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I CONGRESSO NORDESTINO MÉDICO-ACADÊMICO XVII CONGRESSO MÉDICO-ACADÊMICO DO PIAUÍ 27 a 31 de Outubro de 2010 Rio Poty Hotel – Teresina – Piauí

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I CONGRESSO NORDESTINO MÉDICO-ACADÊMICO XVII CONGRESSO MÉDICO-ACADÊMICO DO PIAUÍ

27 a 31 de Outubro de 2010 Rio Poty Hotel – Teresina – Piauí

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Apresentação

Prezados congressistas, é chegada a hora de desfrutarmos de nosso tão esperado

congresso. Afinal foram vários meses de árduo trabalho e dedicação na expectativa de

fornecer ao estudante de medicina um instrumento de integração e participação no

conhecimento e na prática médica.

Contamos, neste XVII COMAPI, com a presença de grandes personalidades da

medicina nacional e regional para o enriquecimento intelectual e cultural da classe médico-

estudantil do nosso Estado.

Agradecemos a presença de todos e desejamos um bom congresso.

A Comissão Organizadora.

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Comissão Organizadora

Lílian Leitão Monteiro Presidente Rafael Bandeira Lages Vice-Presidente Caroline Petersen da Costa Ferreira Coordenação de Finanças e Patrimônio Herion Alves da Silva Machado Nayara Maria Gomes Almeida Yanna Christina Nunes Cavalcante Álvaro Regino de Carvalho Melo Marina Sousa Carvalho Edson Santos Ferreira Filho Bárbara Hamedy Carvalho e Queiroz Daniela de Sousa Costa Bruno Santos Leal Campos Membros-Diretores

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Comissão Científica

Presidente: Gerardo Vasconcelos Mesquita

Membros: Dr. Alberto Pereira Madeiro

Dr. Alesse Ribeiro dos Santos

Dra. Ana Lúcia França Costa

Dra. Ana Maria Pearce Arêa Leão Pinheiro

Dra. Andréa Cronemberger Rufino

Dr. Antônio de Deus Filho

Dr. Antônio Moreira Mendes Filho

Dra. Benedita Andrade Leal de Abreu

Dr. Benedito Borges da Silva

Dr. Bernardo Cunha Araujo Filho

Dr. Carlos Henrique Nery Costa

Dra. Catarina Fernandes Pires

Dr. Denyberg de Oliveira Santiago

Dra. Dorcas Lamounier Costa

Dr. Edinaldo Gonçalves Miranda

Dr. Élio Rodrigues da Silva

Dra. Elizane Viana Eduardo Pereira

Dr. Eurípedes Soares Filho

Dr. Fernando José Amorim Martins

Dr. Gerson Luis Medina Prado

Dr. Ginivaldo Victor Ribeiro de Nascimento

Dra. Glenda Moreira

Dra. Ione Maria Ribeiro Soares Lopes

Dr. João de Deus Valadares Neto

Dr. João Luiz Vieira Ribeiro

Dra. Joelma Moreira de Norões Ramos

Dr. José Arimatéa dos Santos Júnior

Dra. Jussara Maria Valentim Cavalcante Nunes

Dra. Karynnae Gabryellae C. Bandeira Santos

Dr. Leandro Fernandes

Dra. Ligia Cristina Viana Neves

Dra. Lina Gomes dos Santos

Dr. Lúcio André Noleto Magalhães

Dr. Luiz Ayrton Santos Júnior

Dra. Luiza Ivete Vieira Batista

Dra. Maria do Socorro Teixeira M. Almeida

Dra. Marta Alves Rosal

Dra. Nanci Pimentel

Dr. Paulo Humberto Moreira Nunes

Dr. Pedro Vítor Lopes Costa

Dra. Raissa Maria Sampaio Neves Fernandes

Dr. Récio Cronemberguer Mangueira

Dr. Rodrigo Santos de Norões Ramos

Dr. Rogério Santiago Araújo

Dr. Sabas Carlos Vieira

Dra. Sônia Maria dos Santos Carvalho

Dr. Victor Eulálio Sousa Campelo

Dr. Viriato Campelo

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Agradecimentos

Ao Magnífico Reitor da Universidade Federal do Piauí Prof. Luiz de Sousa Santos Júnior À Magnífica Reitora da Universidade Estadual do Piauí Prof. Carlos Alberto Pereira da Silva Ao Diretor da FACID Prof. Paulo Raimundo Machado Vale À Diretora da NOVAFAPI Prof. Cristina Maria Miranda de Sousa Ao Diretor do Centro de Ciências da Saúde – CCS/UFPI Prof. Antônio dos Santos Rocha Filho Ao Diretor da Faculdade de Ciências Médicas – FACIME/UESPI Prof. Edinaldo Gonçalves de Miranda À Coordenadora do Curso de Medicina da Universidade Federal do Piauí Profa. Dorcas Lamounier Costa Ao Coordenador do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Piauí Prof. Mírian Perpétua Palha Dias Parente Ao Coordenador do Curso de Medicina da FACID Prof. Lígia Cristina Viana Neves Ao Coordenador do Curso de Medicina da NOVAFAPI Prof. Eucário Leite Monteiro Alves Ao Presidente da Comissão Científica Prof. Gerardo Vasconcelos Mesquita

Aos Membros da Comissão Científica Aos Palestrantes Aos Patrocinadores Aos Congressistas

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Palestrantes

Dr. Álvaro Regino (PI)

Dr. André Gonçalves (PI)

Dr. André Luiz Pinho Sobral (PI)

Dr. Antônio Carlos Lopes (SP) Dr. Carlos Eduardo Viana Fernandes (PI) Dr. Carlos Iglezias Brandão de Oliveira (PI) Dr. Daniel Siqueira (PI) Dr. Edílson Carvalho de Sousa Júnior (PI) Dr. Élio Rodrigues da Silva (PI) Dr. Elisiário Cardoso da Silva Júnior (PI) Dr. Érico Higino de Carvalho (PE) Dr. Frederico Arnaud (CE) Dra. Isabel Carvalho (PI) Dr. Isídio Calich (SP) Dra. Jaquelina Ota (SP) Dr. José Antonio Sanches Junior (SP) Dr. José Miguel Luz Parente (PI) Dr. Lauro Lourival Lopes Filho (PI) Dr. Lauro Rodolpho Soares Lopes (PI) Dr. Lia Cruz Vaz da Costa Damásio (PI)

Dr. Lucídio Balduino Leitão (PI)

Dr. Luiz Alexandre (RS)

Dr. Luiz Bezerra Neto (PI)

Dra. Luiza Ivete Vieira Batista (PI) Dra. Luiza Keiko Oyafuso (SP) Dr. Marcelo Alcântara (CE) Dr. Mário Sérgio Ferreira Santos (PI) Dr. Paulo Márcio Sousa Nunes (PI) Dr. Renan Montenegro (CE) Dr. Rogério Santiago (PI) Dr. Sebastião Honório Bona (PI) Dr. Thiago Ayres Holanda (RJ)

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Informações Gerais

INSCRIÇÕES É obrigatória para todos os participantes. Mediante a apresentação do comprovante

de inscrição, o participante receberá o material e a programação do I Congresso Nordestino

Médico-Acadêmico / XVII COMAPI, na secretaria do evento.

CRACHÁS Por motivo de controle e segurança será obrigatório o uso do crachá em todas as

atividades do congresso e nas dependências do Auditório Poty do Rio Poty Hotel. A perda ou

extravio deverá ser imediatamente comunicado à Comissão Organizadora.

FUMANTES O Ministério da Saúde adverte: FUMAR é prejudicial à saúde. Recomendamos e

pedimos a gentileza de não fumar dentro dos auditórios nos quais se realizarão o I Congresso

Nordestino Médico-Acadêmico / XVI COMAPI.

CELULARES/BIPs Em respeito aos palestrantes e demais congressistas, solicitamos que todos os

aparelhos estejam desligados dentro do auditório. Caso seja necessário usá-los, ative-os nos

modos vibracall ou silencioso.

PROJEÇÃO DE SLIDES Os expositores deverão procurar a secretaria para entrega do material de projeção

(palestras e temas livres orais) com antecedência mínima de 01 (uma) hora da respectiva

atividade científica.

TRABALHOS ORAIS O apresentador deverá chegar com, no mínimo, 01 (uma) hora de antecedência para

sua apresentação, assinar a lista de freqüência e entregar o material, sendo a tolerância

máxima de 15 (quinze) minutos, ou seja, 45 (quarenta e cinco) minutos antes da apresentação.

Atente para os horários individuais de apresentação que se encontram mais adiante neste

informativo.

PÔSTERES Os pôsteres serão expostos em retângulos de 120 cm de altura por 90 cm de largura.

Os pôsteres deverão ser montados no dia da apresentação às 8:00h da manhã, no início das

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atividades do Congresso, onde serão verificados pela Comissão Organizadora e retirados às

19:30h, com o fim das atividades do dia. Cada pôster será apresentado no turno da manhã ou

da tarde, conforme divulgado pela organização. O apresentador do pôster deverá comparecer

com 1 (uma) hora de antecedência e assinar lista de freqüência. A ausência do apresentador

no horário do julgamento acarretará desclassificação automática do trabalho.

PREMIAÇÃO Os trabalhos classificados em 1º, 2º e 3º lugares nas categorias tema livre oral e

pôster serão divulgados no encerramento do congresso e receberão certificado de

classificação e prermiação correspondentes.

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Programação

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Programação Social

27 de Outubro de 2010 – Quarta-feira

20h00 Solenidade de Abertura

Conferência: O papel do clínico no contexto atual Dr. Antônio Carlos Lopes (SP)

21h30 Coquetel de Abertura

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Programação Científica

Módulo de Dermatologia

Coordenação: Dr. Lauro Lourival Lopes Filho

28 de Outubro de 2010

Quinta-feira

Manhã

8h00 Sessão Temas Livres Orais 9h00 Conferência: Cirurgia Dermatológica de Consultório

Dr. Lauro Lourival Lopes Filho (PI) 9h40 Conferência: Dermatoses relacionadas com as hepatites B e C

Dra. Luiza Keiko Oyafuso (SP) 10h20 Intervalo 10h40 Conferência: Linfomas cutâneos: diagnóstico e tratamento

Dr. José Antonio Sanches Junior (SP) 11h20 Conferência: Dermatite atópica: o que o clínico deve saber

Dr. Sebastião Honório Bona (PI)

12h00 Discussão e Perguntas

Módulo de Cardiologia

Coordenação: Dr. Elisiário Cardoso

28 de Outubro de 2010

Quinta-feira

Tarde

14h00 Seção Temas Livres Orais 15h00 Conferência: Morte Súbita

Dr. Elisiário Cardoso da Silva Júnior (PI) 15h40 Conferência: Síndromes isquêmicas agudas

Dr. Paulo Márcio Sousa Nunes (PI)

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16h20 Intervalo 16h40 Conferência: Hipertensão arterial sistêmica – O desafio do milênio

Dr. Luiz Bezerra Neto (PI) 17h20 Conferência: Transplante cardíaco – Avanços e técnicas Dr. Daniel Siqueira (PI) 18h00 Discussão e Perguntas

Módulo de Cirurgia

Coordenação: Dr. Anderson Martins Dantas

29 de Outubro de 2010

Sexta-feira

Manhã

8h00 Sessão Temas Livres Orais 9h00 Mesa redonda: Coledocolitíase

Tratamento cirúrgico: Indicações e Opções Terapêuticas

Dr. Carlos Iglezias Brandão de Oliveira (PI)

9h20 Tratamento endoscópico: Colangiopancratografia Retrógrada Endoscópica

Dr. Lucídio Balduino Leitão (PI) 9h40 Discussão e Perguntas 10h10 Intervalo

10h30

Mesa redonda: DRGE

Tratamento clínico da DRGE: Indicações e Opções Terapêuticas

Dr. José Miguel Luz Parente (PI)

10h50 Tratamento cirúrgico da DRGE: Indicações e Tipos

Dr. Élio Rodrigues da Silva (PI) 11h10 Discussão e Perguntas

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Módulo de Reumatologia

Coordenação: Dr. Elisiário Cardoso

29 de Outubro de 2010

Sexta-feira

Tarde

14h00 Seção Temas Livres Orais 15h00 Conferência: Reumatologia e suas inter-relações com a Medicina Interna

Dr. Isídio Calich (SP) 15h45 Discussão e Perguntas 16h00 Intervalo 16h20 Conferência: O diagnóstico clínico em reumatologia

Dr. Mário Sérgio Ferreira Santos (PI) 17h10 Discussão e Perguntas 17h20 Conferência: Imagem em reumatologia – O que há de novo? Dr. Carlos Eduardo Viana Fernandes (PI) 18h00 Discussão e Perguntas

Módulo de Medicina Intensiva

Coordenação: Dr. Marcelo Alcântara Holanda

30 de Outubro de 2010

Sábado

Manhã

8h00 Sessão Temas Livres Orais 9h00 Conferência: TEP – diagnóstico na emergência

Dra. Jaquelina Ota (SP) 9h40 Conferência: TEP agudo – Estratificação da gravidade e indicação de trombolíticos

Dra. Jaquelina Ota (SP) 10h20 Intervalo 10h40 Conferência: Indicações de suporte ventilatório invasivo e ajustes iniciais do

ventilador pulmonar

Dr. Marcelo Alcântara (CE)

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11h20 Conferência: Ventilação não-invasiva na insuficiência respiratória aguda

Dr. Marcelo Alcântara (CE)

12h00 Discussão e Perguntas

Módulo de Endocrinologia

Coordenação: Dr. Álvaro Regino

30 de Outubro de 2010

Sábado

Tarde

14h00 Seção Temas Livres Orais 15h00 Mesa redonda: Tireoidologia

15h00 - Tratamento do Hipertireoidismo e a Controvérsia do Propiltiouracil

Dr. André Gonçalves (PI)

15h15 – Tratamento do Hipotireoidismo

Dra. Isabel Carvalho (PI)

15h30 – Como investigar e quando operar o nódulo tireoidiano?

Dr. Rogério Santiago (PI)

15h45 – Desmistificando o câncer de tireóide

Dr. Álvaro Regino (PI) 16h00 Intervalo 16h20 Conferência: Obesidade – Sibutramina e outras drogas antiobesidade

Dr. Renan Montenegro (CE) 16h50 Discussão e Perguntas 17h00 Conferência: Diabetes Mellitus – Tratamento farmacológico atual Dr. Érico Higino de Carvalho (PE) 17h40 Discussão e Perguntas

Módulo de Profissão Médica

31 de Outubro de 2010

Domingo

Manhã

8h00 Sessão Temas Livres Orais

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9h00 Conferência: Novo Código de Ética Médica – O que mudou?

Dra. Luiza Ivete Vieira Batista (PI) 9h30 Intervalo 9h50 Mesa redonda: Residência Médica

9h50 – Residências médicas no Brasil

Dr. Edílson Carvalho de Sousa Júnior (PI)

Miniconferências: Tudo o que você precisa saber sobre as principais residências

em 20 minutos

10h20 – Clínica Médica

Dr. André Luiz Pinho Sobral (PI)

10h40 – Clínica Cirúrgica

Dr. Thiago Ayres Holanda (RJ)

11h00 – Ginecologia e Obstetrícia

Dr. Lia Cruz Vaz da Costa Damásio (PI)

11h20 – Dermatologia

Dr. Lauro Rodolpho Soares Lopes (PI) 11h40 Discussão e Perguntas

12h00 Encerramento e Premiação de trabalhos

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TL01 INFLUÊNCIA DA N-ACETILCISTEÍNA E GLUTAMINA NA LESÃO PULMONAR CAUSADA PELA ISQUEMIA-REPERFUSÃO HEPÁTICA EM RATTUS NORVEGICUS

Autores: Luana de Sousa Araújo Cardoso Martins, Raimundo José Araújo da Cunha Júnior, Adélman de Barros Villa Neto, Álvaro Regino de Carvalho Melo, Liza Raffaelle Ferreira Castro Rêgo, Sara Matias Leal Barbosa Instituição(ões): NOVAFAPI Apresentador(a): Luana de Sousa Araújo Cardoso Martins

Introdução: A situação de isquemia-reperfusão hepática vem se tornando cada vez mais comum na prática cirúrgica, principalmente devido ao aumento dos transplantes. O termo isquemia designa a interrupção do suprimento sanguíneo para um órgão. Este processo determina na célula, uma série de eventos bioquímicos que culminam com déficit energético e conseqüente disfunção celular. Durante a isquemia são produzidos ainda diversos metabólitos, como as espécies reativas de oxigênio, oxidantes com grande capacidade de causar lesão tecidual. Após o restabelecimento da irrigação sanguínea, esses produtos são distribuídos por todo o corpo, podendo causar lesões à distância. O pulmão,bem como outros órgãos, pode ser lesado através da isquemia reperfusão hepática.Alguns métodos físicos e químicos tentam modular esses efeitos deletérios,como as drogas N-acetilcisteína e L-glutamina. Objetivo: O objetivo desse trabalho foi avaliar as lesões pulmonares, após trinta minutos de isquemia e sessenta minutos de reperfusão hepática, usando a N-acetilcisteína e a Glutamina. Métodos: O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade NOVAFAPI. Foram utilizados vinte Rattus norvegicus, divididos em quatro grupos, sendo eles: SHAM: No qual foi infundido apenas soro fisiológico e foi submetido apenas às laparotomias; CONTROLE, No qual foi infundido soro fisiológico e submetido à isquemia e reperfusão; N-ACETILCISTEÍNA, no qual foi infundido n-acetilcisteína e foi submetido à isquemia e reperfusão; GLUTAMINA, no qual foi infundido glutamina e foi submetido à isquemia e reperfusão; Resultados: Os animais do grupo Sham e Controle apresentaram edema intenso e os animais do grupo controle também apresentaram intensa infiltração neutrofílica, o que sugere que os tempos de isquemia e reperfusão não foram responsáveis fundamentais pelo edema pulmonar. Os animais dos grupos N-acetilcisteína e Glutamina apresentaram menos edema e menos infiltração neutrofílica do que o grupo controle de forma semelhante. Conclusão: A laparatomia, por si, pode causar edema pulmonar. A N-acetilcisteína e a Glutamina se mostraram efetivas na proteção do parênquima pulmonar.

TL02 EFEITO DE ÓLEO-RESINA DE COPAIFERA SP. SOBRE O CONTROLE GLICÊMICO DE RATOS DIABÉTICOS

Autores: Denylson Sanches Fernandes, Moisés Alves Ferreira Filho, Bruna de Oliveira Martins, Daniele Andrade Meireles, Amanda Nogueira de Castro e Silva, Maria do Carmo de Carvalho e Martins Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Denylson Sanches Fernandes

Introdução: O diabetes é uma doença metabólica que acomete milhões de pessoas no mundo. O óleo de copaíba é muito utilizado como fitoterápico na medicina popular. Objetivos: Avaliar os efeitos do tratamento com óleo-resina de Copaifera sp. sobre o controle glicêmico de ratos diabéticos. Métodos: Rattus norvegicus machos (230 a 270g) foram divididos em grupos (n=6-8) tratados por via oral com Tween 80 1% em água 5 mL/kg (Grupos Controle Normal-CN e Controle Diabético-CD), óleo de copaíba nas doses de 200 e 400 mg/kg (Grupos C200 e C400). O tratamento foi iniciado a partir do 5º dia após indução do diabetes com estreptozocina 40 mg/kg i.v. em tampão citrato pH 4,5. Os animais do grupo CN receberam igual volume de tampão. Foram considerados diabéticos os animais com glicemia capilar de jejum ≥ 250 mg/dL. Foram avaliados peso corporal, frutosamina e glicemia de jejum. Os dados foram analisados através de ANOVA, seguida de pós-teste de Tukey, ou por teste t pareado. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação com Animais da UFPI (parecer nº 006/2010).

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Resultados: Não foram observadas diferenças entre os grupos antes da indução em: glicemia (mg/dL) pré-indução (CN:94,1+2,4; CD:96,9+3,8; C200:98,5+2,5; C400:97,4+11,4) e peso corporal (g) pré-indução (CN:253,3+5,8; CD:247,0+5,3; C200:257,0+3,6; C400:254,0+6,0). Após a indução, os grupos diabéticos (CD, C200 e C400) apresentaram glicemia significativamente maior (p<0,05) em relação ao controle a (CN:106,3+6,6; CD:386,4+22,1 a; C200:413,5+11,3 a; C400:372,3+26,6 a). Ao final do tratamento, para CN, CD, C200 e C400, respectivamente, os resultados foram: glicemia final (105,3+6,8; 385,3+30,2 a; 471,2+12,4 a; 262,1+50,5 a,b,c); frutosamina (110,3+10,6; 247,3+27,3 a; 259,6+12,6 a; 162,3+19,8 b,c; mg/dL); peso corporal (273,4+13,9; 184,4+8,5 a; 203,3+9,2 a; 173,4+11,0 a). aComparado com CN (p<0,05); bComparado com CD (p<0,05); e cComparado com C200 (p<0,05). O grupo C400 apresentou redução da glicemia (teste t pareado, p<0,05) em relação ao início do tratamento (pós-indução). Conclusão: O tratamento de animais diabéticos com óleo de Copaifera sp. 400 mg/kg produziu melhor controle glicêmico, evidenciado pela redução da glicemia de jejum e dos níveis de frutosamina. Contudo, não foi eficiente na manutenção de peso corporal.

TL03 ATIVIDADE ANTIDIARRÉICA DO EXTRATO ETANÓLICO DA CASCA DE COMBRETUM LEPROSUM EM CAMUNDONGOS

Autores: Hudson Jordão Ribeiro Melo, Débora Lilian Nascimento Lima, Flávio Willamis Ferreira Junior Melo, Lailson Lima Costa, Paulo Humberto Moreira Nunes, Maria do Carmo de Carvalho e Martins Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Débora Lilian Nascimento Lima

Introdução: Combretum leprosum é um arbusto popularmente conhecido como “mofumbo”, sendo utilizado na medicina popular na cicatrização de feridas, no tratamento de hemorragias e como sedativo. Recentemente, foram demonstrados efeitos antiinflamatórios, gastroprotetor e antiulcerogênico no extrato etanólico de cascas desta planta. Objetivo: Investigar a atividade do extrato etanólico de Combretum leprosum (EECL) sobre a hipermotilidade intestinal induzida por óleo de rícino em camundongos Swiss. Material e métodos: Seis grupos de 8 camundongos Swiss (18-32g) aclimatizados em gaiolas metabólicas por 4 dias foram mantidos em jejum de sólido por 20 h. O primeiro grupo recebeu, por via oral, água, e os demais óleo de rícino (0,1 mL/animal); após 30 min, os animais dos grupos Controle Normal e Diarréico receberam água, os grupos experimentais receberam EECL nas doses de 500, 750 e 1000 mg/kg e o grupo padrão recebeu loperamida (3,5 mg/kg). Quantificou-se a excreção de fezes sólidas e líquidas por 4 horas. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação com Animais da

Universidade Federal do Piauí (Nº 042/09). Resultados: As quantidades de fezes líquidas (M 0,96)

eliminadas pelos animais tratados com EECL 500 (8,50 0,96), 750 (6,62 0,86) e 1000 mg/kg (9,00

1,00) e com a loperamida (7,58 0,60) foram significativamente menores (p<0,05) em relação à dos

animais diarréicos (11,83 0,82). A eliminação de fezes sólidas pelos animais tratados com EECL 500 (0,62

0,18), 750 (0,50 0,33) e 1.000 mg/kg (0,12 0,12) e com a loperamida (0,42 0,19) não sofreu

alterações significativas em relação aos animais diarréicos (0,67 0,28). Conclusão: O EECL (nas doses 500, 750 e 1.000 mg/kg) reduziu significativamente (p<0,05) a eliminação de fezes líquidas, mas não alterou a eliminação de fezes sólidas em comparação com os respectivos controles. Conclui-se, portanto, que o EECL contém princípio(s) ativo(s) que reduze(m) a eliminação de fezes líquidas, mas não altera(m) a excreção de fezes sólidas na diarréia provocada por óleo rícino em camundongos.

TL04 CARACTERÍSTICAS DE CASOS ATENDIDOS NO HOSPITAL DE URGÊNCIA DE TERESINA COM TRAUMA OCULAR ABERTO

Autores: Eduardo Coêlho Fontes, Erbert Portela Martins Filho, Jaime da Paz Neto, Caio Jansen Melo e Sousa Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Jaime da Paz Neto

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INTRODUÇÃO: Os traumas oculares abertos acometem principalmente indivíduos jovens, com grande repercussão econômica e social. O perfil desses pacientes é bastante variável conforme a região e a época estudadas. OBJETIVO: Avaliar as características dos traumas oculares abertos atendidos no Hospital de Urgência de Teresina Dr. Zenon Rocha (HUT) atendidos por residentes de segundo ano de Oftalmologia. MÉTODO: Estudo prospectivo realizado no HUT no período de 14 de novembro de 2009 a 22 de maio de 2010. Foi preenchida ficha padronizada para os pacientes atendidos por residentes do segundo ano de Oftalmologia com diagnóstico de trauma ocular aberto. Foram analisadas as seguintes variáveis: procedência, idade, sexo, local do acidente, intervalo até o atendimento, natureza do trauma, uso de proteção ou óculos, olho acometido, tratamento, classificação do trauma pela “The Ocular Trauma Classification Group” (OTCG). RESULTADOS: Foram atendidos 19 pacientes com trauma com bulbo aberto, sendo a maioria procedente do interior do Piauí (73,7%) e do sexo masculino (78,9%). A média de idade foi de 25,1 anos e a média do intervalo até o atendimento foi de 58 horas. 47,7% dos acidentes aconteceram no domicílio do paciente. Quanto à natureza do acidente, as feridas penetrantes (por faca, galho de árvore) responderam por 84,2% dos atendimentos. Nenhum paciente fazia uso de óculos ou equipamento de proteção (capacete, máscara) no momento do acidente e não houve casos de acometimento bilateral. Houve herniação de tecido uveal em 84,2% dos casos. No que tange à classificação do trauma, 78,9% foram do tipo B, 36,8% foram do grau 4, não foi verificado defeito pupilar aferente (pupila negativa) em 47,4% dos casos e a zona I foi acometida em 58% dos olhos. Em 82, 4% o tratamento cirúrgico foi a opção de tratamento. CONCLUSÃO: Pacientes adultos jovens, do sexo masculino e de fora de Teresina compõem a maioria dos pacientes atendidos no HUT com trauma ocular aberto. O grande intervalo até o

atendimento oftalmológico e a falta de proteção podem piorar o prognóstico visual.

TL05 INCIDÊNCIA DE MICOSES PULMONARES EM AMBULATÓRIO DE CLÍNICA DE REFERÊNCIA EM PNEUMOLOGIA NA CIDADE DE TERESINA-PI

Autores: Lucas Nunes Montechi, Danilo Marcos Miranda da Silva, Ivan de Rezende Almeida, Antônio de Deus Filho Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Lucas Nunes Montechi

INTRODUÇÃO: As micoses sistêmicas constituem um grupo de infecções adquiridas através da inalação de propágulos de fungos dimórficos, causando lesão pulmonar primária com tendência a regressão espontânea no hospedeiro imunocompetente. Conceitua-se como micose pulmonar toda infecção causada por fungo que se expressa com manifestações pulmonares. A ocorrência de micoses sistêmicas no semi-árido nordestino carece de estudos que possam retratar, de modo consistente, indicadores epidemiológicos de incidência, prevalência, morbidade e mortalidade. OBJETIVOS: Determinar a incidência das manifestações pulmonares nas micoses; e correlacionar achados radiológicos e tomográficos do tórax com diagnóstico etiológico das micoses. MÉTODOS: Estudo observacional, prospectivo e descritivo realizado com 150 pacientes da Clínica de Pneumologia Sanitária do Hospital Getúlio Vargas de Teresina – PI, atendidos entre Agosto/2003 e Julho/2006, portadores de pneumopatia e com alterações radiográficas e tomográficas do tórax. Divididos em dois grupos: Grupo 1 (pacientes com pneumopatia a esclarecer) e Grupo 2 (pacientes com pneumopatia crônica persistente; tratados como tuberculose sem comprovação laboratorial; com diagnóstico bacteriológico de tuberculose, mas com persistência, agravamento ou recorrência de manifestações respiratória e/ou radiológicas; OU com manifestações extra-pulmonares), sendo excluídos pacientes com infecções respiratórias agudas bacterianas ou virais. Aplicaram-se questionários e realizaram-se testes sorológicos, pesquisa de agente etiológico, estudo radiológico, teste tuberculínico e análise estatística. RESULTADOS: Dos 150 pacientes selecionados, 58 (38,6%) apresentavam micose sistêmica e manifestações pulmonares, com a coccidioidomicose correspondendo a 20%; aspergilose, a 8%;paracoccidioidomicose, a 7,3%; histoplasmose, a 2%;e criptococose, a 1,3%. Dos portadores de micose sistêmica, 37 (63,8%) foram incluídos no Grupo 1 devido à pneumopatia de etiologia inicialmente incerta; e 21 (36,2%) foram incluídos no Grupo 2, por apresentarem suposto diagnóstico de tuberculose (apesar de pesquisa de bacilo álcool-ácido resistente no escarro negativa; ou,mesmo com

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baciloscopia positiva, tratamento anti-tuberculose ineficaz). CONCLUSÃO: O médico deve considerar a possibilidade de doença fúngica em pneumonia subaguda ou crônica não responsiva a antibióticos antibacterianos e na qual não foi evidenciada etiologia por bactéria, micobactéria ou vírus.

TL06

ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DE PACIENTES INTERNADOS COM LEISHMANIOSE VISCERAL NO INSTITUTO DE DOENÇAS TROPICAIS NATAN PORTELLA (IDTNP) EM TERESINA-PI, ENTRE MAIO DE 2006 E MAIO DE 2009

Autores: Glaydson Teixeira Oliveira, Amanda Gomes Vale, Maria Luísa Brito Ferreira Almino, Maria do Amparo Salmito Cavalcanti Instituição(ões): Universidade Estadual do Piauí (UESPI) Apresentador(a): Glaydson Teixeira Oliveira

INTRODUÇÃO: A leishmaniose visceral (LV) é uma importante zoonose caracterizada como um grave problema de saúde pública. No Brasil, assume caráter esporádico ou endemo-epidêmico, com focos de maior endemicidade registrados nos estados da Bahia, Ceará, Piauí e Maranhão. A ocorrência da doença em uma determinada área depende basicamente da presença do vetor susceptível e de um hospedeiro/reservatório igualmente susceptível. OBJETIVOS: Demonstrar aspectos clínicos, epidemiológicos e dados demográficos de pacientes com LV internados IDTNP, em Teresina-PI. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo de coorte aberta retrospectivo/clássico com entrada de 137 pacientes de forma não probabilística e consecutiva. Para confirmação dos casos de LV foi utilizada pesquisa do parasita na medula óssea, sorologia ou cultura, associada a manifestações clínicas da doença. RESULTADOS: Em relação à procedência 73 (52,3%) pacientes eram do estado do Piauí, sendo 30 (41,1%) de Teresina e 43 (58,9%) do interior do estado; 59 (43,1%) do estado do Maranhão, 3 (2,2%) do estado do Pará, 1 (0,73%) do estado do Ceará e 1 (0,73%) do Distrito Federal. Em relação ao sexo, 86 (63,24%) pacientes eram do sexo masculino. A maioria era criança ou jovem com idade entre 0 e 20 anos. O tempo médio de internação e de doença foram respectivamente 17,30 e 39,8 dias. Em relação à história clínica 94 (70,15%) pacientes apresentaram perda de peso com média de peso perdido de 5 Kg e 100 gramas, 132 (97,1%) febre com tempo médio de 39,6 dias, e 103 (76,3%) edema. A maioria dos pacientes relatou sinais e sintomas da doença há aproximadamente 40 dias. As complicações mais frequentes foram pneumonia, hemorragia, infecção do trato urinário e insuficiência renal. A maioria teve alta hospitalar com melhora após tratamento com drogas específicas. CONCLUSÃO: A LV é uma doença endemo-epidêmica que atinge principalmente indivíduos jovens e de baixas condições socioeconômicas. O Piauí está inserido no contexto da doença tornando-se fundamental a adoção de medidas de proteção dos susceptíveis, combate ao vetor e melhoria da qualidade de vida da população exposta.

TL07 EFEITO DO TAMOXIFENO NA CONCENTRAÇÃO TOTAL DE PROTEÍNAS NA URETRA DE RATAS ADULTAS CASTRADAS

Autores: Vivianne Martins Almeida, Isabella Parente Almeida, Benedito Borges da Silva, Alesse Ribeiro dos Santos Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Vivianne Martins Almeida

INTRODUÇÃO: As mulheres menopausadas apresentam muitos sintomas urinários que podem ser melhorados por meio de reposição hormonal. Contudo, ainda não sabemos ao certo qual o efeito dos moduladores seletivos dos receptores de estrogênio no trato urinário inferior feminino. O tamoxifeno parece ter efeito agonista estrogênico na uretra e induziu aumento da vascularização e da espessura da mucosa uretral em mulheres e modelos experimentais, respectivamente. Entretanto, não se conhece os efeitos desta droga nas proteínas uretrais, o que poderia ajudar a entender o seu mecanismo de ação e servir como opção de tratamento das queixas urinárias em mulheres com deficiência hormonal. OBJETIVO: Avaliar o efeito do tamoxifeno na concentração total de proteínas na uretra de ratas adultas

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castradas. MÉTODOS: Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal da UFPI (Parecer nº 16/09). Doze ratas Wistar-Hannover adultas e castradas foram aleatoriamente divididas em dois grupos: Grupo C (Controle, 273±4,6g, n=6), no qual os animais receberam apenas veículo (propilenoglicol) e Grupo E (Experimental, 287±4,4g, n=6), no qual as ratas receberam 250µg/dia de citrato de tamoxifeno por 28 dias consecutivos, por gavagem. No 29º dia, os animais foram sacrificados e as uretras foram imediatamente removidas. A seguir, as proteínas totais foram extraídas em tampão apropriado e quantificadas pelo método do Biureto. A partir da concentração de uma amostra padrão calculou-se a concentração nas amostras dos animais de cada grupo. Os dados foram analisados utilizando o test t de Student não-pareado (p<0.05). RESULTADOS: A concentração média das proteínas totais das uretras dos animais dos grupos experimental (1,27±0,11g/dL) foi significativamente maior em relação ao grupo controle (0,83±0,07g/dL), com nível de significância de p<0.01. CONCLUSÃO: Os resultados mostraram que o tamoxifeno na dose de 250µg/dia por 4 semanas aumentou de forma estatisticamente significativa a concentração total de proteínas totais na uretra de ratas adultas castradas.

TL08 EFEITOS DO CONCENTRADO DE JATOBÁ EM RATOS DIABÉTICOS Autores: Isabella Parente Almeida, Daiane Cristina Ferreira Damasceno, Ana Lina de Carvalho Cunha Sales, Joseanne Maria Rodrigues Teixeira, Luanne Fortes Monte Soares, Maria do Carmo de Carvalho e Martins Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Isabella Parente Almeida

INTRODUÇÃO: O fruto do jatobá (Hymenaea courbaril L.) apresenta elevado conteúdo de fibra alimentar total, e a astilbina nele encontrada relaciona-se com o combate ao estresse oxidativo. OBJETIVO: Avaliar o efeito do concentrado de jatobá sobre o controle glicêmico e perfil lipídico de ratos diabéticos. MÉTODOS: Rattus novergicus machos (230-270g) distribuídos em três grupos de 8 foram tratados diariamente com concentrado de jatobá 10% 0,5 mL/100 g (J) ou água destilada 0,5 mL/100 g nos grupos controle diabético (D), e controle normal (CN) a partir do 5º dia após indução de diabetes com estreptozocina (Sigma Chemical, USA) 40 mg/kg i.v. em tampão citrato pH 4,5. Após 50 dias de tratamento, foram obtidas amostras de sangue para dosagens bioquímicas. As determinações foram realizadas por método enzimático colorimétrico no laboratório CENDOMED – Teresina/PI. A análise estatística foi realizada por meio do teste t pareado, e ANOVA seguida de teste de Tukey. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação com Animais da UFPI. RESULTADOS: Os animais de todos os grupos apresentavam glicemia normal antes da indução (D: 81,0±3,6; J: 87,9±4,4; CN: 94,1±2,1). Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos em: peso pré-indução (D: 259,8±5,1; J: 248,8±9,6; CN: 238,5±1,4); e níveis séricos de HDL (D: 22,9±1,5; J: 21,1±4,2; CN: 21,1±1,0). Os grupos D e J apresentaram ingestão hídrica significativamente maior em relação ao CN (D: 116,1±8,6; J: 95,24±6,9; CN: 39,25 ± 0,9);O grupo J, em relação a D e C, apresentou níveis significativamente menores de: CT (D: 61,0±3,8; J: 43,4±4,6; CN: 79,5±3,1) e TG (D: 80,0±11,0; J: 27,0±6,4; CN: 52,8±5,3). O tratamento com jatobá produziu, em relação a D, redução significativa de: glicemia após tratamento (D: 563,9±47,9; J: 261,8±53,0; CN: 105,3±6,8); diurese (D: 77,76±6,3; J: 59,2±4,7; CN: 8,0±0,7); frutosamina (D: 219,7±47,0; J: 92,3±22,4; CN: 110,3±10,6). Houve redução significativa do peso ao final do tratamento (D: 185,8±10,1; J: 158,1±9,0) em D e J. CONCLUSÃO: O tratamento de animais diabéticos com concentrado de jatobá produziu efeito hipolipemiante e hipoglicemiante, com melhor controle glicêmico em curto prazo evidenciado pela redução nos níveis de frutosamina. Agradecimentos: Laboratório CENDOMED.

TL09 GENOTIPAGEM DE PORTADORES DE HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA POR DEFICIÊNCIA DA 21 HIDROXILASE EM TERESINA-PIAUÍ

Autores: Edjane Santos de Queiroz, Eliamara Barroso Sabino, Rogério Santiago Araújo

Instituição(ões): Universidade Estadual do Piauí (UESPI) Apresentador(a): Edjane Santos de Queiroz

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INTRODUÇÃO: Os fenótipos clássico perdedor de sal (PS), virilizante simples (VS) e não clássico (NC) da hiperplasia adrenal congênita por deficiência da 21hidroxilase (HAC-21OH), definidos por mutações localizadas nas regiões exônicas e intrônicas do CYP21A2, representam um contínuo espectro da severidade na deficiência da 21OH. Este gene do lócus 6p21.3 contém 3,4 quilobases (kB) e codifica uma proteína com 494 aminoácidos (Rodrigues et al.,1987). HAC-21OH possui herança autossômica recessiva e a maioria dos pacientes é heterozigoto composto. Nove mutações principais estão presentes em mais de 90% dos pacientes. Quanto menor atividade enzimática da 21OH, mais agressivo é o fenótipo da doença (PS), havendo excelente correlação genótipo-fenótipo. OBJETIVOS: Analisar a apresentação clínico-laboratorial de casos atendidos em Teresina, investigar a presença das nove mutações do CYP21A2 e correlacioná-las com a forma clínica. MÉTODOS: Estudou-se clinicamente sete pacientes com HAC-21OH . Extraiu-se o DNA de leucócitos periféricos com o kit Wizard (Promega ®) e o gene de 10 éxons foi amplificado com 2 pares de primers descritos por Wedell et al. RESULTADOS: As formas clínicas foram assim distribuídas: 5 com forma clássica PS (5 meses-12anos, genitália ambígua na apresentação inicial e desidratação no masculino, 1 do sexo masculino, 17OHP= 55-185 ng/mL, K= 6,0-7,0 mEq/L), 1 com forma clássica VS (1ano e 9meses, sexo masculino, 17OHP= 372ng/mL, K= 9,3 mEq/L), 1 com forma NC (15 anos, pubarca precoce, 17OHP= 27ng/mL). Amplificou-se os éxons 1 a 3 do gene CYP21A2 com os primers p1 e p48, gerando um fragmento de 1 kbp; e os éxons 4 a 10, com os primers p4 e p55 que geraram um fragmento de 2 kpb. Estamos iniciando PCR alelo-específico para investigar as mutações mais frequentes descritas na literatura e comparar sua distribuição com a nossa amostra. CONCLUSÃO: Descrevemos pela primeira vez em Teresina-PI, casos de HAC-21OH com documentação clínico-laboratorial e estudos de biologia molecular em etapa final de genotipagem do CYP21A2. Esta pesquisa abre caminhos metodológicos concretos para genotipagem de patologias como fibrose cística, distrofia muscular de Duchenne, anemia falciforme, hemocromatose, dentre outras.

TL10 ESTUDO HISTOLÓGICO DA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS CUTÂNEAS UTILIZANDO A BANHA DE BACURI

Autores: Reginaldo Queiroz dos Santos Junior, Ísidra Manoela Sousa Portela Santos, Licia Cândido Soares, Karinne de Sousa Araújo Instituição(ões): FACID Apresentador(a): Reginaldo Queiroz dos Santos Junior

Introdução: O processo de cicatrização é universal e após o ferimento ocorre uma seqüência de reações cuja finalidade é reconstituir a continuidade tecidual. O bacurizeiro (Platonia insignis Mart.) é uma planta nativa da amazônia e do nordeste do país, com uso popular devido a sua ação cicatrizante e antimicrobiana. Objetivo: O objetivo deste projeto foi analisar histologicamente o processo cicatricial de feridas cutâneas abertas em ratos e tratadas com a banha de bacuri. Metodologia: Utilizou-se 36 ratos Wistar, machos, com peso médio de 250g. Confeccionou-se uma ferida de 2 cm de diâmetro no dorso de todos os animais que em seguida foram distribuídos em dois grupos de 18 animais: grupo controle – sem tratamento e grupo tratado com aplicação tópica diária de banha de bacuri. Cada grupo foi subdividido em três subgrupos de 6 animais e avaliados no 4º, 7º e 14º dias do pós-operatório. Realizou-se estudo comparativo com análise macroscópica e histológica verificando o tecido de granulação, inflamação aguda e crônica e a reepitelização. Resultados e Discussão: A inflamação aguda reduziu a partir do 7º dia nos dois grupos, sendo mais evidente no grupo tratado com a banha, entretanto a inflamação crônica no mesmo grupo esteve presente em todos os períodos. Neste mesmo período, houve redução do tecido de granulação sendo substituído por fibroblastos ativos entre fibras colágenas neoformadas, células mononucleadas e macrófagos. Aos quatro dias ambos os grupos não obtiveram reepitelização, os animais tratados com a banha no 7º dia demonstraram reepitelização considerável. Conclusão: A banha de bacuri (Platonia insignis Mart) foi eficiente no 7º dia de tratamento, com redução do processo inflamatório agudo porém com aumento da inflamação crônica. Os ácidos graxos presentes na banha de bacuri (Platonia insignis Mart) favorecem o processo cicatricial.

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TL11 EFEITO DO ÓLEO-RESINA DE COPAIFERA SP. SOBRE DIARRÉIA INDUZIDA POR ÓLEO DE RÍCINO EM MUS MUSCULUS

Autores: Fábio Israel Lima Castelo Branco Marques, Felipe Soares Oliveira Portela, Igor Ramon de Melo Batista, Iran Batista de Brito, Maria do Carmo de Carvalho e Martins, Paulo Humberto Moreira Nunes Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Fábio Israel Lima Castelo Branco Marques

Introdução: As condições socioeconômicas e culturais da população brasileira determinam a utilização de produtos de origem vegetal para fins terapêuticos em larga escala. As copaibeiras (Copaifera sp.) são utilizadas na medicina popular como cicatrizante, antiinflamatório, anti-séptico, antitumoral e como agente para tratar bronquites, úlceras e doenças de pele (VEIGA JÚNIOR, V. F.; PINTO, A. C. O Gênero Copaifera L. Química Nova. v. 25, n.2, p. 273-286. 2002). A medida da velocidade do trânsito intestinal é indispensável no estudo de novos fitoterápicos. O presente estudo avaliou a atividade do óleo de Copaifera sp. sobre diarréia induzida pelo óleo de rícino em camundongos. Método: Camundongos Swiss (Mus musculus), machos e fêmeas, com peso entre 15 e 30g, aclimatados e submetidos a jejum de 18 horas foram distribuídos em grupos de 8 animais. Um dos grupos recebeu água 0,1 mL/animal e os demais receberam óleo de rícino 0,1 mL/animal v.o. Após 30 min, os grupos receberam Tween80 0,1mL/10g, água 0,1mL/10g, óleo essencial de Copaifera sp. nas doses de 100, 200 e 400 mg/kg e Loperamida 3,5 mg/kg, quantificando-se a eliminação de fezes sólidas e líquidas por 4 horas. Os dados obtidos foram analisados por ANOVA seguida de pós-teste de Tukey. Resultados: As quantidades de fezes líquidas (M ± EPM) foram significativamente menores (p<0,01) nos grupos tratados com Loperamida (7,58 ± 0,60) e óleo de copaíba nas doses de 200 (5,87 ± 0,64) e 400 mg/kg (6,62 ± 0,88) em relação aos grupos tratados com óleo de rícino e água (11,83 ± 0,82) ou óleo de rícino e Tween (9,25 ± 0,73). O óleo de copaíba na dose de 100mg/kg (10,38 ± 1,57) não mostrou efeito antidiarréico. Além disso, não houve diferença significativa (p>0,05) na eliminação de fezes líquidas ou sólidas entre os grupos que receberam óleo de copaíba nas doses de 200 e 400mg/kg e o grupo que recebeu loperamida. Conclusão: O óleo de Copaíba contém princípio(s) ativo(s) que apresenta(m) efeito sobre a diarréia induzida por óleo de rícino, sendo tal efeito evidenciado nas doses de 200 e 400 mg/kg.

TL12 INIBIÇÃO DO INFLUXO DE CÁLCIO POR EXTRATO ETANÓLICO DE ZANTHOXYLUM RHOIFOLIUM LAM. (RUTACEAE) EM ANÉIS DE ARTÉRIA MESENTÉRICA DE RATO

Autores: Edson Santos Ferreira Filho, Nelma Neylanne Pinho Muniz Oliveira, José Couras da Silva Filho, Daniel Dias Rufino Arcanjo, Rita de Cássia Meneses Oliveira, Aldeidia Pereira de Oliveira Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Edson Santos Ferreira Filho

INTRODUÇÃO: Zanthoxylum rhoifolium Lam. (Rutaceae) é uma árvore originária do Brasil, com distribuição na mata pluvial e atlântica, conhecida como “mamica-de-cadela” ou “mamica-de-porca”, utilizada na medicina popular como antiinflamatória, antimicrobiana, anticancerígena e antimalárica. Estudos evidenciaram propriedades antitumorais e imunomoduladoras para metabólitos secundários presentes em extratos de Zanthoxylum rhoifolium. OBJETIVO: Investigar o efeito vasodilatador induzido pelo extrato etanólico da casca do caule de Zanthoxylum rhoifolium (ZR-EtOH) em anéis de artéria mesentérica de rato. MÉTODOS: Todos os protocolos foram aprovados pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal da Universidade Federal do Piauí, sob o número 029/09. Anéis de artéria mesentérica de ratos (Rattus norvegicus), variedade Wistar, machos, peso entre 250 e 300 g, foram dissecados e incubados em solução de Tyrode a 37º C, pH 7,4, aerados com mistura carbogênica (95% O2 + 5% CO2), suspensos por linhas de algodão e fixados a transdutor de força acoplado a sistema de aquisição (AQCAD/AVS Projetos - SP) e submetidos a tensão de 0,75 gf. Após estabilização (60 minutos), anéis com e sem endotélio vascular foram pré-contraídos com fenilefrina (10 μM); na fase tônica da contração, adicionou-se cumulativamente

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ZR-EtOH (0,1 μg/mL – 750 μg/mL). RESULTADOS: ZR-EtOH promoveu um efeito vasodilatador dependente de concentração, independente do endotélio vascular, em anéis pré-contraídos com fenilefrina (com endotélio, CE50 = 99,0 ± 31,4 μg/mL, n=8; sem endotélio, CE50 = 155,6 ± 36,7 μg/mL, n=8; p>0,05), sugerindo que não há participação de metabólitos endoteliais. A participação de canais de cálcio foi verificada em preparações sem endotélio e pré-contraídas por agente despolarizante (KCl 80mM); nestas condições, ZR-EtOH promoveu efeito vasodilatador dependente de concentração (CE50 = 78,7 ± 19,2 µg/mL, n=8; *p<0,05 versus sem endotélio), sugerindo que, provavelmente, ZR-EtOH diminui o influxo de cálcio na célula muscular lisa. CONCLUSÃO: O extrato etanólico da casca do caule de Zanthoxylum rhoifolium possui efeito vasodilatador independente do endotélio, envolvendo provavelmente o bloqueio do influxo de cálcio através da membrana plasmática. APOIO FINANCEIRO: UFPI.

TL13 ANÁLISE DE SIMPATECTOMIA TORÁCICA EM CRIANÇAS Autores: Carmen Laís Gervásio Fonsêca Alves, Camila Teresa Reis Assunção Sá, Fábio Souza Guimarães, Herion Alves da Silva Machado, Gabriella Miranda Martins Instituição(ões): FACID Apresentador(a): Carmen Laís Gervásio Fonsêca Alves

INTRODUÇÃO: A hiper-hidrose ocorre devido a uma hiperreatividade do nervo simpático levando sudorese excessiva em algumas regiões do corpo. Pode ser facial, palmar, axilar e plantar. Não há preferência por sexo ou idade. O início dos sintomas pode aparecer em qualquer faixa etária e sua única evidência é sudorese excessiva. OBJETIVO: Identificar a eficácia da realização de simpatectomia em crianças com ênfase na compreensão da criança em relação aos sintomas de incomodo e constrangimento como critério para a realização desse procedimento no tratamento de hiper-hidrose primária. MÉTODOS: O trabalho corresponde a um estudo com abordagem qualitativa. Foram seguidas as determinações da resolução 196/96 e solicitado previamente um Termo de Consentimento livre e esclarecido aos responsáveis pelos participantes. RESULTADOS:Dez crianças foram submetidas a simpatectomia torácica bilateral por vídeo, sendo 05 sexo feminino e 05 masculino, com idades entre 07 e 12 anos. O predomínio da hiper-hidrose palmar-plantar foi em 07 crianças, sendo que nas outras 03 predominou a hiper-hidrose palmar-plantar-axilar. Foi realizada a secção do tronco simpático à nível de T3 e T4 para a hiper-hidrose palmar-plantar e secção de T3,T4 e T5 para hiper-hidrose palmar-plantar-axilar. Todos pacientes foram submetidos a anestesia inalatória com duração do procedimento cirúrgico entre 20 à 40 minutos. Após 24 horas de internação tiveram alta hospitalar, exceto 01 que permaneceu por 36 horas. Todas as crianças tiveram ausência de sudorese nas regiões palmar e axilar, com diminuição da sudorese na região plantar em 70%. Houve presença de sudorese compensatória em 100% delas, mas nenhuma mostrou-se arrependida ou desconfortável com essa sudorese. CONCLUSAO: Através da realização da simpatectomia em 10 crianças, foi evidenciando que o procedimento é indicado às crianças que possuem o incômodo do suor excessivo levando a prejuízos em atividades escolares, dificuldade de relacionamento com os colegas ou abandonos.

TL14 ANÁLISE HISTOLÓGICA DA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS CUTÂNEAS EXPERIMENTAIS SOB A AÇÃO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA

Autores: Jefferson Torres Nunes, Carmen Laís Gervásio Fonsêca Alves, Aline da Luz Sousa, Jesus Antônio de Carvalho Abreu Instituição(ões): FACID Apresentador(a): Jefferson Torres Nunes INTRODUÇÃO: A cicatrização é um processo fisiológico que ocorre diante de injúrias causadas em tecidos vivos. Muitas pesquisas estão sendo realizadas visando à estimulação do reparo tecidual através de vários métodos. Á partir da década de 90 surgiu o emprego do laser de baixa potencia no auxilio a cicatrização de feridas. No entanto uma serie de protocolos tem sido empregados visando comprovar a eficácia ou estabelecer o método mais eficaz de emprego do mesmo.OBJETIVO: Analisar histologicamente o processo de cicatrização das feridas cutâneas experimentais sob o uso do laser de baixa potencia de comprimento

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de onda de 904 nm(4J e 8J).METODOLOGIA: Foi retirado um fragmento cutâneo com 2cm de diâmetro, até a exposição da fáscia muscular dorsal de 30 ratos Wistar. Dividiu-se os animais em três grupos composto por 10 animais conforme a terapêutica adotada. Cada grupo por sua vez foi subdividido em 3 subgrupos compostos por 5 animais conforme o período de eutanásia. O grupo 1 recebeu aplicação em varredura do laser de baixa potencia(4J), a partir do procediemto cirúrgico e a cada 24 horas por um período de 7;14 e 21 dias, o grupo 2 foi tratado com laser de baixa potencia(8J) e de acordo com o protocolo anterior e no grupo 3 não realizada intervenção terapêutica. A análise histológica avaliou: proliferação vascular, presença de fibroblastos, fibras colágenas e reepitelização. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise microscópica da cicatrização das feridas evidenciou que aos 21 dias de pós-operatório todos os animais dos grupo 1 e 2 apresentavam completa e apenas 1 do grupo 3 estava completa. Com relação à presença de neovasos, no sétimo dia todos os animais do grupo 1 apresentava uma acentuada presença e aos 21 dias,4 animais do grupo 3 possuíam uma moderada presença de neovasos. Com 7 dias de pós-operatório todos animais do grupo 1 e 2 tinham acentuada presença de fibras de fibroblastos e apenas 1 do grupo 3 tinha acentuada presença de fibroblastos. O colágeno foi acentuado em todos animais dos grupos 1 e 2,e em 4 animais do grupo 3. CONCLUSAO: A análise dos resultados morfológicos permite inferir que os grupos 1 e 2 foram favorecidos no processo de cicatrização das feridas cutâneas, quando comparados com o controle

TL15 ATIVIDADE ANTIULCEROGÊNICA DO ÓLEO-RESINA DE COPAÍFERA SP EM ÚLCERAS GÁSTRICAS INDUZIDAS POR ETANOL EM RATOS

Autores: Lucas Henrique Porfírio Moura, Ricardo Damasceno Soares, Romário Yanes de Carvalho Lima, Salatiel Martins Vieira, Maria do Carmo de Carvalho e Martins, Paulo Humberto Moreira Nunes Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Lucas Henrique Porfírio Moura

Introdução: As úlceras gástricas e duodenais são consideradas importantes causas de morbidade na população mundial. O óleo-resina (bálsamo) de copaíba é utilizado na medicina popular como cicatrizante, antiinflamatório, anti-séptico, antitumoral e como agente para tratar bronquites, úlceras e doenças de pele (VEIGA JÚNIOR, V. F.; PINTO, A. C. O Gênero Copaifera L. Química Nova. v. 25, n.2, p. 273-286. 2002). Objetivos: Avaliar os efeitos da administração do óleo-resina de Copaífera sp. sobre úlceras gástricas induzidas por etanol em Rattus norvegicus. Métodos: Rattus norvegicus fêmeas linhagem Wistar, pesando 175 ± 30 g foram mantidas em fotoperíodo luz-escuro de 12 horas. Após um período de jejum de 24 horas, os animais foram divididos em grupos de sete a oito e tratados por via oral com água (5 mL/kg, grupo controle água), Tween 80 1 % em água (5 mL/kg, grupo controle veículo), óleo de copaíba (200 mg/kg, grupo experimental) e carbenoxolona (200 mg/kg, grupo padrão). Após 60 min dos tratamentos, as úlceras gástricas foram induzidas por administração oral de etanol a 95% (5 mL/kg). Trinta minutos depois foi realizada eutanásia de todos os animais por sobredose de tiopental sódico (100 mg/kg) e seus estômagos retirados e abertos pela curvatura menor para determinação da área de lesão ulcerativa (ALU), expressa como percentagem da área do corpo do estômago, utilizando-se o software ImageJ. Os dados foram analisados através de ANOVA, seguida de pós-teste de Tukey. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação com Animais da Universidade Federal do Piauí (Protocolo 85/2010). Resultados: As ALU´s (Média ± EPM) dos animais tratados com carbenoxolona 200 mg/kg (1,45±0,37; p<0,001) e com óleo de Copaifera sp. 200mg/kg (2,4±0,62; p<0,001) foram significativamente menores quando comparadas aos controles água (19,3±2,40) e veículo (17,4 ±1,71), que não foram diferentes entre si. A gastroproteção produzida pelo óleo de Copaifera sp. (86,3%) foi semelhante àquela produzida pela carbenoxolona (92,5 %). Conclusão: O óleo de Copaífera sp. apresenta atividade antiulcerogênica em úlceras induzidas por etanol, provavelmente pela presença de princípios ativos que produzem preservação da camada de muco ou melhoram o controle do fluxo sanguíneo gástrico, sabidamente alterados pelo etanol.

TL16 CARACTERÍSTICAS DOS PACIENTES ATENDIDOS COM ÚLCERA CORNEANA NO HOSPITAL DE URGÊNCIA DE TERESINA

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Autores: Eduardo Coêlho Fontes, Erbert Portela Martins Filho, Caio Jansen Melo e Sousa, Ricardo Coêlho Fontes, Jaime da Paz Neto, Julianna Maria Lopes Bucar Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Eduardo Coêlho Fontes

INTRODUÇÃO: As úlceras corneanas são causa de elevada morbidade, perda de visão e, muitas vezes, perda de olhos. Apresentam, ainda, grande impacto socioeconômico por levar a perda de dias de trabalho, especialmente em países em desenvolvimento. Na maioria das vezes há fatores de risco associados facilmente identificáveis, como trauma ocular, uso de lentes de contato e doenças oculares prévias. OBJETIVOS: O presente estudo tem por objetivo descrever as características dos pacientes atendidos com úlcera de córnea no Hospital de Urgência de Teresina Dr. Zenon Rocha (HUT) e verificar a etiologia mais comum em nosso meio. MÉTODO: Foram incluídos neste estudo pacientes atendidos no HUT por residentes do segundo ano de Oftalmologia no período de oito de novembro de 2009 a 10 de maio de 2010. Os dados dos pacientes foram coletados a partir de ficha padronizada, sendo analisadas as seguintes variáveis: sexo, idade, procedência, renda familiar, uso de lentes de contato, história de trauma, duração dos sintomas, olho acometido, nível de escolaridade, tabagismo, etiologia (bacterioscopia e exame micológico direto). RESULTADOS: Foram atendidos 12 pacientes com úlcera corneana, sendo 10 (83,3%) do sexo masculino e dois (16,7%) do sexo feminino. Todos os pacientes eram procedentes do Piauí, sendo nove (75%) do interior e três (25%) de Teresina. Oito (66,7%) pacientes residiam em zona urbana e quatro (33,3%) em zona rural. A média das idades era de 40,5 anos e 50% tinham renda familiar entre um e quatro salários mínimos. O nível de escolaridade ficou abaixo do ensino médio em 63,6% dos pacientes. Não houve casos bilaterais. Dois pacientes eram usuários de lentes de contato e oito (66,63%) apresentaram trauma ocular. A duração dos sintomas até o atendimento no HUT foi em média de 15 dias. Quatro pacientes declararam tabagismo. A bacterioscopia foi positiva em seis (50%) pacientes, duas (33,3%) mostrando microrganismos Gram positivos e quatro (66,7%) mostrando Gram negativos. O exame micológico direto foi positivo em cinco (41,7%) casos, sempre evidenciando hifas septadas hialinas. CONCLUSÃO: Indivíduos do sexo masculino, procedentes do interior, com baixa renda, baixo nível de escolaridade representam a maioria dos pacientes atendidos no HUT com úlcera corneana. As úlceras bacterianas e as micóticas aparecem quase na mesma proporção. O intervalo entre o início dos sintomas e o atendimento no HUT foi preocupante (15 dias).

TL17 LIPOSSARCOMA MIXÓIDE: RELATO DE CASO Autores: Gabriella Miranda Martins, Tiago Augusto Medeiros Paz, Thácyro Montesquieu Teixeira Monteiro, Rômulo Basílio Ferro Gomes Cavalcante, Simão Pedro Carcará Reinaldo de Sousa Instituição(ões): FACID Apresentador(a): Gabriella Miranda Martins

INTRODUÇÃO: O lipossarcoma é um dos tipos de sarcomas de partes moles classificado como tumor maligno raro do pulmão. Estima-se que há registro de aproximadamente 60 casos na literatura. Este tumor apresenta raro desenvolvimento em crianças, sendo mais freqüente em adultos acima de 40 anos. São tumores bem delimitados e não-encapsulados. Os tipos encontrados incluem: mixóide, células redondas, pleomórfico e bem diferenciado. Aproximadamente 85% dos pacientes são assintomáticos. O tratamento é ressecção cirúrgica quando possível. RELATO DO CASO:. A.F.F., 24 anos, feminino, procurou o ambulatório médico para avaliação clínica de rotina. Paciente assintomática, com exame físico normal. Na radiografia de tórax observou-se imagem de opacidade sugerindo massa pulmonar em terço superior esquerdo. Relatou antecedente de acidente automobilístico há um ano. Realizou-se Tomografia Computadorizada de tórax que evidenciou opacidade pulmonar com limites bem definidos, tipo massa em topografia de lobo superior esquerdo com íntimo contato com a parede torácica posterior. Realizada biópsia transtorácica guiada por tomografia computadorizada de tórax, revelando hamartoma pulmonar. Foi submetida à toracotomia póstero-lateral esquerda com achado operatório de lesão sólida, trilobulada, extrapulmonar, posterior, aderida à parede torácica, sem comprometimento pulmonar. Realizada ressecção completa da lesão, com margens cirúrgicas adequadas. A paciente permaneceu em pós-

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operatório por três dias. Ao término, retirado dreno torácico e alta hospitalar. O resultado do exame histopatológico evidenciou lipossarcoma mixóide e imunohistoquímica determinou positivo para proteína S-100. Paciente permanece em seguimento ambulatorial há 3 anos, sem intercorrência. CONSIDERAÇOES FINAIS: Os sarcomas primários do tórax são raros, sendo que o diagnóstico somente pode ser considerado depois de excluídos os tumores primários do pulmão com aspecto sarcomatóide e as neoplasias pulmonares secundárias. Nos casos de lipossarcoma de mediastino, esta entidade deve ser considerada entre os diagnósticos diferenciais de lesões císticas do mediastino posterior.

TL18 PSEUDOTUMOR INFLAMATÓRIO DE PULMÃO - RELATO DE CASO Autores: Simão Pedro Carcará Reinaldo de Sousa, Thácyro Montesquieu Teixeira Monteiro, Herion Alves da Silva Machado, Leonardo de Matos Andrade, Rômulo Basílio Ferro Gomes Cavalcante Instituição(ões): FACID Apresentador(a): Simão Pedro Carcará Reinaldo de Sousa

INTRODUÇÃO: O pseudotumor inflamatório é um tumor benigno pouco freqüente no pulmão. Pode ser encontrado em pacientes de qualquer idade e sem predileção por sexo. Os pacientes se apresentam freqüentemente assintomáticos. Pela análise da radiografia, a lesão assemelha-se com neoplasia de pulmão e o diagnóstico é dado pelo exame histopatológico. A ressecção cirúrgica é curativa. RELATO DO CASO: M.F.S., 5 anos, feminino, veio encaminhada de hospital infantil com história de tratamento freqüente para processo inflamatório pulmonar inespecífico, com quadro clínico de tosse produtiva, febre, dispnéia importante ao deitar, e emagrecimento. Realizou radiografia de tórax com importante velamento do hemitórax esquerdo. A tomografia computadorizada de tórax evidenciou extensa massa pulmonar em hemitórax esquerdo com desvio do mediastino para o lado oposto. Realizado tratamento do quadro pneumônico, e encaminhada à cirurgia. Realizada toracotomia póstero-lateral esquerda com achado operatório de grande massa tumoral ocupando totalmente o hemitórax. Realizado dissecção tumoral com ressecção completa da massa e reexpansão pulmonar. No pós-operatório a criança evoluiu com derrame pleural septado pela não reexpansão pulmonar no leito. Foi realizado novo procedimento com limpeza cirúrgica e boa evolução clínica. A criança teve alta hospitalar no 16º dia de pós-operatório. O exame histopatológico revelou pseudotumor infamatório de pulmão. É uma patologia rara, mas que sempre deve ser considerada frente a um caso de massa isolada de pulmão, principalmente em jovens, a abordagem deve ser agressiva para proporcionar uma maior possibilidade de cura. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Através do caso clínico foi possível evidenciar um caso raro de pseudotumor inflamatório em criança.

TL19 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA NÃO ADERÊNCIA AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA, EM UMA MICROÁREA DO MUNICÍPIO DE CAXIAS - MA

Autores: Mariana Aroucha Carneiro, Thiago do Vale Machado, Pablo Germano de Oliveira, Francisco Fabrício Rocha de Sousa, Jorge Luis Mendes Montoya Instituição(ões): Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) Apresentador(a): Pablo Germano de Oliveira

INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma patologia de caráter multifatorial que pode ser catalogada entre as doenças crônico-degenerativas que, quando não tratada adequadamente, acarreta danos ao organismo, principalmente, ao coração, rins e sistema nervoso. (Andrade et al, 2002). No Brasil, aproximadamente, 65% dos idosos são portadores de hipertensão arterial sistêmica, que é a principal causadora de óbito na população brasileira há mais de 30 anos. (Lyra Junior et al, 2006). Apesar da grande variedade e disponibilidade dos agentes anti hipertensivos disponíveis para o tratamento da HAS, menos de 1/3 dos pacientes hipertensos adultos tem a sua pressão adequadamente controlada. Um fator que contribui significativamente para o não controle da pressão arterial é a não aderência ao tratamento, constituindo um sério problema e que deve ser entendida como um dos principais obstáculos para o sucesso do tratamento da HAS. (Andrade et al, 2002). OBJETIVO: Analisar a incidência e as razões que justificam a não aderência ao tratamento farmacológico da hipertensão arterial sistêmica, em uma

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microárea do município de Caxias-MA. MÉTODOS: Foi aferida a pressão arterial de 103 pessoas, sendo somente indivíduos com mais de 15 anos de idade, com ou sem história de hipertensão, residentes na microárea 02, do Bairro Caldeirões, localizada no município de Caxias-MA. Todas as 103 pessoas foram previamente avisadas pelo agente comunitário de saúde responsável pela microárea. Foram realizadas três aferições em cada paciente hipertenso. RESULTADOS: Foram encontrados 30 hipertensos, sendo desse total 9 novos casos. 80% corresponde a pessoas com mais de 50 anos. Foi observado que apenas 3 não usam o medicamento por esquecimento, por desconhecimento da necessidade de continuação do tratamento ou pelo custo, permanecendo com a pressão elevada. Os outros indivíduos hipertensos usam o medicamento, mas se mantém com a pressão elevada, por uso incorreto, não cumprindo os horários e usando a medicação apenas quando surgem sintomas. CONCLUSÃO: Apesar da cobertura do Programa Saúde da Família sobre toda a comunidade analisada, continua elevada a incidência de indivíduos que não aderem ao tratamento estabelecido pelo profissional de saúde, sendo necessárias medidas que promovam uma maior informação da população e um treinamento mais eficaz da equipe sobre a importância do tratamento contínuo.

TL20 CARACTERÍSTICAS DOS TRAUMAS OCULARES MECÂNICOS ATENDIDOS EM HOSPITAL TERCIÁRIO EM TERESINA-PI

Autores: Eduardo Coêlho Fontes, João Orlando Ribeiro Gonçalves, Jaime da Paz Neto, Caio Jansen Melo e Sousa Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Jaime da Paz Neto

INTRODUÇÃO: Os traumas oculares são atualmente um problema de saúde pública, principalmente por ocasionar incapacidade temporária ou permanente no olho acometido. Além disso, os indivíduos acometidos são em sua maioria adultos jovens em idade produtiva. OBJETIVOS: Avaliar as características dos traumas oculares mecânicos em pacientes atendidos no Hospital de Urgência de Teresina Dr. Zenon Rocha (HUT). MÉTODOS: O presente trabalho é do tipo transversal descritivo e foi realizado a partir da coleta de dados da ficha de atendimento dos pacientes que procuraram o serviço de Urgências Oftalmológicas do HUT no período de 28 de janeiro de 2010 a 28 de março de 2010 com diagnóstico de trauma ocular mecânico. Foram avaliadas as seguintes variáveis: faixa etária, sexo, procedência, olho acometido e classificação do trauma segundo a “The Ocular Trauma Classification Group” (OTCG). RESULTADOS: Foram atendidos no total 379 pacientes com história de trauma ocular, sendo 357 com trauma com bulbo fechado (TBF) e 22 com trauma com bulbo aberto (TBA). Nos TBF, a faixa etária mais acometida foi de 20 a 40 anos com 227 pacientes (63,6%); o sexo masculino foi o mais afetado com 312 pacientes (87,4%); a maioria dos pacientes (76,2%) é proveniente do município de Teresina; o olho esquerdo (OE) foi acometido isoladamente em 51,0% das vezes. Quanto à classificação do OTCG para os TBF, a maioria das lesões atingiu a zona I (96,6%); a acuidade visual (AV) foi melhor que 20/40 (grau 1) em 88,0%; 203 pacientes (56,9%) apresentaram trauma do tipo C (corpo estranho superficial) e o defeito pupilar aferente relativo foi observado em três casos (0,8%). Nos TBA, o sexo masculino foi o mais acometido (81,8%, ou 18 pacientes), a faixa etária de 20 a 40 anos representou 40,9% dos casos, pacientes procedentes do interior foram a maioria (54,5%) e o OE e o OD foram igualmente comprometidos (50% cada). A distribuição dos TBA de acordo com a OTCG foi a seguinte: a maioria das lesões atingiu a zona I (11, ou 50%); a AV ficou entre 20/200 e PL em 36,4% dos casos (grau 4); 16 pacientes (72,7%) apresentaram trauma do tipo B; o defeito pupilar aferente relativo não foi observado em 15 pacientes (68,2%). CONCLUSÃO: Os traumas oculares mecânicos atendidos no HUT abrangem com maior freqüência adultos jovens e do sexo masculino. Verificou-se, ainda, que aproximadamente 27,2% dos pacientes são provenientes de outros municípios do Piauí ou de outros Estados, sendo estes portadores de traumas mais graves.

TL21 ANÁLISE DA TAXA DE CONVERSÃO DA COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARA A TÉCNICA LAPAROTÔMICA

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Autores: Carlos Eduardo Feitosa Tajra, Viviane Chaib Gomes Stegun, Naiana Melo de Aragão Ximenes, Deusdedit Castelo Branco Andrade, Rafael Lima Santos, Jerri Alexandre Costa Instituição(ões): Hospital Santa Maria Apresentador(a): Carlos Eduardo Feitosa Tajra

INTRODUÇÃO: Desde 1987, a colecistectomia laparoscópica se tornou o procedimento padrão-ouro para a litíase vesicular. Os motivos para tal preferência são claros: menor dor no pós-operatório, recuperação pós-cirúrgica mais rápida, menor número de dias de trabalho perdidos, menor tempo de permanência hospitalar e menores taxas de complicações de ferida operatória como hérnias e infecções. Porém, em alguns pacientes, seja por dificuldades técnicas, ou quando estruturas anatômicas importantes não puderem ser claramente identificadas, quando há suspeita de lesão da árvore biliar ou sangramento, torna-se necessário a realização de conversão para o procedimento laparotômico, representando bom julgamento cirúrgico, evitando uma complicação. A necessidade de conversão aumenta o tempo de permanência hospitalar. Este fato pode ser atribuído a um maior índice de complicações pós-operatórias, à dor mais intensa referida pelo paciente ou à própria característica da doença que favoreceu a conversão. Têm sido relatados índices de conversão de 2 a 15% para o procedimento laparotômico. Desta maneira, a determinação da taxa de conversão em colecistectomia laparoscópica nos permite avaliar a eficácia de tal técnica inclusive em procedimentos de alta complexidade. OBJETIVO: Identificar a taxa de conversão na colecistectomia laparoscópica. MÉTODO: Análise retrospectiva dos prontuários de pacientes submetidos à colecistectomia por uma mesma equipe cirúrgica, em um hospital da rede privada em Teresina - Piauí, no período de janeiro de 2006 a março de 2010. RESULTADOS: Foram realizadas 886 colecistectomias videolaparoscópicas; dessa amostra, 20 (2,26%) necessitaram de conversão para a forma laparotômica, sendo 12 (60%) em pacientes do sexo feminino e 8 (40%) do sexo masculino. CONCLUSÃO: A taxa de conversão das colecistectomias laparoscópicas realizadas durante o estudo foi de 2,26%, o que se encontra no limite inferior descrito na literatura. Isto demonstra que a cirurgia videolaparoscópica está sendo eficaz inclusive nos casos mais complicados, evitando-se a conversão.

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P01 TROMBOEMBOLIA PULMONAR CRÔNICA: RELATO DE CASO Autores: Beatriz Leal Carvalho, Ranna Caroline Ulisses Nogueira, Juliana da Ponte Lopes Pinto Medeiros, Maria Luísa Brito Ferreira Almino, Lucas Lopes Gonçalves, Ana Teresa Spíndola Madeira Campos Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Beatriz Leal Carvalho

INTRODUÇÃO: A hipertensão pulmonar (HP) crônica é uma doença rara que pode ocorrer de forma idiopática ou associada ao tromboembolismo pulmonar (TEP) crônico e que se caracteriza pelo remodelamento vascular pulmonar progressivo com elevação da resistência vascular pulmonar (RVP), podendo levar à insuficiência ventricular direita 1,2. O TEP crônico resulta de defeitos congênitos ou adquiridos na fibrinólise de trombos na vasculatura do pulmão ou de episódios menores e recorrentes de embolia pulmonar. Inicialmente, o paciente é oligossintomático e evolui para falência ventricular direita, dispnéia progressiva até insuficiência respiratória severa, dor torácica e hemoptise.3 Os métodos diagnósticos são radiologia de tórax, eletrocardiograma (ECG), provas de função respiratória, ecocardiografía com Doppler, cintilografia pulmonar, tomografia computadorizada (TC), angiografía pulmonar. 4 O tratamento clínico e o transplante pulmonar são frustrantes, sendo a tromboendarterectomia pulmonar a única forma de cura 5,6. RELATO DE CASO: A.O.S.S. feminino, 50 anos, parda, natural de Teresina–PI, casada, refere dor leve e intermitente em hemitórax esquerdo desde 2004, tosse produtiva com expectoração esbranquiçada, tontura e dispnéia aos grandes esforços. Foi diagnosticada HAP em 2004, sendo iniciado warfarin. Suspensa medicação há 01 (um) ano por conta própria. Em 2009, paciente foi internada para melhor investigação do caso. Os novos exames evidenciaram: ECG=ritmo sinusal, bloqueio de ramo direito, sobrecarga de ventrículo esquerdo; Ecocardiograma=aumento de câmaras direitas, dilatação do anel valvar tricúspide, pressão pulmonar estimada em 75 mmHg, Aumento de pressão em átrio direito, fração de ejeção: 63,97%; Angiotomografia= sinais de tromboembolismo pulmonar crônico e ateromatose aórtica; Espirometria= capacidade vital forçada (CVF): 96%, volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1): 122, VEF1/CVF: 107, fluxo. A paciente evoluiu com estabilidade do quadro e recebeu alta para acompanhamento ambulatorial em uso de warfarin e sildenafil. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este relato traz um caso de TEP crônico com HAP crônica oligossintomático e sem manifestações clínicas prévias de TEP aguda servindo de alerta não só para pneumologistas como para clínicos.

P02 TUMOR BENIGNO DE OVÁRIO COM CA 125 ELEVADO – SINDROME DE MEIGS

Autores: Kelly Danielle Silva Vieira, José Arlindo Teixeira Júnior, Cleide de Carvalho Avalino, Layse Cynthia Abreu Tavares, Daniel Moura Parente, Eid Gonçalves Coelho Instituição(ões): FACID Apresentador(a): Cleide de Carvalho Avalino

INTRODUÇÃO: A síndrome de Meigs é uma síndrome rara, definida como a presença de derrame pleural e/ou ascite associada a um tumor benigno de ovário com resolução espontânea do quadro clínico logo após remoção da lesão. O presente trabalho visa o relato de um caso de tumor benigno de ovário (fibroma), com níveis séricos de CA 125 elevados. RELATO DO CASO : Mulher de 50 anos procurou serviço médico por aumento de volume abdominal. Realizou ultrassonografia de abdome total que revelou moderada ascite e volumosa massa hipoecóica de contornos lobulados com dimensões de 10,3 x 8,6 x 6,4 cm ocupando região anexial à direita e fundo de saco posterior. O nível sérico de CA 125 foi 420 U/ml ( ref.: < 35 U/mL). Foi submetida a laparotomia com achado de tumoração ovariana cujo exame de congelação excluiu malignidade. O anatomo-patologico mostrou tratar-se de um fibroma ovariano. Paciente recebeu alta no 3º dia de pós-operatório sem intercorrências. Encontra-se em seguimento ambulatorial, com níveis normais de CA 125, 18 meses após o procedimento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A coincidência de síndrome de Meigs com elevação dos níveis séricos de CA125 é um evento raro com poucos casos descritos na literatura. Em uma revisão de 28 casos, os tipos histológicos encontrados foram

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fibroma (15 casos), fibroma celular (4 casos), tecoma (4 casos), fibroma tecoma (3 casos), tumor de células da granulosa (1 caso) e tumor de Brenner benigno (1 caso). Fibroma ovariano é encontrado em 2-5% dos tumores de ovário removidos cirurgicamente e Síndrome de Meigs é observada em cerca de 1%. Ascite está presente em 10-15% das pessoas com fibroma de ovário e derrame pleural em 1%, especialmente com extensa lesão. A fisiopatologia das coleções líquidas em diferentes cavidades (pulmões, cavidade peritoneal e uma variante descrita na cavidade pericárdica), não está bem elucidada. Teorias propõem sua origem na irritação mecânica do peritônio pelo tumor que estimularia a secreção de fatores vasoativos. O CA (cancer antigen) 125 é o marcador mais conhecido e utilizado na condução clínica de pacientes com tumores epiteliais de ovário. Sua dosagem é indicada na avaliação prognóstica, monitorização da resposta cirúrgica e quimioterápica do câncer de ovário e na diferenciação pré-operatória de massas pélvicas, visto que um pequeno número de mulheres com CA 125 elevado apresentam massas pélvicas benignas.

P03 EPIDEMIOLOGIA E DESFECHO DE PACIENTES CIRÚRGICOS INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA EM TERESINA-PI

Autores: César Martins Cortez Vilar, Felipe Melo Nogueira, Lara Bona da Paz, Andréa Sousa Costa, Giuliano da Paz Oliveira, Washigton Vasconcelos Belchior Filho Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): César Martins Cortez Vilar

INTRODUÇÃO: Nos últimos anos vimos surgirem grandes avanços nas especialidades cirúrgicas, de forma que visualizamos hoje um cenário dúbio onde vemos as cirurgias cada vez menos invasivas, porém esses mesmos avanços permitem a viabilidade de procedimentos com magnitude que antes era inimaginável. A criação desses procedimentos cada dia maiores levam à necessidade de um cuidado pós-operatório cada dia mais intensivo dos pacientes cirúrgicos e consequentemente a um estreitamento das relações entre cirurgiões e intensivistas. OBJETIVOS: Avaliar os principais fatores epidemiológicos dos pacientes cirúrgicos admitidos em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Teresina – PI. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo em que se analisaram os prontuários de pacientes internados no período de dezembro de 2008 a janeiro de 2009 em UTI de um hospital em Teresina – PI. A seleção dos prontuários teve como critério de inclusão internação na UTI por motivo cirúrgico. Foram obtidos 36 prontuários que foram classificados segundo, quanto ao motivo cirúrgico (cardiovascular, gastrointestinal, renal, neurológico, trauma, pulmonar e outros), evolução (óbito ou alta hospitalar) e tempo de internação em UTI; além de dados demográficos como idade e sexo. RESULTADOS: Entre os pacientes analisados, houve uma prevalência do sexo masculino (63,8% contra 36,2% de sexo feminino), com média de idade de 52,6 anos. Quanto ao motivo cirúrgico, a maior frequência observada foi de cirurgias gastrointestinais, responsáveis por 41,7% das internações, seguida por traumas (19,4%) e ortopédicas (13,4%). Em relação aos cuidados da terapia intensiva observou-se uma permanência média de 5,9 dias na UTI, com um taxa de óbito de 11,1%. CONCLUSÃO: Foi possível observar no presente estudo uma clara prevalência de intervenções no trato gastrointestinal entre os pacientes cirúrgicos da UTI, assim como uma taxa de mortalidade baixa quando comparada com outras subespecialidades dentro da terapia intensiva.

P04 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SIDA NO PIAUÍ DE 2005 A 2007 Autores: Monik Filismina Costa Moura, Lara Marinho Reis, Lilianne Louise Silva de Morais, Maria Clara Mendes Lustosa, Isadora Noleto Barbosa, Daniela Moura Parente Instituição(ões): NOVAFAPI Apresentador(a): Lara Marinho Reis

INTRODUÇÃO: A identificação, em 1981, da síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), tornou-se um marco na história da humanidade. A SIDA apresenta-se como um problema global, dinâmico e instável de saúde pública, cuja forma de ocorrência nas diferentes regiões do mundo depende, entre outros determinantes, do comportamento humano individual e coletivo. Como resultado das profundas desigualdades da sociedade brasileira, a propagação da infecção pelo HIV no país revela epidemia de

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múltiplas dimensões que vem, ao longo do tempo, sofrendo transformações significativas em seu perfil epidemiológico. OBJETIVO: Objetivou-se, verificar a incidência de SIDA na população, estratificada por ano diagnóstico, sexo e faixa etária, residente no Piauí nos anos de 2005 a 2007 e verificar a escolaridade e categoria de exposição dos casos notificados no período supracitado. MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional descritivo. Utilizou-se o número de casos notificados segundo as variáveis: ano diagnóstico, sexo, faixa etária, escolaridade e categoria de exposição, assim como os dados censitários e intercensitários fornecidos pelo Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os cálculos de taxa de incidência e a elaboração de tabelas e gráficos para análise dos dados foram realizadados através do programa Microsoft Excel 2007. RESULTADOS: A incidência de SIDA por 100.000 habitantes no Piauí de 2005 a 2007 foi de 10,21; 11,72 e 10,60 respectivamente. A população masculina obteve maior incidência nos anos estudados, com razão de 1,95 entre os sexos em 2007. A faixa etária de 20 a 49 anos foi a mais acometida e houve um aumento da incidência na população com 60 anos e mais. A categoria de exposição heterossexual tem se mantido como a mais informada e a população com baixa escolaridade possui maior número de casos notificados. No entanto, verificou-se um elevado número de casos sem informações sobre categoria de exposição e escolaridade. CONCLUSÃO: As políticas de saúde pública devem atentar para um predomínio da SIDA em homens no Piauí, na faixa etária de 20 a 49 anos e o aumento da incidência na população com 60 anos e mais. É necessário um melhor fornecimento de informações dos casos notificados para que sejam elaboradas estratégias eficientes no combate a SIDA.

P05 AVALIAÇÃO MULTIFUNCIONAL DO IDOSO Autores: Larissa Almodes da Luz, Gabriella Miranda Martins, Ana Cláudia Cavalcante Pinheiro, Emanuelle Pires Magalhães Barbosa, Rafael de Moraes Machado Brito, Joana Elisabeth de Sousa Martins Freitas Instituição(ões): FACID Apresentador(a): Larissa Almodes da Luz

INTRODUÇÃO: O presente trabalho tem como objetivo realizar o rastreamento de incapacidades através da avaliação multifuncional da saúde dos idosos, assistidos pela Equipe de Saúde da Família do bairro Buenos Aires em Teresina-PI. OBJETIVOS: Promover ações direcionadas às necessidades da população referida com impacto na melhora da qualidade de vida. METODOLOGIA: Foram utilizados na realização da pesquisa questionários de Avaliação Multifuncional do Idoso (AMI), aplicados após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), através de uma amostra de 41 questionários, representados por uma faixa etária de 60 a 101 anos, contendo informações sobre a funcionalidade e capacidades dos idosos dessa população. RESULTADOS: 84% da amostra apresentava déficit auditivo bilateral e metade da mesma déficit na acuidade visual, 88% mantinha-se capaz de realizar atividades de vida diária e 95% dos idosos pesquisados sentem que receberiam apoio dos filhos em caso de incapacidade. A cada ano, são incorporados à população brasileira cerca de 650 mil novos idosos, surgindo a necessidade de reorganizar os modelos sociais para atender à saúde no envelhecimento como uma prioridade. CONCLUSÃO: Foi possível conhecer as necessidades desta população, a fim de fornecer subsídios para intervenções de maior efetividade na promoção à saúde desses idosos.

P06 APRESENTAÇÃO INCIAL DE CISTOADENOMA MUCINOSO DE PÂNCREAS COM QUADRO INFECCIOSO: RELATO DE CASO

Autores: Davi Said Araújo, Paulo Rocha de Pádua Júnior, Danilo da Silva Leita, Ítalo Machado Martins, Rummening Moura Alves, Sabas Carlos Vieira Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Paulo Rocha de Pádua Júnior

INTRODUÇÃO: Cistoadenoma mucinoso de pâncreas é uma lesão rara, correspondendo a apenas 1% dos tumores do pâncreas. Esta neoplasia ocorre principalmente em mulheres e acomete principalmente o corpo ou a cauda do pâncreas. A apresentação inicial com quadro infeccioso é rara. RELATO DO CASO: Paciente feminino, 31 anos de idade, buscou atendimento médico referindo um

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quadro, com início há dois meses, de constipação intestinal acompanhado de febre alta e dor abdominal em quadrante superior esquerdo. Não apresentava nenhuma co-morbidade. Ao exame físico, apresentava-se com estado geral comprometido, febril (39 graus Celsius), taquicárdica, hipocorada (++/++++), abdome flácido, doloroso a palpação superficial e profunda, especificamente em hipocôndrio esquerdo. A proteína C reativa de 12mg/L. Realizou US e TC de abdome que evidenciaram massa com nodulação de conteúdo misto (líquido e debris) em topografia de cauda de pâncreas. Foi internada de urgência, sendo realizada drenagem percutânea orientada por tomografia. Três dias depois foi realizado drenagem cirúrgica e, posteriormente, ressecção do tumor pela persistência do quadro infeccioso. O exame histopatológico confirmou cistoadenoma mucinoso de pâncreas. Atualmente encontra-se sem queixas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O cistoadenoma mucinoso de pâncreas manifesta-se por sintomas gerais: aumento do volume abdominal, dor abdominal, náuseas, vômitos, entre outros. O dado mais relevante para o exame físico é a massa abdominal. O diagnóstico é feito principalmente por imagem, sendo a tomografia computadorizada ou o ultra-som os métodos de escolha. O diagnóstico diferencial mais importante é com pseudocisto pancreático e outros tumores pancreáticos, como o tumor de Frantz. O tratamento curativo é possível em quase 65% dos pacientes, sendo o de escolha a ressecção cirúrgica.

P07 A INFLUÊNCIA DA IDADE MATERNA AVANÇADA SOBRE FATORES PERINATAIS

Autores: Lara Bona da Paz, João de Deus Valadares Neto, Eduardo Augusto Lopes, Liana Benevides Guedes, Mariema Bona Paranaguá da Paz, Marina Mariz Medeiros Instituição(ões): NOVAFAPI Apresentador(a): Marina Mariz Medeiros

Introdução: A idade materna maior que 35 anos representa um fator de risco importante para o RN. As complicações perinatais mais freqüentemente encontradas na literatura relacionam-se com o baixo peso ao nascer, prematuridade e anóxia. Este fato demonstra-se relevante nos dias atuais, visto que cresce o número de mulheres em todo o mundo que retardam a primeira gravidez. Metodologia: Foram analisados os prontuários dos partos ocorridos na Maternidade Wall Ferraz no período de janeiro de 2008 a julho de 2009 e identificados 143 casos de gestantes com idade igual ou superior a 35 anos. Compararam-se, então, os parâmetros estudados com os 180 casos controles (gestantes com idade entre 20 e 30 anos atendidas no mesmo serviço e no mesmo intervalo de tempo). As variáveis perinatais analisadas no estudo foram: o peso, a vitalidade ao nascimento, o Apgar e o destino do recém-nascido ao nascer (alojamento conjunto ou berçário).A partir das fichas obstétricas, foram colhidos os dados necessários para o estudo, que foram introduzidos num arquivo de dados, utilizando o programa BioEstat 5.0. Após a depuração desses dados procedeu-se a análise estatística por meio de teste Qui-quadrado.Resultados: Observou-se que 9,35% dos bebês de mães com 35 anos ou mais tiveram o Apgar de primeiro minuto inferior a 7, em comparação com apenas 2,81% no grupo de 20 a 30 anos. Já no Apgar de 5º minuto não houve diferença relevante nos valores. Constatou-se também que houve maior necessidade de encaminhamento ao berçário (8,63%) no grupo teste do que no grupo controle (1,68%).As variáveis peso e vitalidade ao nascimento não demonstraram diferença estatística entre os grupos.Conclusão: Observou-se, portanto, que a idade materna avançada exerce influência relevante sobre fatores perinatais, no que diz respeito ao destino do RN e valores do Apgar de primeiro minuto. Os demais parâmetros estudados no trabalho e que não foram mencionados não demonstraram diferença estatística entre os grupos.

P08 ACTINOMICOSE PULMONAR SIMULANDO TUMOR DE TOBIAS- PANCOAST

Autores: Jefferson Torres Nunes, Erbert Portela Martins Filho, Amanda Nogueira Barbosa Dantas Teixeira, Herion Alves da Silva Machado, Carmen Laís Gervásio Fonsêca Alves Instituição(ões): FACID Apresentador(a): Jefferson Torres Nunes

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INTRODUÇÃO: A actinomicose é uma infecção bacteriana crônica com envolvimento torácico em 15 a 50% dos casos. Ocorre esporadicamente em humanos e outros animais, não é contagiosa, e o agente causal, um comensal da boca, é uma bactéria anaeróbia Gram-positiva do gênero Actinomyces. A maioria das infecções tem localização cérvico-facial, torácica, abdominal ou pélvica. A actinomicose torácica é geralmente causada pela aspiração de secreções da orofaringe, mas também pode resultar da extensão direta de infecções cérvico-faciais. A reação é habitualmente supurativa com formação de abscessos contendo grânulos actinomicóticos e eosinofílicos, a evolução é crônica, lenta, comprometendo o estado geral com perda de peso e sem febre, com expectoração purulenta e sanguínea.RELATO DO CASO: Paciente do sexo masculino, 33 anos, iniciou quadro de perda de peso de 9 kg em 8 meses, cuja investigação não revelou nada aparente. Há 1 mês começou a apresentar dor torácica intensa em queimação localizada em região de escápula esquerda com irradiação e parestesia, com diminuição da força muscular em membro superior do mesmo lado. Realizou radiografia e tomografia computadorizada de tórax evidenciando massa pulmonar em lobo superior esquerdo com intimo contato com a parede torácica posterior e lesão lítica na 3ª vértebra torácica.A punção percutânea por tomografia revelou processo inflamatório inespecífico. Sendo submetido à toracotomia com evidência de extensa lesão pulmonar no LSE, infiltrando a parede torácica posterior e ápice da cavidade. Foi realizado liberação da lesão e segmentectomia pulmonar não-anatômica cuja congelação revelou actinomicose a qual é uma doença pouco freqüente, mas quando presente pode simular doença neoplásica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A actinomicose pulmonar pode simular uma variedade de doenças, como a nocardiose, a tuberculose e o carcinoma brônquico,tornando seu diagnóstico difícil. O caso descrito revelou doença com sintomatologia semelhante a tumor de Tobias-Pancoast, devido à localização anatômica inicial do mesmo.

P09 MORBIDADE POR LEISHMANIOSE VISCERAL NOS ESTADOS BRASILEIROS DE 1998 A 2007

Autores: Marília Barros Santos, Lucas Pazolinni Viana Rocha, Monik Filismina Costa Moura, Jayro Costa Moura, Daniela Moura Parente Instituição(ões): NOVAFAPI Apresentador(a): Lucas Pazolinni Viana Rocha

INTRODUÇÃO: De acordo com a OMS, há 350 milhões de pessoas em 88 países no mundo acometidos pela leishmaniose, principalmente pela LV. O panorama epidemiológico não deixa dúvidas sobre a gravidade da situação e a franca expansão geográfica da leishmaniose visceral (LV). De 1998 a 2007 foram notificados 18.265 casos de LV no Brasil, levando 2.455 pessoas à morte. Dados estes que ratificam a importância de políticas públicas voltadas para o controle dessa parasitose. OBJETIVOS: Objetivou-se verificar a morbidade por leishmaniose visceral nos estados brasileiros no período de 1998 a 2007. METODOLOGIA: Este trabalho consiste em um estudo epidemiológico observacional descritivo. Calculou-se as taxas de morbidade para os estados brasileiros a partir dos dados provenientes do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e dados populacionais censitários e intercensitários fornecidos pelo IBGE. A elaboração de tabelas e gráficos para análise dos dados foi realizada através do programa Microsoft Excel 2007. RESULTADOS: Com base nos dados coletados e analisados sobre a taxa de morbidade da leishmaniose visceral por unidade de federação no período de 1998 a 2007 observou-se que há uma predominância de casos no Maranhão, Piauí, Ceará e Alagoas na região Nordeste e Mato Grosso do Sul (MS) e Tocantins (TO) na região Centro-oeste. Neste estudo, observou-se uma variação de 0,01casos/100.000hab para 10,33 casos/100.000hab no decorrer de dez anos no estado do MS e de 1,62 para 25, 46 casos/100.000hab no estado do TO. CONCLUSÃO: Observou-se através da análise dos dados um aumento crescente da taxa de morbidade na região Centro-oeste, principalmente nos estados de MS e TO, que não eram considerados áreas endêmicas pelo Ministério da Saúde até o ano de 2003, fato este possivelmente relacionado ao crescente desmatamento na região, que estreitou a ligação entre flebotomíneos, reservatórios e a população desta região.

P10 ESTUDO COMPARATIVO DO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO COM O USO DE ALOE VERA E DO MEL (MELIPONA SUBNITIDA) EM RATTUS

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NORVEGICUS Autores: George Mello Neiva Nunes, João Luiz Vieira Ribeiro, Izabela Rodrigues Alves Cardoso, Juliana Alves dos Reis Silva, Teresa Carolina Cipriano, Gutemberg Clementino Martins Mendes Soares Instituição(ões): NOVAFAPI Apresentador(a): George Mello Neiva Nunes

INTRODUÇÃO: Após a lesão tecidual inicia-se a inflamação, que começa com alterações na microcirculação cursando em edema decorrente de vasodilatação arteriolar, aumento de permeabilidade vascular e diapedese de leucócitos. Segundo experiências químicas e provas laboratoriais, o gel de Aloe vera possui propriedades queratolíticas, faz com que a pele danificada dê lugar a um tecido de células novas e propriedades antiinflamatórias, em que ela possui ação similar aos corticosteróides, mas não possui efeitos colaterais. O uso tópico de substancias com elevada osmoralidade, como o mel, sendo o açúcar e seus derivados citados como agentes cicatrizantes e antimicrobianos. OBJETIVO: Observar a ação tópica do Aloe Vera e do mel (Melipona subnitida) no processo de cicatrização em Rattus novergicus. MÉTODOS: 30 Rattus norgevicus machos adultos foram divididos em três grupos: controle, realizada excisão e limpeza diária de soro fisiológico a 5%; mel, onde foi realizado excisão, limpeza e aplicação tópica de 2 mL de mel; e babosa, onde foi realizado excisão, limpeza e aplicação tópica de 2 mL de Aloe vera. Após anestesia com cloridrato de quetamina a 10% (90mg/kg) e cloridrato de xilazina a 2% (10mg/kg), por via intramuscular, iniciou-se a excisão de 1cm². No 7º e 14º dia, foi realizado sacrifício de 5 animais de cada grupo fixadas em Formol a 10%, embebidas em parafina, seccionadas e coradas em Hematoxilina-eosina, e avaliadas quando retiradas quanto a presença de alterações histológicas. A cicatriz foi excisada com corte em ao redor da cicatriz, com margem de 0,4 cm de pele integra em torno da lesão, em profundidade até a fáscia muscular. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade NOVAFAPI. RESULTADOS: Na análise microscópica do tecido de granulação, foi encontrado de maneira discreta no grupo controle, babosa e mel no sétimo dia e mais intenso no controle, babosa e mel, respectivamente. Na análise do processo inflamatório no sétimo dia, controle – moderado, babosa – intenso, mel – pouco; no décimo quarto, controle – pouco, babosa – pouco, mel – ausente. CONCLUSÃO: O extrato de Alloe vera e o mel mostraram-se eficientes no processo cicatricial de feridas cutâneas em Rattus novergicus, uma vez que promoveu um aumento significante do número de fibroblastos e fibras colágenas em comparação com o grupo controle. A análise comparativa entre os grupos mel e babosa mostrou que nos sete primeiros dias o processo inflamatório foi bem evidenciado no grupo babosa, podendo ser uma influência negativa do processo cicatricial desse grupo.

P11 INTUSSUSCEPÇÃO JEJUNOJEJUNAL POR DIVERTICULITE INTESTINAL EM ADULTO

Autores: Mac Dave Cardoso Matos, José Arlindo Teixeira Junior, Kelly Danielle Silva Vieira, Janiel Alexandre Costa, Layse Cynthia Abreu Tavares, Eid Gonçalves Coelho Instituição(ões): Hospital de Urgências de Teresina (HUT) Apresentador(a): José Arlindo Teixeira Junior

INTRODUÇÃO: A intussuscepção intestinal é rara em adultos. Consiste na invaginação de um segmento intestinal no interior de uma alça, proximal ou distal, adjacente, obstruindo a sua luz. Bastante comum em crianças, habitualmente não se determina um fator etiológico bem definido, diferentemente do adulto onde uma patologia prévia pode ser identificada em cerca de 90% dos casos.Relatamos um caso inusitado de intussuscepção jejuno-jejunal em adulto causado por diverticulite intestinal. RELATO DO CASO: Paciente de 23 anos, estudante, deu entrado no serviço de emergência com história de dor abdominal difusa, intensidade moderada, associada a vômitos e parada de eliminação de flatos e fezes.Ao exame físico apresentava-se em bom estado geral, abdome doloroso à palpação superficial, profunda e à descompressão brusca. Não evidenciou-se massas ou tumorações palpáveis. Durante laparotomia observou-se segmento de jejuno intussusceptado de cerca de 20 cm com a “cabeça” formada por abaulamento em borda mesentérica. Desfeita a invaginação evidenciou-se diverticulo de jejuno. O segmento sofrido foi ressecado e realizado anastomose primária término-terminal.O paciente evoluiu

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bem, sem complicações, tendo alta no 3º dia de pós- operatório. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A intussuscepção intestinal é causa importante de obstrução intestinal aguda na população pediátrica. Em contrapartida é rara em adultos sendo responsável por 1 a 5% das obstruções intestinais nesse grupo. Nas crianças em 90% das vezes não se identifica uma causa primária. Nos adultos o inverso é verdadeiro, pois 90% das intussuscepções associam-se a lesões intestinais prévias. A sintomalotologia é variada e bastante inespecífica. Os principais sintomas relatados são dor, náuseas, vômitos, constipação, sangramento retal e diarréia. Em adultos, das principais causas de intussuscepção, 65% devem-se à neoplasias, benignas ou malignas. Processos não-neoplásicos estabelecem 15-25% dos casos, e causas primárias ou idiopáticas somam cerca de 10%. Como causa benigna, citamos a diverticulite intestinal que consiste na presença de pseudodivertículos, formado apenas por mucosa. São raros e tem maior incidência em idosos. Geralmente assintomáticos, podem evoluir com sérias complicações, como dor abdominal crônica, inflamação e/ou má absorção, hemorragia e pseudo-obstrução.Na presença de complicações a maioria dos autores referenciados concorda com o tratamento cirúrgico, com a ressecção da porção intestinal acometida.

P12 SARCOMA SINOVIAL NASAL Autores: Mariana Aroucha Carneiro, Thiago do Vale Machado, Raimundo Gerônimo Silva Junior Instituição(ões): Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) Apresentador(a): Mariana Aroucha Carneiro

INTRODUÇÃO: O sarcoma sinovial é uma neoplasia maligna, rara e agressiva, de origem mesenquimal, que acomete principalmente os tecidos moles, junto às grandes articulações de adultos jovens. Outros locais de origem já relatados incluem: tronco, parede abdominal, coração, mediastino, cavidade pleural, cabeça e pescoço (Bridge et al, 1988), sendo os dois últimos responsáveis por 6,8% de todos sarcomas sinoviais. (Park et al, 2004). Em localizações extra sinoviais o diagnóstico histopatológico pode ser dificil, sendo necessário a realização de estudo imunoistoquimico. O tratamento é cirúrgico com taxa de recorrência local variando de 21-56%, sendo útil, nestes casos, radioterapia. A quimioterapia pode reduzir ou retardar a aparência de metástases. RELATO DE CASO: Trata-se de paciente masculino, 56 anos, com volumosa tumoração em fossa nasal direita e destruição óssea. Realizada biópsia, que revelou neoplasia maligna constituida por células fusiformes atípicas, em feixes, com figuras de mitoses. Realizado exame imunoistoquimico, o qual revelou positividade para pan-citoceratina (AE1/AE3), Vimentina, Antígeno epitelial de membrana (EMA), CD99 e Bcl-2, confirmando o diagnóstico de sarcoma sinovial. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O presente relato descreve um raro tipo sarcoma em localização incomum, ressaltando a importância do estudo imunoistoquímico para o correto diagnóstico e adequado tratamento do paciente.

P13 CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DOS USUÁRIOS DE UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (CAPS) NA CIDADE DE TERESINA

Autores: Liatrícia Ximendes Escórcio de Brito, Joseanne Maria Rodrigues Teixeira, Darcy Passos da Silva Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Liatrícia Ximendes Escórcio de Brito

INTRODUÇÃO: A partir da Reforma Psiquiátrica, nasceram no Brasil os primeiros Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), os quais constituem um serviço substitutivo ao modelo asilar, de assistência extra-hospitalar que procura evitar reinternação psíquica, realizando o acompanhamento clínico e reinserção social dos usuários. OBJETIVOS: O trabalho visa descrever o perfil epidemiológico dos usuários de um CAPS em Teresina, contribuir para aperfeiçoar a assistência prestada e promover o desenvolvimento do serviço de saúde mental. MÉTODOS: Trata-se de um estudo piloto que faz parte do projeto intitulado Perfil epidemiológico dos usuários dos CAPS de Teresina. Para a pesquisa optou-se pelo método quantitativo, com coleta dos dados nos prontuários dos usuários inscritos no período compreendido entre o ano de 2005 a 2007. Foi construído um banco de dados anônimo a partir da análise aleatória de 51 prontuários que foram examinados um a um. Os dados foram processados no programa Excel for Windows e

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apresentados em frequência absoluta e relativa. A pesquisa foi aprovada pela Comissão de Ética em Pesquisa da Fundação Municipal de Saúde de Teresina, sob o parecer 024/2010. RESULTADOS: Com relação à variável gênero observou-se 62,75% (n=32) do sexo feminino. A idade média foi de 43,31 anos (DP=14,39) variando em uma faixa etária de 21 a 83 anos de idade. Observou-se que 27,45% (n=14) dos pacientes mantinham regime de tratamento semi-intensivo (4-12 consultas/mês); 68,63% (n=35) não-intensivo (1-3 consultas/mês) e 3,92% abandonaram a terapêutica. A distribuição das categorias diagnósticas foi: esquizofrenia, transtorno esquizotípico e delirante (47,06%); transtorno do humor (27,45%); retardo mental (13,73%); transtorno de ansiedade (9,80%) e transtorno de personalidade (1,96%). Quanto ao parâmetro internação 31,38% dos pacientes tinham história de internação psiquiátrica antes da inscrição no CAPS e 11,76% dos pacientes foram internados após início do tratamento no CAPS. A respeito da realização de Terapia ocupacional (TO) 25,49% dos pacientes realizavam TO, 17,65% abandonaram a terapia e 56,86% nunca foram submetidos a esse tipo de terapêutica. CONCLUSÃO: A maioria dos prontuários avaliados corresponde à categoria esquizofrenia, transtorno esquizotípico e delirante mantida em regime de tratamento não-intensivo e que nunca foi submetida a TO.

P14 ANÁLISE DE GESTANTES ATENDIDAS COM PRÉ-ECLÂMPSIA E ECLÂMPSIA NO INSTITUTO DE SAÚDE ELPÍDIO DE ALMEIDA - ISEA

Autores: Analexia Area Leão Brito, Valdir Pessoa Brito, Danielly Luz Mendes, André Rodrigues de Oliveira Cortez, Henrique César Saraiva de Area Leão Costa Filho, Aline da Luz Sousa Instituição(ões): NOVAFAPI Apresentador(a): Analexia Area Leão Brito

Introdução: a hipertensão complica cerca de 10% em todas as gestações e é causa importante de morte materna e perinatal. Todo serviço deve reconhecer e analisar as características das gestações complicadas por hipertensão. Objetivos: descrever o perfil clínico e epidemiológico das pacientes com pré-eclâmpsia e eclâmpsia internadas em uma maternidade pública no interior da Paraíba. Métodos: realizou-se um estudo analítico-observacional do tipo coorte retrospectivo analisando-se todos os prontuários de mulheres com pré-eclâmpsia e eclâmpsia internadas no ISEA, em Campina Grande – PB, no período de 21 de junho a 25 de outubro de 2009. Analisaram-se as seguintes variáveis: idade, número de gestações, assistência pré-natal, acesso ao serviço, idade gestacional na admissão e no parto, condições maternas pré-existentes, complicações associadas, desfechos maternos, avaliação do manejo e demora no atendimento. Análise estatística foi realizada utilizando o programa SPSS 17.0 para Windows. Resultados: analisaram-se 127 casos de pré-eclâmpsia e 9 de eclâmpsia, correspondendo a 7,8% dos casos atendidos no período. A idade média foi de 26,2 anos + 7,6. Cerca de 54% eram primíparas. Em torno de 42% tinham menos de seis consultas no pré-natal. A mediana da idade gestacional na admissão e no parto foi de 37 semanas. O parto a termo ocorreu em 62% dos casos. Cesárea foi realizada em 75% dos casos, sendo a maioria eletiva. Cerca de 24% das mulheres tinham hipertensão arterial crônica e 3% eram obesas. Complicações hemorrágicas estiveram presentes em 7,4% das mulheres (5,9% de DPPNI e 1,6% de hemorragia pós-parto). Houve um caso de choque, três de IRA, dois de síndrome HELLP e um de insuf. Resp. aguda. Houve um caso de oligúria não responsiva a diuréticos e um caso de coma. Duas pacientes necessitaram de intubação. Houve sete transferências para UTI. Analisando-se o manejo, observou-se que apenas 61,7% das pacientes receberam sulfato de magnésio. Dentre os nove casos de eclampsia, cinco não receberam sulfato de magnésio. Manejo inadequado dos casos foi observado em mais de 30% dos casos, verificando-se que demora do atendimento por dificuldade geográfica de acesso ocorreu em 15,4% dos casos. Conclusões: considerando que o ISEA é a maternidade de referência para alto-risco para Campina Grande e mais 43 cidades circunvizinhas, observa-se um elevado número de casos de pré-eclâmpsia e eclampsia atendidos na instituição. Infelizmente, muitas falhas no atendimento foram observadas, sendo a principal a não-realização da terapia anticonvulsivante com sulfato de magnésio.

P15 SEQÜENCIAMENTO DO DNA GENÔMICO DA Α-GALACTOSIDASE A EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM PROGRAMA DE HEMODIÁLISE NO PIAUÍ E MARANHÃO,

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PORTADORES DA DOENÇA DE ANDERSON-FABRY Autores: Celina Teresa Castelo Branco Couto de Miranda, Aline Lariessy Campos Paiva, Ilanna Naianny Leal Rodrigues, Iuli Zâmbia Matos e Silva, Liz Kelli Santos Rufino, Vanessa Olímpio de Melo Guedes Instituição(ões): Universidade Estadual do Piauí (UESPI) Apresentador(a): Aline Lariessy Campos Paiva

INTRODUÇÃO: A doença de Fabry resulta da deficiência total ou parcial da enzima α-galactosidade A provocando acúmulo progressivo de lipídios em vários tecidos, comprometendo principalmente rins, coração, sistema nervoso central e pele. É rara, possui caráter recessivo ligado ao cromossomo X. OBJETIVO: Identificar mutação responsável pelas alterações clínicas da doença de Fabry em pacientes com doença confirmada através de dosagem da enzima α-galactosidade A em leucócitos periféricos, e orientar um posterior screening familiar. MATERIAL E MÉTODO: Foi coletada amostra de 5mL de sangue de nove pacientes, sexo masculino, com insuficiência renal crônica terminal em programa de hemodiálise e diagnóstico confirmado de doença de Fabry através de dosagem da enzima α-galactosidade A em leucócitos periféricos. As amostras foram acondicionadas em tubos heparinizados que foram invertidos várias vezes até homogeneizar o sangue e o anticoagulante e posteriormente foram conservados em geladeira (2 a 8 ºC) até remessa ao Laboratório de Erros Inatos do Metabolismo da UNIFESP, em tempo não superior a 24 horas para realização do diagnóstico genético de Fabry através do seqüenciamento do DNA do gene da α-galactosidade A. RESULTADOS: Cinco pacientes não tiveram mutação identificada, mas isto não exclui a possibilidade de doença de Fabry devido à mutação em outras regiões do gene. A mutação no éxon 1 apresentada pelo paciente FOS não altera a seqüência da proteína, mas este resultado também não afasta a possibilidade de doença de Fabry. As demais mutações do éxon 1 são conhecidas como relacionadas à doença. Também se verificou mutação no éxon 6 em dois pacientes. Os dados obtidos foram: Paciente: AFC–ÉXON 6: V269 M; Paciente APA–ÉXON 1: C>T posição – 10 anterior ao códon de iniciação e ÉXON 6: V 269 M; Pacientes AVS, CASR,EPS, APS e JRC: sem mutação; paciente FEO: ÉXON 1: C> T posição -10 anterior ao códon de iniciação; Paciente FOS: ÉXON 1:G> A posição -12 anterior ao códon de iniciação. CONCLUSÃO: diante da raridade e da existência de pouca informação sobre a doença, foram recoletadas amostras de sangue para confirmação diagnóstica do nível reduzido da enzima em leucócitos periféricos nos pacientes em que não foi identificada mutação e em quem apresentou mutação desconhecida, para verificar a possibilidade de uma nova variante clínica.

P16 PERFIL DA PACIENTE ATENDIDA NO SETOR DE URGÊNCIA DA MATERNIDADE DONA EVANGELINA ROSA

Autores: Amanda Nogueira Barbosa Dantas Teixeira, Jefferson Torres Nunes, Carmen Laís Gervásio Fonsêca Alves Instituição(ões): FACID Apresentador(a): Amanda Nogueira Barbosa Dantas Teixeira

INTRODUÇÃO: Atualmente cresce o interesse pelo conhecimento do perfil dos pacientes atendidos em serviços de saúde especializados pois assim é possível o estabelecimento de condutas e políticas públicas que melhorem o atendimento dos pacientes. OBJETIVO: Identificar o perfil sócio-econômico e cultural das pacientes atendidas na Maternidade Dona Evangelina Rosa, bem como sua procedência. MÉTODOS: A pesquisa é um estudo de natureza exploratória descritiva com abordagem quantitativa, com a obtenção de dados através da aplicação direta de um questionário a um grupo voluntário de mulheres.Foram seguidas as determinações da resolução 196/96 e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Maternidade Dona Evangelina Rosa sendo solicitado previamente um Termo de Consentimento livre e esclarecido por participante. RESULTADOS: Após aplicação do questionário à 350 mulheres foi identificado que a média da idade é de 25 anos sendo que 53% tem a média de idade entre 25 e 35 anos. Um total de 17% encontra-se solteira, 27% casada e 56% tem uma união estável, 49% eram primigestas, 23% estão empregadas enquanto que 57% estão desempregadas, 9% são estudantes e 11% são autônomas. Quanto a renda financeira mensal, 58% possui abaixo de um salário mínimo e 34% entre dois e três salários, 31% tem o segundo grau completo. Já quanto a procedência, 45% são de Teresina e destas 65% são

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provenientes da zona Sul da Capital, 30% provém do interior do Estado do Piauí e 25% provém do Estado do Maranhão. CONCLUSAO: As pacientes atendidas no setor de urgência da Maternidade Dona Evangelina Rosa na sua maioria são adultas, possuem uma união estável, apresentam a primeira gestação, estão desempregadas, possuem uma renda financeira inferior a um salário mínimo e são teresinenses especialmente da zona sul.

P17 SÍNDROME DE CUSHING ACTH-INDEPENDENTE POR ADENOMA GIGANTE DE SUPRA-RENAL. RELATO DE CASO

Autores: Ana Teresa Spíndola Madeira Campos, Ranna Caroline Ulisses Nogueira, Juliana da Ponte Lopes Pinto Medeiros, Beatriz Leal Carvalho, Rafael Rebelo Lages da Silveira, Erica Nazaré Pinto Melo Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Erica Nazaré Pinto Melo

INTRODUÇÃO: A síndrome de Cushing (SC) é caracterizada por um conjunto de sinais e sintomas decorrentes da exposição crônica do organismo a níveis circulantes elevados de glicocorticóides. As manifestações clínicas são obesidade central, faces de lua cheia, gibosidade, hipertensão arterial sistêmica (HAS), estrias violáceas largas, entre outros. Pode ser causada por tumor hipofisário, extra-hipofisário ou por tumores da adrenal. Cerca de 60% dos tumores adrenais secretores de cortisol são adenomas, que são, em geral, lesões pequenas, menores que 3 cm. RELATO DE CASO: LSN, sexo feminino, 13 anos, procedente de Campo Maior-PI, com queixa principal de “fraqueza nas pernas”. Observou há 05 meses o surgimento abrupto de pêlos na face e na região glútea, estrias em abdome, edema de face e membros inferiores, ganho de peso, polidipsia e amenorréia secundária. Na ocasião procurou serviço médico, sendo diagnosticada hipertensão arterial sistêmica e foi encaminhada para o ambulatório de Endocrinologia do Hospital Getúlio Vargas/ UFPI. Ao exame físico: regular estado geral, afebril, eupnéica,anictérica,hipocorada ++/4+,acianótica e com fáceis de lua cheia. Observou-se presença de gibosidade dorsal, de exacerbada quantidade de pêlos em face e na região glútea. O abdome apresentava-se globoso, com grandes estrias violáceas e sem visceromegalias e/ou massas palpáveis. A ausculta cardiopulmonar encontrava-se normal, com pressão arterial de 150x110mmhg. Dosou-se o cortisol plasmático basal=35,3 μg/dL e após o teste de Liddle1 = 26,1 μg/dL e Liddle 2 = 21,2μg/dL. Dosou-se também o ACTH basal =7,6pg/ml (VR <46 pg/dL) e o ACTH após dexametasona de 8mg = menor que 5,0 pg/ml, o que confirmou a hipótese de SC ACTH-independente.Realizou-se exame ultrassonográfico(US) de rins e vias urinárias que evidenciou volumosa massa sólida em topografia de suprarrenal esquerda e tomografia computadorizadade abdome que confirmou os achados do US.Optou-se por realizar adrenalectomia convencional esquerda, procedimento cirúrgico que ocorreu sem intercorrência, com boa evolução no pós-operatório (massa medindo aproximadamente 12 cm). O exame anatomopatológico evidenciou adenoma de adrenal. Após o procedimento cirúrgico, a paciente manteve-se estável. CONCLUSÃO: É importante a realização do diagnóstico de SC, para que ocorra o tratamento precoce e adequado, evitando as conseqüências de suas complicações. Além disso, o seu diagnóstico baseia-se em exames laboratoriais relativamente simples.

P18 ANEURISMA DE ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR EM PACIENTE EM PÓS-OPERATÓRIO DE IMPLANTE DE PRÓTESE VALVAR: RELATO DE CASO

Autores: Carlos Eduardo Feitosa Tajra, Viviane Chaib Gomes Stegun, Naiana Melo de Aragão Ximenes, Deusdedit Castelo Branco Andrade, Rafaela Lima Santos, Jerri Alexandre Costa Instituição(ões): Hospital Santa Maria Apresentador(a): Rafaela Lima Santos

Introdução: Aneurismas viscerais são formas potencialmente letais de doenças vasculares, com uma taxa de mortalidade que pode chegar até a 70%, importantes pelo risco de ruptura e hemorragia. A Artéria Mesentérica Superior (AMS) é o terceiro local (5,5 %) de maior incidência de aneurismas viscerais e onde ocorre menos de 0,5% de todos os aneurismas intra-abdominais. Relato de caso: Paciente de 41 anos, sexo

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masculino, pardo, foi admitido em março de 2009 com um quadro de dor abdominal intensa, com irradiação para o dorso, de 4 dias de evolução, associada a náuseas e vômitos. Ao exame físico, o abdome estava flácido, plano, sem massa palpável, doloroso à palpação profunda, sem sinal de irritação peritoneal. Em fevereiro de 2009, o paciente foi submetido a uma cirurgia para implante de prótese valvar, para tratamento de valvulopatia mitral. Apresenta antecedente de endocardite infecciosa. A tomografia computadorizada revelou uma dilatação aneurismática fusiforme, parcialmente trombosada, da artéria mesentérica superior, medindo 6,9 x 4,1 x 2,9 cm nos seus maiores diâmetros longitudinal, látero-lateral e ântero-posterior. O paciente foi abordado cirurgicamente, com a ligação do aneurisma proximal e distalmente, com posterior aneurismectomia e revascularização com um enxerto de veia safena. No pós-operatório, foi feita antibioticoterapia de amplo espectro e o paciente teve uma boa evolução. Mais de ano após a intervenção cirúrgica, o enxerto segue permeável e o paciente não voltou a sentir dores abdominais. Considerações finais: A principal etiologia de aneurisma de artéria mesentérica superior (AAMS) é de origem infecciosa (60%), decorrente, sobretudo, da endocardite bacteriana. Neste caso, a etiologia exata não foi identificada. Entretanto, devido ao fato do paciente possuir um antecedente de endocardite infecciosa, provável causa da valvulopatia mitral, suspeita-se que essa também foi a causa do aneurisma. Apesar de incomuns, os AAMSs devem ser prontamente corrigidos devido a sua alta taxa de mortalidade e complicações. A escolha do tipo de tratamento depende principalmente da etiologia do aneurisma e da viabilidade intestinal. Quando a etiologia é de origem infecciosa, como se suspeita neste caso, o tratamento dá-se pela ressecção do aneurisma, debridamento da área infectada e antibioticoterapia de amplo espectro. Se existir a necessidade de revascularização, não deve ser feito o uso de próteses. Indica-se a interposição de um segmento de veia safena ou a confecção de uma ponte com o mesmo material. O tratamento realizado no paciente é, portanto, o indicado pela literatura.

P19 DOENÇA DE KAWASAKI: RELATO DE CASO Autores: Marcelo Barbosa Nunes, Isabella Parente Almeida, Marina Sousa Carvalho, Carlos Eduardo dos Santos Portela, Álvaro Regino de Carvalho Melo, Bárbara Camarço do Lago Arcoverde Instituição(ões): NOVAFAPI Apresentador(a): Marcelo Barbosa Nunes

INTRODUÇÃO: A Doença de Kawasaki (DK) é uma vasculite sistêmica aguda de etiologia desconhecida que ocorre geralmente em crianças menores de 5 anos e compromete vasos de médio calibre com predileção pelas artérias coronárias. Originalmente rara, a enfermidade tornou-se a causa mais comum de doenças cardíacas adquiridas no grupo pediátrico em países desenvolvidos. Fecha-se o diagnóstico de DK com a presença de febre persistente por 5 ou mais dias associada a pelo menos 4 dos seguintes critérios clínicos: conjuntivite não purulenta; língua framboesiforme, eritema e edema de orofaringe e eritema labial; eritema e edema de mãos e pés com descamação periungueal; exantema e linfonodomegalia cervical. O tratamento é feito com imunoglobulina EV e ácido acetilsalicílico (AAS) e o seu início após o 8º dia de doença reduz as chances de sucesso terapêutico e aumenta a incidência de sequelas cardíacas. Aneurismas e estenoses de artérias coronárias ocorrem em cerca de 20 a 25% dos pacientes não tratados. RELATO DE CASO: Criança do sexo feminino, 4 anos, branca, deu entrada em hospital particular de Teresina (PI) com febre de 38,5 – 39,0 ºC há 4 dias. Negava alergias e doenças da infância. Apresentava hiperemia conjutival bilateral e de orofaringe, adenomegalia cervical bilateral, hiperemia e descamação laminar de extremidades e abdome flácido sem vísceromegalias, possuindo critérios para Doença de Kawasaki. Foi solicitado hemograma completo, mostrando: anemia com moderada hipocromia, leucitose evidente com discreta eosinofilia e desvio a esquerda (leucócitos de 12.900/mm3, bastonetes de 516/mm³, eosinófilos de 774/mm³), plaquetas aumentadas, velocidade de hemossedimentação aumentada, proteina C reativa aumentada, uréia e creatinina normais. Ecodopplercardiograma solicitado mostrou-se normal. Foi iniciada terapia com Gamaglobulina (2g/kg) EV, AAS (80mg/kg/dia) e dipirona SN. A paciente evoluiu com adenomegalias mantidas, descamação laminar em extremidades e afebril. Ao 4º dia, apresentou-se sem queixas, apenas episódio de cefaléia e vômito após dieta, recebendo alta hospitalar ao 5º dia de internação, assintomática. Devido plaquetose, foi mantido o AAS. CONSIDERAÇÕES FINAIS: DK deve ser considerada diagnóstico diferencial em todas as crianças com febre inexplicável

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associada a 2 ou 3 dos outros achados clínicos principais, já que o início precoce do tratamento com IG EV altera a história natural da doença, diminuindo-se o risco de sequelas cardíacas.

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS PACIENTES COM PROLAPSO GENITAL INTERNADAS NA CLÍNICA GINECOLÓGICA DO HOSPITAL GETÚLIO VARGAS NO PERÍODO DE MARÇO DE 2007 A SETEMBRO DE 2009

Autores: Giuliano da Paz Oliveira, Lara Bona da Paz, Mariema Bona Paranaguá da Paz, Lia da Paz Belchior, Washigton Vasconcelos Belchior Filho, Pedro Vítor Lopes Costa Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Giuliano da Paz Oliveira

INTRODUÇÃO: O prolapso genital é definido por uma hérnia do conteúdo pélvico e/ou intraperitoneal no canal vaginal, sendo uma condição ginecológica que não ameaça a vida, mas é causa importante de morbidade, podendo afetar intensamente a qualidade de vida das pacientes, causando impacto psicológico, social e financeiro. Trata-se de uma patologia comum em nosso meio, sendo a idade avançada e a multiparidade importantes fatores de risco. A prevalência estimada é de 21,7% em mulheres de 18 a 83 anos, chegando a 30% nas pacientes entre 50 e 89 anos. Aos 80 anos, 11,1% das mulheres têm ou tiveram indicação cirúrgica para a correção do prolapso genital. Esta prevalência tende a dobrar frente ao processo de envelhecimento da população estimada para as próximas décadas, tornando o prolapso genital um importante problema de saúde pública. OBJETIVO: Avaliar os aspectos epidemiológicos, clínicos e cirúrgicos das mulheres submetidas à correção cirúrgica de prolapsos genitais na Clínica Ginecológica do Hospital Getúlio Vargas no período de março de 2007 a setembro de 2009. PACIENTES E MÉTODO: Foram revisados as folhas de registro de internação geradas pelo programa Epi.Info de 160 pacientes internadas para correção cirúrgica de prolapsos genitais na Clínica Ginecológica do Hospital Getulio Vargas/ Universidade Federal do Piauí no período de março de 2007 a setembro de 2009 (período a partir do qual se passou a utilizar o cadastramento das pacientes internadas pelo programa Epi.Info), sendo avaliados a idade, paridade, status menopausal, tipo de prolapso genital e cirurgia realizada. RESULTADOS: A idade média das pacientes foi de 62 anos, a grande maioria era multípara (paridade média de 6 partos), 78,13% das pacientes estavam na menopausa. O tipo de prolapso mais freqüente foi o prolapso genital total (46,8%) seguida pela cistocele acentuada (31%). As cirurgias de prolapso genital corresponderam a 12,42% das internações cirúrgicas no período, sendo a histerectomia vaginal a cirurgia mais realizada (65%), seguida pela colpoperineoplastia (realizada em 33,75% dos casos cirúrgicos). CONCLUSÃO: Os dados obtidos estão em concordância com a literatura mundial. A idade avançada e a multiparidade são os principais fatores de risco, a histerectomia vaginal e a colpoperineoplastia estão entre as cirurgias mais realizadas.

P21 ENTOMOFTOROMICOSE: APRESENTAÇÃO DE QUATRO CASOS Autores: Ivan de Rezende Almeida, Marcelo Henrique Alves de Andrade, Danilo Marcos Miranda da Silva, Lina Gomes dos Santos, Maurício Aguiar Reis Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Ivan de Rezende Almeida

INTRODUÇÃO: A ENTOMOFTOROMICOSE (EM) é entidade clínica do grupo das zigomicoses, cujos agentes etiológicos são o Conidiobolus coronatus, Conidiobolus incongruus e o Basidiobolus ranarum. Esses fungos são encontrados no solo e folhas secas, sendo a infecção decorrente da implantação de esporos inalados. As formas de infecção mais comuns são subcutânea e nasal. No entanto, pode ocorrer invasão do abdome e tórax por extensão da lesão subcutânea. Este trabalho visa relatar 4 casos de EM com acometimento anatômico incomum. RELATOS: Caso 1: JPS, 15 anos, masculino, de São Pedro-PI, com queixas de aumento abdominal, emagrecimento, febre e tosse produtiva há 1 mês. Ao exame físico (EF) apresentava tumoração abdominal com 15 cm. O CT de abdome mostrou lesão de limites imprecisos, sem plano de clivagem com alças intestinais, pâncreas, duodeno e artéria mesentérica, além de ascite e derrame pleural.

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Foi submetido à laparatomia exploradora com biópsia da lesão. O estudo histopatológico selou o diagnóstico de EM. Caso 2: JAS, 33 anos, masculino, de Teresina-PI, com queixas de dor epigástrica, vômitos, astenia, soluços, febre e perda ponderal há 3 meses. Ao EF apresentava-se ictérico (3+/4+), dispnéico e com baixo nível de consciência. O CT de abdome mostrou 2 lesões hipodensas no fígado, além de nódulo mesogástrico. Feita a biópsia da lesão hepática, diagnosticou-se EM. Evoluiu com hemorragia digestiva alta, choque hipovolêmico e óbito 10 dias após o diagnóstico. Caso 3: SGA, 63 anos, masculino, de Floriano-PI, relatava dores abdominais. Apresentava quadro de obstrução intestinal e foi submetido à laparotomia exploradora com retirada de íleo terminal, apêndice cecal, ceco, cólon direito e segmento de cólon esquerdo. O histopatológico diagnosticou EM. Caso 4: MOS, 24 anos, feminino, de Teresina-PI relatou dificuldade respiratória. A radiografia de tórax mostrou infiltrado pulmonar difuso bilateral. Submetida à mediastinotomia paraesternal com biópsia, diagnosticou-se EM. CONSIDERAÇÕES: Dos 4 casos, 3 acometiam o aparelho digestivo, e um deles, os pulmões. O diagnóstico de EM foi confirmado por estudo histopatológico, caracterizado pelo fenômeno de Splendore-Hoeplii, que consiste em precipitado que cerca o fungo, composto por complexos antígeno-anticorpo e grande quantidade de eosinófilos. Assim, por ter um quadro inespecífico e ser raro, a EM visceral é subdiagnosticada. Portanto, deve ser considerada como diagnóstico diferencial nos quadros com tumorações viscerais.

P22 ANÁLISE DE REPERCUSSÕES NEONATAIS NOS CASOS DE PRÉ-ECLÂMPSIA E ECLAMPSIA DE MULHERES ATENDIDAS NUMA MATERNIDADE PÚBLICA NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE - PB

Autores: Analexia Area Leão Brito, Valdir Pessoa Brito, Danielly Luz Mendes, André Rodrigues de Oliveira Corteza, André Vinícius Assis Florentino, Aline da Luz Sousa Instituição(ões): NOVAFAPI Apresentador(a): Aline da Luz Sousa

Introdução: a hipertensão complica cerca de 10% em todas as gestações e é causa importante de morte materna e perinatal. Todo serviço deve reconhecer e analisar as características das gestações complicadas por hipertensão. Objetivos: descrever as características e os desfechos dos recém-nascidos filhos de mães com eclâmpsia e pré-eclâmpsia internadas em uma maternidade pública no interior da Paraíba. Métodos: realizou-se um estudo analítico-observacional do tipo coorte retrospectivo analisando-se todos os prontuários de recém-nascidos filhos de mulheres com pré-eclâmpsia e eclampsia internadas no ISEA, em Campina Grande – PB, no período de 21 de junho a 25 de outubro de 2009. Analisaram-se as seguintes variáveis: condição do nascimento, Apgar de primeiro e quinto minutos, peso e desfecho neonatal e suas correlações com a idade gestacional materna. Análise estatística foi realizada utilizando o programa SPSS 17.0 para Windows. Resultados: em relação às características neonatais, o percentual de prematuridade foi de 38%. Dos 126 RN o percentual de natimortos foi de 6%. Dentre os nativivos Apgar <7 foi observado em 14,4% dos casos no primeiro minuto com mediana de Apgar= 8 e destes 35% eram filhos de mães com idade gestacional entre 28 e 31 semanas. E ainda foi observado 13,4% com Apgar <7 no quinto minuto,com mediana de Apgar = 9, sendo que 3% eram filhos de mães entre 32 e 36 semanas. O peso médio ao nascer foi de 2.717 + 930 g. A frequência de baixo peso foi de 39% tendo o menor feto nascido com 580g e o maior com 4325g; 25% dos RN com baixo peso eram filhos de mães com idade gestacional entre 28 e 31 semanas, e 10% eram filhos de mulheres com menos de 28 semanas. Com relação aos desfechos neonatais ocorreu óbito neonatal precoce em 1,5% dos pré-termos. E ainda permaneceram internados por tempo prolongado 17% dos RN filhos de mães com pré-eclampsia e eclampsia. Verificou-se que 78,8% dos RN com baixo peso nasceram por parto cesárea antes do início do trabalho de parto. Conclusões: O número de pré-termos foi de 38%, reforçando que a doença hipertensiva específica da gestação(DHEG) realmente influencia na incidência de recém-nascidos de baixo peso. Com base nisso, vemos que as questões da DHEG devem estar atreladas à humanização da assistência à mulher no período gravídico-puerperal, prática que fortalece as condutas com enfoque na prevenção, alertando os profissionais para adoção de condutas que tragam bem estar e garantam a segurança para a mulher e para o seu filho, restringindo abordagens tradicionais desnecessárias.

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P23 ESTUDO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS PACIENTES COM ABORTAMENTO A MATERNIDADE DO PROMORAR EM TERESINA-PIAUI

Autores: Erbert Portela Martins Filho, Gabriella Miranda Martins, Leonardo de Matos Andrade, Jefferson Torres Nunes, Camila Teresa Reis Assunção Sá Instituição(ões): FACID Apresentador(a): Erbert Portela Martins Filho

INTRODUÇÃO: Uma das principais questões de saúde pública pela alta incidência é o abortamento que pode ser definido como a interrupção da gestação antes de 20–22 semanas ou com peso fetal inferior a 500g. É dito precoce quando ocorre até 12 semanas e tardio entre 13 e 20 – 22 semanas de gestação e é a mais frequente complicação da gestação precoce. Sua incidência diminui à medida que avança a idade gestacional. OBJETIVO: Identificar o perfil sócio e econômico da mulher atendida na Maternidade do Promorar com o diagnóstico firmado de aborto. MÉTODOS: A pesquisa corresponde a um estudo de natureza exploratória descritiva com abordagem quantitativa.A obtenção de dados foi realizada através da aplicação direta de um questionário a um grupo voluntário de mulheres assistidas na Maternidade do Promorar, após autorização do comitê de ética dessa Instituição seguindo as determinações da resolução 196/96. RESULTADOS: Com a aplicação do questionário à 150 mulheres foi identificado que a média da idade é de 22 anos sendo que 53% tem a média de idade entre 21 e 25 anos, 23% tem idade entre 25 e 30 anos,12% entre 16 e 20 anos, 7% abaixo de 16 anos e apenas 5% tinha idade superior a 30 anos. Um total de 42% encontra-se solteira,24% casada e 34% tem uma união estável, 63% realizara o primeiro aborto,22% o segundo e 14% estão empregadas enquanto que 71% são desempregadas , 9% são estudantes e 6% são autônomas. Quanto a renda financeira mensal, 73% possui abaixo de um salário mínimo e 16% entre um e dois salários. A idade média do feto abortado foi de 2 meses. CONCLUSAO: Na sua maioria as mulheres atendidas na Maternidade do Promorar que tiveram sua gestação interrompida são mulheres jovens, solteiras e desempregadas com a renda financeira mensal abaixo de um salário mínimo.

P24 PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DAS URGÊNCIAS OCULARES ATENDIDAS EM HOSPITAL TERCIÁRIO EM TERESINA-PI

Autores: Caio Jansen Melo e Sousa, Valério Chaves Pinto Júnior, Eduardo Coêlho Fontes, Jaime da Paz Neto, Bruno Nogueira Barbosa Medeiros, João Orlando Ribeiro Gonçalves Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Caio Jansen Melo e Sousa

INTRODUÇÃO: As urgências oculares atendidas em Hospital Geral respondem por cerca de 0,6 a 7% do total de consultas. As situações que levam o paciente ao pronto atendimento oftalmológico são bastante variadas, desde o desconforto visual leve até situações dramáticas que ocasionam baixa visual permanente, como em traumas oculares abertos. As características epidemiológicas das urgências oculares apresentam variações conforme diversos fatores, especialmente em relação às regiões estudadas. OBJETIVOS: Avaliar as características clínicas e epidemiológicas das urgências oculares atendidas no Hospital de Urgência de Teresina Dr. Zenon Rocha. MATERIAL E MÉTODOS: O presente trabalho é do tipo transversal descritivo e foi realizado a partir da coleta retrospectiva de dados da ficha de atendimento dos pacientes que procuraram o serviço de Urgências Oftalmológicas do Hospital de Urgência de Teresina Dr. Zenon Rocha no período de 28 de agosto de 2008 a 31 de dezembro de 2009. Foram avaliadas as seguintes variáveis: faixa etária, sexo, dia do atendimento, procedência, olho acometido e diagnóstico. As fichas que não continham todos os dados ou estavam mal preenchidas foram excluídas. RESULTADOS: De um total de 7834 fichas, foram excluídas 956 fichas (12,2%), tendo sido analisadas as 6878 fichas restantes. Verificou-se predomínio de pacientes do sexo masculino (5162, ou 75,05%). A faixa etária dos pacientes com mais de 20 até 40 anos correspondeu a 42,28% (2908) do total de pacientes. Em relação à procedência, a maioria dos pacientes era proveniente de Teresina-PI (5330, ou 77,49%). A distribuição dos atendimentos em relação aos dias da semana não foi uniforme, com menos

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atendimentos nos dias de domingo (622, ou 9,04%). O olho direito foi acometido isoladamente em 3361 casos (48,87%). Os seis diagnósticos mais comuns foram corpo estranho superficial (30,17%), abrasão corneana (13,78%), conjuntivites (9,22%), hemorragia subconjuntival (4,04%), hordéolos (3,42%) e úlcera de córnea (3,31%). Outros diagnósticos foram estabelecidos em 36,06% dos casos. CONCLUSÃO: As urgências oculares foram mais comuns em pacientes jovens, em idade produtiva, principalmente do sexo masculino, o que é condizente com a literatura. O diagnóstico de corpo estranho superficial foi o mais freqüente, especialmente em pacientes do sexo masculino e jovens. Com relação à procedência, verificou-se que a maioria dos pacientes, conforme esperado, é procedente de Teresina.

P25 CORPO ESTRANHO ÓRBITO-CEREBRAL: RELATO DE UM CASO Autores: Valério Chaves Pinto Júnior, Reynaldo Mendes de Carvalho Júnior, João Batista Lopes Filho, Caio Jansen Melo e Sousa, Bruno Nogueira Barbosa Medeiros, Virgínia Lúcia Bezerra Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Valério Chaves Pinto Júnior

Introdução: O trauma orbitário é uma ocorrência frequente nas emergências hospitalares e exige uma abordagem multidisciplinar. Embora as lesões do conteúdo orbitário possam ocorrer sem fraturas, na grande maioria dos casos de trauma de órbita, descontinuidades do arcabouço ósseo estão presentes. Além da fratura, qualquer impacto direto sobre a região orbitária pode gerar uma ferida penetrante. A conduta no atendimento à ferida penetrante da órbita é sistematizada em três níveis: inicialmente, deve-se afastar a possibilidade de extensão da ferida até o sistema nervoso central, por se tratar de um quadro grave e potencialmente fatal; em segundo lugar, é preciso investigar criteriosamente a presença de corpos estranhos; finalmente, há de se verificar se há lesão do bulbo ocular concomitante. A descrição do caso a seguir se justifica não só pela raridade de acometimento do sistema nervoso central, como também pelo desfecho favorável após a cirurgia, com preservação inclusive da função visual e oculomotora. Relato de caso: J. R. C. S., 14 anos, estudante, natural e procedente de Esperantina-PI, admitido no setor de Oftalmologia do Hospital de Urgências de Teresina no dia 23/05/2009 com história de trauma pérfuro-contuso em órbita direita. À iluminação oblíqua, apresentava pedaço de madeira incrustado na porção nasal da órbita, edema de pálpebra inferior, enoftalmo e dor ao toque. TC de órbitas evidenciou fratura de parede medial de órbita direita e presença de corpo estranho orbitário com extensão intracraniana. Foi então realizada cirurgia descompressiva com retirada do corpo estranho intracraniano. No pós-operatório, o paciente apresentou boa evolução, sem déficit neurológico, acuidade visual 20/20 (normal) e motilidade ocular preservada. Considerações Finais: Na avaliação de um paciente portador de corpo estranho orbitário, a TC tem a vantagem de definir claramente estruturas de partes moles e fornece informações em relação ao comprometimento de seios paranasais e cavidade craniana. No caso descrito, a boa condição clínica do paciente, a localização do corpo estranho pela TC e o emprego da técnica cirúrgica correta possibilitaram um bom desfecho pós-operatório, sem sequelas neurológicas, além de acuidade visual e motilidade ocular preservada.

P26 CORRELAÇÃO ENTRE PARATORMÔMIO E LESÕES ÓSSEAS NO TUMOR MARROM DO HIPERPARATIREOIDISMO

Autores: Davi Said Araújo, Paulo Rocha de Pádua Júnior, Kalinne Maria Carvalho Sena, Ítalo Machado Martins, Danilo da Silva Leite, Marcelo Barbosa Ribeiro Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Davi Said Araújo

INTRODUÇÃO: Hiperparatireoidismo de qualquer etiologia pode resultar em uma lesão óssea focal, denominada “tumor marrom”, que comumente afeta a mandíbula, fêmur, pelve e costelas. As alterações do esqueleto são devidas ao excesso de hormônio da paratireóide (PTH) e conseqüente reabsorção osteoclástica associada à hipercalcemia. O excesso de destruição tenta ser compensado pela neoformação óssea, o que ocasiona a tumoração e também resulta em aumento de fosfatase alcalina. OBJETIVOS:

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Traçar o perfil epidemiológico dos casos atendidos no Serviço de Oncologia Ortopédica do Hospital São Marcos / Associação Piauiense de Combate ao Câncer no período de junho de 2008 a junho de 2010. Correlacionar a dosagem do PTH, o número de lesões diagnosticadas por cintilografia óssea e os aspectos histopatológicos da paratireóide operada. MÉTODOS: Foram estudados quatro pacientes com diagnóstico de tumor marrom do hiperparatireoidismo. Tratou-se de um estudo retrospectivo, descritivo e transversal. Considerou-se valor de "p" significativo < 0,05 e o programa Epi Info para Windows como banco de dados e instrumento de apuração. RESULTADOS: Três dos pacientes eram mulheres e apenas um do sexo masculino. A idade média foi de 51 anos. O valor médio de PTH foi de 932 pg/mL, variando de 367 a 1444 pg/mL, sendo o valor de referência de 12 a 72 pg/mL. O número de focos de lesão variou de dois a quatro e obedeceram a uma proporção direta em relação ao PTH. O foco mais acometido foi o fêmur proximal. O tipo histológico do tumor, após a paratireoidectomia, foi adenoma de paratireóide. DISCUSSÃO: Trata-se de uma doença rara e diagnosticada, na maioria das vezes, já em estágios avançados. Os dados da literatura divergem com os nossos resultados principalmente em razão da diferente metodologia apresentada nesse estudo. CONCLUSÃO: O tumor marrom do hiperparatireoidismo é uma doença rara. Os níveis de PTH estão diretamente relacionados à maior chance de complicações ortopédicas e nem sempre há presença de células gigantes no espécime ósseo analisado.

P27 EFEITO ANTIULCEROGÊNICO DO EXTRATO ETANÓLICO DA CASCA DE TERMINALIA BRASILIENSIS EM ÚLCERAS GÁSTRICAS INDUZIDAS POR ETANOL

Autores: André Fonseca Nunes, Marco Philipe Teles Reis Pontes, Janilva Fernandes Amorim, Dionline Borges Paulo, Paulo Humberto Moreira Nunes, Maria do Carmo de Carvalho e Martins Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Marco Philipe Teles Reis Pontes

INTRODUÇÃO: A Terminalia brasiliensis Camb. conhecida popularmente como cerne-amarelo, capitão-do-campo ou catinga-de-porco, é popularmente indicada para males do estômago, barriga inchada e disenteria. OBJETIVOS: Avaliar os efeitos da administração por via oral do extrato etanólico da casca de Terminalia brasiliensis (EETB) sobre úlceras gástricas induzidas por etanol em Rattus norvegicus. MÉTODOS: Rattus norvegicus fêmeas (n = 6 animais por grupo) com peso entre 150-200 g, em jejum de sólidos por 24 h, receberam por via oral água (5 mL/Kg, grupo controle), EETB (250 e 500 mg/kg) ou carbenoxolona (200 mg/kg) uma hora antes de etanol absoluto (1 mL/animal, via oral). Trinta minutos depois foi realizada eutanásia de todos os animais por sobredose de tiopental sódico (100 mg/kg) e seus estômagos foram retirados e abertos pela curvatura menor para determinação da área de lesão ulcerativa (ALU), expressa como percentagem da área do corpo do estômago, utilizando-se o software ImageJ. Os dados foram analisados através de análise de variância (ANOVA) seguida pelo teste de Tukey. RESULTADOS: A ALU (Média ± EPM) dos animais dos grupos tratados com carbenoxolona 200 mg/kg (1,45 ± 0,37; p<0,001) ou com EETB nas doses de 250 mg/kg (11,89 ± 1,14; p<0,05) e 500 mg/kg (6,8 ± 2,31; p<0,001) foram significativamente menores em relação ao controle (19,28 ± 2,40). O efeito gastroprotetor do EETB na dose de 500 mg/kg (64,8 %) não diferiu significativamente do efeito produzido pela carbenoxolona (92,5 %). CONCLUSÃO: Os resultados obtidos indicam que o extrato etanólico de Terminalia brasiliensis contém princípio(s) ativo(s) com atividade antiulcerogênica. Essa atividade pode estar provavelmente relacionada a fatores ligados à preservação da camada de muco e ao controle do fluxo sanguíneo no estômago, sabidamente alterados pelo etanol.

P28 PREVALÊNCIA DAS DEGENERAÇÕES PERIFÉRICAS RETINIANAS RELACIONADAS AO GRAU DE MIOPIA E COMPRIMENTO AXIAL DO OLHO

Autores: Eduardo Coêlho Fontes, Mariana Ayremoraes Barbosa, Ednaldo Atem Gonçalves, Napoleão Bonaparte de Sousa Júnior, Mariana Batista Gonçalves Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)

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Apresentador(a): Mariana Ayremoraes Barbosa

INTRODUÇÃO: A miopia é um dos principais fatores de risco para o descolamento regmatogênico da retina. Aproximadamente 40 a 55% dos DR afetam pacientes míopes. Estatisticamente, olhos míopes apresentam probabilidade de ter DR em 2,4% dos casos, enquanto emétropes têm 0,06%. OBJETIVO: Estudar a prevalência de degenerações periféricas retinianas (DPR) predisponentes e não predisponentes ao descolamento da retina (DR) em míopes, relacionadas ao grau de miopia e ao comprimento axial (AXL) do olho. MÉTODO: Estudo prospectivo iniciado em março de 2008 realizado em pacientes míopes atendidos na Clínica Oftalmológica do HGV e na Fundação Oftalmológica do Piauí. Os pacientes foram submetidos a exame oftalmológico completo e examinados por pelo menos dois dos autores, sendo a pupila dos pacientes dilatada e o grau da ametropia (erro refracional) classificado em três categorias segundo a refração estática, dependendo do equivalente esférico em: MIOPIA BAIXA (-1,00 e -3,00 dioptrias esféricas); MIOPIA MODERADA (-3,25 e -6,00 dioptrias esféricas) e MIOPIA ALTA (superior a -6,00 dioptrias). Foram ainda submetidos à ecobiometria ocular com ecografia A, técnica de imersão, para medida do AXL do olho, sendo os mesmos classificados em três grupos: 24-24,9mm, 25-25,9mm e ≥26mm. As DPR foram classificadas em predisponentes e não predisponentes ao DR. RESULTADOS: Foram examinados 84 olhos míopes de 46 pacientes, sendo 34 pacientes (74%) do sexo feminino e 12 (26%) do sexo masculino, com média de idade de 28 anos. Dos 84 olhos estudados, 59 (70%) não apresentaram DPR e 25 (30%) apresentaram DPR. Dos 25 olhos que apresentavam DPR, em 21 (25%) foram identificadas DPR predisponentes ao DR, e em 4 (5%) registraram-se apenas DPR não predisponentes ao DR. A miopia alta foi detectada em 46 olhos; destes, 32 (70%) não apresentavam DPR, e em 14 (30%) verificaram-se DPR. No que diz respeito às DPR predisponentes ao DR e o grau de miopia, houve uma tendência das DPR predisponentes ao DR ocorrerem mais no grupo de miopia alta. Com relação às DPR predisponentes ao DR e o AXL do olho, também houve aumento na freqüência das DPR predisponentes ao DR concomitante com o aumento do AXL do olho. CONCLUSÃO: Embora este trabalho sugira uma relação direta entre o aumento do grau de miopia e o AXL do olho com as DPR, as mesmas foram presentes em quase todos os tipos de miopia e faixas de comprimento axial do olho, tornando, portanto, indispensável o exame da periferia da retina em todos os pacientes.

P29 ADENOCARCINOMA DE URETRA COM METÁSTASE PARA OS OLHOS: RELATO DE UM CASO

Autores: Rafael Bandeira Lages, Rodrigo Sousa Beserra, Ilanna Naianny Leal Rodrigues, Valério Chaves Pinto Júnior, Lina Gomes dos Santos, Sabas Carlos Vieira Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Valério Chaves Pinto Júnior

INTRODUÇÃO: O adenocarcinoma primário de uretra é um tumor de incidência muito baixa, representando menos de 1% de todas as neoplasias do trato geniturinário feminino. Segundo o nosso conhecimento, este é o primeiro caso relatado de adenocarcinoma primário de uretra apresentando metástase para os olhos. RELATO DE CASO: Paciente de 43 anos de idade submeteu-se a cistectomia e linfadenectomia pélvica por adenocarcinoma primário de uretra. Ao histopatológico evidenciou-se invasão sanguínea, linfática e perineural, juntamente com o comprometimento de manguito vaginal e dois dos 24 linfonodos dissecados. Recebeu radioterapia e quimioterapia adjuvante. Após dez meses de seguimento clínico, a paciente passou a apresentar alterações visuais. O exame oftalmológico evidenciou lesões tumorais coroidianas em ambos os olhos, compatíveis com metástases de coróide e na ressonância nuclear magnética os achados foram sugestivos de implantes metástaticos na retina bilateralmente e meníngeo parassagital esquerdo na região parietal. Ela realizou um novo ciclo quimioterápico de caráter paliativo, mas a doença desenvolveu-se e apresentou metástases ósseas quatro meses depois. Quatorze meses após a cirurgia, a paciente veio a óbito. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Doença metastática para os olhos é uma entidade relativamente comum em pacientes com câncer, sendo o câncer de mama o maior responsável por metástases oculares. O diagnóstico deve ser suspeitado em pacientes com história de câncer e diminuição da acuidade visual ou outros sintomas visuais. A biópsia aspirativa com agulha fina é

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indicada pela maioria dos autores, devido aos seus riscos, somente em pacientes com nenhum câncer primário detectado.

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AVALIAÇÃO DA EVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO DE ALUNOS DE MEDICINA E DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO EM RESSUSCITAÇÃO CÁRDIO-PULMONAR, EM CAXIAS-MA, BRASIL

Autores: Thiago do Vale Machado, Francisco Fabrício Rocha de Sousa, Juliana Freitas Gomes, Ricardo Quirino dos Santos Vieira Júnior, Mariana Aroucha Carneiro Instituição(ões): Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) Apresentador(a): Juliana Freitas Gomes

INTRODUÇÃO: A ressuscitação cardio-pulmonar (RCP) é uma manobra muito utilizada em emergências como no infarto do coração, afogamento e outras situações onde a pessoa não esteja respirando ou esteja sem pulsação. Envolve dois componentes: compressões torácicas combinadas à respiração boca a boca. O conhecimento a respeito e a segurança do socorrista sobre o RCP são fatores que interferem no ato de socorrer. OBJETIVO: Avaliar a evolução do conhecimento dos alunos de medicina e de enfermagem (2º ao 8º períodos) da Universidade Estadual do Maranhão em RCP, em Caxias-MA, Brasil. MÉTODO: Realizou-se um trabalho qualitativo com base na aplicação de questionários estruturados com questões de múltipla-escolha aos alunos de Medicina e Enfermagem da Universidade Estadual do Maranhão-UEMA, no período de janeiro a maio de 2010. O questionário abordava questões específicas de procedimentos realizados na RCP. Estruturou-se no banco de dados do programa Epinfo 2007 para cálculo do percentual simples das variáveis. RESULTADOS: Houve um total de 65 entrevistados. Destes 46,84% correspondiam à faixa etária entre 21 a 23 anos e 96,2% eram solteiros. Cerca de 66,15% eram do curso de Medicina e 33,85% do curso de Enfermagem. Os períodos entrevistados entre os alunos foram 2º 4º 6º e 8º, dentre os quais o 4º período foi o mais entrevistados com 33,84%. Entre os alunos, 13,9% já haviam realizado algum curso de preparatório em SBV. Quanto aos conhecimentos em RCP, 90,9% dos alunos do 4º período responderam que a função do socorrista é manter a vítima viva até a chegada do socorro. Cerca de 80% dos alunos do 6º período afirmaram que o sinal clínico mais evidente para caracterizar uma parada respiratória é a ausência de movimentos respiratórios e 84,21% dos alunos do 8º período responderam que ao identificar uma parada respiratória o 1º passo é desobstruir as vias áreas. Cerca de 90% dos alunos do 6º período afirmaram que o sinal mais evidente de parada cardíaca é a ausência de pulso e 100% dos alunos do 6º período responderam ao presenciarmos uma vítima adulta em parada cardíaca o procedimento a ser iniciado é o ciclo de 2 ventilações para 30 massagens cardíacas. Cerca de 100% dos alunos do 6º período responderam ser o pulso carotídeo o mais apropriado na verificação dos batimentos cardíacos na RCP. CONCLUSÃO: Conclui-se que 74,70% dos alunos possuem um conhecimento correto a cerca de alguns procedimentos realizados em situações de RCP. Conclui-se ainda que a aprendizagem esta sendo efetiva no decorrer dos períodos e que os alunos formados na Uema atuariam mantendo a vítima viva, observando os movimentos respiratórios, desobstruindo as vias aéreas, palpando o pulso carotídeo e ,se preciso, realizando ciclos de ventilações/massagens cardíacas.

P31 TUMOR DE EWING EM REGIÃO ESCAPULAR:RELATO DE CASO Autores: Marcelo Henrique Alves de Andrade, Lucas Nunes Montechi, Lucas Osanan Andrade Sousa, Rayli Lauro Jennyfer Brandão Sales, Renato Amaral Valentim, Lina Gomes dos Santos Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Marcelo Henrique Alves de Andrade

Introdução: O sarcoma de Ewing consiste em uma neoplasia de células redondas com variável grau de diferenciação neuroectodérmica. Descrito pela primeira vez em 1921 pelo britânico James Ewing, trata-se de uma neoplasia maligna primária do osso que acomete mais frequentemente a segunda década de vida e preferencialmente as regiões diafisária e metafisária de ossos longos. No entanto, qualquer osso pode ser acometido. Usualmente, o paciente apresenta lesão dolorosa associada a quadro febril.

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Radiologicamente, mostra-se como uma lesão osteolítica mal definida. Apresentamos aqui um caso inusitado de Sarcoma de Ewing comprometendo osso escapular. Relato de caso: W.V.M., 13 anos, natural e procedente de Parnaíba-PI, chega ao serviço médico queixando-se de dor e edema em ombro direito, com evolução de 3 meses. Solicitou-se uma radiografia simples, que mostrou lesão osteolítica comprometendo o acrômio clavicular e a escápula. À tomografia computadorizada(TC), observou-se volumosa lesão expansiva com componente de partes moles comprometendo a metade superior e espinha da escápula direita. Foi feita biópsia por agulha que mostrou neoplasia maligna de pequenas células redondas revelando positividade imuno-histoquímica para CD99, AE1/AE3 e negatividade para Cromogranina A, Desmina, CD45RB, Miogenina e WT1. Em agosto de 2008 foi introduzido o tratamento com quimioterapia neoadjuvante (vincristina, actinomicina-D e ciclofosfamida), interrompendo-se esta modalidade terapêutica pela erupção de um quadro de leucopenia severa, apesar de acentuada redução da tumoração. Submetido à ressecção cirúrgica da lesão em novembro do mesmo ano. Dois meses depois novo quadro leucopênico se desenvolveu. Em março de 2009 foi submetido à quimioterapia adjuvante (ifosfamida, carboplatina e etoposide). No seguimento, a biópsia de medula óssea, o exame físico, a radiografia, a TC e cintilografia óssea não mostraram sinais de recidiva da doença. Considerações Finais: O sarcoma de Ewing é uma neoplasia maligna primária do osso que raramente acomete a escápula. Neste caso, o diagnóstico da lesão foi feito através do quadro clínico/radiológico com posterior biópsia por agulha. Histologicamente, trata-se de um desafio diagnóstico em coloração de rotina, sendo mandatória a realização de estudo imuno-histoquímico complementar. O caso aqui apresentado exibia aspectos clínicos e radiológicos usuais, entretanto acometia uma topografia bastante incomum.

P32 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE TERESINA-PI, NO PERÍODO DE 1999 A 2005

Autores: Lucas Nunes Montechi, Renato Amaral Valentim, Felipe Cury Formiga, Danilo Marcos Miranda da Silva, Danieli Maria Matias Coêlho, Viriato Campelo Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Lucas Nunes Montechi

INTRODUÇÃO: A tuberculose(TB) é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium tuberculosis. A Organização Mundial de Saúde estima que 1/3 da humanidade seja infectada, com mais de 8 milhões de casos novos e 3 milhões de mortes por ano. Segundo o Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), estima-se anualmente para o país uma prevalência de 50 milhões de infectados, com cerca de 111.000 casos novos e 6.000 óbitos, e um coeficiente de incidência de 47,2/1000.000 hab., variando de 29,6/100.000 hab. na região Centro-Oeste para 53,1/100.000 hab. Na região Nordeste. Em 2005, o Piauí apresentava-se abaixo da média nacional, com 43,2 casos/100.000 e Teresina acima da média com 50,2/100.000 hab. Em 1999, o Ministério da Saúde definiu a doença como prioridade entre as políticas públicas de saúde, estabelecendo diretrizes para ações descentralizadas entre as 3 esferas do governo e fixando metas para diagnosticar 70% dos casos esperados e curar pelo menos 85% desses casos. OBJETIVOS: Traçar o perfil epidemiológico dos casos novos de TB de residentes em Teresina-PI no período de 1999 a 2005. MÉTODOS: Estudo epidemiológico descritivo de série histórica sobre casos novos notificados de TB, analisando-se características demográficas, socioeconômicas e clínicas. Incluíram-se os casos novos de tuberculose de residentes em Teresina, registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação(Sinan), bem como os óbitos por TB de residentes em Teresina registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade. Pesquisou-se as seguintes variáveis constantes na ficha de investigação de TB: faixa etária, escolaridade, sexo, forma clínica, diagnóstico baciloscópico, associação com o agravo aids, tratamento supervisionado e situação de encerramento do caso. RESULTADOS: Obteve-se taxa média de incidência de casos novos de 50,1/100.000 hab. e coeficiente médio de mortalidade de 3,3 por 100.000 hab. Os doentes são predominantemente do sexo masculino (64,0%), com menos de 7 anos de escolaridade (70,33%) e adultos jovens (58,8%), apesar da maior taxa de incidência ter sido observada na faixa etária de 50 anos e mais. Em 80,23% dos casos, encontrou-se a forma pulmonar e, quanto à evolução, 71,07% foram curados e 17,15% tiveram alta por transferência. CONCLUSÃO: O trabalho possibilitou conhecer as características da população estudada e as dificuldades, no Sinan, do Programa de Controle da tuberculose no município de Teresina.

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P33 INVESTIGAÇÃO DA ATIVIDADE DO LIOFILIZADO DO FRUTO DE MORINDA CITRIFOLIA SOBRE O TRÂNSITO INTESTINAL DE CAMUNDONGOS PELO MÉTODO DO CARVÃO ATIVADO

Autores: Paulo Humberto Moreira Nunes, Marconi Cosme Soares de Oliveira Filho, Jordano Sampaio Guimarães Silva, Wilder Dias Pacheco, Epitácio de Carvalho Santos Filho, Paula Carvalho Lopes Nery Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Wilder Dias Pacheco

Introdução: A Morinda citrifolia pertence à família das Rubiaceae e é uma árvore de pequeno porte conhecida mundialmente como noni. É usada pela população piauiense para curar e prevenir doenças, como úlceras gástricas e distúrbios intestinais, ou como complemento de terapias. Objetivos: O presente estudo visa investigar o efeito do liofilizado do fruto de Morinda citrifolia (Noni) sobre o trânsito intestinal em Mus musculus. Métodos: Grupos de 6 a 8 camundongos (Mus musculus), pesando 26,70 ± 4,14 g, mantidos em jejum por 24 h, foram tratados com água (grupo controle-C), com sulfato de atropina 3 mg⁄Kg i.p. (grupo padrão-P) ou com uma das doses (200, 400 ou 800 mg/kg) de liofilizado de noni na proporção de 5 mL⁄Kg (grupos experimentais N200, N400 e N800). Decorridos 30 minutos do tratamento, foi administrado carvão ativado (10%, 10 mL⁄Kg, v.o.) a todos os animais. Passados 30 minutos, os animais foram sacrificados com tiopental sódico (100 mg⁄Kg). Em seguida, foram removidos o estômago e intestino delgado dos animais e a distância percorrida pelo carvão foi medida do piloro até a última porção do intestino que continha pelo menos 1 cm contínuo de carvão e expressa em porcentagem do comprimento total do intestino delgado. Os dados obtidos (média ± desvio padrão da média) foram analisados por ANOVA, seguida de Pós-teste de Tukey. O nível de significância foi estabelecido em 5% (p<0,05). Resultados: A distância percorrida pelo carvão ativado foi de 27,3 ± 3,5%, nos animais do grupo P; 67,6 ± 2,0%, nos animais do grupo C; 61,7 ± 3,0% nos animais do grupo N200; 50,9 ± 5,2%, nos animais do grupo N400 e 65,5 ± 3,3%, nos animais do grupo N800. O grupo tratado com atropina (P) apresentou redução estatisticamente significativa (p<0.001) do trânsito intestinal quando comparado com todos os outros grupos (C, N200, N400 e N800); em relação aos grupos tratados com liofilizado de noni, somente o grupo N400 apresentou resultados significantes, quando comparado com os grupos C (p<0.01) e com o grupo N800 (p<0.05), não tendo apresentado diferenças significativas quando comparado com o grupo N200 (p>0.05). Conclusão: Os resultados obtidos não permitem uma conclusão definitiva acerca do efeito do liofilizado de noni no trânsito intestinal de camundongos, pois apenas a dose de 400 mg/kg reduziu significativamente o peristaltismo intestinal.

P34 GRANULOMA CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES: RELATO DE CASO Autores: Ana Teresa Spíndola Madeira Campos, Ranna Caroline Ulisses Nogueira, Juliana da Ponte Lopes Pinto Medeiros, Beatriz Leal Carvalho, Erica Nazaré Pinto Melo, Kátia Marabuco de Sousa Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Beatriz Leal Carvalho

INTRODUÇÃO: O GCCG é uma lesão benigna intraóssea formada por tecido fibroso celular com múltiplos focos de hemorragia, agregação de células gigantes multinucleares e trabeculado de osso imaturo 1;2. É uma lesão incomum 1;2, mais de 60% ocorre em pacientes com menos de 30 anos, sendo mais freqüente em mulheres 2;3;4. Em geral, é assintomática ou manifesta-se como expansão indolor do osso afetado 1;3. O prognóstico é bom, e não há relatos de metástases, o que confirma a característica benigna da lesão. O tratamento de eleição é curetagem ou a ressecção em bloco. 4;5;6. Outras opções são injeção intralesional de corticosteróides, administração de interferon alfa e calcitonina 1;6. RELATO DE CASO: V.T.L, 15 anos, pardo, estudante, natural de Teresina-PI, solteiro, veio ao serviço de Clínica Cirúrgica do Hospital Getúlio Vargas (HGV) em novembro de 2009 com queixa de surgimento de lesão expansiva em região malar direita seis meses após uma extração dentária realizada há dois anos. Há cerca de dez meses, apresentou crescimento mais intenso da lesão, além de epistaxe e um episódio de hipoacusia de três dias de duração. Ao exame físico: Paciente em bom estado geral, cavidade oral com abaulamento da região geniana e sulco naso-labial sem sinais flogísticos locais. A tomografia dos seios da face evidenciava lesão expansiva

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localizada na maxila direita, estendendo-se para o seio maxilar e cavidade nasal ipsilaterais. O histopatológico de fragmento da lesão trazia o laudo de granuloma reparativo de células gigantes central (GCCG), com ausência de malignidade. Foi realizada ressecção tumoral no dia 08/04/10, com boa evolução pós-operatória e reconstrução protética do palato.CONSIDERAÇÕES FINAIS: O caso relatado é relevante, pois traz uma condição incomum e que faz diagnóstico diferencial com doenças malignas necessitando, por isso, de um diagnóstico precoce.

P35 TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE ANEURISMA DE AORTA COM COMPROMETIMENTO BILATERAL DE ARTÉRIAS ILÍACAS COMUNS EM PACIENTE INFARTADO – RELATO DE CASO

Autores: Marcus Luciano Lopes de Paiva Crisanto, Kariny Sheyla Rodrigues Maranhão, Nayara Maria Gomes Almeida, José Torres Pires Neto, José Carlos Santos Júnior, Bruno di Bernardo Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Marcus Luciano Lopes de Paiva Crisanto

INTRODUÇÃO: A utilização de técnicas cirúrgicas minimamente invasivas representou uma revolução no tratamento de doenças da aorta. O tratamento cirúrgico convencional do aneurisma de aorta abdominal (AAA) exige laparotomia e substituição da aorta abdominal por uma prótese. Com o tratamento endovascular (TE), a laparotomia é evitada e, por incisões na região inguinal, a endoprótese pode ser implantada com um procedimento menos invasivo em que a perda sangüínea é bem menor, a aorta não precisa ser pinçada, o tempo de intervenção é reduzido e a recuperação do paciente é mais rápida. Tal abordagem segue critérios clínicos e anatômicos. Os critérios clínicos são os mesmos de indicação da cirurgia clássica. Os critérios anatômicos estabelecem: uma extensão > 1,5 cm entre a artéria renal mais baixa e o início do AAA; ausência de angulação > 60 graus do colo proximal; ausência de calcificação importante no colo proximal; ausência de obstruções significativas no território aorto-ilíaco; artérias femorais e ilíacas com diâmetro > 7 mm. RELATO DE CASO: Paciente masculino, 70 anos, se internou no serviço de cirurgia vascular do HC-UNICAMP com dor abdominal com irradiação para região lombar e massa pulsátil abdominal dolorosa à palpação. Submeteu-se a uma angioCT que mostrou um AAA de 10cm de diâmetro com envolvimento das artérias ilíacas comuns bilateralmente e angulação do colo proximal de 90 graus. Durante a internação, apresentou dor torácica e foi diagnosticado Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) sem onda Q patológica, apenas alterações das enzimas cardíacas. Apesar da angulação de 90 graus do colo proximal, o que é desfavorável e até contra-indica a abordagem endovascular por estar relacionada com maior incidência de vazamento proximal (endoleak tipo 1) e com migração da prótese, optou-se por este tipo de tratamento devido ao risco de rotura do AAA (10 cm de diâmetro com dor) e IAM recente. Foi realizado inicialmente embolização da ilíaca interna direita e, após 15 dias, embolização da ilíaca interna esquerda com colocação de endoprótese Zenith (Cook) bifurcada. Não houve complicações peri-operatórias e nem relacionadas com o procedimento. O paciente teve alta no terceiro dia pós-operatório. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A terapia endovascular com endopróteses surgiu com o objetivo de diminuir as taxas de complicações associadas ao tratamento cirúrgico aberto e a seleção adequada dos pacientes é o fator mais importante para a obtenção do sucesso nesse tipo de tratamento.

P36 ATIVIDADE ANTIULCEROGÊNICA DO EXTRATO AQUOSO DE NASTURTIUM OFFICINALE(AGRIÃO) EM ÚLCERA GÁSTRICA CRÔNICA EM RATTUS NORVEGICUS

Autores: Ananda Manuelly da Mota Santos, Maria do Carmo de Carvalho e Martins, Andréia Vilarinho Prado, Layse de Morais Milanez Couto, Maria Teresa Soares Barbosa Leal Instituição(ões): Novafapi Apresentador(a): Ananda Manuelly da Mota Santos

INTRODUÇÃO: O agrião é rico em vitaminas A, C, ferro, enxofre e potássio. Dos talos às folhas o agrião tem várias propriedades terapêuticas, age como antiinflamatório nas colites, combate o ácido úrico nos organismos sobrecarregados pela ingestão de muita carne, leite e ovos. Tem alto poder digestivo, faz bem

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ao fígado, e também é diurético. OBJETIVO: Avaliar atividade antiulcerogênica do extrato aquoso de Nasturtium officinale em modelo de úlcera crônica em Rattus norvegicus. MÉTODOS: Rattus norvegicus machos adultos foram divididos em quatro grupos: controle normal e controle úlcera, tratados com (água -0,5 mL/100g); padrão – para cujos integrantes foi administrado omeprazol 20 mg/kg; e experimental, para o qual foi administrado extrato aquoso de Nasturtium officinale a 20% (0,5 mL/100g). Após jejum de 24h, os animais foram anestesiados com quetamina (40mg/kg) e xilazina(5mg/kg) i.p. Realizou-se antissepsia e, após laparotomia, o estômago foi exposto para administração de 50μL de ácido acético 30% na subserosa. O estômago foi lavado com salina e a parede abdominal suturada. O tratamento foi iniciado 2 dias após a cirurgia e realizado durante 14 dias. Ao final do período de tratamento, a eutanásia de todos os animais foi realizada por administração de sobredose de tiopental sódico (100 mg/kg), e seus estômagos foram retirados e abertos pela curvatura menor para determinação da área de lesão ulcerativa (ALU), expressa como percentagem da área do corpo do estômago, utilizando-se o software ImageJ. Os dados foram analisados através de ANOVA, seguida de pós-teste de Tukey. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade NOVAFAPI. RESULTADOS: O grupo controle úlcera (4,88 ± 1,61) apresentou ALU significativamente maior (p<0,05) em relação ao grupo controle normal (0,00 ± 0,00). No grupo tratado com agrião observou-se redução de 63,16% na ALU (ALU média: 1,70), efeito semelhante àquele produzido pela droga padrão (carbenoxolona) que produziu redução de 66,58% (ALU média: 1,63). CONCLUSÃO: O extrato aquoso de Nasturtium officinale reduziu a área de lesão ulcerativa, e apresentou efeito semelhante ao do omeprazol sobre úlceras gástricas crônicas induzidas por ácido acético.

P37 EFEITO DO EXTRATO ETANÓLICO DE TERMINALIA FAGIFOLIA SOBRE A ACIDEZ GÁSTRICA E A CONCENTRAÇÃO DE GRUPOS SULFIDRÍLICOS NÃO-PROTÉICOS EM RATTUS NORVEGICUS

Autores: Osyanne Timóteo de Sousa, Antônio Expedito Simeão Souza, Gabriel Faustino Sousa Soares, Alessandra Carvalho de Oliveira, Paulo Humberto Moreira Nunes, Maria do Carmo de Carvalho e Martins Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Alessandra Carvalho de Oliveira

INTRODUÇÃO: Terminalia fagifolia é uma Combretaceae popularmente usada no estado do Piauí, Brasil, para o tratamento de desordens gástricas e intestinais (FREIRE, F.M.T, BID/CNPq/UFPI 160, 1992). Outras espécies do mesmo gênero e da mesma família apresentam efeito gastroprotetor e antiulcerogênico (NUNES, P.H.M et al Pharmazie 64: 58, 2009). Objetivo: Investigar o efeito do extrato etanólico de T. Fagifolia (EETF) sobre a secreção gástrica e a concentração de grupos sulfidrílicos não-protéicos (GSHNP). MÉTODOS: Grupos de seis Rattus norvegicus fêmeas (150-250 g) com piloro ligado (Shay, H., Gastroenterology 5:43, 1945) foram tratados com água destilada (5 mL/Kg, controle), ranitidina (60 mg/Kg, padrão) e EETF (500 mg/Kg), por via intraduodenal. Quatro horas após o tratamento, realizou-se a eutanásia por administração de sobredose de anestésico (tiopental sódico 100 mg/kg), os estômagos foram removidos e a solução de suco gástrico foi coletada. O conteúdo (mL), o pH e a acidez total (µE/h) foram determinados. Adicionalmente, segmentos glandulares dos estômagos foram retirados para determinação da concentração de GSHNP através do método de Sedlak e Lindsay (Anal Biochem 24:192, 1968). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação com Animais da Universidade Federal do Piauí (Protocolo Nº 042/09). RESULTADOS: EETF (a) e ranitidina (b) provocaram aumento significativo (p<0,05) no pH (a: 3,76+0,39 e b: 5,79+0,66) e redução no conteúdo (a: 1,2+0,21 e b: 1,5+0,22), assim como na acidez total do suco gástrico produzido (a: 13,19+4,33 e b: 5,83+3,13) comparados com o controle (pH: 2,22+0,2; conteúdo: 3,0+0,17; acidez total: 69,77+5,51). Não houve diferenças na concentração de GSHNP (c) nos animais tratados com EETF (c: 46,11+2,45) ou com ranitidina (c: 42,44+3,73) comparados com os animais do grupo controle (c: 48,17+1,80). CONCLUSÃO: O EETF possui efeito gastroprotetor que envolve a inibição da secreção gástrica ácida sem aumento de um dos fatores defensivos de mucosa gástrica, como os GSHNP.

P38 RELATO DE CASO: ESQUIZOFRENIA ASSOCIADA A PSICOSE COMPARTILHADA EVOLUINDO COM SÍNDROME DE EKBOM

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Autores: Joseanne Maria Rodrigues Teixeira, Liatrícia Ximendes Escórcio de Brito, Darcy Passos da Silva Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Joseanne Maria Rodrigues Teixeira

INTRODUÇÃO : A ocorrência de psicose compartilhada ou Folie à deux é um fenômeno raro caracterizado pela capacidade que o indivíduo possui de gerar um transtorno psicótico induzido em familiares ou vizinhos. É mais comum que mulheres induzam o transtorno nos homens. Tal condição ocorre em geral em um contexto de isolamento social, sendo o indivíduo portador do transtorno primário comumente esquizofrênico (CORDEIRO JÚNIOR, Q.; CORBETT, C.E.P., 2003). A síndrome de Ekbom, também conhecida como parasitose psicogênica, é de ocorrência rara e caracteriza-se pela firme convicção dos pacientes de que estão infectados por pequenos organismos que saem através da pele. A prevalência de psicose compartilhada com síndrome de Ekbom é de 5 a 25%. (AMANCIO, E.J. et al., 2002 ; GOI, P.D., 2007). RELATO DE CASO: R.F.C, 72 anos, sexo masculino e B.G.S.S, 58 anos, sexo feminino, casados há 22 anos, lavradores, católicos, residentes na zona rural de São Mateus-MA, procuraram serviço médico psiquiátrico ambulatorial em novembro de 2007. Queixavam-se da presença de lagartas sob a pele, as quais faziam pequenos orifícios por onde saíam, depositavam seus ovos em todos os pêlos do corpo e provocavam intenso prurido. Segundo relato do casal, o delírio de infestação parasitária e as alucinações táteis e visuais manifestaram-se inicialmente na esposa, aproximadamente um ano antes da consulta. Ela acreditava ter sido contaminada em um açude onde pescava. Quatro meses depois, o marido começou a apresentar os mesmos sintomas, crendo que a esposa o havia contaminado. Após avaliação psiquiátrica, verificou-se a presença já bastante antiga de um quadro de insônia, isolamento social, pensamento místico, idéias auto-referentes e delírios persecutórios. O marido não apresentava nenhuma outra alteração psíquica além do já relatado. Ambos possuíam história familiar de transtornos mentais. Após dois meses em uso de medicação houve acentuada melhora no quadro de ambos. O marido recebeu alta assintomático com 1 ano de tratamento e a esposa continua em tratamento ainda com sintomas negativos da psicose. CONSIDERAÇÕES FINAIS : Constatou-se ser a esposa esquizofrênica, evoluindo com síndrome de Ekbom e induzindo psicose compartilhada em seu marido. Além disso, identificou-se fatores de risco para o desenvolvimento da psicose compartilhada como relação interpessoal próxima e longa, pouco contato social e história familiar positiva de psicopatologia.

P39 A FALTA DE INFORMAÇÃO E SUA RELAÇÃO COM O BAIXO PESO AO NASCER, EM GRUPOS ETÁRIOS DE RISCO, NO MUNICÍPIO DE CAXIAS – MA

Autores: Mariana Aroucha Carneiro, Thiago do Vale Machado, Pablo Germano de Oliveira, Ricardo Quirino dos Santos Vieira Junior, Irene Sousa da Silva Instituição(ões): Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) Apresentador(a): Mariana Aroucha Carneiro

INTRODUÇÃO: A assistência pré-natal visa manter a integridade das condições de saúde materna e fetal. (Araújo et al, 2006). Para isso, é necessário que o início do pré-natal seja o mais precoce possível, a fim de identificar e prevenir intercorrências, como o baixo peso ao nascer, o qual é definido como o peso de nascimento inferior a 2.500 gramas, que ocorre com maior freqüência na adolescência, em comparação a mulheres adultas jovens. (Lippi et al, 1989). A proporção de crianças com baixo peso ao nascer corresponde a um dos indicadores básicos para o alcance das metas de desenvolvimento. Quanto mais alta a proporção de nascidos vivos de baixo peso, mais grave é o problema de nutrição e saúde pública na localidade, sendo importante fator de risco mortalidade neonatal e infantil. (Malveira et al, 2006). Esse fato está associado à baixa escolaridade, que está relacionada à falta de conhecimento sobre a importância dos cuidados do pré-natal. (Araújo et al, 2006). Segundo o Ministério da Saúde, o número de consultas pré-natais deve ser, no mínimo, seis, o que não vem sendo cumprido. OBJETIVO: Analisar como a falta de informação interfere no número de consultas pré natais, implicando no baixo peso ao nascer, apesar do aumento da cobertura da assistência à saúde. MÉTODOS: Foi realizada uma seleção quantitativa, retrospectiva e aleatória de 192 prontuários de mães na faixa etária de 10 a 19 anos e mais

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de 35 anos, com casos de baixo peso. A variável dependente foi o número de consultas de pré-natal (0-3; 4-6; 7 e mais), sendo a última a categoria de referência. A pesquisa foi feita na Maternidade Municipal Carmosina Coutinho, localizada em Caxias, no período de junho de 2009 a junho de 2010. RESULTADOS: Constatou-se que, apesar do aumento da cobertura da assistência à saúde, há uma relevância de nascidos com baixo peso e, ainda há, uma desinformação a respeito da importância do pré-natal. Observa-se um índice em torno de 80% de mães que realizam menos do que seis consultas pré-natais, número preconizado pelo Ministério da Saúde. A menor quantidade de anos na escola está diretamente relacionada a esse problema. CONCLUSÃO: É ressaltada a necessidade de melhorias nos programas de educação e promoção da saúde, ressaltando a importância do pré natal.

P40 MUCOCELE DO APÊNDICE COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL RARO DE CÂNCER DE OVÁRIO: RELATO DE CASO

Autores: Maurício Aguiar Reis, Esmálio Barroso de Oliveira, Felipe Cury Formiga, Giuliano da Paz Oliveira, Marcelo Henrique Alves de Andrade, Sabas Carlos Vieira Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Maurício Aguiar Reis

INTRODUÇÃO: Mucocele do apêndice é uma afecção rara, definida como sendo uma retenção de substância mucóide intraluminal apendicular. A mucocele do apêndice pode ter etiologias variadas como obstrução do apêndice, hiperplasia de mucosa, cistoadenocarcinoma e cistoadenoma mucinoso. Sua incidência varia entre 0,2% a 0,3%, considerando-se todas as formas de apendicectomia, sendo quatro vezes mais frequente em mulheres, e ocorre principalmente entre 50 e 55 anos de idade. Devido ao quadro clínico ser inicialmente assintomático e da dificuldade de diagnósticos pelos exames complementares, seu diagnóstico precoce torna-se infrequente, podendo ser confundido com afecções ovarianas. Em mulheres pode simular lesão neoplásica pélvica , principalmente câncer de ovário, no entanto esta ocorrência é rara. RELATO DE CASO: Paciente de 60 anos de idade, do sexo feminino, pós-menopausada, referia desconforto urinário há dois meses e dor pélvica intermitente de leve intensidade. Referia que palpava uma massa na FID que se movimentava. O exame físico foi normal. Ao ultrassom transabdominal, observou-se lesão expansiva pélvica. A paciente submeteu-se à laparatomia, sendo diagnosticada no intra-operatório uma mucocele do apêndice. Realizou-se uma apendicectomia clássica, ovários foram avaliados e apresentaram-se normais, assim como o útero e as tubas uterinas.Macroscopicamente, o apêndice cecal mediu 9,5 x 4,0 x 3,0 cm. À microscopia, o apêndice cecal apresentou lúmen dilatado e preenchido por material eosinofílico amorfo permeado por numerosas microcalcificações. A parede do órgão mostrava epitélio sem atipias com extensos focos de erosão e moderado infiltrado inflamatório crônico (com vasos congestos) estendendo-se da lâmina própria à serosa. A paciente evoluiu bem no pós-operatório, obtendo alta hospitalar no quarto dia de pós-operatório. CONSIDERÇÕES FINAIS: Mucocele do apêndice é uma entidade pouco freqüente. Em casos raros, esta afecção pode simular câncer de ovário. Portanto, há necessidade de métodos de imagem de alta resolução para a realização de diagnóstico diferencial pré-operatório com outras entidades que se apresentam como massa na fossa ilíaca direita. O diagnóstico correto a partir de exames complementares é de extrema importância, com intuito de se evitar complicações intra e pós-operatórias, assim como ajudar no planejamento cirúrgico.

P41 SÍNDROME HELLP E HEMATOMA HEPÁTICO: RELATO DE CASO Autores: Danilo Cerqueira de Moraes, Isabella Parente Almeida, Giuliano da Paz Oliveira, José Arimatea Santos Júnior, Ana Maria Pearce de Arêa Leão Pinheiro Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Danilo Cerqueira de Moraes

INTRODUÇÃO: Síndrome HELLP constitui forma grave da doença hipertensiva específica da gestação, caracterizada por hemólise, elevação das enzimas hepáticas e trombocitopenia. Sua incidência nas gestações é de 0,1 a 0,6% e associa-se a alta morbimortalidade perinatal. Uma complicação grave desta

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síndrome é o hematoma hepático, que pode romper e causar choque hemorrágico, com índice de mortalidade materna superior a 50%. RELATO DE CASO: MCSV, 45 anos, G6P2A3, idade gestacional de 24 semanas e 5 dias, chegou à admissão da Maternidade Dona Evangelina Rosa, referindo epigastralgia, cefaléia e vômitos há dois dias. Ao exame físico, constatou-se palidez cutâneo mucosa, icterícia leve e pressão arterial de 200x120 mmHg; abdome globoso, doloroso à palpação superficial e profunda de hipocôndrio direito. Foi encaminhada à UTI, onde fez uso de sulfato de magnésio e hidralazina. Exames mostraram baixos níveis de hematócrito (28,3%), hemoglobina (9,4g/dl) e plaquetas (84.000/mm3); alargamento do tempo de protrombina (16,7s); hiperbilirrubinemia (BT de 2,98 mg/dl e BI 1,9 mg/dl); hipoproteinemia (5,4g/dl) e hipoalbuminemia (2,9g/dl), elevação das enzimas hepáticas (AST de 190 U/L e ALT de 125 U/L). Ao ultra-som abdominal, observou-se área hiperecóica em lobo hepático direito com cerca de 18 cm, sugestiva de hematoma hepático. Devido à grave situação, iniciou-se indução do parto com misoprostol via vaginal. A paciente evoluiu com piora da dor, taquicardia e queda dos níveis hematiméticos. Com a suspeita de ruptura, prosseguiu-se com hemotransfusão seguida de laparotomia exploradora, em que se constatou grande quantidade de sangue na cavidade, realizando-se drenagem do mesmo e extração fetal por histerotomia. A paciente evoluiu, no pós-operatório, com importante melhora clínica e laboratorial, com redução de AST e ALT, normalização dos níveis de bilirrubina total e indireta; elevação do hematócrito, hemoglobina e plaquetas. No entanto, persistiu com picos hipertensivos, que cederam ao uso de nitroprussiato de sódio. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A possibilidade de hematoma subcapsular do fígado deve ser considerada em pacientes com Síndrome HELLP, especialmente em grandes multíparas, com idade avançada, que apresentem dor intensa no quadrante superior direito e grandes elevações das aminotransferases séricas. O reconhecimento e condução adequada desta condição é de fundamental importância para evitarmos a morte materna.

P42 SUPORTE BÁSICO DE VIDA: ANÁLISE DO CONHECIMENTO DE ALUNOS DE MEDICINA E ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO, EM CAXIAS-MA, BRASIL

Autores: Thiago do Vale Machado, Francisco Fabrício Rocha de Sousa, Juliana Freitas Gomes, Ricardo Quirino dos Santos Vieira Júnior, Mariana Aroucha Carneiro Instituição(ões): Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) Apresentador(a): Francisco Fabrício Rocha de Sousa

INTRODUÇÃO: Suporte Básico de Vida (SBV) é o termo genérico aplicável ao conjunto de medidas utilizadas para restabelecer a vida de uma vítima em parada ventilatória e em paragem cardíaca, nomeadamente a avaliação inicial, libertação da via aérea, ventilação e compressão cardíaca externa. O SBV implica que seja praticado sem recurso a qualquer equipamento. OBJETIVO: Avaliar a evolução do conhecimento de alunos de medicina e enfermagem (2º ao 8º) da Universidade Estadual do Maranhão em Suporte Básico de Vida (SBV), em Caxias-MA, Brasil. MÉTODO: Realizou-se um trabalho qualitativo com base na aplicação de questionários estruturados com questões de múltipla-escolha aos alunos de Medicina e Enfermagem da Universidade Estadual do Maranhão-UEMA, no período de janeiro a maio de 2010. O questionário abordava questões específicas de procedimentos realizados no SBV. Estruturou-se o banco de dados no programa Epinfo 2007 para cálculo do percentual simples das variáveis. RESULTADOS: Houve um total de 65 entrevistado. Cerca de 66,15% eram do curso de Medicina e 33,85% do curso de Enfermagem. Os períodos entrevistados entre os alunos foram 2º 4º 6º e 8º, entre os quais o 4º período foi o mais entrevistado com 33,84%. Entre os alunos, 13,9% já haviam realizado algum curso de preparatório em SBV. Quanto aos conhecimentos em SBV, 90,9% dos alunos do 4º peírodo responderam que a função do socorrista é manter a vítima viva até a chegada do socorro. Cerca de 70% dos alunos do 6º período afirmaram que ao identificar uma vítima consciente, com via aérea obstruída por uma bala pediriam para que a mesma tente tossir e expulsar o objeto, e 100% dos alunos do 6º período responderam que ao identificar um paciente inconsciente com ventilação impedida por objetos nas vias aéreas, faria hiperextenção do pescoço. Cerca de 100% dos alunos do 6º período afirmaram que na tentativa de reverter a apnéia utilizariam para respiração artificial o AMBU e 89,47% dos alunos do 8º período responderam que para remoção e transporte de uma vítima utilizariam o colar cervical, a prancha

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longa e o KED. Apenas cerca de 10,52% dos alunos do 8º período responderam que em 6 mim de parada cardíaca ocorre dano cerebral irreversível. CONCLUSÃO: Conclui-se que 64,64% dos alunos possuem um conhecimento correto a cerca de alguns procedimentos realizados para SBV. Conclui-se ainda que a aprendizagem esta sendo efetiva no decorrer dos períodos e que os alunos formados na Uema atuariam mantendo a vítima viva, desobstruindo as vias aéreas, ventilando em casos de apnéia e utilizando equipamentos adequados para remoção e transporte da vítima procurando ter agilidade para evitar dano cerebral irreversível por falta de oxigênio.

P43 MUCOPOLISSACARIDOSE TIPO VI (DOENÇA DE MOROTEAUX-LAMY): RELATO DE CASO

Autores: Henrique César Saraiva de Arêa Leão Costa Filho, Felipe Melo Nogueira, Bruna Sousa Pessoa, Alice Nayane Rosa Morais, Edson Santos Ferreira Filho, André Gonçalves da Silva Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Henrique César Saraiva de Arêa Leão Costa Filho

INTRODUÇÃO: Inicialmente descrita em 1963 por Marouteaux e Lamy, a mucopolissacaridose VI (MPS VI) é a mais rara entre as mucopolissacaridoses, atingindo cerca de 1 em cada 215.000 recém-nascidos. Essa doença é causada por uma deficiência da enzima N-acetilgalactosamina-4-sulfatase, responsável pela degradação do sulfato de dermatan, o que leva ao acúmulo lisossomal desse glicosaminoglicano, caracterizando-a assim como uma das 40 doenças de acúmulo lisossomal. Assim como todas as doenças lisossomais, a MPS VI apresenta um quadro clínico muito variado com alterações respiratórias, cardiovasculares, hepáticas, digestórias, osteoarticulares e neurológicas. RELATO DE CASO:Paciente RVSS, 16 anos, apresenta baixa estatura, características faciais grosseiras, macrocefalia, córnea opacificada, visão prejudicada, otite média, síndrome da apnéia e hipopnéia obstrutiva do sono, redução da função pulmonar, movimento articular limitado, deformidades ósseas em tórax. Foi diagnosticada aos 11 anos com mucopolissacaridose tipo VI ou Síndrome de Maroteaux-Lamy de evolução rápida. O sequeciamento do DNA genômico revelou mutação no éxon 5 do gene ARSB. Foi submetida a adenectomia, transplante de córnea, tubo de ventilação no ouvido, duas herniorrafias. Segue com adinamia como principal queixa. O transplante de córnea não obteve sucesso por conta da prévia compressão no nervo óptico devido à hidrocefalia, seguindo sem visão atualmente. Paciente realiza limpeza do tubo de ventilação periodicamente com o otorrinolaringologista. Iniciou há dois anos terapia de reposição enzimática. Essa terapia fornece aos pacientes uma versão recombinante da enzima humana N-acetilgalactosamina 4-sulfatase, que é deficiente em pacientes com MPS VI. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A falta de conhecimento por parte dos profissionais de saúde impede um diagnóstico precoce dos portadores da doença principalmente quando a evolução do paciente é lenta. Um diagnóstico precoce implica uma melhor qualidade de vida desses pacientes com estagnação da progressão da doença através da terapia de reposição enzimática.

P44 RESSECÇÃO LOCAL DE GIST GÁSTRICO. RELATO DE CASO Autores: Karla Nobre Alves, Ilanna Naianny Leal Rodrigues, Antônio Moreira Mendes Filho, Caroline Petersen da Costa Ferreira, Carlos Augusto Oliveira Santos, Gustavo Santos de Sousa Instituição(ões): Universidade Estadual do Piauí (UESPI) Apresentador(a): Karla Nobre Alves

INTRODUÇÃO: Os tumores estromais gastrintestinais, também denominados de GIST ( Gastrointestinal Stromal Tumors ) são as neoplasias mesenquimais mais comuns do trato gastrintestinal; sendo o estômago sua localização mais frequente. São lesões originadas das células células intersticiais de Cajal, com fenótipo peculiar, caracterizado pela expressão da proteína c-KIT (CD 117) com expressão concomitante de CD34 (padrão de membrana), demostravéis por imunohistoquímica. As manifestações clínicas mais comuns dos GISTs são a hemorragia digestiva alta, dor abdominal, massa palpável, quadros de perfuração e ou obstrução. A ressecção cirúrgica permanece como principal tratamento para os casos não metastáticos, apresentando bons resultados, principalmente pelo fato de raramente apresentarem acometimento

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linfonodal. RELATO DE CASO: Paciente masculino, 60 anos, queixava-se de sintomas dispépticos inespecífico (plenitude, azia) havia 3 meses. Realizou EDA que mostrou volumosa lesão em corpo alto, de aspecto polipoide, ulcerada no ápice, com preservação do restante da mucosa local (compatível com origem na submucosa). Foi feito o diagnóstico presuntivo de GIST. O estadiamento (tomografia abdominal + torácica) realizado não demonstrou disseminação. Durante a laparotomia, pela ausência de metástases linfonodais, optamos por realizar gastrotomia, para exposição e ressecção local da lesão com grampeador linear( com margem de segurança), seguida de gastrorrafia. Paciente evoluiu bem e teve alta no sexto dia do pós operatório. O laudo do histopatológico confirmou o diagnóstico de GIST ( não sendo necessário a imunohistoquímica ) , tendo a ressecção boa margem de segurança. No momento, com 4 meses de seguimento, apresenta-se assintomático.CONSIDERAÇÕES FINAIS: O tratamento cirúrgico do GIST localizado é considerado como o padrão ouro da abordagem terapêutica deste tipo de neoplasia. Pela ausência de invasão linfonodal, ressecções locais ( realizadas até mesmo por laparoscopia ) são atualmentes realizadas com bons índices de cura, e menos morbi/mortalidade pós operatória.

P45 TÉCNICA DE COLORAÇÃO HISTOLÓGICA UTILIZANDO A COLORAÇÃO DO AÇAFRÃO-DA-TERRA (CURCUMA LONGA)

Autores: Reginaldo Queiroz dos Santos Júnior, Ísidra Manoela Sousa Portela Santos, Licia Cândido Soares, Karinne de Sousa Araújo Instituição(ões): FACID Apresentador(a): Reginaldo Queiroz dos Santos Júnior

Introdução: As colorações histológicas são utilizadas, em microscopia óptica, para aumentar o contraste visual entre os elementos dos tecidos, sendo uma etapa indispensável no processo de confecção de lâminas histológicas. Os corantes mais utilizados são a hematoxilina (corante básico) e a eosina (corante ácido), onde o corante básico reage com os componentes ácidos e o corante ácido reage com os componentes básicos da célula. O Brasil apresenta uma diversidade em espécies vegetais que poderiam ser fonte para a extração de corantes, um exemplo disso é o açafrão que é considerado o primeiro corante a ser usado em Histologia. Objetivos: O objetivo desse estudo foi verificar uma nova associação de corantes histológicos com o uso do da hematoxilina e o Açafrão-da-terra (Curcuma longa). Metodologia: As amostras dos tecidos passaram pelo processo laboratorial de rotina para inclusão em parafina e cortes seriados, seguidos pela etapa de coloração usando a associação da hematoxilina com o açafrão-da-terra (HA). Resultados e Discussão: A composição química da planta é rica em curcumina, um composto polifenólico responsável pela cor amarelo-alaranjado característico que atua como um corante natural. Promovendo a coloração das estruturas celulares e teciduais acidófilas. Conclusão: A associação da hematoxilina com o açafrão-da-terra pode ser considerada como uma alternativa frente à substituição da coloração de rotina na técnica de confecção de lâminas histológicas.

P46 A INFLUÊNCIA DA IDADE MATERNA AVANÇADA SOBRE AS INTERCORRÊNCIAS CLÍNICAS DURANTE A GRAVIDEZ E O PARTO

Autores: Lara Bona da Paz, João de Deus Valadares Neto, Eduardo Augusto Lopes, Liana Benevides Guedes, Mariema Bona Paranaguá da Paz, Andréa Sousa Costa Instituição(ões): NOVAFAPI Apresentador(a): Andréa Sousa Costa

Introdução: A definição dos fatores gestacionais inerentes à gravidez com idade materna avançada tem sido preocupação da obstetrícia, uma vez que cresce o número de mulheres em todo o mundo que retardam a primeira gestação.Objetivo: Analisar o efeito da idade materna sobre as intercorrências clínicas durante a gravidez e o parto em gestantes com 35 anos ou mais em uma maternidade pública de Teresina-PI.Métodos: Foram analisados os prontuários dos partos ocorridos na Maternidade Wall Ferraz no período de janeiro de 2008 a julho de 2009 e identificados 143 casos de gestantes com idade igual ou superior a 35 anos.Comparou-se então,a prevalência de intercorrências clínicas durante a gravidez e o parto neste grupo teste com 180 casos controles (gestantes com idade entre 20 e 30 anos atendidas no mesmo serviço e no

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mesmo intervalo de tempo). A partir das fichas obstétricas, foram colhidos os dados necessários para o estudo, que foram introduzidos num arquivo de dados, utilizando o programa BioEstat 5.0. Após a depuração desses dados procedeu-se a análise estatística por meio de teste Qui-quadrado. Resultados: A presença de intercorrências durante a gravidez e parto foi maior no grupo das mulheres com 35 anos ou mais, mostrando relevância estatística quando comparada ao grupo controle. As complicações mais freqüentes no grupo teste foram a pré-eclâmpsia (36,6%) e a desproporção cefalopélvica (14,54%) e, no controle, esses valores foram de 9.09% e 42,42% respectivamente. Conclusão: Observou-se, portanto, que a idade materna avançada exerce influência relevante sobre a evolução da gravidez, no que diz respeito ao aparecimento de intercorrências e complicações.

P47 SÍNDROME DE OGILVIE SECUNDARIA A QUIMIOTERAPIA HIPETERMICA: RELATO DE CASO

Autores: Felipe Melo Nogueira, Dilson Marreiros Nunes Filho, Vanessa Alexandra Gonçalves Vasconcelos Castelo Branco, Sabas Carlos Vieira Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Felipe Melo Nogueira

INTRODUÇÃO: A quimioterapia hipertérmica intraperitoneal associada à peritoniectomia é uma técnica de tratamento da carcinomatose peritoneal que está ganhando cada vez mais espaço no arsenal terapêutico dos oncologistas apesar de estar associada a uma alta taxa de morbidade. As principais complicações deste procedimento são os eventos tromboembólicos, insuficiência renal, rabdomiólise, infecção intraabdominal, sangramento, fístulas e infecções. RELATO DO CASO: Paciente feminina, 39 anos, submeteu-se a um procedimento de peritoniectomia com quimioterapia hipertérmica para câncer de ovário recidivado, tendo sido submetida a tratamento de câncer de ovário com cirurgia e quimioterapia baseado em platina há aproximadamente três anos. Evoluiu com recidiva na forma de carcinomatose peritoneal, PET-CT não evidencia doença extraperitoneal. Foi realizada uma peritoniectomia subdiafragmatica direita completa e parcial à esquerda, peritoniectomia pélvica em flancos direito e esquerdo, linfadenectomia pélvica e paraórtica, enterectomia, colecistectomia, omentectomia total, colectomia esquerda total transversa parcial, sendo realizada uma anastomose colorretal primaria após a realização da perfusão. A perfusão foi realizada com cisplatina a 42 graus Celsius numa dose de 50mg/m², durante 90 minutos. A paciente evoluiu no sétimo dia de pós-operatório com distensão abdominal, ruídos hidroaéreos aumentados e sem eliminação de fezes ou flatus. Uma radiografia de abdômen demonstrou uma dilatação acentuada do cólon (10 cm). Procedeu-se a passagem de uma sonda por via retal transpondo-se a anastomose, sendo eliminado um grande volume gasoso com melhora imediata da distensão abdominal. A sonda foi deixada no cólon por quatro dias, quando a paciente começou a eliminar flatus e aceitar dieta, recebendo alta hospitalar no décimo sexto dia do pós-operatório. Atualmente ela encontra-se no segundo mês após o procedimento estando estável e em vigência de quimioterapia. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Do nosso conhecimento não havia na literatura disponível nenhum relato de ocorrência de síndrome de Ogilvie associado a procedimento de quimioterapia hipertérmica e peritoniectomia.

P48 ASSOCIAÇÃO DOS FATORES CLIMÁTICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DO DENGUE NA CIDADE DE CAXIAS-MA

Autores: Débora Pinheiro de Andrade, Hugo Leandro Furtado Vieira Instituição(ões): Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) Apresentador(a): Débora Pinheiro de Andrade

INTRODUÇÃO: O dengue é uma doença infecciosa febril aguda que pode ser de curso benigno ou grave, dependendo da forma como se apresente: infecção inaparente, dengue clássico (DC), febre hemorrágica da dengue (FHD) ou síndrome de choque do dengue (SCD). No Brasil, o dengue se tornou um grave problema de saúde pública, sendo que o estado do Maranhão apresentou-se como o de maior incidência, com 38,8% dos casos nordestinos e 29% dos casos registrados em todo o Brasil. OBJETIVOS: Descrever a

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incidência dos casos de dengue autóctone segundo sexo, faixa etária, tipo diagnóstico e sua relação com variáveis climatológicas. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 487 notificações de casos suspeitos do dengue autóctone em Caxias – MA, registrados pela Vigilância Epidemiológica deste município nos anos de 2008 e 2009. Os dados de pluviosidade e de temperatura média mensal foram obtidos do Instituto Nacional de Meteorologia. RESULTADOS: Em 2008, foram confirmados 102 casos autóctones, representando 54% das notificações; e em 2009, os casos positivos corresponderam a 53% das notificações (158 casos). Nos anos de 2008 e 2009, as respectivas taxas anuais de incidência foram 7,1 e 10,9 por 10.000 habitantes. Constatou-se que 54% dos casos ocorreram no sexo feminino (n=55) e 46% (n=47) no sexo masculino em 2008. Com relação à distribuição do DC por grupos etários houve maior concentração nas idades entre 20 a 34 anos. No ano de 2009 os casos de dengue com complicações, FHD e SCD acometeram somente crianças entre 1 e 9 anos. O critério diagnóstico foi predominantemente clínico-epidemiológico para o DC (86,90%) e complicações do dengue (62,50%); já os casos de FHD e SCD foram todos diagnosticados laboratorialmente. O índice pluviométrico do município de Caxias foi de 138,8 cm/ano (2009), sendo que o mês de março foi o que teve maior precipitação (36 cm) e a temperatura média do município foi de 28ºC (2009). CONCLUSÕES: A distribuição similar dos casos de dengue entre homens e mulheres também é observada em outros trabalhos, assim como o encontrado em relação à faixa etária na qual houve uma tendência ao aumento crescente da incidência do DC com o aumento da faixa etária até a de 20 a 34 anos com posterior decréscimo. Verifica-se também o padrão sazonal da doença, com maior incidência de casos na estação chuvosa. Tais aspectos, associados à urbanização sem a devida estrutura de saneamento possivelmente influenciou na densidade de mosquitos e na incidência do dengue.

P49 ANÁLISE DO ACOLHIMENTO E DO ATENDIMENTO MÉDICO EM INSTITUIÇÕES DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE CAXIAS-MA

Autores: Thiago do Vale Machado, Mariana Aroucha Carneiro Instituição(ões): Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) Apresentador(a): Thiago do Vale Machado

INTRODUÇÃO: Para que o Sistema Único de Saúde -SUS- possa ser organizado e funcione adequadamente é necessário atender a todas as pessoas que procuram os serviços de saúde, garantindo a acessibilidade universal. (Ramos, 2003). Dessa forma, este assume uma função precípua, de acolher, escutar e dar uma resposta positiva, capaz de resolver os problemas de saúde da população. Obter acesso aos serviços é uma primeira etapa a ser vencida pelo usuário quando parte em busca da satisfação de uma necessidade de saúde seja ela efetivada por meio de consultas, acesso a exames, consumo de medicamentos ou na realização de procedimentos. (Lima et al, 2007). Em toda situação de atendimento prestado por profissionais de saúde, o acolhimento deve estar presente. O acolhimento é mais do que um fenômeno lingüístico, do discurso verbal, deve traduzir-se em intencionalidade de ações. Ele possibilita a captação das necessidades de saúde manifestadas pelo usuário e dispara imediatamente na instituição um processo de trabalho concretizado em ações que respondam à necessidades captadas. (Fracolli et al, 2004). A avaliação pelos usuários, permitindo ouvir sua opinião sobre os serviços prestados em função de suas necessidades e expectativas, é uma das atividades que podem assegurar a qualidade dos serviços de saúde. (Adami, 2000). OBJETIVO: Analisar o perfil do acolhimento e do atendimento médico em instituições de saúde no município de Caxias-MA. MÉTODOS: Realizou-se uma pesquisa de cunho exploratório e de caráter qualitativo, a qual foram aplicadas entrevistas a 100 usuários do SUS em quatro instituições de saúde no município de Caxias- MA, no período de junho a agosto de 2010. Foi deixado que os pacientes tivessem a liberdade para relatar sobre o processo de acolhimento e atendimento médico. A partir disso, foram levantadas as queixas que persistiam em todos os relatos. RESULTADOS: De acordo com as entrevistas, as principais queixas relatadas pelas entrevistas foram: dificuldade de acesso às consultas, tempo gasto na sala de espera, falta de atenção dada às queixas, desconfiança em relação ao profissional, irregularidade no exame físico, infra-estrutura mal-adequada, falta de materiais e medicamentos. CONCLUSÃO: É fundamental conhecer como os usuários avaliam o atendimento, para repensar as práticas profissionais e intervir sobre a forma de organização dos serviços. Neste sentido, visa-se ao aperfeiçoamento e qualificação deste, em que se busca alcançar a integralidade e a resolutividade

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da assistência, contribuindo para a concretização de um modelo humanizado, centrado nas necessidades do usuário.

P50 LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA COM RECIDIVA TARDIA EM TESTÍCULO: RELATO DE CASO

Autores: Theodoro Ribeiro Gonçalves Neto, Esmálio Barroso de Oliveira, Ravena Fontenele Belchior Cabral, Gildene Alves da Costa, Edinaldo Gonçalves de Miranda, Lina Gomes dos Santos Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Theodoro Ribeiro Gonçalves Neto

Introdução: A leucemia linfoblástica aguda (LLA) é uma neoplasia de células blásticas linfóides (linfoblastos) altamente agressiva que ocorre predominantemente em crianças e adultos jovens. As LLAs constituem 80% das leucemias da infância, com pico de incidência aos 4 anos de idade, sendo na maioria dos casos originadas de células pré-B. Em 15 a 20% de todas as crianças acometidas com LLA há comprometimento isolado de sítio extramedular. A recidiva em sistema nervoso central (SNC) é responsável por dois terços desses casos. Os testículos são o segundo local mais comum de recidiva em sítio extramedular isolado, e são responsáveis pela maior parte do outro terço de pacientes com recidiva da doença. As recidivas testiculares ocorrem significativamente mais tarde que as recidivas no SNC e têm um curso relativamente favorável, tendo uma taxa de sobrevida livre de doença de aproximadamente 70% em 5 anos. Apresentamos aqui um caso de LLA com recidiva tardia em testículo esquerdo. Relato de caso: Paciente IOS, 18 anos de idade, sexo masculino, com diagnóstico de LLA em 2000. Submetido a tratamento quimioterápico. Cinco anos após o término da terapêutica, paciente retornou com queixas de aumento difuso, dor e endurecimento do testículo esquerdo. Foi realizado um mielograma que não demonstrou a presença de recidiva da doença. O exame ultrassonográfico revelou testículo esquerdo aumentado, com textura heterogênea difusa, com vários nódulos sólidos, o maior deles medindo 1,0 x 0,9 cm. A tomografia computadorizada de crânio e a radiografia simples de tórax foram normais. Submetido a orquiectomia unilateral esquerda com biópsia do testículo direito. O exame macroscópico demonstrou parênquima testicular totalmente substituído por tecido branco e finamente granular e o estudo histológico revelou infiltração intersticial difusa por células imaturas consistente com recidiva de LLA. A amostra de testículo direito não exibiu neoplasia. Indicado tratamento radio e quimioterápicos adjuvantes. Atualmente, o paciente não apresenta de sinais de recidiva da doença. Considerações finais: A imunofenotipagem, a citogenética e a biologia molecular são recursos modernos que permitem uma estratificação mais acurada do risco de indivíduos sujeitos a recidivas de LLA, o que leva a uma melhor avaliação do prognóstico. No caso apresentado, o paciente sobreviveu por 10 anos mesmo com recidiva da LLA, que em geral tem prognóstico desfavorável e evolução rápida e agressiva.

P51 ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA COCCIDIOIDOMICOSE EM PACIENTES ATENDIDOS EM HOSPITAIS DE REFERÊNCIA NO ESTADO DO PIAUÍ

Autores: Danilo Marcos Miranda da Silva, Esmálio Barroso de Oliveira, Thiago Mendes Barbosa, Giuliano da Paz Oliveira, Antônio de Deus Filho Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Danilo Marcos Miranda da Silva

INTRODUÇÃO: A coccidioidomicose é uma micose sistêmica que acomete o homem e uma ampla variedade de animais e é causada pelo fungo dimórfico geofílico Coccidioides immitis. A doença é adquirida pela inalação de artroconídios infectantes presentes no solo, sendo geralmente benigna e de resolução espontânea. OBJETIVO: Descrever os municípios de ocorrência dos casos isolados e de microepidemias de coccidioidomicose nos estados do Piauí e Maranhão, correlacionando com aspectos geográficos e sazonais. METODOLOGIA: Foi realizado estudo retrospectivo de 33 pacientes da Clínica de Pneumologia do Hospital Getúlio Vargas (CP/HGV) e Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela (IDTNP) atendidos no período de 08/2003 a 07/2006, portadores de coccidioidomicose. Os exames utilizados para

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confirmação da etiologia foram cultivo, exame microscópico direto (KOH 10%), imunodifusão e histopatológico. Estes pacientes foram então estratificados segundo o município de origem e o mês de ocorrência da doença. RESULTADOS: Dos 33 casos estudados, 31 provinham de cidades do Piauí e 02 do Maranhão. Quatro municípios piauienses – Elesbão Veloso, São João do Piauí, São Lourenço do Piauí e Sebastião Leal – constituíram focos de microepidemias. Do total, 21 eram oriundos de municípios de clima sub-úmido e o restante de municípios de clima semi-árido. Em relação à vegetação, 20 casos eram originados de municípios de cerrado, 12 de caatinga e um de floresta semi-decídua. O mês de maior freqüência da micose foi janeiro (30%), seguido dos meses de novembro (20%), setembro (16,6%) e outubro (10%). CONCLUSÃO: A partir dos valores encontrados, conclui-se ter a coccidioidomicose uma distribuição predominante em municípios de cerrado e de clima sub-úmido no Piauí e Maranhão, ao passo que essa micose foi classicamente descrita em regiões secas, de clima semi-árido. Uma possível explicação para isso é a expansão da fronteira agrícola com a soja no cerrado piauiense.

P52 NÍVEL DE CONHECIMENTO E PERCEPÇÃO DE RISCO DE POPULAÇÃO DE CENTRO COMERCIAL EM TERESINA-PIAUÍ SOBRE O HIV/AIDS

Autores: Ilanna Naianny Leal Rodrigues, Rafael Bandeira Lages, Aline Lariessy Campos Paiva, Iuli Zâmbia Matos e Silva, Thalyta Pereira Frota Instituição(ões): Universidade Estadual do Piauí (UESPI) Apresentador(a): Iuli Zâmbia Matos e Silva

INTRODUÇÃO: Numa sociedade desigual como brasileira, o conhecimento sobre o HIV/AIDS também se distribui de forma desigual, de tal forma que, quanto mais bem posicionado nos estratos socioeconômicos um grupo estiver, mais próximo do centro produtor do conhecimento ele estará, e mais rapidamente conseguirá utilizar a informação recebida para rever suas práticas e promover mudanças. OBJETIVO: Analisar o nível de conhecimento e percepção de risco sobre o HIV/AIDS em população de um centro comercial de Teresina-Piauí. MÉTODOS: Durante o Dia Mundial da AIDS de 2009, aplicou-se questionários estruturados com perguntas fechadas sobre a transmissibilidade do vírus HIV a pessoas presentes no Shopping da Cidade, em Teresina-PI. Realizou-se, então, análise descritiva destes dados coletados. RESULTADOS: Dentre as 100 pessoas que responderam ao questionário, a média de idade era 32,04 anos, 59% eram mulheres, 74% eram vendedores, 41% eram solteiros, 50% tinham companheiro e 86% apresentavam renda até 2 salários mínimos. Quanto ao grau de instrução, 4% eram analfabetos, 20% tinham ensino fundamental incompleto, 11% fundamental completo, 22% médio incompleto, 40% médio completo e apenas 3% estavam realizando graduação. Respondendo às questões sobre transmissão do HIV, 96% afirmaram que se pode contrair o vírus após relações sem uso de preservativo, 83% que não se transmite através de uso dos mesmos utensílios domésticos, 87% que uma mulher grávida com AIDS transmite o vírus para a criança, 57% que o leite materno pode contaminar o bebê, 79% que não há infecção através de beijo, 60% que não existe contaminação por picadas de inseto, 97% que se pode contrair o HIV através de transfusões sanguíneas, 72% que manter relações sexuais com pessoas que aparentam ter boa aparência não é uma forma de se proteger do vírus e 99% que a camisinha é uma forma de se proteger do vírus. CONCLUSÃO: Observou-se que atualmente o nível de conhecimento da população urbana sobre o HIV/AIDS, independente do estrato socioeconômico, está elevado. Questões sobre transmissão pelo leite materno e por picadas de inseto foram aquelas que levaram um maior número de erros.

P53 HEMANGIOMA GÁSTRICO: UMA CAUSA RARA DE HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA

Autores: Caroline Petersen da Costa Ferreira, Natália de Sampaio Brandão, Camila Sá Campos, Anália da Silva Moura, Ilanna Naianny Leal Rodrigues, Antônio Moreira Mendes Filho Instituição(ões): Universidade Estadual do Piauí (UESPI) Apresentador(a): Caroline Petersen da Costa Ferreira

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INTRODUÇÃO: Hemorragia digestiva alta ( HDA ) consiste na perda de sangue para a luz do tubo digestivo numa zona compreendida desde o esfíncter esofágico superior até o ângulo de Treitz. A HDA causada por um hemangioma gástrico isolado é uma ocorrência bastante rara.O hemangioma é uma proliferação benigna dos vasos sanguíneos. Quando do tipo cavernosos são diferenciados pela formação de grandes canais e/ou espaços vasculares com sangue. À macroscopia, o hemangioma cavernoso é uma massa esponjosa macia, vermelho-azulada com tamanho varíavel . À histologia, a massa é acentuadamente definida, não possuindo cápsula e é composta por grandes espaços vasculares cavernosos parcial ou completamente preenchidos por sangue, separados por uma escassa quantidade de tecido conjuntivo. A principal complicação clínica do hemangioma gástrico é a hemorragia digestiva vultosa, sem possibilidade de tratamento endoscópico. Assim a ressecção completa cirúrgica do hemangioma é a única alternativa de tratamento. RELATO DE CASO: Paciente masculino, 57 anos foi internado por episódios de melena. À admissão apresentava-se descorado, hematócrito de 25%, hemodinamicamente estável. Foi submetido à transfusão de duas bolsas de concentrado de hemáceas, apresentando melhora do estado geral. Foi então submetido a uma endoscopia digestiva alta, que evidenciou em fundo gástrico uma lesão de aspecto polipóide avermelhada de 5 cm. Pelo risco de sangramento, é questionável ( para maioria contraindicado ) realizar biópsias destas lesões; optamos por não realizar. O tratamento proposto foi o cirúrgico, porém o paciente recusou. Em nova consulta realizada após 6 meses, não referiu novos episódios hemorrágicos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O hemangioma cavernoso é um tumor gástrico raro. É muitas vezes assintomático, porém sua principal complicação é a hemorragia digestiva volumosa.O tratamento cirúrgico é a opção terapêutica e deve ser programado de maneira sistemática e completa.

P54 EUMICETOMA CAUSADO POR PAECILOMYCES SP.: RELATO DE CASO

Autores: Felipe Melo Nogueira, Alice Nayane Rosa Morais, Giuliano da Paz Oliveira, Régio José Santiago Girão Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI) Apresentador(a): Felipe Melo Nogueira

INTRODUÇÃO: Define-se eumicetoma como uma infecção fúngica granulomatosa crônica que atinge pele, tecido celular subcutâneo, fáscia e osso. Geralmente ataca as extremidades dos membros. Apresentam-se como lesões tumoriformes, fistulosas, fibrosas com supuração e secreção de pouca intensidade. Os organismos que mais comumente são encontrados nessas lesões são Madurella mycetomatis, Madurella grisea, Phialophora jeanselmei,Cephalosporium recifei, etc. RELATO DE CASO: Homem, brasileiro, 31 anos, solteiro, lavrador, natural e residente em Arame – MA apresentou-se no serviço com quadro de tumoração fistulosa, indolor, drenando secreção escassa em pé direito. O paciente relata início do quadro há, aproximadamente 15 anos com discreto aumento de volume da referida região. Após dois anos de evolução iniciou-se quadro de fístulas dolorosas drenando secreção serossanguinolenta que evoluíram com dificuldade de deambulação devido à dor. Firmou-se então o diagnóstico clínico de micetoma, sendo colhido material para biopsia e cultura. A biopsia do fragmento de lesão mostrou processo inflamatorio crônico com reação granulomatosa, formação de tecido de granulação, abscessos subcutâneos e pigmentação hemossiderínica. A cultura para fungos revelou colônias azuladas de textura aveludada. Microscopicamente, essas colônias mostravam hifas septadas, hialinas, com conídios elípticos que se projetam de filíades alongadas com pontas afiladas em forma de palmas. Tais características são compatíveis com Paecilomyces sp. O paciente foi inicialmente tratado com 200 mg de cetoconazol, duas vezes ao dia, por quinze dias, sem obter resposta clínica satisfatória. A falha na terapêutica anterior levou à mudança para um esquema antifúngico baseado em 50 mg de anfotericina B em dias alternados. Após vinte e cinco dias de tratamento foi observada significativa melhora do quadro clínico, com diminuição do volume da lesão e cicatrização das fístulas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Segundo nossas pesquisas esse é o segundo caso relatado na literatura de eumicetoma causado por Paecilomyces sp., sendo o primeiro em língua portuguesa.

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Créditos

EDIÇÃO E ARTE FINAL: Rafael Bandeira Lages

IMPRESSÃO: Gráfica da Universidade Federal do Piauí