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Documento 1 Documento 2 Documento 3 Documento 4 Agrupamento de Escolas de Fronteira Escola Básica Integrada Frei Manuel Cardoso Lê, com muita atenção, o enunciado que se segue e, depois de analisares cuidadosamente os documentos apresentados, responde de forma clara, objectiva e cuidada. Boa Sorte! GRUPO I (Crises e Revolução na Europa do Século XIV) I.1. Observa atentamente os documentos 1 a 3. I.1.1 Enumera os três principais problemas que afectaram a Europa no século XIV. I.2. Lê cuidadosamente o documento 4. I.2.1 Localiza a acção do rei D. Fernando no espaço e no tempo. I.2.2 Retira do texto as medidas tomadas pelo rei D. Fernando para aumentar a produção agrícola. (…) tornaram-se os trigos e os cereais tão caros por todas as partes do reino de França e outros diversos lugares e países da Cristandade que aquilo que alguma vez se tinha dado por quatro soldos, (…) vendia-se por quarenta, ou mais. Por ocasião da qual carestia houve uma tão grande fome universal que grande multidão de pobres gentes morreu (…). La Chronique d’Enguerram de Monsrelet, 1400-1444 (adaptado) Ano Lectivo 2010/2011 HISTÓRIA 8º ano Teste de Avaliação nº 1 A Lei das Sesmarias Mandou que todos os que tivessem herdades suas fossem constrangidos para as lavrar e semear. E se o senhor das herdades as não pudesse lavrar, por serem muitas ou em desvairadas partes, que as lavrasse por si as que mais aprovesse e as outras fizesse lavrar por outrem ou desse a lavrador […]. E todos os que eram ou costumavam ser lavradores, e isso mesmo os filhos e netos dos lavradores, e quaisquer outros […] usando de um ofício que não fosse tão proveitoso ao bem comum como era o oficio de lavrador que fossem constrangidos a lavrar. Mandou el-rei que quaisquer homens ou mulheres que andassem clamando ou pedindo, e não usassem de ofício […] que fossem constrangidos a servir. FERNÃO LOPES, Crónica de El-Rei D. Fernando (adaptado)

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Page 1: HISTÓRIA - prof pedro em Fronteira · PDF fileHISTÓRIA 8º ano Teste de Avaliação nº 1 A Lei das Sesmarias Mandou que todos os que tivessem herdades suas fossem constrangidos

Documento 1

Documento 2

Documento 4

Documento 3

Documento 4

Agrupamento de Escolas de Fronteira Escola Básica Integrada Frei Manuel Cardoso

Lê, com muita atenção, o enunciado que se segue e, depois de analisares cuidadosamente os documentos apresentados, responde de forma clara, objectiva e cuidada. Boa Sorte!

GRUPO I (Crises e Revolução na Europa do Século XIV)

I.1. Observa atentamente os documentos 1 a 3.

I.1.1 Enumera os três principais problemas que afectaram a Europa no século XIV.

I.2. Lê cuidadosamente o documento 4.

I.2.1 Localiza a acção do rei D. Fernando no espaço e no tempo.

I.2.2 Retira do texto as medidas tomadas pelo rei D. Fernando para aumentar a produção agrícola.

(…) tornaram-se os trigos e os cereais tão caros por todas as partes do reino de França e outros

diversos lugares e países da Cristandade que aquilo que alguma vez se tinha dado por quatro soldos,

(…) vendia-se por quarenta, ou mais. Por ocasião da qual carestia houve uma tão grande fome

universal que grande multidão de pobres gentes morreu (…).

La Chronique d’Enguerram de Monsrelet, 1400-1444 (adaptado)

Ano Lectivo 2010/2011

HISTÓRIA

8º ano

Teste de Avaliação nº 1

A Lei das Sesmarias Mandou que todos os que tivessem herdades suas fossem constrangidos para as lavrar e semear. E se o senhor das herdades as não pudesse lavrar, por serem muitas ou em desvairadas partes, que as lavrasse por si as que mais aprovesse e as outras fizesse lavrar por outrem ou desse a lavrador […]. E todos os que eram ou costumavam ser lavradores, e isso mesmo os filhos e netos dos lavradores, e quaisquer outros […] usando de um ofício que não fosse tão proveitoso ao bem comum como era o oficio de lavrador que fossem constrangidos a lavrar. Mandou el-rei que quaisquer homens ou mulheres que andassem clamando ou pedindo, e não usassem de ofício […] que fossem constrangidos a servir.

FERNÃO LOPES, Crónica de El-Rei D. Fernando (adaptado)

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Documento 5

Documento 6

I.3. Examina o esquema do documento 5.

I.3.1 Substitui as letras A e B do esquema do documento 4 pelos nomes das figuras históricas em falta.

I.3.2 Identifica as facções em confronto durante crise política portuguesa de 1383/1385 e a respectiva base social de apoio.

GRUPO II (Expansão e Mudança nos Séculos XV e XVI: o Expansionismo Europeu)

II.1. Atenta no documento 6.

A Portugal e Castela dividem o Mundo pelo paralelo do Tratado de Alcáçovas.

B Gil Eanes dobra o Cabo Bojador e inicia-se a descoberta da Costa Ocidental Africana, sob a liderança do Infante D. Henrique.

C Conquista de Ceuta.

D Pedro Álvares Cabral chega ao Brasil.

E Bartolomeu Dias ultrapassa o Cabo da Boa Esperança, provando que o Oceano Atlântico e o Oceano Índico têm ligação.

F Vasco da Gama descobre o caminho Marítimo para a Índia.

G Cristovão Colombo, ao serviço de Castela, descobre a América Central (Antilhas).

H Portugal e Castela dividem o Mundo pelo meridiano do Tratado de Tordesilhas, sendo estabelecido o princípio de mare clausum (mar fechado para os outros povos).

II.1.1 Ordena, na tua folha de teste, de forma cronológica (do mais antigo para o mais recente) os acontecimentos presentes na tabela do documento 5.

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Documento 7

Documento 7

Documento 8

II.2. Analisa o mapa do documento 7.

II.2.1 Na tua folha de teste, substitui:

a) As letras A e B pelos cabos presentes nessas regiões;

b) As letras C e D pelo nome dos tratados celebrados entre Portugal e Castela que originaram essas linhas.

c) A letra E pelo nome do navegador português responsável pela primeira viagem marítima para a Índia.

II.3. Lê atentamente o documento 8.

II.3.1 A partir da leitura do texto indica duas motivações, uma de carácter económico e outra de carácter religioso, que tenham estado na origem da expansão marítima portuguesa.

II.3.2 Explica as motivações sociais do clero e da burguesia para apoiarem o movimento da expansão.

«Este príncipe [Infante D. Henrique], depois da tomada de Ceuta, sempre trouxe continuadamente navios armados contra os infiéis; e ia além das Ilhas Canárias, e de um cabo que se chamava Bojador […] E, [primeira razão], porque o dito senhor quis disto saber a verdade […]. E a segunda foi porque considerou que se poderiam para estes reinos trazer muitas mercadorias […]. A terceira razão foi […] para conhecer até onde chegava o poder daqueles infiéis. […] A quarta razão […] era que queria saber se se achariam em aquelas partes alguns príncipes cristãos que o quisessem ajudar contra aqueles inimigos da Fé. A quinta razão foi o grande desejo de acrescentar a Santa Fé de Nosso Senhor Jesus Cristo, trazer as almas que se quisessem salvar.»

Zurara, Crónica do Descobrimento e Conquista da Guiné, (século XV).

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Documento 9 Documento 10

Documento 11

Documento 12

II.4. Analisa os documentos 9 e 10.

II.4.1 Identifica nos documentos 9 e 10 três condições favoráveis que justificam a prioridade portuguesa na Expansão.

II.5. Lê o documento 11. II.5.1 Compara a política expansionista de D. Afonso V com a do seu filho, D. João II. II.6. Examina os documentos 7 e 12. II.6.1 Explica as consequências da assinatura do Tratado de Tordesilhas e o significado da política de mare clausum então instituída.

FIM

Bom trabalho!

O Professor, Pedro Bandeira Simões

“Dois anos depois o senhor rei Afonso armou uma grande caravela, onde me mandou por capitão (…) E eu tinha um quadrante, quando fui a estes países, e escrevi na tábua do quadrante a altura do pólo árctico, e achei aí melhor do que na carta.”

Diogo Gomes, Relação do Descobrimento da Guiné e das Ilhas.

«Em Novembro do ano de 1469, arrendou el-rei D. Afonso V o negócio da Guiné a Fernão Gomes, um rico cidadão de Lisboa, pelo tempo de cinco anos por duzentos mil réis cada ano. Com a condição de que em cada um desses anos fosse obrigado a descobrir pela costa adiante cem léguas.»

João de Barros, Ásia (adaptado).

«A Suas Altezas praz […] que se faça e assine pelo dito mar oceano uma linha direita de pólo a pólo […] a 370 léguas das ilhas de Cabo Verde para a parte do poente […]. E que tudo o que aqui é achado e descoberto e daqui adiante se achar e descobrir por o dito Senhor Rei de Portugal e por seus navios, pela parte do levante […], fique e pertença ao dito Senhor Rei de Portugal e seus sucessores. E que tudo […] indo por a dita parte do Poente […] seja e fique e pertença aos ditos Senhor Rei e Rainha de Castela.»

Texto do Tratado de Tordesilhas (1494).