i-30. proteções pulpares diretas com mta e sistemas adesivos: estudo clínico retrospetivo

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e14 rev port estomatol med dent cir maxilofac. 2013; 54(S1) : e1–e59 analisaram-se utilizando os testes paramétricos ANOVA e de comparac ¸ão múltipla de Tukey HSD e os tipos de fratura avalia- dos com o teste de x2 (p < =0,05). Adicionalmente preparam-se duas amostras por cada grupo para estudar a ultramorfologia da interface através de microscopia electrónica de varrimento (MEV). Resultados: O sistema adesivo Clearfil S3 Bond Plus apresentou os valores mais elevados de forc ¸a de adesão (47,28 MPa), seguido pelo Prime & Bond NT (43,11 MPa) e Clear- fil Protect Bond (39,38 MPa), sem diferenc ¸ as estatisticamente significativas entre eles. As forc ¸as de adesão obtidas com o sistema adesivo Futurabond U (35,16 MPa) foram estatistica- mente semelhantes às obtidas pelo Clearfil Protect Bond, mas estatisticamente inferiores às obtidas pelo Prime&Bond NT e o Clearfil S3 Bond Plus. Conclusões: Dentro das limitac ¸ões inerentes aos estudos in vitro foi possível concluir que alguns adesivos autocon- dicionantes conseguem obter valores de adesão em dentina temporária similares aos adesivos do tipo “condicionar e lavar”. Os sistemas adesivos autocondicionantes podem constituir uma alternativa válida na prática clínica de Odon- topediatria. http://dx.doi.org/10.1016/j.rpemd.2013.12.030 I-30. Protec ¸ões pulpares diretas com MTA e sistemas adesivos: estudo clínico retrospetivo Sara Malva , João Carlos Ramos, Alexandra Vinagre, Ana Messias, Ana Luísa Costa Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC-MD) Objetivos: O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo retrospetivo para avaliar o sucesso a longo prazo das protec ¸ões pulpares diretas realizadas com cimentos de agregado trióxido de minerais (MTA) ou sistemas adesivos nos dentes perma- nentes. Materiais e métodos: Trinta e cinco protec ¸ões pulpares diretas foram selecionadas e observadas neste estudo, de um total de 104 casos clínicos, de acordo com os seguintes cri- térios de inclusão: protec ¸ões pulpares diretas realizadas com MTA ou sistemas adesivos por dois operadores, com mínimo de 12 meses, em dentes que não apresentavam sinais ou sin- tomas de patologia pulpar irreversível e que obtiveram uma hemostase adequada para se proceder à colocac ¸ ão do material de protec ¸ão pulpar e restaurador, cujos pacientes apresenta- vam um bom estado de saúde oral e sistémica, assinaram o consentimento informado, e sobre os quais se encontrava dis- ponível informac ¸ão sobre o tratamento efetuado. Os critérios de avaliac ¸ ão clínica das protec ¸ões pulpares foram executados com base nos critérios de avaliac ¸ão da World Dental Fede- ration, tendo sido complementados com alguns parâmetros considerados importantes na avaliac ¸ão deste tipo de trata- mentos. Resultados: A taxa de sobrevivência global foi de 94,4%, 88,2% e 70,2% aos 12 meses, 60 meses e 120 meses, res- petivamente. Os casos de insucesso registaram um tempo médio de sobrevivência de 63,8 ± 47,9 meses. Foram encon- tradas diferenc ¸as estatisticamente significativas respeitantes ao material, sendo que o cimento de agregado trióxido de minerais mostrou um melhor desempenho em relac ¸ão aos adesivos (p = 0,011). Foram também analisados fatores relati- vos à etiologia da exposic ¸ão, a idade do paciente, os sintomas pré-operatórios, contaminac ¸ão durante o procedimento e a hemorragia pulpar. Nenhum destes fatores se mostrou deter- minante para o insucesso do tratamento (p > 0,05 para todos os fatores). Conclusões: Apesar das limitac ¸ões inerentes ao estudo devido ao número de casos observados e ao número de variá- veis, as protec ¸ões pulpares demonstraram ser um tratamento com resultados favoráveis a longo prazo. Os cimentos de agre- gado de trióxido de minerais parecem ter uma melhor eficácia em relac ¸ão aos sistemas adesivos como material de protec ¸ão pulpar direta. http://dx.doi.org/10.1016/j.rpemd.2013.12.031 I-31. Avaliac ¸ão da microinfiltrac ¸ ão marginal e da profundidade de polimerizac ¸ão Rosalina de Assunc ¸ão Jales , Rachel Rodrigues Ramos, Sara Patrícia Silva Carvalho, Vanessa Ribeiro Carneiro, Ana Isabel Portela, Mário Ramalho de Vasconcelos Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP) Objetivos: Avaliac ¸ ão da microinfiltrac ¸ ão marginal e da pro- fundidade de polimerizac ¸ão do compómero Twinky Star Flow Voco em func ¸ão da cor (rosa e azul), de forma a determinar a existência de relac ¸ão entre as variáveis. Materiais e métodos: Para a avaliac ¸ão da microinfiltrac ¸ão marginal prepararam-se cavidades de classe I (dimensões 3X2X2 mm) em 50 dentes extraídos, distribuídos por 3 gru- pos: compómero cor de rosa (n = 20), compómero cor azul (n = 20) e grupo controlo Dentsply, cor do dente (n = 10). Os dentes foram submetidos a termociclagem e posteriormente foram imersos em corante azul de metileno a 2%, durante 24horas. Após o corte longitudinal dos dentes, as amostras foram observadas com lupa estereoscópica com ampliac ¸ ão de 10x, tendo em conta os seguintes graus de microinfitlrac ¸ão: 0 sem infiltrac ¸ão, 1 Infiltrac ¸ ão antes da linha amelodenti- nária, 2 Infiltrac ¸ão até à linha amelodentinária, 3 Infiltrac ¸ão entre a linha amelodentinária e a parede axial, 4 Infiltrac ¸ão até ao ângulo axio-pulpar, 5 Infiltrac ¸ão na parede de fundo. A avaliac ¸ão da profundidade de polimerizac ¸ ão foi determinada de acordo com a norma ISO4049:2000, num provete com as dimensões 6x4 mm e polimerizadas com o aparelho fotopoli- merizador LED (1200mW/cm 2 ). Resultados: No grupo de controlo, verificou-se que 20% da amostra apresentava microinfiltrac ¸ão marginal de grau I (ou seja, infiltrou apenas até antes da linha amelodentinária), e os restantes 80% sem infiltrac ¸ão. No grupo de TwinkyStar Flow de cor azul, a microinfiltrac ¸ ão foi de 15% de grau I, sendo que não se observou penetrac ¸ão do corante na restante amostra. No grupo TwinkyStar Flow de cor rosa, também só foi observado microinfiltrac ¸ão de grau I, que se verificou ser de 20%. Relati- vamente à microinfiltrac ¸ão marginal, o resultado do teste foi de p = 0,905 (p > 0,05), pelo que se concluiu que não existem

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e14 r e v p o r t e s t o m a t o l m e d d e n t c i r m a x i l o f a c . 2 0 1 3;54(S1):e1–e59

analisaram-se utilizando os testes paramétricos ANOVA e decomparacão múltipla de Tukey HSD e os tipos de fratura avalia-dos com o teste de x2 (p < =0,05). Adicionalmente preparam-seduas amostras por cada grupo para estudar a ultramorfologiada interface através de microscopia electrónica de varrimento(MEV).

Resultados: O sistema adesivo Clearfil S3 Bond Plusapresentou os valores mais elevados de forca de adesão(47,28 MPa), seguido pelo Prime & Bond NT (43,11 MPa) e Clear-fil Protect Bond (39,38 MPa), sem diferencas estatisticamentesignificativas entre eles. As forcas de adesão obtidas com osistema adesivo Futurabond U (35,16 MPa) foram estatistica-mente semelhantes às obtidas pelo Clearfil Protect Bond, masestatisticamente inferiores às obtidas pelo Prime&Bond NT eo Clearfil S3 Bond Plus.

Conclusões: Dentro das limitacões inerentes aos estudosin vitro foi possível concluir que alguns adesivos autocon-dicionantes conseguem obter valores de adesão em dentinatemporária similares aos adesivos do tipo “condicionar elavar”. Os sistemas adesivos autocondicionantes podemconstituir uma alternativa válida na prática clínica de Odon-topediatria.

http://dx.doi.org/10.1016/j.rpemd.2013.12.030

I-30. Protecões pulpares diretas com MTA esistemas adesivos: estudo clínico retrospetivo

Sara Malva ∗, João Carlos Ramos, AlexandraVinagre, Ana Messias, Ana Luísa Costa

Faculdade de Medicina da Universidade deCoimbra (FMUC-MD)

Objetivos: O objetivo deste trabalho foi realizar um estudoretrospetivo para avaliar o sucesso a longo prazo das protecõespulpares diretas realizadas com cimentos de agregado trióxidode minerais (MTA) ou sistemas adesivos nos dentes perma-nentes.

Materiais e métodos: Trinta e cinco protecões pulparesdiretas foram selecionadas e observadas neste estudo, de umtotal de 104 casos clínicos, de acordo com os seguintes cri-térios de inclusão: protecões pulpares diretas realizadas comMTA ou sistemas adesivos por dois operadores, com mínimode 12 meses, em dentes que não apresentavam sinais ou sin-tomas de patologia pulpar irreversível e que obtiveram umahemostase adequada para se proceder à colocacão do materialde protecão pulpar e restaurador, cujos pacientes apresenta-vam um bom estado de saúde oral e sistémica, assinaram oconsentimento informado, e sobre os quais se encontrava dis-ponível informacão sobre o tratamento efetuado. Os critériosde avaliacão clínica das protecões pulpares foram executadoscom base nos critérios de avaliacão da World Dental Fede-ration, tendo sido complementados com alguns parâmetrosconsiderados importantes na avaliacão deste tipo de trata-mentos.

Resultados: A taxa de sobrevivência global foi de 94,4%,88,2% e 70,2% aos 12 meses, 60 meses e 120 meses, res-petivamente. Os casos de insucesso registaram um tempomédio de sobrevivência de 63,8 ± 47,9 meses. Foram encon-tradas diferencas estatisticamente significativas respeitantes

ao material, sendo que o cimento de agregado trióxido deminerais mostrou um melhor desempenho em relacão aosadesivos (p = 0,011). Foram também analisados fatores relati-vos à etiologia da exposicão, a idade do paciente, os sintomaspré-operatórios, contaminacão durante o procedimento e ahemorragia pulpar. Nenhum destes fatores se mostrou deter-minante para o insucesso do tratamento (p > 0,05 para todosos fatores).

Conclusões: Apesar das limitacões inerentes ao estudodevido ao número de casos observados e ao número de variá-veis, as protecões pulpares demonstraram ser um tratamentocom resultados favoráveis a longo prazo. Os cimentos de agre-gado de trióxido de minerais parecem ter uma melhor eficáciaem relacão aos sistemas adesivos como material de protecãopulpar direta.

http://dx.doi.org/10.1016/j.rpemd.2013.12.031

I-31. Avaliacão da microinfiltracão marginal eda profundidade de polimerizacão

Rosalina de Assuncão Jales ∗, RachelRodrigues Ramos, Sara Patrícia SilvaCarvalho, Vanessa Ribeiro Carneiro, AnaIsabel Portela, Mário Ramalho de Vasconcelos

Faculdade de Medicina Dentária da Universidadedo Porto (FMDUP)

Objetivos: Avaliacão da microinfiltracão marginal e da pro-fundidade de polimerizacão do compómero Twinky Star FlowVoco em funcão da cor (rosa e azul), de forma a determinar aexistência de relacão entre as variáveis.

Materiais e métodos: Para a avaliacão da microinfiltracãomarginal prepararam-se cavidades de classe I (dimensões3X2X2 mm) em 50 dentes extraídos, distribuídos por 3 gru-pos: compómero cor de rosa (n = 20), compómero cor azul(n = 20) e grupo controlo Dentsply, cor do dente (n = 10). Osdentes foram submetidos a termociclagem e posteriormenteforam imersos em corante azul de metileno a 2%, durante24horas. Após o corte longitudinal dos dentes, as amostrasforam observadas com lupa estereoscópica com ampliacão de10x, tendo em conta os seguintes graus de microinfitlracão:0 sem infiltracão, 1 Infiltracão antes da linha amelodenti-nária, 2 Infiltracão até à linha amelodentinária, 3 Infiltracãoentre a linha amelodentinária e a parede axial, 4 Infiltracãoaté ao ângulo axio-pulpar, 5 Infiltracão na parede de fundo. Aavaliacão da profundidade de polimerizacão foi determinadade acordo com a norma ISO4049:2000, num provete com asdimensões 6x4 mm e polimerizadas com o aparelho fotopoli-merizador LED (1200mW/cm2).

Resultados: No grupo de controlo, verificou-se que 20% daamostra apresentava microinfiltracão marginal de grau I (ouseja, infiltrou apenas até antes da linha amelodentinária), e osrestantes 80% sem infiltracão. No grupo de TwinkyStar Flow decor azul, a microinfiltracão foi de 15% de grau I, sendo que nãose observou penetracão do corante na restante amostra. Nogrupo TwinkyStar Flow de cor rosa, também só foi observadomicroinfiltracão de grau I, que se verificou ser de 20%. Relati-vamente à microinfiltracão marginal, o resultado do teste foide p = 0,905 (p > 0,05), pelo que se concluiu que não existem