home review ed. 3

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edição 03 | ano 01 | 2015 03 LEGISLAÇÃO Qual é o verdadeiro papel da Lei de Zoneamento? CONFORTO Planejamento adequado e técnicas construtivas modernas garantem conforto térmico na cidade TENDÊNCIAS Áreas verdes ganham importância e destaque no contexto urbano ESTILO DE VIDA: Porque cada vez mais pessoas estão deixando as grandes cidades

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Lançada no segundo semestre de 2014 pelo Grupo Mestra, a Home Review é totalmente desenvolvida pelas equipes da Agência de Imprensa e da Mestra Comunicação. A revista traz informação de qualidade sobre construção civil, arquitetura e decoração e é direcionada para público da Região Metropolitana do Vale do Paraíba.

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Page 1: Home Review Ed. 3

edição 03 | ano 01 | 2015

03

LEGISLAÇÃOQual é o verdadeiro papel da Lei de Zoneamento?

CONFORTOPlanejamento adequado e técnicas construtivas modernas garantem conforto térmico na cidade

TENDÊNCIASÁreas verdes ganham importância e destaque no contexto urbano

ESTILO DE VIDA:

Porque cada vez mais pessoas estão deixando as grandes cidades

Page 2: Home Review Ed. 3

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EDITORIALhome reviewe

Nesta terceira edição da Home Review, nossa equipe de reportagem continuou sua busca incansável por assuntos interessantes e relevantes para a população da região do Vale do Paraíba, tanto que estamos trazendo matérias leves com temas relaciona-dos à decoração, gastronomia e turismo, e outras relacionadas a assuntos que ainda geram muitas dúvidas tais como a Lei de Zoneamento.Em nossa matéria de capa abordamos uma tendência atual que é a migração das pes-soas para as cidades do interior, trazemos também uma matéria que desmistifica a formação das ilhas de calor na área urbana. Ao contrário do que muita gente pensa, a grande concentração de prédios pode não ser a causadora desse fenômeno.Ainda seguindo nesta linha de falar sobre qualidade de vida no meio urbano, temos uma matéria que mostra como os empreendedores têm valorizado a criação e pre-servação de áreas verdes tanto em loteamentos quanto em condomínos e uma outra sobre os quadros verdes que são uma boa opção para quem quer trazer a natureza para dentro dos apartamentos com bom gosto e sofisticação.Pensando na boa convivência nos condomínios também elaboramos uma matéria especial com dicas sobre como fazer o seu pet ser um “vizinho” agradável. Se você ama animais não deixe de conferir.

Boa leitura!

CARTA AO LEITORFale com a gente e participe da Home Review. Envie dúvidas, sugestões e comentários à nossa redação.Telefone: (12) 3913-3858E-mail: [email protected]

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TENDÊNCIASA importância das áreas verdes no contexto urbano10

TURISTANDOVicentina Aranha é um marco para o turismo urbano e garante diversão para todas as idades

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REFORMA JÁA nova proposta para quartos infantis é explorar a atemporalidade18

FATOR CONDOMÍNIOOs dez mandamentos para a boa convivência em condomínio com seu cão

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CAPABoas razões para morarno interior24

SOCIALGaia, lutando pelosdireitos dos Autistas64

MEIO AMBIENTEPlanejamento adequado e técnicas construtivas modernas garantem conforto térmico na cidade

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GUIA DECOMPRASDicas casa68

ENTREVISTADenise Campoy, equilíbrionas intervenções urbanas36

RECEITASReceitas dos Chefesna sua casa70

PLANEJAMENTOURBANOQual é o verdadeiro papel da Lei de Zoneamento?

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ACONTECECentro de Desenvolvimento Tecnológico para a Construção Civil CDTCC é lançado emSão José dos Campos

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MEU JARDIMOs jardins que sobempelas paredes46

ACONTECEMobilidade e planejamento urbano foram debatidos na 3ª edição do São José 2030, o evento contou com uma palestra do arquiteto e urbanista Jaime Lerner

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SUMÁRIOhome reviews

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Page 7: Home Review Ed. 3

A HOME REVIEW é uma publicação do GRUPO MESTRA. PRODUÇÃO Agência de Imprensa - Tel.: (12) 3913-3858 - www. agenciadeimprensa.com.br. JORNALISTA RESPONSÁVEL Areta Braga - MTb 38.005. COORDENAÇÃO/EDIÇÃO DE TEXTO Areta Braga REDAÇÃO Gislaine Nunes, Bianca Lemos e Rafaela Garcia. PROJETO GRÁFICO Mestra Comunicação DIAGRAMAÇÃO Luiz Carlos Coltro. FOTOS Arnaldo Kikuti REVISÃO Maurícia Maciel IMPRESSÃO Santa Edwiges TIRAGEM 10.000 exemplares.

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TENDÊNCIAShome review

A importância DAS ÁREAS VERDES NOCONTEXTO URBANO

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Nova formatação dos loteamentos valoriza a vida em contato com o meio ambiente

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As questões ecológicas ganharam ênfase nos diferentes segmentos da sociedade e a vida em contato com a natureza se impôs

como parâmetro de qualidade de vida. A discussão sobre a questão ambiental ligada ao bem-estar das pessoas tem se tornado relevante, principalmente em relação ao meio urbano, onde gradativamente houve uma grande ruptura entre o homem e o meio ambiente. Integrar a natureza aos espaços urbanos se tornou uma das preocupações do século XXI e a implantação de áreas verdes ganhou relevância não apenas como uma ornamentação urbanística, mas como uma necessidade para a própria existên-cia do homem.São considerados áreas verdes os espaços em que há predominância de vegetação arbórea em solo permeável, no entanto, têm surgido novas opções para áreas verdes como jardins verticais e telhados verdes ou ecológicos, que são uma opção para cen-tros urbanos adensados. Um bom exemplo são os jardins verticais, que podem ser implantados até em construções já existentes. Em São Paulo, capital, surgiu inclusive a proposta de fazer jardins verti-

cais nos paredões do minhocão com a finalidade de amenizar a vida no entorno.“Essas áreas são importantes para regular o escoa-mento das águas superficiais e permitir a reposição da água potável nos lençóis freáticos. Além disso, têm um papel fundamental na diminuição da po-luição, na melhoria da qualidade visual urbana, e traz uma sensação de paz e tranquilidade”, destaca Sérgio Morita, arquiteto e urbanista.Mas para que esses espaços possam desempenhar, de forma eficiente, suas funções, é necessário que sejam bem planejados. “As áreas verdes, inegavel-mente, melhoram a qualidade de vida das pesso-as, pois melhoram a qualidade do ar, aumentam a oferta de lazer e convivência, e ajudam a evitar a formação de ilhas de calor, um problema cada vez mais preocupante nos centros urbanos. No en-tanto, a localização dessas áreas em relação ao seu entorno é de suma importância para que possam ser usadas adequadamente pela população”, explica Maria Rita Singulano, engenheira civil e diretora da Associação das Construtoras do Vale do Para-íba - Aconvap.

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Seguindo essa tendência, muitos empreendimen-tos, por entenderem a importância que estes espa-ços têm para o equilíbrio do planeta e para atender um novo perfil de consumidor que está cada vez mais consciente e exigente em relação ao aspecto ecológico, estão trazendo mais opções de áreas verdes tais como jardins, praças, telhados verdes e jardins verticais em seus projetos. “Nos últimos anos houve uma evolução na maneira de pensar tanto dos empreendedores quanto dos consumidores. Os empreendedores entenderam que investir na qualidade de seus empreendimentos, com mais áreas verdes equi-padas e que possam ser utilizadas efetivamente pelos compradores, valorizam seu negócio, fa-cilita vendas e melhora a imagem de suas em-presas perante a cidade. Na mesma proporção, os compradores aprenderam a pesquisar e não buscando apenas preço, mas custo/benefício que reverterá em qualidade de vida para sua família”, ressalta Maria Rita.É o caso do Setville Altos de São José, um bairro planejado pela incorporadora Setcorp, que tem um

urbanismo pensado para ser sustentável. O empre-endimento, localizado na zona leste de São José dos Campos tem o conceito de bairro planejado aber-to e visa aliar qualidade de vida, urbanismo e eco lazer. Ele contará com casas, edificações verticais, comércio e serviços públicos e privados numa área cercada por áreas de preservação. “Um bairro planejado aberto valoriza muito o con-texto urbano de uma cidade e, sem dúvida algu-ma, traz grandes benefícios para seus moradores. Esse conceito surgiu com a necessidade crescente por cidades mais ordenadas, que proporcionem uma infraestrutura melhor aos seus moradores, unindo os fatores eficiência, qualidade de vida e sustentabilidade. Em geral, são desenvolvidos em grandes áreas, acima de 500 mil m², integrados à malha urbana consolidada e oferecem uma ampla variedade de tipos de ocupação, além de serem cercados por parques e áreas verdes”, comenta o diretor da Setcorp, Jamil Nassif.O Setville Altos de São José privilegiará áreas de preservação permanente que estão sendo recupe-radas pela Setcorp e serão entregues aos mora-

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dores. Somente em duas áreas remanescentes de preservação, que somam um total de 255 mil me-tros quadrados, serão plantadas aproximadamente 10.000 mudas de árvores. Nestes locais, inclusive, encontram-se nascentes que serão recuperadas. Em todo residencial serão plantadas aproximadamente 20 mil mudas, sendo 1.100 de árvores frutíferas.“Nós sempre fazemos muito mais do que o solici-tado em projetos, principalmente no que tange ao plantio, pois sempre preferimos espécies arbóreas próprias da região onde estamos idealizando o pro-jeto, além de que, tomamos sempre o cuidado de

implantar espécies frutíferas em nossos empreen-dimentos, pois além de proporcionar ao morador a oportunidade de consumir frutas nos parques próximos a sua casa, elas proporcionam também o aumento da população de pássaros nessas áreas, em virtude de oferecerem alimento em abundân-cia. Enfim, é todo um ecossistema que passa a ser renovado e incrementado, por conta da nova área implantada”, explica Nassif.Para o arquiteto e urbanista Sérgio Morita, São José dos Campos leva a sério a importância am-biental urbana e sua contribuição para a quali-

O arquiteto e urbanista Sérgio

Morita defende que as áreas

verdes têm papel fundamental para garantir

a qualidade visual urbana e promover o

bem-estar

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Soraya de Paula, diretora de planejamento urbano da prefeitura de São José dos Campos

dade de vida dos munícipes. “A cidade sempre teve um olhar crítico e um cuidado especial em relação ao meio ambiente e é exigente em rela-ção à aprovação de loteamos. Não apenas cobra, como também orienta para que tudo seja feito da forma correta”, afirma Sérgio.

O QUE DIZ A LEI - São José dos Campos se destaca como uma das cidades brasilei-ras que mais priorizam o desenvolvimento urbano sustentável. A Secretaria de Planeja-mento Urbano é a responsável por orientar o desenvolvimento dos projetos dos novos loteamentos e aprová-los, em conformidade com a lei de parcelamento, uso e ocupação do solo. Uma vez aprovado o projeto de lo-teamento e executadas as áreas verdes pelo empreendedor, estas são entregues ao poder público que passará, por meio da Secretaria de Serviços Municipais, a executar as obras de manutenção dessas áreas.De acordo com a Lei Complementar 428/2010, que regulamenta o uso e a ocu-pação do solo da cidade, para que um lo-teamento seja aprovado, 5% do terreno, no mínimo, devem ser destinados à im-plantação de áreas verdes e outros 5% re-servados para área de lazer. Quando a gleba onde o loteamento está inserido lo-calizar-se em áreas de controle de imper-meabilização, o percentual de área verde exigido passa a 10%.

O meio ambiente aparece como um fator es-sencial no crescimento da cidade, como des-taca a diretora de planejamento urbano da prefeitura de São José dos Campos, Soraya de Paula. “Em razão de inúmeros benefícios - seja o abrandamento do espírito daqueles que sim-plesmente caminham por estas áreas, seja pela importância dada ao tema em tempos de es-cassez hídrica, af inal estes espaços são pro-pulsores da manutenção de aquíferos - que possamos cada vez mais valorizar e aumen-tar os espaços verdes em nossas cidades. E que a arborização urbana seja precedida de um cuidadoso planejamento, para que pos-samos, como cidadãos e gestores públicos, extrair o melhor das áreas verdes, na produ-ção de parques públicos e praças destinadas tanto ao lazer quanto à saudável contempla-ção”, af irma.

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Page 18: Home Review Ed. 3

REFORMA JÁhome reviewr

atempor alidadeA NOVA PROPOSTA PARA QUARTOS INFANTIS É EXPLORAR A

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Os projetos temáticos estão dando espaço a propostas que podem ser adaptadas conforme a criança cresce e aproveitadas por mais tempo

atempor alidade

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Quando pensamos em quarto de crian-ça, logo imaginamos uma decoração te-mática. Mas, antes de escolher qualquer

motivo, é preciso ter em mente que seu pequeno irá crescer rapidinho e terá os próprios gostos de-finidos, então a tendência atual é repensar o uso dos personagens e temas.“Não fazemos mais quarto temático de Branca de Neve, Cinderela ou Pequeno Príncipe, por exemplo. Optamos por peças-chave como os papeis de pare-de, que são atemporais, unissex, abstratos, alguns em estilo provençal. As crianças crescem rápido, então a decoração agora é mais neutra. Deixamos

as cores e temas infantis entrarem nos quadros, nos assessórios, naquilo que é mais fácil de ser renova-do”, afirma a arquiteta Andrea Petini. Os novos projetos de quartos infantis atendem a um apelo sustentável, em virtude disso não se pro-jeta mais quarto de criança só para enquanto ela é bebê, a ideia é que todo o projeto seja adaptável pa-ra todas as fases da vida, incluindo a adolescência.Prega-se com isso o reaproveitamento, a redução de lixo e de custos.Um bom projeto precisa levar em consideração não apenas o investimento financeiro, mas também o valor sentimental empregado na decoração. Não parece justo se dedicar tanto a algo que será desfei-to em tão pouco tempo. A solução é planejar e tudo pode ser adaptável. É o que pode acontecer com uma cômoda trocador, por exemplo, que mais tar-de pode se transformar numa bancada de estudos; um berço pode ser projetado para se transformar em uma cama com cercado que servirá por mais tempo ou os cubos guarda-brinquedos que saem e dão lugar a gavetas.Com a redefinição dos espaços domésticos, as áreas de convívio foram ampliadas e os quartos reduzi-dos. Isso fez com que os móveis soltos dessem lugar aos planejados com o objetivo de aproveitar cada centímetro de espaço disponível. Outra coisa que mudou foi o estilo da mobília, a melhor escolha é por móveis lisos, sem entalhes e que não acumulam poeira. “A decoração agora é clean, leve, tudo tem que ser prático e fácil de limpar”, destaca Andrea.

Detalhes na iluminação

também podem deixar o

ambiente mais divertido

A decoração com branco em estilo provençal é uma boa opção para acompanhar o crescimento das crianças, prateleiras de brinquedos depois podem abrigar livros, por exemplo

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A iluminação é outro ponto importante no projeto de um quarto infantil, não apenas pela questão es-tética, mas também pelo bem-estar da criança. De acordo com Andrea, uma iluminação aberta ofusca e incomoda a criança, o ideal é que ela seja difusa. Quando a criança crescer, a iluminação pode ser projetada em locais pontuais como na bancada de estudos, por exemplo. Jany Cristina Baena, mãe do Guilherme, 11 anos e do Gabriel, 4, seguiu as dicas da arquiteta Andrea na hora de montar os quartos dos filhos e ficou sa-tisfeita com o resultado. A ideia era que o projeto servisse até a adolescência dos garotos, objetivo que está sendo alcançado. O desafio da arquiteta foi aproveitar cada espaço dos dormitórios que eram bem pequenos e fazer deles um lugar bem aconche-gante. Além da bancada de estudos acoplada com escritório e lugar para videogame e computador, em um dos projetos também entrou uma bicama para receber os amigos. No quarto do filho menor, o box para os brinquedos futuramente irá se trans-formar numa escrivaninha.“A arquiteta Andréa Petini trouxe possibilida-des variadas, sem tema de nenhum personagem infantil, os anos passam e o quarto continua muito atual.Fiquei satisfeita tanto pelo trabalho bem feito, quanto pela rapidez na execução”, co-mentou Jany.

Arquiteta Andrea Petini mostra opção de quarto atemporal

Quadros e objetos que podem ser facilmente substituídos são boas opções para decorar o quarto sem perder a versatilidade

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CAPAhome reviewc

Em busca de qualidade de vida, cada vez mais pessoas estão migrando da capital para o interior. Empresas também estão fazendo esse movimento em busca de melhores instalações e custos.

interiorBOAS RAZÕES PARA MORAR NO

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A definição de qualidade de vida é algo subjetivo e, durante muito tempo, este-ve ligada a vivermos em grandes centros

urbanos. Com isso, muitas pessoas migraram do interior com a esperança de encontrar uma vida melhor nas metrópoles, com mais opções de tra-balho, melhor remuneração, acesso a melhores ser-viços públicos, etc.

No entanto, essa visão romântica de se viver bem nas grandes cidades foi sendo desconstruída ao longo do tempo para muitas pessoas, que come-çaram a almejar ter mais tempo com a família, mais contato com a natureza, perder menos horas por dia no trânsito, praticar atividades físicas ao ar livre, entre outras coisas. Para elas, a vida nas metrópoles tornou-se cara, estressante e perigosa. Essa nova percepção impulsionou um movimento contrário ao que estávamos acostumados a ver, a migração cada vez maior da capital para o interior. Todavia, essas pessoas que estão deixando as gran-des metrópoles já estão acostumadas com um pa-drão de serviços de saúde, lazer, educação que que-rem preservar, por isso, quando decidem se mudar, procuram cidades de porte médio, próximas aos grandes centros, onde encontrarão qualidade de vida, mas ainda poderão ter o nível de serviços a que se acostumaram e, em alguns casos, até po-dem continuar buscando alguns deles na capital. São José dos Campos é uma das cidades que está na mira dessas pessoas que exigem infraestrutura e serviços de qualidade, mas valorizam a qualidade de vida do interior. “As pessoas são atraídas pela infraestrutura da ci-dade e pelos preços de imóveis residenciais, que estão entre 20% e 25% mais baratos que na capital. Diariamente saem cerca de 40 ônibus fretados de

Para Alfredo de Freitas,

proprietário da Nova Freitas

Imóveis, muitas pessoas têm

vindo para o interior em busca

de moradias melhores e mais

acessíveis

O trânsito é um dos fatores que têm afastado as pessoas das grandes cidades

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São José dos Campos com profissionais que atuam em São Paulo. Isso mostra que as pessoas inicia-ram essa migração por encontrarem aqui melhores oportunidades de moradia com valores mais aces-síveis”, explica Alfredo de Freitas, proprietário da Nova Freitas Imóveis.De acordo com Águeda Souza Lima, sócia pro-prietária da PRT Empreendimentos Imobiliá-rios, a empresa registrou, no último ano, um aumento significativo na procura de terrenos por pessoas que querem se mudar da capital para o Vale do Paraíba.“São pessoas de todas as idades. Temos casais com filhos ainda pequenos ou jovens, casais que já criaram os filhos e agora querem um terreno maior, pois desejam construir casas térreas já pensando em prevenir problemas com mobili-dade, evitando escadas, e que têm interesse por uma área de lazer convidativa para receber os filhos, agora já casados e os netos”, afirma.Apesar de ser uma cidade industrial, São José dos Campos ainda preserva características de cidade do interior, sem deixar a desejar na infraestrutura. O progresso urbano caminha junto com a preser-vação da natureza, por exemplo. Segundo Águeda, esses atributos são importantes fatores de atração de novos moradores.

“O que todos querem é qualidade de vida, gastar menos tempo no trânsito, ar puro, mais contato com a natureza. Ficam felizes ao saber que os fi-lhos irão andar de bicicleta nas ruas, poderão ca-minhar sem perigo, inclusive à noite. Terão casas com jardins, árvores frutíferas, irão passear com seu cachorro, enfim, acho que está havendo uma nostalgia por parte dessas pessoas que vêm para cá para se recordar do que tiveram na infância, “reviver” a experiência de viver com liberdade, e querem proporcionar isso aos filhos. Importante ressaltar que a maioria enfatiza o silêncio como uma característica importante. Principalmente dormir à noite, sem barulho de trânsito, ou festas no prédio”, destaca. Segundo a empresária, o Urbanova tem sido a prin-cipal escolha desses novos moradores, pois o bairro proporciona mais contato com o verde, sensação de segurança e mais opções de condomínios ho-rizontais. “O item segurança é o que mais atrai a todos, por isso preferem loteamentos fechados. No Urbanova, a natureza no entorno é convidativa, e isso encanta as pessoas que também buscam um terreno maior tais como os encontrados no Reser-va do Paratehy que possui metragens a partir de 700 m2 e o Colinas do Paratehy, com metragens a partir de 600 m2”, explica.

A sócia proprietária da PRT Empreendimentos Imobiliários, Águeda Souza Lima

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Foi em busca desse ideal de vida que Fábio Bellu-cio, 40 anos, trocou o agito paulistano pelo sossego joseense. A decisão de sair da capital surgiu pouco tempo depois de seu casamento com a superviso-ra de TI Roberta Bellucio, 33. Fábio, que na época trabalhava como gerente comercial da Roche, um dos maiores laboratórios farmacêuticos do país, percebeu que o ritmo de São Paulo não se encai-xava mais nos projetos de vida do novo casal que planejava aumentar a família e desejava fugir de tudo que comprometia a qualidade de vida. “São José tinha tudo o que a gente buscava, é uma ci-dade com boa infraestrutura, bem organizada, rica, perto de São Paulo, onde acontecem os negócios e um lugar para criar filhos de uma forma mais tranquila. Vivendo em São Paulo acabamos perdendo muito tempo no trânsito, estacionar o carro é muito mais difícil, tem a questão da segurança, das praças que não podemos usufruir bem porque ou são degra-dadas ou perigosas para passear e fazer exercícios”, afirma Fábio.Segundo ele, vários fatores contribuíram para a es-colha por São José. Ele e a esposa tinham amigos na cidade e, por isso, puderam conhecer mais do local.

Depois de ser convidado para trabalhar na Johnson & Johnson, Fábio não teve dúvidas, elegeu São José como seu novo endereço. Atualmente ele é sócio proprietário da Deploy, consultoria especializada em logística e Supplay Chain. A empresa fica loca-lizada a duas quadras do apartamento onde mora, no Jardim Aquárius, isso lhe permite se deslocar a pé para o trabalho, privilégio que, segundo ele, é quase impossível em uma cidade grande.Como toda mudança é um processo que envolve ga-nhos e perdas, Fábio observa que essa situação exige uma avaliação criteriosa, pois se por um lado a cidade grande oferece uma maior quantidade de atividades para os momentos livres como várias opções de te-atros, concertos e outras formas de entretenimento, por outro, ela lhe rouba a disposição.“São Paulo tem uma infinidade de opções de la-zer, mas quando chega sexta-feira a gente já es-tá tão esgotado e sem energia que a última coisa que queremos fazer é sair de casa. Então, de nada adianta ter uma infinidade de opções de lazer se não temos disposição para aproveitar. E aqui é di-ferente, quando chega a sexta-feira, nós estamos bem-dispostos para buscar coisas novas”, ressalta.

A ESCOLHA POR SÃO JOSÉ DOS CAMPOS E REGIÃOFábio e Roberta Bellucio decidiram viver no interior para ter mais qualidade de vida para a família

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São José dos Campos também é uma cidade bas-tante atraente para as empresas. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia, desde 2013, cerca de 20 empresas nacionais e estrangeiras se instala-ram na cidade. Mais da metade delas são do setor aeroespacial, em virtude de São José ser sede do maior polo aeroespacial da América Latina. En-tre as companhias que vieram para a cidade mais recentemente estão a Boeing e o Grupo Airbus, que abriram centros de pesquisa no Parque Tec-nológico de São José e outros grandes nomes do setor como Safran Aeronáutica, Magnaghi Friuli, Sagem Optovac Dallas Aeronautical Services, Ate-ch e Visiona.Também vieram grandes empresas do setor do comércio, como uma revenda da BMW, a loja de departamentos Havan e o atacadista Assaí. Juntas, todas essas empresas investiram mais de R$ 180 milhões e geraram mais de 1.250 empregos diretos no município.As vantagens para as empresas se instalarem no município são diversas. A cidade tem capi-tal humano qualificado, não tem os problemas de trânsito que causam perdas de muitas horas de trabalho em deslocamentos, os custos de lo-cações corporativas bastante inferiores aos da capital, conta com um excelente Parque Tecno-lógico que permite encontrar prestadores de ser-viços terceirizados com boa qualidade e custo, uma situação logística privilegiada, aeroporto para escoamento de cargas, e incentivos fiscais. Segundo Marcelo Abreu, sócio da MTA Proje-tos Financeiros, quatro pontos são os que mais pesam nesta decisão das empresas de migrar da capital para o Vale do Paraíba, intensificada principalmente nos últimos anos.

“Entre eles estão impostos municipais iguais ou menores, redução dos custos diretos e indiretos da empresa, como aluguel, IPTU, condomínio, seguros e serviços terceirizados, além de me-lhoria na qualidade de vida dos funcionários e redução do custo de vida dos funcionários, bem como escolas, transportes e lazer”, afirma.Outro ponto importante a ser analisado, se-gundo os entrevistados da Home Review, foi a construção do novo eixo do Rodoanel, que interligou rodovias importantes como a Du-tra, Castello Branco e Ayrton Senna ao Porto de Santos, na Baixada Santista. “O Rodoanel foi muito importante, possibilitando maior movimentação e maior aceitação das empre-sas por São José dos Campos. O novo eixo ga-rantiu maior distribuição e logística e colocou o Vale do Paraíba em uma condição especial no mercado e na economia”, acredita Alfre-do de Freitas, que reforça que a cidade está muito bem preparada, com boa estrutura de prédios comerciais, ótima condição de segu-rança, adequados às exigências das empresas, além de excelentes locais para morar, tanto verticais quanto horizontais. Para o secretário de Desenvolvimento Econômi-co e da Ciência e Tecnologia, Sebastião Cavali, os efeitos dessa migração são positivos e estão alinhados com o plano de governo que prioriza um desenvolvimento econômico sustentável. “A chegada de novos negócios e investimentos e o fortalecimento das diversas cadeias produtivas locais são consideradas prioridades absolutas do município pois geram emprego, renda e qua-lidade de vida, criando as bases de um futuro promissor para nossos filhos”, destaca.

EMPRESAS TAMBÉM SÃO ATRAÍDAS PARA SÃO JOSÉ

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MEIO AMBIENTEhome reviewm

ADEQUADO E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS MODERNAS GARANTEM CONFORTO TÉRMICO NA CIDADE

Planejamento

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Especialistas falam os fatores urbanos que verdadeiramente contribuem para as variações de temperatura e a formação de ilhas de calor e como evitar esse fenômeno

Planejamento

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Page 32: Home Review Ed. 3

As ilhas de calor são fenômenos climá-ticos que se caracterizam pelo aumento da temperatura de uma área urbana em

relação a sua zona rural. No entanto, alguns espe-cialistas tais como a engenheira civil e diretora da Associação das Construtoras do Vale do Paraíba – Aconvap, Maria Rita Singulano, a maneira de se mensurar a formação de ilhas de calor não é a mais adequada. Para ela o correto seria considerar como ilha de calor as áreas, cujas temperaturas são mais elevadas quando comparadas ao seu próprio entorno urbanizado.“Não tem como comparar a temperatura da zona urbana com a temperatura da zona rural, pois sa-bemos que o contraste entre as duas áreas é muito

grande. Uma é muito habitada e a outa não. A ilha de calor deve ser considerada em relação ao entor-no e não em relação a uma área que está longe e que possui características bem diferentes”, defen-de Maria Rita. De acordo com a engenheira, outro entendimento errado acerca da ilha de calor urbana se refere à ideia de que a verticalização é o principal causador do fenômeno. “Não é a verticalização que produz uma ilha de calor, mas fatores como a morfologia das edificações, o tipo de material utilizado nas construções, a umidade do ar e ausência de áreas verdes no entorno é que são responsáveis por essa variação termal”, afirma. Somam-se a isso, outros agravantes urbanos co-mo a diminuição da evaporação em virtude da retirada da vegetação, maior absorção de radiação solar pelas superfícies impermeáveis como asfal-to, redução da velocidade do vento devido à falta de espaçamentos entres as edificações, emissão de gases poluentes, entre outros. Um estudo específico sobre a localização das ilhas de calor em São José dos Campos, realizado por pesquisadores da Univap e IEAV/CTA, concluiu que o adensamento horizontal, algumas vezes, in-flui mais significativamente na temperatura local do que o próprio adensamento vertical.A pesquisa inti-tulada “Estudos de ilhas de calor na cidade de São José dos Campos utilizando o canal infravermelho termal do Landsat-5 e o aerotransportado HSS”, apontou que o Jardim Morumbi, por exemplo, bairro onde há

Walkiria Sassaki acredita que

planejamento de mais áreas verdes

urbana é uma boa opção para

combater as ilhas de calor

Vista parcial do Jardim

Aquárius, apesar de ter muitos

prédios, o bairro tem variação térmica até 3

graus menor que outros pontos

da cidade onde há adensamento

horizontal

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É comum associarmos a formação de ilhas de calor ao nível de urbanização das cidades. No entanto, elas existem onde há intervenção do homem no meio ambiente, mas não são exclu-sividade do ambiente urbano, prova disto é a existência deste fenômeno em áreas rurais onde há plantio de cana-de-açúcar e pastagens de ga-do, devido ao alto índice de emissão de gases causadores do efeito estufa, promovido por essas culturas.

predomínio de construções horizontais, apresenta temperaturas relativamente elevadas em compara-ção com o Jardim Aquárius, bairro mais verticali-zado da cidade. De acordo com o estudo, a variação termal do entorno do Jardim Aquárius foi de 7°C enquanto que no Jardim Morumbi foi de 10°C. A explicação para tais resultados está no tipo de material utilizado na cobertura das casas no Jardim Morumbi. Já no Jardim Aquárius, o que se obser-vou foi que o espaçamento entre as construções permitindo a ventilação e renovação do ar con-tribui para maior conforto térmico. Dessa forma, conclui-se que não são os prédios os vilões da po-luição térmica.Apesar disso, Maria Rita chama atenção para uma série de medidas que precisam ser adotadas na construção de edifícios. “O ideal é que se possa ter prédios mais altos, mas isso não significa sair construindo sem critérios. É preciso que haja dis-tância adequada entre um e outro, que no entorno tenha áreas de lazer, espaços verdes e áreas de con-vivência das pessoas. É importante optar pelo uso de materiais de construção mais modernos que não agridam o meio ambiente e que permitam maior conforto térmico e, consequentemente, menor con-sumo de energia. A construção deve ser sustentável e aproveitar o máximo da energia solar. São essas questões que irão influenciar para a não formação da ilha de calor urbana e determinar se a cidade oferece uma qualidade de vida boa”, conclui.” Para Walkiria Sassaki arquiteta, urbanista e espe-cialista em gestão ambiental, as estratégias para reduzir os efeitos da ilha de calor urbana devem ir além dos cuidados com as construções. “Uma forma de minimizar o problema poderia ser o pla-nejamento de mais áreas verdes na malha urbana, incluindo as regiões periféricas, pois a vegetação altera os índices de reflexão do calor e favorece a manutenção da umidade relativa do ar. Além disso, a adoção de políticas públicas que incentivem o uso

QUALIDADE AMBIENTAL DE SÃO JOSÉ - São José dos Campos possui 20,8 m² de área verde por habitante. Número muito acima do que a Organização das Nações Unidas - ONU recomenda que é de 12 m². A maior parte dessas áreas verdes encontram-se nas Áreas de Proteção Ambiental do município, fora da zona urbanizada.

de materiais que retenham menos calor e métodos construtivos que permitam a ventilação e uso de re-cursos como os telhados verdes e a refrigeração por meio de cortinas d’água, por exemplo”, disse.Segundo a especialista em gestão ambiental, a cober-tura verde ou o uso de cores mais claras nos prédios, visam reduzir a dimensão do problema, mas são me-didas pontuais que devem estar inseridas em um con-texto maior, de planejamento urbano, em conjunto com medidas de âmbito e escalas maiores como, por exemplo, o sistema de transportes, pois a poluição dos centros urbanos também colabora com a formação dos bolsões térmicos, a implantação de mais praças arborizadas nas regiões periféricas e um programa efetivo de arborização urbana.

Para a engenheira civil e diretora da – Aconvap, Maria Rita Singulano, a forma mais comum de mensurar a formação de ilhas de calor não é amais adequada

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ENTREVISTAhome reviewe

Denise Campoy,EQUILÍBRIO NASINTERVENÇÕES URBANAS

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Denise Liberato Campoy é a nossa entrevistada especial desta edição. Joseense, formada em arquitetura e urbanismo pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo,cursou decoração na Escola Paulista de Decoração,é uma das fundadoras do conceituado estúdio de arquitetura Chaves e Campoy em São José dos Campos. Ela é casada com o economista Domingos de Brito Campoy e mãe da Mirela Liberato Campoy, de 21 anos. Denise, que tem 51 anos de idade, carrega na bagagem 25 anos de experiência profissional e é responsável por projetos diversificados que se destacam pela originalidade. Nesta entrevista, Denise compartilha um pouco de sua história profissional e visão pessoal acerca das mudanças que estão previstas para a cidade, como a Lei de Zoneamento.

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Home Review: Como surgiu seu interesse pela arquitetura?Denise Campoy: Acredito ter sido motivada por vocação de criar, mas teve início de uma ma-neira bem interessante. Minha avó tinha um atelier e uma esco-la de corte e costura, era um sa-lão enorme com mesas grandes, muito papel, esquadros, réguas e alunas. Com 10 anos de idade eu entrevistava essas alunas so-bre como gostariam que fosse o projeto de uma casa e, desta for-ma, criava a planta completando com layout do mobiliário. Tenho algum desses “projetos” que con-sidero até bem viáveis para os dias de hoje. Essa fase da minha vida me levou a pensar na arquitetura como minha futura carreira profissional.

Home Review: Você é proprietária de um dos escritórios de arquitetura mais importantes da cidade. Como foi essa trajetória?Denise Campoy: Durante minha trajetória pro-fissional adquiri conhecimentos através de semi-nários, muita pesquisa, viagens, assinatura de re-vistas importadas, etc. A arquitetura nunca foi um fenômeno estático, daí a necessidade de constante atualização. Em 1991, eu e minha sócia, Márcia Chaves, que infelizmente faleceu há quase 7 anos, criamos o Studio Chaves & Campoy. Desde o iní-cio tivemos uma atuação bastante diversificada dentro da arquitetura, projetando residências, es-colas, hotéis, shopping centers, clínicas, edifícios comerciais e residenciais, etc. Essa característica multidisciplinar do escritório contribuiu para en-frentarmos os períodos de crise e consolidarmos a

C&C como uma empresa bastan-te respeitada na região.A Chaves & Campoy iniciou com projetos pequenos e, com ganho de expe-riência, as áreas de atuação se di-versificaram o que resultou num portfólio bastante significativo. Atualmente, os empreendimen-tos residenciais ou multiuso são o carro chefe da empresa.

Home Review: Qual sua visão sobre o papel da arquitetura na sociedade atual?Denise Campoy: O real valor da arquitetura é proporcionar melhor qualidade de vida para

a população. Nossos projetos englobam questões primordiais da sociedade, como mobilidade urba-na, sustentabilidade, acessibilidade e sem deixar de mencionar a estética. Por isso, é papel do arquiteto contribuir para a construção de uma cidade melhor.

Home Review: Qual sua opinião sobre o campo da arquitetura hoje em São José dos Campos e região?Denise Campoy: A arquitetura em SJC está em expansão, pois o cliente passou a reconhecer e va-lorizar muito um projeto bem executado e deta-lhado. Acrescentamos isso ao fato do profissional de arquitetura ter qualificações para desenvolver projetos em diversas áreas, tais como: residenciais ou comerciais, paisagismo, arquitetura de inte-riores, planejamento urbano, possibilitando que ele encontre sempre aberta uma fatia do mercado.

Home Review: Quais suas expectativas para o futuro do setor?Denise Campoy: A arquitetura está diretamente ligada à construção civil, mercado imobiliário e leis que regem o setor. Estamos vivendo um momen-to complexo, porém tenho uma visão otimista do futuro do setor. Aqui na C&C nossa equipe não se acomoda, estamos sempre trabalhando e prospec-tando novos projetos/clientes. Busco sempre pre-servar a alta qualidade do meu trabalho.

Home Review: Os projetos multiuso são uma forte tendência da atualidade. O que você acha

A arquitetura nunca foi um fenômeno estático, daí a ne-cessidade de constante atua-lização.

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destes espaços que integram trabalho, lazer e moradia num só lugar?Denise Campoy: Sou bastante favorável a esse ti-po de empreendimento, pois elevam a qualidade de vida da população causando impactos sociais e ambientais positivos. Atualmente há um interes-se mais acentuado por esse tipo de produto, que

já é um conceito bastante utilizado fora do país e até mesmo em São Paulo temos dois exemplos bastante consolidados: o Conjunto Nacional (inaugurado em 1956) e o Conjunto Brascan Century Plaza (inau-gurado em 2003). Ambos agregam no mesmo local lazer (cinemas, livrarias, restaurantes, etc.), moradia (edifício residencial/hotel) e trabalho (edifício de es-critório/serviços).Acredito que esta é uma solução in-teligente frente o aumento dos problemas de trânsito e violência das cidades grandes. Espaços que integram trabalho, lazer e moradia num mesmo local resolvem grande parte das questões de deslocamentos e con-veniência do dia a dia.

Home Review: No seu ponto de vista o que São José dos Campos ganha com a implantação de projetos com essa característica na cidade? Denise Campoy: Para a cidade, o ganho maior está na redução dos deslocamentos, indo ao encontro com o plano de mobilidade urbana que está sen-do desenvolvido pela Secretaria de Transportes e discutido com a sociedade.

Home Review: Como você avalia a relação do setor da construção civil com a atual lei de Zo-neamento?Denise Campoy: O setor está praticamente con-gelado, pois a lei atual é bastante restritiva. Neste momento, vivemos uma expectativa enorme de que a nova Lei de Zoneamento propicie uma retomada nos investimentos de forma sustentável e planejada.

Home Review: As construtoras locais estão se desenvolvendo muito e investindo cada vez mais em projetos com foco na qualidade, na durabi-lidade do imóvel e sustentabilidade. O que você acha dessa evolução? Denise Campoy: O cliente mudou seu referencial de qualidade, passou a ser mais exigente, valorizan-do cada vez mais um projeto di-ferenciado e uma obra de quali-dade, que incorpore soluções de sustentabilidade e baixo nível de manutenção. A nova norma de desempenho da construção civil, em vigor desde julho de 2013, pas-sou a exigir dos projetos e obras requisitos mínimos de segurança, conforto e durabilidade.Somando esses 2 fatores à com-petência e investimentos das construtoras locais, acredito que o produto final para o cliente ga-nha muito, o que irá refletir di-retamente na qualidade do setor imobiliário. São José dos Cam-pos certamente representará um destaque nesse setor.

O cliente mudou seu refe-rencial de qualidade, passou a ser mais exigente.

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PLANEJAMENTO URBANOhome reviewp

Zoneamento?As cidades crescem e se transformam. Mas para que essa transformação acon-teça alinhada a uma perspectiva de me-

lhoria da qualidade de vida urbana, é preciso que o crescimento seja planejado. É neste sentindo, de orientar e ordenar os vetores de crescimento do município, que a lei de zoneamento se insere, sen-do responsável por estabelecer a organização ter-ritorial. Ao observarmos de forma mais ampla a importância da lei de zoneamento, podemos per-ceber que seu papel se estende para além do âmbito geográfico, pois, quando bem elaborada, ela torna-

-se uma forte aliada também do desenvolvimento econômico e sustentável. Como é responsável por fixar os parâmetros pa-ra uso e ocupação do solo urbano, a lei de zo-neamento vai sempre inf luenciar o mercado da construção civil, estimulando ou freando o cres-cimento dessa que é uma das atividades econô-micas mais importantes para o país, tanto pela alta capacidade de geração de empregos diretos, quanto pela capacidade de geração de demanda por produtos e serviços que a abastecem. Ter uma lei que incentiva a construção, a venda e

QUAL É O VERDADEIROPAPEL DA LEI DE

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Entenda como uma lei de zoneamento bem elaborada ajuda no crescimento econômico e sustentável das cidades

Zoneamento?produção em maior escala de produtos como cimento, areia, tijolos, pedras, madeiras, tintas, entre outros; bem como o aumento na oferta de trabalho e consequentemente do consumo.Além de movimentar diversos setores da econo-mia, a atividade construtiva também é importante por elevar a arrecadação de IPTU do município. Nos casos da construção de edifícios residenciais, por exemplo, o IPTU territorial é transformado em IPTU predial, ou seja, o valor deixa de ser cobrado pelo terreno e passa a ser arrecadado por unidade de apartamento aumentando o valor total arreca-

dado. Diante desses fatores, especialistas acreditam que impedir o avanço da construção civil por meio da lei significa agir contra o próprio crescimento econômico. “Uma legislação que proíbe a execu-ção do setor da construção civil é como um efeito dominó. Derrubar o crescimento desta atividade reflete no mercado imobiliário, no financiamento, no emprego, no consumo e na criação de impos-tos”, destaca o arquiteto e urbanista José Marcon-des César. Considerando que a construção civil é uma das ati-vidades que mais geram riquezas para as cidades,

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a dúvida que fica é se ela pode fazer parte de um modelo sustentável de crescimento urbano e como a lei de zoneamento pode contribuir com isso. Sob esse prisma, um novo modelo de cidades tem sido difundido entre urbanistas do mundo inteiro, no

qual se prioriza o crescimento para dentro das ci-dades. Em vez de expandi-las, busca-se reestrutu-rá-las produtivamente reciclando áreas centrais e vazios urbanos, incentivando, assim, a diversidade de usos, o adensamento em locais já urbanizados e evitando o crescimento difuso em áreas periféricas de proteção ambiental.Para isso, a lei de zoneamento deve colocar em prá-tica a perfeita noção de equilíbrio entre a moradia e o trabalho da população, bem como direcionar es-forços para dotar a cidade de ampla infraestrutura. “Uma lei de zoneamento ideal é aquela que integra bem a mobilidade, moradia, trabalho e meio am-biente”, afirma o arquiteto e urbanista Jaime Ler-ner, que esteve recentemente no Vale do Paraíba.Uma vez integrados todos esses pontos, vários be-nefícios para a vida urbana se tornam evidentes. Entre eles estão a redução na emissão de carbono pela diminuição do uso de automóveis, menos con-sumo de energia per capita e a própria conservação das áreas ambientais.Para se alinhar a essa proposta, o setor da constru-ção está cada vez mais consciente de seu papel, não

Toda lei de zoneamento deve ser elaborada com um olhar futuro sobre o território da cidade. Por isso é importante que de tempos em tempos sejam realizadas discussões para sua revisão e aperfei-çoamento. Algumas modificações são necessárias em virtude do crescimento da população, que con-sequentemente fará crescer a demanda por mais moradias, mais locais de trabalho e espaços de lazer. Para isso, faz-se necessário um minucioso estudo técnico com arquitetos, urbanistas e en-genheiros, além de contar com a participação da população nas decisões. “Pensamos em uma cidade para todos, que ofereça oportunidades e facilidades e priorize a qualidade de vida para todas as pessoas. O objetivo da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo é garantir o desenvolvimento econômico e social do município, com melho-ria na qualidade de vida da população”, explica o secretário de planejamento de São José dos Campos, Miguel Sampaio Júnior.A “Vivemos um momento difícil na cidade, em relação a lei de Zoneamento. A lei 428/2010, extremamente restritiva, sofreu algumas alte-rações em 2013 que amenizaram um pouco as exigências, principalmente corrigindo alguns erros. No entanto, nossa cidade precisa de uma nova lei: moderna, preocupada sim com a qua-

lidade de vida, mas também com o desenvolvi-mento econômico”, defende Maria Rita.O Tribunal Regional julgou inconstitucionais, através de uma Ação Direta de Inconstitucio-nalidade proposta pelo Ministério Público, 28 emendas propostas pela Câmara em 2010 e, com isso, hoje, parte do município de São José dos Campos está sem lei de zoneamento e não é possível aprovar loteamentos em nenhuma área da cidade.Segundo o secretário de planejamento urba-no de São José dos Campos, Miguel Sampaio Júnior, a nova lei de zoneamento, que está em fase final de elaboração, traz um conjunto de diretrizes que, integradas a outros instrumen-tos, vão permitir avanços significativos para o município dentro dos conceitos de sustentabi-lidade urbana. “O texto é abrangente e sua aná-lise deve ser feita em objetivos e resultados, não apenas em questões isoladas.Os detalhes serão apresentados e debatidos em consulta e audiên-cias públicas que acontecerão em breve”, disse.“Para que nossa cidade não pare é necessária uma união de forças do executivo, legislativo, e toda a sociedade para que seja feita uma dis-cussão madura de uma nova lei de zoneamento e que seja aprovada com urgência em benefício de todos”, destaca Maria Rita.

O arquiteto e urbanista José

Marcondes César

DISCUSSÕES NA LEI DE ZONEAMENTO EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

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O POTENCIAL CONSTRUTIVODE SÃO JOSÉ DOS CAMPOSDepois da indústria, a construção civil é a maior atividade eco-nômica de São José dos Campos. Somando o número de pessoas associadas aos funcionários das empresas adjuntas das entida-des ligadas ao setor (CREA, CRECI, ACONVAP, SINDUSCON, AELO, AEA, SECOVI), em São José dos Campos há um total de 42 mil pessoas que atuam no mercado da construção civil, movimentando, ao ano, cerca de 4 bilhões de reais. De 2008 a 2012, durante o boom imobiliário, o capital financeiro movi-mentado na cidade pelo setor era o dobro desse valor, chegan-do a ser maior que o PIB de alguns países da América do Sul.

apenas na transformação da paisagem, como tam-bém no consumo de recursos naturais e geração de resíduos e, por isso, vem buscando caminhos para conciliar a atividade produtiva e o desenvolvimen-to sustentável. O empenho do setor em desenvolver estratégias e soluções de engenharia e arquitetura para se integrar harmonicamente ao meio ambien-te tem como resultado o uso de novos materiais artificiais e inteligentes, investimento pesado na reciclagem de resíduos gerados nos canteiros de obras e em projetos de edifícios sustentáveis que, entre outras inovações, são autossuficientes no re-aproveitamento de água e energia.No contexto de reciclar os territórios, a verticali-zação ganha importância amparada pela ideia de que não é restringindo a construção, mas dando diretrizes para o surgimento de soluções criativas, que se atingirá o desenvolvimento urbano susten-tável ideal. “Existem critérios que precisam ser res-peitados. O governo deve criar a lei e fiscalizar se está sendo executada até o limite, mas são os em-presários do segmento que devem determinar o tamanho do investimento, volume, altura, local e tudo mais. A pesquisa imobiliária existe para isso e esse é um segmento muito bem preparado tec-nologicamente”, destaca José Marcondes.A engenheira Maria Rita Singulano explica que a limitação imposta por uma lei de zoneamento sem critérios técnicos gera uma série de conse-quências para o contexto urbano-social. Se a lei limita muito, menos imóveis serão construídos e consequentemente serão mais caros, então quem poderá comprar são as pessoas com maior poder

aquisitivo e aquelas com menos condições acabam indo para a periferia, principalmente num cenário em que os financiamentos habitacionais se tornam mais difíceis e mais caros. “Quando essa população vai morar na periferia ela exige do poder público investimentos para proporcionar-lhes educação, saúde, esporte, lazer e outros benefícios. Como o poder público não tem orçamento para atender a todas as demandas, essas pessoas terão uma qua-lidade de vida cada vez mais baixa. O Nosso Pla-no Diretor, lei N° 306/2006, já se preocupa com o espraiamento da cidade, com os grandes vazios urbanos e propõe a ocupação preferencialmente de áreas onde já tem infraestrutura consolidada. No entanto, para que isso aconteça a lei de zoneamento tem que proporcionar uma ocupação condizente com o custos dessas áreas. A sustentabilidade só é possível quando três fatores são atendidos, o so-cial, o ambiental e também o econômico”, afirma.

Para o arquiteto e urbanista Jaime Lerner, uma lei de zoneamento ideal é aquela que integra mobilidade, moradia, trabalho, e meio ambiente

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MEU JARDIMhome reviewm

QUE SOBEM PELAS PAREDESQUE SOBEM PELAS PAREDESQUE SOBEM PELAS PAREDESOs jardins

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Conheça o quadro e o painel vivo, as mais modernas soluções em jardins verticais pensadas para serem práticas e duráveis

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Os jardins existem desde as primeiras ci-vilizações. De lá para cá, muita coisa mu-dou e esses ambientes agradáveis assumi-

ram diferentes estilos, diferenciando-se de acordo com o momento histórico de cada sociedade. Na Antiguidade, período dominado por muitas guer-ras, eles eram confinados em muros altos, com o Renascimento se tornaram espaços abertos aos visitantes e, hoje, com o rumo que a vida contem-porânea nas grandes cidades tomou, os jardins precisaram se reinventar ainda mais. O que está em alta agora são os jardins verticais, uma tendência que conta com o pioneirismo bra-sileiro. Essa nova proposta vem ao encontro das necessidades de conexão do homem com a natu-reza no meio urbano, cuja paisagem é marcada por concreto e espaços horizontais limitados. Diante do anseio de aumentar a presença do verde nesse contexto, a paisagista e empresária Gica Mesiara desenvolveu técnicas e soluções para transformar paredes em jardins e se tornou numa das mais im-portantes especialistas do mundo nesse assunto, acumulando, até o momento, 15 anos de experi-ência e 8 patentes internacionais.“Eu achava que a nossa relação com meio ambiente precisava ser revista para nossa própria sobrevi-vência. Eu queria empreender algo que trouxesse a natureza para a vida urbana, então eu resolvi fazer isso através das plantas porque é a conexão

principal que nós temos para equilibrar o plane-ta, equilibrar o clima, trazer harmonia e beleza”, afirma Gica.Ela foi responsável por inaugurar um novo con-ceito ecológico. Entre suas invenções, destacamos o Quadro Vivo, como o próprio nome já sugere, trata-se de um jardim vertical móvel em formato de quadro, e o Painel Vivo, uma opção modular e reinstalável. Ambos são perfeitos para áreas pe-quenas, uma vez que permitem o cultivo sem ocu-par espaço. Os produtos proporcionam um efeito estético impactante, além de benefícios como a purificação do ar, graças a enorme capacidade que as plantas têm de filtrar a poluição da atmosfera. E tudo isso de uma forma prática e sem perda de tempo com manutenção. O Quadro Vivo é uma obra de arte que pode ser exposta em diferentes locais. No ambiente domés-tico, essa técnica pode ser implantada tanto na área externa, desde que haja cobertura, quanto interna. Na cozinha, por exemplo, além da função decorati-va, o quadro vivo também pode ser utilizado para o cultivo de horta, temperos, etc. O Painel Vivo, diferentemente do Quadro, pode ser implantado em áreas externas sem cobertura. No entanto, essa técnica exige um pouco mais de cuidado nos ambientes internos, uma vez que, para a rega são necessários ponto de hidráulica e área de escoamento.

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Num projeto de Quadro Vivo, as mudas são colocadas em porta-plantas desenvol-vidos pela paisagista especialmente para atenderem as necessidades de um jardim vertical. Esses porta-plantas são fixados a um suporte de madeira ou de acrílico que funciona como moldura e que possui um sistema de irrigação autossuficiente controlado por microcomputador. A água drenada é a mesma que rega, gerando um ciclo de irrigação inteligente. O produto possui certificado de garantia contra va-zamentos e contra danos à estrutura da parede. A instalação é prática e rápida, apenas alguns furos na parede e uma to-mada de energia. Também há a opção do sistema de rega manual.

O PROJETO

Para que esses projetos fossem possíveis, Gica se dedicou a um imenso trabalho de pesquisa. O co-nhecimento adquirido com os estudos permitiu identificar quais as especificidades de cada planta na aplicação dos jardins verticais, além do desen-volvimento de uma série de tecnologias capazes de aumentar a capacidade das plantas de despoluir o ar e de viver por mais tempo. Antes da implanta-ção de um Quadro Vivo ou Painel, é necessária uma análise do local em relação a luminosidade, microclima, incidência de sol, vento, maresia, entre outros fatores para que a espécime escolhida seja

À esquerda Quadros Vivose a direitaPainel Vivo

Gica Mesiara, paisagista e empresária

ideal para o tipo de ambiente.“Quando alguém faz um jardim, pressupõe-se que aquela pessoa está querendo vida, mas a vida tem exigências e caprichos, por isso é preciso entendê-la e assim fornecer condições para que ela aconteça. A maior frustração que alguém pode ter com um jardim é ter muito trabalho com manutenção ou perder as plantas. O nosso compromisso com a vida fez com que desenvolvêssemos um produto excelente que permite que a vida aconteça e se per-petue de uma maneira que o dono do jardim tenha o mínimo de manutenção possível”, destaca Gica.

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Programação fixa e mensal de atividades artísticas e culturais, além do ambiente agradável em meio a cidade são atrativos

Vicentina Aranha

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A importância histórica e cultural do Par-que Vicentina Aranha para São José dos Campos faz dele uma marca da identidade

joseense. Instalado no coração da cidade, o prédio que no passado abrigou o Sanatório Vicentina Ara-nha, considerado um dos mais importantes cen-tros para tratamento da tuberculose da América Latina, hoje é um lugar para ser desfrutado por toda a população.O Parque conta com uma área edificada de cerca de 12.000m² e um bosque de cerca de 44.000 m², que abriga canteiros com paisagismo e algumas árvores raras e centenárias como o Mogno, a Pero-ba Rosa, o Jequitibá, Jacarandá da Bahia, Gonçalo Alves, Pau Mulato, Jatobá, Braúna Preta, Araribá, Guarantã, Cabreúba Vermelha, Louro Pardo e ou-tros. Um convite à prática de atividades físicas em contato com a natureza. Desde 2011, através de um contrato de gestão com a prefeitura de São José dos Campos, a Associação Joseense para o Fomento da Arte e da Cultura – AJFAC passou a administrar o Parque com a fina-lidade de promover, fomentar e gerenciar projetos voltados a ações culturais, artísticas e de lazer, co-mo também a restauração das edificações tomba-das pelo patrimônio histórico no Parque.Para preservar o Patrimônio e sua História, as obras de restauro do Parque são financiadas princi-palmente pelo poder público, mas também contam com a participação da comunidade e da iniciativa

privada. Para incentivar o financiamento coletivo do restauro, a AJFAC instalou um painel lúdico no Parque para que as pessoas acompanhem a evolu-ção das obras e o status da arrecadação. “O Parque Vicentina Aranha é um patrimônio his-tórico de São José dos Campos que merece ser pre-servado, restaurado e apropriado pela população da cidade. Através do Núcleo de Preservação do Patrimônio Histórico e Arquitetônico -NUPHA do Parque Vicentina Aranha, a AJFAC, com historia-dores e arquitetos especializados em restauro, vem gradativamente devolvendo este espaço para a po-pulação, restaurando as edificações, a memória do local e promovendo a ocupação dos espaços para um uso contemporâneo”, afirma Angela Tornelli, diretora da AJFAC.Para integrar cada vez mais a população ao Par-que, a administração oferece uma série de ativida-des culturais para todos os gostos. O Parque fica aberto todos os dias, das 5h às 22h e possui uma programação que se renova a cada mês. A maioria dessas atividades são desenvolvidas e organizadas pela própria equipe de produção da AJFAC e outras são realizadas por meio de parcerias com o SESC, a Prefeitura, Fundação Cultural Cassiano Ricardo e patrocinadores.“Esperamos contribuir com a preservação desse patrimônio, perpetuando sua história e consoli-dando a vocação cultural do espaço para a comu-nidade”, ressalta Angela.

Vista aéreado parque

FOTO

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Conheça alguns projetos com periodicidade fixa• Música no Parque (todo domingo às 10h30);• Exposição “Cenários da Ocupação Humana em SJC e Fase Sanatorial” – Pavilhão Alfredo Gal-

vão (todos os dias das 8h às 18h);• Artes Corporais da Medicina Tradicional Chinesa (quintas e sábados das 8h30 às 9h30);• Sala de Leitura (terças, quintas, sextas e finais de semana das 10h às 17h);• Feira de Artesanato Mãos e Arte (todo domingo das 9h às 13h30);• Cinema ao Ar livre (todo sábado às 19h00);• Encontro Filosófico (última quinta-feira do mês);• Dança Circular (todo primeiro sábado do mês, das 10h às 12h);• Sala de Xadrez (quintas-feiras, das 18h às 20h e sábados das 9h às 12h);• Exposição de Orquídeas (a cada quinze dias, aos domingos, às 10h);

A programação mensal completa pode ser conferida no site: www.pqvicentinaaranha.org.br

Diretora da AJFAC, Angela Tornelli

Músicano parque

FOTO: ADENIR BRITO

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Área dos dormitórios

Capela

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INTERESSADOS EM CONTRIBUIR COM AS OBRAS DE RESTAURO DO PARQUE PODEM OBTER MAIS INFORMAÇÕES NO SITE WWW.PQVICENTINAARANHA.ORG.BR

SOBRE A AJFAC - A Associação Joseense para o Fomento da Arte e da Cultura foi fundada em 2008 e qualificada como Organização Social de Cultura em 2011, por meio do Decreto Munici-pal. Além do Parque Vicentina Aranha, a AJFAC também é responsável pela gestão administrativa e cultural do Centro da Juventude. A AJFAC é conveniada com a Fundação Cultural Cassiano

Consultório

HISTÓRIA - Inaugurado em 1924, o Sanatório Vicentina Aranha teve seu projeto arquitetônico creditado a Francis-co de Paula Ramos de Azevedo, um dos mais importantes arquitetos do Brasil na época. Sua instalação foi patrocinada pela Santa Casa de Misericórdia paulistana e pela família do senador e banqueiro Olavo Egydio de Souza Aranha. A casa de saúde recebeu o nome da esposa do político, Vicen-tina Aranha, uma mulher engajada na causa de assistência aos tuberculosos. São José dos Campos foi a cidade escolhi-da porque alcançou fama de cidade sanitária, graças ao ar puro e clima local. A instalação do sanatório contribuiu significativamente para o crescimento da cidade. O número de pessoas estabelecidas na região que vieram em busca da cura da doença aumen-tou e com isso o município encontrou incentivo econômico. Com o advento da cura para a tuberculose, o sanatório dimi-nuiu suas atividades para tratamento dos doentes tuberculosos até encerrá-las de vez na década de 60. Tempos depois, o espaço passou a abrigar um Hospital Geriátrico e também uma Asso-ciação de Apoio ao Fissurado Labial Palatal até 1990. Após anos desativado, em dezembro de 2006, o Vicentina Aranha foi com-prado pela prefeitura e se transformou em parque.

Ricardo para a gestão administrativa e cultural da Orquestra Sinfônica de São José dos Campos (OSSJC) para realização de concertos artísticos na cidade. Em parceria com a Secretaria Muni-cipal de Educação, a OSSJC também realiza Pro-jeto de Musicalização nas escolas, promovendo concertos didáticos aos alunos e capacitação de professores.

Fachada central

Dormitório

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FATOR CONDOMÍNIOhome reviewf Andar com o cão na

coleira, usar o elevador de serviços e manter a higiene do animal são algumas atitudes simples que contribuem para manter a paz e a harmonia entre os vizinhos

seu cãoOS DEZ MANDAMENTOS PARA A BOA CONVIVÊNCIA EM CONDOMÍNIO COM

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Cada vez mais os pets são considerados como membros da família e tratados com muito carinho. Foi-se o tempo em

que os animais eram proibidos de frequentar determinados lugares. Hoje a presença deles é cada vez mais comum em shoppings, bares, res-taurantes, hotéis, entre outros. Os diferentes es-tabelecimentos estão aderindo a essa tendência como uma forma de cativar os clientes, pois é um diferencial que atrai aqueles que não conseguem se desgrudar dos seus bichinhos.Os cães são os campeões de preferência. Com toda essa popularidade é difícil imaginar que no passado eles já foram proibidos até mesmo em condomínios. Mas hoje, com um entendi-mento diferente da lei, ter um animal em apar-tamento é um direito amparado pela Consti-tuição Federal no seu artigo 5º que se refere ao direito de propriedade. Com a verticalização das cidades, a presença de animais de estimação dentro de edifícios se tor-nou cada vez mais comum e alguns oferecem até ambientes exclusivos para os bichinhos como pet care e dogwalker. Essa nova realidade de convivên-cia com os animais exige dos donos certos cuida-dos para não causar incômodos, principalmente

quando se trata de morar em apartamento, onde outras pessoas compartilham diariamente as mes-mas áreas comuns como hall de entrada, corredo-res, elevadores, etc. Para a dentista Edmara Amorim, morar em apar-tamento nunca foi um empecilho para criar a Jo-aninha, uma cadelinha da raça lhasa apso que está com 2 anos de idade. “A Joaninha significa alegria para nós. Desde que ela nasceu já morávamos em apartamento e ela se adaptou perfeitamente. Nunca tive problemas com vizinhos, pelo contrário, mi-nha vizinha a adora. Acho que para ter uma boa convivência com as pessoas do condomínio que não têm animal de estimação é fundamental ter respeito mútuo”, destaca.A advogada Monique Nunes explica que cada con-domínio é livre para elaborar sua própria legislação quanto à presença de animais nas áreas comuns e destaca que, além de seguir as regras, é importan-te que os donos de animais ajam, acima de tudo, com bom senso. “Quando alguém escolhe residir em um apartamento, ela se torna parte daquela comunidade e precisa ter uma consciência de bem comum, de consideração para com as necessidades e conforto de todos”, afirma.

Advogada Monique Nunes

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DICAS DE CONVIVÊNCIAMorar em condomínio oferece muitas vantagens e para manter uma harmoniosa atmosfera entre você, seu pet e seus vizinhos, apresentamos dez dicas fundamentais para serem seguidas indepen-dentemente das exigências de seu condomínio:

1 Ande sempre com seu cão na coleira. Não importa o quão treinado e pequeno ele seja,

as outras pessoas se sentirão mais confortáveis se ele estiver totalmente sob seu domínio;

2 Por mais difícil que seja de acreditar, algu-mas pessoas não gostam de cães, por isso

nunca o deixe saltar sobre as pessoas, mante-nha-o com a guia curta para que ele fique pró-ximo de você;

3 Não deixe que seu cão faça necessidades den-tro dos ambientes comuns. Não é nenhum

pouco agradável se deparar com poças de xixi no elevador, por exemplo;

5 Quando estiver com o seu cão, use o eleva-dor de serviço;

4 Ao esperar o elevador, deixe sempre seu cão ao seu lado ou para trás de você, pois as pes-

soas que saem do elevador têm a tendência de ficar na frente da porta para sair assim que a

porta se abrir e elas podem se assustar ao se deparar com o cão. Da mesma forma se é você quem está saindo do elevador, faça com que seu cão saia atrás de você;

6 Caso alguém não fique confortável com a presença do cão, dê preferência para que a

pessoa tome o elevador sozinha;

7 Evite que seu cão fique latindo mesmo dentro de seu apartamento, pois os latidos excessi-

vos perturbam o sossego dos vizinhos;

8Se seu cão é agressivo, considere o uso de fo-cinheira, independente do porte do animal;

9 Cuide da higiene do seu pet com banhos fre-quentes e limpeza diária do local reservado

para as necessidades dele para não incomodar os vizinhos com cheiro desagradável;

10 Nos espaços destinados para os pets, não deixe de recolher os dejetos do seu animal.

A dentista Edmara Amorim brinca com Joaninha

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SOCIALhome reviews

LUTANDO PELOS DIREITOS DOS AUTISTASGAIA,

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Há 10 anos, instituição se dedica à prestação de serviços especializados para promoção da inclusão social de indivíduos com Transtorno do Espectro Autista

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O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição que atinge algumas crian-ças desde o nascimento e pode persistir

durante toda a vida. Ele incorpora uma variedade de distúrbios que variam do mais severo como o transtorno autista, até um grau mais leve como a síndrome de Asperger que é caracterizada por problemasque afetam a forma como os indivíduos interagem e se comunicam.Os Transtornos do Espectro Autista são relativa-mente comuns. Estima-se que a ocorrência seja de uma para cada 150 crianças. Quanto mais cedo, o indivíduo for diagnosticado e receber ajuda com tratamentos e cuidados continuados, maiores são as chances de minimizar os efeitos do transtorno. Em São José dos Campos, o Grupo de Apoio ao Indivíduo com Autismo – GAIA, se dedica à pro-moção dos interesses dos pacientes diagnosticados com TEA, prestando uma série de serviços espe-cializados. O GAIA é uma associação sem fins lu-crativos, fundada em 2005 por um grupo de pais que se uniram com o objetivo de reverter a situ-ação de exclusão social de seus filhos e de outros em igual condição. Ao longo dos anos, a atuação do grupo adquiriu importância considerável num amplo espaço so-cial, destacando-se no atendimento multidiscipli-

nar especializado para habilitação e reabilitação, serviço de diagnóstico e avaliação terapêutica, cur-sos de capacitação para instituições e para profis-sionais das áreas da saúde, educação e assistência social, e na promoção de grupos de estudo e pales-tras, além da participação em eventos científicos.Além da diretoria, dos membros dos conselhos fiscal e de administração,a equipe profissional que atua na instituição é composta por assistente so-cial, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, pedagogo, psi-copedagogo, psicólogo, terapeuta ocupacional e psiquiatra. Atualmente, o grupo é responsável por oferecer atendimento com periodicidade contínua, a 30 pessoas com TEA, além de dar suporte às fa-mília e às escolas que procuram orientação.De acordo com Sara Lúcia, diretora do GAIA, a maior conquista do Grupo é o próprio resultado de seu trabalho realizado com ética e qualidade, que tem impactado positivamente a vida de todas as pessoas atendidas pela instituição. “Já atribuíram ao GAIA o mérito de tirar, aqui no município e região, um público da invisibilidade social. Confesso que sentimos um gostinho de vitó-ria ao ouvir isso. Angariar o respeito e confiança da classe profissional e do público por quem trabalha-mos e também dos demais de nossa comunidade é uma vitória, pois a credibilidade é uma conquista

Equipe do Gaia

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PARA TER MAIS INFORMAÇÕES E SABER COMO APOIAR O GAIA ACESSE: WWW.GAIASJC.ORG.BR OU LIGUE PARA (12) 3302-5756.

valiosa. Mas, seguramente, as maiores conquistas não são do GAIA: são das pessoas e famílias com quem pudemos contribuir para suas pequenas e grandes vitórias”, destaca Sara.Mas apesar das conquistas, a equipe do GAIA en-frenta diariamente o desafio de conseguir os re-cursos necessários para a manutenção e ampliação dos serviços prestados. “O desafio de manter as portas abertas, oferecendo um serviço de qualidade a um número maior de pessoas se renova a cada ano. Hoje, temos uma de-manda reprimida de cento e cinquenta pessoas, que não têm recursos financeiros, precisam dos atendi-mentos que o GAIA oferece e estão aguardando uma vaga subvencionada pelo governo ou por investidores sociais. Temos uma boa organização administrativa e técnica, know-how e tecnologia para desenvolver um trabalho de qualidade, mas precisamos de mais recursos para ampliá-lo”, ressalta.A Diretora explica que a instituição tem convênio com a Prefeitura de São José dos Campos, através da Secretaria do Desenvolvimento Social - SDS, para o serviço de habilitação e reabilitação, que subsidia o atendimento de 14 beneficiados por mês. Porém o convênio cobre apenas cerca de 50 % dos custos operacionais dos atendimentos e o valor restante, bem como, os atendimentos dos demais beneficiados pelos serviços do GAIA, é custeado graças a doações e captação em eventos solidários. “O atendimento é gratuito para o beneficiado, mas há necessidade que alguém arque com esse custo,

seja esse alguém a própria família, mediante doa-ção com encargo, seja um patrocinador solidário (pessoa física ou empresa), seja um ente público ou a sociedade, em geral, mediante doações, pois pa-ra serem realizados, todos os serviços demandam despesas como aluguel, gastos com a administra-ção, impostos, materiais, equipamentos utilizados, etc.”, destaca. Para este ano, a associação deseja eliminar o cus-to das despesas com aluguéis, obtendo um imóvel próprio, com mais espaço para ampliar os atendi-mentos e o número de beneficiados. Para isso, o Grupo espera contar com o apoio de mais investi-dores sociais para apadrinharem o tratamento das crianças e dos projetos com adolescentes e adultos.

Sara Lúcia, diretorado GAIA

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g GUIA DE COMPRAShome reviewg

casadicas

POLTRONA DINABLUE Madeira: MuracatiaraCouro CamelDesign: LattoogOnde encontrar: Casa Decorada

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fosco / haste cobre Design: Lattoog

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PANELA VERMELHA STAUB COM BOWLSFerro fundido esmaltado. Com sistema de irrigação constituído por picots espalhados na superfície internaplana da tampa que assegura um efeito “gotas de água”que caem continuamente sobre osalimentos na cocotte.Onde encontrar: Dicasa

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ADORNOSEm metal nobre

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MESA DE APOIO DROPMateriais: Muracatiara haste cobre tampo laca brilhoDesign: LattoogOnde encontrar: Casa Decorada

ABAJOUR IMPORTADOPor Mantra com base e

cúpula em vidro cromado.Onde encontrar: Iluminare

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DOS CHEFES NA SUA CASAReceitas

Seja de água doce ou salgada os peixes são uma opção saudável e saborosa que pode ser servida com diversos acompanhamentos. Nesta edição, a Home Review traz duas opções de receitas com peixes que vão fazer o maior sucesso na sua casa. Experimente e bom apetite!

RECEITAShome reviewr

Modo de preparo:Tempere os filés com sal e limão e depois empane-os com farinha de trigo. Em seguida, grelhe os filés inteiros com um fio de óleo numa chapa à temperatura de 180°C. Os filés também podem ser grelhados em frigideira antiaderente, nesse caso o ideal é que sejam cortados em pedaços menores. A dica do chefe para garantir que o peixe fique bem grelhado é levantar a pontinha do filé e verificar se está bem dourado e só então virá-lo para que o outro lado atinja a mesma cor.Refogue os camarões descascados numa frigideira com 50g de man-

ABADEJO À CAIÇARACHEFE ADEILSON URBANO

O chefe Adeilson Urbano é especialista em frutos do mar e há11 anos comanda a cozinha do restau-rante o Rei do Peixe. Nesta edição, ele compartilha conosco a receita de Abadejo à Caiçara, um dos pratos mais tradicionais e mais pedidos no O Rei do Peixe. A receita é prática, simples de fazer em casa e que serve duas pessoas.

ingredientes:500g de filé de abadejo200g de camarão rosa50g de alcaparras100g de manteiga ou margarinaSal e limão a gostoPara o arroz à grega:100g de arroz cozido temperado a gosto50g de manteiga ou margarina 100g de pimentão cozido100g de cenoura ralada crua ou cozida1 lata de ervilha em conserva

teiga ou margarina e as alcaparras. Depois de refogados, tempere--os com sal e limão a gosto. Na hora de montar o prato, escorra os camarões juntamente com as alcaparras e os coloque por cima dos filés de abadejo.Para o arroz à grega, o preparo não tem dificuldade. Basta refogar na manteiga ou margarina o pimentão, a ervilha e a cenoura, e em seguida misturar todos ingredientes ao arroz cozido e já está pron-to para ser servido.

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FILÉ DE ROBALO em crosta de amêndoas e castanhas servido com purê de banana da terra e cispy de couveCHEFE ALEXANDRE BERTOLASSE

O chefe Alexandre Bertolasse tem mais de 14 anos de experiência que incluem passagens por grandes restaurantes brasileiros e da Europa. Atualmente, ele está à frente do restaurante Le Palmier. A sugestão dele para os leitores da Home Review é um sofisticado filé de robalo em crosta de amêndoas e castanhas servido com purê de banana da terra e cispy de couve. Por ser um prato leve, ele pode ser apreciado com um espumante brut ou vinho tipo rose mais frutado. Confira a receita que rende quatro porções.

Para o purê de Banana da Terra:4 bananas da terra1 colher (sopa) de suco de limão tahiti1 ½ colher (sopa) de manteiga sem sal1 colher (sopa) de mel, se necessário

Modo de PreparoDescasque e corte as bananas em três pedaços. Coloque a banana em uma panela, cubra com água e coloque o suco de limão. Cozinhe até que a banana esteja macia. Bata a banana ainda quente no liquidificador ou pro-cessador. Junte a manteiga e tempere com um pouco de sal. Misture bem e sirva. *Se a banana não estiver muito madura, coloque um pouco de mel.

Ingredientes4 filés (200g cada) de robalo1 limão tahiti (suco)Sal e PimentaAzeite para grelharPara a crosta:100g de amêndoas moídas (sem pele)1/3 do tablete de 200g(70g aproximadamente) de manteiga sem sal100g de farinha de pão (feita com torradas caseiras, se possível)Sal e pimenta do reino a gostoModo de preparoTempere o robalo com sal, pimenta, suco de limão e um fio de azeite. Reserve. Misture todos os ingredientes da crosta de amêndoas até formar uma farofa grossa. Coloque esta farofa por cima dos filés apertando bem, leve ao forno em assadeira por 10-25 minutos a 180°C, ou até que a crosta fique dourada.

Para o crispy de couve:01 maço de couve cortado a Juliene (Bem Fininho)Óleo para fritarSal

Modo de preparo:Emergir o couve em óleo quente, em seguida colocar por 02 minutos em forno aquecido para secar e por fim tem-perar com sal

Montagem do prato:Em um prato colocar o purê de banana da terra, em cima o peixe e cobrir com o crispy de couve, decorar com uma re-dução de aceto balsâmico. Sirva em seguida.

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fabricadasartes.net

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ACONTECEhome reviewa

Novo centro de pesquisas se dedicará à busca por inovação para desenvolver o setor da construção civil com foco na sustentabilidade.

É LANÇADO EMSÃO JOSÉ DOS CAMPOS

CENTRO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL

CDTCC

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São José dos Campos, que já é uma re-ferência em tecnologia, conta com mais um centro especializado para pesquisas,

desta vez, voltado para o setor da construção civil. O Centro de Desenvolvimento Tecnológico para a Construção Civil – CDTCC foi inaugurado em abril, no Parque Tecnológico, em uma solenidade que contou com a presença de autoridades públi-cas, representantes de entidades do setor e do meio acadêmico, entre outros. Na ocasião foi assinado o convênio entre o CD-TCC e o Parque Tecnológico pela mesa diretora do evento, composta pelo engenheiro Carlos Antônio

de Aquino, presidente do conselho administrativo do CDTCC, pelo prefeito Carlinhos Almeida (PT) e pelo diretor geral do Parque Tecnológico Marco Antônio Raupp.Para Raupp, essa parceria representa um apoio per-manente para dar condições para que as empresas se insiram cada vez mais no mercado de forma adequada. “A construção civil tem importância econômica para fortalecimento do país, pois tem implicações em vários outros setores e também na questão do emprego, porque é um dos setores que mais emprega. Ter garantia permanente dessa ca-deia é fundamental para a região, e o Parque Tec-nológico, sempre interessado em dar sustentabili-dade às atividades econômicas e à competividade das empresas, fez essa aliança para atuar dentro desse setor que é tão importante para a sociedade. Estimamos que o alcance dessas atividades será muito grande”, declarou. Para o diretor de planejamento e compras da cons-trutora Costa Norte, o engenheiro José Renato Fe-dato, um dos idealizadores do CDTCC, não há dúvidas de que as empresas do setor da constru-ção civil de São José dos Campos apresentam uma qualidade técnica elevada, oferecendo produtos de muita qualidade ao mercado. “Agora com o CD-TCC poderemos firmar de vez o nome da cidade como polo tecnológico da construção civil. Gran-des projetos e novas tecnologias poderão surgir neste ambiente multidisciplinar e amplo. A busca

Marco Antônio Raupp, diretor

geral do Parque Tecnológico.

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por construções mais sustentáveis, melhor atendi-mento à qualidade de vida e eficiência na produção agora poderão ser melhor estudados”, disse.O evento também contou com uma palestra do di-retor do Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT - Dr. Fúlvio Vitorino, que falou sobre inovação e competitividade na construção civil. Ele elogiou a iniciativa do CDTCC que, na sua opinião, tem como ponto principal a junção de competências na busca por inovação com responsabilidade ambien-tal. “Para os ambientalistas, impactos causados hoje não serão mais tolerados no futuro. Susten-tabilidade e redução de impactos estão na ordem do dia. E para isso, inovar é preciso. É ótimo o que o CDTCC está fazendo agregando todas as capa-citações do entorno. Agora é uma questão de co-meçar de forma sistemática e abrangente. A minha mensagem é vamos em frente!” disse. A inauguração do CDTCC é o resultado de um trabalho que começou a ser desenvolvido há cer-ca de dois anos pelas principais entidades do setor (Aconvap, AEA e Sinduscon) e importantes insti-tuições de ensino (ITA, Unifesp, Unicastelo e Uni-vap) em parceria com a Prefeitura Municipal por meio das secretarias de Desenvolvimento Econô-mico e da Ciência e Tecnologia - SDECT, Serviços Municipais - SSM e Meio Ambiente – SEMEA. Com o objetivo de promover a indústria da cons-trução civil buscando seu desenvolvimento sus-tentável por meio da inovação tecnológica e do empreendedorismo, o CDTCC surge num mo-mento em que o setor da construção civil enfrenta diversas dificuldades em virtude da instabilidade econômica e política do país.

“Esse momento é um tanto emblemático porque é bastante difícil para a construção civil, mas sa-bemos que para toda crise nada melhor que uma boa solução, inovação e investimento naquilo que sabemos fazer e é para isso que estamos aqui”, disse o engenheiro Carlos Antônio, presidente do conselho administrativo do CDTCC. A partir de agora o CDTCC entra na fase start up da operação, o que segundo Carlos Aquino já apresenta uma perspectiva muito boa. “A nossa expectativa em relação ao CDTCC a partir de ago-ra é extremamente positiva. Primeiro, pela ótima orientação e receptividade de todos que intera-gem na construção civil e, segundo, porque o que nós estamos fazendo é algo muito inovador, que é congregar todas as competências que todas as universidades têm com o setor público e o setor privado. Isso é algo que se tenta há muito tempo e que nós estamos fazendo de forma muito organi-zada. Obviamente que existe um trabalho inicial, mas nada que irá tomar mais de um ou dois meses para definitivamente podermos lançar os nossos projetos e começar o trabalho para a comunida-de”, ressaltou. Durante o evento também foram divulgadas algu-mas propostas de linhas de trabalho para o CD-TCC sugeridas por empresas do setor. Entre elas, o aproveitamento de luz solar para iluminação de subsolos, a auto geração de energia limpa pelas edificações, o reaproveitamento de águas pluviais e dos resíduos do gesso, a reciclagem de madeira nos canteiros de obra, o uso de material reciclado para argamassas e concretos e a utilização de resí-duos da construção para fabricação de embalagens.

Carlos Antônio, presidente doconselho administrativo do CDTCC

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E PLANEJAMENTO URBANO FORAM DEBATIDOS NA 3ª EDIÇÃO DO SÃO JOSÉ 2030, O EVENTO CONTOU COM UMA PALESTRA DO ARQUITETO E URBANISTA JAIME LERNER

MobilidadeDe acordo com a Organização das Nações Unidas – ONU, a população urbana do mundo já superou o número de habitan-

tes das zonas rurais e a previsão é de que até 2030 as cidades abrigarão cerca de 60% da população global. O desafio de planejar o futuro das cidades agora é maior do que nunca, mas não podemos mais atribuir as responsabilidades somente para as autoridades gestoras, as cidades são de todos os seus habitantes e por isso cabe a todos debater sobre seu desenvolvimento.Foi com esse intuito, de debater o futuro de São Jo-sé dos Campos, que o Projeto São José 2030 chegou a sua terceira edição e reuniu um público de mais de 300 pessoas. No fórum, foi discutido o cresci-mento da cidade tendo em vista um desenvolvi-mento sustentável e melhoria na qualidade de vida da população com foco na mobilidade.O convidado especial desta edição foi o arquiteto

e urbanista Jaime Lerner, referência internacional em planejamento urbano. Jaime foi três vezes pre-feito da cidade de Curitiba, e por duas vezes gover-nador do Estado do Paraná, sendo responsável por importantes transformações socioeconômicas que resultaram em melhorias na qualidade de vida no campo e nas cidades. Em 2010, foi nominado pela revista Time um dos 25 pensadores mais influen-tes do mundo e, em 2011, em reconhecimento por sua liderança, visão e contribuição no campo da mobilidade urbana sustentável, recebeu o prêmio Leadership in Transport Award, do International Transport Forum at the OECD.O evento contou também com a participação do pre-feito de São José, Carlinhos Almeida (PT), do enge-nheiro Ozires Silva e do especialista em Gestão Pú-blica Kiko Sawaya, além do secretário de Transpor-tes Luiz Marcelo e de representantes do Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento - IPPLAN.

ACONTECEhome reviewa

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MOBILIDADE - Jaime Lerner iniciou a palestra fa-zendo uma análise do que é uma cidade sustentável e usou como metáfora a tartaruga. Segundo ele, o animal é uma estrutura formada por vida, trabalho e mobilidade, da mesma forma que uma cidade. “O casco da tartaruga representa uma tessitura urbana, então já dá para imaginar o que aconteceria se nós cortássemos o casco da tartaruga, ela morreria e é isso que acontece com a maioria das cidades que se-param suas funções”, explicou. Com isso, Jaime Ler-ner defendeu uma estrutura urbana de integração, na qual, segundo ele, não faz sentido gastar energia se deslocando horas e horas da moradia para o trabalho.O arquiteto chamou atenção para a problemática dos automóveis nas cidades, comparando-os como os ci-garros do futuro. Como solução, apresentou modelos de carros urbanos e públicos que podem ser utiliza-dos no futuro e ressaltou a necessidade de se rever a forma como são utilizados no dia a dia. “Não estou dizendo que não vamos ter carro, a indústria auto-mobilística vai continuar produzindo carros, mas é a maneira como nós os utilizamos que precisa mudar.

Nós vamos usar o carro para o lazer, pra viagens, mas o itinerário do dia vai ter que ser resolvido com um bom transporte público”, disse.Lerner usou exemplos de Curitiba para mostrar como a cidade se transformou num exemplo global de mobilidade. Defendeu a implantação de BRTs (ônibus de transporte rápido) e destacou que cada etapa que se ganha contra o automóvel é válida. “Se começa com uma faixa pintada, depois faz um corredor e depois vai evoluindo na qualidade até se criar uma rede”, ressaltou.

O casco da tartaruga representa uma tessitura urbana, então já dá para imaginar o que aconteceria se nós cortássemos o casco da tartaruga, ela morreria e é isso que acontece com a maioria das cidades que separam suas funções.

SUSTENTABILIDADE - Durante apresentação, Lerner abordou o conceito de “acupuntura das cidades” que, segundo ele, consiste em simplificar a forma de resolver os problemas urbanos pa-ra fazer com que as transformações aconteçam com mais rapidez. Para isso, defendeu que ações pontuais podem ajudar no processo de planejamento. O especialista definiu sustentabilidade co-mo uma equação entre aquilo que se economiza e aquilo que se desperdiça. Para ele, as cidades podem contribuir fundamentalmente para a sustentabilidade do planeta com ações simples e fo-cais, como reduzir o número de carros das ruas e separar o lixo. O arquiteto disse a Home Review que toda transformação exige mudanças de paradigmas, mas o primeiro passo para as mudanças são as propostas. “Eu sempre procuro dizer que para mudar para melhor, é necessário propor um cenário, uma ideia, um projeto que todos ou a maioria en-tenda como desejável. A proposta é essencial, conhecer e entender a cidade é essencial para então partir para executar aquilo que for preciso no mais curto espaço de tempo”, declarou.

Jaime Lerner, durante sua palestra no evento

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