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4 JANEIRO 13 MÚLTIPLOS OLHARES «O nosso país poderá ter um papel relevante através da criação de mão-de- obra e empre- gos qualificados em sectores competitivos e extremamente di- nâmicos como o das novas tecnologias. As condições que o país apresenta ao nível das capacidades bilingues dos jovens e do rápido domínio de novas tec- nologias, em conjunto com os excelentes profissionais que o país forma atualmente neste sector, podem potenciar a criação de verdadeiros centros de competências em Portugal. Estes núcle- os podem catalisar o desenvolvimento da própria tecnologia, como acontece na Fu- jitsu, ou simplesmente prestar apoio e suporte técnico a pessoas e organizações presentes em qualquer ponto do globo, através dos mais diversos suportes de comunicação (por via telefónica, videoconfe- rência, ‘e-mail’, redes sociais, etc).» Inês Nunes Marketing & Communication Manager da Saphety «Portugal vive um perío- do de grandes desafios, e cabe-nos escolher a forma como pretende- mos enfrentá-los: se de ombros caídos ou de cabeça erguida. Temos potencial, talento e com- petências para vingar, cá dentro e lá fora. (In)felizmente, temos o ‘know-how’ e os recur- sos humanos, mas estes rumam cada vez mais a outros países. É preciso olhar para Portugal com outros olhos – que vejam as oportunidades antes das dificuldades. Dou o exemplo da Itautec, que tira partido da posição estratégica do país para basear aqui as suas ope- rações para os PALOP [países africanos de lín- gua oficial portuguesa] e a Europa. Tendo isto em mente, creio que Portu- gal poderá ter um papel de grande relevo no con- texto da União Europeia, desde que façamos um esforço para abandonar- mos a imagem de desfa- vorecidos e mostremos que temos pulso. Acredi- to que vamos dar a volta à situação.» «Temos três grandes vantagens para a União Europeia, com grande potencial. A primeira prende-se com o facto de sermos no espaço europeu uma porta de entrada para países de língua portuguesa, facilitada pela geografia e sobretudo pela língua comum. Pelas mesmas razões, servimos tam- bém como uma porta de saída dos países eu- ropeus para mercados de língua portuguesa em franco crescimento. Uma segunda vanta- gem é a dimensão do mercado português e o cliente português, que permite ao país ser um excelente barómetro de produtos e serviços para praticamente todo o mundo. Uma terceira vantagem tem a ver com os recursos humanos portugueses e as próprias empresas nacionais, altamente dinâmicos, criativos e do melhor que existe a nível mundial, com um custo altamente compe- titivo para a maioria dos países europeus.» Que papel poderá Portugal ter no contexto da União Europeia? Miguel Major Diretor Geral da Itautec Ibérica Alexandre Ferreira Diretor Financeiro da Fujitsu Technology Solutions ZOOM RH © Itautec Ibérica © Fujitsu © Saphety PARCERIA A MDS, que tem presença de destaque na corretagem de seguros, e a Towers Watson, empresa global de serviços profissionais, estabeleceram recentemente uma parceria para a disponibilização em Portugal de um serviço conjunto de corretagem e de consultoria na área de recursos humanos. Frederico Machado Jorge, diretor geral da Towers Watson, considera que a corretagem de seguros per- mite apoiar os clientes da consultora «com grande detalhe em todas as situações de poupanças e/ ou riscos associados às pessoas cobertas por seguros e que requerem um conjunto de serviços pontuais ou regulares que devem ser prestados por especialis- tas». Já a consultoria, acrescenta, «permite integrar essa área de atuação na gestão das pessoas em ge- ral», sendo que a Towers Watson «tem uma aborda- gem integrada de todas as áreas e capacidade ins- talada para implementar, comunicar e acompanhar determinados programas específicos, onde se des- tacam os planos de pensões». O responsável assi- nala que ainda que «os recentes desenvolvimentos em Portugal na área de compensação e benefícios têm levado as empresas a uma procura de soluções flexíveis e também ao apoio externo na gestão des- sas soluções», fazendo notar que «uma das áreas de complementaridade tem sido por isso o desenho e a implementação de benefícios flexíveis». Mais… «A consultoria permite fazer um desenho de âmbito alargado desses planos, enquanto a corretagem de seguros permite a escolha das melhores alternativas a esse nível, bem como a sua gestão regular.» Por sua vez, Ricardo Pinto dos Santos, administrador da MDS Portugal, considera que «a complementari- dade entre as duas áreas é um dos pontos fortes que justificam uma parceria como esta», acrescentando: «A consultoria faz uma análise das necessidades do cliente, diagnostica pontos críticos e aponta solu- ções, enquanto o corretor tem a capacidade de pro- porcionar ao cliente a concretização das soluções, bem como a sua gestão posterior. Olhar para um cliente de forma coordenada ente estas duas áreas permite prestar um serviço completo e integrado.» Corretagem e consultoria RH Texto: Mário Sul de Andrade Human_49.indd 4 12/21/12 2:35 AM

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Page 1: Human_Ines Nunes

4

JAN

EIRO

13

MÚLTIPLOS OLHARES

«O nosso país poderá ter um papel relevante através da criação de mão-de- obra e empre-gos qualificados em sectores competitivos e extremamente di-nâmicos como o das novas tecnologias. As condições que o país apresenta ao nível das capacidades bilingues dos jovens e do rápido domínio de novas tec-nologias, em conjunto com os excelentes profissionais que o país forma atualmente neste sector, podem potenciar a criação de verdadeiros centros de competências em Portugal. Estes núcle-os podem catalisar o desenvolvimento da própria tecnologia, como acontece na Fu-jitsu, ou simplesmente prestar apoio e suporte técnico a pessoas e organizações presentes em qualquer ponto do globo, através dos mais diversos suportes de comunicação (por via telefónica, videoconfe-rência, ‘e-mail’, redes sociais, etc).»

Inês NunesMarketing & Communication Manager da Saphety

«Portugal vive um perío-do de grandes desafios, e cabe-nos escolher a forma como pretende-mos enfrentá-los: se de ombros caídos ou de cabeça erguida. Temos potencial, talento e com-petências para vingar,cá dentro e lá fora. (In)felizmente, temos o ‘know-how’ e os recur-sos humanos, mas estes rumam cada vez mais a outros países. É preciso olhar para Portugal com outros olhos – que vejam as oportunidades antes das dificuldades. Dou o exemplo da Itautec, que tira partido da posição estratégica do país para basear aqui as suas ope-rações para os PALOP [países africanos de lín-gua oficial portuguesa] e a Europa. Tendo isto em mente, creio que Portu-gal poderá ter um papel de grande relevo no con-texto da União Europeia, desde que façamos um esforço para abandonar-mos a imagem de desfa-vorecidos e mostremos que temos pulso. Acredi-to que vamos dar a volta à situação.»

«Temos três grandes vantagens para a União Europeia, com grande potencial. A primeira prende-se com o facto de sermos no espaço europeu uma porta de entrada para países de língua portuguesa, facilitada pela geografia e sobretudo pela língua comum. Pelas mesmas razões, servimos tam-bém como uma porta de saída dos países eu-ropeus para mercados de língua portuguesa em franco crescimento. Uma segunda vanta-gem é a dimensão do mercado português e o cliente português, que permite ao país ser um excelente barómetro de produtos e serviços para praticamente todo o mundo. Uma terceira vantagem tem a ver com os recursos humanos portugueses e as próprias empresas nacionais, altamente dinâmicos, criativos e do melhor que existe a nível mundial, com um custo altamente compe-titivo para a maioria dos países europeus.»

Que papel poderá Portugal ter no contexto da União Europeia?

Miguel MajorDiretor Geralda Itautec Ibérica

Alexandre FerreiraDiretor Financeiroda Fujitsu Technology Solutions

ZOOM RH

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PARCERIA

A MDS, que tem presença de destaque na corretagem de seguros, e a Towers Watson, empresa global de serviços profissionais, estabeleceram recentemente uma parceria para a disponibilização em Portugal de um serviço conjunto de corretagem e de consultoria na área de recursos humanos. Frederico Machado Jorge, diretor geral da Towers Watson, considera que a corretagem de seguros per-mite apoiar os clientes da consultora «com grande detalhe em todas as situações de poupanças e/ ou riscos associados às pessoas cobertas por seguros e que requerem um conjunto de serviços pontuais ou regulares que devem ser prestados por especialis-tas». Já a consultoria, acrescenta, «permite integrar essa área de atuação na gestão das pessoas em ge-ral», sendo que a Towers Watson «tem uma aborda-gem integrada de todas as áreas e capacidade ins-talada para implementar, comunicar e acompanhar determinados programas específicos, onde se des-tacam os planos de pensões». O responsável assi-nala que ainda que «os recentes desenvolvimentos em Portugal na área de compensação e benefícios têm levado as empresas a uma procura de soluções flexíveis e também ao apoio externo na gestão des-sas soluções», fazendo notar que «uma das áreas de complementaridade tem sido por isso o desenho e a implementação de benefícios flexíveis». Mais… «A consultoria permite fazer um desenho de âmbito alargado desses planos, enquanto a corretagem de seguros permite a escolha das melhores alternativas a esse nível, bem como a sua gestão regular.»Por sua vez, Ricardo Pinto dos Santos, administrador da MDS Portugal, considera que «a complementari-dade entre as duas áreas é um dos pontos fortes que justificam uma parceria como esta», acrescentando: «A consultoria faz uma análise das necessidades do cliente, diagnostica pontos críticos e aponta solu-ções, enquanto o corretor tem a capacidade de pro-porcionar ao cliente a concretização das soluções, bem como a sua gestão posterior. Olhar para um cliente de forma coordenada ente estas duas áreas permite prestar um serviço completo e integrado.»

Corretageme consultoria RHTexto: Mário Sul de Andrade

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