O ICE - Instituto de Cidadania Empresarial é uma organização social que opera projetos de desenvol-vimento comunitário e de mobilização e sensibiliza-ção empresarial para: • Promover o desenvolvimento local sustentável e solidário; • Reduzir as desigualdades sociais nos locais em que atua; • Promover e estimular a articulação entre diversos setores da sociedade; • Estimular a prática socialmente responsável das empresas; • Fortalecer o relacionamento das empresas com a comunidade; • Desenvolver e disseminar metodologias sociais de impacto, com foco em desenvolvimento comunitá-rio e juventude

O Projeto Casulo tem a missão de contribuir para a me-lhoria da qualidade de vida da população do Real Par-que e Jardim Panorama, por meio de um processo de desenvolvimento comunitário que prioriza o jovem como agente estratégico de transformação social. É uma inicia-tiva do ICE, em parceria com a Prefeitura de São Paulo e vinte empresas, fundações e institutos. O Projeto Casu-lo tem como eixos de atuação a cultura, a educação, a ação comunitária e o empreendedorismo. Cerca de 300 adolescentes e jovens, com idade entre 10 e 24 anos e em situação de vulnerabilidade social, participam regu-larmente e de forma gratuita das seguintes atividades: Oficinas Culturais - Percussão, Teatro, Danças Brasileiras, Desenho, História em Quadrinhos - Leitura e Produção de textos, Oficina de Informática, Biblioteca Comunitá-ria, Programa de Formação de Jovens Professores, Ofi-cina de Informática, Biblioteca Comunitária, Aulas de Inglês, Ponto de Cultura, Programa Diversidades, Quali-ficação Profissional e Agente Jovem/Observatório Social. O Casulo também trabalha em conjunto com as orga-nizações de base comunitária locais, visando o fortale-cimento da capacidade de ação local e o aumento do capital social.

ICE Projeto Casulo

O Agente Jovem é uma parceria entre, o Governo Federal (Mi-nistério do Desenvolvimento Social), a Prefeitura do Município de São Paulo (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social) e Instituições Sociais, visando o desenvolvimento pessoal, social e comunitário de jovens entre 15 e 17 anos, por meio de ações sócio educativas. As atividades devem proporcionar aos jo-vens experiências práticas e o desenvolvimento do protagonismo juvenil, fortalecendo os vínculos familiares e comunitários e pos-sibilitando a compreensão sobre o mundo contemporâneo com especial ênfase nos aspectos da educação e do trabalho.

Ações Sócio educativas

A ação sócio educativa, intencional e planejada, traduz-se a partir de um conjunto de atividades que visam propiciar aos jovens o reconhecimento e o desenvolvimento de suas habilidades, formas de expressão, trajetória pessoal e ex-pectativas. São atividades que buscam fortalecer o convívio no grupo e na comunidade, com oportunidades e ações para o reconhecimento de direitos e responsabilidades e o desenvolvimento de capacidades para o enfrentamento das condições de vida. São ações que promovem o for-talecimento de laços de pertencimento e a construção de projetos pessoais e sociais. O Projeto Agente Jovem baseia-se na metodologia de ca-pacitação teórico-prática, com duração de doze meses.

Agente Jovem de Desenvolvimento Social e Humano

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Agente Jovem de Desenvolvimento Social e Humano Agente Jovem/Observatório - CASULO

O Agente jovem/Observatório tem o intuito de formar jovens pesquisadores que possam olhar para suas comunidades, fazer perguntas e propor ações de intervenção visando à transformação e à melhoria da qualidade de vida. Capacitar os adolescentes para que produzam um olhar diferenciado sobre sua própria realidade - um olhar crítico-investigativo que promova a inquietação em relação aos problemas e demandas da comunidade e que também fomente ações de intervenção.

As oficinas pedagógicas abrodam temas relativos ao cotidiano dos jovens e de interesse público, tais como: Problemas e Riquezas da comunidade - Desigualdade e injustiça - Cidadania - Trabalho e educação - Política - Mídia - Intervenção social. São realizadas pesquisas na comunidade e na escola incentivando os jovens a produzir e ler criticamente informações.

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Adonias Santos de Albuquerque,15 anos, nasceu em Recife, está cursando a 8ºsérie do ensino funda-mental. Mora na comunidade do Real Parque há 4 anos e gosta de tocar diversos tipos de instrumentos. Seu sonho é ser um Músico.

Aline Matias de Andrade,16 anos, nasceu em São Paulo, está cursando o 2º grau do ensi-no médio. Mora na comunidade do Real Parque desde que nasceu, gosta de conversar e passear com os amigos. Seu sonho é ser Vete-rinária.

Alexandre Maurício silva dos Santos,17 anos, nasceu em São Paulo está cursando o 1ºAno do ensino médio. Mora na comunidade do Real Parque há 16 anos, gosta de desenhar. Seu sonho é ser um grande desenhista ou um organizador de eventos.

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Jovens ObservadoresAnderson Neves de Oliveira,16 anos, nasceu em São Paulo, mora na comunidade há 15 anos. Gosta de seus companheiros do grupo e das dinâmicas. Seu maior sonho é ser bombeiro.

Bruna Silva dos Santos,16 anos nasceu em São Paulo, mora na comunidade desde que nas-ceu. Gosta de jogar futebol e seu sonho é ser advogada.

Cristiane Silva Rodrigues,17 anos, nasceu em São Paulo, mora no Real Parque há 17 anos. Seu sonho é cursar uma faculdade de Administração de Empresas e gosta de namorar.

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Cíntia Maria Pereira,17 anos, nasceu em São Paulo, mora no Jardim Panorama há 17 anos. Gosta de estar com seu namorado e seu sonho é cursar uma Faculdade de Pediatria.

Diogo Oliveira da Silva,16 anos, nasceu em São Paulo, mora na comunidade do Real Parque há 8 meses. Gosta muito de passear e seu sonho é ser independen-te.

Ana Paula Oliveira Martins.16 anos, nasceu em São Paulo, mora no Real Parque há 9 anos. Gosta de ficar com os amigos e seu sonho é ser uma grande atriz.

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Jovens ObservadoresIvolnaldo Pedro de Lima,16 anos, mora no Real Parque há 15 anos. Gosta muito de desenhar e seu sonho é acabar com o crime nas ruas.

Josiane Silva Rodrigues,15 anos, nasceu em São Paulo, mora na comunidade há 15 anos. Gosta de estar na companhia de seu amigos e também das ativida-des do Agente Jovem. Seu sonho é ter um trabalho e ser indepen-dente.

Jéferson Alan da Silva,15 anos, nasceu em Pernambuco, não sabe há quanto tempo mora na comunidade do Real Parque. Gosta muito de jogar futebol e não descobriu qual é o seu sonho para o futuro.

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Jéssica Silva,15 anos, mora no Panorama desde que nasceu. Gosta de desenhar e seu sonho é ter um emprego.

Maria Amanda Santos,17 anos, nasceu na Paraíba, mora na comunidade do Real Parque há 6 anos. Gosta de sair com seus amigos e das atividades do Agen-te Jovem. Seu sonho é ter um trabalho e ser independente.

Pauliana Pereira,15 anos, mora na comunidade do Panorama há 5 meses. Gosta de estudar e também dos debates do Agente Jovem. Seu sonho é cursar uma faculdade de Administração.

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Jovens ObservadoresRayllane de Oliveira Martins,15 anos, nasceu no Maranhão e mora na comunidade do Real Par-que há 6 anos. Gosta de ler e das atividades propostas no Agente Jovem. Seu sonho é fazer Administração.

Priscila Pereira Nascimento,17 anos, nasceu em Rondonia, mora na comunidade do Jardim Pa-norama há 16 anos. Gosta de dançar e ler romance.

Tauhan Leme Ferreira,16 anos, nasceu em São Paulo, mora na comunidade há 6 anos Gosta de jogar futebol e seu sonho é ser jogador.

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Tais Maria Gomes,16 anos, nasceu em Alagoas, mora na comunidade há 7 anos. Gos-ta de lugares novos e pessoas novas. Seu sonho é conhecer oRio de Janeiro, os Lençóis Maranhenses e Alagoas.

Valério Pereira Filho,16 anos, nasceu em Minas Gerais, mora no Jardim Panorama há 16 anos. Gosta das dinâmicas, filmes e documentários propostos no Agente Jovem, do grupo e do Projeto Casulo. Seu sonho é ser jogador de futebol.

Wellington de Morais,17 anos, nasceu em Minas Gerais, mora na comunidade do Real Parque há 10 anos. Gosta de dialogar com os amigos, trabalhar em grupo e das saídas culturais propostas pelo Agente Jovem. Seu sonho é fazer faculdade de arquitetura e artes plásticas.

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Jovens ObservadoresGivanilda Lourdes Torres,18 anos, nasceu em Pernambuco, mora na comunidade do Real Par-que há 2 anos. Descendente da tribo Pankararu, gosta de se divertir e ouvir música.

Tiago dos Reis,15 anos, nasceu em São Paulo, mora na comunidade do Real Par-que há 15 anos. Gosta de jogar bola e seu sonho é ser jogador de futebol.

Izabela Cristina Campos16 anos, mora no Real Parque há 5 anos. Gosta de dar risadas com os amigos e seu sonho é ser uma pessoa bem sucedida na vida.

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Cicera Fernanda Chaves, 16 anos, nasceu no Ceará, mora na comunidade há 12 anos. Seu sonho é ter muito sucesso na vida.

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Cristiane Ribeiro da Luz,

15 anos nasceu em São Paulo,mora no Real Parque há 15 anos, gosta de ficar com seu namorado, seu sonho é casar.

Felipe Santos Santana,16 anos, mora na comunidade há 4 anos, nasceu na Bahia, gosta de ler livros filosóficos, seu sonho é fazer a diferença no mundo.

Jovens ObservadoresGuilerme da Silva Ramos,16 anos, Mora no Real Parque há 4anos, gosta de jogar futebol, seu sonho é ser um jogador de futebol.

Renato Santos da Silva,16 anos, mora no Real Parque há 14 anos, nasceu em Pernambucogosta de ouvir música, seu sonho é comprar uma casa para os pais.

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As Oficinas Pedagógicas -Nossos Encontros-

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O grupo

As Oficinas Pedagógicas -Nossos Encontros-

Fortalecer a idéia de que os jovens constituem um gru-po que irá trabalhar conjuntamente ao longo do ano, ressaltando a importância de se pertencer a diferentes grupos – família, escola, comunidade, grupo de ami-gos, Agente Jovem/Observatório.

Fala Galera

“Logo no começo era muito difícil escutar, falar na hora certa, decidir as coisas no grupo, ou seja, conviver com as pessoas que não conhecíamos”. Aline

“Foi muito difícil, pois só queríamos ficar fazendo as atividades com quem conhecíamos melhor, mas a Dia-na foi dividindo os grupos e assim pudemos conhecer melhor os outros.” Kitti e Cris

“Nós percebemos que devemos nos comunicar melhor, quando fizemos a dinâmica ‘desfazendo nós’. Percebe-mos que precisávamos do apoio do grupo para desfa-zer aquele ‘Nó humano’”. Aline, Ivonaldo, Tauhan e Diogo

“O grupo do Agente Jovem é muito alegre e divertido...então chegaram as pesquisas, os trabalhos em grupo, as dinâmicas que além de serem divertidas são sérias e interativas. Aprendi a trabalhar em grupo e a me comu-nicar com os amigos no dia a dia” Anderson

“Nesses 11 meses aprendi muitas coisas e dividi com todos muita emoção...o legal foram as amizades que fiz...eu co-nheci várias pessoas durante a formação, mas nunca vou esquecer daqueles que saíram do curso. Nem tudo que a Diana ensinou eu me lembro, mas o que aprendi nunca vou esquecer...as festas que organizamos, os filmes que assisti-mos, os aniversários da turma, foi tudo maravilhoso. Adorei quando saíamos à campo para fazer pesquisas...era muito legal abordar pessoas que não conhecíamos para fazer as perguntas do questionário” Felipe

“O que eu gostei nesses 11 meses do Agente Jovem foram as dinâmicas, os trabalhos em grupo e as discussões. Porque estou falando isso? É porque só com as discussões eu pude mudar o jeito de me expressar nas palavras e no comporta-mento...aprendi a ter bastante calma, respeito e trabalhar em grupo, coisas que não eram do meu costume. O Agente Jo-vem é como uma história sem fim, porque quando você pensa que acabou, algum trabalho ou alguma conversa mostra que sempre tem alguma coisa para aprender”. Wellingtom

“Entrei no Agente Jovem quase no final, espero continuar no próximo ano.Já me tornei uma pessoa mais pensativa e mais comunicativa.” Pauliana

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Compreender que as diferenças e características individuais devem ser valorizadas e desenvolvidas e que não podem ser vistas como desigualdades que desqualificam e inferiorizam os outros. As diferenças culturais, sociais, étnicas, religiosas, de gênero, as características de cada um e de cada povo, são a maior riqueza da humanidade.

Fala Galera

“As aulas estão sendo mais dinâmicas e isto faz uma dife-rença no grupo. As orientações estão sendo interessantes, o material que a Diana e o Alê trouxeram está ajudando bas-tante.” Ana Paula

“Aprendi a refletir sobre as questões comunitárias. O grupo está participando mais. No inicio havia muita timidez. As pa-nelinhas estão acabando e a troca está sendo maior”. Re-nato

Conviver com as diferencas As Oficinas Pedagógicas “Nossos Encontros”

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Essas oficinas têm o objetivo de abordar a constituição dos direitos civis, políticos e sociais, garantidos pelas legislações, de maneira que os jovens possam conhecer, respeitar, valorizar, utilizar e reivindicar a efetivação desses direitos para todos.a

Fala Galera

“Fizemos a brincadeira da areia movediça com papéis colados no chão e marcados com números. Tinha a ver com errar e ajudar os outros a acertar. Teve também uma dinâmica chamada Índice de Desenvolvimento de Cidadania - eram 10 questões, cada uma citava um fato ou uma situação em que teríamos que nos posicionar e discutir no grupo. Era para saber se estavamos conhecendo e aprendendo melhor sobre nossos direitos e responsabilidades”. Amanda e Tiago

Tratamos da formação do Brasil, baseada na Obra “O Povo Brasileiro” de Darcy Ribeiro. Temas: a migração do povo nordestino, a história da industrialização, urbanização, crescimento da metrópole, identidade nacional e diversidades regionais e desigualdades econônicas.

Fala Galera

“Assistimos a um documentário que fala sobre a origem do nosso povo, sobre a mistura de raças, culturas, etnias e religiões. Assistimos a esse documentário quando estávamos falando do tema cultura, tratava-se dos indígenas, crioulos, caipiras e caboclos. Esses povos influenciaram a nossa religião, a nossa culinária, a nossa linguagem, o nosso cotidiano e em muitas outras coisas” Bruna, China, Diogo e Taís

A Formacão do povo brasileiroAs

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Essas oficinas tinham como objetivo compreender a política pelo lado positivo e emancipador revelando seu potencial de transformação melhoria da qualidade de vida de todos. E apresentar os três Poderes instituídos na sociedade brasileira: Executivo, Legislativo e Judiciário.

Fala Galera

“Fiquei impressionada com as informações sobre a época da ditadura no Brasil...espantada com as torturas que apareceram no filme Zuzu Angel. Analisamos as letras de duas músicas de Chico Buarque: Apesar de você e Acorda Amor”. Cicera

Essas oficinas procuraram trabalhar o conceito de ética com os jovens a partir de ações no nosso cotidiano, desenvolvendo discussões sobre valores, tomada de decisões, concepções de justo e injusto. Compartilhando a idéia de que nossos valores e concepções são expressões de nossa história, cultura e educação.

Fala Galera

“Usei muitos conteúdos que aprendi no Agente Jovem na escola, como por exemplo, ética e cidadania... adorei organizar e participar do dia das crianças, pensei que ia ser chato, fiquei super cansada mais adorei essa experiência” Jéssica

Políticalítica

Ética – Dilema Moral As Oficinas Pedagógicas “Nossos Encontros”

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Para esse tema procuramos refletir sobre o trabalho como instituição emancipadora e criativa, ao mesmo tempo como atividade alienante e estafante. Discutimos sobre as dificuldades do novo mundo do trabalho, entendendo-o para muito além da noção de ganhar dinheiro para a sobrevivência e também sobre a relação entre trabalho e acesso à riqueza.

Fala Galera

“Analisamos algumas figuras com diversos tipos de trabalho como trabalho escravo, ambulante, trabalho em mutirão, cons-trução civil, trabalho doméstico e artístico. Discutimos um pouco sobre as figuras e passamos para a próxima etapa, onde interpretamos um poema de Vinícius de Moraes - Operário em Construção.” Bruna e Tais

“Também conversamos sobre trabalho alienado, formal e informal. Observamos uma figura onde havia um prédio de luxo e uma favela. Nem sempre os trabalhadores usufruem do que constroem e produzem. Assistimos também a um documen-tário sobre o sonho de trabalhadores rurais chamado “Sonho de Rose”. Alexandre e Taís

Esses encontros buscavam conhecer melhor os direitos da criança e do adolescente, assim como o Conselho Tutelar e CMDCA. Foram discutidas formas de atuação na sociedade para garantir de fato os direitos das crianças e adolecentes e como colocar o estatuto em prática. Abordarmos também o trabalho infantil no Brasil.

Fala Galera “O Agente Jovem me fez refletir muito sobre o mundo, sobre minha vida e a do próximo. Me fez ver que sonhos podem se tornar realidade, independente da classe social, raça e etnia. Também me fez perceber que somos capazes e temos nossos direitos e responsabilidades. Aprendi a conviver com as diferenças, a ser feliz com a vida que tenho e de correr atrás dos meus objetivos. Manter os pés firmes e não perder a fé e a esperança”. Bruna

“Assistimos o documentário Crianças Invisíveis e depois tivemos um bate-papo com o representante do Conselho Tutelar Silvio dos Santos”. Tiago e Rayllane

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Direitos e Responsabilidades

Nessas oficinas, analisaramos os tipos de mídias mais comuns e identificamos suas características, exercitando a leitura critica das mensagens veiculadas, analisando-as, comparando-as, lendo nas entrelinhas e percebendo as diferentes intenções de quem

Fala Galera “Fizemos a dinâmica do telefone sem fio. Ouvimos uma frase e íamos passando para as outras pessoas. Ao chegar à última pessoa a frase não era a mesma, estava toda confusa e embaralhada, tinha até palavras que não era da frase. Fizemos discussões sobre as informações que chegam todos os dias aos nossos ouvidos”. Cristiane

Nesses encontros foram discutidos questões relacionadas ao consumismo, como, um dos sérios problemas das sociedades modernas. Identificamos os diferentes tipos de consumidores que conhecemos, além de tratarmos do consumo inteligente como um ato de cidadania.

Fala Galera “Discutimos as diferenças entre consumo e consumismo em seguida conversamos sobre o consumo alienado, inteligente e o solidário”. Aline“Falamos também de um documentário que assistimos (Maçãs Podres) sobre empresas corruptas, trabalhadores ilegais, mão-de-obra barata e contrabando de produtos. Teve também uma dinâmica onde tínhamos que inventar um produto, sua impor-tância para o consumidor e criar uma propaganda, e ai falamos da importância do consumo não alienado”. Alexandre e Bruna.“Fizemos uma oficina lúdica quando estávamos estudando sobre o tema Consumo. O objetivo era que pudéssemos brincar e aprender com nossa imaginação inventando um produto novo que não existe no mercado. Inventamos o nome, utilidade, preço, importância e até um slogan para o produto. Teve um grupo que inventou um produto impossível chamado água em pó

“Depois de assistir vários documentários e filmes sobre o papel da mídia os jovens começaram a falar que vão assistir TV, ler jornal, ouvir rádio, sempre se perguntando: porque eles estão passando isso? O que terá por trás? Hoje vejo a tv com outros olhos”.Amanda

“Fizemos uma rádio-novela contando a história da mulher azul, que era uma senhora que ficava trancada no quarto, pois não queria que ninguém soubesse que estava daquele jeito. O seu neto foi ver o que estava acontecendo, pois toda família estava preocupada. Abriram a porta e(...) Aqui cada grupo tinha que dramatizar um final para essa história. Todo mundo gos-tou de ter feito, foi inesquecível...gostamos de inventar o final, dramatizar e depois comparar com final do autor”. Amanda,

As Oficinas Pedagógicas “Nossos Encontros”

Trabalho Papel da mídia

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Essas oficinas têm o objetivo de distinguir o conhecimento produzido diariamente nas relações cotidianas, do chamado “conhecimento científico” baseado rigorosamente em hipóteses, testes e análises. Temas: - Desmistificar e desburocratizar a “ciência” incentivando os jovens a serem pesquisadores que entram em contato com o prazer de descobrir e compreender os fatos e as coisas; - Pesquisar para averiguar a existência de um problema, ou ainda para detectar a dimensão desse problema, e também para compreender a visão que as pessoas têm sobre um tema, um fato ou uma ação; - Refletir sobre como agir, como mudar, como superar, ou como reafirmar as posições e caminhos escolhidos; - Conhecer, transformar e melhorar o mundo; - Discutir com os jovens os conceitos de “população”, “amostra” e “inferência”, aproximando-os das discussões sobre “pesquisa de amostragem”

Fala galera

“Fizemos um aquecimento chamado concordo e discordo com a seguinte frase: A pesquisa demonstrou que os jovens da periferia estão mais expostos a violência urbana. Dividimos s grupo em dois – um grupo concordava com a idéia da frase e o outro discordava, depois trocamos os grupos. É difícil concordar depois discordar de uma idéia”. Aline, Tauhan, Ivo-naldo e Valério.

“Fazemos pesquisas para podermos ter certeza de algo que temos dúvida. As-sim não vamos ficar no censo comum e sim no conhecimento cientifico”. Aline, Tauhan, Ivonaldo e Valério

“O Alê trouxe para a gente um documentário que tinha um homem que trabalha-va com reciclagem e uma mulher chamada Esmeralda que tinha sido menina de rua. Aprendemos muitas coisas com o debate do documentário que fala sobre a vida difícil nas periferias”. Aline

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”Comecando a pesquisa

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“Eu entrei em maio e deu para aprender o que é cidadania e um pouco sobre senso comum e conhecimento científico... também teve as dinâmicas que foram super divertidas e ajudaram a me integrar no grupo... gostei das nossas saídas para o Museu da Língua Portuguesa e para o Museu Afro Brasileiro onde aprendemos bastante... gostei de participar do mutirão de limpeza e das festas super divertidas” Josiane

“Aprendi muita coisa no curso que com certeza irão me ajudar no meu futuro profissional e pessoal. Fiz novas amizades, aprendi coisas com meus colegas e ensinei o que eu sabia. Aprendi a ver as coisas de outra maneira, com o olhar crítico e perguntar o porque das coisas que existem o mundo. Aprendi que nada é por acaso. Também aprendi com o grupo, nas nossas expedições, nas saídas culturais, nas pesquisas e nas intervenções...pena que no decorrer do curso fomos perdendo pessoas que contribuíam com bastante...foi um prazer ter participado do Agente Jovem” Taís

“No decorrer do curso foram adquiridas várias experiências que a meu ver ser-virão para o resto de minha vida. Aprendi a ver o mundo de uma forma mais crítica e a ter mais curiosidade de saber por que as coisas acontecem. Deixei de ser uma pessoa alienada e me dediquei mais aos estudos. Despertei em mim um sentimento de luta e de força de vontade”. Bruna

As Oficinas Pedagógicas “Nossos Encontros”

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Nossas Expedicões pela Cidade

A frase de Otho Lara Rezende “Procure olhar tudo como se fosse a primeira vez” resume os objetivos das expedições realizadas pela cidade. Reconhecer os vários lugares do bairro e da cidade para trazer informações, descrições e rela-tos sobre os lugares. Fotografar, filmar e conversar com diferentes pessoas da comunidade identificando e reconhe-cendo como esses espaços são geridos e ocupados. Os jovens realizaram as expedições registrando de todas as coi-sas e fatos que aconteceram nas saídas; as saídas foram planejadas (organização, infra-estrutura, horários e trajetos); identificando os usos, práticas e relações que acontecem nos territórios visitados; recolhendo informações a respeito da história e identidade dos lugares visitados; alterando as maneiras de ver, sentir, pensar e perceber seu entorno.

Nossas Expedicões pela Cidade

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Fala Galera

“No museu da Lingua Portuguesa foi muito legal, vimos a exposição da Clarice Lispector. Copiei algumas frases da Clarice para colcar no meu quarto.Rayllane

“É sempre bom ver coisas diferentes que tem haver com a história da arte.” Adonias

“Foram momentos de distração do grupo, além de ajudar os jovens a terem mais inte-resse pela história do Museu” Aline

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Os filmes são significativas fontes de conhecimento da realidade, pois possuem rico potencial de veiculação das representações sociais. A linguagem cinematográfica dispõe de recursos que possibilitam que as relações entre filmes e imaginário social se efetivem. Os filmes e documentários ampliam a leitura de mundo, envolvendo não apenas o domínio da técnica da leitura e da escrita, mas também a possibilidade de perceber, ler e interpretar as ocorrências que se desenvolvem à sua volta na interação com os demais sujeitos em diferentes contextos sociais.A escolha dos filmes e documentários não é aleatória, está intimamente ligada aos temas abordados ao longo da formação.

“Esse filme foi produzido por um francês e faz uma crítica a Rede Globo que manipula al-gumas informações dependendo dos interesses em jogo. Ela modificou totalmente a infor-mações dizendo para a população que se tratava da comemoração do aniversario de São Paulo, quando na verdade estava acontecendo uma manifestação popular sobre as eleições presidenciais. Nem tudo que passa na tv podemos aceitar como verdadeiro, é preciso pesqui-sar”. Amanda, Adonias , Rayllane e Tiago

MUITO ALÉM DO CIDADÃO KANE

“Este documentário mostra como funciona o tráfico de armas e drogas na favela. Conta a historia de meninos que entram para o tráfico nas favelas do Rio de Janeiro. Eles entram no tráfico para ter roupas de marca e pra se sentir o dono do pedaço. Neste documentário os próprios policias falam que se morassem na favela também entrariam para o mundo do crime. Ele também destaca alguns traficantes como protetores da comunidade, comprando remédios e ajudando as pessoas que precisam. Infelizmente, aumenta a cada dia o número de crianças adolescentes que se envolvem nesse mundo”. Alexandre

NOTICIAS DE UMA GUERRA PARTICULAR

Aprendendo com filmes e documentários

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“O documentário “Do Rio São Francisco ao Rio Pinheiros” mostra a cultura dos índios Panka-rarus que vieram diretamente do brejo dos Padres (Pernambuco, à s margens do rio São Fran-cisco) para São Paulo. A partir de 1950, fugidos da seca, da fome e das brigas por terra, vieram para São Paulo em busca de uma vida melhor. Os índios Pankarus contam no docu-mentário como surgiu a favela do Real Parque, que antes era chamada favela da mandioca, pois os índios plantavam muita mandioca na região. O filme fala das dificuldades vividas pelos índios na cidade grande, que apesar de viverem em um lugar diferente ainda cultivam suas tradições”.Renato, Tahuan e Jeferson

DO RIO SÃO FRANCISCO AO RIO PINHEIROS

“Quando assistimos esse filme estávamos discutindo sobre os diversos tipos de trabalho e o filme falava sobre trabalho alienado. Ele mostrou o tempo em que as máquinas chegavam nas fábricas, com a chegada de muitas pessoas de vários lugares foram para as grandes cidades em busca de emprego. Hoje muitas pessoas ficam desempregadas pois as máquinas substituem os trabalhadores. No filme, o trabalhador fazia todos os dias a mesma coisa e não sabia nem o que estava fazendo. Com o filme, aprendemos que é muito importante sabermos do processo daquilo que fazemos.” Bruna, China e Taís

TEMPOS MODERNOS

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“Um documentário que relata um pouco da vida de duas crianças que trabalham pegando latinhas e papelão pelas ruas da cidade. Elas tinham um sonho de poder comprar um tênis de 12 molas. Eles enfrentam sol e chuva para alcançar esse objetivo, mas quando o pneu da carroça fura eles são obrigados a gastar o pouco dinheiro que tinham para consertá-lo. Na vida real é a mesma coisa, pois as pessoas enfrentam de tudo para conseguir algum dinheiro. No final, eles não conseguem o que queriam e voltam para casa com pouco dinheiro. Per-cebemos que o objetivo do filme era mostrar que algumas crianças, em vez de ir para escola vão para as ruas para tentar ganhar dinheiro e ajudar em casa. Há também a questão do consumo alienado, pois as crianças queriam ficar na moda e possuírem um tênis de marca.” Amanda, Adonias, Rayllane e Tiago

CRIANÇAS INVISIVEIS

“Esse filme conta um pouco da história da ditadura no Brasil. Zuzu era uma estilista no Rio de Janeiro e seu filho Stuart, um jovem que entrou no movimento estudantil e começou a se envolver na luta contra a ditadura. Seu filho é preso, torturado e assassinado pelo exército. O que mais chamou a atenção no filme foi a força de vontade de uma mulher brasileira que não desistiu de seu filho, mesmo sob ameaças.” Cíntia e Jéssica

ZUZU ANGEL

“Conta a história de dois homens que saem de motocicleta numa viagem pela América Latina. Eles eram estudantes de medicina e queriam conhecer o mundo. Quando chegaram a um país onde tinham pessoas muito doentes – com lepra – eles resolveram tentar ajudar as pessoas estudando a cura dessa doença. Ao viajar por toda América Latina e estudar essa doença, eles conheceram um pouco da história desses povos. Che Guevara e Granado aca-baram se tornando revolucionários e mais tarde Che faria parte da revolução Cubana” Cris

DIÁRIO DE MOTOCICLETA

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JovensUnidosVivendoExperiênciasNovasTomandoUma ou maisDecisãoEsperandoSurpresas.

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JovensUsandoVocabuláriosEntreNossasTeorias da RealidadeUtilizando, essesDadosEntreSeus colegas em seu dia-a-dia. Tais

JuventudeUnindo - seVivendo eEnriquecendoNossosTempos comUmaDiferenteEstratégiaSolidária

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juventudes

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juventudes Intervencões e atividades na comunidadeObjetivos:

- Identificar problemas e riquezas de suas comunidades, e elaborar atividades coletivas de intervenção que contribu-am para melhoria da qualidade de vida dos moradores locais. - Envolver e mobilizar os moradores nas ações de revitalização dos locais, promovendo a conscientização da preser-vação dos espaços. - Desenvolver atividades culturais no espaço da Ong e da comunidade. - Colocar em prática as idéias da cabeça do coração para melhorar nossa comunidade.

Fala galera “Fiquei responsável por ser a escriba juntamente com meu grupo. O escriba faz o registro de todas as coisas e fatos que acontecem na expedição investigativa. No começo, a rua estava sem movimento. Tem um homem vendendo pipoca. A locadora está aberta mas sem movimento. Ao lado da locadora há um bar com rapazes jogando sinuca. No meio da favela havia um trator abrindo um buraco. Um grupo de jovens conversando. Estão montando as barracas para quermesse. Homens jogando dominó em frente a padaria. Passamos por um lugar sem movimento de pessoas. No alto do morro a caçamba de lixo está

“Ao sair do Casulo, vimos homens da Sabesp arrumando o cano de água. A igreja estava fechada e os meninos andam de bicicleta pela rua. Ao chegar nos alojamentos havia um grupo de rapazes ouvindo funk. O lixo na rua deixa um mal cheiro fortíssimo. Vimos muitos bares pelo caminho.” Amanda

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“Estávamos andando quando uma mulher nos parou e perguntou para que era o cadastro. Dissemos a ela que está-vamos fazendo uma pesquisa e que éramos do Projeto Casulo e ela aceitou nos dar atenção. Estávamos subindo a rua quando um senhor falou ‘A pesquisa é do Lula? Se for eu assino’. E continuamos nossa trajetória... encontramos o grupo da Jose, Rosemary e da Priscila, que estava fazendo a pesquisa nos alojamentos.” Renato

“A moça ficou meio insegura ao dizer a renda da família, só ficou tranqüila quando dissemos que não seria divulgado. A dona do bar ficou constrangida, pois às vezes não conseguia entender direito a pergunta, mas respondemos todas as suas dúvidas”.Cintia e Jéssica

“Quando chegamos na casa para fazer a segunda entrevista, a porta estava aber-ta e a dona do domicilio estava conversando com uma amiga. A Ana Paula per-guntou se podíamos fazer a pesquisa com a dona da casa e ela disse sim. Durante a pesquisa percebemos que a amiga da senhora influenciava muito nas respos-tas, mas sempre esperávamos a respostas da entrevistada. Quando terminamos a pesquisa a amiga perguntou se podíamos fazer a pesquisa com ela, respondemos que as fichas tinham acabado e ela disse ‘só porque chegou a minha vez’. Termi-namos a pesquisa e agradecemos pela atenção”. Tais e Ana Paula

“A União de moradores serve para correr atrás dos interesses da comuni-dade, com muita luta e conquistas para garantir nossos interesses. Ela é composta opelo presidente Marcos e pelos demais que ajudam em deter-minadas áreas. Lá são realizados cursos profissionalizantes para atender a comunidade”. Tom, Rayllane e Jéssica.

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“Éramos de um grupo da expedição que ficava atento aos trajetos percorridos, a todas as coisas existem pelo caminho que liga os diferentes lugares. Muitas toalhas e roupas penduradas nas janelas e pessoas debruçadas olhando o movimento. Por de trás dos prédios, encontramos ruas sem asfalto, esgoto a céu aberto, paredes pichadas e garagens irregulares feitas de madeira e cimento. Vimos um camburão passando e ouvimos o barulho do helicóptero sobrevoando a favela, pessoas subindo o escadão e entulhos jogados em lugares indevidos. Também ouvimos um recém nascido aos berros em um barraco, mulheres grávi-das, em alguns bares homens bebendo, muitos orelhões públicos quebrados e muitas placas escritas com erros de português. Algumas pessoas perguntavam o que estávamos fazendo e pra que servia. Explicamos que estávamos conhe-cendo melhor a comunidade e realizando algumas pesquisas com chefes de domicílio e jovens moradores do bairro.” Aline, Bruna, Tauham, Jéferson

“A rua Paulo Bourroul sempre foi um dos maiores pontos de encontro da comunida-de. Nela acontece vários eventos comemorativos, como por exemplo, festas juninas, festa do dia das crianças e nos finais de semana bandas musicais de forró e pago-de tocam para a comunidade. É a rua onde se vê mais movimento, principalmente nos finais de semana e também se encontram a maior quantidade de comércios.” Ana Paula

“As festas do Agente jovem foram feitas para a comunidade e para que os jovens pudessem se divertir, para arreca-dar recursos para nossas expedições pela cidade e também para nossa comemoração de encerramento do curso. Foi bastante interessante nossas saídas culturais, pois conhecemos diversos lugares diferentes.”Amanda

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“Entrevistamos o senhor Dimas, antigo morador do Real Parque. A comunidade foi fundada por índios Pankararus e antigamente se chamava Favela da Mandioca. Ele disse que o asfalto da rua e o transporte coletivo só chegaram aqui através da luta política e negociações entre instituições da comunidade e prefeitura. Ele disse que faltam muitas coisas na comunidade e que não depende só do governo pra mudar a situação, mas que a comunidade tem que se orga-nizar melhor. O senhor Dimas falou que nunca teve muita opção de lazer na comunidade e que ainda hoje falta. A única opção é o Casulo que não é suficiente para a quantidade de pessoas da comunidade. Ele não concorda com a opinião de alguns que acham que as pessoas que moram na favela não têm objetivos e que não prestam. Sonha que daqui a 10 anos as coisas estejam melhores”. Ana Paula, Josiane e Ivonaldo

“O campinho é um dos únicos lugares de lazer que as crianças têm, mas há um grande problema, pois elas ficam expostas a várias doenças. Por isso, pensando na maioria da comunidade, idealizamos um projeto para construção de um cam-po de futebol. Esse campo teria arquibancadas para abrigar mais ou menos 800 pessoas sentadas. A comunidade poderia organizar campeonatos para arrecadar dinheiro para melhoria do campo. Não podemos perder esse espaço, pois muita gente passou por momentos felizes e marcantes de sua vida nesse lugar” Felipe e Priscila

“Ficamos responsáveis por recolher informações a respeito da história dos lugares visitados. Antes do Real Parque ser o que é hoje, era um sítio com muita planta-ção de mandioca, depois veio a migração dos nordestinos que começaram a ocu-par e construir suas casas. Entrevistamos o Marcos da Associação de Moradores e conversamos sobre a escola, a igreja e de como eram as opções de lazer. Tam-bém perguntamos sobre as instituições do bairro, a política e etc. Para ele, o que falta na comundiade é uma escola de ensino médio, cursos profissionalizantes e principalmente a urbanização da favela .” Tais, Guilherme e Izabela

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As pesquisas que realizamos

As pesquisas que realizamosAs pesquisas têm o objetivo de aproximar os jovens das questões comunitárias refletindo sobre as condições de vida dos moradores buscando um olhar crítico e investigativo para essas questões.

“Num primeiro momento, cada participante aplicou dois questionários testes com os familiares para se aproximar das questões e, se necessário, fazer modificações no questionário. Após elaborar e adaptar os ques-tionários, os jovens saíram a campo para aplicá-los com os chefes de domicílios. Foram entrevistados 150 chefes de famílias das comunidades Real Parque e Jardim Panorama. O questionário era composto por 14 perguntas. Entre as perguntas os pesquisadores buscaram conhecer as condições de moradia, renda familiar, grau de instrução, participação comunitária etc. Segundo os relatos do grupo, a abordagem com os moradores foi uma das dificuldades encontradas no inicio, pois pre-cisaram contar do que se tratava a pesquisa, quem eram os jovens e o que pretendiam fazer com os dados. Alguns moradores chegam a perguntar ‘o que vou ganhar com isto?’ e os pesquisadores , num primeiro momento, ficavam inseguros, mas rediscutimos as formas de abordagens e argumentações para o trabalho. Após a pesquisa de cam-po, começamos uma primeira tabulação dos dados. Assim, elaboramos e discutimos as respostas organizando em itens para fazer a análise dos dados. Esse foi um começo de tabulação, porém os dados serão tabula-dos na íntegra nas aulas de Multimídia utilizando-se o programa Excel do computador”. Diana (Educadora)

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“No mês de Setembro, realizamos pesquisas com o público jovem das comunidades do Real Parque/Jardim Panorama e com estudan-tes das escolas da região. Eram 30 questões (abertas e fechadas) elaboradas pelo grupo Agente jovem. As questões levantadas con-templam as informações sobre as situações de escolaridade, relação com professores, família, lazer, leitura, comunidade entre outras. Nesta pesquisa, cada jovem aplicou 10 questionários nas comuni-dades e nas escolas que estudam. Depois da pesquisa de campo, os jovens analisaram, interpretaram e sistematizaram as informações obtidas. Nesse processo de análise de dados estamos discutindo conceitos de Juventudes e relacionando com as respostas obtidas nas pesquisas. Fizemos reflexões sobre os diferentes grupos de jovens, a relação dos jovens com a comunidade, trabalho, drogas e escola”. Diana (Educadora)

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De acordo com pesquisa realizada nas comunidades Jardim Panorama e Real Parque com Chefes de Domicílios, obtivemos várias informações, dentre elas a que revela o grau de instrução dos chefes de domicílio:

“Analisando o gráfico acima:

10% das pessoas entrevistadas não são alfabetizadas, 15% declaram que sabem ler e escrever, 12% tem fundamental I completo (de 1ª a 4ªserie), 10% tem o fundamental Incompleto, 23% cursaram o fundamental II completo ou seja, de 5ª a 8ª série. 14% dos chefes de domicílio não terminaram o fundamental II. No que se refere ao Ensino Médio, apenas 8% dessas pessoas conse-guiram concluir os seus estudos. Dessa amostra: 6% desistiu, 1% completou o curso universitário, 1% ainda está cursando uma faculdade.Analisando os resultados, acreditamos que as comunidades pesquisadas têm um grau de instrução muito baixo, que poderiam suscitar muitas considerações, mas que não foram foco dessa pesquisa. O que podemos concluir com outros dados coletados na pesquisa é que a maioria das pessoas entrevistadas vieram da região do nordeste onde o índice de educação é baixo, pois muitos necessitavam trabalhar desde cedo para sustentar sua família, inclusive morando aqui em São Paulo. Com esse grau de instrução acreditamos que as chances de inserção no mercado de trabalho ficam muito restritas, numa sociedade que a cada dia aumenta as exigências de formação dos trabalhadores.” Amanda, Guilherme e Renato.

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Outra informação proveniente dessa pesquisa:

“Dos entrevistados, 30% acreditam que a Prefeitura do Município de São Paulo pode ajudar na solução dos problemas presentes nas comunidades, como por exemplo as necessidades em torno da saúde, moradia, educação, saneamento básico, segurança e meio de transporte, 13% dos entrevistados acreditam que o Governo do Estado tem a responsabilidade de resolver os problemas citados acima, somente 6% atribuem ao Governo Federal a responsabilidade por esses problemas.Em sua maioria , 31% dizem que a comunidade organizada pode resolver os seus próprios problemas reinvindicando junto às ins-tituições governamentais. Porém, 4% tem a certeza de que a as pessoas individualmente podem resolver seus próprios problemas. 4% afirmam que ninguém pode ajudar a cidade de São Paulo e as comunidades. A partir das considerações acima, podemos concluir que não é responsabilidade de um só instância a resolução dos problemas sociais, mas é necessário um trabalho em conjunto para conseguirmos obter resultados em direção às necessidades reais das co-munidades. Se o grau de instrução das pessoas fosse mais elevado, talvez pudessem perceber que as organizações comunitárias, os orgãos públicos e as pessoas individualmente têm diferentes responsabilidades na resolução desses problemas.” Alexandre, Tais e Pauliana

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Iniciativa:

ICE - Intituto de Cidadania EmpresarialRua: Funchal, 263, cj. 51/52 São Paulo SPTelefax: (11) 3708-0491http:// www.ice.org.br - e-mail: ice@ice.org.br

Realização:Projeto Casulo Rua: Paulo Bourrol, 100 05686-050 São Paulo SP Telefax: (11) 3578-0506/3758-0536http://www.projetocasulo.org.br e-mail:projetocasulo@projetocasulo.org.br

Parceria:Secretrária Municipal de Assistência Desenvolvimento Social de São Paulo

Coordenação Geral: Diana Salles Alexandre Isaac

Coordenador artístico - pedagógico:Diana S. Salles

Coodernador de Desenvolvimento Comunitátio:Francisco W. Lima

Revisão de texto:Francisco W. LimaAlexandre Isaac

Apoio técnico:Alexandre Maurício S. dos SantosFelipe Santos SantanaMaria Amanda dos SantosVictor Santos Gomes

Diagramação:Joel OliveiraPriscila Rosa

2007_Casulo

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Adonias Santos Albuquerque

Alexandre Maurício Silva dos SantosAline Matias de AndradeAna Paula Oliveira Martins da SilvaAnderson Neres de OliveiraBruna Silva dos SantosCicera Fernanda C. De Sousa MoreiraCíntia Maria PereiraCristiane R. Da LuzCristiane Silva RodriguesDiogo Oliveira da SilvaFelipe Santos SantanaGilmara Santos da SilvaGuilherme da Silva RamosGivanilda Lourdes TorresIvonaldo Pedro de Lima Jr.Izabela Cristina CamposJeferson Alan da SilvaJéssica SilvaJosiane da Silva RodriguesMaria Amanda dos SantosPauliana Pereira FirmePriscila Pereira do NascimentoRayllane de Oliveira Martins

Renato Santos da SilvaRosana Carneiro da SilvaRosimarie Carneiro da SilvaTaís Maria GomesTauhan Leme FerreiraTiago dos Reis SilvaValério Pereira FilhoWellinton de Araújo Gonçalves

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Participantes