição de horário e das disciplinas no todo do currículo) deve ocupar a

discussão permanente e recorrente dos educadores para que os processos organizativos-

operativos escolares sejam democratizados, abertos e criativos. É preciso desconfiar de

que o modelo de escola que se tem pode não ser o suficiente para a tarefa educativa que

se precisa realizar. Pensar a função e identidade de cada série ou grupo delas, conceituar

currículo de 1o grau são tarefas de construção do Projeto Pedagógico.

Como organizam- se os professores na dimensão curricular

daescolaridade que a escola põe a disposição dos alunos que a ela ocorrem? Quais as

possibilidades efetivas que os alunos tem de perceber a proposta global da escola, pois

dela participam, de modo a situar-se em cada etapa de sua aprendizagem, vizualizando a

em continuidade? E os Pais como interlocutores, que possibilidades lhe são postas para o

entendimento e acompanhamento participativo do e no que fazer escolar que orienta e

conduz a educação dos seus filhos?

Enfim, os pressupostos e instrumentais teóricos- metodológico de como

construir o Projeto Pedagógico da escola geram-se no coletivo escolar pelo processo de

discussão, que cada escola é capaz de implementar no seu ritmo e tempos próprios e na

dimensão das vontades dos coletivos nela atuantes. Construir um Projeto Pedagógico de

escola, é mantê-la em constante estado de reflexão e elaboração numa esclarecida

recorrência as questões relevantes do interesse comum e historicamente requeridas.

Não existe, na construção do Projeto Pedagógico, um ponto ótimo (final) senão

pontos de partida sempre renovados, ritualizados e ampliados em sintonia com o mundo

vivido numa incessante busca de significados novos para viver .

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

ENSINO FUNDAMENTAL – LEI Nº 9394/96 ESTABELECIMENTO: ESCOLA ESTADUAL CARLOS AUGUSTO MIRANDA NICHOLS ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ LOCALIDADE: SANTA MARIANA NRE: CORNÉLIO PROCÓPIO ANO DE IMPLANTAÇÃO: TURNO: MATUTINO

DISCIPLINAS/ANOS ANOS

6º 7º 8º 9º CIÊNCIAS 3 3 3 4 ARTES 2 2 2 2 EDUCAÇÃO FISICA 3 3 3 2

*ENSINO RELIGIOSO 1 1 - - GEOGRAFIA 3 3 3 4 HISTÓRIA 3 3 3 4 PORTUGUÊS 4 4 4 4 MATEMÁTICA 4 4 4 4 SUBTOTAL 23 23 23 23

PARTE

DIVERSIFICADA

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

2 2 2 2

SUBTOTAL 2 2 2 2 TOTAL GERAL 25 25 25 25

* NOTA FACULTATIVA PARA O ALUNO SERVIÇOS DE APOIO SALA DE RECURSOS

Aos alunos regularmente matriculados da 6º a 9º ano, egressos da Educação

Especial, ou aqueles que apresentam problemas de aprendizagem com

atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou deficiência

mental e que necessita de apoio especializado para obter sucesso no

processo de aprendizagem na classe comum, é realizado o encaminhamento a sala de

Recursos, com serviço especializado de natureza pedagógica que apóia e complementa o

atendimento educacional realizado em classes comuns do Ensino Fundamental, de

acordo com a Instrução nº 05/04 da Secretaria de Estado da Educação.

A Sala de Recursos está organizada para atender no máximo 30 alunos em 20 horas

semanais, com atendimento por intermédio de cronograma, e sempre em período

contrário ao que o aluno está matriculado e freqüentando a classe comum. Nestas salas

os alunos têm atendimento individual ou em grupo de até no máximo dez alunos, sendo

organizados por faixa etária ou conforme as necessidades pedagógicas semelhantes dos

mesmos. Recebem acompanhamento de duas à quatro horas diárias por semana, porém,

nunca ultrapassando duas horas diárias.

A metodologia utilizada na Sala de Recursos parte dos interesses, necessidades e

dificuldades de aprendizagem específicas de cada aluno. Os conteúdos pedagógicos

defasados, das séries iniciais, são trabalhados sempre com estratégias diferenciadas,

pois a programação prevista engloba as áreas do desenvolvimento (cognitivo, motor,

sócio -afetivo-emocional) de forma a subsidiar os conceitos e conteúdos defasados no

processo de aprendizagem, para atingir o currículo da classe comum.

Quanto ao acompanhamento pedagógico do aluno, os resultados são registrados em

relatório semestral elaborado pelo professor da Sala de Recursos, juntamente com a

equipe técnico pedagógica, e sempre que possível ou se fizer necessário, com o apoio

dos professores da classe comum.

O aluno frequentará a Sala de Recursos o tempo necessário para superar as

dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem na classe comum.

SALA DE APOIO A APRENDIZAGEM

ORGANIZAÇÃO DAS SALAS DE APOIO

Para colaborar com o trabalho docente dos professores do 6º e 9º ano fim de

desenvolver o cognitivo dos alunos e desenvolver o cognitivo dos alunos e colocá-los em

uma situação de igualdade com o nível em que os demais se encontram e seguindo a

LDB nº 9,394/96 que diz que “ o direito à aprendizagem seja garantido ao aluno” foi criada

a Sala de Apoio a Aprendizagem para as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática

amparada pela Resolução nº 371/2008 e Instrução nº 022/2008, a escola, em todo início

de ano, aplica aos alunos do 6º e 9º ano avaliação diagnóstica elaborada pelos docentes

das áreas com a finalidade de identificar os alunos que apresentam defasagem de

aprendizagem. Após a aplicação e seleção, são formadas as turmas que não ultrapassam

15 alunos em cada.

Dentro deste ambiente o professor procura desenvolver atividades que visem sanar as

dificuldades diagnosticadas durante a seleção dos alunos. As atividades da sala de apoio

são, pelo número menor de alunos, diferenciadas das aplicadas pelo professor regente.

São trabalhados jogos, resolução de problemas envolvendo as quatro operações

fundamentais e geometria, leituras, oralidade, produções de texto, refacções e

reestruturações de texto.

De acordo com o progresso cognitivo do aluno e, em consenso entre a equipe

pedagógica, professor regente e professor de sala de apoio, este é dispensado deste

ambiente de aprendizagem (sala de apoio) e substituída por outra

criança cujas dificuldades foram diagnosticadas posteriormente à avaliação do inicio do

ano.

Neste estabelecimento de ensino, os materiais produzidos pelos professores são

reproduzidos, contando sempre com a colaboração da escola que sempre colaborou para

que esse projeto se desenvolvesse e obtivesse êxito em sua realização.

Todas as decisões, sejam de seleção, dispensa ou acompanhamento, são tomadas em

conjunto entre professores regentes, da sala de apoio e equipe pedagógica e família do

aluno. No caso dos pais a comunicação é feita através de carta ou telefonema.

No início do trabalho com a sala de apoio é realizada uma reunião da qual

participam direção, equipe pedagógica e professores da sala de apoio. Esta tem a

finalidade de conscientizar os pais da importância e participação deste apoio para a vida

escolar de seus filhos. Entendemos que esse apoio é de suma importância para a

educação, pois garante ao aluno com defasagem de aprendizagem o direito de superá-

las.

LÍNGUA PORTUGUESA

Conteúdos

a) Leitura:

Conteúdo temático;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Intertextualidade;

Elementos composicionais do texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação;

b) escrita:

Produção de textos utilizando adequadamente a criatividade, ortografia, coerência,

coesão, pontuação e concordâncias presentes na Língua Portuguesa, podendo, com

ajuda ou não, ser capaz de rever e reestruturar seus textos.

c) Oralidade:

Informatividade;

Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;

Adequação do discurso ao gênero;

Adequação da fala ao contexto (uso de conetivos, gírias, repetições...)

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

Abordagem Metodológica

a) Leitura:

Leitura compreensiva de gêneros discursivos variados que estejam em materiais de

apoio tais como: livros didático da sala de apoio ou paradidáticos, textos em forma de

xerox ou mimiografados de maneira individual ou coletiva;

Conversas, análises coletivas e debates sobre o(s) tema(s) estudados para que o aluno

posicione-se argumentativamente e socialize suas idéias;

Observação da escrita das palavras presentes no texto;

Observação de verbetes encontrados no texto e busca por suas significações em

dicionários;

Observação dos sinais de pontuação presentes no texto bem como sua utilização;

b) escrita:

Produção de textos individualmente e/ou coletivamente;

Utilização de textos dados ou produzidos pelos alunos para que, a partir deles, sejam

trabalhadas as questões ortográficas presentes e vigentes em nossa língua bem como a

pontuação;

Depois de produzidos os diferentes textos, os alunos deverão lê-los e revisálos

(sozinhos ou com o apoio da professora) REFACÇÃO e ou REESCRITA e, caso seja

necessário, sejam refeitos para a norma padrão;

Conduzir, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,

estruturais e normativos;

Utilização de materiais/jogos/brincadeiras de apoio para colaborar com o

desenvolvimento/aperfeiçoamento da ortografia. Dentre eles: CAÇAPALAVRAS,

CRUZADINHAS (encontradas em materiais de apoio e na

Revista Coquetel Infantil), JOGOS DE LEITURA E ESCRITA, BINGO DE PALAVRAS,

BRINCADEIRA DA FORCA...

Utilização de exercícios (além das produções textuais) para treino do emprego dos

sinais de pontuação;

Pesquisar, observando na fala das pessoas, a maneira como se expressam, a fim de

encontrarem problemas referentes ao domínio da norma culta;

Observação de verbetes de palavras encontradas nos variados textos e busca por suas

significações em dicionários;

Utilização do LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA para produção dos textos, refacções,

leitura de charges, histórias em quadrinhos e demais tipos de textos. Realização de caça-

palavras, cruzadinhas e exercícios de pontuação

virtual...

c) Oralidade:

Debates/discussões a respeito das tipologias textuais lidas ou estudadas;

Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em

consideração a aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;

Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

Preparação de apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralidade

em seu uso formal e informal;

Estimulação de contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos

extralinguísticos como entonação, expressão facial, corporal e gestual, pausas e outros;

Avaliação

Na Sala de Apoio à aprendizagem a avaliação é utilizada para diagnosticar

com a finalidade de aperfeiçoar o trabalho docente e melhorar gradativamente o

desempenho escolar do discente fazendo-o crescer/desenvolver cognitivamente.

Para isto é necessário que o aluno:

a) Leitura:

Leia o texto, solitariamente, buscando sua própria compreensão;

Realize leitura coletiva a fim de melhorar a entonação e capacidade de concentração;

Transforme o texto em imagem mental;

Interaja com o texto refletindo sobre este;

Perceba diferenças entre os diversos entre os diversos gêneros de textos;

Confronte tipologias textuais em vários aspectos (temas, linguagens, estrutura...)

Possa inferir informações e dados relativos ao contexto;

Identifique as informações básicas do texto;

Confronte as informações do texto com dados da realidade;

Reconheça o significado de palavras e expressões nos textos;

Expresse opiniões e argumentações, defendendo ideias com clareza e objetividade;

Utilize textos e atividades tendo como finalidade relembrar e aperfeiçoar os sinais de

pontuação além da ortografia da nossa norma culta.

b) escrita:

Expresse suas idéias com clareza;

Elabore textos atendendo às situações de produção propostas, à continuidade temática,

à utilização adequada da ortografia e concordâncias;

Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

Utilize adequadamente recursos lingüísticos como: pontuação, uso e função dos artigos,

substantivos, verbos...

c) Oralidade:

Utilize o discurso de acordo com a situação de produção(formal/informal);

Apresente suas ideias com clareza;

Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

Exponha objetivamente seus argumentos;

Organize a sequência da fala;

Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões,...

Utilize conscientemente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação

nas exposições orais, entre outros elementos linguísticos;

OBS: O Plano de Trabalho que aqui se apresenta não está dividido por bimestres, pois

entendemos que os conteúdos a serem trabalhados neste projeto estão presentes nas

situações de aprendizagem durante o ano todo, não sendo possível ou pertinente dividí-

los em bimestres.

MATEMÁTICA

Conteúdos

Sistema de Numeração Decimal Classificação e seriação numérica; decomposição dos

números naturais em suas diversas ordens;

Operações com números naturais adição e subtração de números naturais sem o uso

de algoritmos formais; estratégias de cálculo mental; multiplicação de números naturais

com um único dígito; construção da tabuada;

Resolução de problemas problemas que não envolvem números e operações, mas

apenas lógica; problemas envolvendo as quatro operações fundamentais; problemas orais

para o desenvolvimento da estimativa; problemas com mais de uma resposta correta;

problemas absurdos – que não podem ser resolvidos; problemas com dados que não

ajudam na solução do problema;

Multiplicação e divisão de números naturais por um único dígito através do cálculo

formal.

Objetivos

Compreensão da classificação e seriação numérica;

Reconhecimento e utilização do Sistema de Numeração Decimal;

Cálculo da adição e subtração por um único dígito sem a utilização dos algoritmos

formais;

Desenvolver estratégias de cálculo mental;

Desenvolver a estimativa através da resolução de problemas;

Calcular o resultado de uma multiplicação ou divisão de números naturais através do

cálculo formal.

Abordagem Metodológica

Aula expositiva - Conforme o objetivo da atividade poderá haver explicação por parte da

professora sobre o que deve ser feito. Em outros casos, o aluno deverá tentar ler e

entender os enunciados dos exercícios;

Os jogos poderão ser: individuais com direcionamento da professora, em duplas ou em

grupo;

Atendimento individualizado aos alunos que demonstrarem maiores dificuldades;

Retomada das atividades que não puderem ser concluídas no dia;

Atividades diferenciadas para alunos que obtiverem maior êxito;

Intervenções orais: Na medida do possível a professora pretende indagar do

aluno que caminho utilizou para realizar a atividade, caso não possa entender o que ele

fez.

Recursos Didáticos

Problemas e exercícios propostos em folhas de papel sulfite evitando-se que o aluno

perca tempo copiando do quadro de giz;

Jogos com tabuleiro e dados, envolvendo adição de números naturais com um único

dígito a fim de estimular o cálculo mental (jogos de treinamento);

Blocos Lógicos jogos envolvendo classificação e seriação;

Material dourado para representar números e simular operações de multiplicação e

divisão para alunos que demonstram dificuldades;

Método das subtrações sucessivas-algoritmo da divisão por um único dígito.

Proposta de trabalho para o aluno

Realização das atividades propostas: escritas ou orais;

Participação de trabalhos em grupo;

Participação dos jogos;

Sempre concluir qualquer atividade proposta;

Tornar-se responsável por seu próprio aprendizado.

Critérios de avaliação

Autonomia em relação à sua própria aprendizagem;

Conclui suas atividades?

Como lida com seus erros? Abandona as atividades ou insiste para concluílas?

É capaz de testar se seus cálculos estão corretos? Fazer a prova real ,

demonstra utilizar pensamento reversível?

É cooperativo nos trabalhos em grupo interagindo com os colegas?

Os alunos serão avaliados através de observações feitas pela docente, posteriormente

transformados em parecer descritivo acerca do desenvolvimento de cada um. Serão

corrigidas individualmente todas as atividades realizadas pelos alunos que forem

registradas e posteriormente colocadas na pasta do aluno.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRISCULAR

A atividade complementar de contra turno é uma complementação curricular,

aprovado pela Resolução no. 3683/2008 que possibilitará aos educandos atividades

pedagógicas.

A relevância desta proposta implica em priorizar alunos do Ensino

Fundamental, que se encontram em situação de vulnerabilidade social. A relevância

pedagógica propiciará estímulos ao interesse dos educandos pela aprendizagem

ofertada, afastando-os dos riscos existentes no meio social em que estão inseridos, além

do prazer obtido nas atividades e no aprendizado que podera lhe ser útil na sua vida

pessoal.

PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR

MACROCAMPO Aprofundamento da Aprendizagem TURNO Vespertino

CONTEÚDOS - Discurso como prática social: - Textos que denotam ironia e humor – histórias em quadrinhos; - crônicas; - advinhas e anedotas.

OBJETIVOS - -Estimular os alunos do ensino fundamental, à prática da leitura. - Despertar a imaginação, a criatividade, a fantasia, a reflexão e a criticidade. -Oportunizar ao aluno uma participação mais ampla na vida social, garantindo condições de interferir, no meio em que está inserido, podendo, inclusive, transformar a realidade.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais: jornalísticas, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática, literária, publicitária, etc. No processo de leitura, o trabalho será voltado para o humor e o professor irá instigar e identificar a reflexão dos sentidos de palavras ou expressões figuradas que denotam ironia e humor, e com essas reflexões levar o aluno a perceber que o fato dos textos serem humorísticos trazem mensagens que são críticas.

RESULTADOS ESPERADOS

PARA O ALUNO: Espera-se minimizar o desinteresse e que possa contribuir, na formação de leitores competentes e autônomos com hábito e gosto de ler independentemente das obrigações escolares. PARA ESCOLA: Ajudar no desempenho das demais disciplinas. PARA COMUNIDADE: Colabore com a mudança de hábitos e atitudes na transformação de sua comunidade, e que muitas vezes tempo que a criança fica na rua colabora com a destruição de bens públicos e com a participação no programa a criança não fica com tempo ocioso e ao mesmo tempo pode colaborar com as mudanças.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Diretrizes Curriculares Nacionais - Livro Didático Público. - GOMES, Maria Lúcia de Castro. Metologia do Ensino de Língua Portuguesa . - São Paulo: Saraiva, 2009. - ANTUNES, Irandé. Aula de Português encontro &interações. - São Paulo: Parábola Editorial, 2003. - REVERBEL, Olga Garcia. Jogos Teatrais na Escola. - São Paulo: Scipione, 2009.

CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou no dia 9 de janeiro de 2003 a

Lei 10.639 que altera as diretrizes e bases da educação (LDB) e torna obrigatório o

ensino da cultura afro-brasileira nas escolas de Ensino Fundamental e Médio, públicas e

particulares. A intenção é que os alunos aprendam sobre "a História da África e dos

Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e onegro na formação da

sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social,

econômica, política pertinentes à História do Brasil".

Conhecimento e poder caminham juntos e são instrumentos

fundamentais para assegurar a cidadania. A escola representa um espaço privilegiado

que propicia condições para que estes elementos se entrelacem de forma harmoniosa.

Por esta razão deve ser constantemente revisitada a fim de que se torne cada vez mais

democrática na construção do seu currículo, na relação com os alunos e com o mundo

que a cerca.

Neste sentido, julgamos acertada e necessária a posição do governo de

dividir com a escola, a responsabilidade de providenciar meios para inserir a população

negra no projeto político da nação. Com esta medida, alunos e professores,

independentemente de cor, fenotipia e etnia terão a oportunidade de ampliar seus

conhecimentos, reavaliar seu processo de formação quanto à sua identidade étnico-

cultural e se reapropriarem da história de resistência do povo.

Dentro da realidade de nossa escola, além dos conteúdos trabalhados em

sala de aula como: História da África, dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura

negra e suas contribuições nas áreas social, econômica e política. Os quilombos - Zumbi

dos Palmares - Abolição da Escravatura ( Lei Áurea ) - Os negros no Brasil - Religião

Africana - Tráfico de Escravos - Lei do Ventre Livre - lei dos Sexagenários - Mapa da

África - Colonização da África, pelos professores das diversas disciplinas,

principalmente, História, Geografia, Português, Educação Artística, Educação Física.

Dentro do Programa Viva Escola, são trabalhadas a história da cultura afro e os alunos

apresentam teatros e danças referentes a cultura, aproveitando o espaço no calendário

letivo para as apresentações no dia 20 de novembro - “Dia Nacional da Consciência

Negra”.

AGENDA 21 A ONU - Organização das Nações Unidas - através da sua Comissão Mundial

para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, criou o conceito de

Desenvolvimento Sustentável. Trata-se de um modelo que preconiza satisfazer as

necessidades presentes sem comprometer os recursos necessários à satisfação das

gerações futuras, buscando atividades que funcionem em harmonia com a natureza e

promovendo, acima de tudo, a melhoria da qualidade de vida de toda a sociedade.

Um grande passo para nortear a prática de ações sob esse conceito foi a

elaboração e lançamento da Agenda 21 Global na Conferência das Nações Unidas sobre

Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano, conhecida como ECO-92, realizadaem 1992,

no Rio de Janeiro.

A Agenda 21 é um programa de ações para o qual, contribuíram governos e

instituições da sociedade civil de 179 países, que constitui a mais ousada e abrangente

tentativa já realizada de promover em escala planetária um novo padrão de

desenvolvimento, conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência

econômica.

A Agenda 21 Brasileira tem como opção a criação de Agendas 21 Locais. A

proposta é que cada cidade faça sua Agenda 21 Local com a participação da sociedade

civil. Assim como cada país, cada cidade deve adequar sua Agenda à sua realidade e às

suas diferentes situações e condições, sempre considerando os seguintes princípios

gerais:

- Participação e cidadania;

- Respeito às comunidades e diferenças culturais;

- Integração;

- Melhoria do padrão de vida das comunidades;

- Diminuição das desigualdades sociais;

- Mudança de mentalidades.

Os compromissos assumidos pelos representantes dos países que aprovaram

a Agenda 21 Global são muito claros e objetivos. Preservar as florestas e as nascentes,

buscar substitutos para o CFC e outras substâncias que destroem a camada de ozônio,

proibir a pesca destrutiva, buscar novas fontes de energia renováveis, reduzir o lixo

produzido e encontrar combustíveis alternativos são alguns dos compromissos que

devem ser traduzidos em ações, quando couber, na formulação de cada Agenda 21 Local.

Dentro de nossa realidade, uma comunidade rural, procuramos trabalhar

de maneira simples, começando pela sensibilização da comunidade a respeito da

importância da preservação do meio ambiente, através de palestras, exposição de filmes

a respeito do tema, mostra pedagógica, entrega de panfletos à comunidade, exposição de

cartazes pedindo a colaboração. Entendemos que devemos começar a sensibilização

partindo do nosso local, ou seja, de nossa casa, nossa escola, nosso distrito, nosso

estado e assim por diante. Percebemos que houve uma participação muito boa da

comunidade, mesmo que a princípio timidamente, mas depois, sentimos que a presença

foi aumentando, e algumas pequenas melhoras já foram observadas como: na hora do

recreio já não há tanto papel jogado no chão, as salas de aula estão mais organizadas e

limpas, a própria escola está mais preservada, tudo isso, com a ajuda de nossos alunos,

que apesar de humildes, esforçam-se para sempre melhorar.

EDUCAÇÃO FISCAL Num momento em que o país talvez esteja passando por períodos de

descrença e desrespeito para com o patrimônio público, à medida que parece que a

separação entre o bem comum e o bem privado deixa de existir ou pelo menos de ser

respeitada. Essa descrença talvez seja resultado de um processo de décadas de injustiça

social e de negação da identidade cidadã. Uma nação constituída por pessoas que

defendem e honram os seus direitos e deveres tem melhores condições de diminuir as

injustiças sociais, dentre elas as causadas pela corrupção, e aumentar o nível de

desenvolvimento e progresso.

O desenvolvimento da Educação Fiscal torna-se primordial, pois permite

informar os mecanismos de constituição do Estado, ao mesmo tempo em que torna o

cidadão ciente da importância da sua contribuição, fazendo com que o pagamento de

tributos seja entendido e visto como investimento para o bem comum. Com a informação,

o indivíduo pode se apropriar do poder de questionar e verificar a utilização destes

investimentos sociais.

A Educação Fiscal tem por objetivo "Conscientizar a sociedade, através da

escola da função socioeconômica do tributo. Além disso, busca o despertar do cidadão

para acompanhar a aplicação dos recursos postos à disposição da Administração Pública,

tendo em vista o benefício de toda a população".

Procuramos inserir, dentro das disciplinas de Matemática, Português, História

e Geografia alguns temas que serão constantemente trabalhados, como:

• O cidadão e seus direitos: à educação, alimentação, moradia, transportes e saúde; • Os meios de financiar as necessidades da população; • A divisão de tarefas entre municípios, os estados e a União; • Os impostos, as taxas, as contribuições de melhoria, as contribuições previdenciárias;

• Contribuir para exigir, Contribuinte e cidadão: titulares de direitos e deveres.

DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO O que pretendemos é um projeto e nos, alicerçamos em pressupostos

epistemológicos e metodológicos que serão periodicamente revistados.

Os conteúdos trabalhados assumam papel central, uma vez que é por meio deles

que os propósitos da escola se realizam. Dessa forma, a seleção, a organização e o

tratamento que será dado aos conteúdos é sempre precedido de grande discussão, pela

equipe escolar.

A organização dos conteúdos, tradicionalmente, tem sido marcado pele linearidade e

pela segmentação dos assuntos. No entanto, para que a aprendizagem possa ser

significativa é preciso que os conteúdos sejam analisados e abordados de modo a

formarem uma rede de significados. Se a premissa de que compreender é aprender o

significado, e de que para aprender, os significados de um objeto ou de um acontecimento

é preciso vê-lo em suas relações com outros objetos ou acontecimentos, possível dizer

que a idéia de conhecer assemelha-se à de tecer uma idéia tal fatos evidencia os limites

dos modelos lineares de organização curricular que se baseiam na concepção de

conhecimento como acumulo e indica a necessidade de romper essa linearidade.

A seleção de conteúdo embasados pelas DCES, deve levar em conta sua relevância

social e a sua contribuição Para o desenvolvimento intelectual do aluno. Esses dois

critérios podem guiar as escolhas que precisam ser feitas, em função das capacidades

que se pretende desenvolver e da ampla gama de assuntos possíveis de serem tratados

no âmbito de cada área de conhecimento.

DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM Art. 1 – A Avaliação será entendida como um dos aspectos de ensino pelo qual o

professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho com a

finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem

como, diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.

§ 1o - A Avaliação deve dar condições para que seja possível ao professor tomar

decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem e adequação da

postura pedagógica

§ 2o - A Avaliação deve proporcionar dados que permitam ao estabelecimento de

ensino promover a reformulação do currículo com adequação dos conteúdos e métodos

de ensino.

Art. 2 – A Avaliação é um processo integral, sistemático, gradual e contínuo

processual, que se inicia no estudo de uma situação e se estende através de todo o

processo educativo.

Parágrafo Único: Dispondo dessas informações é possível adotar procedimentos

para correções e melhorias no processo, planejando e redimensionando o trabalho

pedagógico.

Art. 3 – A Avaliação será realizada em função dos objetos expressos nos projetos

de ensino e/ou programação curricular do estabelecimento, de acordo com as Diretrizes

Pedagógicas emanadas pelo mantenedor.

Art. 4 – A Avaliação permitirá o diagnóstico de seus resultados e a conseqüente

reformulação dos conteúdos e do encaminhamento metodológico empregado, sendo

contínua, progressiva e cumulativa.

Art. 5 – A Avaliação terá como funções: I – auxiliar o educando na compreensão de si mesmo, propiciando-lhe os meios

de detectar as próprias capacidades e limitações.

II – fazer preponderar os aspectos qualitativos de aprendizagem, dando-se maior

importância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal.

Art. 6 – A Avaliação deve ser diagnóstica, formativa e somativa: I – Diagnóstica: com o propósito de detectar a presença ou ausência de pré-

requisitos, assim como identificar possíveis causas de dificuldades na

aprendizagem, tendo em vista o avanço e o crescimento do educando e não a sua

estagnação disciplinadora, o que exige do educador uma postura pedagógica clara e

definida.

II – Formativa: realizada no processo: a) oportunizando a avaliação do educando como um ser único, individual,

respeitando suas potencialidades e características pessoais, fornecendo elementos

decisivos para prosseguimento dos conteúdos ou para a retomada de estudos dos

mesmos, evitando-se a comparação dos alunos entre si.

b) Avaliando seu desempenho em relação ao elenco de objetivos propostos para

serem atingidos num período determinado.

III – Somativa: caracterizada pela avaliação global, cumulativa, que expressa a

totalidade do aproveitamento escolar num processo contínuo, porém, terminal do período

/ ano letivo, sendo esta somativa de conhecimentos adquiridos e de notas.

Art. 7 - A Avaliação do aproveitamento escolar incidirá sobre o desempenho do

aluno em diferentes experiências de aprendizagem.

§ 1o - A Avaliação utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais como:

testes orais e escritos, trabalhos práticos, debates de experiências pessoais, participação

em trabalhos coletivos e / ou individuais, tarefas específicas, pesquisas, atividades

complementares em classe, extra-classe e domiciliares, argüições e demais modalidades

propostas pelo professor.

§ 2o - Compete ao professor elaborar, aplicar, corrigir e atribuir notas aos

testes, trabalhos e demais instrumentos de avaliação, referente aos conteúdos

básicos propostos nos projetos de ensino.

§ 3o - A aferição de valor às tarefas apresentadas pelo educando será realizada

ao final de cada período letivo (bimestre)

§ 4o - É vedada a avaliação em que o educando é submetido a uma só oportunidade de aferição. Art. 8 – O resultado da avaliação de aprendizagem é expresso através de notas

graduadas de 0 (zero) a 100 (cem).

Parágrafo Único: O rendimento mínimo exigido para a aprovação é a nota 60

(sessenta) por disciplina ou área de conhecimento.

Art. 9 – Os resultados das avaliações de Aprendizagem do período letivo serão

registrados em documentação própria, a fim de serem assegurados a regularidade da

vida escolar do aluno.

Art. 10 – A nota dos períodos letivos será resultante da somatória dos valores

atribuídos a cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em vária aferições,

na seqüência e ordenação de conteúdos.

Art. 11 Os resultados das avaliações em cada disciplina, serão lançados

bimestralmente e a média anual (MA) será obtida da média aritmética de cada de cada

bimestre como se segue: 1ºb + 2ºb + 3ºb + 4ºb = MA

4 DA RECUPERAÇÃO PARALELA DE ESTUDOS Art. 12 - A Recuperação Paralela de Estudos, será ofertada

obrigatoriamente ao aluno de aproveitamento escolar insuficiente no decorrer do processo

ensino-aprendizagem, a saber, ao que se distancia em relação aos conteúdos

trabalhados.

Art. 13 – A Recuperação Paralela de Estudos será planejada, constituindo-se

num conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos

alunos.

Art. 14 – A Recuperação Paralela de Estudos será oferecida a todos os alunos

com média inferior a 60 (sessenta).

Parágrafo Único: A Recuperação será realizada em todas as áreas do

conhecimento em que se fizer necessária.

Art. 15 – Será ofertado ao aluno as oportunidades possíveis pelo

estabelecimento de ensino para que o mesmo resgate os conteúdos não aprendidos.

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS Art. 16 – Após o término das avaliações, será oferecido ao aluno com

aproveitamento inferior ao mínimo exigido, ou seja, média inferior a 60 (sessenta) a

Recuperação de Estudos.

Art. 17 – A convocação dos alunos para a Recuperação de Estudos será

realizada através de edital afixado em lugar próprio.

Art. 18 – Para a Recuperação de Estudos será oferecido uma relação de

conteúdos, elaborados pelos professores, aprovada pela Direção Escolar e pelo serviço

de Supervisão Pedagógica.

DA PROMOÇÃO Art. 20 – A Promoção resultará da combinação do resultado da avaliação do

aproveitamento escolar do aluno, expresso na escala de notas de 0 (zero) a 100 (cem), e

apuração da assiduidade.

I – Será considerado aprovado o aluno que apresentar: a – freqüência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total de dias letivos para o Ensino Fundamental, a carga horária do período letivo e Média Anual igual ou superior a 60 (sessenta), resultante da média aritmética dos bimestres, nas respectivas áreas do conhecimento / disciplinas, como segue: 1º bim. + 2ºbim. + 3º bim. + 4º bim. = M.F. 4 II – Será considerado reprovado o aluno que apresentar: a – freqüência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga

horária do período letivo e média anual inferior a 60 (sessenta).

b – freqüência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga

horária do período letivo, com qualquer média anual.

Art. 21 – Encerrado o processo de avaliação, o Estabelecimento registrará na

documentação escolar do aluno, sua condição de aprovado ou reprovado.

Parágrafo Único: O Estabelecimento adotará a seguinte síntese do Sistema de

Avaliação: SINTESE DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO

FREQÜÊNCIA AVALIAÇÃO SITUAÇÃO

= OU > 75% = OU > 6,0 APROVADO

= OU > 75% < 6,0 REPROVADO

< 75% QUALQUER REPROVADO

RELAÇÃO DO CORPO DOCENTE E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO

LÍNGUA PORTUGUESA 1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A língua portuguesa é definida como uma base nacional comum para todo o território

nacional de modo a legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagógica na diversidade

nacional de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental

(DCNEF, 1998).

Na linguagem o homem se reconhece humano, interage e troca experiências,

compreende a realidade em que está inserido e o seu papel como participante da

sociedade. Ressaltando esse caráter social da linguagem, Bakhtin e os teóricos do

Círculo de Bakhtin formulam os conceitos de dialogismo e dos gêneros discursivos, cujo

conhecimento e repercussão suscitaram novos caminhos para o trabalho pedagógico com

a linguagem verbal, demandando uma nova abordagem para o ensino da língua.

Nessa perspectiva, toda reflexão com e sobre a língua só tem sentido se considerar,

como ponto de partida, a dimensão dialógica da linguagem, presente em atividades que

possibilitem aos alunos e professores, experiências reais de uso da íngua materna. Os

conceitos de texto e leitura não se restringem, aqui, à linguagem escrita: eles abrangem,

além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem verbal com as outras

linguagens (as artes visuais, a música, o cinema, a fotografia, a televisão, o vídeo, o rádio,

a publicidade, os quadrinhos, as charges, os multimídias e todas as formas infográficas),

percebendo seu chão comum e suas especificidades (FARACO, 2002, p.101).

De acordo com Fávero e Koch (1988), a palavra texto pode ter a seguinte acepção:

Em um sentido mais amplo, a palavra texto designa toda e qualquer manifestação da

capacidade textual do ser humano, (quer se trate de um poema, quer de uma música,

uma pintura, um filme, uma escultura, etc.), isto é, qualquer manifestação comunicativa

lingüística.

Rojo frisa também que a capacidade de compreender e produzir textos não se

restringe ao trato oral ou escrito, mas à capacidade de colocar-se, em relação as diversas

modalidades de linguagem oral, escrita, imagem, imagem em movimento, gráficos,

infográficos– para delas, tirar sentido.

Assim, considerando-se a língua em sua perspectiva histórica e social, esse trabalho

precisa pautar-se em situações reais de uso da fala, valorizando-se a produçãode

discursos nos quais os alunos se constituam como sujeito do processo interativo.

2- OBJETIVOS GERAIS - Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de

texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;

- Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada

contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas no discurso do

cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

- Praticar a leitura de textos diversificados, identificando suas idéias básicas e as idéias

que estão nas entrelinhas;

- Produzir textos coerentes, observando a ortografia, pontuação, parágrafos,

organização de idéias;

- Colocar o aluno em contato com ampla diversidade de estruturas gramaticais que lhe

possibilitem fazer análises e reflexões que contribuam para o aprimoramento de sua

capacidade de comunicação;

- Conduzir o aluno, gradativamente, ao domínio da norma culta, variedade indispensável

para sua participação na vida social letrada;

- Possibilitar que ele, estabelecendo paralelo entre estruturas gramaticais da forma culta e

similares presentes nas demais variedades lingüísticas, relativize o conceito do erro;

- Torná-lo apto a decidir sobre a necessidade de, em função das circunstâncias de

comunicação, utilizar ou não, o padrão da língua culta.

- Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de

práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratados,

os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção, leitura;

3- OBJETIVOS ESPECÍFICOS A – NO PROCESSO DE ESCUTA DE TEXTOS ORAIS, espera-se que o aluno: - Amplie, progressivamente, o conjunto de conhecimentos discursivos, semânticos e

gramaticais envolvidos na construção dos sentimentos do texto;

- Amplie o conhecimento de reconhecer as intenções do enunciador, sendo capaz de

aderir ou recusar as posições ideológicas sustentadas em seu discurso;

B – NO PROCESSO DE TEXTOS ESCRITOS, espera-se que o aluno: - Saiba selecionar textos segundo seu interesse e necessidade; - Leia de maneira autônoma, textos de gêneros e temas com os quais tenha construído familiaridade; - Extrair informações não explicitadas, apoiando-se em deduções; - Integrar e sintetizar informações, expressando-as em linguagem própria, oralmente ou por escrito; - Interpretar recursos figurativos; - Compreender a leitura em suas diferentes dimensões – o dever de ler, a necessidade de ler e o prazer de ler.

C – NO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE TEXTOS ORAIS, espera-se que o aluno: - Planeje a fala pública usando a linguagem escrita em função das exigências da situação

e dos objetivos estabelecidos;

- Monitore o seu desempenho oral, levando em conta a interação comunicativa; • Quanto à interpretação textual: - Formular frases com sentido completo e capazes de estabelecer a comunicação; - Analisar orações, destacando os seus termos; - Construir textos evidenciando o emprego dos termos essenciais acessórios e integrantes

da oração;

- Realizar desmontagem do texto para evidenciar o emprego dos termos da oração; • Quanto à sintaxe de concordância: - Empregar corretamente as palavras que se relacionam uma com as outras, obedecendo

aos princípios da concordância;

• Quanto à semântica: - Elaborar palavras simples para o estudo do significado das palavras; • Quanto à ortografia: - Empregar adequadamente os sinais e pontuação; - Sistematizar a grafia das palavras quanto à tonicidade; - Ler, escrever e formar palavras e frases através da discriminação auditiva e visual das

palavras com sílabas formadas por determinados sons;

CONTEÚDO – 6º ANO ESTUDOS LINGUÍSTICOS: - Substantivo; - Adjetivo; - Verbo; - Sujeito e Predicado; - Pronomes; - Classificação do Predicado; - Advérbio; - Preposição. ORTOGRAFIA - Fonema e letras; - Encontros vocábulos;

- Emprego do til e da cedilha; - Separação de sílabas; - Sílaba tônica e átona; - Acentuação das palavras: oxítona, paroxítona e proparoxítona; - Ditongo e hiato. TÉCNICAS DE PRODUÇÃO DE TEXTO: - Diálogo; - A fala dos personagens; - Bilhete; - Narração; - Comparação; - Fábula; - Descrição; - Contos folclóricos; - Poesia; - Frase Jornalística. CONTEÚDO – 7º ANO ESTUDOS LINGUÍSTICOS: - Substantivo; - Sujeito e predicado; - Classificação do predicado; - Adjunto Adnominal; - Verbos; - Objeto direto e indireto; - Advérbio; - Locução adjetiva e adverbial;

- Voz passiva ORTOGRAFIA - Fonema e letras; - Encontros vocálicos; - Dígrafo; - Separação de sílabas; - Sílaba tônica e átona; - Acentuação das palavras: oxítona, paroxítona e proparoxítona; - Parônimos e homônimos; - Trema. TÉCNICAS DE PRODUÇÃO DE TEXTO - Carta; - Código; - Posição do narrador; - Diário; - Fábula; - Poesia; - Discurso direto; - Descrição; - Coesão. CONTEÚDO – 8º ANO ESTUDOS LINGUÍSTICOS: - Oração: sujeito/predicado; - Classificação do predicado; - Verbos; - Pronomes;

- Numeral; - Adjetivo; - Adjunto adnominal; - Adjunto adverbial; - Complemento Nominal; - Vozes do verbo; - Classificação. ORTOGRAFIA: - Fonema e letras; - Encontros vocálicos; - Dígrafo; - Separação de sílabas; - Sílaba tônica e átona; - Acentuação das palavras: oxítona, paroxítona e proparoxítona; - Parônimos e homônimos; - Trema; TÉCNICAS DE PRODUÇÃO DE TEXTO: - Entrevista; - Teatro; - Narração; - Discurso direto e indireto; - Reportagem; - Coesão; - Descrição; - Foco narrativo; - Poesia;

- Telegrama; - Propaganda. CONTEÚDO – 9º ANO - Estudo de textos variados; - Interpretação dos textos; - Análise lingüística dos textos lidos; - Estudo do vocabulário; - Técnicas básicas para redação; - Produção de textos – descrição – narração – dissertação - Revisão de fonologia; - Revisão de classes de palavras; - Revisão de sintaxe: termos da oração; - Ortografia – regra de acentuação; - Elementos de comunicação; - Palavras parônimas e homônimas; - Elementos estruturais das palavras; - Período simples e composto; - Signo; - Período composto por Coordenação; - Variação lingüística; - Univocidade e polissemia dos signos; - Orações subordinadas: substantivas, adjetivas e adverbiais; - Análise literária; - Figuras de estilo; - Regência verbal; - Crase;

- Concordância verbal; - Concordância nominal; - Colocação pronominal. LITERATURA E CULTURA AFRO 6º AO 9º ANO OBJETIVOS GERAIS: - Conduzir à compreensão de que a sociedade é formada por pessoas que pertencem a grupos étnicos raciais, distintos, e possuem cultura e história próprias, igualmente, valiosas e que em conjunto constroem na nação - brasileira - sua história; - Reconhecer e valorizar a história dos povos africanos e sua influência na cultura afro- brasileira; - Frisar a tentativa de superação da indiferença lingüística e desqualificação com que os negros, os povos indígenas e também as classes populares são tratadas. OBJETIVOS ESPECÍFICOS INTERCULTURAIS: - Valorizar a oralidade, a corporeidade e a arte, marcas da cultura de raiz africana, como:

a dança, ao lado da escrita e da leitura;

- Salientar a educação patrimonial, de modo a preservar e difundir o patrimônio cultural

afro-brasileiro;

- Proporcionar o contato com a cultura africana e afro-descendente nos contextos sociais

e familiares;

CONTEÚDOS: - Racismo no Brasil; - A presença do negro na mídia; - Políticas afirmativas de cotas; - Gêneros musicais: samba e rap; * Datas comemorativas envolvidas: - 21 de Março: Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial;

- 13 de Maio: Dia Nacional de Denúncias contra o Racismo; - 20 de Novembro: Dia Nacional da Consciência Negra; * Pesquisas de países africanos que falam a língua portuguesa, sua composição étnica, diferenças na alimentação, na música e religião. • O trabalho com a cultura afro se desenvolverá da seguinte maneira: - Debates e produção textual sobre os temas citados, acima, em contéudos: - análise de ampliação de carga pejorativa atribuídas ao termo “negro”; - leitura interpretação de músicas relacionadas à questão racial; - Produção de textos; - Trabalhos de leitura e pesquisa nos jornais e revistas; - Trabalho em grupo; - Exercícios que requerem respostas do tipo analítico-expositivas; - Exposição de trabalhos realizados; -Teatro; 4- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO A concepção sociointeracionista pretende uma prática diferenciada, uma vez que considera que a língua só existe em situações de interação e através das práticas discursivas, que assumem a língua em sua história e funcionamento. Dessa forma, a seleção de conteúdos deve considerar o aluno como sujeito de um processo histórico, social, detentor de um repertório lingüístico que precisa ser considerado na busca da ampliação de sua competência comunicativa. Sendo assim, as indicações que seguem precisam ser problematizados a partir da pesquisa, reflexão, discernimento e comprometimento de cada profissional da educação. Para uma nova prática, a visão de linguagem precisa ter como objeto de preocupação a interação verbal, isto é, a ação entre sujeitos historicamente situados que, via linguagem, se apropriam e transmitem um tipo de experiência historicamente acumulada. Assim, desenvolveremos em sala de aula atividades que favoreçam o desenvolvimento das habilidades de falar e ouvir, como: - histórias da família, da comunidade, um filme, um livro, etc.; - depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno ou pessoas de seu convívio; - uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções tomadas, colher e

dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar resumos, expor programações dar

avisos, fazer convites, etc.

É importante ter claro que a compreensão que construímos sobre o real se dá linguisticamente. Assim quanto maior o contato com a linguagem e por decorrência com o real, visto na sua pluralidade, maior a possibilidade de se ter sobre o real, idéias cada vez mais elaboradas. Para tanto trabalharemos: - Leitura silenciosa de textos diversificados; - Debate sobre textos lidos e ouvidos; - Intertextualidade; - Leitura extra classe; - Confronto e análise de textos; - Recitação de poemas; - Palavras cruzadas; - Audição de música e jograis; - Uso de dicionários; - Reestruturação de textos e parágrafos; - Atividades de fixação (orais e escritas); - Produção de textos; - Trabalhos de leitura e pesquisa nos jornais e revistas; - Jogos didáticos; - Trabalho em grupo; - Exercícios que requerem respostas do tipo analítico-expositivas; - Testes objetivos e subjetivos; - Gincana de gramática; - Concurso de frases e textos; - Exposição de trabalhos realizados; - Uso de CD, retro projetor, vídeo, fita; - Teatro; - Contação de histórias;

- Maratona cultural; - Dinâmicas direcionadas; - Produção de textos; - Aulas dialógicas; - Utilização de biblioteca. 5- AVALIAÇÃO

A lei 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), dá

destaque à chamada avaliação formativa, vista como mais adequada ao dia-a-dia da sala

de aula e como um grande avanço em relação à avaliação tradicional, denominada

somativa ou classificatória. Considera que os alunos possuem ritmos e processos de

aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta as dificuldades,

possibilitando assim que a intervenção pedagógica aconteça a todo o tempo. Informa os

sujeitos do processo (professor e alunos), ajuda-os a refletir. Faz com que o professor

procure caminhos para que todos os alunos aprendam e participem mais das aulas,

envolvendo-se realmente no processo de ensino e de aprendizagem.

Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada considerando-se a participação do aluno

nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas idéias, a

fluência da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender

seus pontos de vista e, de modo especial, a sua capacidade apresenta ao defender seus

pontos de vista e,de modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos

diferentes interlocutores e situações. Quanto à leitura, o professor pode propor aos alunos

questões abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar as

estratégias que eles empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e o

seu posicionamento diante do tema, bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a

partir do texto. Tecidas essas considerações sobre a avaliação como um todo e

reconhecendo a função interativa, dialógica ou discursiva da linguagem, a avaliação será:

• DIAGNÓSTICA - Através de interpretação de textos, composição, normas gramaticais em atividades orais e escritas, a fim de serem identificados os conhecimentos já apropriados pelos

alunos;

• CONTÍNUA - Através da freqüência, participação, comportamento em sala de aula em todas as atividades desenvolvidas no dia-a-dia o que proporciona um acompanhamento de sua evolução cognitiva; • SOMATÓRIA - Para a atribuição de notas que variam de 0 a 10, serão consideradas notas parciais a critério do professor, para cada atividade, durante todo o ano letivo. AVALIAÇÃO PARALELA Para que o aluno tenha oportunidade de recuperar os conteúdos abordados deve-se: - Fazer uma nova abordagem sobre os temas estudados; - Realizar atividades que enfatizem a defasagem apresentada; -Fazer um levantamento das dificuldades e dúvidas que prejudicaram a aprendizagem; - Aplicar técnicas diferenciadas para a melhoria do processo ensino-aprendizagem. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA PARANA, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola pública do Estado do Paraná. 3.ed.Curitiba, 1997. PARANA, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o ensino fundamental. Versão Preliminar, 2006 _____: TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. 3.ed. São Paulo: Contexto, 1990. ROJO, Sírio. Por que não ensinar gramática. 4 ed.Campinas, SP: Mercado das Letras, 1996. SARGENTIN, Hermínio. Palavras 5o série. 1o ed. São Paulo: IBEP, 2002 (IBEP) SARGENTIN, Hermínio. Palavras 6o série. 1o ed. São Paulo: IBEP, 2002 (IBEP) SARGENTIN, Hermínio. Palavras 7o série. 1o ed. São Paulo: IBEP, 2002 (IBEP) SARGENTIN, Hermínio. Palavras 8o série. 1o ed. São Paulo: IBEP, 2002 (IBEP)

MATEMÁTICA

1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A matemática é vista sob duas dimensões: matemática como ciência, ou seja,

compreender a construção do conhecimento matemático, desde suas origens e a

matemática como disciplina escolar que se configurou no currículo escolar brasileiro.

O nascimento da matemática se deu por volta de 2000 a.C. com os babilônios.

Com os gregos no século VI e V a.C. é que a matemática se emergiu como campo do

conhecimento com os filósofos Pitágoras e Platão.

Foi com os sofistas no século V a.C. que ocorreram as primeiras propostas de

ensino baseadas em práticas pedagógicas. No século IV a II a.C. a matemática era

ensinada de forma memorizada e repetitiva.

Já no século V d.C. a matemática era ensinada com caráter religioso a fim de

entender o calendário litúrgico.

Foi no século VIII e IX que surgiram as primeiras escolas e a organização dos

sistemas de ensino.

No século XV o estudo da matemática voltaram-se às atividades práticas.

A educação jesuítica no Brasil no século XVI, contribuiu para que a matemática

fosse introduzida como disciplina nos currículos.

No século XVIII a matemática se voltou para as necessidades do processo de

industrialização e entre os séculos XIX e início do século XX a matemática foi legitimizada

como disciplina escolar.

Entre 1900 a 1914 houve a necessidade de fazer a fusão da aritmética,

álgebra, geometria e trigonometria em uma única disciplina.

As idéias reformadoras do Ensino de Matemática compactuavam com os ideais

da Escola Nova, o estudante era o centro de processo e o professor era o orientador da

aprendizagem.

Até o final da década de 1950 o que prevaleceu no Brasil foi a tendência

formalista clássica, era centrada no professor e no seu papel de transmissor e expositor

do conteúdo, o ensino era conteudista, consistia na memorização e na repetição.

Após 1950, observou a tendência formalista moderna por meio do movimento

da Matemática Moderna onde o ensino era centrado no professor.

Com o golpe de 1964, iniciou-se a tendência pedagógica tecnicista a fim de

preparar o indivíduo para o mercado de trabalho. Esta tendência não centrava no

professor nem no estudante, mas nos objetivos instrucionais, nos recursos e nas

técnicas de ensino. O ensino era feito através de memorização de princípios e fórmulas,

o desenvolvimento e as habilidades de manipulação de algoritmos e expressões

algébricas e de resolução de problemas.

Entre 1960 e 1970 surgiu no Brasil a tendência construtivista, dando mais

ênfase ao processo e menos ao produto do conhecimento.

A tendência sócio-etnocultural, a relação professor estudante era dialógica,

privilegiava a troca de conhecimento de ambos.

A tendência histórico-crítica surgiu no Brasil em 1984, fundamentada no

materialismo histórico. Esta tendência é vista como um saber vivo, dinâmico, construído

para atender às necessidades sociais, econômicas e teóricas. A ação do professor é

articular o processo pedagógico, a visão de mundo do aluno, suas opções diante da vida,

da história e do cotidiano.

Em 1987 a SEED/PR iniciou essas discussões da teoria histórico-crítica. A

diretriz curricular resgata para o processo de ensino e aprendizagem, a importância do

conteúdo matemático e da disciplina.

2- FUNDAMENTOS TEÓRICOS-METODOLÓGICOS

No início do séc. XX, surgiram mudanças no ensino de Matemática, houveram mudanças dos métodos puramente sintéticos para um ensino baseados nas explorações indutivas e intuitivas, surgindo assim uma configuração da Educação Matemática.

A Educação Matemática proporciona ao aluno a oportunidade de desenvolver valores e atitudes de natureza diversas, visando sua formação integral como cidadão.

O papel do professor nesse processo, seria em analisar criticamente os pressupostos ou as idéias centrais que articulam a pesquisa ao currículo, a fim de potencializar meios para superar desafios pedagógicos.

É preciso que o professor reflita sobre a sua concepção de Matemática, levando em consideração dois aspectos: • pode-se conceber a Matemática tal como ela vem exposta na maioria dos

livros didáticos, como algo pronto e acabado, em que os capítulos se encadeiam de

forma linear, sequencial e sem contradições;

• pode-se acompanhar a Matemática em seu desenvolvimento progressivo de

elaboração, de modo a descobrir-se suas hesitações, dúvidas, contradições, as quais um

longo trabalho de reflexão e apuramento consegue eliminar, para que logo surjam outras

hesitações, outras dúvidas, outras contradições no fazer matemático. Isto é, sempre

haverá novos problemas por resolver. (CARAÇA, 2002, p. XXIII)

Nessa ação reflexiva, abre-se espaço para um discurso matemático voltado

tanto para aspectos cognitivos como para a relevância social do ensino da Matemática.

Isso implica olhar tanto do ponto de vista do ensinar e do aprender Matemática, quanto do

seu fazer, do seu pensar e da sua construção histórica, buscando compreendê-los

(MEDEIROS, 1987).

Espera-se da Educação Matemática possibilidade aos estudantes de analises,

discussões, conjunturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias. O homem

aprende Matemática para ampliar seus conhecimentos contribuindo para o

desenvolvimento da sociedade.

Cabe ao professor a sistematização dos conteúdos matemáticos que emergem

das aplicações, superando uma perspectiva utilitarista, sem perder o caráter científico da

disciplina e de seu conteúdo. Ir além do senso comum pressupõe conhecer a teoria

científica, cujo papel é oferecer condições para apropriação dos aspectos que vão além

daqueles observados pela aparência da realidade (RAMOS, 2004).

Apontar a perspectiva da Educação Matemática para a elaboração destas

Diretrizes implica em pensar na transposição didática que regula a ligação entre a

Matemática como campo de conhecimento e disciplina escolar.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A proposta das diretrizes é articular os conteúdos estruturantes com os

conteúdos específicos em relação de interdependência que enriqueçam o processo

pedagógico “[...] o significado curricular de cada disciplina não pode resultar de

apreciação isolada de seus conteúdos, mas sim do modo como se articulam”

(MACHADO, 1993, p. 28).

Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências

metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das quais

destacamos:

• resolução de problemas; • modelagem matemática; • mídias tecnológicas; • etnomatemática; • história da Matemática; • investigações matemáticas. . Resolução de problemas

Um dos desafios do ensino da Matemática é a abordagem de conteúdos para a

resolução de problemas. Trata-se de uma metodologia pela qual o estudante tem

oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de

modo a resolver a questão proposta (DANTE, 2003).

O professor deve fazer uso de práticas metodológicas para a resolução de

problemas, como exposição oral e resolução de exercícios. Isso torna as aulas mais

dinâmicas e não restringe o ensino de Matemática a modelos clássicos. A resolução de

problemas possibilita compreender os argumentos matemáticos e ajuda a vê-los como um

conhecimento passível de ser apreendido pelos sujeitos do processo de ensino e

aprendizagem (SCHOENFELD, 1997).

Cabe ao professor assegurar um espaço de discussão no qual os alunos

pensem sobre os problemas que irão resolver, elaborem uma estratégia, apresentem suas

hipóteses e façam o registro da solução encontrada ou de recursos que utilizaram para

chegarem ao resultado. Isso favorece a formação do pensamento matemático, livre do

apego às regras. O aluno pode lançar mão de recursos como a oralidade, o desenho e

outros, até se sentir à vontade para utilizar sinais matemáticos (SMOLE & DINIZ, 2001).

As etapas da resolução de problemas são: compreender o problema; destacar

informações, dados importantes do problema, para a sua resolução; elaborar um plano

de resolução; executar o plano; conferir resultados; estabelecer nova estratégia, se

necessário, até chegar a uma solução aceitável (POLYA, 2006).

Etnomatemática

Na década de 1970, Ubiratã D’Ambrosio, propôs que os programas

educacionais enfatizassem as matemáticas produzidas pelas diferentes culturas. A

Etnomatemática tem como objetivo reconhecer e registrar questões de relevância social

que produzem o conhecimento matemático que são percebidos por meio de diferentes

teorias e praticas das mais diversas áreas que emergem os ambientes culturais.

Essa metodologia é uma importante fonte de investigação da Educação

Matemática, por meio de um ensino que valoriza a história dos estudantes pelo

reconhecimento e respeito a suas raízes culturais: “reconhecer e respeitar as raízes de

um indivíduo não significa ignorar e rejeitar as raízes do outro, mas, num processo de

síntese, reforçar suas próprias raízes” (D AMBROSIO, 2001, p. 42), tendo em vista

aspectos como “memória cultural, códigos, símbolos, mitos e até maneiras específicas de

raciocinar e inferir” (id. 1998, p. 18).

Considerando o aspecto cognitivo, releva-se que o aluno é capaz de reunir

situações novas com experiências anteriores, adaptando essas às novas

circunstâncias e ampliando seus fazeres e saberes. “Graças a um elaborado sistema de

comunicação, as maneiras e modos de lidar com situações vão sendo compartilhadas,

transmitidas e difundidas” (D’AMBROSIO, 2001, p. 32).

Modelagem Matemática A modelagem matemática é [...] um ambiente de aprendizagem no qual os alunos são

convidados a indagar e/ou investigar, por meio da Matemática, situações oriundas de

outras áreas da realidade. Essas se constituem como integrantes de outras disciplinas ou

do dia-a-dia; os seus atributos e dados quantitativos existem em determinadas

circunstâncias. (BARBOSA, 2001, p. 06)

A modelagem matemática contribui para a formação critica do aluno porque ele

trará suas experiências de vida aprimorando-as através do modelo matemático.

Modelagem matemática é o processo que envolve a obtenção de um modelo.

Este, sob certa óptica, pode ser considerado um processo artístico, visto que, para se

elaborar um modelo, além de conhecimento de Matemática, o modelador precisa ter uma

dose significativa de intuição e criatividade para interpretar o contexto, saber discernir que

conteúdo matemático melhor se adapta e também ter senso lúdico para jogar com as

variáveis envolvidas. (BIEMBENGUT & HEIN, 2005, p. 12)

Mídias tecnológicas

É de suma importância o uso de mídias em Educação Matemática, ampliam as

possibilidades de observação e investigação dos estudantes e professores, permitindo

uma melhor construção, interação, trabalho colaborativo, processos de descoberta de

forma dinâmica e o confronto entre teoria e a prática.

As ferramentas tecnológicas são interfaces importantes no desenvolvimento de

ações em Educação Matemática. Abordar atividades matemáticas com os

recursos tecnológicos enfatiza um aspecto fundamental da disciplina, que é a

experimentação. De posse dos recursos tecnológicos, os estudantes argumentam e

conjecturam sobre as atividades com as quais se envolvem na experimentação (BORBA

& PENTEADO, 2001).

História da Matemática

A importância da História da Matemática é necessária para que o aluno possa

entender cada etapa e seu desenvolvimento, tanto nas descobertas matemáticas aos

fatos sociais e políticos, às circunstâncias históricas e ás correntes filosóficas que

determinaram o pensamento e influenciaram o avanço cientifico de cada época.

A história deve ser o fio condutor que direciona as explicações dadas aos

porquês da Matemática. Assim, pode promover uma aprendizagem significativa, pois

propicia ao estudante entender que o conhecimento matemático é construído

historicamente a partir de situações concretas e necessidades reais (MIGUEL & MIORIM,

2004).

Investigação Matemática

Em contextos de ensino e aprendizagem, investigar não significa

necessariamente lidar com problemas muito sofisticados na fronteira do

conhecimento. Significa, tão só, que formulamos questões que nos interessam, para

as quais não temos resposta pronta, e procuramos essa resposta de modo tanto

quanto possível fundamentado e rigoroso. (PONTE, BROCARDO & OLIVEIRA 2006, p.

09)

A investigação matemática é um método que leva o aluno a grandes

descobertas, pode-se partir da resolução de um simples exercício e se relacionam com a

resolução de problemas. Seus enunciados devem ser claros, para que não haja duvidas.

Na investigação é u problema em aberto, por isso,as coisas acontecem de forma

deferente do que na resolução de problemas e exercícios.

Investigar é procurar conhecer o que não se conhece, esse é objetivo maior de

toda ação pedagógica. Na investigação matemática, o aluno é chamado a agir como um

matemático, não apenas porque é solicitado a propor questões, mas, principalmente,

porque formula conjecturas a respeito do que está investigando. Assim, “as investigações

matemáticas envolvem, naturalmente, conceitos, procedimentos e representações

matemáticas, mas o que mais fortemente as caracteriza é este estilo de conjectura-teste-

demonstração” (PONTE; BROCARDO; OLIVEIRA, 2006, p.10).

ARTICULANDO AS DIFERENTES TENDENCIAS

Mesmo com todas as tendências apresentadas nas Diretrizes, nenhuma delas

esgota a possibilidades para realizar com eficácia processo de ensinar e aprender

Matemática, o ideal é promover a articulação entre elas.

O uso das mídias, como softwares com planilhas eletrônicas, possibilitam a

solução em um tempo menor do que o necessário mediante uso de caderno e lápis.

Uma prática docente investigativa pressupõe a elaboração de problemas que

partam da vivência do estudante e, no processo de resolução, transcenda para o

conhecimento aceito e validado cientificamente. A fundamentação para tal prática é

encontrada na etnomatemática.

3- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande

amplitude, os conceitos e as práticas que identificam e organizam os campos de estudos

de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a sua compreensão.

Constituem-se historicamente e são legitimados nas relações sociais. Os Conteúdos

Estruturantes propostos nestas Diretrizes Curriculares, para a Educação Básica da Rede

Pública Estadual, são:

• Números e Álgebra • Grandezas e Medidas • Geometrias • Funções • Tratamento da informação Números e álgebras

Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Números e Álgebra se

desdobram nos seguintes conteúdos:

• conjuntos numéricos e operações • equações e inequações • polinômios • proporcionalidade Grandezas e medidas

Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Grandezas e Medidas

englobam os seguintes conteúdos:

• sistema monetário • medidas de comprimento • medidas de massa • medidas de tempo

• medidas derivadas: áreas e volumes • medidas de ângulos • medidas de temperatura • medidas de velocidade • trigonometria: relações métricas no triângulo retângulo e relações trigonométricas nos triângulos Geometrias

Para o Ensino Fundamental e Médio, o Conteúdo Estruturante Geometrias se

desdobra nos seguintes conteúdos:

• geometria plana • geometria espacial • geometria analítica • noções básicas de geometrias não-euclidianas Funções

Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os

seguintes conteúdos:

• função afim • função quadrática Tratamento da informação

Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Tratamento da

Informação engloba os seguintes conteúdos:

• noções de probabilidade • estatística • matemática financeira • noções de análise combinatória 4- AVALIAÇÃO

As pesquisas em Educação Matemática têm permitido a discussão e reflexão

sobre a prática docente e o processo de avaliação. Historicamente, as práticas avaliativas

têm sido marcadas pela pedagogia do exame em detrimento da pedagogia do ensino e da

aprendizagem (LUCKESI, 2002).

Com o objetivo de superar tal prática, considera-se que a avaliação deve

acontecer ao longo do processo do ensino-aprendizagem, ancorada em

encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a interpretação e discussão,

que considerem a relação do aluno com o conteúdo trabalhado, o significado desse

conteúdo e compreensão alcançada por ele.

No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da observação

sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades

diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais oportunidades devem

incluir manifestação escritas, orais e de demonstração, inclusive por meio de ferramentas

e equipamentos, tais como materiais manipuláveis computador e calculadora.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo

professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

• comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004); • compreende, por meio da leitura, o problema matemático; • elabora um plano que possibilite a solução do problema; • encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático; • realiza o retrospecto da solução de um problema. Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a: • partir de situações-problema internas ou externas à matemática; • pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos

problemas;

• elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las; • perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades; • sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,

generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares;

• socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada; • argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO & NOGUEIRA, 2006, p. 29).

O professor deve considerar as noções que o estudante traz, decorrentes da

sua vivência, de modo a relacioná-las com os novos conhecimentos abordados nas aulas

de Matemática.

Assim, será possível que as práticas avaliativas finalmente superem a

pedagogia do exame para se basearem numa pedagogia do ensino e da aprendizagem.

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Na década de 1970, o ensino de Historia era predominantemente tradicional,

seja pela valorização de alguns personagens como sujeitos da História e de sua atuação

em fatos políticos, pela abordagem dos conteúdos históricos de forma factual e linear. A

prática do professor era marcada pelas aulas expositivas e cabia aos alunos a

memorização e repetição do que era ensinado como verdade. As origens dessas práticas

no ensino de História remetem ao período imperial, época em que a disciplina se tornou

parte do currículo escolar.

A narrativa histórica produzida justificava o modelo de nação brasileira, vista

como uma extensão da História da Europa Ocidental. Tinha uma proposta de uma

nacionalidade expressa na síntese das raças brancas, índia e negra, predominando a

ideologia do branqueamento. Nesse modelo conservador de sociedade, o currículo oficial

de História tinha como objetivo contribuir para a legitimação dos valores aristocráticos, no

qual o processo histórico conduzido por líderes, excluía possibilidade das pessoas

comuns serem entendidas como sujeitos históricos.

O retorno da História do Brasil nos currículos escolares deu-se apenas no

governo de Getúlio Vargas (1881-1954), vinculado ao projeto político nacionalista do

Estado Novo, por meio da Lei Orgânica do Ensino Secundário de 1942. Cabe destacar

que o acesso a essa etapa da escolaridade era restrito à elite que se preparava para

conduzir o povo, contribuindo para a legitimidade do projeto nacionalista, o ensino de

História se ocupava em reforçar o caráter moral e cívico dos conteúdos escolares.

A partir do início dos anos 1930, o ensino de História foi marcado pelos debates

teóricos sobre a inclusão dos Estudos Sociais na escola. As experiências norte-

americanas na organização da disciplina de Estudos Sociais passaram a fazer parte dos

debates educacionais por meio da Escola Nova. Visando a viabilização da sua

implantação, Anísio Teixeira (1900-1971), um dos intelectuais desse movimento e à frente

da Diretoria da Instrução Pública do Distrito Federal, publicou uma proposta de Estudos

Sociais para a escola elementar, em 1934, denominada Programa de Ciências Sociais,

com vistas à inserção desta disciplina nos currículos escolares.

Na década de 1950 é instituído o Programa de Assistência Brasileiro-

Americano ao Ensino Elementar (PABAEE), resultado do convênio entre os governos

federal, de Minas Gerais e norte-americano, com o objetivo de implantar o ensino de

Estudos Sociais.

Essas experiências servirão de referência para a posterior implantação dos

Estudos Sociais no Ensino de Primeiro Grau, por força da Lei número 5.692 em 1971.

Após a implantação do regime militar (1964), o ensino de História manteve seu

caráter estritamente político, pautado no estudo de fontes oficiais e narrado apenas do

ponto de vista factual.

O ensino não tinha espaço para análises críticas e interpretações dos fatos,

objetivava formar indivíduos que aceitassem e valorizassem a organização da Pátria. O

Estado figurava como o principal sujeito histórico, responsável pelos grandes feitos da

nação, exemplificado nas obras dos governantes e das elites condutoras do país.

A partir da Lei número 5692/71, o Estado organizou o Primeiro Grau de oito

anos e o Segundo Grau profissionalizante. O ensino centrou-se numa formação tecnicista,

voltada à preparação de mão-de-obra para o mercado de trabalho.

No Primeiro Grau, as disciplinas de História e Geografia foram condensadas

como área de Estudos Sociais, dividindo ainda a carga horária com Educação Moral e

Cívica (EMC). No Segundo Grau, a carga horária de História foi reduzida e a disciplina de

Organização Social e Política Brasileira (OSPB) passou a compor o currículo.

O ensino de História tinha como prioridade ajustar o aluno ao cumprimento dos

seus deveres patrióticos, privilegiando noções e conceitos básicos para a adaptação à

realidade.

O ensino de Estudos Sociais foi radicalmente contestado no início dos anos

1980, tanto pela academia, quanto pela sociedade organizada, principalmente pela

Associação Nacional dos Professores Universitários de História (ANPUH). Esses

defendiam o retorno da disciplina de História como condição para que houvesse uma

maior aproximação entre a investigação histórica e o universo da sala de aula.

No Paraná, também houve uma tentativa de aproximação da produção

acadêmica de História com o ensino desta disciplina no Primeiro Grau, fundamentada na

pedagogia histórico-crítica, por meio do Currículo Básico para a Escola Pública do Estado

do Paraná (1990). Essa proposta de renovação do ensino de História tinha como

pressupostos teóricos a historiografia social, pautada no materialismo histórico dialético,

indicando alguns elementos da Nova História.

Para o Primeiro Grau, o conteúdo foi dividido em dois blocos distintos: História

do Brasil e História Geral.

Houve uma tendência de uma supervalorização dos conteúdos em detrimento

dos temas, sub-temas que tinham como orientações as formações sociais do processo

histórico.

No contexto das reformas educacionais da década de 1990, o Ministério da

Educação divulgou entre os anos de 1997 e 1999, os Parâmetros Curriculares Nacionais

para o Ensino Fundamental e Médio. Em consonância com as propostas das Diretrizes

Curriculares para o Ensino Médio, os parâmetros organizaram o currículo em áreas do

conhecimento. Faziam parte da área de ciências humanas e suas tecnologias: as

disciplinas de Geografia, Sociologia, Filosofia e História. No Ensino Fundamental, os

PCNs apresentaram as disciplinas como áreas do conhecimento, a História foi mantida

em sua especificidade, integrada às demais pelos temas transversais.

O Estado do Paraná incorporou, no final nos anos 1990, os Parâmetros

Curriculares Nacionais como referência para a organização curricular de toda a rede

pública estadual. Os programas educacionais do Governo Federal, como as avaliações

institucionais destinadas ao Ensino Fundamental (Sistema Nacional de Avaliação da

Educação Básica–SAEB) e ao Ensino Médio (Exame Nacional do Ensino Médio- ENEM),

bem como a definição de critérios para a seleção do livro didático pelo Programa Nacional

do Livro Didático (PNLD), tiveram como referência os PCNs.

O reconhecimento dos novos cursos, tais como o PNLD, a TV Escola, PCN em

Ação, PCN +, projetos interdisciplinares e publicações periódicas elaboradas pelo MEC.

Teve implicações no currículo de história na medida em que os PCNs têm como

preocupação formar cidadãos preparados para exigências científico-tecnológicas da

sociedade contemporânea, pois estas são consideradas necessárias à adaptação do

indivíduo frente às aceleradas mudanças sociais.

A aprovação da Lei número 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino

Fundamental e Médio da rede pública estadual de ensino, os conteúdos de História do

Paraná; além da Lei 10.639/03, que altera a Lei número 9394/96, que estabelece as

diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de

Ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira, seguida das

“Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para

Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana”.

Levando em consideração que a história é um conhecimento que está em

constante construção, o seu ensinamento contribuí significativamente para que o

aluno possa refletir sobre suas vivências e suas inserções históricas.

O ensino da história sendo considerado relevante para preparação do indivíduo

para a vida e a prática da cidadania, deverá proporcionar ao aluno a reflexão, permitindo

o envolvimento do conhecimento histórico, favorecendo as direções do processo dinâmico

e contraditório das relações entre os povos. Assim, o contato com diferentes experiências,

possibilitará a reflexão, em que propiciará a reconstrução dos seus conhecimentos,

passando a adquirir conceitos de consciência histórica favorecendo para a

construção da identidade social e coletiva o que deverá contribuir para o sentimento de

pertença diante da sua comunidade a partir de que estará inserido a história do seu

Estado e município.

A sociedade nacional e mundial vive um momento de transformações

estruturais: globalização, formação de blocos econômicos e revolução tecnológica.

Atualmente, as mudanças ocorrem com tamanha velocidade que muitas vezes a

dimensão humana fica relegada a um segundo plano. Por essa razão, é necessário o

repensar constante de nossas atitudes, em uma perspectiva mais humana, propiciando a

inclusão com vistas ao momento histórico em que vivemos.

Diferentes linguagens, inclusive a tecnológica, compõem o universo cultural das

sociedades contemporâneas. O observar curioso e atento a necessidade de democratizar

os recursos lingüísticos, bem como o empenho para que os diferentes grupos sociais

possam deles fazer uso, são ações que contribuem para uma educação mais humana,

fraterna e solidária.

Conforme orientam as Diretrizes Curriculares de História para o ensino

Fundamental, as práticas educacionais deverão respeitar as variedades curriculares

existentes e estabelecer, como norteadores de suas ações pedagógicas, os seguintes

princípios: Dimensões Política, Econômico-Social e Cultural

2- OBJETIVOS GERAIS

♦ Propiciar a construção de elementos fundamentais para o pensamento crítico e

autônomo do sujeito, permitindo-lhe refletir e criticar seus condicionamentos pessoais

e coletivos favorecendo a compreensão do sentimento de pertença a diferentes estruturas

que estão permanentemente sendo discutidas e modificadas, o que deve colaborar para o

dimensionamento da ação individual e coletiva do indivíduo que instrumentalizado para

o hábito de ler a história vivida, possa continuar aprendendo a discutir além dos bancos

escolares.

♦ Compreender a necessidade e a finalidade do estudo da História reconhecendo-se

como participante da História.

♦ Entender o processo histórico como resultado de fatores econômicos, sociais, políticos e

culturais relacionando as estruturas econômicas, sociais, políticas e culturais das

diversas épocas históricas;

3- CONTEÚDOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTE DIMENSÕES ECONÔMICA-SOCIAL CULTURAL

DAS ORIGENS DO HOMEM AO SÉCULO XVI – DIFERENTES TRAJETÓRIAS,

DIFERENTES CULTURAS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Produção do conhecimento histórico

- Historiador e a produção do conhecimento

histórico

- Tempo e temporalidade

- Fontes, documentos

- Patrimônio material e imaterial

- Pesquisa

Articulação da História com outras áreas do conhecimento

- Arqueologia, antropologia, paleontologia,

geografia, geologia, sociologia, etnologia e

outras.

- Observação: o estudo da produção do

conhecimento histórico e articulação da

História com outras áreas do conhecimento

se faz necessário em todas as séries do

ensino fundamental, não necessariamente

no início do ano letivo como será posto

para a 5ª série.

A humanização e a História

- De onde viemos, quem somos, como

sabemos?

Arqueologia no Brasil

- Lagoa Santa (MG)

- Serra da Capivara (PI)

- Sambaquis (PR)

Surgimento, desenvolvimento da

humanidade e grandes migrações

- Teorias do surgimento do homem na

América

- Mitos e lendas da origem do homem

- Desconstrução do conceito de Pré-história

- Povos ágrafos, memória e história oral.

Povos indigenas no Brasil e no Paraná

- Ameríndios do território brasileiro

- Kaigang, Guarani, Xetá e Xokleng

As primeiras civilizações na América

- Olmecas, Mochicas, Tiwanacus, maias,

Incas e Astecas

- Ameríndios da América do Norte

As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia

- Egito, Núbia, Gana e Mali*

- Hebreus, Gregos e Romanos*

*Observação: não se trata aqui, de

“esgotar” a história destas civilizações, mas

sim, levantar alguns aspectos como

religiosidade, organização social.

A chegada dos europeus na América

- (des) encontros entre culturas

- Resistência e dominação

- Escravização

- Catequização

Península Ibérica nos séculos XVI e XV:

- Reconquista do território

- Religiões: judaísmo, cristianismo e

islamismo

- Comércio (África, Ásia, América e Europa)

Formação da sociedade brasileira e

americana

- América portuguesa

- América espanhola

- América franco-inglesa

- Organização político-administrativa

(capitanias hereditárias, sesmarias)

- Manifestações culturais (sagrada e

profana)

- Organização social (família patriarcal e

escravismo)

- Escravização de indígenas e africanos

- Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar e

minérios)

Os reinos e sociedades africanas e os

contatos com a Europa

- Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomotapa,

(Zimbabwe) e outros

- Comércio

- Organização política-administrativa

- Manifestações culturais

- Organização social

- Uso de tecnologias: engenhos de açúcar,

a batea, construção civil.

Diáspora Africana

CONTEÚDO ESTRUTURANTE DIMENSÕES POLÍTICA ECONÔMICA-SOCIAL E CULTURAL

7º ANO DAS CONTESTAÇÕES A ORDEM COLONIAL AO PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA

DO BRASIL – SÉCULO XVII AO XIX

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Expansão e consolidação do território

- Missões

- Bandeiras

- Invasões estrangeiras

Consolidação dos estados nacionais europeus e Reforma Pombalina

- Reforma e contra-reforma

Colonização do território “paranaense”

- Economia

- Organização social

- Manifestações culturais

- Organização política-administrativa

Movimentos de contestação

- Quilombos (Bre PR)

- Irmandades: manifestações religiosas –

sincretismo

- Revoltas Nativistas e Nacionalistas

- Inconfidência mineira

- Conjuração baiana

- Revolta da cachaça

- Revolta do maneta

- Guerra dos mascates

- A chegada da Família Real ao Brasil

Independência das treze colônias

inglesas da América do Norte Diáspora africana

Revolução Francesa

- Comuna de Paris

Invasões napoleônicas

O processo de independência do Brasil

- Governo de D. Pedro I

- Constituição outorgada de 1824

- Unidade territorial

- Manutenção da estrutura social

- Confederação do Equador

- Província Cisplatina

- Haitianismo

- Revoltas regenciais

O processo de independência das Américas

- Haiti

- Colônias espanholas

- Malês, Sabinada, Balaiada, Cabanagem,

Farroupilha

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

DIMENSÕES POLÍTICA ECONÔMICA-SOCIAL E CULTURAL 8º ANO

PENSANDO A NACIONALIDADE: DO SÉCULO XIX AO XX – A CONSTITUIÇÃO DO IDEÁRIO DE NAÇÃO NO BRASIL

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

A constituição da Nação - Governo de D. Pedro II

- Criação do IHGB

- Lei de Terras, Lei Euzébio de Queiroz –

1850.

- Início da imigração européia

- Definição do território

- Movimento Abolicionista e

emancipacionista.

Revolução Industrial e relações de trabalho (XIX e XX)

- Ludismo

- Socialismo

- Anarquismo

Relacionar: Taylorismo, Fordismo e

Toyotismo

Emancipação política do Paraná (1853)

- Economia

- Organização social

- Manifestações culturais

- Organização político-administrativa

- Migrações: internas (escravizados, libertos

e homens livres pobres) e externas

(europeus)

- Os povos indígenas e a política de terras

A Guerra do Paraguai e/ou a Guerra da Tríplice Aliança

O processo de abolição da escravidão

- Legislação

- Resistência e negociação

- Discursos:

Colonização da África e da Ásia

Guerra Civil e Imperialismo estadunidense

- Abolição

- Imigração – Senador Vergueiro

- Branqueamento e miscigenação (Oliveira

Viana, Nina Rodrigues, Euclides da Cunha,

Silvio Romero, no Brasil, Sarniento na

Argentina

Carnaval na América Latina: entrudo, murga e candomblé

Os primeiros anos da República

- ideias positivistas

- Imigração asiática

- Oligarquia, coronelismo e clientelismo.

- Movimentos de contestação: campo e

cidade

- Movimentos messiânicos

- Revolta da vacina e urbanização do Rio

de Janeiro

- Movimento operário: anarquismo e

comunismo

- Paraná:

- Guerra do contestado

- Greve de 1917 – Curitiba

- Paranismo: movimento regionalista –

Romário Martins, Zaco Paraná, Lange de

Morretes e João Turin

Questão Agrária na América Latina

- Revolução Mexicana

Primeira Guerra Mundial

Revolução Russa

CONTEÚDO ESTRUTURANTE DIMENSÕES POLÍTICA ECONÔMICA-SOCIAL E CULTURAL

9º ANO REPENSANDO A NACIONALIDADE BRASILEIRA: DO SÉCULO XX AO XXI –

CONSTITUTIVOS DA CONTEMPORANEIDADE

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

A semana de 22 e o repensar da

nacionalidade

- Economia

Crise de 29

- Organização social

- Organização política-administrativa

- Manifestações culturais

- Coluna Prestes

A “Revolução” de 30 e o Período Vargas (1930 a 1945) - Leis trabalhistas

- Voto feminino

- Ordem e disciplina no trabalho

- Mídia e divulgação do regime

- Criação do SPHAN, IBGE

- Futebol e carnaval

- Contestação à ordem

- Integralismo

- Participação do Brasil na II Guerra

Mundial

Ascensão dos regimes totalitários na Europa

Movimentos populares na América Latina Segunda Guerra Mundial

Populismo no Brasil e na América Latina

- Cárdenas – México

- Perón – Argentina

- Vargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart

– Brasil

Independência das colônias afro-asiáticas Guerra Fria

Construção do Paraná Moderno

- Governos de: - Manoel Ribas, Moysés

Lupion, Bento Munhos da Rocha Neto e

Ney Braga

- Frentes de colonização do estado, criação

da estrutura administrativa

- Copel, Banestado, Sanepae, Codepar...

- Movimentos sociais no campo e na cidade

- EX: Revolta dos colonos década de 50 –

Sudoeste

- Os Xetá

Guerra Fria

O Regime Militar no Paraná e no Brasil - Repressão e censura, uso ideológico dos

meios de comunicação

- O uso ideológico do futebol na década de

70: - o tricampeonato mundial

- a criação da liga nacional

(campeonato brasileiro)

- Cinema novo

- Teatro

- Itaipu, Sete Quedas, e a questão da terra.

Guerra Fria e os Regimes Militares na América Latina - Política da boa vizinhança

- Revolução Cubana

- 11 de setembro no Chile e a deposição de

Salvador Allende

- Censura aos meios de comunicação

- O uso ideológico do futebosl na década de

70

- A copa da Argentina – 1978

Movimentos de contestação no Brasil

- Resistência Armada

- Tropicalismo

- Jovem Guarda

- Novo sindicalismo

- Movimento Estudantil

Movimentos de contestação no Mundo

- Maio de 68 – França

- Movimento Negro

- Movimento Hippie

- Movimento Homossexual

- Movimento Feminista

- Movimento Punk

- Movimento Ambiental

Paraná no contexto atual

Redemocratização

- Constituição de 1988

- Movimentos populares rurais e urbanos:

MST (Movimentos dos sem Terra), MNLM

(Movimento Nacional de Luta pela

Moradia), CUT (Central Única dos

Trabalhadores), Marcha Zumbi dos

Palmares, etc.

- Mercosul

- Alca

Fim da bipolarização mundial

- Desintegração do bloco socialista

- Neoliberalismo

- Globalização

- 11 de setembro nos EUA

África e América latina no contexto atual

O Brasil no contexto atual - A comemoração dos “500 anos do Brasil”: análise e reflexão.

4- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Tendo como pressuposto que os conhecimentos históricos tornam-

se significativos para os estudantes , como saber escolar e social, quando contribuem

para que eles reflitam sobre suas vivências históricas. Por essa razão os conteúdos

elencados tem como finalidade instigar o aluno a pensar criticamente de forma que possa

analisar situações do seu cotidiano a partir de um conhecimento amplo, o que possibilitará

novas visões de mundo.

A necessidade de incorporar conhecimentos históricos pertinentes a uma

sociedade que a cada dia se torna mais exigente. Os conteúdos propostos têm como

finalidade estudos sobre a origem histórica da humanidade e suas trajetórias, priorizando

a do Brasil, regional e com outros contextos e espaços (Ásia, África, América e Europa),

com o objetivo de estimular a mudança de valores, crenças e culturas do indivíduo, na

perspectiva da formação de um ser humano integral, como meio de possibilitar o pleno

exercício de cidadania e propiciar transformações nas dimensões política, econômica e

cultural. na sociedade tem como objetivos específicos:

- Levar o aluno a pensar de forma autônoma para saber intervir; - Identificar os princípios que fundamentam as práticas sociais e o respeito às normas

democráticas.

- Reafirmar valores culturais e artísticos sejam eles locais, regionais, nacionais e globalizado que possibilite o resgate da dignidade humana por meio de novos saberes. - Articular as áreas do conhecimento e os aspectos da vida cidadã. - Os conteúdos estruturantes aqui apresentados (político, econômico-socil e cultural), em

suas respectivas dimensões, articulações ou inter-relações, estão em consonância com

os fundamentos teóricos-metodológicos da disciplina, propostos na Diretriz Curricular.

A dimensão política na História: na Antiguidade greco-romana já era visível

preocupação, estudiosos buscavam a compreensão de sua época nos fatos políticos, nas

guerras, nos governos, nos Estados.

Na Idade Média, a dimensão do político também é apropriada principalmente

pela Igreja Católica. Eclesiásticos e escribas leigos a serviço da Igreja, escreveram texto

hagiográficos (História de santos, narrativas sobre translados, milagres), anais e crônicas,

ressaltando os valores e idéias daquela instituição. Política e poder se confundem.

A historiografia do século XIX consolida tendo no Estado sua expressão política.

A promoção do Estado-nação à condição de objeto da produção histórica

política, onde o poder é o poder do Estado, onde os acontecimentos são sempre os

acontecimento políticos, dignos de atenção dos historiadores.

Nesse momento a História é incorporada como disciplina escolar trazendo para

a sala de aula a tradição de uma historiografia metódica, também denominada positivista.

Também a partir desta tradição, passam a compor o universo escolar as chamadas festas

cívicas.

Este conteúdo estruturante, dentro da concepção apresentada nestas

Diretrizes Curriculares, visa, a partir de conceitos como: práticas,

representações hegemonia, entre outros, propor uma nova forma de trabalhar com a

dimensão política, rompendo com o ensino tradicional da História, até então centrado nos

chamados “grandes homens”, nas batalhas, tratados, datas, etc. Para que isto ocorra,

ressalta-se a importância de inserir o sujeito comum na História a partir do estudo de

espaços e de relações sociais, pautadas pelas relações de poder.

A dimensão econômico-social da História se faz presente, desde o início do

século XX, em estudos como de Marc Bloch (1886-1944) e Lucien Febvre (1878-1956),

influenciados pelo marxismo, procuraram desenvolver uma teoria que superasse a visão

essencialmente política da História.

Historiadores optaram por aproximar a História de outras áreas das ciências

humanas como a sociologia, a geografia, a psicologia, a economia, incorporando outras

dimensões e articulando, assim, diversos aspectos da sociedade na análise do processo

histórico.

Intelectuais brasileiros de formação marxista como Caio Prato Jr (1907- 1990),

Celso Furtado (1920-2004), Ciro Flamarion Cardoso (194 ), entre outros, criaram modelos

explicativos para a História do Brasil, a partir do viés econômico, influenciando toda uma

geração de historiadores.

Uma apropriação reducionista e mecanicista gerou uma interpretação que

subordinava todas as relações (políticas, sociais, culturais) ao invés economicista.

A partir destes ciclos econômicos, organizados em torno de produtos agrícolas e de

extração, produzidos para o mercado externo, é que se buscava explicar a formação da

sociedade brasileira.

Uma das possibilidades de superar esta abordagem economicista e

reducionista que tem marcado o ensino de História, é a busca de ampliação de seu

referencial teórico- metodológico, o novo olhar sobre essa dimensão.

Ao se propor a cultura como uma das dimensões para o estudo da História,

entende-se essa dimensão como aquela que permite conhecer os conjuntos de

significados que os homens conferiram à sua realidade para explicar o mundo.

O conceito de cultura hoje é um conceito polissêmico, tal a quantidade de

contribuições e reinterpretações permitidas pelas relações com as ciências sociais ao

longo dos séculos XIX e XX.

A dimensão cultural é múltipla e complexa, assim sendo, quando articulada ás

outras dimensões, amplia as possibilidades de explicação do passado e a construção de

novas interpretações históricas na escola, em consonância com os pressupostos já

apontados na fundamentação teórica.

Para estabelecer uma relação dialética entre o aprender os conteúdos a

estudar e o ato político de estudar temos as seguintes atividades: Visita a espaços

histórico-culturais; Observação dos espaços públicos; Conversa com as lideranças locais;

Entrevistas com os mais velhos da cidade a cerca da cultura popular local; Verificação da

presença ou ausência de ações do governo na comunidade. Os saberes da Educação

Fiscal poderão ser trabalhados de forma articulada com as diversas áreas do

conhecimento, por meio de diferentes linguagens: - Colóquios-Textos-Músicas-poesias,

artes visuais, artes cênicas, entre outras. Ainda, pensando sobre os recursos na

aprendizagem, temos o livro didático como um recurso em sala de aula, mas temos muito

a refletir sobre seu uso. O apoio do livro didático se faz necessário a medida que este é

uma forma de registro que facilita o ponto inicial do trabalho, porém, deve-se pensar no

complemento para o enriquecimento dos conteúdos através de outros instrumentos que

possam criar novas condições de ensino.

5- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

Os conteúdos serão avaliados através dos resultados obtidos com a

aprendizagem apropriada. Os alunos serão observados em variadas situações de

aprendizagem, levando em consideração o desempenho na realização das atividades

propostas. Para melhor apreciação dos resultados serão analisados os acréscimos

adquiridos com a aprendizagem, respeitando as individualidades do educando, assim

como a forma de aplicação dos seus conhecimentos . Para atribuição de notas será

realizado a somativa de diferentes instrumentos de avaliação.

REFERÊNCIAS _______________________Diretrizes Curriculares para o Ensino de História – Ensino Fundamental- 2004 - 2006

BEZERRA,Holien Gonçalves. Ensino de História: conteúdos e conceitos básicos. In: KARNAL, Leandro (org.). História em sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto,2003. _______________________Currículo Básico para a Escola Pública Paranaense,1990. RUY, Cristovam Wachowicz. História do Paraná. Curitiba. SHIMIDT, Maria Auxiliadora. História do Cotidiano paranaense. Letrativa, Curitiba,1996. NADALIM, Sérgio Odilon. Paraná: Ocupação do território, População e Migrações. ______________________Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana Brasília DF junho 2005 TREVISAN, Leonardo. Abolição – Um suave jogo político. São Paulo. Editora Moderna, 1988 FERREIRA, João Carlos Vicente, O Paraná e seus Municípios, Maringá Pr. Memória Brasileira 1996 VALLE,Ciro Eyer, LAGE, Henrique. Meio Ambiente: acidentes, lições soluções. São Paulo. Editora SENAC, 2003. MORAIS,Fernando Corações Sujos, São Paulo, Editora Companhia das Letras, 2000 BELOV, Graça, Diálogos com a Cidadania, Rio de Janeiro , Editora Forense, 2000 ________________________ História do Brasil. Os 500 anos do país em uma obra completa, ilustrada e atualizada – Folha de São Paulo. 2000 ________________________ Constituição , República Federativa do Brasil 1988, Curitiba, Departamento Oficial de Imprensa do Estado, 1988 ________________________ 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos – 1948 – 1998 – Conquistas e Desafios, Ordem dos Advogados do Brasil, Comissão Nacional de Direitos Humanos Conquistas e Desafios, Brasília, OAB, Conselho Federal, 1998. www.educaçãofiscal.gov.br www.esaf.fazenda.gov.br.

Geografia. 1-Fundamentação Teórica.

A historia da geografia como ciência e disciplina escolar demonstra que a

compreensão do objetivo de estudo e a construção do quadro conceitual de referência

variam nos diferentes períodos históricos da sociedade e estiveram sempre vinculados a

interesses políticos e econômicos.

No Brasil,o pensamento geográfico esteve presente desde o período

colonial,devido ao interesse de descrever o espaço e a necessidade de mapeamento fiel

da colônia e a localização exata de portos para exportação da produção.A geografia no

Brasil foi considerada conhecimento cientifico a partir de 1920.O ensino e a pesquisa de

geografia no Brasil só se institucionalizaram após a Revolução de Trinta,nesta década

houve a criação do Instituto Brasileiro de geografia e estatísticas - IBGE,a primeira

instituição a reconhecer o fazer geográfico além do objetivo didático,a criação da

associação dos geógrafos brasileiros - AGB e a criação dos primeiros cursos de

licenciatura em geografia .

Mas a geografia escolar teve durante ao longo do tempo um caráter decorativo

focada apenas na descrição do espaço,após a segunda guerra houve a formação de uma

nova ordem mundial,modificando as relações políticas,econômicas,ambientais e culturais

essas mudanças refletiram diretamente no ensino da geografia fazendo com que a

mesma sofresse um intenso processo de renovação de seus postulados teóricos –

metodológicos.É por isso que a disciplina tem reunido instrumentos de análise e de

prática social que colocam no centro do debate questões referentes ao espaço e a

sociedade.

2-Objetivo geral da disciplina.

A geografia tem como objetivo formar um cidadão crítico e pensante com uma visão

mundo que lhe permita participar ativamente da sociedade em que vive, enfocando em

todas as séries o Estado do Paraná, capacitando-o a entender as diversidades e as

mudanças que acontecem no espaço geográfico,tornando-o capaz de “pensar” esse

espaço e se perceber como parte integrante dele.

3-Encaminhamento metodológico.

Considerando os principais conceitos geográficos os conteúdos devem ser trabalhados

de forma crítica e dinâmica,interligando teoria,prática e realidade,analisando dessa forma

o conhecimento teorizado sobre a relação homem – natureza,homem –

homem,construindo o conhecimento e a compreensão do espaço geográfico.

4-Conteúdos estruturantes e básicos:

-Dimensão econômica do espaço geográfico.

-Dimensão política do espaço geográfico.

-Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

-Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

Conteúdos básicos 6º ANO

-Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

-Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

-A formação,localização,exploração e utilização dos recursos naturais.

-A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço

geográfico.

-As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista.

-A evolução demográfica,a distribuição espacial da produção e os indicadores

estatísticos.

-A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

-As diversas regionalizações do espaço geográfico.

Conteúdos básicos 7º ANO

-A formação,mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

-As diversa regionalizações do espaço brasileiro.

-As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

-A evolução demográfica da população,sua distribuição espacial e indicadores

estatísticos.

-Movimentos migratórios e suas motivações.

-O espaço rural e a modernização da agricultura.

-A formação,o crescimento das cidades,a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.

-A distribuição espacial das atividades produtivas,a (re)organização do espaço geográfico.

-A circulação de mão – de – obra ,das mercadorias e das informações.

Conteúdos básicos 8º ANO

-As diversas regionalizações do espaço geográfico.

-A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente

americano.

-A nova ordem mundial,os territórios supranacionais e o papel do estado.

-O comércio em suas implicações socioespaciais.

-A circulação da mão – de – obra,do capital,das mercadorias e das informações.

-A distribuição espacial das atividades produtivas,a (re)organização do espaço geográfico.

-As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

-O espaço rural e a modernização da agricultura.

- A evolução demográfica da população ,sua distribuição espacial e os indicadores

estatísticos.

-Os movimentos migratórios e suas motivações.

-As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

-Formação,localização,exploração e utilização dos recursos naturais.

Conteúdos básicos 9º ANO

-As diversas regionalizações do espaço geográfico.

-A nova ordem mundial,os territórios supranacionais e o papel do Estado.

-A revolução tecnocientifico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

-O comércio mundial e as implicações socioespaciais.

-A formação,mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

-A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores

estatísticos.

-As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

-Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

-A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a

(re)organização do espaço geográfico.

-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

-O espaço em rede:produção,transporte e comunicações na atual configuração territorial.

3- FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

Os conteúdos propostos têm como finalidade, estudos sobre o mundo em sua

diversidade, identificando e avaliando as ações humanas em sociedades diversas, a fim

de possibilitar uma participação propositiva e reativa nas questões socioambientais, na

perspectiva da formação de um ser humano integrado, compreendendo a espacialidade e

temporalidade dos fenômenos geográficos.

Os conhecimentos geográficos tornam-se significativos, na medida em que

contribuem para valorizar e respeitar a sociodiversidade, levando os educandos a se

reconhecer como parte integrante e formados da sociedade.

De acordo com as Diretrizes Curriculares, o objeto de estudo da Geografia é o

espaço geográfico onde é aplicada a metodologia histórico-crítico, onde é entendido como

o espaço produzido e apropriado pela sociedade.

“O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também

contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados

isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. No começo era a

natureza selvagem, formada por objetos naturais, que ao ongo da história vão sendo

substituídos por objetos técnicos, mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que

a natureza artificial tenda a funcionar como uma máquina “ (SANTOS, 1996, p. 51)

Para a geografia é relevante a construção de conceitos e a leitura política do

espaço foram marcados pelo olhar estatal sobre o espaço.

Os conceitos de paisagem, região e território, por exemplo, foram inicialmente

tratados pela chamada geografia tradicional, no final do século XIX e início do XX. Por sua

vez, o conceito de lugar ganhou destaque com a chamada geografia humanística, em

meados do século XX. Já os conceitos de sociedade e natureza perpassaram, de formas

diversas os quadros teóricos da Geografia. Em casa linha teórica, o enfoque foi distinto,

porém como par conceitual, eles compõem o pensamento e ultrapassam a condição de

conceitos básicos da Geografia, de modo que se tornam categoria de análise do espaço

geográfico.

Ao considerar que esses conceitos se constituíram e reconstituíram em

diferentes momentos históricos, em função das transformações sociais, políticas e

econômicas que definem e redefinem maneiras e ritmos de produzir o espaço e elaborar o

pensamento, é fundamental que se explicitem quais referenciais teóricos são adotados

nestas Diretrizes.

Segundo a DCEs, a Geografia histórico-crítica diz que o conceito de região já

era tomada para designar a relação entre uma determinada área e o poder político

administrativo exercido sobre ela, “nos tempos do Império Romano [região] era a

denominação utilizada para designar áreas que, ainda que dispusessem de uma

administração local, estavam subordinadas às regras gerais e hegemônicas das

magistraturas sediadas em Roma (GOMES, 2005, p. 50).

No início do século XX, o pensamento da escola francesa elaborou de forma

sistemática o conceito de região geográfica, que se diferenciava da idéia de região natural

e tornou-se, naquele momento, um conceito central para a geografia profundamente

vinculado ao conceito de paisagem.

Enquanto a região natural era compreendida como “uma parte da superfície da

Terra, dimensionada segundo escalas territoriais diversificadas, e caracterizadas pela

uniformidade resultando da combinação ou integração em área dos elementos da

natureza”, a região geográfica envolvia “uma paisagem e sua extensão territorial, onde se

entrelaçam de modo harmonioso componentes humanos e natureza” (CORRÊA, 1986, p.

23).

A região geográfica tornou-se o fundamento paradigmático da Geografia no

início do século XX porque, de certa forma, explicava a organização política territorial

mundial, ainda fortemente compartimentada, na qual cada Império colonial tinha poder

soberano e determinava os arranjos socioespaciais de seu próprio território e do território

de suas colônias.

As DCEs define o conceito de lugar desenvolvido pela vertente critica da

Geografia, porque por um lado é espaço onde o particular, o histórico, o cultural e a

identidade permanecem presentes, revelando especificidades, subjetividades e

racionalidades. Por outro lado, é no espaço local que as empresas negociam seus

interesses, definem onde querem se instalar ou de onde vão se retirar, o que afeta a

organização socioespacial do(s) lugar(es) envolvido(s) pela sua presença/ausência.

Alguns lugares se destacam economicamente por seus (conteúdos) objetos –

equipamentos e conhecimentos – e pelas ações que neles se realizam, como, por

exemplo, os centros financeiros das grandes cidades, as áreas de importante

concentração industrial ou os centros de pesquisa e desenvolvimento científico.

Outros lugares caracterizam-se por suas configurações sócioespeciais simples,

pouco atraentes para os interesses econômicos, por se situarem à margem das intensas

relações de produção e exploração. Entretanto, essa diferenciação entre os lugares como

espaços econômicos pode ser transitória, porque a qualquer momento outro lugar pode

oferecer ao capital atrativos maiores quanto a equipamentos, localização, recursos

naturais, humanos, etc.

Segundo as Diretrizes Curriculares o conceito de território de ser abordado a

partir das relações políticas que, nas mais variadas escalas, constituem territórios,

cartografados ou não, claramente delimitados ou não, desde os que se manifestam nos

espaços urbanos, como os territórios do tráfico, da prostituição ou da segregação

socioeconômica, até os regionais, internacionais e globais.

Por isso, diz-se que hoje, o conceito de território é fundamental para a análise

do espaço geográfico e a compreensão da relação entre o global e o local, da tensão que

existe entre a vontade dos interesses hegemônicos constituírem territórios globais

(desterritorializados para muitos sujeitos sociais que neles se movimentam), gerenciados,

por exemplo, pelo Banco Mundial e pelo FMI, e a vontade dos interesses locais, da

sociedade territorializada, estabelecida no lugar.

Em sala de aula, é importante abordar as diferentes territorialidades espaciais,

desde os micros até os macroterritórios. Analisar como as relações de poder

institucionalizadas ou não, exercidas por grupos, governos ou classes sociais,

espacializam-se. Como ocorrem as disputas territoriais em diferentes escalas que

interferem na (re)organização do espaço.

Ainda de acordo com a DCEs a geografia crítica como corrente teórica afirma

que a natureza é anterior e exterior ao homem, mas também o cosntitui. É, a um só

tempo, um dado externo à vontade humana, constituída da humanidade quando tomada

nas relações de produção (CAVALCANTI, 1998).

A interação entre sociedade e natureza ocorre por meio do trabalho, ação

humana, social e econômica que transforma a primeira natureza em segunda natureza,

objeto de uso ou de consumo, que vai circular socialmente. A natureza natural não é

considerada trabalho, mas a natureza artificial sim é fruto do processo de trabalho. Assim,

a paisagem de um lugar é a materialidade das intervenções humanas sobre a natureza.

Inicialmente, essa paisagem guardava as singularidades das relações Sociedade ⇔

Natureza, locais, mas atualmente, com a mundialização, as paisagens são compostas por

diferentes quantidades de técnica e artificialização produzidas e/ou importadas de outros

lugares (SANTOS, 1988).

Com relação as bases críticas da Geografia adotadas nestas Diretrizes,

entendem a sociedade em seus aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos e nas

relações que ela estabelece com a natureza para produção do espaço geográfico, bem

como no estudo de sua distribuição espacial.

A sociedade produz um intercâmbio com a natureza, de modo que a última se

transforma em função dos interesses da primeira. Ao mesmo tempo, a natureza não deixa

completamente de influenciar a sociedade, que produz seus espaços geográficos nas

mais diversas condições naturais. Os aspectos naturais são, inegavelmente,

componentes das paisagens e dos espaços geográficos, e na sociedade capitalista

contribuem com a distribuição espacial das diferentes classes sociais, uma vez que

interferem na determinação do preço dos solos urbano e rural.

Assim, as desigualdades, conflitos e contradições, próprias da sociedade

capitalista, materializam-se nas paisagens e podem ser reveladas sob uma análise crítica

dos espaços ocupados pelos diferentes segmentos sociais, culturais, étnicos que

compõem a sociedade.

É necessário ainda que o conceito de Sociedade continue associado aos

estudos demográficos e as estatísticas de diferentes tipos, como as econômicas,

importantes para as discussões políticas sobre o planejamento ambiental, rural, industrial

e urbano. Tais estudos permitem que sejam evidenciadas as contradições sociais – etnia,

religião, gênero, faixa etária, densidade demográfica, migrações, entre outros – existentes

numa mesma sociedade.

Com o objetivo de auxiliar e facilitar a compreensão dos conteúdos utiliza-se

recursos tecnológicos como:

• TV Escola;

• DVD;

• TV Paulo Freire;

• Internet;

• Retro-projetor;

• Palestras;

• Mapas;

• Vídeos;

• Livro Didático;

• Jornais;

• TV Multimídia

. Pendrive

5-Avaliação.

Sendo a avaliação parte do processo de ensino – aprendizagem não deve servir

apenas para acompanhar o desempenho do aluno mas também do professor,ela deve ser

continua e de maneira que não torture o aluno mas sim o ajude na percepção de suas

dificuldades e assim possa melhor agir sobre as mesmas.

REFERÊNCIA

- Both, L.J.R.G. O Quilombo como patrimônio cultural: uma proposta educativa. In.:

História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais.

Paraná. Secretaria de estado da Educação, Superintendência da Educação.

Departamento de Educação . Departamento de Educação Fundamental. Curitiba: SEED-

PR, 2006 – (Cadernos Temáticos).

KAERCHER, N. A. Quando a Geografia Crítica é um pastel de vento e nós, seus

professores, Midas. Disponível em : http://www.ub.es/geocrit/9porto/nestor.htm.

KAERCHER, N. A. Práticas geográficas para lerpensar o mundo, converentendersar

com o outro e entenderscobrir a si mesmo. In.: REGO, N.; CASTROGIOVANNI, A. C.;

KAERCHER, N. A. (orgs). Geografia: práticas pedagógicas para o ensino médio . Porto

Alegre: Artmed, 2007. p. 15-33.

KATUTA, A. M. Uso de mapas = alfabetização cartográfica e/ou leiturização

cartográfica? In.: Nuances: Revista do Curso de Pedagogia. Presidente Prudente.

Volume 03, n° 03, 1997. p. 41-46.

-SEED.Diretrizes curriculares de geografia,ensino fundamental – Secretaria de Estado de

Educação.

-SEED.Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná.Secretaria de Estado de

Educação.Departamento de Ensino de Primeiro grau.Curitiba,1990.

CIÊNCIAS

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O Ensino de Ciências Naturais na escola fundamental tem sido como objeto de

estudo “Fenômeno da Natureza” praticado de acordo com diferentes propostas

educacionais, que se sucedem ao longo das décadas como elaboração teórica e que, de

diversas maneiras, se expressam nas salas de aula.

Até a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, ministravam-se

aulas de Ciências Naturais apenas nas duas últimas séries do antigo curso ginasial.

Essa lei estendeu a obrigatoriedade do ensino da disciplina a todas as séries

ginasiais e a partir de 1971 com a Lei 5692, Ciências passou ater caráter obrigatório nas

oito séries do primeiro grau. Quando foi promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação em 1961 o cenário escolar era dominado pelo ensino tradicional. Aos

professores cabia a transmissão de conhecimento acumulados pela humanidade, por

meio de aulas expositivas, e aos alunos a reprodução de informações. No ambiente

escolar, o conhecimento científico era considerado um saber neutro, isento, e a verdade

científica, tida como inquestionável.

A partir dos anos 80, o ensino de ciências naturais se aproxima das Ciências

Humanas e Sociais reforçando a percepção da Ciência como construção humana e não

como “verdade natural”.

Historicamente, as reformas curriculares para o ensino de Ciências tiveram

como premissa principal a preparação científica dos jovens, de modo a permitir-lhes

prosseguimentos dos estudos nas universidades, e a formação de novos cientistas.

Estas reformas afirmavam a necessidade da educação científica dos cidadãos em série,

padronizando o ensino de Ciências.

Ao longo do tempo, outras reformas foram propostas inserindo novos métodos

e modelos para o ensino da disciplina. No entanto, as mudanças não evidenciaram uma

reforma curricular eficiente que tenha proporcionado marcos firmes e objetivos a serem

implementados pelo professor na prática pedagógica, que considerasse o próprio

processo de produção do conhecimento científico e as novas demandas curriculares

constantemente apresentadas.

Assim ao elaborar a proposta das Diretrizes Curriculares da Educação os

professores preocuparam-se com o que, como e o porquê ensinar Ciências a todos os

alunos no início deste novo milênio.

Ao propor as DCEs, para a disciplina de Ciências é preciso refletir a respeito da

vasta abrangência da Ciência, que perpassa todas as dimensões da existência humana

em nossa sociedade. Somos todos afetados pelas relações da ciências, com a cultura e

com os problemas éticos e filosóficos. A Ciência não só interfere como tem afetado nosso

modo de vier, pensar e agir. São incontestáveis os avanços da Ciência e da Tecnologia na

sociedade e o lugar que esta ocupa na vida e na cultura atual. Tudo isso acaba refletindo

no contexto escolar.

Esse processo explica a complexidade do ensino de Ciências que a cada

momento configura novas demandas para a disciplina. Esses novos saberes na escola

está condicionado a um conjunto de fatores que compõem a cultura escolar

(organização do tempo, espaço escolar, material didático-pedagógico, formação do

professor), entre outros. Estas condições evidenciam a impossibilidade de tratar todos os

conteúdos na escola, exigindo a definição de princípios, eixos norteadores, noções e

conceitos que favoreçam a instrumentalização dos alunos da contemporaneidade e do

processo de produção do conhecimento científico.

Dessa forma, a disciplina de Ciências não pode ser vista no aspecto relativo ao

conhecimento científico, mas sim como uma disciplina que possibilita espaços efetivos de

discussão e reflexão a respeito de uma identidade científica ética, cultural, enfim ma

disciplina que instrumentalize o aluno para compreender e interferir no mundo deforma

consciente.

O ensino de Ciências, na atualidade, tem como desafio de oportunizar a

todos os alunos, por meio dos conteúdos, noções e conceitos que propiciem uma leitura

crítica de fatos e fenômenos relacionados a vida, a diversidade cultural, social e da

produção científica. Nesta perspectiva, a disciplina de Ciências favorecerá a compreensão

das inter-relações e transformações manifestadas no meio (local, regional e global), bem

como instigará reflexões a respeito das tensões contemporâneas, como por exemplo, a

preservação do meio ambiente x necessidades oriundas da produção industrial, a ética x

produção científica.

Além dos princípios gerais do ensino fundamental estabeleceu também os

princípios da disciplina que orienta o ensino de Ciências na rede pública. São eles:

- A historicidade dos conhecimentos.

- A inter-relação entre os sujeitos do processo de ensino e aprendizagem, o objeto de

estudo da disciplina e o conhecimento.

- A intencionalidade da produção científica.

- A aplicabilidade das noções e conceitos científicos.

- A provisoriedade da produção científica.

Nas aulas da disciplina de Ciências os aspectos relacionados à Ciência, à

Tecnologia e a Sociedade serão abordados, concebendo a ciência como um processo

social, histórico e não dogmático: a Tecnologia como aplicação das diferentes formas de

conhecimento para atender as necessidades sociais e a sociedade como um meio, no

qual sujeitos podem perceber o poder e a influência que elas tem como cidadãos, com

enfoque a Cultura Afro-brasileira.

Temas Sociais e contemporâneos também serão desenvolvidos e terão a

finalidade de contribuir para o enriquecimento dos conteúdos da disciplina de Ciências.

2. OBJETIVOS GERAIS

- Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano em sociedade, como

agente de transformação do mundo em que vive em relação essencial com os demais

seres vivos e outros componentes do ambiente.

- Entender as transformações da matéria e energia, de questões ligadas ao corpo humano

e a saúde, de noções básicas de astronomia e dos recursos tecnológicos presentes na

vida atual, assim como o estabelecimento de relações entre conhecimento científico,

produção tecnológica e condições de vida no mundo de hoje.

- Respeitar os conhecimentos prévios dos alunos, como sua produção intelectual e

também como ponto de partida para o desenvolvimento do saber.

- Contribuir com a formação de cidadãos ativos e críticos, capazes de posicionar-se frente

as situações de seu tempo.

- Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos que

devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes.

- Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais e a partir de

elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e

atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar.

- Saber combinar leituras, observações, experimentações e registros para coleta,

comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e

informações.

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos que compõem o currículo da disciplina de Ciências foram

organizados de acordo com as Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino

Fundamental que tem como concepção de ciência; um processo de construção humana,

provisória, falível e intencional e dos conteúdos estruturantes: Corpo Humano e Saúde,

Ambiente, Matéria e Energia e Tecnologia, que se desdobram nos conteúdos específicos

da disciplina.

Esses conteúdos serão abordados de forma consistente, crítica, histórica,

considerando as relações entre a ciência a tecnologia e a sociedade estabelecendo

relações entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos dentre outros.

4. CONTEÚDO ESPECÍFICOS DE 6º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURAIS: CORPO HUMANO E SAÚDE, AMBIENTE, MATÉRIA E ENERGIA, TECNOLOGIA.

Inter-relações entre os seres vivos e o ambiente - Conhecimentos Físicos

- População: taxas, densidade demográfica e fatores que influenciam;

- Conhecimentos Químicos

- Comunidade: Transferência de matéria e energia (ciclos biogeoquímicos, teias e cadeias

alimentares);

- Fotossíntese: Importância do processo de produção e armazenamento de energia

química (glicose);

- Conhecimentos Biológicos

- Relações de interdependência;

- Seres vivos – Seres vivos;

- Seres vivos – Ambientes;

- Conceitos básicos;

- Biosfera – Ecossistema – Comunidade – População – Indivíduo;

- Hábitat e nicho ecológico;

- Divisões da Biosfera: biociclos terrestre, marinho e de água doce;

- Teias e cadeias alimentares: produtores e consumidores e decompositores;

- Alimentação e saúde: tipos e funções dos alimentos, nutrientes;

Água no Ecossistema - Conhecimentos Físicos

- Estados físicos da água;

- Forças de atração e repulsão entre as partículas da água;

- Pressão e temperatura;

- Densidade;

- Pressão exercida pelos líquidos;

- Empuxo;

- Água como recurso energético;

- Conhecimentos Químicos

- Composição da água;

- Potencial de hidrogênio (PH);

- Salinidade;

- Água como solvente universal;

- Pureza;

- Soluções e misturas heterogêneas;

- Conhecimento Biológicos

- Ciclo da água;

- Disponibilidade da água na natureza;

- Água e os seres vivos;

- Hábitat aquático;

- Contaminação da água: doenças – preservação e tratamento;

- Equilíbrio ecológico;

Ar no Ecossistema

- Conhecimento Físicos

- Existência do ar: Ausência do ar: vácuo;

- Aplicação do vácuo;

- Atmosfera: camadas;

- Propriedades: compressibilidade. Expansão, exercer pressão;

- Movimentos do ar: formação dos ventos, tipos de vento, brisa terrestre e marítima;

- Velocidade e direção dos ventos;

- Resistência do ar;

- Pressão atmosférica e umidade;

- Meteorologia e previsão do tempo;

- Eletricidade atmosférica;

- Ar como recurso energético;

- Tecnologia aeroespacial e aeronáutica;

- Força de atrito;

- Aerodinâmica;

- Deslocamento de veículos automotores;

- Velocidades;

- Segurança no trânsito: prevenção de acidentes;

- Conhecimentos Químicos

- Composição do ar;

- Oxigênio (O2) e Gás Carbônico (CO2) – fotossíntese, respiração e combustão;

- Ciclos biogeoquímicos;

- Outros elementos presentes no ar;

- Gases nobres: suas propriedades e aplicações;

- Conhecimentos Biológicos

- O ar e os seres vivos;

- Pressão atmosférica e a audição;

- Contaminação do ar: doenças causadas por bactérias e vírus

– prevenção e tratamento;

- Poluição do ar: agentes causadores;

- Causas e conseqüências: efeitos nocivos resultantes do contato com esses agentes;

- Medidas para diminuir a poluição do ar;

Solo no Ecossistema - Conhecimentos Físicos

- Tecnologia utilizada para preparar o solo para o cultivo;

- Conhecimentos Químicos

- Composição do solo;

- Tipos de solo: arenoso, argiloso, calcário e húmus;

- Agentes de transformação do solo: água, ar, seres vivos;

- Utilidades do solo;

- Adubação: orgânica e inorgânica (compostagem e fertilizantes);

- Correção do PH dos solos;

- Processos que contribuem para o empobrecimento do solo: queimadas, desmatamento

e poluição, dentre outros;

- Conhecimentos Biológicos

- Combate à erosão: tipos de erosão;

- Mata ciliar;

- Contaminação do solo: doenças – prevenção e tratamento;

- Condições para manter a fertilidade do solo: cursas de nível, faixas de retenção,

terraceamento, rotação de culturas, culturas associadas;

CONTEÚDOS ESTRUTURAIS: CORPO HUMANO E SAÚDE, AMBIENTE, MATÉRIA E ENERGIA, TECNOLOGIA.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DE 7º ANO Biodiversidade – Características básicas dos seres - Conhecimentos Físicos

- Temperatura;

- Calor;

- Diferenças entre os conceitos de calor e temperatura;

- Equilíbrio térmico;

- Transferência de calor;

- Transmissão de calor;

- Isolamento Térmico;

- Movimento e Locomoção;

- Conhecimento Químicos

- Metabolismo – Transformação da matéria e da energia fotossíntese;

- Respiração;

- Fermentação;

- Decomposição;

- Combustão;

- Conhecimentos Biológicos

- Características básicas que diferenciam os seres vivos dos não-vivos;

- Relações de interdependência: seres vivos-seres vivos;

- Seres vivos - ambiente;

- Adaptação e controle da temperatura corporal nos organismos;

- Interações da pele com o meio: proteção do organismo, regulação de água e

temperatura;

Níveis de organização dos seres vivos – Organização celular - Conhecimentos Físicos

- Unidade de medida;

- Equipamentos para observação e descrição de células: microscópio e lupas;

- Conhecimentos Químicos

- Unidades de medida;

- Conceitos básicos: colóides, osmose, difusão, substâncias orgânicas e inorgânicas;

- Conhecimentos Biológicos

- Aspectos morfo-fisiológicos básicos das células;

- Células animais e vegetais (membrana, parede celular, citoplasma e núcleo);

- Divisão celular: mitose (células somáticas) – câncer;

- Divisão celular: meiose (gametogênese) – anomalias cromossômicas;

- Aspectos morfo-fisiológicos básicos dos tecidos animais e vegetais;

- Conceitos básicos: biosfera – ecossistema – comunidade – população – indivíduo –

sistemas – órgãos – tecidos – células – organelas – moléculas – átomos.

Biodiversidade – Classificação e adaptações morfo-fisiológicas - Conhecimentos Físicos

- Capilaridade;

- Fototropismo;

- Geotropismo;

- Movimento e locomoção: referencial, impulso, velocidade, aceleração.

- Conhecimentos Químicos

- Osmose;

- Absorção;

- Fotossíntese;

- Respiração;

- Transpiração;

- Gutação;

- Fermentação;

- Decomposição;

- Hibridação;

- Conhecimentos Biológicos

- Modos de agrupar os seres vivos;

- Critérios de classificação;

- Cinco reinos dos seres vivos;

- Biosfera: adaptação dos seres vivos (animais e vegetais) nos ambientes terrestres e

aquáticos;

- Biotecnologia da utilização industrial de microorganismos e vegetais: indústria

farmacêutica, química e alimentícia (organismos geneticamente modificados) dentre

outras;

- Vegetais: raiz, caule, folha, flor, fruto e semente;

- Vegetais: reprodução e hereditariedade – polinização, fecundação, formação do fruto e

semente, disseminação;

- Animais: digestão (alimentação), respiração, circulação, excreção, locomoção,

coordenação, relação com o ambiente, reprodução e hereditariedade;

CONTEÚDOS ESTRUTURAIS: CORPO HUMANO E SAÚDE, AMBIENTE, MATÉRIA E ENERGIA, TECNOLOGIA.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DE 8º ANO Doenças, infecções, intoxicações e defesas do organismo - Conhecimentos Físicos

- Diagnósticos: exames clínicos por imagens;

- Tratamento: radioterapia;

- Intoxicação por agentes físicos: elementos radioativos, pilhas, baterias, dentre outros;

- Conhecimentos Químicos

- Imunização artificial: soros, vacinas, medicamentos;

- Diagnósticos: exames clínicos;

- Tratamento: quimioterapia;

- Intoxicação por agentes químicos: agrotóxicos, inseticidas e metais pesados, dentre

outros;

- Conhecimentos Biológicos

- Doenças causadas por animais: parasitose, zoonoses e verminoses;

- Doenças causadas por microrganismos: parasitoses, infecções bacterianas, viroses,

protozooses e micoses;

- Intoxicações causadas por plantas tóxicas;

- Diagnósticos: exames clínicos;

- Prevenção e tratamento: alopatia, homeopatia, fitoterapia, dentre outros;

- Efeitos da intoxicações causadas por agentes físicos e químicos no organismo;

- Sistema imunológico: imunidade, barreira mecânica, glóbulos brancos (fagocitose),

anticorpos;

Corpo Humano como um todo integrado - Conhecimentos Físicos

- Ação mecânica da digestão: mastigação, deglutição, movimento peristáticos;

- Transporte de nutrientes;

- Pressão arterial;

- Inspiração e Expiração;

- Tecnologia de reprodução in vitro, inseminação artificial;

- Tecnologias associadas ao diagnóstico e tratamento das DSTS - AIDS;

- Tecnologias envolvidas na manipulação genética: clonagem e células tronco;

- Tecnologias associadas ao aconselhamento genético como forma de prevenção à má

formação gênica;

- Tecnologia envolvida na doação de sangue e de órgãos;

- A luz e a visão;

- Propagação retilínea da luz e a formação de sombras: Reflexão da luz e as cores dos

objetos;

- Olho humano como instrumento óptico;

- Modelo físico do processo de visão;

- Espelhos, lentes e refração;

- Poluição visual;

- Propagação do som no ar;

- Velocidade do som;

- O som e a audição;

- A qualidade do som;

- Reflexos sonoros: eco, poluição sonora;

- Próteses que substituem parte e funções de alguns órgãos do corpo;

- Aparelho e instrumentos que o homem constrói para corrigir algumas deficiências dos

órgãos dos sentidos;

- Tecnologias utilizadas para diagnosticar problemas relacionados aos sistemas sensorial,

nervoso, endócrino, locomotor (esquelético e muscular), genital, digestivo, respiratório,

cardiovascular e urinário;

- Tecnologias que causam danos ao sistema nervoso central: radiação, metais pesados,

drogas, acidentes com armas de fogo, acidentes de trânsito, automedicação, dentre

outras;

- Correção de lesões ósseas e musculares: traumatismos, fraturas e lesões.

- Conhecimentos Químicos

- Nutrição: necessidades nutricionais, hábitos alimentares;

- Alimentos diet e light;

- Ação química da digestão: transformação dos alimentos;

- Aproveitamento dos nutrientes;

- Reações químicas;

- Equações químicas;

- Transformações energéticas;

- Eliminação de resíduos;

- Hemodiálise;

- Sabores, odores e texturas;

- Ácidos e bases: identificação, nomenclatura e aplicações;

- PH de diversos produtos e substâncias;

- Óxidos e sais;

- Substâncias tóxicas de uso industrial: soda cáustica, cal e ácido sulfúrico, dentre outro;

- Substâncias tóxicas de uso agrícola: agrotóxicos, fertilizantes e inseticidas, dentre

outras;

- Substãncias tóxicas de uso doméstico: detergentes, sabões, ceras, solventes, lustra-

móveis, tintas e colas, dentre outras;

- Composição química do álcool;

- Teor alcoólico das bebidas;

- Reações que ocorrem no sistema nervoso e no organismo com a liberação de

neuromônios, como por exemplo, a adrenalina;

- Conhecimentos Biológicos

- Sistema digestivo (digestão);

- Disjunção do sistema digestivo: prevenção;

- Aspectos preventivos da obesidade da anorexia e da bulimia, dentre outros;

- Sistemas cardiovasculares;

- Disfunções do sistema cardiovasculares: prevenção;

- Aspectos preventivos do Acidente Vascular Cerebral (AVC), do enfarte, da hipertensão e

da arteriosclerose, dentre outros;

- Sistema respiratório;

- Disfunções do sistema respiratório: prevenção;

- Aspectos preventivos do enfisema pulmonar, da asma e da bronquite, dentre outros;

- Sistema urinário;

- Disfunções do sistema urinário: prevenção;

- Aspectos preventivos da nefrite, da cistite e da infecção urinária, dentre outros;

- Sistema Genital feminino;

- Disfunções do sistema genital feminino: prevenção;

- Sistema Genital Masculino;

- Disfunções do sistema genital masculino: prevenção;

- Métodos anticoncepcionais – tipos, ação no organismo, eficácia, acesso, causas e

consequências do uso;

- Tecnologia de reprodução in vitro, inseminação artificial;

- Tecnologias associadas ao diagnóstico e tratamento das DSTS – AIDS;

- Manipulação genética: clonagem e células tronco;

- Aconselhamento genético como forma de prevenção à má formação gênica;

- Doação de sangue e órgãos;

- Reprodução – hereditariedade;

- Causas e conseqüências da gravidez precoce – prevenção;

- Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTS) – Síndrome da Imunodeficiência

Adquirida (AIDS): prevenção;

- Defesa do organismo;

- Sistema Sensorial: visão, audição, gustação, olfato e tato;

- Portadores de Necessidade Educacionais Especiais: deficiência congênita e adquirida

(causas, conseqüências e prevenção);

- Sistema nervoso: central, periférico e autônomo;

- Disfunções do sistema nervoso: prevenção;

- Efeitos das drogas (lícitas e ilícitas) no sistema nervoso;

- Prevenção ao uso de drogas;

- Sistema Endócrino;

- Glândulas: exócrinas, endócrinas e mistas;

- Disfunções do sistema endócrino: prevenção;

- Sistema esquelético;

- Disfunções do sistema esquelético: prevenção;

- Sistema Muscular;

- Disfunções do sistema muscular: prevenção.

CONTEÚDOS ESTRUTURAIS: CORPO HUMANO E SAÚDE, AMBIENTE, MATÉRIA E ENERGIA, TECNOLOGIA. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DE 9º ANO

Poluição e contaminação da água, do ar e do solo. - Conhecimentos Físicos

- Poluição térmica;

- Poluição sonora;

- Medidas contra a poluição – fontes alternativas de energia: energia eólica, hidrelétrica,

solar entre outras;

- Fenômenos: superaquecimento do planeta, efeito estufa, buraco na camada de ozônio

(alteração de temperatura e mudanças de estado físico da matéria).

- Conhecimentos Químicos

- Gases tóxicos, resíduos industriais, metais pesados, chuvas ácidas, elementos

radioativos, entre outros;

- Causa e conseqüências da poluição e contaminação da água, do ar e do solo: efeitos

nocivos nos seres vivos e no ambiente;

- Prevenção e tratamento dos efeitos nocivos resultantes do contato com agentes

químicos;

- Prevenção e recuperação de áreas degradadas por agentes químicos;

- Substâncias puras, mistas homogêneas e heterogêneas;

- Densidade das substâncias;

- Separação de misturas;

- Fase química do tratamento da água;

- Fenômenos: superaquecimento do planeta, efeito estufa, buraco na camada de ozônio e

poluentes responsáveis;

- Conhecimentos Biológicos

- Equilíbrio e conservação da natureza: fauna, flora, ar, água e solo;

- Agentes causadores da contaminação e poluição da água, do ar e do solo;

- Agentes causadores e transmissores de doenças;

- Prevenção e tratamento das doenças relacionadas à poluição e contaminação do ar, da

água e do solo;

- Saneamento básico: estações de tratamento da água (ETA), de esgoto (ETE) e do lixo

(aterros sanitários, reaproveitamento e reciclagem do lixo);

- Doenças relacionadas à falta de saneamento básico e prevenção;

- Biodigestor;

- Fenômenos: superaquecidos do planeta, efeito estufa, buraco na camada de ozônio e

seus efeitos nocivos aos seres vivos e ao ambiente.

Transformações da matéria e da energia

- Conhecimento Físico

- Energia: condutores – tipos, fontes, aplicações, transformações, segurança e prevenção;

- Eletricidade: condutores – fontes, aplicações, transformações, segurança e prevenção;

- Magnetismo: imãs;

- Bússola;

- Conhecimentos Químicos

- Fotossíntese;

- Fermentação;

- Respiração;

- Decomposição;

- Combustão;

- Conhecimentos Biológicos

- Energia na célula: produção, transferência, fontes, armazenamento, utilização;

- Nutrientes: tipos e funções;

Astronomia e Astronáutica - Conhecimentos Físicos

- Sol: Fonte de luz e calor;

- Radiação;

- Instrumentos construídos para estudar os astros: astrolábio, lunetas, telescópio,

satélites, foguetes, estações espaciais, radiotelescópio;

- Planeta Terra: movimento de rotação (dias e noites) e movimento de translação (estação

do ano);

- Inclinação do eixo da terra em relação ao plano da órbita;

- Força gravitacional;

- Medidas de tempo – instrumentos construídos pelo ser humano para marcar os dias no

tempo e no espaço: relógio de sol, ampulhetas, relógios analógicos, digitais e calendários;

- Desenvolvimento da astronáutica e suas aplicações;

- Telecomunicações: satélites, internet, ondas, fibras óptica, dentre outras;

- Exploração aerofotogramétrica (monitoramento por imagens de satélites);

- Utilização dos satélites na meteorologia;

- Investigação do espaço sideral por meio do foguete, sondas espaciais, ônibus espacial e

estação espacial;

- Estrelas: constelações e orientação;

- Sistema solar: posição da Terra e dos demais planetas;

- Conhecimentos Químicos

- Sol: composição química;

- Sistema solar: composição da Terra;

- Conhecimentos Biológicos

- Planeta Terra: Biosfera;

- Sol: produção de vitamina D;

- Movimentos da terra e suas conseqüências – ritmos biológicos;

- A lua como satélite natural da terra;

- Influências sobre a biosfera, marés;

- Diagnóstico, tratamento e prevenção dos efeitos das radiações do sol sob o corpo

humano: queimaduras, insolação e câncer de pele;

- P ser humano no espaço: astronautas;

- Relações de adaptação do homem às viagens espaciais;

- Sol: fonte de luz e energia;

- Fotossíntese: processo e armazenamento de energia;

- Estrutura da Terra – atmosfera, litosfera e hidrosfera;

Segurança do Trânsito - Conhecimentos Físicos

- Movimento, deslocamento, trajetória e referencial;

- Velocidade, velocidade média e aceleração;

- Distância;

- Tempo;

- Inércia;

- Resistência do ar;

- Força de atrito, Aerodinâmica, Equipamento de segurança nos meios de transporte;

- A relação entre força, massa e aceleração;

- Máquina simples;

- Conhecimentos Químicos

- Teor alcoólico das bebidas e suas conseqüências no trânsito;

- Conhecimentos Biológicos

- Acidentes de trânsito relacionados ao uso de drogas (álcool) – causas e conseqüências;

- Tempo de reação e reflexo comparado entre um organismo que não ingeriu drogas

(álcool) e um embriagado;

- Efeitos do álcool e outras drogas no organismo;

- Prevenção de acidente.

5. METODOLOGIA E RECURSOS

Ao longo do ensino fundamental, o ensino de Ciências, tem o objetivo de

instrumentalizar o educando para compreender a interação existente entre o mundo físico

e social, coordenar informações, posicionar-se diante delas e construir seus

conhecimentos. O ensino de Ciências, desta forma deve possibilitar ao sujeito a:

Capacidade de entender a realidade, de situar-se no mundo participativo de forma ativa

na sociedade, ser capaz de compreender criticamente uma notícia, de ler um texto

científico, de entender e avaliar questões de ordem social e política.

Ao considerar a concepção e os princípios de Ciências (a inter-relação, a

intencionalidade, a aplicabilidade e a provisoriedade), julga-se necessário a

implementação de atividades que possibilitem uma participação do aluno enquanto sujeito

ativo que colabora progressivamente na construção do seu conhecimento.

As aulas práticas podem ser desenvolvidas de acordo com os recursos

disponíveis, inclusive envolvendo materiais alternativos, desde que os conceitos a serem

trabalhados não sejam simplificados de forma extrema e que os recursos alternativos

garantam a interpretação de fatos e conceitos, tendo como principal referência os

princípios da disciplina (inter-relação, intencionalidade, aplicabilidade e provisoriedade).

As atividades experimentais podem ser realizadas na sala de aula, por

demonstração, em vistas, saídas de campo e por outras modalidades, com objetivo de

permitir a apropriação de noções e conceitos e de suscitar a reflexão sobre o objeto

estudado, o fenômeno envolvido e, ainda, sobre a conjuntura em que este se insere.

As aulas práticas não esgotam as possibilidades de tratamento dos conteúdos,

na medida em que configuram uma das várias estratégias metodológicas com caráter de

ilustração, concretização e reflexão dos conteúdos da disciplina de Ciências. Qualquer

que seja a atividade a ser desenvolvida, deve-se ter clara a necessidade de períodos pré

e pós atividade (vinculando teoria e prática) visando à construção das noções e conceitos.

É papel do professor criar oportunidades de contato direto de seus alunos com

fenômenos naturais e artefatos tecnológicos, em atividade de observação e

experimentação, nas quais, fatos e idéias interagem para resolver questões

problematizadoras estudando suas relações e suas transformações, impostas ou não pelo

ser humano.

Como apoio nas aulas de Ciências pode ser utilizado alguns recursos, como:

ler textos científicos, experimentar e observar, fazer resumos, esquematizar idéias, ler

matérias jornalísticas, valorizar a vida, respeitar os colegas e o espaço físico. Assim, o

conhecimento científico, que também é construção humana, podem auxiliar os alunos a

compreenderem sua realidade global ou regional.

O professor pode oferecer oportunidades de contato com ambientes reais,

através de visita, excursão que permitam ao estudante obter informações do meio

ambiente para elaboração/reelaboração de suas idéias e atitudes, para o

desenvolvimento de autonomia com relação à obtenção do conhecimento.

Serão, utilizados, portal Dia-a-Dia Educação, Projeto Educação com Ciência.

Terão jogos colegiais, Educação de campo. Educação Fiscal, Agenda 21, para

informações que envolvem seu cotidiano em seu enriquecimento.

É necessário construir instrumentos que permitam a aquisição de

conhecimentos do aluno como a utilização de vídeo, DVD, retro-projetor, microscópio,

termômetro, planetário, episcópio spinlight, torso, esqueleto, Atlas, Internet, e outros

materiais.

6. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO

A avaliação é um elemento do processo ensino aprendizagem que deve ser

considerado em direta associação com os demais, informando ao professor o que foi

aprendido pelo estudante; informando ao estudante quais são seus avanços dificuldades

e possibilidades; encaminhando o professor para a reflexão sobre a eficácia de sua

prática educativa e, desse modo orientando o ajuste de sua intervenção pedagógica para

que o estudante aprenda. Possibilitando também a equipe escolar definir

prioridades em suas ações educativas.

Longe de ser apenas um momento final do processo de ensino, a avaliação se

inicia quando os estudantes põem em jogo seus conhecimentos prévios e continua a se

evidenciar durante toda a situação escolar. Assim, o que constitui a avaliação ao final de

um período de trabalho é o resultado tanto de um acompanhamento contínuo e

sistemático pelo professor como de momentos de formalização, ou seja, a demonstração

de que as metas de formação de cada etapa foram alcançadas.

Ao avaliar o professor utiliza-se de todos os instrumentos possíveis que

permitem verificar as diferentes aprendizagens quais sejam:

- Atividades de observação;

- Registro;

- Entrevistas;

- Experimentos;

- Pesquisas;

- Avaliação paralela de estudos.

A recuperação no processo ensino-aprendizagem tem como finalidade

reintegrar o aluno no processo de aprendizagem, abrindo espaços para que o mesmo

possa repensar o conteúdo, descobrir seus próprios erros e construir o conhecimento.

REFERÊNCIAS

- ANDREOLLI, Francisco – Ciências Ed. Brasil S/A

- BAGLIOLI, Osmar, GONÇALVES, Jane T. Santos, KUCERA, Lia, MACHADO, Lise,

Ciências, Ed. Módulo.

- BARROS, Carlos, Ciências, Ed Ática.

- Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Secretaria Estadual de

Educação, Superintendência da Educação.

- Coleção Educação Ambiente

- CRUZ, Daniel. Ciências, Ed. Ática.

- Ensinar e Aprender 1,2,3, MARCONDES, Ayrton C., SARIEGO, José Carlos, Ciências,

Ed. Scipione.

- FARIAS, Romildo P., Visão para o universo, Ed Ática.

- GOWDAK, Demétrio, MATTOS, Neide S. de, FRANÇA, Valmir de, Ciências, Ed FTD.

- LAGO/ E.N.S. Ciências. O homem , IBEP.

- MACHADO, Lise – Ciências Ed. Módulo.

- OLIVEIRA, Emanuel C., Ciências e Vida, Ed. IBEP.

- Portal Dia-a-Dia Educação.(www.diaadiaeducaçao.pr.gov.br)

- REVISTA, Super Interessante.

- SONCINI, Maria Izabel, lório. Ensinar e Aprender. Ciências. CENPEC.

- VALLE, Cecília, Ciências. Ed. Positivo.

ARTE

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

No Ensino Fundamental a proposta de Arte, consiste em analisar seu papel na

formação da percepção e da sensibilidade do aluno através do trabalho criador, da

apropriação do conhecimento artístico e do contato com a produção cultural existente;

como também colher significação da arte no processo de humanização do homem, visto

que, como ser criador, pode transformar a natureza através do trabalho, produzindo

assim, novas maneiras de se sentir; e, concomitante, exercitando sua cidadania cultural

com qualidade vinculado com os temas transversais: solidariedade humana, meio

ambiente, saúde, trabalho e consumo, pluralidade cultura.

O conjunto de conteúdos está articulado dentro do processo de ensino e

aprendizagem (domínio do conhecimento artístico e estético) e explicitado por intermédio

de ações em três eixos norteadores: produzir, apreciar e contextualizar.

Em artes visuais o aluno deverá ser capaz de: expressar, construir, reconhecer

e diferenciar variedades de materiais, representando idéias, emoções, sensações por

meio de articulação poética pessoais, desenvolvendo trabalhos individuais e grupais;

identificar a diversidade de inter-relações de elementos da linguagem visual que se

encontram em múltiplas realidades (vitrines, cenário, roupas, adereços, objetos

domésticos, movimentos corporais, meios de comunicação); perceber e analisá-los

criticamente.

2. Objetivos gerais

- Pesquisar, explorar, improvisar, compor e interpretar sons de diversas naturezas e

procedências, desenvolvendo a autoconfiança, senso estético crítico, concentração;

capacidade de análise e síntese; trabalho em equipe com diálogo, respeito e cooperação;

utilizar a voz como meio de expressão; fazer uso de formas de registros convencionais ou

não.

- Conhecer e distinguir momentos da História do Teatro, os aspectos estéticos

predominantes, a tradição dos estilos, e a presença dessa tradição na produção teatral

contemporânea; entender e reconhecer a relação palco e platéia.

- Apreciar, experimentar, investigar e utilizar diferentes estímulos de improvisações à

composição coreográfica e observação; e também conhecer, reconhecer e valorizar as

diferentes manifestações de danças étnicas (folclóricas e populares).

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Técnicas para uso do lápis de cor

- Traçado de margem

- Letras tipo bastão

- O Ponto

- A Linha; Forma; Volume: Proporção

- Histórias em quadrinhos; elementos da história em quadrinhos

- Estudo da Cor; cor luz; cor pigmento

- Decomposição da Luz Branca; Disco de Newton

- Círculo cromático

- Cores primárias e cores secundárias

- Cores quentes e cores frias

- Monocromia e policromia

- Cores complementares e análogas

- Cores neutras

- Matriz, saturação e brilho no estudo da cor

- Composição básica das tintas: pigmento, aglutinante ou veículo

- Luz e sombra

- Sombra própria e sombra projetada

- Simetria e Assimetria

- Perspectiva crônica e paralela (traçado PF e LH)

- Desenho de Observação, Memorização, Geométrico, Abstrato, De Computador,

Projetivo, de Criação (Livre e Dirigido)

- Textura própria e gráfica

- Rachaduras e pontilhismo no desenho

- Gravura e suas modalidades

- Mosaico

- Ilustração de textos

- Importância da ilustração de textos

- As diferentes modalidades de ilustração de textos

- Dicas para uma boa ilustração

- Grafite

- Design e Publicidade

- Logotipo e Slogan

- Caricatura

- Charge e Cartum

- Definição de Mural e Painel

- A importância do mundo virtual no mundo moderno

- Sinais e símbolos

- Símbolos nacionais e sinalização

- O símbolo na arte

- Evolução da escrita

- Alfabeto surdo-mudo

- Linguagem do corpo

- História da Arte: Pontilhismo, Fauvismo, Op-Arte, Arte Barroca e Rococó no Brasil

- História da maquiagem

- Folclore Brasileiro: festas, danças folguedos, lendas, arte e artesanato

- Brincadeiras folclóricas

- O mundo de Monteiro Lobato

- Literatura de Cordel

- Classificação dos sons - naturais e culturais

- Classificação da voz humana – uso correto da voz

- Música Popular Brasileira – compositores e intérpretes

- Instrumentos Musicais – classificação

- Histórico da dança

- A dança na educação

- Estudos étnicos de dança (folclóricas e populares)

- História do Teatro

- Jogos teatrais

- Expressão Corporal

- Dramatização

4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Criar conjuntos de situações e oportunidades que proporcionem ao aluno

vivências que o levem à realização de determinados (ou indeterminados) aprendizados

através de: exercícios que permitam diferenciar vários tipos de arte; explicação do

conteúdo teórico; aplicação de várias técnicas para execução do trabalho artístico, tais

como: pintura, colagem, desenho, gravura, fotografia, painel, dramatização, encenação,

etc.; exercícios de fixação e percepção; pesquisas em revistas, jornais, televisão e/ou

Internet; análises de reproduções e seleção de composição; exposição dos trabalhos;

visita à exposição de artistas da cidade e região; auxílio de vídeo, como complementação

e subsídio para criação; propor debates sobre conteúdos dentro da contextualização.

5. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO

Avaliação através da comparação do aluno, consigo próprio, e que se baseia

na convicção de que cada indivíduo tem capacidade de desenvolver os conhecimentos de

base que poderão ser sempre alargados. E em alguns momentos, avaliar o esforço que o

aluno fez para representar os conteúdos ministrados, seja na forma de linguagem ou nas

ações revelando suas possibilidades de interpretação através de produções artísticas, tais

como: pintura, colagens, desenhos, pesquisas, testes objetivos, argüição oral,

dramatizações, provas, e outras atividades que por ventura se fizerem necessárias no

decorrer do curso.

REFERÊNCIAS - CANTELLE, Bruna R. – Arte e Linguagem Visual. Coleção Horizonte, Ed. IBEP. Ano –

2001. Vol. 1 e 2

- CARVALHO, André e QUINTELLA, Ary – Arte: coleção pergunte ao José. Ed.

Lê. Ano – 1995.

- FLEITAS, Ornaldo. Arte e Comunicação. Ed. FTD. 1ª Ed. – 1993. Vol. A, B, C, e D.

- HADDAD, Denise e MORBIN, Dulce G.. A Arte de fazer Arte. Ed. Saraiva, 1ª Ed., Ano –

1999. Vol. 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries.

- Apostila de Música – Seminário de Educação Artística. Umuarama – 1997.

- Internet site UOL, MetaMiner.

- Diretriizes de artes.

EDUCAÇÃO FÌSICA

EDUCAÇÃO FÍSICA Fundamentação Teórica A educação física no Brasil passou por diversos períodos que, por sua vez,

possuíam diversas concepções relacionadas à função da própria educação física, da

necessidade, da maneira de trabalhar e ver o corpo. As tendências podem ser

reconhecidas e divididas em:

Educação Física Higienista (1889-1930) – Propunha uma ênfase na saúde,

cabendo no papel da educação física a formação de indivíduos fortes, saudáveis e

propensos à aderência a atividades boas em detrimento de maus hábitos. Tinha por

finalidade: “[...] proporcionar aos alunos o desenvolvimento harmonioso do corpo e do espírito, formando o homem física e moralmente sadio alegre e resoluto”. (MARINHO, 1953, p. 177.) Educação Física Militarista (1930-1945) – De forte influência dos militares, foi decretado no país o “Regulamento n. 7”, tornando de caráter oficial a utilização do “Método do Exército Francês”. Tinha por objetivo o “desenvolvimento harmônico do corpo. Desenvolvimento da personalidade. Aperfeiçoamento da destreza. Emprego da força e espírito de solidariedade”. (MAZZEI & TEIXEIRA, 1967, v. IV, p. 143) Educação Física Pedagogicista (1945-1964) – Com uma visão que pode ser traçada ao liberalismo, a vertente pedagogicista propunha a educação física como um meio de formação do indivíduo. “A educação física, acima das “querelas políticas”, é capaz de cumprir o velho anseio da educação liberal: formar o cidadão.” (GHIRALDELLI JÚNIOR, 1989, p.29) Educação Física Competitivista (1964-1985) – Marcada pelo forte apelo aos

esportes de competição oficiais, por um “culto do atleta-herói”, essa visão foi a

predominante no regime militar. Foi o período que houve o maior investimento na

educação física como um todo. O professor deveria preparar esses futuros atletas.

“Quer-se dar ao professor de educação física a convicção de que ele, por força da

profissão é condutor de jovens, um líder e não pode aceitar ser conduzido por minorias

ativas que intimidam, que ameaçam e, às vezes, conseguem, pelo constrangimento,

conduzir a maioria acomodada, pacífica e ordeira.” (FERREIRA, 969 apud GHIRALDELLI

JÚNIOR, 1989, p.31)

Educação Física Popular (1985-) – Movimento de cunho ideológico que pretende

udar o paradigma da educação física, saindo do competitivismo para uma visão

em direção a “[...] ludicidade, a solidariedade e a organização e mobilização dos

trabalhadores na tarefa de construção de uma sociedade efetivamente democrática”.

(GHIRALDELLI JÚNIOR, 1989, p.34). Outro exemplo que mostra o viés ideológico é o do

Coletivo de Autores que fala que “[...] o aluno sistematiza o conhecimento sobre os

saltos e os conceitos que explicam o conteúdo e a estrutura do objeto salto, desde as

leis físicas e características no nível cinésio/fisiológico, até às explicações político-

filosóficas da existência de modelos de salto”. (COLETIVO DE AUTORES, 1993, p.65)

Propomos uma Educação Física articulada ao Projeto Político Pedagógico da

escola com o objetivo a formação crítica do aluno aliada a Cultura Corporal de forma

histórica, social, política, econômica e cultural, sem preocupações com aptidão física,

performance esportiva, etc.

Ao longo da história a Educação de Jovens e Adultos a principio esteve centrada

nos processos de alfabetização e mais recentemente nas outras modalidades de ensino.

No final do século XIX através de aprovações de projetos de leis a educação de

adultos tonava-se obrigatória, em prol de interesses eleitorais já que o voto do analfabeto

era impedido. Em 1925 surgiu o ensino no noturno para jovens e adultos para atender um

movimento contra o analfabetismo precedido pela classe dominante.

Até a década de 60 as ofertas de ensino de Jovens e Adultos eram exclusivamente

do ensino primário e a partir desta data estendeu-se ao ginasial. Porém com o golpe

militar o governo criuo o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral). Possuir um perfil

centralizador e doutrinário este processo não teve muito sucesso, já que dos 40 milhões

de pessoas que frequentaram o mobral apenas 10% foram alfabetizadas.

A lei n°5692/71 apresentou um capítulo para a educação de jovens e adultos

denominado ensino supletivo ao qual ofertava cursos seriados e os exames com

certificação. Seguia-se uma proposta curricular do ensino regular de forma simplificada.

Tinha como objetivo atender aqueles que precisasse comprovar a escolaridade no

trabalho para os analfabetos, contudo tornou-se ensino permanente.

Em 1985 o governo federal criou a Fundação Educar, restinguindo o mobral. O

estado do Paraná criou o Centro de Estudo Supletivo, hoje conhecidos como Seebejas,

postos avançados do Seebejas (PAC).

Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da educação a EJA passou a ser

uma modalidade da educação básica de forma própria no ensino fundamental e médio.

No ano de 2000 foram criadas as Diretrizes Curriculares Nacionais de Jovens e Adultos,

assim esta modalidade de ensino deve fazer parte de uma formação equivalente às oito

séries do ensino fundamental com materiais didáticos e técnicas pedagógicas adequadas,

centrado em uma pedagogia que privilegie o acesso, a permanecia e o exito educacional

dos alunos.

A Educação de Jovens a Adultos deve permitir que os alunos estudem em tempos

não padronizados respeitando seu próprio ritmo na apropriação do conhecimento, levando

em consideração que o aluno é também um trabalhador, objetivando um compromisso

com a formação humana e acesso à cultura geral, despertando sua consciência critica,

tornando-se sujeitos ativos, críticos, criativos e democráticos.

Quanto ao perfil dos alunos jovens e adultos o professor deve conhecer sua

história cultura e costumes levando em consideração levando-se em conta todas as

diversidades existentes, na elaboração do seu currículo escolar, além de respeitar o

tempo de aprendizagem de cada aluno, usando de uma flexibilidade de conteúdos e

métodos se for o caso, em um atendimento a um aluno com necessidades educacionais

especiais por exemplo.

Assim o compromisso dar-se-a com o acesso, a permanência e o exito do aluno no

espaço escolar.

A Educação física no Brasil teve seus primeiros registros embasados em teorias

europeias, centrado em conhecimentos médicos e militares cujo principal objetivo era o

desenvolvimento da saúde e formação moral dos brasileiros, visando aprimorar

capacidades e habilidades físicas, da disciplina e do respeito aos dominantes da pátria.

Somava-se ainda a estes conceitos ideais para a formação de corpos fortes e preparados

para defender o Brasil.

Assim no início do século XX, a Educação Física tornou-se obrigatória nas escolas

para crianças a partir de 6 anos de idade, com utilização de métodos militaristas e

ginástico Frances.

Com a popularização do esporte na década de XXX a Educação Física passou a

trabalhar este conteúdo com o objetivo de promover a política nacionalista. Nas aulas de

Educação Física pautava exclusivamente o rendimento, a competição, comparação de

recordes, disciplina rígida e o uso de técnicas especificas, almejando formar atletas,

consolidando o país como uma potencia olímpica.

Neste mesmo período em que a Educação Física escolar teve caráter esportivo

surgia uma forte corrente pedagógica como psicomotricidade que tinha em seus aspectos

teóricos metodológicos contrários ao da esportivização, valorizando a formação integral

do aluno. Mesmo assim o esporte continuou a ser tratado como meio de educação e

disciplina dos corpos e a Educação Física ainda assumiu um papel como disciplina

colaboradora a outras disciplinas.

Somente com o fim do período da ditadura militar a Educação Física assumiu uma

nova roupagem embasadas em correntes progressistas como a Desenvolvimentista e

Construtivista e mais tarde embasadas em tendencias Crítico-superadora. A tendencia

Crítico-superadora baseia-se na pedagogia da cultura corporal.

No início da década de 90 teve início a elaboração do Currículo Básico do Estado

do Paraná, documento voltado para as demandas sociais e históricas da educação

brasileira, preocupado com a formação de alunos críticos e transformadores. Inseria-se

então ideais pautados na pedagogia histórico-crítica, onde o aluno tomasse consciência

sobre seus próprios corpos em relação ao meio social em que vivem e não em um sentido

biológico ou anatômico. Contudo o documento do currículo básico permaneceu

privilegiando aspectos desenvolvimentista, construtivista e psicomotora, fugindo

totalmente dos pressupostos da pedagogia histórico-crítica.

Mesmo com todos estes documentos que priorizavam mudanças na Educação

Física escolar, esta ainda se manteve em seus aspectos tradicionais visando aptidões

físicas, aspectos psicomotores e prática esportiva.

Com a apresentação dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física,

documento que passou a subsidiar a disciplina logo após a aprovação da Lei de Diretrizes

e Bases da Educação Nacional em 1996. Contudo os Parâmetros apresentavam em seu

referencial um currículo mínimo, além de conter elementos da pedagogia construtivista e

na relação de saúde e aptidão física, representando propostas incoerentes. Atualmente,

com a elaboração das Diretrizes Curriculares da Educação Física no Estado do Paraná

busca-se garantir ao aluno o conhecimento produzido historicamente, tendo na cultura

corporal acesso ao conhecimento crítico das inúmeras práticas corporais sendo elas

históricas, políticas, sociais e culturais.

Objetivo Geral

Conduzir o aluno a reflexão crítica das diversas manifestações e práticas corporais,

contribuindo para a formação de um ser humano crítico e reflexivo, agente transformador

histórico, político, social e cultura.

Conteúdos Estruturantes e Básicos

Conteúdos para 6º ANO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Esportes Individual e coletivo Jogos e Brincadeiras Populares

Brincadeiras e cantigas de roda Jogos de Tabuleiro Jogos cooperativos

Ginástica Rítmica Circense Geral

Lutas Capoeira Dança Folclóricas, de rua e criativas Conteúdos para 7º ANO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Esportes Individual

Coletivo Jogos e Brincadeiras Populares

Brincadeiras e cantigas de roda Jogos de Tabuleiro Jogos cooperativos

Ginástica Rítmica Circense Geral

Lutas Capoeira Dança Folclóricas, de rua e criativas e circulares Conteúdos para 8º ANO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Esportes Coletivo

Radicais Jogos e Brincadeiras Populares

Jogos de Tabuleiro Jogos cooperativos Organização de festivais e gincanas

Ginástica Rítmica Circense Geral

Lutas Capoeira Organização da roda de capoeira

Dança Criativas e circulares Conteúdo 9º ANO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Esportes Coletivo

Radicais Jogos e Brincadeiras Populares

Jogos de Tabuleiro

Jogos cooperativos Organização de festivais e gincanas Jogos dramáticos(mimicas)

Ginástica Rítmica Geral

Lutas Capoeira Organização da roda de capoeira

Dança Criativas e circulares Conteúdo Ensino Médio Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Esportes Coletivo

Individual Radicais

Jogos e Brincadeiras Jogos Dramáticos Jogos de Tabuleiro Jogos cooperativos Organização de festivais e gincanas

Ginástica Condicionamento Físico Geral

Lutas Capoeira Organização da roda de capoeira

Dança Folclóricas, salão e de rua Encaminhamento Metodológicos Embasado na cultura Corporal onde o conhecimento é transmitido e discutido com

o aluno, numa relação com as práxis, levando em consideração a cultura local e

conhecimento que o aluno traz da sua realidade.

Fica proposto uma metodologia na educação da EJA considerando os três eixos

articuladores: cultura, trabalho e tempo.

A cultura embasará a ação pedagógica e deverá estar extremamente relacionada

com conhecimento e currículo levando em consideração ao propor uma ação pedagógica

a diversidade cultura existente, tornando-a mais próxima da realidade dos nossos alunos.

O trabalho deve ser compreendido como fator essencial da vida do educando da

EJA, afinal e através dele que surge melhorias na qualidade de vida destes alunos, assim

a importância de se promover discussões e reflexões sobre a função do trabalhos com a

produção de saberes.

O terceiro eixo, o tempo significa que a escola deva valorizar os diferentes tempos

necessários a aprendizagem do aluno, principalmente o tempo pedagógico. Assim o

tempo escolar passa a adaptar-se ao tempo pedagógico de cada aluno, de foram

equilibrada.

Com relação a lei 11.645/08 da cultura indigena será proposto uma pesquisa sobre

danças indigenas dentro do conteúdo danças folclóricas ao qual os alunos irão reproduzir

aquilo que pesquisaram.

Para a lei 9795/99 relativa ao meio ambiente será proposto a construção de

brinquedos com materiais reciclaveis como garrafas petis, latas entre outros.

E a lei 10.639/03 da história de cultura afro-brasileira e africana será proposto uma

palestra com mestre de capoeira da comunidade ao qual explicará a origem desta luta e

realizará junto com os alunos movimentos práticos da mesma. Esta atividade, se dará no

conteúdo lutas.

Avaliação

A Avaliação vista como um processo contínuo, permanente e cumulativo, deve

estar em total sintonia com o Projeto Político Pedagógico da escola, vinculados com os

objetivos e metodologia.

Deve ser dada prioridade ao comprometimento e envolvimento do aluno à atividade

proposta, se houve assimilação dos conteúdos, se consegue resolver problemas de forma

criativa, respeitando a si mesmo e aos seus colegas. As provas e trabalhos escritos são

utilizados como avaliação dentro de uma ação pedagógica.

Referências

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do tensino da Educação Física. São Paulo:

Cortez, 1992.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed., São Paulo: Cortez, 1995.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica

– Educação Física. Curitiba: SEED, 2008.

GHIRALDELLI JÚNIOR, P. Educação Física Progressista. 2. ed. São Paulo: Loyola,

1989.

MARINHO, I. P. História da Educação Física e dos Desportos no Brasil. 1. ed. Rio de

Janeiro: Imprensa Nacional, 1953.

MAZZEI, J.; TEIXEIRA, M. Coleção C.E.R. 05 Volumes. 1. ed. São Paulo: Fulgor, 1967.

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS

1- Apresentação Geral da Disciplina

Atualmente, a língua inglesa, como disciplina, é muito importante para nossos

alunos, pois dá acesso à ciência e à tecnologia moderna, à comunicação intelectual, ao

mundo de negócios e a outros modos de se conceber a vida humana.

O ensino de Língua Estrangeira Moderna deve proporcionar ao aluno uma

aprendizagem diferenciada, através da flexibilidade e adaptação curricular, planejamento

específico e atendimento especializado, visando à preservação da dignidade,

fortalecimento da identidade social e o exercício da cidadania de cada um dos envolvidos

no processo ensino / aprendizagem.

A LEM (inglês) representa, para o aluno, a possibilidade de transformá-lo em

cidadão ligado à comunicação global, ao mesmo tempo em que pode compreender com

maior clareza seu vínculo como cidadão em seu espaço social mais imediato,

possibilitando o acesso à cultura geral para que esses sujeitos tenham condições de

participar política e produtivamente das relações sociais, de forma ética e comprometida

politicamente com seu tempo.

O ensino de uma língua estrangeira moderna deve ser voltado para a

comunicação que se realiza, pela linguagem, nas práticas existentes nos diversos grupos

sociais situados históricos e socialmente.

2- Objetivos Gerais da Disciplina

Os objetivos pelos quais os conteúdos foram selecionados foram com a finalidade

de:

- praticar um ensino de língua estrangeira voltada não somente à teoria gramatical, mas

ao conhecimento e prática efetiva do falar, ler e escrever.

Dessa forma, esse conhecimento e prática ocorrerão de maneira crescente e

contínua, de acordo com o grau de complexidade de cada turma.

A oralidade, a leitura e a escrita devem ser trabalhadas juntas, tendo os conteúdos

propostos adaptados ao nível lingüístico à turma, tornando-se detalhadas a medida dos

avanços conquistados ao longo do período estudado.

3- Conteúdos Estruturantes

- Discurso como prática social

CONTEÚDOS BÁSICOS

- Para o trabalhos das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise lingüística, serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos como:

-Carta Pessoal

- Relatório

- Cartão Postal

- Sinopses de filme

- Convites

- Letras de música

- Currículo Vitae

- Textos

Autobiografia

- Narrativas

- Histórias em quadrinhos

Debate

- Resumo

- Palestra

- Vídeo VIP

- Pesquisas

- Músicas

- Cartazes

- Exposição Oral

- E-mail

- Filmes

- Bulas

- Manual Técnico

4- CONTEÚDOS ESPECÍFICOS Quanto as oralidades serão trabalhados os seguintes pontos:

- Conteúdos temáticos;

- Informatividade;

- Marcas lingüísticas;

- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrita.

Leitura:

- Finalidade do texto;

- Tema do texto;

- Intertextualidade;

- Temporalidade;

- Léxico.

Escrita:

- Discurso direto e indireto;

- Tema do texto;

- Informatividade;

- Elementos composicionais do gênero

5- Metodologia

O trabalho de LEM em sala de aula precisa partir do entendimento do papel

das línguas na sociedade, com mais do que meros instrumentos de acesso à informação.

O texto apresenta-se como um espaço para a discussão de temáticas

fundamentais para o desenvolvimento intercultural, manifestados por um pensar e agir

crítico, por uma prática cidadã imbuída de respeito às diferentes culturas, crenças e

valores. O texto, nesta proposta, apresenta-se como principio gerador de unidades

temáticas e de desenvolvimento das práticas lingüístico-discursivas.

O trabalho com a gramática, portanto, estabelece-se como importante na

medida em que permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas

apresentadas.

Na medida em que os alunos sujeitos reconheçam que os textos são

representações da realidade e que tais representações são construções sociais, eles

terão maior oportunidade de assumir uma posição mais critica em relação a tais textos.

Eles poderão rejeitá-los ou construí-los à partir de seus universos de sentidos, os quais

lhe atribuem coerência através da negociação de significados. Na LEM, é necessário um

trabalho mais elaborado com o texto, para que, ao menos, o aluno saiba enfrentar uma

situação de leitura com sucesso, sabendo reconhecer, por exemplo, a informação

essencial de um artigo curto de jornal, de uma publicidade, de uma pagina de instrução de

um produto importante, etc.

6- Avaliação

A condição necessária para que a avaliação da aprendizagem assuma seu

verdadeiro papel. É que ela deixe se ser utilizada como um recurso de autoridade, que

decida sobre os destinos do educando e assuma o papel de auxiliar o crescimento,

deixando de ser punida e de controle e passe a ser um instrumento facilitador na busca

de orientações e intervenções pedagógicas, uma avaliação basicamente processual.

A avaliação será contínua, somativa e diagnostica. Para tanto será utilizado

como instrumentos de avaliação a produção e a participação dos alunos em seus

relatórios ou pesquisas, podendo ser individualmente ou em dupla, uma vez que a

avaliação em dupla permite a socialização do conhecimento.

· PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO PARALELA

Cabe ao professor fazer um levantamento das dificuldades e duvidas que

prejudicaram o aprendizado do aluno; valendo-se de técnicas diferenciadas para facilitar

seu entendimento; fazer nova abordagem sobre os conteúdos estudados; realizar

atividades em situações novas para recuperar o aluno que demonstrar defasagem na

aprendizagem dos conteúdos ministrados.

Referências

Diretrizes Curriculares de Inglês para Ensino Fundamental – Secretaria de Estado da

Educação – Superintendência da Educação, 2006.

PARANÁ ELT PROJECT. Relatório dos seminários do Currículo. Disponível em:

http://www.seed.pr.gov.br/elt/_ Acesso em 07/01/2004.

SILVEIRA, Maria I. M. Línguas Estrangeiras: uma visão histórica das abordagens,

métodos e técnicas de ensino. Maceió: Edições Cata vento, 1999.

NICHOLLS, Susan Mary. Aspectos Pedagógicos e Metodológicos do Ensino de Inglês.

Maceió: EDUFAL, 2001.

KRAMER, Sônia. Linguagem e Tradução: Um diálogo Walter Benjamim e Mikhail Bakhtin.

Diálogos com Bakhtin. Curitiba: Editora UFPR, 2001.

LEFFA, Vilson J.O.O ensino do Inglês no Futuro: da dicotomia para a convergência. In:

STEVENS. Cristina Maria Teixeira: Maria Jandira Cavalcanti. Caminhos e Colheita: Ensino

e Pesquisas na Área de Inglês no Brasil. Brasília: Editora UNB, 2003, p.225- 250.