icsc48 - criação e manejo de primatas não humanos e cães

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Universidade Federal da Bahia Instituto de Ciências da Saúde ICSC48 Bioterismo e Modelos Animais Criação e Manejo de Primatas Não-Humanos e Cães 12:45 1

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Universidade Federal da BahiaInstituto de Ciências da Saúde

ICSC48 Bioterismo e Modelos Animais

Criação e Manejo de Primatas

Não-Humanos e Cães

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INTRODUÇÃO

• Controvérsias referentes à classificação dos primatas não-humanos

• 128 espécies

• 77 do Velho Mundo (Ásia e África)

• infra-ordem Catarhini (kata = inferior; rhini = nariz)

• Posição das aberturas nasais

• 51 do Novo Mundo (América)

• Platyrrhini (platy = largo, rhini = nariz)

• vivem exclusivamente no continente americano

• exclusivamente arborícolas

Macaco rhesus (Macaca mulatta) exemplar do Velho Mundo

Mico-de-cheiro (Saimiri sciureus) exemplar do Novo Mundo

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NUTRIÇÃO

• Macaco não come só banana!!!

• Nutrição adequada dos primatas envolve aproximadamente 50 nutrientes essenciais

• Palatabilidade complexa

• Dominância social e acesso à comida e à água.

• Na natureza, grande variedade de alimentos!

• Alimentos de origem animal e vegetal (frutas, folhas, ovos de pássaros e invertebrados)

• Difícil mensuração das proporções dietéticas

• Impossível determinar a quantidade ‘normal’ ingerida de fibra, proteína, cálcio, vitamina A e outros nutrientes

• Rações comerciais + complementos12:45 5

REPRODUÇÃO• Estudos de campo são bastante úteis

• Monogâmicos, poligâmicos e promíscuos

• Velho Mundo - puberdade identificada com início da menstruação e aumento do diâmetro testicular/espermatogênese

• Fenômeno sex skin - alterações morfológicas externas em machos e fêmeas

• Vermelhidão cutânea ao redor da linha pubiana até debaixo da cauda

• Inchaços translúcidos / caráter cianótico

• Novo mundo - aumento do peso corporal

• Acasalamento sazonal (fotoperíodo, temperatura, umidade e disponibilidade de alimento)12:45 6

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SISTEMAS DE CRIAÇÃOSEMINATURAL

• Áreas abertas cercadas (ilhas naturais ou artificiais)

• Sem quebra do meio ambiente e com provisão de alimentos e água

• Atende à grande demanda de primatas usados em pesquisa

• Baixo custo de manutenção e oportunidade de desenvolvimento de estudos comportamentais

• Desvantagens:

• custo inicial elevado

• Distância das áreas urbanas é grande

• Entrosamento social entre os animais

• Dificuldade de se fazer registros reprodutivos da colônia

• Dificuldade de observação individuais12:45 8

CRIAÇÃO EM GRUPO

• Animais poligâmicos - gaiolas coletivas

• Ambiente interno ou externo

• Múltiplos machos ou apenas um reprodutor (1: 3 a 12 fêmeas)

• Higienização e a alimentação são facilitadas

• Difícil realizar um eficiente controle de acasalamentos

• Harmonia social comprometida

CRIAÇÃO INDIVIDUAL

• Fêmeas são alojadas em gaiolas individuais ou em pequenos grupos separadas dos machos

• Dispendioso

• Registros acurados de reprodução e de tempo de gestação

• Realização de exames

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Espécimes do gênero Hylobates (Gibões)

Espécime do gênero Pan (Chimpanzé)

• Os animais que pesam acima de 50 kg devem ser alojados emgaiolas estacionárias, de alvenaria.

Espécime do gênero Pongo (Orangotango)

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Enriquecimento e controle ambiental

• Série de medidas conforme a espécie

• Reprodução das condições fisiológicas e patológicas ocorrentes em humanos

• Proporcionar bem-estar ao animal (obrigação em todos os centros de criação)

• Menos estresse, mais qualidade nos resultados

• Estratégias para quebrar a rotina

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Contenção animal

• Manejo acompanhado de muita precaução!

• Apresentam muita força

• Reações imprevisíveis

• Puçá e túnel com uma gaiola de contenção em sua extremidade

• Contenção física e química (ketamina)

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Exame periódico do animal

• A colônia freqüentemente deve ser observada por técnicos

• Alteração de comportamento e surgimento de sintomas anormais

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Recomendações sobre o uso de primatas

• Cinco critérios básicos devem ser seguidos:

1. Usados em pesquisa apenas quando não é possível obter os mesmos resultados experimentais em outras espécies

2. Espécie selecionada deve ser considerada ideal para a elaboração da pesquisa

3. % possível capaz de garantir resultados confiáveis

4. Não serão sacrificados no curso ou no fim do experimento, a menos que esse procedimento faça parte da pesquisa

5. Caso o sacrifício seja necessário, este deve ser feito com um encadeamento de ações - aproveitamento da carcaça para outros estudos

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Primatologia na FiocruzMacaco Rhesus (Macaca mulata)

• Contribuições: vacinas contra raiva e poliomielite, descoberta do fator Rh e desenvolvimento de drogas contra HIV/ AIDS

• Estudos de Leishmaniose, febre amarela, Campylobacter

Macacos Cynomolgus (Macaca fasciculares)

• Mesma família dos macacos rhesus

• Estudos sobre tuberculose, hepatite A, Trypanosoma cruzi e Campylobacter

Macacos-de-cheiro (Saimiri sp. e ustus)

• modelos para malária (OMS), Campylobacter12:45 15

Cães na pesquisa científica

• Todos os cães pertencem a espécie Canis familiaris

• Raça mais utilizada é o beagle

• Em razão de seu porte médio (10 kg-25 kg)

• temperamento dócil e padronização racial.

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Espaço físico para cães de laboratório

• boxes individuais ou duplos

• área compatível com o tamanho dos animais

• Beagle - área mínima deve ser de 4,5 m2

• altura suficiente para que pesquisadores fiquem de pé

• paredes devem ser lisas, impermeáveis, de fácil higienização

• boxes com áreas coberta e descoberta

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Algumas informações

• Cuidados com estresse...

• Alimentação balanceada...

• Aclimatação dos tratadores...

• Contenção física

• Contenção por coleira-laço e/ou mordaça

• Contenção química (sedativos)

• Vacinações, vermifugações...

• Enriquecimento ambiental: socialização com humanos12:45 18

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