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Hospital de Santarém, EPE Relatório e Contas 2008

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Hospital de Santarém, EPE

Relatório e Contas

2008

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 2 de 91 Relatório e Contas 2008

1. MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO .................. 6

2. BREVE APRESENTAÇÃO ........................................................................................... 7

2.1. O Hospital em números ............................................................................................ 7

2.2. Caracterização e enquadramento ............................................................................ 8

2.3. Missão, Visão e Valores ......................................................................................... 11

3. MODELO ORGANIZATIVO E IDENTIFICAÇÃO DOS MEMBROS DOS ORGÃOS

SOCIAIS ............................................................................................................................ 12

3.1. Modelo organizativo ............................................................................................... 12

3.2. Órgãos Sociais ....................................................................................................... 12

4. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ............................................................................ 13

5. ACTIVIDADE GLOBAL EM 2008 ............................................................................... 15

5.1. Actividade Assistencial ........................................................................................... 15 Internamento...................................................................................................................... 18 Consulta Externa ............................................................................................................... 20 Movimento Cirúrgico .......................................................................................................... 22 Urgência ............................................................................................................................ 23 Hospital De Dia .................................................................................................................. 25 Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica ..................................................... 26 Partos ................................................................................................................................ 26 Cuidados Continuados Domiciliários ................................................................................. 27 Objectivos do Contrato Programa ..................................................................................... 28

5.2. Recursos Humanos ................................................................................................ 30 Balanço Social ................................................................................................................... 30 Evolução dos Efectivos ...................................................................................................... 31 Natureza do Vínculo .......................................................................................................... 32 Absentismo ........................................................................................................................ 32 Estrutura Etária, Antiguidade e Habilitacional ................................................................... 35 Estrutura de Antiguidades ................................................................................................. 36

Hospital Distrital de Santarém, EPE

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Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho......................................................................... 37 Formação........................................................................................................................... 39

5.3. INDICADORES DE ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA ............................... 42 Custos, Proveitos e Resultados ......................................................................................... 42 Investimentos..................................................................................................................... 51

6. DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO E ACTIVIDADE PARA 2009 ....................... 53

6.1. Actividade Assistencial para 2009 .......................................................................... 53

6.2. Investimento Estratégico ........................................................................................ 54

7. ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE DO HOSPITAL NOS DOMÍNIOS ECONÓMICO,

SOCIAL E AMBIENTAL ..................................................................................................... 56

8. AVALIAÇÃO SOBRE O GRAU DE CUMPRIMENTO DOS PRINCÍPIOS DO BOM

GOVERNO ........................................................................................................................ 58

9. INFORMAÇÃO SOBRE AS TRANSACÇÕES RELEVANTES COM ENTIDADES

RELACIONADAS ............................................................................................................... 59

10. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ORGÃOS SOCIAIS .............................. 60

10.1. Conselho de Administração ................................................................................ 60

10.2. Fiscal Único ........................................................................................................ 61

11. NOTA FINAL .......................................................................................................... 61

12. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS .............................................. 63

13. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ..................................................................... 64

14. ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ................................................ 68

15. CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS ................................................................ 90

16. RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO ..................................................... 91

Hospital Distrital de Santarém, EPE

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Índice de Quadros

Quadro 1 – Indicadores do Movimento Assistencial .......................................................... 17 Quadro 2 – Consultas Médicas ......................................................................................... 21 Quadro 3 – Total de Consultas .......................................................................................... 22 Quadro 4 - Movimento Cirúrgico ........................................................................................ 23 Quadro 5 – Admissões na Urgência .................................................................................. 24 Quadro 6 – Sessões de Hospital de Dia ............................................................................ 25 Quadro 7 – Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica .................................. 26 Quadro 8 - Número de Partos ........................................................................................... 26 Quadro 9 - Quadro de Efectivos ........................................................................................ 30 Quadro 10 – Evolução dos Efectivos ................................................................................. 31 Quadro 11- Absentismo ..................................................................................................... 32 Quadro 12 – Horas de Trabalhador Estudante .................................................................. 33 Quadro 13 – Dias de Ausência de Trabalho por Grupo Profissional ................................. 34 Quadro 14 - Estrutura Etária .............................................................................................. 35 Quadro 15 - Efectivos por Nível de Antiguidade ................................................................ 36 Quadro 16 - Estrutura Habilitacional .................................................................................. 36 Quadro 17 - Exames de Saúde ......................................................................................... 37 Quadro 18 - Vacinação de Anti-Hepatite B ........................................................................ 38 Quadro 19 - Vacinação Anti-Tetânica ................................................................................ 38 Quadro 20 - Vacinação Anti-Gripe ..................................................................................... 38 Quadro 21 - Actividades de Enfermagem .......................................................................... 39 Quadro 22- Horas de Formação ........................................................................................ 40 Quadro 23 - Formação Interna de Efectivos ...................................................................... 40 Quadro 24 - Formação Externa de Efectivos .................................................................... 41 Quadro 25- Demonstração dos Resultados ...................................................................... 42 Quadro 26 - Custo Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas .................................. 45 Quadro 27 - Fornecimentos e Serviços Externos .............................................................. 46 Quadro 28 - Custos com Pessoal ...................................................................................... 48 Quadro 29 - Objectivos para 2009 ..................................................................................... 53 Quadro 30 - Imobilizado .................................................................................................... 72

Hospital Distrital de Santarém, EPE

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Índice de Gráficos

Gráfico 1 – Consultas Médicas .......................................................................................... 20 

Gráfico 2 – Doentes Intervencionados .............................................................................. 23 

Gráfico 3 - Evolução dos Efectivos .................................................................................... 31 

Gráfico 4 – Tipo de Vínculo ............................................................................................... 32 

Gráfico 5 – Absentismo ..................................................................................................... 33 

Gráfico 6 - Horas dispendidas ao abrigo do Estatuto do Trabalhador Estudante ............. 34 

Gráfico 7 - Estrutura Etária ................................................................................................ 35 

Hospital Distrital de Santarém, EPE

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1. MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Terminado mais um ano é hora de olhar para trás, e reflectir sobre

os sucessos e os insucessos de um esforço individual e colectivo

em busca dos melhores resultados de um desempenho em prol da

satisfação das necessidades em saúde da população que servimos

garantindo-lhes a maior acessibilidade, a melhor e mais adequada

prestação de cuidados não descurando o desiderato da eficiência,

valor fundamental e imperativo para que o Hospital de Santarém

continue a ser um projecto de futuro em que se revejam os

profissionais, enquanto garantia de uma resposta cada vez mais diferenciada e eficaz, e os

utentes enquanto consumidores que depositarem no seu Hospital o mais elevado nível de

confiança e de expectativas na satisfação das razões que os tornam utilizadores dos

recursos ao seu dispor.

Num quadro de dificuldades acrescidas, cujo enunciado é fastidioso e nada contribui para a

sua superação sentiu-se, sem margem para dúvidas, que a determinação geral foi a de

potenciar forças na utilização dos recursos, na procura de objectivos que se traduziram na

generalidade, em elevados níveis de actividades quer no Internamento quer no Ambulatório

e ainda em todas as áreas e Serviços que lhes asseguram todo o apoio para que cumpram

a sua missão.

O crescente e preocupante desequilíbrio entre a capacidade instalada, com recursos

limitados e por vezes escassos, face a uma procura cujo volume e alteração do perfil tem

evoluído de forma não prevista exigindo de todos um esforço acrescido muitas vezes

fazendo das fraquezas, forças com resultados muito meritórios e de que se orgulha o

Conselho de Administração que de tal não pode deixar de dar público testemunho.

Aos milhares de utentes e doentes que diariamente procuram e encontram no nosso

Hospital a resposta que desejam reafirmamos o empenho do Conselho de Administração e

de todos os que com ele se envolvem neste desiderato nobre de garantir mais e melhor

saúde para todos, cujos resultados que se vão apresentar neste Relatório testemunham.

José Rianço Josué

Presidente do Conselho de Administração

Hospital Distrital de Santarém, EPE

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2. BREVE APRESENTAÇÃO

2.1. O Hospital em números

Área de influência 192.000 Habitantes

N.º Camas (com Berçário e SO) 414

Doentes Saídos (com Berçário e SO) 18.903

Doentes Saídos (sem Berçário e SO) 17.194

Demora Média (sem Berçário e SO) 7,19

Número total de intervenções cirúrgicas 11.477

Número de cirurgias de ambulatório 4.013

Número de consultas externas 138.292

Número de sessões de hospital de dia 16.446

Número de urgências 125.830

Visitas domiciliárias 2.363

Número de partos 1.710

Número de profissionais 1.430

Médicos 165

Enfermeiros 486

Técnicos Diagnóstico e Terapêutica 97

Assistentes Operacionais 410

Outro Pessoal 272

Capital Social 29.930.000

Investimentos 1.941.065

Resultado Líquido ( 8.041.597 )

Hospital Distrital de Santarém, EPE

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2.2. Caracterização e enquadramento O Hospital de Santarém é um hospital público geral, diferenciado, de nível II segundo a

complexidade, e de acesso universal, detentor do nº de identificação fiscal 506361462

Em termos jurídicos a instituição reveste a forma de entidade pública empresarial (EPE), por

transformação de Hospital Distrital de Santarém, SA que revestia a forma de sociedade

anónima. Esta transformação produziu efeitos em 31 de Dezembro de 2005, com a

publicação do Decreto-Lei nº. 233/2005 de 29 de Dezembro de 2005.

Situa-se na zona baixa e a norte da cidade de Santarém, tem uma área de 55 173m2 e é

constituído por um único edifício de 13 Pisos, incluindo os pisos técnicos.

Piso 9

Piso 8

Piso 7

Piso 6

Piso 5

Piso 4

Piso 3

Piso 2

Piso 1

Piso 0

Piso -1

Piso -2

Urgência

Serviços de Ambulatório/Serviços de Apoio Geral

Administração/Blocos/U.C.I.

Serviços de Internamento

Pisos Técnicos

Com uma lotação activa de 414 camas, dispõe de valências básicas, valências intermédias

e outras diferenciadas, com responsabilidades no âmbito da Sub-Região de Saúde de

Santarém.

Hospital Distrital de Santarém, EPE

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Esta estrutura cobre uma população estimada em cerca de 192.000 habitantes, numa

distribuição mista de agregados populacionais e de uma dispersão rural muito acentuada, de

populações envelhecidas e submetidas a um isolamento que nem as famílias nem as

escassas estruturas de apoio social existentes conseguem evitar. A sua área de influência

abrange os concelhos de Santarém, Almeirim, Alpiarça, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Rio

Maior e Salvaterra de Magos.

O Hospital de Santarém integra a Sub-Região de Santarém.

A Sub-Região de Santarém compreende a Unidade da Lezíria, no centro da qual está o

Hospital de Santarém e a Unidade do Ribatejo Norte que integra os Hospitais de Torres

Novas, de Tomar e de Abrantes, formando os três o Centro Hospitalar do Médio Tejo.

O Hospital de Santarém e os Hospitais do Médio Tejo interagem de acordo com as

especialidades e as competências dos seus serviços e dos seus profissionais, tentando

potenciar com os recursos disponíveis, a melhor resposta e mais saúde para os cerca de

450.000 habitantes que servem.

Por acordos estabelecidos ou protocolos de articulação são procuradas sinergias de

funcionamento, como são exemplos a

Dermatologia, a Psiquiatria e Saúde Mental, a

Gastrenterologia e outras.

Também com a Rede de Cuidados Primários

de Saúde, aqui da responsabilidade dos

Centros de Saúde geralmente localizados na

sede de cada concelho, existe uma boa

interacção respondendo o Hospital, na melhor

medida que lhe é possível, às solicitações de

especialidade referenciadas pelos médicos de

família. Encontros periódicos entre os dois níveis de cuidados, os primários e os

hospitalares, permitem agilizar os procedimentos e os circuitos, existindo no Hospital

diversas linhas privilegiadas, de acesso aos cuidados mais diferenciados e emergentes.

A articulação com os cuidados continuados, ou a jusante do Hospital, continua a evidenciar

sucessos pouco expressivos, na medida da escassez de recursos disponíveis e de resposta

muito insuficiente.

Hospital Distrital de Santarém, EPE

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Para os colmatar, o Hospital desenvolve um programa de cuidados domiciliários, que

funcionam com sucesso, esperando-se que no futuro possam vir a ter uma expressão mais

alargada, promovendo melhor as altas, diminuindo os tempos de internamento e garantindo

na residência de cada doente cuidados apropriados ao seu estado clínico.

A evolução nos últimos anos da natureza da afluência ao Serviço de Urgência constitui um

alerta muito sério para medidas a serem tomadas como grande prioridade para as

populações que envelhecem a um ritmo muito acentuado e que acedem diariamente aos

Serviços com situações clínicas reveladoras de deficit de apoio social.

Impõe-se uma perspectiva de Unidade Local de Saúde, envolvendo todos os agentes com

responsabilidades sociais: as Autarquias, as Misericórdias, os Cuidados Primários, a

Segurança Social e o Hospital para que se encontrem soluções que previnam a doença e

que promovam a mais rápida reabilitação quando aquela não for evitada.

É urgente a disponibilização de recursos de natureza domiciliária para dezenas de milhares

de cidadãos e doentes cuja frequência de serviços hospitalares é uma rotina a todos os

títulos inadequada, com custos pessoais e sociais muito elevados e evitáveis.

A evolução prevista nos Cuidados Primários com a criação da Unidade de Cuidados na

Comunidade, de expressão eminentemente de enfermagem, pode vir a constituir um

contributo decisivo para o futuro da assistência integrada de cuidados de saúde.

Uma população de cerca de 192.000 habitantes que regista anualmente, entre o

Ambulatório e o Internamento mais de 285 mil episódios de recurso aos Serviços

Hospitalares, evidencia carências cuja satisfação justifica um envolvimento multi

institucional.

Hospital Distrital de Santarém, EPE

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2.3. Missão, Visão e Valores

MISSÃO Prestar cuidados de saúde de qualidade, acessíveis, em tempo oportuno,

num quadro de desenvolvimento económico e financeiro sustentável

VISÃO Ser um hospital de referência pela capacidade de resposta às necessidades

dos utentes e pela qualidade técnica e humana dos profissionais de forma a

ser reconhecido como um dos melhores hospitais do Serviço Nacional de

Saúde

VALORES Orientação ao doente Ter uma orientação clara para o doente, respondendo às suas

necessidades, de acordo com as melhores práticas disponíveis.

Inovação Ter um compromisso com a inovação, criando soluções flexíveis que

permitam assegurar a prestação de melhores cuidados de saúde.

Ética nas Relações Pessoais, Profissionais e Institucionais Defender e aplicar princípios de ética nas relações pessoais, profissionais e

institucionais, na utilização de recursos escassos e na aplicação de

princípios de equidade.

Qualidade e Ambiente Salvaguardar e privilegiar a implementação permanente de normas de

qualidade e de práticas ambientais correctas e responsáveis.

Responsabilidade Social Assumir todos os dias a responsabilidade social perante a comunidade e

demais agentes da envolvente interna e externa.

Realização dos Colaboradores Ser uma organização onde os colaboradores encontrem espaço para a

realização pessoal e profissional

Criação de Valor Económico e Social Ter sempre presente a necessidade de criar valor, assumindo um comportamento socialmente responsável e coerente para todas as partes

envolvidas

Hospital Distrital de Santarém, EPE

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3. MODELO ORGANIZATIVO E IDENTIFICAÇÃO DOS MEMBROS DOS ORGÃOS SOCIAIS

3.1. Modelo organizativo

O modelo organizativo que suporta a estrutura de funcionamento do Hospital é um

instrumento dinâmico, em aperfeiçoamento contínuo, no sentido do melhor ajustamento e

adequação a uma resposta permanente às novas exigências impostas à Gestão Hospitalar,

para uma eficiência global e sectorial mais satisfatória e um envolvimento mais

comprometido de todos os profissionais, particularmente os que assumem

responsabilidades nas hierarquias técnicas e nas hierarquias funcionais.

Assente numa filosofia de Departamento, a experiência continua a exigir aprofundamento e

maturação, fundamentalmente com o reforço do envolvimento de todos os agentes, internos

e externos, na governação dos cuidados de saúde.

3.2. Órgãos Sociais

Conselho de Administração

Presidente José Rianço Josué 31/12/2005 2005/2008

Vogal Executivo José Francisco Correia Afonso Marouço

31/12/2005 2005/2008

Director Clínico Francisco José Espinha Ribeiro de Carvalho

31/12/2005 2005/2008

Enfermeiro Director Ilda Ferreira Baptista Marmelo da Silva Veiga

31/12/2005 2005/2008

Fiscal Único

Efectivo

José Luis Simões Pão Alvo (ROC nº 803), Neves da Silva, Pão Alvo, Maria José Pimenta e Velosa

31/12/2005

2005/2008

Hospital Distrital de Santarém, EPE

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4. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Área de Prestação de Cuidados Área de Suporte à Prestação de Cuidados

Departamento de Cirurgia Director: Dra. Maria Lopes Bernardes Enf. Coordenador: Enf. Manuel Domingos Adjunto para a Gestão: Dr. Carlos Henriques Departamento de Medicina Director: Dr. Nelson Rodrigues Enf.ª Coordenadora: Enf.ª Conceição Frazão Adjunta para a Gestão: Dra. Carla Lince Departamento da Mulher e da Criança Directora: Dra. Graça Marona Enf.ª Coordenadora: Enf.ª Helena Sal Adjunto para a Gestão: Dr. José Hipólito Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental Director: Dr.ª Paula Pinheiro Enf.ª Coordenadora: Enf.ª Teresa Massano Adjunto para a Gestão: Dr. José Hipólito Departamento de Urgência Director: Dr. Sebastião Geraldes Barba Enfermeira Coordenadora: Enf.ª Paula Lino Adjunta para a Gestão: Dra. Carla Lince

Anestesiologia e Reanimação Director: Dr. Reinaldo Cabanita Bloco Operatório Director: Dr. Joaquim Costa Enf. Coordenador: Enf. António Esparteiro Cirurgia de Ambulatório Director: Dr. Alberto Roxo Enf. Coordenador: Enf. Jorge Rola Unidade de Cuidados Intensivos Director: Dr. Custódio Fidalgo Enfermeira Coordenadora: Enf.ª Ana Lúcia Adjunta para a Gestão: Dra.Tatiana Silvestre Meios Complementares Diagn. e Terapêutica Anatomia Patológica Directora: Dra. Eduarda Clemente Imagiologia Director: Dr. Salvação Esteves Imuno-Hemoterapia Directora: Dra. Fenela Dias Medicina Física e Reabilitação Directora: Dra. Irene Rino Santos Patologia Clínica Directora: Dra. Manuela Véstia Adjunta para a Gestão: Dra. Marta Bacelar

Área de Apoio à Gestão e Logíst ica Área de Serviços Corporativos

Gestão de Doentes e Arquivo Clínico Responsável: Dra. Tatiana Silvestre

Gestão de Instalações e Equipamentos Responsável: Eng. Paulo Marques

Gestão de Recursos Humanos Responsável: Dr. Aníbal Santos

Gestão de Tecnologias de Informação Responsável: Dra. Ruth Ferreira

Apoio Jurídico Responsável: Dr. João Carlos Grego

Comunicação e Imagem Desenvolvimento e Organização Responsável: Dra. Marta Bacelar

Gabinete de Informação para a Gestão Responsável: Dr. Pedro Marques

Hospital Distrital de Santarém, EPE

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Departamentode Cirurgia

Dr.ª Maria Lopes Bernardes

Departamentode Medicina

Dr. Nelson Rodrigues

Departamentoda Mulher eda Criança

Dr.ª Graça Marona

Departamentode Psiquiatria e Saúde Mental

Dr.ª Paula Pinheiro

Departamentode Urgência

Dr. Sebastião Geraldes Barba

Conselho deAdministração

ServiçoMedicina II

Dr. Luís Siopa

ServiçoMedicina III

Dr.ª Margarida Cabrita

Serviço PneumologiaDr. João Roque Dias

ServiçoCardiologia

Dr.ª Graça Ferreira

UnidadeGastrenterologiaDr.ª Rosário Vidal

Unidade OncologiaDr.ª Sandra Bento

Unidade NeurologiaDr. Jorge Becho

Unidade NefrologiaDr. João Bispo

ServiçoMedicina I

Dr. Manuel J. Gomes

ServiçoCirurgia Geral

Dr. José Barbosa

Serviço CirurgiaPlástica

Serviço CirurgiaVascular

Dr. Oliveira Santos

Serviço Dermatologia

Dr.ª Maria de São José

ServiçoOftalmologia

Dr.ª Cristina Amorim

Serviço OrtopediaDr. Francisco Luís

Serviço OtorrinoDr. Pinto Correia

Serviço UrologiaDr. Luís Costa

Serviço Obst.e Ginecologia

Dr.ª Teresa P. Correia

ServiçoPediatria

Dr.ª Aldina Lopes

UnidadePedopsiquiatria

Dr.ª Teresa Barros

UnidadePsicologia

Dr.ª Fátima Portugal

DirecçãoTécnica

Comunicaçãoe Imagem

Apoio JurídicoDr. João Carlos Grego

Desenvolvimentoe Organização

Dr.ª Marta Bacelar Xavier

ConselhoConsultivo

Gestão Instalaçõese Equipamentos

Eng. Paulo Marques

Gabinete de Informação para a Gestão

Dr. Pedro Marques

Gestão Financeirae Logística

Gestão RecursosHumanos

Dr. Aníbal Santos

Comissão de Ética

Comissão de Humanização e Qualidade dos Serviços

Comissão de Controlo da Infecção Hospitalar

Comissão de Farmácia e Terapêutica

Comissão Técnica de Certificação das Condições I. V.G.

Comissão de Formação e do Internato Medico

Comissão Médica

Comissão de Enfermagem

ServiçoPsiquiatria

Dr.ª Paula Pinheiro

Anatomia PatológicaDr.ª Eduarda Clemente

Anestesiologia eReanimação

Dr. Reinaldo Cabanita

Bloco OperatórioDr. Joaquim Costa

Cirurgia de Ambulatório

Dr. Alberto Roxo

Cuidados IntensivosDr. Custódio Fidalgo

FarmáciaDr. João Cotrim

Serviço Sociale Religioso

Dr.ª M.ª Emília Horta

Relações Laborais

Desenv. Prof. e Cent. Doc.Gestão AdministrativaSeg., Hig. e Saúde Trab.

Aprovisionamento

Contabilidade e Tesouraria

Gestão Hoteleira

Gestão de Doentes e Arquivo Clínico

Dr.ª Tatiana Silvestre

Arquivo Clínico

Central de DoentesCodificação

EsterilizaçãoEnf. Gabriela Pinto

Qualidade

Área de Prestação de

Cuidados

Área de Apoio à Gestão e Logística

Área de Suporte à

Prestação de Cuidados

Órgãos de Apoio Técnico

ImagiologiaDr. Salvação Esteves

Imuno-hemoterapiaDr.ª Fenela Dias

Medicina Física e Reabilitação

Dr.ª Irene Rino Santos

Patologia ClínicaDr.ª Manuela Véstia

Gestão Tecnologias deInformação

Dr.ª Ruth Ferreira

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 15 de 91 Relatório e Contas 2008

5. ACTIVIDADE GLOBAL EM 2008

5.1. Actividade Assistencial

O movimento assistencial do Hospital está reflectido nos dados estatísticos do HDS, E.P.E.

em todas as linhas de produção, actividades complementares de diagnóstico e terapêutica e

unidades funcionais de apoio clínico. O Quadro 1 que se segue apresenta informação

estatística global de produção do ano de 2008, comparada com os períodos homólogos

imediatamente anteriores, de 2006 e 2007, ao nível das principais linhas de actividade

assistencial do Hospital.

Numa leitura imediata e global verificamos a manutenção da tendência crescente na

generalidade das actividades, confirmando o aumento da procura de cuidados e o esforço

dos serviços em a satisfazer.

A preocupação em conter e reduzir as listas e os tempos de espera quer para as consultas

externas quer para as cirurgias consubstancia-se na garantia de uma maior acessibilidade e

numa maior utilização dos recursos disponíveis.

Apesar de se ter assistido em 2008 a um movimento muito expressivo de redução da

capacidade instalada motivada pela introdução do sistema biométrico do registo da

assiduidade, medida que levou ao pedido e autorização de diminuição da carga horária

semanal de um número significativo de médicos, muitos deles de especialidades

responsáveis por elevadas performances assistenciais, foi possível assegurar que

globalmente a actividade não decresceu ou, se tal aconteceu esse decréscimo não teve

expressão.

Não deixou, contudo de influenciar negativamente uma melhor resposta, particularmente

naquelas especialidades.

A título de exemplo, o Serviço de Dermatologia, caracterizado por um perfil ambulatório de

grande produção, diminui em 20% a sua capacidade ao ver toda a equipa (seis médicos)

reduzirem a sua carga horária semanal de 35 horas para 28 horas ou menos. Esta

circunstância teve efeitos muito significativos quer na Consulta Externa (-17%) quer na

actividade cirúrgica, uma vertente muito desenvolvida no Hospital de Santarém.

O ano de 2008 fica também caracterizado por um número “anormal” de aposentações de

pessoal médico e cuja substituição não foi possível, por manifesta indisponibilidade da

Hospital Distrital de Santarém, EPE

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oferta, como testemunharam os inúmeros anúncios publicados ao longo do ano na imprensa

diária e que invariavelmente se concluíram desertos.

Mais expressiva foi a consequência na especialidade de Oftalmologia, igualmente de

elevada procura e responsável por níveis de actividade significativa e que viu reduzida a sua

equipa de seis médicos para três médicos, constituindo uma redução de 50% da capacidade

instalada. Apesar de tudo foi possível não reduzir a actividade quer de consultas quer de

cirurgias, contudo tal exigiu um esforço orçamental do Hospital para não prejudicar o

avolumar das listas de espera (tão críticas nesta especialidade) quer para consultas quer

para cirurgias.

O número de partos crescem 9,1%, situação a que não foi alheio o facto de o Hospital ter

assegurado, durante cerca de 60 dias, o apoio ao Hospital Reinaldo dos Santos em Vila

Franca de Xira que encerrou o seu Serviço de Obstetrícia por motivo de obras durante igual

período.

Hospital Distrital de Santarém, EPE

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Quadro 1 – Indicadores do Movimento Assistencial

2006 2007 2008 Var. 07/08

N.º % Internamento

Lotação praticada (Sem SO e Berçario) 382 382 382 0 0,0% Lotação praticada (Com SO e Berçario) 414 414 414 0 0,0% Doentes Saídos (Sem SO e Berçario) 16.200 15.986 17.194 1.208 7,6% Doentes Saídos (Com SO e Berçario) 17.914 17.505 18.903 1.398 8,0% Dias Internamento* 114.709 115.564 123.562 7.998 6,9% Demora Média* 7,31 7,18 7,19 0,01 Taxa de Ocupação* 82,27% 82,88% 88,38% 5,50%

Consultas Externas

1ªs Consultas Médicas 32.118 34.519 37.623 3.104 9,0% Subsequentes Médicas 92.964 96.947 99.330 2.383 2,5%

Total Consultas Médicas 125.082 131.466 136.953 5.487 4,2% Consultas Não Médicas 4.831 1.713 1.339 -374 -21,8%

Total Geral 129.913 133.179 138.292 5.113 3,8%

Urgência

Geral 73.882 78.665 81.550 2.885 3,7% Pediátrica 32.820 33.546 35.315 1.769 5,3% Obstétrica 9.102 8.541 8.965 424 5,0%

Total 115.804 120.752 125.830 5.078 4,2%

Movimento Cirúrgico (Doentes)

Cir. Convencional Prog. 2.740 3.034 3.064 30 1,0% Cir. Conv. Ambulatória 2.313 2.631 2.366 -265 -10,1% Cir. Urgente 1.771 1.647 1.563 -84 -5,1% Cir. Adicional Convencional 566 459 959 500 108,9% Cir. Adicional Ambulatória 40 250 428 178 71,2%

Total 7.430 8.021 8.380 359 4,5%

Hospital de Dia

Sessões 17.427 16.602 16.446 -156 -0,9% Doentes 2.263 2.498 2.520 22 0,9%

Partos

Eutócicos 914 929 995 66 7,1% Distócicos 728 638 715 77 12,1%

Total 1.642 1.567 1.710 143 9,1%

Outros

Visitas Domiciliárias 2.031 2.124 2.363 239 11,3%

*Rácios efectuados sem SO e Berçario

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 18 de 91 Relatório e Contas 2008

Internamento

Mantendo a mesma lotação praticada, o número de doentes saídos quer se considere com o

SO e o Berçário ou não, cresceu cerca de 8% face ao ano anterior, invertendo a tendência

decrescente registada de 2006 para 2007, situando-se agora em valores superiores aos de

2006 o que justifica uma reflexão.

Mais internamento médico e mais internamento cirúrgico geraram uma taxa de ocupação

superior a 88% o que denota grandes preocupações com necessidades de afluência

sazonal para as quais a resposta nem sempre poderá ter sido a mais adequada por

manifesta sobrelotação, particularmente no Departamento Médico onde continuamos a

assistir a períodos cada vez mais prolongados de taxas de ocupação acima dos 130 ou

140%, situando-se mesmo um dos serviços em 150%. Esta realidade só é possível com o

comprometimento do Departamento Cirúrgico que, mais vezes do que o aceitável, depara

com as suas camas ocupadas com doentes do Departamento Médico por períodos que

comprometem a própria programação cirúrgica, com todos os efeitos que daí advêm quer

para as listas de espera quer para a promoção dos proveitos da actividade cirúrgica que sai

assim “prejudicada”.

A expectativa de um Hospital do futuro com cada vez menos camas não está a colher razão

no Hospital de Santarém, pese embora os extraordinários resultados alcançados ano após

ano com a crescente ambulatorização das actividades médicas e cirúrgicas.

A Demora Média (sem o SO e Berçário) mantem um valor semelhante ao registado em

2007.

A crescente ambulatorização também contribui para dar apropriação ao internamento,

fazendo com que o desiderato da diminuição da demora média seja cada vez mais difícil de

alcançar.

De qualquer forma, embora não possa ser considerado exagerado o valor alcançado pelo

Hospital, ele é fortemente influenciado pela grave carência de estruturas de cuidados gerais,

primários e continuados potenciando práticas médicas de “segurança” com altas mais

prevenidas e internamentos mais prolongados.

A taxa de envelhecimento (população com 65 anos ou mais) representa cerca de 22% da

população o que significa que a população de referência é tendencialmente envelhecida,

com necessidade de maiores e mais prolongados cuidados de saúde.

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 19 de 91 Relatório e Contas 2008

A redução de demora média tem sido muito lenta, não só porque já se situa a um nível

baixo, mas também porque apesar do planeamento de altas, continua a ser muito difícil

fazer respeitar a alta estritamente clínica, sendo frequente a demora prolongada por razões

meramente sociais, prejudicando este indicador de qualidade e eficiência.

A Taxa de Ocupação superou os 88%, o seu valor mais alto de sempre. O crescimento

contínuo de internamentos no Departamento de Medicina tem exigido a introdução de

alterações ao nível da gestão das camas para ultrapassar as limitações da sua capacidade.

De facto, em largos períodos do ano a sua ocupação ultrapassa os 130%, sendo a média

anual dos Serviços de Medicina Interna de 118,75%, o que obriga a ocupação de camas no

Departamento Cirúrgico, prejudicando aí, a própria actividade cirúrgica, constituindo até a

génese de alguma conflitualidade tendo em conta a exigência e o esforço de todos para

cumprir os objectivos a que se comprometem em termos da contratualização.

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 20 de 91 Relatório e Contas 2008

Consulta Externa

A melhoria de infra-estruturas como aconteceu na ampliação da área da Consulta Externa,

obedecendo aos critérios de conforto, qualidade e humanização e, em termos práticos,

conferindo-lhe qualidades de melhor funcionamento apoiada em modernos sistemas de

informação, foi decisiva para melhorar o desempenho, particularmente no Departamento

Médico.

O número total de consultas médicas tem vindo a aumentar, tendo-se verificado em 2008

um acréscimo, comparativamente a 2007 de 5.487 consultas médicas ao que corresponde

um crescimento percentual de 4,2%.

Este resultado, sempre satisfatório, deve ser ainda melhor reconhecido tendo em atenção a

efectiva diminuição da capacidade instalada por via da aposentação de muitos médicos e

ainda pela redução de horários de trabalho em várias especialidade, na sequência da

introdução do sistema biométrico de assiduidade.

Gráfico 1 – Consultas Médicas

Contudo, mantêm-se grande empenhamento na promoção da consulta externa, única forma

de responder ao crescimento da procura e à contenção e diminuição das listas e dos tempos

de espera, as quais se revelam com alguma criticidade apenas em algumas especialidades,

sendo certo que por via da triagem, as situações muito prioritárias estão sob controlo em

tempos sempre clinicamente aceitáveis.

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 21 de 91 Relatório e Contas 2008

Também o rácio das primeiras consultas sobre o total tem vindo a registar melhorias

graduais situando-se em 27,5% não tendo sido possível alcançar o contratualizado de

28,3%.

Consultas como a Diabetes, a Infecciologia, a Nefrologia e a Oncologia Médica dão um

contributo muito negativo para este objectivo que, de qualquer forma, continuaremos a

perseguir e a melhorar, sem prejuízo das consultas de continuidade e promovendo a

acessibilidade.

Quadro 2 – Consultas Médicas

N.º %

Cardiologia 9.267 9.396 9.326 21,0% -70 -0,7%

Diabetes 2.496 1.930 2.184 14,1% 254 13,2%

Gastrenterologia 1.430 1.397 1.431 34,5% 34 2,4%

HTA 1.218 1.056 951 21,1% -105 -9,9%

Infecciologia 1.961 1.894 1.949 10,2% 55 2,9%

Medicina Interna 7.578 7.642 7.922 26,3% 280 3,7%

Nefrologia 821 1.176 1.184 10,5% 8 0,7%

Neurologia 2.977 3.081 3.182 29,2% 101 3,3%

Oncologia Médica 6.364 6.517 4.904 6,6% -1.613 -24,8%

Pneumologia 2.818 3.078 3.375 27,9% 297 9,6%

TOTAL 36.930 37.167 36.408 20,8% -759 -2,0%

Ginecologia 10.458 10.830 10.705 23,8% -125 -1,2%

Obstetrícia 5.301 5.203 5.615 39,8% 412 7,9%

Pediatria 7.478 7.263 8.234 30,8% 971 13,4%

TOTAL 23.237 23.296 24.554 29,8% 1.258 5,4%

Cirurgia Geral 10.079 10.265 11.177 33,0% 912 8,9%

Cirurgia Plástica 758 768 73 49,3% -695 -90,5%

Cirurgia Vascular 3.432 3.511 4.462 31,5% 951 27,1%

Dermatologia 8.791 10.360 8.608 31,1% -1.752 -16,9%

Neurocirurgia 490 511 722 60,1% 211 41,3%

Oftalmologia 6.478 6.610 6.861 24,1% 251 3,8%

Ortopedia 9.413 10.069 11.887 38,7% 1.818 18,1%

Otorrino 4.985 5.014 4.975 34,6% -39 -0,8%

Urologia 4.850 5.184 5.667 31,0% 483 9,3%

TOTAL 49.276 52.292 54.432 33,0% 2.140 4,1%

Psiquiatria 5.785 5.560 6.097 15,2% 537 9,7%

Pedopsiquiatria 1.895 1.675 1.696 22,6% 21 1,3%

TOTAL 7.680 7.235 7.793 16,8% 558 7,71%

Anestesia 1.536 2.331 2.670 67,3% 339 14,5%

Fisiatria 1.305 1.399 1.622 34,2% 223 15,9%

Anticoagulação 1.735 3.761 4.758 3,4% 997 26,5%

Imunohemoterapia 2.750 3.002 4.062 20,9% 1.060 35,3%

Saúde Ocupacional 633 983 654 14,5% -329 -33,5%

TOTAL 7.959 11.476 13.766 25,1% 2.290 20,0%

Departamento Médico

Departamento Mulher e da Criança

Departamento Cirúrgico

Departamento Psiquiatria e Saúde Mental

Outras Consultas Médicas

Total Consultas Médicas 125.082 131.466 136.953 27,5% 5.487 4,2%

1as/Total (%)

Var. 07/08 Consultas Médicas 2006 2007 2008

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 22 de 91 Relatório e Contas 2008

Quadro 3 – Total de Consultas

N.º %

Primeiras Consultas 32.118 34.519 37.623 3.104 9,0%

Consultas Subsequentes 92.964 96.947 99.330 2.383 2,5%

Total Consultas Médicas 125.082 131.466 136.953 5.487 4,2%

Consultas Não Médicas 4.831 1.713 1.339 -374 -21,8%

Total Geral 129.913 133.179 138.292 5.113 3,8%

Primeiras Consultas / Total (%) 25,7% 26,3% 27,5%

2008Var. 07/08

Consultas 2006 2007

Movimento Cirúrgico

No ano de 2008 realizaram-se globalmente mais 713 cirurgias, aumento que significa um

melhor aproveitamento dos Blocos Operatórios com mais 3 cirurgias/dia útil do que no ano

anterior

O número de doentes cresceu 359 (+4.5%), traduzindo-se em mais dois doentes por dia útil

o que confirma a maior acessibilidade.

Todos os programas cirúrgicos cresceram substancialmente sendo de notar a contribuição

da actividade Adicional que funcionou como um estímulo à superação de dificuldades de

vária ordem ao longo do exercício.

A Cirurgia de Ambulatório manteve uma boa performance, com 41,8% do peso das cirurgias

efectuadas e o abaixamento em relação ao ano anterior ficou a dever-se à redução da

actividade no período de Agosto a Outubro em que decorreram obras de ampliação e de

beneficiação no Bloco Operatório de Cirurgia de Ambulatório. Uma boa articulação e

aproveitamento dos períodos de horário ordinário com períodos pós-laborais da actividade

adicional permitiu não comprometer os objectivos.

A nova capacidade instalada na Unidade de Cirurgia de Ambulatório permite antever bons

resultados em 2009 confirmando a tendência crescente da ambulatorização da actividade

cirúrgica, apesar da perda de vários cirurgiões comprometer a composição das equipas, o

que tentaremos superar com soluções e protocolos alternativos com pessoas e instituições

do SNS e de iniciativa privada.

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 23 de 91 Relatório e Contas 2008

Quadro 4 - Movimento Cirúrgico

A actividade cirúrgica de Urgência tem vindo a diminuir por razões naturais de casuística e

ainda por uma melhor resolução das listas de espera.

Gráfico 2 – Doentes Intervencionados

Urgência

A Urgência continua a ser o Serviço do

Hospital sujeito a maior pressão diária,

quer pelo elevado número de utentes

atendidos e elevado número de

acompanhantes, quer pelo sub-

dimensionamento das instalações físicas

que desde a construção do edifício

sofreram apenas pequenas alterações.

Mesmo considerando todas as limitações,

incluindo a dificuldade para completar as

escalas médicas diárias, o atendimento

de Urgência continua a aumentar.

2006 2007 2008 2006 2007 2008Cirurgia Convencional

3.866 4.199 4.283 2,0% 2.740 3.034 3.064 1,0%

Cirurgia Ambulatório

2.993 3.687 3.204 -13,1% 2.313 2.631 2.366 -10,1%

Cirurgia Adicional Convencional 776 556 1.298 133,5% 566 459 959 108,9%

Cirurgia Adicional Ambulatoria 60 359 809 125,3% 40 250 428 71,2%

Cirurgia Urgente 2.158 1.963 1.883 -4,1% 1.771 1.647 1.563 -5,1%

TOTAL 9.853 10.764 11.477 6,6% 7.430 8.021 8.380 4,5%

% Cirurgias Ambulatório 39,7% 46,0% 41,8% 41,6% 45,2% 41,0%

Especialidade Var.% 07/08

Intervenções Var.% 07/08

Doentes

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 24 de 91 Relatório e Contas 2008

Durante o ano de 2008, os 125.830 utentes atendidos, representaram um acréscimo de

4,2% relativamente a 2007, quando se atenderam 120.752 utentes, constatando-se também

um número cada vez maior de doentes idosos, acima dos 75 anos que chegam ao Hospital

acamados, preocupantemente debilitados, e reveladores de graves carências económicas e

também assistenciais para as necessidades próprias da idade, que não estão asseguradas

socialmente.

Quadro 5 – Admissões na Urgência

N.º %

Urgência Geral 73.882 78.665 81.550 2.885 3,67%

Urgência Pediátrica 32.820 33.546 35.315 1769 5,27%

Urgência Obstetricia/Ginecologia 9.102 8.541 8.965 424 4,96%

TOTAL 115.804 120.752 125.830 5.078 4,21%

Urgência / Dia 317 331 344 13 3,92%

Var. 07/08Admissões 2006 2007 2008

Torna-se necessário equacionar melhor o verdadeiro papel dos cuidados primários na nossa

zona de influência, pois este aumento de 4,21% por cento em relação a 2007 resulta, como

se verifica no quadro anterior especialmente, em número do aumento da urgência geral. De

realçar a percentagem de utentes acima dos 65 anos, 34%, o que reforça o conhecimento

do envelhecimento da população que assistimos e a falta de resposta nas suas áreas de

residência e eventualmente nas estruturas de acolhimento.

Também a Urgência Pediátrica alcançou a média de 100 doentes/dia, com períodos

prolongados em que a média atinge os 150 doentes, número totalmente incompreensível

para as estruturas e para a capacidade das equipas médicas. Tal origina o recurso à

contratação de médicos no exterior, com custos preocupantemente crescentes.

Face à situação acima descrita, concluímos que é imperioso ampliar as actuais instalações

devido ao crescente afluxo de utentes de forma a reajustar as dimensões à procura. Do

Plano Plurianual de Investimentos 2008-2010 mantemos um projecto de investimento para o

efeito que, face aos constrangimentos orçamentais se tem vindo a adiar. Simultaneamente,

será de todo pertinente uma efectiva articulação com os Centros de Saúde da zona de

influência do Hospital, como forma de ultrapassar as dificuldades de resposta às situações

não emergentes.

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 25 de 91 Relatório e Contas 2008

No Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), o Hospital tem aprovado para 2009

um Projecto de Ampliação e Remodelação do Serviço de Urgência, cujo início da obra

deverá ser lançado ainda durante o primeiro semestre.

Hospital De Dia

O número de sessões de Hospital de Dia,

que vinha a registar ao longo dos últimos

anos um significativo crescimento,

manifesta um ligeiro decréscimo de 1%,

embora se mantenha uma média diária

de doentes superior a 66, mais 1% do

que no ano anterior.

As sessões de Quimioterapia às quais

são atribuídos os códigos

V65001,V65002 e V65003 passam a

configurar GDH’s Médicos de acordo com

o Contrato Programa. As regras de financiamento da Quimioterapia são muito penalizadoras para o orçamento do

Hospital, tendo em conta que a diminuição do número de sessões (-1101) resulta do critério

clínico de novas fórmulas terapêuticas (geralmente mais caras) permitirem menos

deslocações dos doentes ao Hospital.

O mesmo comentário se aplica à Infecciologia, onde o aumento de 6.9% do número de

sessões não deixa transparecer o aumento de cerca de 15% do número de doentes.

Quadro 6 – Sessões de Hospital de Dia

N.º %

Quimioterapia 9.070 8.516 7.415 -1.101 -12,9%

Imunohemoterapia 537 769 974 205 26,7%

Psiquiatria 3.976 3.304 3.592 288 8,7%

Doenças Infecciosas 1288 1.379 1.474 95 6,9%

Outras 2.556 2.634 2.991 357 13,6%

TOTAL 17.427 16.602 16.446 -156 -0,9%

Sessões/dia útil 69 65 65 -1 -0,9%

Var. 07/08Sessões 2006 2007 2008

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 26 de 91 Relatório e Contas 2008

Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica

Dum modo geral verificámos ligeiros aumentos do número de exames e tratamentos

excepção feita ao serviço de Anatomia Patológica, onde o novo processo de registo e de

codificação da sua actividade explica a quebra acentuada.

Refira-se também que, de acordo com a Norma ISO 17025/2000, que incide sobre as

vertentes técnica e organizativa, decorre o processo de Acreditação, o que implica um

esforço adicional à produção diária o que só se tem revelado possível devido ao

empenhamento e compreensão de todos os profissionais, quer os que estão directamente

envolvidos, quer os que recorrem àquele serviço.

Quadro 7 – Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica

N.º %

Anatomia Patológica 24.867 18.732 16.949 -1.783 -9,52%

Cardiologia 31.790 31.009 31.547 538 1,73%

Imagiologia 118.559 121.054 128.654 7.600 6,28%

Imuno-hemoterapia (Transfusões) 6.351 6.211 6.824 613 9,87%

Ginecologia/Obstetrícia (Ecografias) 10.694 10.848 10.024 -824 -7,60%

Med. Física Física e Reabilitação (Tratamentos) 113.748 119.511 143.756 24.245 20,29%

Patologia Clínica 1.320.946 1.382.810 1.541.620 158.810 11,48%

Pneumologia 18.893 20.343 24.804 4.461 21,93%

Var. 07/08Exames/Análises 2006 2007 2008

De realçar os aumentos de actividade apresentados pela Imagiologia, pela Patologia Clínica

e pela Imuno-Hemoterapia, pelo efeito que geram nos custos do Hospital, assim como da

Pneumologia.

Partos Quadro 8 - Número de Partos

N.º %

Eutócicos 914 929 995 66 7,10%

Distócicos - Ventosas/Forceps 246 242 310 68 28,10%

Distócicos - Cesarianas 482 396 405 9 2,27%

TOTAL 1.642 1.567 1.710 143 9,13%

Taxa de Cesarianas 29,35% 25,27% 23,68%

N.º Partos por dia 4,5 4,3 4,7 0,4 8,8%

Var. 07/08Partos 2006 2007 2008

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 27 de 91 Relatório e Contas 2008

O número de partos apresenta um aumento significativo (+9,13%) a que não é estranho o

facto de o Hospital ter assegurado durante cerca de 60 dias um apoio à Maternidade do

Hospital Vila Franca Xira.

De qualquer forma o dado mais relevante foi a taxa de cesarianas que se situou bastante

abaixo dos 24%, seguramente um registo dos melhores a nível nacional.

O número de nascimento foi de 1723.

Cuidados Continuados Domiciliários

Como resposta a uma necessidade social e

clinicamente sentida, o Hospital mantém, com

o Centro de Saúde de Santarém e a Santa

Casa da Misericórdia, uma equipa

especialmente criada para prestar cuidados de

saúde junto de uma comunidade, que abrange

actualmente 67,6 por cento da população

concelhia (Censos 2001), distribuída por 14

freguesias de Santarém.

Trata-se de um serviço socialmente reconhecido e que, no futuro poderá ser alargado a

outras freguesias. A equipa do Hospital é constituída por Enfermeiros.

O número total de visitas domiciliária realizadas em 2008 foi de 2.363. É de salientar que os

cuidados prestados a qualquer utente pela primeira vez são assegurados dentro de um

período máximo de 24h desde a altura da referenciação.

O desenvolvimento esperado para a Cirurgia de Ambulatório poderá ser sustentado por uma

visitação pós-operatória enquadrada nos Cuidados Domiciliários.

O Hospital tem desenvolvido contactos no âmbito da Comissão Concelhia de Saúde com

vista a um novo programa de cuidados domiciliários que comprometa institucionalmente

todos os agentes da saúde na região, incluindo as novas Unidades de Saúde Familiares.

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 28 de 91 Relatório e Contas 2008

Objectivos do Contrato Programa O Contrato Programa estabelece a produção e a sua respectiva valorização para os utentes

do S.N.S.

Foram objectivos para 2008 os mencionados no quadro abaixo apresentado. A realização

para o internamento é feita em doentes equivalentes.

Contrato Programa 2008

Objectivos Realização Objectivos

Internamento (Doentes Saídos)

GDH Médicos 10.340 10.961

GDH Cirúrgicos Programados 3.138 3.116

GDH Cirúrgicos Urgentes 1.963 1.790

Episódios GDH Ambulatório

GDH Cirúrgicos 2.771 2.446

GDH Médicos 5.690 5.453

Consulta

N.º Primeiras Consultas 33.798 32.170

N.º Consultas Subsequentes 86.638 85.245

Urgência (Admissões) 95.463 95.706

Interrupções Voluntárias

Medicamentosa 210 179

Cirúrgica 40 128

Hospital de Dia (Sessões) 9.621 9.321

Visitas Domiciliárias 2.370 2.363

Tendo em consideração a evolução face ao período homólogo, pode considerar-se muito

satisfatória embora, face aos objectivos se deva reconhecer dificuldades de alcançar não só

pelas vicissitudes que caracterizam o exercício, mas também por serem eventualmente

demasiado ambiciosas.

• Internamento

Globalmente o objectivo foi atingido. Houve produção excedentária quer nos GDH Médicos,

quer nos Cirúrgicos Programados. A Cirurgia Urgente, sendo resultado directo da procura,

gerou menos cerca de 8% de episódios, o que se pode justificar pela casuística e ainda pela

ambulatorização da actividade. Trata-se de uma área para a qual não funciona a

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 29 de 91 Relatório e Contas 2008

programação de produção pelo que resulta directamente da afluência, quase totalmente

proveniente da Urgência. De realçar o aumento dos GDH Médicos cuja larga ultrapassagem

da actividade contratualizada acaba por penalizar fortemente os proveitos do Hospital.

• Primeiras Consultas Realizaram-se mais 2.773 primeiras consultas, todavia insuficientes para o objectivo

definido, apesar do crescimento em relação ao valor do ano anterior.

• Episódios de GDH de Ambulatório

GDH´s Cirúrgicos Apesar do resultado ter ficado aquém do esperado, pode considerar-se satisfatório tendo em

atenção os cerca de 90 dias em que a Unidade Cirurgia de Ambulatório esteve em obras e

ainda o facto de a Cirurgia Plástica que tinha contratualizado 200 cirurgias, ter estado

praticamente inactiva por doença do único cirurgião em exercício.

GDH´s Médicos Os GDHs médicos, como se disse resultam na sua grande maioria de sessões de Hospital

de Dia de Quimioterapia, onde se assistiu a uma revisão dos critérios assistenciais com

redução da necessidade de deslocações dos doentes ao Hospital, verificando-se mais

doentes e menos sessões.

• Urgência Na elaboração do Plano de Desempenho não foi considerado que as urgências que

gerassem internamento não seriam contabilizadas em SNS. De facto foram feitas 108.733

urgências a utentes do SNS, das quais foram retiradas 13.027 que geraram internamento.

• Hospital de Dia

Na produção apresentada estão incluídos os GDHs Médicos de Ambulatório, âmbito que,

por ser uma realidade nova, não permitiu uma boa definição do seu objectivo. A quebra

verificada deve-se fundamentalmente à Oncologia embora não tivesse havido diminuição

número de doentes.

• Visitas Domiciliárias

O Hospital procura dar resposta eficaz e adequada às necessidades dos seus utentes. O

número de visitas apresentado, resulta da procura e da capacidade de resposta a esses

pedidos.

Hospital Distrital de Santarém, EPE

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5.2. Recursos Humanos

Balanço Social

Quadro 9 - Quadro de Efectivos

H M TOTAL %

Órgãos sociais 3 1 4 0,28%

P. Dirigente 3 2 5 0,35%

Médicos 77 88 165 11,54%

Formação Pré-Carreira 31 43 74 5,17%

Téc. Sup. Saúde 4 8 12 0,84%

Técnicos Superiores 2 22 24 1,68%

Técn. Diagnóstico e Terapêutica 19 78 97 6,78%

Enfermeiros 76 410 486 33,99%

P. Informática 4 2 6 0,42%

Administrativos 23 124 147 10,28%

Pessoal Auxiliar 3 6 9 0,63%

Serviços Gerais 61 313 374 26,15%

Técnico Profissional 0 1 1 0,07%

Operários 22 4 26 1,82%

TOTAL 328 1.102 1.430 100,00%

Grupos ProfissionaisNº Trabalhadores

O Hospital de Santarém, E.P.E. no final do ano de 2008 tinha a exercer funções 1.430

trabalhadores, dos quais 328 são homens e 1.102 são mulheres, evidenciando-se uma

predominância do sexo feminino em todos os grupos profissionais à excepção do pessoal

operário.

A estrutura de efectivos não sofre alterações substanciais, evoluindo apenas pontualmente

em situações identificadas como críticas e cuja manutenção possa comprometer a

actividade assistencial nas diversas áreas de actividade.

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 31 de 91 Relatório e Contas 2008

Evolução dos Efectivos

Gráfico 3 - Evolução dos Efectivos

Quadro 10 – Evolução dos Efectivos

N.º %

Órgãos Sociais 4 4 4 0 0%

Pessoal Dirigente 5 5 5 0 0%

Pessoal Médico 221 224 239 15 7%

Técnicos Superiores de Saúde 17 12 12 0 0%

Técnicos Superiores 21 24 24 0 0%

Técnicos de Informática 5 6 6 0 0%

Técnicos de Diagn. e Terapêutica 93 95 97 2 2%

Enfermeiros 456 485 486 1 0%

Técnicos Profissionais 2 1 1 0 0%

Administrativos 141 145 147 2 1%

Pessoal Auxiliar 9 9 9 0 0%

Pessoal Serviços Gerais 359 365 374 9 2%

Pessoal Operário 25 27 26 -1 -4%

Pessoal Religiosos 1 0 0 0 #DIV/0!

TOTAL 1.359 1.402 1.430 28 2%

Var. 07/082006 2007 2008

A evolução dos efectivos verificou-se no pessoal auxiliar de acção médica e no aumento de

médicos internos.

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Página 32 de 91 Relatório e Contas 2008

Natureza do Vínculo Gráfico 4 – Tipo de Vínculo

Quanto à natureza do vínculo a nomeação assume 62,24% do total de efectivos. O contrato

individual de trabalho é actualmente o vínculo de trabalho celebrado com os novos

colaboradores.

Existe ainda um residual de cerca de 6% de profissionais com CAP, apesar da

sensibilização para a celebração de CITS.

Absentismo

Quadro 11- Absentismo

N.º %

98 54 -44 -45% --

Casamento 239 150 -89 -37% 12.868,37

Maternidade/Paternidade 5.892 4.960 -932 -16% 124.505,26

Falecimento Familiar 332 330 -2 -1% 20758,3

Doença <60 dias 6.807 9.008 2201 32% 408860,5

Doença> 60 dias 2.321 2.412 91 4% 194808,92

Acidente de Trabalho 913 925 12 1% 26745,47

Assist. Família 891 973 82 9% 43398,23

Trabalhador Estudante 1.080 902 -178 -16% 55193,45

Perda Vencimento 12 22 10 83% --

Outras 57 71 14 25% 2774,55

18.642 19.807 1.165 6% 889.913,05 €

Custos (€)

Falta

s Ju

stifi

cada

s

TOTAL

Faltas Injustificadas

2008Var. 07/08

2007

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 33 de 91 Relatório e Contas 2008

Gráfico 5 – Absentismo

O número de ausências aumentou em 6,25%, ao que corresponde mais 1.165 dias de

trabalho face a 2007. Houve um aumento do valor correspondente aos dias não trabalhados

de 780.964,52 em 2007 para 889.913,05 em 2008.

O absentismo por doença representa 57,65% do total de faltas ao serviço. A maternidade é

isoladamente a segunda responsável, apresentando 25,04% o que é claramente indiciador

de que a população do Hospital de Santarém é maioritariamente jovem. De realçar o peso

que as faltas ao abrigo o Estatuto do Trabalhador Estudante representam nesta análise

4,55% ao que correspondem 902 faltas, o que espelha a motivação e o apoio que o

Conselho de Administração tem dado, reconhecendo a importância da formação para a

melhoria do desempenho.

Quadro 12 – Horas de Trabalhador Estudante

H M TOTAL

Pessoal Médico 14 220 234

Técnicos Superiores 16 176 192

Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica

-- 143 143

Enfermeiros 1.608 3.545 5.153

Administrativos 32 526 558

Serviços Gerais -- 271 271

TOTAL 1.670 4.881 6.551

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 34 de 91 Relatório e Contas 2008

No total foram dispendidas 6.551 horas pelos trabalhadores que, procuram a melhoria das

suas competências.

Gráfico 6 - Horas dispendidas ao abrigo do Estatuto do Trabalhador Estudante

Quadro 13 – Dias de Ausência de Trabalho por Grupo Profissional

Conselho de Administração 0 0 4 0 7.217 0,00%

Pessoal Dirigente 4 32 5 1 9.538 0,34%

Pessoal Médico 2.421 18.606 239 10 482.217 3,86%

Técnicos Superiores de Saúde 33 231 12 3 21.084 1,10%

Técnicos Superiores 209 1.659 24 9 46.595 3,56%

Técnicos de Informática 5 40 6 1 12.048 0,33%Técnicos de Diagn. e Terapêutica 956 6.897 97 10 175.869 3,92%

Enfermeiros 6.533 47.994 486 13 903.244 5,31%

Chefias 0 0 7 0 13.554 0,00%

Técnicos Profissionais 0 0 1 0 1.757 0,00%

Administrativos 1.798 13.240 140 13 271.653 4,87%

Pessoal Auxiliar 255 1.789 9 28 16.064 11,14%

Pessoal Serviços Gerais 7.111 52.107 374 19 689.311 7,56%

Pessoal Operário 482 3.380 26 19 49.468 6,83%

TOTAL 19.807 145.975 1.430 126 2.699.619 5,41%

Horas potenciais Taxa absentismoMédia / Dia / ColaboradorGrupo profissional Dias de

ausênciaHoras de ausência Nº Colaboradores

No Hospital a procura incessante do óptimo em termos de indicadores será sempre um

objectivo a alcançar. A Taxa de Absentismo que em 2007 foi de 5,8%, apresenta em 2008

uma redução para 5,41%. Considerando que o limite tecnicamente aceitável pode ir até aos

8%, o valor percentualmente registado, constitui um indicador revelador de que a motivação

e a satisfação em contexto de trabalho são uma realidade para os trabalhadores do

Hospital.

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 35 de 91 Relatório e Contas 2008

De qualquer forma é sempre preocupante e desestabilizador o absentismo não programado,

tendo em atenção o frequente recurso a trabalho extraordinário que origina, em virtude de

os serviços funcionarem geralmente com equipas mínimas ou o mais reduzidas possível.

Este fenómeno traduz-se também em sobre utilização de recursos com todos os

inconvenientes que daí advém. Será mantida uma forte atenção para insistir na redução da

taxa de absentismo.

Estrutura Etária, Antiguidade e Habilitacional Estrutura Etária

Quadro 14 - Estrutura Etária H M Total

18 – 24 7 46 53

25 – 29 57 169 226

30 – 34 42 151 193

35 – 39 38 157 195

40 – 44 31 155 186

45 – 49 41 165 206

50 – 54 56 130 186

55 – 59 36 86 122

60 – 64 17 32 49

65 – 69 3 11 14

TOTAL 328 1.102 1.430

Gráfico 7 - Estrutura Etária

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Página 36 de 91 Relatório e Contas 2008

Estrutura de Antiguidades

Quadro 15 - Efectivos por Nível de Antiguidade H M Total

Menos de 5 anos 98 288 386

5 - 9 anos 42 145 187

10 - 14 anos 66 260 326

15 - 19 anos 54 143 197

20 - 24 anos 26 139 165

25 - 29 anos 31 91 122

30 - 35 anos 11 29 40

36 e mais 0 7 7

TOTAL 328 1.102 1.430

Estrutura Habilitacional

Quadro 16 - Estrutura Habilitacional H M Total %

Menos de 4 anos 2 2 4 0,28%

4 ano de escolaridade 29 106 135 9,44%

6 ano de escolaridade 30 110 140 9,79%

9 ano de escolaridade 36 159 195 13,64%

12 ano de escolaridade 20 118 138 9,65%

Bacheralato 35 168 203 14,20%

Licenciatura 172 438 610 42,66%

Mestrado 4 1 5 0,35%

TOTAL 328 1.102 1.430 100,00%

Pela natureza da sua actividade a maioria dos seus colaboradores tem habilitações de nível

superior.

Relevante é ainda o facto de mais de 10% dos trabalhadores não terem mais do que o 4º

ano de escolaridade e de quase 20% não ultrapassarem o 6º ano de escolaridade.

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Página 37 de 91 Relatório e Contas 2008

Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

Exames de Vigilância de Saúde Os Exames de Admissão e Periódicos incluíram Consulta de Enfermagem, Exame Médico Geral e

Exames Complementares de Diagnóstico (análises ao sangue e urina, ECG e RX Tórax) definidos

previamente em Protocolo com os respectivos serviços. No que se refere aos exames periódicos a

convocação foi efectuada tendo em conta os critérios: idade do trabalhador e data de realização do

último exame de saúde.

Quadro 17 - Exames de Saúde

H M Total

Admissão 20 51 71

Periódicos 101 379 480

Ocasionais 4 61 65

Pedido Trabalhador 2 34 36

Iniciativa Saúde no Trabalho 0 4 4

Regresso após ausência >30 dias 1 15 16

Pedido da Chefia 1 4 5

Acidente de Trabalho 0 3 3

Outras razões 0 1 1

TOTAL 125 491 616

Os números apresentados traduzem uma subida do total de exames realizados

relativamente ao ano 2007. Esta variação verifica-se essencialmente ao nível dos exames

periódicos (+78) e dos exames ocasionais (+24). Verificou-se uma ligeira descida

relativamente ao número de exames de admissão efectuados (-33).

Os números apresentados continuam a revelar ainda um elevado absentismo dos

trabalhadores aos Exames de Saúde, como pode verificar-se pelo quadro seguinte:

Faltas aos Exames de Saúde H M Total

Admissão 8 22 30

Periódicos 73 240 313

TOTAL 81 262 343

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Página 38 de 91 Relatório e Contas 2008

Vacinação

A exposição a agentes biológicos constitui um dos factores de risco mais frequentes e

potencialmente mais graves para quem trabalha em contexto Hospitalar.

A vacinação é a forma mais eficaz de prevenir as doenças que podem decorrer dessa

exposição, pelo continuou a desenvolver-se os programas de vacinação já implementados

em anos anteriores nomeadamente: vacinação anti-Hepatite B, vacinação anti-Tetânica e

vacinação anti-Gripal (decorreu durante o mês de Outubro 2008, para todos os

trabalhadores interessados).

Quadro 18 - Vacinação de Anti-Hepatite B

H M Total

1ª Dose 2 12 14

2ª Dose 3 6 9

3ª Dose 5 9 14

Reforços 1 7 8

TOTAL 11 34 45

Para verificação do estado imunitário pós-vacinal foram efectuadas 17 colheitas de sangue

para pesquisas serológicas.

Quadro 19 - Vacinação Anti-Tetânica

Reforços Administrados H M Total

TOTAL 7 27 34

Quadro 20 - Vacinação Anti-Gripe

H M Total

TOTAL 54 196 250

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Página 39 de 91 Relatório e Contas 2008

Quadro 21 - Actividades de Enfermagem

H M Total

Avaliação de TA e Pulso 53 81 134

Avaliação de Glicémia Capilar 5 9 14

Avaliação de Colesterol e Triglicéridos 7 12 19

Educação para a saúde (aconselhamento individual não incluído nos Exames de Saúde)

33 44 77

À semelhança de anos anteriores realizou-se o Rastreio de Factores de Risco de Doença

Cardiovascular de 5 a 16 de Maio, dirigido a todos os trabalhadores interessados, tendo-se

avaliado, entre outros, os seguintes parâmetros: Colesterolémia, Trigliceridémia e Glicemia

capilares, Índice de Massa Corporal, Perímetro Abdominal e Tensão Arterial. Contámos com

a colaboração de Nutricionista do HDS para aconselhamento nutricional aos trabalhadores

rastreados de risco.

Formação

A formação é um processo organizado de educação graças ao qual as pessoas podem

enriquecer os seus conhecimentos, desenvolver as suas capacidades, atitudes e

comportamentos e melhorar as suas qualificações técnico-profissionais. Todos os nossos

colaboradores estão cada vez mais conscientes da necessidade permanente da

aprendizagem ao longo da vida.

Pela especificidade das profissões dos nossos colaboradores, há uma busca constante de

aprendizagem que se traduz na participação de congressos, jornadas, colóquios, sessões

clínicas quer em Portugal quer no Estrangeiro por parte do grupo profissional dos Médicos

mas também dos Enfermeiros, Técnicos de Diagnósticos e Técnicos Superiores que

procuram a actualização constante dos seus saberes frequentado mestrados, pós

graduações, cursos de especialização, etc. com objectivo de melhorar as suas

competências, e que em 2008, houve cerca de 10.000 h de dispensa para formação no

exterior.

Há também a componente da formação interna a que corresponde a execução do plano de

formação e a formação em serviço realizada especialmente pelo grupo dos enfermeiros nos

diversos serviços sendo eles quem manifestam as necessidades, planeiam e organizam as

sessões sendo à posterior remetidas para o serviço de formação para registo e emissão dos

certificados de participação.

Existem também sessões clínicas nos diversos serviços organizados pelos médicos.

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Página 40 de 91 Relatório e Contas 2008

Volume de Horas de Formação realizadas

Quadro 22- Horas de Formação

2006 2007 2008

N.º Horas formação interna 11.538 10.622 9.681

N.º Horas formação externa 7.416 8.669 9.701

TOTAL 18.954 19.291 19.382

O volume de horas de formação corresponde ao tempo efectivo utilizado em formação, ou

seja, o número de horas de cada acção é multiplicado pelo número de participantes.

Formação Interna

Quadro 23 - Formação Interna de Efectivos

Horas N.º Participantes

Pessoal Dirigente 42 4

Médicos 433 60

Pessoal em Formação Pré-Carreira 127 9

Técnicos Superiores Saúde 99 9

Técnicos Superiores 497 13

Técn. Diagnast.Terap. 883 39

Enfermeiros 4.730 343

P. Informática 32 2

Assistente Técnico 835 53

Assistente Operacional 2.003 109

TOTAL 9.681 641

O grupo profissional com maior número de horas internas sãos os enfermeiros seguidos dos

Assistentes Operacionais.

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Formação Externa

Quadro 24 - Formação Externa de Efectivos

Dias Horas N.º Participantes

Pessoal Dirigente 1 8 1

Médicos 645 4.705 119

Formação Pré-Carreira 388 3.259 61

Téc. Sup. Saúde 31 217 8

Técnicos Superiores 27 211 14

Técn. Diagnost.Terap. 82 605 31

Enfermeiros 90 649 30

P. Informática 5 40 2

Assistente Técnico 1 7 1

TOTAL 1.270 9.701 267

Na formação externa os participantes são maioritariamente médicos, e o custo para o

hospital traduz-se pelo valor das horas não trabalhadas.

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5.3. INDICADORES DE ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA Custos, Proveitos e Resultados A demonstração dos resultados do Exercício de 2008 evidencia a dependência orçamental

de uma verba de convergência que se tem manifestado insuficiente para a promoção do

equilíbrio. Quadro 25- Demonstração dos Resultados

2006 2007 2008 Orçamento Desvio %

PROVEITOS E GANHOS

Vendas 552.476 235 1.367 100 1.267 1266,8%

Prestações de serviços 55.726.908 63.879.468 66.382.449 67.525.158 -1.142.709 -1,7%

Transferências Sub. Obtidos 576.186 92.857 7.868 50.000 -42.132 -84,3%

Proveitos suplementares 219.316 258.842 264.198 255.793 8.406 3,3%

Outros proveitos/ganhos oper. 238.502 887.748 1.211.035 700.000 511.035 73,0%

Total de Ganhos e proveitos oper. 57.313.388 65.119.150 67.866.916 68.531.050 -664.134 -1,0%

CUSTOS E PERDAS

CMVMC 20.123.344 19.454.510 20.916.916 20.538.960 377.956 1,8%

Fornecimentos e serviços externos 10.295.421 9.503.546 10.339.750 9.785.360 554.390 5,7%

Custos com o pessoal 39.963.751 40.805.777 42.727.742 39.963.751 2.763.991 6,9%

Outros custos e perdas operacionais 76.922 42.266 37.905 54.780 -16.875 -30,8%

Custos e Perdas Operacionais 70.459.436 69.806.099 74.022.313 70.342.851 3.679.462 5,2%

Cash-Flow Operacional -13.146.048 -4.686.949 -6.155.397 -1.811.800 -4.343.596 239,7%

Amortizações do exercício 1.304.777 1.613.795 1.550.956 1.600.000 -49.044 -3,1%

Ajustamentos do exercício 0 0 0 500.000 -500.000 -100,0%

Provisões do exercício 0 2.851 9.230 0 9.230 #DIV/0!

Resultado Operacional -14.450.825 -6.303.596 -7.715.582 -3.911.800 -3.803.782 97,2%

Resultados Financeiros 648.352 495.085 467.388 388.000 79.388 20,5%

Resultados Extraordinários -91.836 752.750 -793.402 400.000 -1.193.402 -298,4%

Resultado Líquido -13.894.309 -5.055.760 -8.041.597 -3.123.800 -4.917.797 157,4%

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 43 de 91 Relatório e Contas 2008

Mesmo com a preocupação de grande contenção de custos, a todos os níveis, sem contudo

deixar de apresentar elevados níveis de produção e de actividades enquanto potenciadoras

de proveitos, o Hospital viria a encerrar o exercício com um Resultado Líquido negativo de

8.041.597€.

Efectivamente o Resultado Líquido contratualizado era (3.123.800€) e o realizado situa-se

nos (8.041.597€), desvio potenciado por menos proveitos e mais custos do que os

contratualizados.

RESULTADOS OPERACIONAIS

Proveitos – No que respeita aos Proveitos Operacionais, 97,8% dos quais provenientes da

prestação de serviços, o valor alcançado é superior em 4,2% ao valor registado em 2007,

mas ficou cerca de 1% abaixo do contratualizado, correspondendo a menos 664.134€. Este

desvio justifica-se não só pela produção (principalmente nos GDH´s Cirúrgicos Urgentes)

mas também aos Programas Verticais e Verba de Convergência Variável.

De notar que por ter ultrapassado o número de GDH Médicos no Internamento, o Hospital

foi penalizado em quase 493.000€, não tendo forma de o evitar tal foi a pressão da Urgência

sobre o Internamento, fundamentalmente de Medicina Interna.

No que respeita aos GDH´s Cirúrgicos Urgentes , resultando directamente da procura,

diminuem à medida que melhora a resposta as listas de espera cirúrgicas prioritárias.

Os Programas Verticais apresentaram um desvio de (91.472€) que se deveu aos

Medicamentos de cedência em ambulatório, uma vez que só puderam ser considerados os

doentes com Hepatite C e Esclerose Múltipla apresentando um desvio negativo de

254.412€, o Internato Médico com desvio negativo de 80.015€ devido à saída de 5 internos

do ano comum. As Clínicas Psiquiátricas e a IVG Medicamentosa também apresentaram

desvios negativos. A Doença de Gaucher apresentou um desvio favorável em 230.958€,

uma vez que passaram a existir 3 doentes com esta patologia.

No que diz respeito à Verba de Convergência Variável, atribuível em função do cumprimento

de um conjunto variado de objectivos de produção e de desempenho orçamental, o Hospital

teve um grau de cumprimento de 48%, tendo sido prejudicado pelos objectivos ambiciosos

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 44 de 91 Relatório e Contas 2008

da % de primeiras consultas de Oftalmologia e pela resolução da Lista de Espera Cirúrgica

há mais de 9 meses para Ortopedia, assim como o objectivo demasiado ambicioso de

crescimento zero dos Custos com Pessoal.

CUSTOS OPERACIONAIS

Tendo em atenção as dificuldades evidenciadas no ano anterior, o Conselho de

Administração delineou uma estratégia e tomou um vasto conjunto de medidas que

permitissem controlar, com mais efectividade os custos, particularmente os operacionais.

Globalmente os custos operacionais cresceram face ao ano anterior 5,8% e o desvio

contratualizado atingiu os 4,3%.

As rubricas mais responsáveis por estes desvios estão nos custos com pessoal, cujo peso é

sempre relevante por natureza, incorporando factores que escapam ao controlo directo do

Hospital como seja a actualização anual de salários, determinada superiormente.

Analisando as rubricas dos custos operacionais temos:

Consumos Os consumos registam, na sua totalidade, um desvio de 1,8% face ao orçamentado,

contribuindo negativamente para tal o Material de Consumo Clínico e o Material de

Reparação e Conservação. O primeiro ficou a dever-se a um ambicioso programa de

recuperação de listas de espera cirúrgica de patologias ortopédicas, cujo número e tempo

de espera teimavam em agravar-se. O segundo, material de reparação e conservação,

resulta consequentemente de sub-orçamentação, sabendo-se que a realidade das

instalações e dos equipamentos do Hospital, próximos de trinta anos de funcionamento

intensivo exigiriam um esforço orçamental significativo que só não foi superior mercê de

uma boa programação que permitiu calendarizar para 2009 e anos seguintes medidas

imperiosas.

Muito importante foi a contenção alcançada no consumo de medicamentos onde foi possível

ficar aquém do orçamentado apesar da enorme pressão sofrida pelas actividades das áreas

das patologias oncológicas e da Infecciologia, ambas permanentemente influenciadas por

ofertas cada vez mais eficazes e geralmente mais caras, comprometendo objectivos e

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resultados, mas com a afirmação inequívoca dos profissionais médicos de garantia de maior

qualidade e de aumento da esperança de vida.

Os Reagentes aumentaram em 6% face a 2007 e tiveram um desvio de 3,8% face ao

Orçamento. A Patologia Clínica e o Laboratório de Imunohemoterapia foram os que mais

aumentaram o consumo de Reagentes. Relembremos que a actividade da patologia Clínica

aumentou 11,5% em 2008, assim como o Laboratório de Imunohemoterapia que registou

um acréscimo de actividade de 9,9%. Estes são os dois Serviços grandes consumidores de

reagentes.

Nos Materiais de Consumo Hoteleiro registaram-se acréscimos face ao ano anterior cerca

de 5% e ao orçamentado de 5% não constituindo valor relevante.

Na área do Consumo Administrativo assistiu-se a uma diminuição face ao ano anterior de

4% e -15,6% face ao orçamentado.

Quadro 26 - Custo Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas

Realizado Realizado Orçamento Desvio

2007 2008 2008 Absoluto %

Produtos Farmacêuticos 13.962.121 14.879.263 14.865.760 13.503 0,1%

Medicamentos 11.910.195 12.713.109 12.769.120 -56.011 -0,4%

Reagentes e prod. de diagnóstico rápido 1.775.132 1.882.139 1.813.814 68.325 3,8%

Outros produtos farmacêuticos 276.794 284.016 282.826 1.190 0,4%

Material Consumo Clínico 4.617.809 5.078.136 4.819.360 258.776 5,4%

Produtos alimentares 317 507 1.040 -533 -51,3%

Material Consumo Hoteleiro 281.169 295.149 280.800 14.349 5,1%

Material Consumo Administrativo 137.067 131.696 156.000 -24.304 -15,6%

Material de Manutenção e Conservação 456.028 532.165 416.000 116.165 27,9%

19.454.510 20.916.916 20.538.960 377.956 1,8%

Em relação aos Custos de Manutenção e Conservação, era um dado adquirido estarmos

perante uma sub-orçamentação, embora constituísse um objectivo a atingir. Efectivamente

as necessidades imperiosas de manter um programa permanentemente de recuperação e

beneficiação de instalações e equipamentos geraram desequilíbrio que se evidencia no

quadro.

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Página 46 de 91 Relatório e Contas 2008

Fornecimentos e Serviços Externos Na rubrica Fornecimentos e Serviços Externos registámos um aumento de 836.204€ face ao

verificado em 2007 e 5,7% acima do orçamentado. Nesta parcela dos FSE estão incluídos

os Subcontratos que tiveram uma variação de 8,6% e um desvio de +7,8% do orçamentado.

Quadro 27 - Fornecimentos e Serviços Externos

Realizado Orçamento Desvio

2008 2008 Absoluto %

Subcontratos Trabalhos executados no exterior 4.101.036 3.805.360 295.676 7,8%

SUB-TOTAL 4.101.036 3.805.360 295.676 7,8%Fornecimentos e Serviços

Fornecimentos e serviços Externos I 569.767 551.200 18.567 3,4% Fornecimentos e serviços Externos II 858.566 988.000 -129.434 -13,1% Fornecimentos e serviços Externos III Conservação e reparação 823.948 908.685 -84.738 -9,3% Vigilância e segurança 327.608 312.141 15.467 5,0% Serviço de alimentação 1.019.746 996.766 22.980 2,3% Serviço de limpeza, higiene e conforto 286.731 285.613 1.117 0,4% Serviço de lavandaria 410.502 399.580 10.922 2,7% Outros 1.884.553 1.413.214 471.339 33,4%

Outros Fornecimentos e Serviços Externos 57.293 124.800 -67.507 -54,1%SUB-TOTAL 6.238.713 5.980.000 258.713 4,3%

TOTAL 10.339.750 9.785.360 554.390 5,7%

O desvio dos Subcontratos justifica-se pela rubrica “Internamento e Transporte de

Doentes” nomeadamente a pela rubrica ”Bombeiros” que apresenta um desvio desfavorável

de 157.730€ e a rubrica “Transportes Públicos (Táxis)” de 60.469€.

Nos Fornecimentos e Serviços Externos o desvio provém dos “Outros”, sendo

especificamente da conta “Outros Trabalhos Especializados” relativo ao trabalho

desenvolvido por empresas para a prestação de serviços médicos nos serviços de urgência

com bons níveis de qualidade para os utentes do HDS, mas a preço/hora muito elevado,

num “mercado” que urge regulamentar.

A rubrica de Outros verdadeiramente decisiva neste desequilíbrio de custos, é composta na

sua maioria, cerca de 94% por transportes de doentes em ambulatório, fundamentalmente

Bombeiros e Táxis. Em ambos os casos por razões de transferências de doentes, ou por

deslocações para a realização de Meios Complementares de Diagnóstico ou de Terapêutica

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Página 47 de 91 Relatório e Contas 2008

assumindo neste segundo caso particular relevância as deslocações de doentes em Táxi

para a realização de terapêutica em radioterapia.

O Hospital de Santarém é o quinto Hospital a nível nacional com maior casuística

oncológica, com cerca de mil novos casos por ano, aos quais é necessário assegurar

cuidados para os quais não dispõe de recursos necessários e suficientes.

Custos com Pessoal Globalmente os Custos de Pessoal cresceram face ao exercício de 2007 cerca de 4,7%,

num montante de 1.921.965€, apesar do número de efectivos não ter variado de forma

significativa face ao ano anterior.

Esta verba decompõe-se facilmente em duas parcelas: Ordenados com 859.866€ e

Remunerações Adicionais com 902.687€.

A primeira inclui os custos com o aumento de 2,1% de actualização oficial a o aumento do

número de médicos em Formação e Contrato Individual de Trabalho.

A segunda, Remunerações Adicionais é composta fundamentalmente por 223.803€ de

aumento nas Horas extraordinárias médicas no Serviço de Urgência e 389.490€ de

pagamento de Produção Adicional para a realização de Programas operatórios de

recuperação de listas de espera, especialmente em Ortopedia, Cirurgia Vascular e Cirurgia

Geral.

O Subsídio de Férias e de Natal crescem 3,2% pelas mesmas razões apresentadas para o

crescimento dos custos com Ordenados.

A rubrica de Encargos sobre Remunerações (645) tem o crescimento mais expressivo, no

valor de 396.126€, fundamentalmente por sub–orçamentação, mas também pelos 2,1%.

6452- Segurança Social dos funcionários Públicos – desvio de 158.216€ e uma diminuição

de 71.859€;

6453- Segurança Social do Regime Geral – desvio de 555.480€ e aumento de 467.985€.

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Quadro 28 - Custos com Pessoal

2007 2008 Variação

Valor %

Remunerações dos órgãos sociais 292.584 290.242 -2.342 -0,8%

Remunerações do pessoal

Ordenados 22.345.833 23.205.699 859.866 3,8%

Horas extraordinárias 4.991.188 5.214.991 223.803 4,5%

Noites e Suplementos 1.911.058 1.999.466 88.407 4,6%

PECLEC/SIGIC 618.466 1.007.957 389.490 63,0%

Subsídio de férias e subsídio de Natal 3.801.016 3.923.406 122.391 3,2%

Outros 1.921.315 2.002.253 80.938 4,2%

SUB-TOTAL 35.881.461 37.644.014 1.762.553 4,9%

Encargos sobre remunerações 4.470.888 4.867.015 396.126 8,9%

Outras despesas com o pessoal 453.428 216.714 -236.714 -52,2%

Estimativa para prémios de desempenho 0 0 0 #DIV/0!

TOTAL 40.805.777 42.727.742 1.921.965 4,7%

Considerando a conjuntura, os custos com pessoal têm uma importância relevante no

desempenho orçamental do Hospital

As Amortizações do Exercício registam um decréscimo de 4% face ao ano anterior como

resultado do aperfeiçoamento do processo do Inventário. As amortizações acumuladas

atingem uma grande dimensão devido aos equipamentos estarem afectos ao Hospital desde

a sua constituição.

Os Ajustamentos do exercício têm um significado que confirma a melhoria da informação

para a gestão e a eliminação de situações que determinam a utilização de valores

substanciais para este efeito. Não foram feitos ajustamentos no final de 2008, tendo se

contabilizado uma redução da provisão de cobrança duvidosa.

Nas Provisões do exercício foi efectuado um aumento na provisão para depreciação de

existências, pelos bens sem movimentos há mais de um ano nos Serviços de

Aprovisionamento e Farmácia.

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As restantes rubricas dos Custos Operacionais não tem grande expressão no total de

Custos.

RESULTADOS FINANCEIROS

Proveitos 24% acima do orçamentado e 3% abaixo do registado em 2007.

Custos percentualmente expressivos mas de baixo valor real, 62% acima do orçamentado

em 148% e 62% acima do verificado em 2007.

RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

Proveitos extraordinários em sintonia com o orçamentado e, tal como esperado, cerca de

62% abaixo do verificado no ano anterior e um desvio de -36%. Estes Proveitos revelam,

acima de tudo, o efeito de um grande esforço e cuidado no tratamento da informação

financeira nas especializações e facturações emitidas. Confirma a melhoria no sistema de

facturação.

Os Custos Extraordinários representam 2% no total dos Custos, registaram um aumento de

280.650€ e 756.605€ acima do orçamentado. O aumento e o desvio justifica-se

principalmente pelos custos de MCDT`s e Oxigénio facturado pela Sub- região que não

foram especializados no ano 2007 (valor de 40.337€) , pela transferência do valor de

pensões cuja responsabilidade não é do HDS, EPE (no valor de 697.441€), pela

insuficiência de estimativa das férias, sub - férias e encargos pagos em Junho de 2008 e

especializados em 2007 (valor de196.051€) e Outros custos com pessoal com valor de

178.305€ relativos aos custos com comparticipações à ADSE que não foram especializados

no ano anterior.

ANÁLISE DO EQUILÍBRIO FINANCEIRO

O equilíbrio financeiro do Hospital não está assegurado e a evolução esperada justifica uma

abordagem que reflicta mais profundamente sobre a natureza e os níveis da actividade

desenvolvida.

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Indicador 2007 2008

Fundo de Maneio 2.255.596 -6.068.332

O Fundo de Maneio inverteu o sentido, considerando o pagamento a fornecedores

efectuado no ano 2008, ficando com um prazo médio de pagamentos de 90 dias.

Indicador 2007 2008

Autonomia Financeira 18,45 -0,79

A Autonomia Financeira reflecte a diminuição do Capital Próprio e situa-se em -0,79,

bastante abaixo ao registado em 2007 (18,45), o que se compreende pelos resultados

obtidos, embora explicitamente demonstrados. O Hospital passou a ter um Capital Próprio

negativo.

Indicador 2007 2008

Solvabilidade 22,63 -0,79

A Solvabilidade é o indicador que melhor espelha a dificuldade do Hospital para manter

capacidade de pagar dívidas em prazos aceitáveis. A não libertação de fundos, embora

tenha havido um esforço de cobrança, conjugado com o empréstimo obtido traduz-se num

agravamento da solvabilidade.

Indicador 2007 2008

Liquidez Geral 1,07 0,85

A Liquidez Geral tem um comportamento correlacionado com o indicador anterior.

Indicador 2007 2008

Rentabilidade de Capitais próprios -66 2.546

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A Rentabilidade de Capitais Próprios aumentou muito significativamente tendo em

consideração o Resultado Líquido atingido e um Capital Permanente negativo.

Este conjunto de indicadores revela, acima de tudo, que o Hospital de Santarém ainda não é

uma empresa económica e financeiramente estável e equilibrada e que a sua

sustentabilidade não dispensa, nesta conjuntura e nestes volumes e natureza de

actividades, uma verba de convergência que permita consolidar um modelo de recuperação.

Investimentos

Tendo em consideração o contexto de grande constrangimento orçamental em anos

sucessivos, em que não foi possível gerar fundos que pudessem ser dirigidos a acções de

investimento estrutural, todas as que foram desenvolvidas em 2008 visaram garantir a

manutenção da capacidade instalada, quer numa perspectiva quantitativa, quer de

qualidade e de diferenciação, embora quanto a esta última, sempre que foi possível, tenham

sido introduzidos factores de avanços técnicos ou tecnológicos, mantendo o Hospital a par

do que melhor se faz ao nosso nível de diferenciação.

Ao nível das Instalações, Edifícios e outras Construções (422), foi adquirido um

permutador de calor e a Rede de Gases Medicinais.

Quanto ao Material Médico-cirúrgico (4231) a preocupação dominante esteve em garantir

que todos os serviços dispunham em cada momento dos equipamentos necessários e

suficientes para os níveis de actividade que foram contratualizados e que eles

correspondiam a um padrão de funcionamento de qualidade elevada.

Foram adquiridos equipamentos que permitiram melhorar de forma significativa as

potencialidades de alguns sectores como:

- Microscópio Cirúrgico para ORL

- Torre de Laparoscopia e Videocirurgia para o Bloco Operatório

- Vídeo Colonoscopia

- Upgrade da Central de Monitorização da Cardiologia

- Central de Monitorização

- ElectroBisturis

- Ecógrafo

- Incubadoras para Neonatologia

- etc.

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A renovação total empreendida no Serviço de Esterilização obrigou à aquisição de dois

autoclaves, no montante de 109.523€, justificado pela grande dinâmica de actividade

cirúrgica nos Blocos Operatórios.

Na área da Imagiologia (4232) não foi possível adquirir equipamentos, mas iniciaram-se as

Obras naquele serviço com intuito de melhorar as condições de desempenho dos

profissionais de saúde e de atendimento dos doentes, em número crescente.

Na área Laboratorial, nomeadamente a Patologia Clínica e a Anatomia Patológica,

ambas em processo de acreditação, embora em fases muito distintas, foi necessário adquirir

novos equipamentos para responder mais cabalmente a grande afluência de utentes e

exigência dos profissionais.

No Mobiliário Hospitalar realçamos a aquisição de camas hospitalares para vários

Serviços, melhorando assim o seu parque de camas que se encontrava muito deteriorado

quer pela sobre utilização a que tem sido sujeito, quer ainda por serem as originais do

Hospital (1983). Este plano de renovação das camas é plurianual e terminará com a

substituição integral das camas antigas, à medida que se vão tornando obsoletas e

irrecuperáveis.

O Imobilizado em Curso, em acções, em Instalações e Equipamentos em diversos Serviços

foi contabilizado em 491.875€, devendo ser concluídas durante o ano de 2009.

O Conselho de Administração do Hospital preocupou-se em garantir a manutenção da

estrutura e melhorar as condições de acolhimento, de atendimento e de tratamento dos

doentes, tentando com elas que os profissionais se sintam igualmente confortados com as

suas condições de trabalho salvaguardando níveis de risco assistencial e potenciando a

melhoria da prestação de cuidados, a todos os níveis.

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6. DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO E ACTIVIDADE PARA 2009 6.1. Actividade Assistencial para 2009

Em termos gerais o Hospital promoverá uma maior ambulatorização da sua actividade pelo

que deseja uma diminuição do número de doentes saídos do internamento, face ao

registado em 2008, tentando garanti-lo com uma demora média mais próxima dos 7 dias.

A taxa de ocupação deverá voltar aos 82%, significando uma melhoria da utilização do

internamento, considerando que os 88% verificados em 2008 incluíram longos períodos

onde ficou demonstrado que a qualidade foi sacrificada.

Quadro 29 - Objectivos para 2009

As consultas externas reflectem a diminuição do número de médicos em algumas

especialidades ou havendo os mesmos médicos, a redução da sua carga horária semanal.

De qualquer forma será feito um esforço para não prejudicar a acessibilidade, promovendo

um maior número de primeiras consultas.

Doentes Saídos (sem Berçario) 16.431

Dias de Internamento 115.536

Demora Média 7,03

Taxa de Ocupação 82,65%

Total Consultas Médicas 131.700

Primeiras Consultas Médicas 38.579

Doentes IntervencionadosCirurgia Convencional Programada

2.991

Cirurgia Urgente 1.453

Cirurgia de Ambulatório 3.216

Cirurgia Adicional (Conv.+Amb.) 1.235

Admissões na Urgência

Geral 81.000

Obstétrica 8.695

Pediátrica 38.844

Sessões Hospital Dia 10.814

GDHs Médicos Ambulatório 6.930

GDHsHospital DiaBloco

Operatório UrgênciaInternamento Consulta

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A actividade cirúrgica crescerá mais de 6,1% fundamentalmente em ambulatório,

rentabilizando a capacidade entretanto instalada e contribuindo para a redução das listas de

espera cirúrgicas.

Tudo será feito para que a excessiva afluência de doentes de patologias médicas não

comprometa a actividade cirúrgica, como sucedeu em finais de 2008 e ainda na primeira

quinzena de 2009.

Quanto ao Serviço de Urgência tudo será feito para conter o seu crescimento, esperando-se

que não supere os 2%, contudo é uma porta aberta 24/24 horas todos os dias do ano e o

seu sucesso dependerá muito da resposta que for oferecida a montante do Hospital,

nomeadamente nos cuidados primários.

6.2. Investimento Estratégico

Oportunidade Desenvolvimento Impacto Esperado Datas de Execução

Melhorar a oferta de cuidados

Aumentar a acessibilidade Combate às Listas de Espera Reforço da diferenciação

Redução dos tempos de espera e das listas de espera

2009/2011

Promoções de Imagem do Hospital e Qualidade

Melhorar a política de comunicação Inquéritos de Satisfação Acreditação do LAP

Maior identificação dos utentes com o Hospital e as suas potencialidades

2009

Potenciar as actividades mais diferenciadas como afirmação do Hospital

Manter e promover os níveis técnicos e tecnológicos Garantir a sustentabilidade

destes serviços com angariação de recursos, incluindo os humanos

Maior satisfação de utentes e melhor realização dos profissionais

2009/2011

Política de Recursos Humanos

Dimensionar permanentemente a estrutura às necessidades do Hospital Diferenciação contínua Satisfação das necessidades

dos serviços Acolhimento e incentivos à

fixação

Dispor em cada momento dos RH necessários e adequados à realidade dos cuidados a prestar em quantidade, igualdade e diferenciação

2009

Sustentabilidade Económica e Financeira do Hospital de Santarém

Revisão da Estrutura de custos das áreas de produção Utilização mais eficiente dos

recursos disponíveis Produção do HDS para fora do

SNS Procura de novas fontes de

financiamento

Aproximação

custos/preços. Aumento da

eficiência e equilíbrio orçamental. Promoção da

2009/2011

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 55 de 91 Relatório e Contas 2008

Oportunidade Desenvolvimento Impacto Esperado Datas de Execução

Racionalizar o recurso ao exterior

integração de serviços SNS

Politica de Investimentos

Recursos Próprios

Parcerias

Substituição e modernização de Instalações e Equipamento do RX Ampliação, renovação e

apetrechamento Urgência, Bloco de Partos e da

Maternidade Substituição progressiva do

parque de camas

Modernização da

estrutura de funcionamento. Melhoria das

condições de trabalho e de produtividade

2009/2011

Sistema de Informação e “inteligência” interna

Extensão integrada a todos os serviços dos sistemas de informação, de acordo com a sua natureza e função Abandono progressivo dos

sistemas manuais e de papel Monitorização integral das

actividades e de suporte

Aperfeiçoamento

do modelo de funcionamento. Gestão melhor

apoiada pela informação

2008/2010

Promoção das acções de integração de cuidados na rede SNS

Projectos conjuntos com os Cuidados Primários, aproveitando os ACES e as USFS Protocolos por especialidade P1 Alargamento dos Cuidados

Continuados Cuidados de Convalescença Complementaridade com o

Médio Tejo

Melhor saúde,

para as populações obtida com mais eficiência e racionalização de recursos na região

2009/2011

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Página 56 de 91 Relatório e Contas 2008

7. ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE DO HOSPITAL NOS DOMÍNIOS ECONÓMICO, SOCIAL E AMBIENTAL O Contrato Programa e o Orçamento negociados para o exercício constituíram, à partida,

um contributo pouco significativo para uma recuperação mais consolidada da situação

económica e financeira do Hospital, apesar da utilização de uma Verba de Convergência de

componente fixa e variável que continua a revelar-se muito insuficiente.

Para o cumprimento das metas e objectivos estabelecidos e negociados foi necessária a

adopção de uma estratégia que potenciasse a utilização dos recursos fazendo-o ao mais

baixo custo e promovendo níveis de actividade de que resultassem proveitos geradores de

resultados mais satisfatórios.

Em termos gerais não foi atingida uma parte significativa dos objectivos e metas fixadas.

Na perspectiva assistencial foram cumpridas muitas das metas fixadas, embora algumas

tivessem ficado aquém do estimado.

Apesar disso estes resultados assistenciais foram alcançados com uma muito criteriosa

utilização de recursos, evitando desperdícios.

As principais dificuldades que constituem, ou podem vir a constituir riscos para a actividade

e para o futuro do Hospital prendem-se com a incerteza de angariação de recursos que são

decisivos para a sua sustentabilidade, nomeadamente os recursos humanos mais

diferenciados, cuja contratação é mais difícil, comprometendo a actividade assistencial mais

diferenciada e os recursos orçamentais, comprometendo o equilíbrio financeiro essencial

para a consolidação da estabilidade da empresa.

O reforço da estrutura departamental permitiu melhorar o funcionamento da gestão

empresarial responsabilizando os diversos níveis de intervenção, acompanhamento e

controlo das actividades desenvolvidas.

O Hospital praticou uma política de promoção de igualdade de oportunidades não

discriminando e dando garantias de total respeito pelos direitos humanos, quer para com os

seus recursos, quer para os utentes e doentes.

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 57 de 91 Relatório e Contas 2008

O reconhecimento das competências e das capacidades dos profissionais foi realçado e

fortalecido com um vasto plano de formação que envolveu 641 trabalhadores.

Não perdendo nunca o sentido do serviço público, foi garantida toda a atenção pelo

direito à saúde consagrado na Constituição, procurando assegurar os melhores e os

mais adequados cuidados às necessidades das populações.

O Hospital melhorou o seu funcionamento incorporando novos sistemas de informação,

nomeadamente ao nível da logística, conferindo-lhe melhor operacionalidade e reduzindo

custos, inclusivamente no controlo de desperdícios.

A extensão da gestão integrada do medicamento a um maior número de serviços continuará

a ser uma acção fundamental de melhoria.

No futuro de curto e médio prazo (2009-2011), o Hospital manterá todos os esforços para

desenvolver um vasto conjunto de programas de modernização, contemplando todas as

vertentes operacionais e de gestão.

A dificuldade de manter elevados níveis de operacionalidade em Áreas e Serviços onde a

estrutura de custos está largamente acima dos proveitos constitui um factor decisivo para o

crónico desequilíbrio orçamental.

São determinantes neste contexto o Serviço de Urgência, O Hospital de Dia de Oncologia e

o Hospital de Dia de Infecciologia.

Quanto ao Serviço de Urgência, o elevado número de doentes que atende e especialmente

a sua natureza e o seu perfil clínico exigem recursos humanos de que o Hospital não

dispõe, quer em número quer em diferenciação exigindo um largo recurso diário a

prestadores externos a preços/hora acima do comportável.

Nos Hospitais de Dia atrás referidos é o custo crescente das fórmulas terapêuticas que

desequilibram a relação preço-custos, sendo que na generalidade das sessões clínicas o

preço praticado nem cobre sequer o custo dos medicamentos utilizados.

Não deixaremos contudo de dar satisfação integral aos cuidados de que carecem os

doentes, fazendo-o cada vez mais com políticas e práticas de rigor e austeridade que

contribuam para promover a melhoria do desempenho orçamental.

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8. AVALIAÇÃO SOBRE O GRAU DE CUMPRIMENTO DOS PRINCÍPIOS DO BOM GOVERNO Estará sempre presente a preocupação do cumprimento das regras e dos princípios do Bom

Governo consubstanciado nos compromissos assumidos pelo Hospital para com as

populações que serve, a vontade deliberada de satisfazer sempre as suas necessidades em

saúde, embora o quadro persistentemente deficitário do orçamento que cobre as actividades

dificulta melhores resultados.

A diminuição da capacidade negocial nos processos de angariação dos recursos

necessários e suficientes para o desenvolvimento das actividades do Hospital, assistenciais

e outras, não permite por vezes a obtenção dos melhores resultados.

O Deficit Orçamental e as dificuldades de Tesouraria são as principais razões para a não

obtenção de condições mais favoráveis na colocação de recursos ao melhor custo e para a

satisfação das necessidades operacionais.

Tal não é razão para que não se procure e geralmente consiga cumprir as regras e os

princípios do Bom Governo, sabendo que estão a ser cumpridas as obrigações do Hospital

para com as populações que serve, de forma eficiente, economicamente sustentada e

promovendo o sucesso do Serviço Nacional de Saúde.

No ano de 2009 será levado a cabo mais um Inquérito de Satisfação de Utentes que permita

avaliar o nível e a qualidade apercebida pelos utilizadores.

O Hospital elabora anualmente Planos de Acção e Relatórios de Actividade, definindo

objectivos, contratualizando níveis e volumes de actividade.

O Hospital de Santarém presta contas nos termos superiormente definidos pelo Ministério

da Saúde e pelo Ministério das Finanças.

Mensalmente é elaborado e amplamente divulgado e discutido um report das actividades e

do desempenho, envolvendo todos os profissionais.

Trimestralmente submetem-se a Auditoria Externa do Fiscal Único o Relatório de Execução

do Plano de Desempenho e o da Execução Orçamental, cuja análise e parecer é submetido

ao conhecimento das entidades superiores.

O Auditor Interno assegura acções programadas de acordo com as suas competências,

relatando os Resultados às Entidades competentes.

O Hospital respeita a faz respeitar a sua Carta de Missão, realiza a Visão e cultiva os

Valores por que pauta a sua actividade.

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 59 de 91 Relatório e Contas 2008

9. INFORMAÇÃO SOBRE AS TRANSACÇÕES RELEVANTES COM ENTIDADES RELACIONADAS

Na perspectiva da Despesa os dez fornecedores mais significativos para o Hospital de

Santarém são identificados no quadro seguinte:

Fornecedor Volume Facturas Recebidas 2008

ROCHE FARMACÊUTICA 1.699.561

ABBOTT LABORATORIOS, LDA. 1.435.542

JOHNSON & JOHNSON, MEDICAL 1.333.462

GENZYME PORTUGAL, SA 1.050.481

UNISELF 1.019.603

GENZYME PORTUGAL, SA 1.050.481

SANOFI-AVENTIS PROD.FARMACÊUTICOS 819.652

S.U.C.H 811.796

LABESFAL 794.036

BOMB. VOLUNTÁRIOS PERNES 776.659

CAIXA GERAL DE APOSENTAÇÕES 761.295

Na perspectiva da Receita as transacções mais relevantes foram:

ACSS (administração Central do Sistema de saúde) - 60.050.422€

ADSE - 6.571.944€

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 60 de 91 Relatório e Contas 2008

10. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ORGÃOS SOCIAIS

10.1. Conselho de Administração

Remunerações 2007 Presidente Vogal Executivo

Director Clínico

Enfermeiro Director

1. Remuneração

1.1. Remuneração base x 14 58.858,52 69.588,55 73.273,20 36.804,18

1.2. Horário acrescido x 14 13.617,52

1.3. Rem. complementar x 12 4.462,80 4.462,80

1.4 Despesas de representação x 12 17.922,36 13.606,63

1.5 Prémios de Gestão

1.6 Adicional 2% 312,00 336,48

2. Outras regalias e compensações

2.4 Ajudas de custo 556,00

2.5. Subsídio de refeição 890,95 890,95 866,69 890,79

3. Encargos c/benefícios sociais

3.1. C.G.A. 5.885,86 6.990,07 7.747,30 5.441,40

3.4. A.D.S.E. 756,73 898,85 1.005,36 708,33

4. Informações edicionais

4.1 Opção p/vencimento origem S

Remunerações 2008 Presidente Vogal

Executivo Director Clínico

Enfermeiro Director

1.Remuneração 1.1. Remuneração base x 14 58.358,222 71.282,15 73.273,2 36.804,18

1.2. Horário acrescido x 14 13.617,52

1.3. Rem. complementar x 12 3.818,17 4.090,9

1.4 Despesas de representação x 12 17.900,29 13.589,4

1.5 Prémios de Gestão

1.6 Adicional 2% 318,6 343,56

2. Outras regalias e compensações

2.4 Ajudas de custo 232,93 69,63

2.5. Subsídio de refeição

3. Encargos c/benefícios sociais 888,4 892,27 863,74 912,74

3.1. C.G.A. (8.654,1)1 7.610,1 7.743,45 5.451,32

3.4. A.D.S.E. 765,66 921,2 1.004,5 709,64

4. Informações edicionais

4.1 Opção p/vencimento origem

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 61 de 91 Relatório e Contas 2008

10.2. Fiscal Único

Honorários 2008 2007

Fiscal Único 15.739 15.490

Auditorias às Contas 26.936 29.524

11. NOTA FINAL

O Relatório que agora concluímos pretendeu dar uma imagem rigorosa e exacta do estado

do Hospital de Santarém e das dificuldades que tem atravessado ao longo dos últimos anos

para conseguir ganhar uma tendência de consolidação e de estabilidade que permita fazer

acreditar que a sustentabilidade do projecto empresarial é possível e realizável a médio-

longo prazo.

A dependência de uma verba de convergência substancial e a continuada série de anos

com Resultados Operacionais e Resultados Líquidos negativos têm contribuído para um

agravamento sucessivo das dificuldades, por maior que seja o esforço em busca da

eficiência e dos melhores padrões de desempenho.

Servido por um modelo de financiamento que não leva em conta especificidades de cada

Hospital, o Hospital de Santarém confronta-se permanentemente, ano após ano com

elevados níveis de produção em áreas cuja actividade é remunerada muito abaixo do custo

e para a qual não dispõe de alternativa e/ou não pode suspender.

Actividades como o Serviço de Urgência, para o qual só o recurso a prestadores externos

consegue garantir uma resposta em tempo útil mas a custos não orçamentalmente

comportáveis. O preço não cobre 50% dos custos.

Actividades como o Pacing Cardíaco cujo preço do GDH apenas cobre 60% do preço do

dispositivo médico, ficando por suportar todos os custos restantes.

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 62 de 91 Relatório e Contas 2008

Actividades do Hospital de Dia de Oncologia cujo preço do GDH Médico de Ambulatório não

cobre sequer 50% do custo da Terapia, ficando por suportar todos os restantes custos.

(Cerca de 900 novos casos de patologia oncológica por ano)

Actividades do Hospital de Dia de Infecciologia cujo preço da sessão mal cobre o custo dos

medicamentos fornecidos, ficando por suportar todos os custos restantes.

O esforço organizativo e a motivação e o empenho dos profissionais perseguem níveis de

superação e de eficiência que permitam minimizar os efeitos daqueles desajustamentos,

promovendo o equilíbrio orçamental e a melhor e mais conseguida satisfação das

necessidades em saúde das populações que servimos.

O caminho traçado é longo mas o Conselho de Administração está confiante que o futuro se

está a alicerçar e que com a habitual entrega e dedicação de todos, teremos a certeza de

um Hospital melhor e de um projecto empresarial conseguido.

O Conselho de Administração

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 63 de 91 Relatório e Contas 2008

12. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS No cumprimento do estipulado no artigo 23º do Estatuto dos Hospitais EPE, deliberou o

Conselho de Administração do Hospital Distrital de Santarém, EPE propor que os

Resultados Líquidos do Exercício do ano de 2008 sejam levados a Resultados Transitados.

O Conselho de Administração

O Presidente

José Rianço Josué

O Vogal Executivo

José Francisco Correia Afonso Marouço

O Director Clínico

Francisco José Espinha Ribeiro de Carvalho

A Enfermeira Directora

Ilda Ferreira Batista Marmelo Silva Veiga

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 64 de 91 Relatório e Contas 2008

13. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS HOSPITAL DISTRITAL DE SANTARÉM, E.P.E

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E 2007

2008 2008 2007 2008 2007Activo Amortizações Activo Activo

ACTIVO Notas bruto e provisões líquido líquido FUNDOS PRÓPRIOS E PASSIVO Notas

IMOBILIZADO: FUNDOSL PRÓPRIOS:Imobilizações corpóreas: Património 2.32 29.930.000 29.930.000

Edifícios e outras construções 2.7 1.783.236 (271.693) 1.511.544 1.469.833 Reservas 2.32 2.641.517 2.538.712Equipamento básico 2.7 13.014.342 (10.035.457) 2.978.885 2.617.464 Resultados transitados 2.32 (24.845.768) (19.806.143)Equipamento de transporte 2.7 48.906 (47.428) 1.478 2.412 Resultado líquido do período 2.32 (8.041.597) (5.055.760)Ferramentas e utensílios 2.7 18.911 (14.662) 4.249 3.868 Total dos fundos próprios (315.848) 7.606.809Equipamento administrativo 2.7 4.345.001 (3.616.479) 728.522 1.199.099Outras imobilizações Córporeas 2.7 109.295 (27.529) 81.766 58.537Imobilizações em curso 2.7 446.040 446.040 - PROVISÕES 2.31 299.321 301.877

19.765.732 (14.013.248) 5.752.484 5.351.213CIRCULANTE:

Existências:Matérias-primas, sub e de consumo 2.33 1.572.699 (12.081) 1.560.618 1.408.849 DÍVIDAS A TERCEIROS - Curto prazo:

Empréstimos obtidos 2.44 20.653.911 -Dívidas de terceiros - Curto prazo: Adiantamentos de clientes 2.44 139.233 124.377

Clientes, conta corrente 2.42 8.649.186 8.649.186 5.690.815 Fornecedores, conta corrente 2.44 5.587.998 17.146.178Clientes de cobrança duvidosa 2.23/2.42 1.651.768 (860.991) 790.777 518.053 Facturas em recepção e conferência 2.44 - -Adiantamentos a Fornecedores 2.42 4.237 4.237 - Fornecedores de imobilizado, conta corrente 2.44 736.761 1.530.311Estado e outros entes públicos 2.42 220.985 220.985 161.544 Estado e outros entes públicos 2.44 1.193.456 1.102.100Outros devedores 2.42 1.175.058 1.175.058 865.908 Outros credores 2.44 5.427.642 7.541.390

11.701.234 (860.991) 10.840.243 7.236.320 33.739.001 27.444.357

Titulos Negociáveis:Outras aplicações de tesouraria 8.000.000 8.000.000

Depósitos em instituições financeiras e caixa:Conta no Tesouro 2.42 - - -Depósitos em instituições financeiras 2.42 6.876.385 6.876.385 15.775.427Caixa 2.42 19.763 19.763 49.343 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:

6.896.148 - 6.896.148 15.824.769 Acréscimos de custos 2.41 5.870.457 5.475.533ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS: Proveitos diferidos 2.41 286.648 397.902

Acréscimos de proveitos 2.41 6.830.087 6.830.087 11.405.326 6.157.105 5.873.435- -

Total do passivo 40.195.427 33.619.668 Total de amortizações (14.013.248) Total de provisões (873.073) Total do activo 46.765.899 (14.886.321) 39.879.579 41.226.477 Total dos fundos próprios e do passivo 39.879.579 41.226.477

O Técnico Oficial de Contas n.º 60343Dr.ª Telma Graça Dr. José Rianço Josué

Dr. José Francisco Correia Afonso Marouço

Dr. Francisco José Espinha Ribeiro de Carvalho

Enf. Ilda Ferreira Baptista Marmelo Silva Veiga

(Montantes expressos em Euros)

O Conselho de Administração

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 65 de 91 Relatório e Contas 2008

HOSPITAL DISTRITAL DE SANTARÉM, E.P.E

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E 2007(Montantes expressos em Euros)

CUSTOS E PERDAS Notas 2008 2007 PROVEITOS E GANHOS Notas 2008 2007

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas: Vendas 1.367 235Matérias de consumo 2.33 20.916.916 19.454.510 Prestações de serviços 2.35 66.382.449 63.879.468

Fornecimentos e serviços externos 2.45 10.339.750 9.503.546 Proveitos suplementares 264.198 258.842Custos com o pessoal: 2.46 42.727.742 40.805.777 Transferências Sub. Obtidos 2.47 7.868 92.857Amortizações e Provisões do exercício 2.31 1.560.186 1.616.647 Outros proveitos/ganhos operacionais 1.211.035 887.748

(B) 67.866.916 65.119.150

Transf. correntes conc. e prest. soc. - - Proveitos e ganhos financeiros: 2.37 497.144 513.471Outros custos e perdas operacionais 37.905 42.266 (D) 68.364.060 65.632.621

(A) 75.582.498 71.422.745 Proveitos e ganhos extraordinários 2.38 763.684 2.028.705Custos e perdas financeiras 2.37 29.756 18.386

(C) 75.612.254 71.441.131Custos e perdas extraordinários 2.38 1.557.087 1.275.955

(E) 77.169.341 72.717.086Impostos sobre o rendimento do exercício - -

(G) 77.169.341 72.717.086Resultado líquido do período (8.041.597) (5.055.760)

69.127.744 67.661.326 (F) 69.127.744 67.661.326

Resultados operacionais: (B) - (A) (7.715.582) (6.303.596)Resultados financeiros: (D-B) - (C-A) 467.388 495.085Resultados correntes: (D) - (C) (7.248.195) (5.808.510)Resultados antes de impostos: (F) - (E) (8.041.597) (5.055.760)Resultado líquido do período: (F) - (G) (8.041.597) (5.055.760)

O Técnico Oficial de Contas n.º 60343Dr.ª Telma Graça Dr. José Rianço Josué

Dr. José Francisco Correia Afonso Marouço

Dr. Francisco José Espinha Ribeiro de Carvalho

Enf. Ilda Ferreira Baptista Marmelo Silva Veiga

O Conselho de Administração

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 66 de 91 Relatório e Contas 2008

MAPA DOS FLUXOS DE CAIXA

Demonstração dos Fluxos de Caixa de 2008 e 2007Montantes Expressos em Euros

2008 2007ACTIVIDADES OPERACIONAIS

Recebimentos de Clientes 68.400.099 63.178.682Pagamentos a Fornecedores -44.601.757 -22.589.564Pagamentos ao Pessoal -43.886.651 -41.232.483

Fluxos Gerados pelas operações -20.088.309 -643.365

Pagamento/Recebimento de Imposto sobre o Rendimento -70.000 -55Outros Pagamentos/Recebimentos rel. à activ. operacional 951.068 705.805

Fluxos Gerados antes das Rúbricas Extraordinárias -19.207.241 62.384

Recebimentos Relacionados com rubricas extraordinárias 2.840 83.178Pagamentos Relacionados com rubricas extraordinárias -208.652 -26.130

Fluxos das Actvidades Operacionais (1) -19.413.053 119.432

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO

Recebimentos provenientes de :Investimentos FinanceirosImobilizações CorpóreasImobilizações IncorpóreasSubsídio de Investimento 45.540 379.431Juros e proveitos similares 467.946 503.409

513.486 882.840Pagamentos respeitantes a :

Investimentos FinanceirosImobilizações Corpóreas -2.682.966 -1.042.338Imobilizações Incorpóreas

-2.682.966 -1.042.338

Fluxos das Actvidades de Investimento (2) -2.169.480 -159.498

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Recebimentos provenientes de :Empréstimos Obtidos 20.653.911Aumentos de PatrimónioSubsídios de DoaçõesCobertura de Prejuízos

20.653.911 -Pagamentos respeitantes a :

Empréstimos ObtidosAmortizações de Contratos de Locação FinanceiraJuros e custos similaresRedução de Património e prestações suplementares

20.653.911 -Fluxos das Actvidades de Financiamento (3) 20.653.911 -

Varição da Caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) -928.622 -40.066

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 15.824.769 15.864.836Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 14.896.148 15.824.769

O Técnico Oficial de Contas N.º 60343 O Conselho de AdministraçãoDr.ª Telma Graça Dr. José Rianço Josué

Dr. José Francisco Correia Afonso MarouçoDr. Francisco José Espinha Ribeiro de CarvalhoEnf. Ilda Ferreira Baptista Marmelo Silva Veiga

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MAPA DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES

HOSPITAL DISTRITAL DE SANTARÉM, E.P.E

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES DE 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E 2007

2008 2007Vendas e prestação de serviços 66.383.815 63.879.703Custo das vendas e prestações serviços 69.224.955 65.044.666

Resultados brutos (2.841.140) (1.164.962)

Outros proveitos e ganhos operacionais 2.124.359 2.906.284Custos de distribuição - -Custos administrativos 4.009.960 3.763.161Outros custos e perdas operacionais 3.698.160 3.525.361

Resultados operacionais (8.424.901) (5.547.200)

Custo liquido de financiamento - -Ganhos (perdas) em filiais e associadas - -Ganhos (perdas) em outros investimentos 383.304 491.439

Resultados correntes (8.041.597) (5.055.760)

Imposto s/resultados correntes - -

Resultados correntes após impostos (8.041.597) (5.055.760)

Resultados extraordinários - -Imposto s/ resultados extraordinários - -

RESULTADOS LÍQUIDOS (8.041.597) (5.055.760)

O Técnico Oficial de Contas n.º 60343 O Conselho de Administração Dr.ª Telma Graça Dr. José Rianço Josué

Dr. José Francisco Correia Afonso MarouçoDr. Francisco José Espinha Ribeiro de CarvalhoEnf. Ilda Ferreira Baptista Marmelo Silva Veiga

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 68 de 91 Relatório e Contas 2008

14. ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

1. CARACTERIZAÇÃO DO HOSPITAL DISTRITAL DE SANTARÉM, EPE

As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial de

Contabilidade do Ministério da Saúde. As notas cuja numeração não está incluída neste

anexo não são aplicáveis ao Hospital ou a sua apresentação não é relevante para a leitura

das Demonstrações Financeiras anexas.

Os valores apresentados encontram-se expressos em Euros.

1.1. IDENTIFICAÇÃO

O Hospital de Santarém, EPE tem com NIF o 506.361.462. A sua sede social é na Avenida

Bernardo Santareno, em Santarém.

O seu financiamento resulta do Contrato-Programa negociado anualmente com o Ministério

da Saúde e dos restantes Subsistemas, com expressão aproximada de 86% e 14%

respectivamente.

O Património é detido em partes iguais pelos Ministérios da Saúde e das Finanças.

1.2. LEGISLAÇÃO

O Hospital Distrital de Santarém, S.A passou a Hospital Distrital de Santarém, E.P.E ,

através do Decreto - Lei n.º 233/2005, de 29 de Dezembro. O objectivo foi possibilitar uma

maior intervenção ao nível das orientações estratégicas da tutela e superintendência dos

Ministérios das Finanças e da Saúde.

Esta transformação teve subjacente, para efeitos de sucessão, que todos os direitos e

obrigações do anterior HDS, S.A. passariam a ser assumidos pelo HDS, E.P.E..

1.3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Apresentado na página 12

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 69 de 91 Relatório e Contas 2008

1.4. DESCRIÇÃO SUMÁRIA DAS ACTIVIDADES

O HDS tem por objecto a prestação de serviços de saúde, podendo, acessoriamente,

explorar os serviços e efectuar as operações civis e comerciais relacionadas, directa ou

indirectamente, no todo ou em parte, com o seu objecto principal, ou que sejam susceptíveis

de facilitar ou favorecer a sua realização, bem como participar em agrupamentos

complementares de empresas e outras formas de associação.

1.5. ORGANIZAÇÃO CONTABILÍSTICA

As Demonstrações Financeiras foram preparadas atendendo aos princípios contabilísticos

geralmente aceites em Portugal, nomeadamente os da prudência, consistência, substância

sobre a forma, materialidade e especialização de exercícios.

a) Existência de Manual de Procedimentos: Estão a ser desenvolvidos manuais

adaptados à realidade do HDS. Os manuais serão Contabilidade, Contas a pagar, Contas a

receber e Gestão de Tesouraria.

b) Livros de Registo Utilizados: Não são mantidos livros para o registo manual porque

existe um sistema informático e são mantidas cópias de segurança dos dados contidos no

mesmo. As cópias são feitas diariamente e existe outra de segurança feita no final de cada

semana.

c) Descrição sumária da organização do arquivo dos documentos de suporte: os

documentos que suportam os registos contabilísticos são separados pelas facturas pagas

das que estão por pagar. As facturas por pagar estão arquivadas por nome de fornecedor e

data. As facturas pagas estão arquivadas por rubricas financeiras, juntamente com as

respectivas autorizações de pagamento.

d) Descrição das características do sistema informático existente: O sistema informático

existente é o recomendado pela ACSS, o SIDC (Sistema de Informações Descentralizado

Contabilidade).

e) Existência de demonstrações financeiras intercalares: São preparados todos os meses

o Balanço e Demonstração de Resultados, bem como os mapas de análise detalhada das

principais rubricas de custos e proveitos. Trimestralmente é elaborado o relatório do controlo

orçamental de exploração (Custos/Proveitos) com análise dos principais desvios, que é

submetido ao Fiscal Único, Inspecção Geral de Finanças e ACSS (Administração Central do

Sistema de Saúde).

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 70 de 91 Relatório e Contas 2008

f) Existência de descentralização contabilística, descrição do sistema utilizado e do

modo de articulação com a contabilidade central: o sistema informático é descentralizado,

estando o acesso condicionado por utilizador e palavra passe. Cada utilizador está adstrito a

determinadas tarefas ou consultas, sendo que apenas o Serviço de Contabilidade pode

fazer lançamentos.

2. NOTAS AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

2.3. CRITÉRIOS DE VALORIMETRIA DAS EXISTÊNCIAS, MÉTODOS DE AJUSTAMENTO DOS

VALORES NAS AMORTIZAÇÕES E NA CONSTITUIÇÃO DE PROVISÕES.

As principais políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adoptados pelo HDS na

preparação das rubricas do Balanço e da Demonstração dos Resultados, bem como

métodos de cálculo respeitantes aos ajustamentos de valor, designadamente amortizações

e provisões foram os seguintes:

Imobilizações Corpóreas As Imobilizações Corpóreas são registadas pelo valor histórico de aquisição. As

reintegrações são calculadas segundo o método das quotas constantes, por duodécimos, a

partir da data de utilização. As taxas de amortização médias praticadas correspondem às

seguintes:

Taxas de amortização média para amortizações Taxa Média

Edifícios e outras construções 3,30%

Médico-cirúrgico 6,70%

De imagiologia 8,80%

De laboratório 9,10%

Mobiliário hospitalar 7,20%

De desinfecção e esterilização 12,20%

De hotelaria 6,40%

Outros 10,30%

Ferramentas e utensílios 8,40%

Equipamento administrativo 9,10%

Equipamento Informático 15,30%

A taxa média foi calculada em função das amortizações e dos valores dos activos

amortizados de acordo com a sua categoria.

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 71 de 91 Relatório e Contas 2008

Existências As entradas de existências são valorizadas pelo custo de aquisição, utilizando-se como

método de custeio das saídas, o custo médio ponderado. As existências finais estão

valorizadas ao custo médio ponderado e sempre que o valor de realização se preveja

inferior ao respectivo custo, é constituído um ajustamento para depreciação de existências.

Em 2008 houve um reforço desta provisão em 9.230€.

Provisões para cobranças duvidosas O POCMS não contempla a revisão do POC para o tratamento dos Ajustamentos. A

provisão para cobranças duvidosas tem como objectivo reduzir os saldos a receber de

Clientes e Outros Devedores ao seu valor líquido estimado de realização, tendo sido

constituída com base na antiguidade dos montantes em dívida, na natureza jurídica dos

devedores e na expectativa de recebimento efectivo das verbas em dívida. A redução da

provisão de dívidas a receber no exercício findo em 31 de Dezembro de 2008, foi efectuada

por contrapartida da rubrica de Provisões tendo sido o seu valor de 272.265€.

Provisões

A provisão para processos judiciais em curso tem como objectivo fazer reflectir nas

Demonstrações Financeiras as responsabilidades derivadas dos riscos de natureza

específica e provável (contingências). Não houve no exercício de 2008 necessidade de

reforçar esta provisão. Da provisão já constituída em anos anteriores foram

utilizados/reduzidos 2.556€.

Pensões

No âmbito da integração no quadro de pessoal do Hospital de Santarém dos trabalhadores

que estavam inicialmente inscritos na ‘Caixa Geral de Previdência dos Empregados da

Assistência’, por via do Decreto-Lei n.º 301/79, de 18 de Agosto, estão a ser pagas pensões

aos trabalhadores que já atingiram a idade de reforma.

Não existe nenhum estudo actuarial das pensões, no entanto por indicação da ACSS,

aguardam-se orientações a ser seguidas por todos os Hospitais EPE.

Em 2008, à semelhança do exercício precedente, transferiu-se para a conta “697643 –

Correcções relativas a anos anteriores – Pensões” o valor de 697.441€. (2007 – 512.910€).

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 72 de 91 Relatório e Contas 2008

Especialização de Exercícios Os proveitos e os custos são reconhecidos quando obtidos ou incorridos,

independentemente do seu recebimento ou pagamento, estando incluídos nas

Demonstrações Financeiras nos períodos a que respeitam.

Impostos diferidos Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos

e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de

tributação (Directriz contabilística n.º 28). Em 31 de Dezembro de 2008, o Hospital não

registou impostos diferidos.

Nos termos da legislação em vigor, os prejuízos fiscais são reportáveis durante um período

de seis anos após a sua ocorrência e susceptíveis de dedução a lucros fiscais gerados

durante esse período.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e

correcção por parte das Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos (dez anos

para a Segurança Social). Deste modo, as declarações fiscais dos exercícios de 2005 a

2008 poderão vir a ser revistas.

2.7. MOVIMENTOS OCORRIDOS NAS RUBRICAS DO ACTIVO IMOBILIZADO CONSTANTES DO

BALANÇO E NAS RESPECTIVAS AMORTIZAÇÕES E PROVISÕES.

É a seguinte a demonstração do imobilizado (custo) em 31-12-2008:

Quadro 30 - Imobilizado

Activo Imobilizado Saldo Inicial Aumentos Transferências Regularizações Saldo Final

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

Edifícios e outras Construções 1.625.806 90.084 67.347 1.783.236

Equipamento Básico 11.759.950 1.254.393 13.014.342

Equipamento de Transporte 48.906 0 48.906

Ferramentas e Utensílios 16.761 2.150 18.911

Equipamento Administrativo e

Informático 4.232.067 112.933 4.345.001

Outras Imobilizações Corpóreas 73.830 35.465 109.295

Imobilizações em Curso 0 446.040 446.040

TOTAL 17.757.320 1.941.065 0 67.347 19.765.731

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 73 de 91 Relatório e Contas 2008

O trabalho de inventariação do património foi concluído no exercício transacto, tendo sido o

mesmo conferido e validado. No ano 2008 foi detectado um elevador que ainda não tinha

sido inventariado no valor de 67.347€, tendo sido o mesmo corrigido através da rubrica

“59222- Acertos de Imobilizado” e as amortizações no valor de 51.212€ , traduzindo-se

numa regularização de 16.135€ e um acerto de Software de anos anteriores com valor de

3.695€.

Os movimentos nas Amortizações Acumuladas em 2008 foram os seguintes:

Amortizações Acumuladas Saldo Inicial Reforço Regularizações Saldo Final

IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS

Despesas de Instalação 0 0 0 0

Propriedade industrial e Out. Direitos 0 0 0 0

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

Edifícios e outras Construções 155.973 115.720 271.693

Equipamento Básico 9.142.486 887.998 4.974 10.035.457

Equipamento de Transporte 46.494 934 47.428

Ferramentas e Utensílios 12.893 1.769 14.662

Equipamento Administrativo e Informático 3.032.969 583.510 3.616.479

Outras Imobilizações Corpóreas 15.292 12.237 27.529

TOTAL 12.406.107 1.602.167 4.974 14.013.248

2.15. INDICAÇÃO DOS BENS UTILIZADOS EM REGIME DE LOCAÇÃO FINANCEIRA, COM MENÇÃO DOS RESPECTIVOS VALORES CONTABILÍSTICOS.

O Hospital Distrital de Santarém adquiriu um equipamento de Imagiologia e dois

equipamentos Médico Cirúrgicos em regime de locação financeira no ano 2007, no final do

ano 2008 apresentam o seguinte valor contabilístico:

Valor Contrato Valor

Contabilístico TAC- Tomografia Axial Computarizada 257.730 171.8202 Sistemas de Anestesia Datex-Ohmeda Avance S/5 124.660 86.5703 Mesas Operatórias 81.175 59.528

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 74 de 91 Relatório e Contas 2008

2.23. VALOR GLOBAL DAS DÍVIDAS DE COBRANÇA DUVIDOSA INCLUÍDAS EM CADA UMA DAS RUBRICAS DE DÍVIDAS DE TERCEIROS CONSTANTES NO BALANÇO.

A conta 218 – Clientes e Utentes de Cobrança Duvidosa desagrega-se da seguinte forma:

Descrição Valores

Utentes CC 81

Companhias Seguros 27.420

Outros Clientes 274.050

Forças Militarizadas 0

SAMS 141

IOS-CTT-ACS Portugal Telecom 156

Outros subsistemas 0

Outros Clientes - Estado 392.418

Outros Devedores 957.503

Total Geral 1.651.768

2.24 – Valor global das dívidas activas e passivas respeitantes ao pessoal das instituições

do Ministério da Saúde.

Em 31 de Dezembro de 2008, o HDS tem os seguintes saldos activos e passivos com o

pessoal:

Saldos Activos e Passivos com Pessoal 2008 2007

Saldos devedores (Nota 2.42) 3.031 4.737

Saldos credores (Nota 2.44) (19.814) (19.814)

2.27 – Quantidade e valor nominal de obrigações convertíveis, de títulos de participação e

de outros títulos ou direitos similares, emitidos pela empresa, com indicação dos direitos que

conferem.

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 75 de 91 Relatório e Contas 2008

No final do ano 2008 foram aplicados 8.000.000€ no Fundo de Apoio ao Sistema de

Pagamentos do Serviço Nacional de Saúde (FASP), criado pela Portaria n.º 1369-A/2008

ficando o Hospital com direito ao recebimento de juros.

2.31 – PROVISÕES ACUMULADAS

Rubricas Saldo Inicial

Utilização Reversão Aumento Saldo Final

291 – Provisões de cobrança duvidosa 1.393.234 259.978 272.265 860.991

292 – Provisões para riscos e encargos 301.877 2.556 299.321

39 – Provisões de deprec. de existências 2.851 9.230 12.081

TOTAL AJUSTAMENTOS 1.697.962 262.534 272.265 9.230 1.172.394

Os ajustamentos de dívidas a receber foram efectuados no final do ano, pela morosidade e

dificuldade que as mesmas exigem no sistema de contabilidade (SIDC).

Depois de realizados os cálculos, nos mesmos termos que orientaram a sua elaboração nos

anos precedentes, apurou-se a reversão de 272.265€.

2.32. EXPLICITAÇÃO E JUSTIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS OCORRIDOS, NO

EXERCÍCIO, EM CADA UMA DAS CONTAS DA CLASSE 5.

REALIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO

O HDS, E.P.E foi constituído em 29 de Dezembro de 2005, tendo o seu Património o valor

de €29.930.000.

No entanto, e dando cumprimento ao disposto no artigo 7º do Decreto-Lei n.º 302/2002, de

11 de Dezembro (quando da passagem a S.A), o HDS deveria ter efectuado uma avaliação

do seu Património à data da transformação, até ao final de 2003, sendo os ajustamentos

que daí decorressem, reflectidos no valor do respectivo Capital.

Tal como já referimos a inventariação foi concluída em 2007.

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 76 de 91 Relatório e Contas 2008

COMPOSIÇÃO DO PATRIMÓNIO

Em 31 de Dezembro de 2008, o património do HDS ascende a €29.930.000.

RESULTADOS TRANSITADOS

Os movimentos ocorridos nos Resultados Transitados, foram os seguintes:

Resultados Transitados

De exercícios anteriores:

2002 (2.º Gerência) -89.082

2003 -4.391.442

2004 672.281

2005 -697.242

2006 -14.899.259

2007 -5.055.760

Acertos de Imobilizado 2007/08 -385.262

TOTAL RESULTADOS TRANSITADOS -24.845.768

A conta “59222- Acertos de Imobilizado” com saldo inicial de 397.703€ teve no exercício de

2008 um ajustamento de 16.135€ resultante da inclusão no inventário de um elevador que

ainda não tinha sido inventariado com o custo de aquisição de 67.347€ e amortizações

acumuladas de 51.212€ e um acerto de Software de anos anteriores com valor de 3.695€.

PESSOAS COLECTIVAS COM PARTICIPAÇÃO NO PATRIMÓNIO

O Património do HDS é detido pelo Estado e pode ser aumentado ou reduzido por despacho

conjunto dos Ministros das Finanças e da Saúde.

VARIAÇÃO NAS RUBRICAS DE FUNDO PATRIMONIAL

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Página 77 de 91 Relatório e Contas 2008

Os movimentos ocorridos nos Fundos Próprios, no período compreendido entre 1 de Janeiro

e 31 de Dezembro de 2008, foram os seguintes:

Fundos Próprios Saldo Inicial Transferências Aumentos Saldo Final

51 – Património 29.930.000 29.930.000

57.1 – Reserva Legal 803.960 803.960

57.2 – Reservas Estatutárias -

Investimentos 200.990 200.990

57.5 – Subsídios 283.274 283.274

57.6 – Doações 1.250.487 102.805 1.353.292

59 – Resultados Transitados -19.806.143 -5.039.625 -24.845.768

88 – Resultado Liquido Exercício -5.055.760 5.055.760 -8.041.597 -8.041.597

TOTAL DOS FUNDOS PRÓPRIOS 7.606.809 5.055.760 -12.978.418 -315.849

O resultado do exercício de 2007 negativo no valor de 5.055.760€ foi levado a Resultados

Transitados.

2.33. DEMONSTRAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS

CONSUMIDAS

2008 2007

Existências Iniciais 1.411.700 1.726.323

Compras 21.055.221 18.991.493

Regularização de Existências

Sobras e Donativos 74.085 191.447

Quebras -51.390 -43.053

Fabricação interna

Existências Finais -1.572.699 -1.411.700

TOTAL 20.916.916 19.454.510

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Página 78 de 91 Relatório e Contas 2008

Estes Custos distribuem-se da seguinte forma:

2.35 REPARTIÇÃO DO VALOR LÍQUIDO DAS VENDAS E DAS PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS

A rubrica vendas e das prestação de serviços divide-se da seguinte forma:

Conta Descrição Saldo

711 Vendas 1.367

7121 Internamento 32.633.246

7122 Consulta 9.045.960

71231 Urgência 8.466.358

71239 SIGIC – Adicional 0

7124 Exames Periciais 33.590

7125 Hospital de Dia 3.675.121

7126 MCDT´s 1.081.807

7127 Taxas Moderadoras 670.438

7128 Outras Prestações de Serviços de

Saúde (inclui Verba de Converg.) 10.771.237

7129 Outras Prestações de Serviços 4.690

Total Geral 66.383.815

2008 2007

Medicamentos 12.713.109 11.910.195

Reagentes e produtos diagnóstico rápido 1.882.139 1.775.132

Outros produtos farmacêuticos 284.016 276.794

Material de consumo clínico 5.078.136 4.617.808

Produtos alimentares 507 317

Material de consumo hoteleiro 295.149 281.169

Material de consumo administrativo 131.696 137.067

Material de manutenção e conservação 532.165 456.028

TOTAL 20.916.916 19.454.510

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 79 de 91 Relatório e Contas 2008

O saldo da conta 71239 – SIGIC Adicional resulta da facturação da actividade Adicional,

quer ao nível do Internamento como da Cirurgia de Ambulatório. Não se verificaram

proveitos nesta área em 2008 uma vez que os objectivos eram muito ambiciosos.

Em 2008, os Serviços prestados pelo HDS foram exclusivamente para o Mercado Nacional.

A verba de convergência especializada em 2008 foi de 5.293.718€, a qual se divide na parte

fixa em 4.751.455€ e na variável em 542.263€ que resulta do cumprimento de determinados

indicadores de qualidade e eficiência. Em 2007 a Verba de Convergência foi de 8.202.009€,

sendo a fixa de 5.393.102€ e a variável de 2.808.907€.

2.37 – DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS FINANCEIROS

2008 2007

CUSTOS E PERDAS

68.1 – Juros suportados 25.112 7.867

68.5 – Diferença câmbio desfavorável 2 0

68.6 – Desconto pronto pagamento concedidos 0 0

68.8 – Outros custos e perdas financeiras 4.643 10.518

Total dos Custos e Perdas 29.756 18.385

Resultados Financeiros 467.388 495.086

TOTAL 497.144 513.471

PROVEITOS E GANHOS

78.1 – Juros obtidos 412.184 446.021

78.6 – Descontos pronto pagamento obtidos 84.782 59.766

78.7 – Ganhos aplicações tesouraria 0 0

78.8 – Outros proveitos e ganhos financeiros 177 7.684

TOTAL 497.144 513.471

Os juros obtidos reduziram-se em função da redução das verbas disponíveis em instituições

bancárias.

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 80 de 91 Relatório e Contas 2008

2.38- DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

Os

Custos e Perdas Extraordinários distribuem-se principalmente pelas seguintes rubricas:

Os custos e perdas relacionadas com exercícios anteriores dizem respeito:

• Correcções a Custos referentes a Subcontratos 71.704€ e Fornecimentos e Serviços

Externos no valor de 11.505€ que não foram especializadas em 2007;

• Despesas com pessoal no montante de 1.076.183€ relativos à correcção de

estimativas de férias, subsídios de férias e encargos sobre remunerações, uma vez que a

estimativa foi insuficiente e também pela correcção das Pensões no montante de 697.441€

e 178.305€ relativos aos custos com comparticipação à ADSE que não foram especializados

no ano anterior;

2008 2007

CUSTOS E PERDAS

69.2 – Dívidas incobráveis 0 0

69.3 – Perdas em existências 51.390 43.053

69.4 – Perdas em imobilizações 0 0

69.5 – Multas e penalidades 0 0

69.7 – Correcção de exercícios anteriores 1.501.514 1.230.005

69.8 – Outros custos e perdas extraordinários 4.182 2.897

Total dos Custos e Perdas 1.557.087 1.275.955

Resultados Extraordinários 752.750

TOTAL 1.557.087 2.028.705

PROVEITOS E GANHOS

79.2 – Recuperação de dívidas 2.116 77.937

79.3 – Ganhos em existências 74.085 131.010

79.6 – Redução amortiz., ajustamentos e provisões 272.265 309.720

79.7 – Correcção de exercícios anteriores 282.793 1.275.534

79.8 – Outros proveitos e ganhos extraordinários 132.425 234.504

Resultados Extraordinários 793.402

TOTAL 1.557.087 2.028.705

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 81 de 91 Relatório e Contas 2008

• Correcções de Facturas de Devedores no montante de 328.160€ referente a

anulações de facturas de anos anteriores e do corrente ano bem como o resultante do

excesso da estimativa de facturação do SNS de 2007 no valor de 64.940€;

Os Proveitos e Ganhos resultantes de exercícios anteriores estão relacionados com:

• Redução de Provisões de Cobrança Duvidosa no montante de 272.265€;

• Correcções de prestação de serviços relativas a exercícios anteriores de facturas no

valor de 243.392€, dos quais se destacam facturas emitidas a Companhias de Seguros no

montante de 113.115€;

• Correcções especializações Exercício (18.209€) referentes aos acertos das

especializações de Sub- férias, Férias e Encargos de 2007 pagos em Junho. No global a

estimativa foi insuficiente, contudo por imposição da ACSS forma usadas as contas 697x e

797x de acordo com as respectivas contas da 2732;

• Estão também corrigidas amortizações de um Subsídio do Programa Saúde XXI para a

Equipamentos Informáticos, obras na Unidade Coronária, Subsídio para Circuito do

Medicamento no valor de 131.794€;

2.39 – COMPROMISSOS RELATIVOS A PENSÕES

Em 2008, à semelhança do exercício precedente, transferiu-se para a conta “697643 –

Correcções relativas a exercícios anteriores – Pensões” o valor de 697.441€ (2007 –

512.910 €).

A empresa continua a carecer de estudos actuariais actualizados que permitam quantificar

as responsabilidades com encargos por serviços prestados e futuros de pensões. A

Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) já informou que será feito um estudo

para todos os Hospitais, pelo que o HDS aguarda instruções nesse sentido.

2.40 – REMUNERAÇÃO DOS ORGÃOS SOCIAIS

No exercício de 2008 foram pagos aos membros dos Orgãos Sociais, a título de

remunerações, o valor de 290.242 € (em 2007 foi de 292.584 €).

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 82 de 91 Relatório e Contas 2008

2.41 – ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

Em 31 de Dezembro de 2007, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Acréscimos e Diferimentos Saldo Inicial Aumento Redução Saldo Final

ACRÉSCIMOS DE PROVEITOS

Juros a receber 0 4.345 4.345

Outros acréscimos de proveitos 11.405.326 4.579.584 6.825.742

11.405.326 4.345 4.579.584 6.830.087

ACRÉSCIMOS DE CUSTOS

Remunerações a liquidar 4.344.468 157.693 4.186.775

Outros Acréscimos de Custos 1.131.065 552.617 1.683.682

5.475.533 552.617 157.693 5.870.457

PROVEITOS DIFERIDOS 397.902 111.253 286.648

397.902 0 111.253 286.648

A rubrica de ‘Outros Acréscimos de Proveitos’ inclui os seguintes montantes:

Outros Acréscimos de Proveitos

2008 2007

Actividade Produtiva 6.202.933 9.354.246

Subsídios

Consultas não médicas

SIGIC/Adicional 0 1.743.507

Outros 622.808 307.573

TOTAL 6.825.742 11.405.326

Esta rubrica tem especializada a facturação do SNS, Subsistemas, à Surgimed, Uniself,

Horas Extraordinárias de uma médica a serem facturadas a outro Hospital e Medicamentos

de Quimioterapia. Também foram especializadas três meses de renda a ser facturada à

TMN, facturação de perícias médico-legais e uma comparticipação nas obras do laboratório.

Estão igualmente especializadas a verba de Convergência Variável, os Programas Verticais

e o Rappel de alguns fornecedores da farmácia no montante de 512.696€.

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 83 de 91 Relatório e Contas 2008

O saldo da rubrica de ‘Outros Acréscimos de Custos’, no valor de 1.683.682€ corresponde,

essencialmente, à estimativa de facturas de 2008 não contabilizadas, bem como à

estimativa de subcontratos nomeadamente transporte de doentes e exames e análises

requisitados (pedidos) ao exterior e ainda não facturados.

2.42-DÍVIDAS DE TERCEIROS – CURTO PRAZO

Em 31 de Dezembro de 2008, estas rubricas apresentam a seguinte composição:

Dívidas de terceiros – curto prazo 2008 2007

Clientes, conta corrente

ADSE 5.236.990 2.947.869

Outros Subsistemas 1.533.357 1.387.822

Companhias de Seguros 287.170 375.053

Clientes de Instituições do Estado 1.256.997 705.723

Outros 334.671 274.348

SUB-TOTAL 8.649.186 5.690.815

Clientes, cobrança duvidosa 1.651.768 1.911.288

Provisões para Cobranças Duvidosas -860.991 -1.393.234

SUB-TOTAL 790.777 518.054

Adiantamento a Fornecedores 4.237

Outros

SUB-TOTAL 4.237 0

Estado e Outros Entes Públicos

Imposto sobre o Rendimento 220.850 161.544

IVA 135

SUB-TOTAL 220.985 161.544

Outros Devedores

Adiantamentos ao pessoal 3.031 4.737

Outros devedores diversos 1.172.027 861.171

SUB-TOTAL 1.175.058 865.908

TOTAL 10.840.243 7.236.321

Hospital Distrital de Santarém, EPE

Página 84 de 91 Relatório e Contas 2008

Em 31 de Dezembro de 2008, estas rubricas evidenciam a seguinte composição:

Depósitos em instituições financeiras e caixa 2008 2007

Depósitos bancários à ordem

Direcção Geral do Tesouro 15.639.952

Instituições bancárias 102.378 135.474

Depósitos bancários a prazo

Direcção Geral do Tesouro

Instituições bancárias 6.774.006

SUB-TOTAL 6.876.385 15.775.426

Caixa

Fundo de maneio

Outros valores em caixa 19.763 49.343

SUB-TOTAL 19.763 49.343

Outras aplicações de Tesouraria 8.000.000 0

TOTAL 14.896.148 15.824.769

O Hospital aderiu ao Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos do Serviço Nacional de Saúde

(FASP) por indicação superior, subscrevendo 80 títulos de participação, no montante global

8.000.000€. Esta aplicação de Tesouraria no FASP vai ser remunerada por taxa a definir

superiormente.

Hospital Distrital de Santarém, EPE

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2.44- DIVIDAS A TERCEIROS – CURTO PRAZO

Em 31 de Dezembro de 2008, estas rubricas apresentam a seguinte composição:

Dívidas a terceiros – curto prazo 2008 2007

Empréstimos obtidos 20.653.911

Adiantamentos de clientes

IGIF

Outros 139.233 124.377

SUB-TOTAL 20.793.144 124.377

Fornecedores, conta corrente 5.587.998 17.146.179

SUB-TOTAL 5.587.998 17.146.179

Fornecedores de imobilizado, conta corrente 736.761 1.530.311

SUB-TOTAL 736.761 1.530.311

Estado e Outros Entes Públicos

Contribuições para a Segurança Social 667.260 579.256

Iva a pagar 17.348 10.092

Retenção na fonte de IRS

Trabalho independente 11.636 15.914

Trabalho dependente 495.977 496.838

Sobre outros rendimentos 1236 0

Outros 0 0

SUB-TOTAL 1.193.456 1.102.100

Outros credores

Sub-região de Saúde de Santarém 614.788 1.155.248

Hospital de Santa Marta 0 0

Remunerações a pagar ao pessoal 19.814 19.814

Sindicatos 6.564 6.602

Outros 4.786.476 6.359.726

SUB-TOTAL 5.427.642 7.541.390

TOTAL 33.739.001 27.444.357

Em 2008 o Hospital Distrital de Santarém, EPE contratou um Empréstimo de curto prazo no

Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamento no valor de 20.653.911€.

Este financiamento teve como intuito o pagamento aos Fornecedores das Dívidas até 30

Setembro 2008, por forma a que o prazo médio de pagamento não excedesse os 90 dias.

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2.45 – FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Fornecimentos e Serviços Externos 2008 2007

Subcontratos

Trabalhos executados no exterior

Em entidades do MS:

Assistência ambulatória 2.877 10.300

Meios complementares de diagnóstico 566.876 600.280

Meios complementares de terapêutica 485.189 463.783

Produtos vendidos por farmácias 0 0

Internamento e transporte de doentes 15.107 16.250

Outros trabalhos executados no exterior 0 0

Em outras entidades:

Assistência ambulatória 35.352 1.188

Meios complementares de diagnóstico 1.287.635 1.278.536

Meios complementares de terapêutica 165.665 138.969

Produtos vendidos por farmácias 0 0

Internamento e transporte de doentes 1.538.495 1.265.277

Aparelhos complementares de terapêutica 0 0

Assistência no estrangeiro 3.841 0

SUB-TOTAL 4.101.036 3.774.582

Fornecimentos e Serviços

Fornecimentos e serviços Externos I 569.767 535.822

Fornecimentos e serviços Externos II 858.566 946.168

Fornecimentos e serviços Externos III

Conservação e reparação 823.948 869.687

Publicidade e Propaganda 13.497 4.366

Serviço de limpeza, higiene e conforto 286.731 273.356

Vigilância e segurança 327.608 298.744

Trabalhos especializados

Serviços de Informática 18.470 20.019

Serviço de Alimentação 1.019.746 953.988

Serviço de Lavandaria 410.502 382.432

Outros Traba.Espec.-Estudos, Parec., Proj. 115.307 88.184 Outros Traba.Espec.-Outros 1.737.279 1.239.995

Outros Fornecimentos e Serviços Externos 57.293 116.203

SUB-TOTAL 6.238.713 5.728.964

TOTAL 10.339.750 9.503.546

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2.46 – CUSTOS COM O PESSOAL Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Custos com Pessoal 2008 2007

Remunerações dos órgãos sociais 290.242 292.584

Remunerações do pessoal

Ordenados 23.205.699 22.345.833

Horas extraordinárias 5.214.991 4.991.188

Noites e Suplementos 1.999.466 1.911.058

SIGIC 1.007.957 618.466

Subsídio de férias e subsídio de Natal 3.923.406 3.801.016

Outros 2.002.253 1.921.315

SUB-TOTAL 37.644.014 35.881.461

Encargos sobre remunerações 4.867.015 4.470.888

Outras despesas com o pessoal 216.714 453.428

Estimativa para prémios de desempenho 0 0

TOTAL 42.727.742 40.805.777

2.47 – TRANSFERÊNCIAS SUBSÍDIOS CORRENTES OBTIDOS

Em 2008 a rubrica somou 7.868€. Em 2006 registou-se 92.857 €. Nesta rubrica está lançado

a comparticipação da assistência no Estrangeiro a um doente do HDS e um Subsídio para

formação do Plano Operacional de potencial Humano.

Saúde XXI INEM Outros Total 2008 Total 2007

Formação 4.027 4.027 2.543

Rede 0

Laboratório 0 4.788

Patologia Clínica 0

Encontro Contas Inter Inst. SNS 0

Ajudas Técnicas 0 25.000

Pessoal/Estágios 0

Acréscimos de Proveitos 0

Comparticipação de Despesas 3.841 3.841 60.526

TOTAL 0 0 7.868 7.868 92.857

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2.48 – DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR FUNÇÕES

A reconciliação dos resultados por funções foi preparada em conformidade com o

estabelecido na Directriz Contabilística n.º 20, a qual apresenta conceitos diferentes dos

utilizados na preparação da Demonstração de Resultados por Naturezas.

Nestes termos, apresentamos de seguida as reclassificações efectuadas nos Resultados

Operacionais, Resultados Financeiros e Resultados Extraordinários.

Demonstração Resultados 2008 Demonstração Resultados 2007

Naturezas Reclassificação Funções Naturezas Reclassificação Funções

Resultados Operacionais -7.715.582 -709.318-

8.424.901 -6.303.596 756.396 -5.547.200

Resultados Financeiros 467.388 -84.084 383.304 495.085 -3.646 491.439

Resultados Correntes -7.248.195 -793.402-

8.041.597 -5.808.510 752.750 -5.055.760

Resultados Extraordinários -793.402 793.402 0 752.750 -752.750 0

Resultados Líquidos -8.041.597 -

8.041.597 -5.055.760 -5.055.760

Os Resultados Extraordinários foram reclassificados de acordo com o preconizado pela

Directriz Contabilística n.º 20, ou seja, atendendo à ‘Função’ a que respeitam e não à sua

natureza. Desta forma, as correcções às estimativas relacionadas com a correcta aplicação

do princípio contabilístico da especialização de exercícios foram reclassificadas para a

‘Função Produção’.

2.49 – OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES

Em 2008 o Hospital Distrital de Santarém, EPE contratou um Empréstimo de curto prazo no

Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamento no valor de 20.653.911€ (vide nota 2.44).

Encontra-se especializada a Verba de Convergência Variável de 2008 no valor de 542.263€

que resulta do cumprimento de determinados objectivos de qualidade e eficiência (vide nota

2.35).

Hospital Distrital de Santarém, EPE

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Santarém, 31 de Março de 2009.

O Técnico Oficial de Contas n.º 60343

Dr.ª Telma Graça

O Conselho de Administração

Dr. José Rianço Josué

Dr. José Francisco Correia Afonso Marouço

Dr. Francisco José Espinha Ribeiro de Carvalho

Enf. Ilda Ferreira Baptista Marmelo Silva Veiga

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15. CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS

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16. RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO