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HISTÓRIA Ensino Médio, 1º Ano O surgimento das “línguas vulgares”, como parte do processo de formação das monarquias nacionais

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Page 1: HISTÓRIA Ensino Médio, 1º Ano O surgimento das “línguas vulgares”, como parte do processo de formação das monarquias nacionais

HISTÓRIAEnsino Médio, 1º Ano

O surgimento das “línguas vulgares”, como parte do processo de formação

das monarquias nacionais

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

Atualmente a grande maioria da humanidade vive sob a

autoridade de um Estado nacional, caracterizado pela

delimitação de fronteiras territoriais, pela unificação de

leis, pesos, medidas e o controle do Estado sobre a

justiça, as forças armadas e a emissão de moedas.

Iniciando a conversa...

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

Mas, nem sempre foi assim...

Na Europa medieval (século V a XV) por exemplo, isso

soaria estranho.

Os Estados Nacionais como França, Inglaterra, ou

Portugal, ainda não tinham se formado.

Naquele período, a pessoa que nascesse em um aldeia, vila

ou cidade, se considerava um membro daquela

comunidade, não mais que isso.

É comum ouvirmos um europeu dizer:

“sou francês”, “sou inglês” ou “sou português”.

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

Antes de se constituir como Estados Nações, o

território geográfico conhecido atualmente como

Continente Europeu, estava estruturado social e

politicamente de uma forma distinta do que conhecemos

hoje.

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

Na Europa Medieval não existia os países que conhecemos hoje e sim vários reinos compostos pelos povos bárbaros.

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

Em cada um destes reinos falava-se uma língua

específica.

A maior parte delas foi misturada ao latim que foi

introduzido na região europeia a partir do século III a. C.

Com o tempo, foram formando-se novas línguas

nestas regiões.

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

Durante a Idade Média, outras formas de organização

do espaço europeu foram estabelecidas e não haviam

os Estados da forma como os conhecemos na

atualidade.

De olho na História!

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

Neste período o poder local dos senhores feudais prevaleceu sobre a

figura política do rei.

Cada senhor feudal, fosse ele rei, conde ou marquês, possuía plenos

poderes em suas terras, que funcionavam como entidades

independentes, com suas próprias leis, costumes, línguas, exércitos,

tributos e, em alguns casos, até moedas.

Os reis não desempenhavam grande influência política, exercendo

algum poder apenas sobre os nobres que recebiam porções de terra

das suas propriedades.

Essa situação começou a mudar a partir do século XI...

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

A partir do século XI algumas mudanças ocorreram na Europa:

Inovações tecnológicas como a invenção da charrua e uso de adubos Aumento da produção agrícola

Alimentos excedentes passaram a ser vendidos nas cidades (burgos)

Reaquecimento do comércio e monetarização da economia impulsionados após as Cruzadas

Enfraquecimento do poder político dos senhores feudais

Fortalecimento do poder dos reis

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

Ascensão da burguesia e decadência do poder dos

senhores feudaisCrise do

Feudalismo

Setores da burguesia e nobreza se unem para apoiar a

centralização política nas mãos dos reis

Necessidade do rei em garantir seus privilégios e interesses

Formação das monarquias nacionais

O processo de formação das monarquias nacionais europeias está relacionado com as transformações decorrentes da “crise do feudalismo”.

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

A crise do feudalismo marcada pelos levantes sociais urbanos, os conflitos

entre a nobreza, a diminuição da produção agrícola, a Guerra dos Cem Anos e

a peste impulsionaram o colapso desse modelo de produção.

Ao mesmo tempo, o novo papel assumido pelo comércio e pelas cidades fez

surgir um grupo que começou a rivalizar em grau de importância com a

nobreza: a burguesia.

A atuação dos diferentes grupos sociais — a partir de interesses às vezes

complementares e às vezes conflitantes entre si — foi determinante para o

surgimento dos Estados modernos em algumas regiões da Europa.

(BRAICK, 2010, p.

195)

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

Os Estados Nacionais

resultaram de um longo

processo de unificação

política, que se iniciou na

Europa no século XIV.

Até esse momento o

poder político estava

descentralizado nas mãos

dos senhores feudais. Fonte:https://lh3.googleusercontent.com/h4wqo_UGHc4SJmfkbk7VchGGXivNlqk3O4hBSc3bGB8c2bK1PqPI_LETFD3OSo06H4lKHA=s114 Acesso em 22/07/2015.

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

Você sabia ?

Atualmente a Monarquia é a forma de

governo adotada por mais de 40 países.

A mais antiga Monarquia em vigor é a da

Inglaterra.

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

A composição de uma aliança entre a nobreza, a burguesia e o Rei

O mercadores tinham dificuldades em comercializar seus produtos pois

nos feudos existiam regras próprias, como moeda e sistema de pesos e

medidas.

Alguns setores da burguesia e da nobreza começaram a se preocupar com

o desenvolvimento econômico e a construção de sociedades que

garantissem a ordem social.

Assim, a constituição de um poder centralizado na pessoa do rei,

atenderia simultaneamente aos interesses dos nobres e burgueses e o

Estado se transformaria num instrumento mais poderoso e eficiente na

implantação de diversas medidas de seu interesse.

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A Burguesia apoiou o rei para se favorecer com o comércio, tendo em vista a padronização da moeda, pesos,

medidas, impostos e unificação das leis.

A Nobreza também deu apoio ao rei em troca da proteção contra as revoltas populares e manter suas

terras e privilégios.

O Rei centralizava o poder utilizando o apoio político da

nobreza e os recursos da burguesia.

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

De olho na História!

O processo de formação das monarquias nacionais

ocorreu em razão dos múltiplos interesses políticos e

econômicos convergentes entre o rei, a

burguesia e parcela da nobreza.

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

Você sabia ?

Foi por meio destas alianças que, entre os

séculos XII e XV, várias monarquias foram

consolidadas na Europa.

As mais expressivas foram estabelecidas em

Portugal, na Espanha, na Inglaterra e na

França.

Contudo, na Itália e na Alemanha a formação

de um Estado nacional só ocorreu em meados

do século XIX.

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

Criação dos impostos e unificação do sistema monetário (moeda única) e

métrico (pesos e medidas)

Principais características da formação das monarquias nacionais: Centralização do Poder Real com

a unificação política e jurídica

Organização do aparelho administrativo do Estado

Consolidação do território nacional e de uma língua oficial

Aparelhamento do Exército nacional

Elaboração de leis e normas

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A formação de Portugal e Espanha está relacionada com a luta pela expulsão

dos muçulmanos da Península Ibérica, as chamadas Guerras de Reconquista.

Em Portugal, os territórios reconquistados ficavam sob a administração de

condes, sendo por isso chamados de condados. Já na Espanha, eles deram

origem a diversos reinos.

No século XV estes povos foram totalmente expulsos e desde então iniciou-

se a formação da monarquia portuguesa e espanhola.

Como ocorreu a formação das monarquias nacionais ?☺? ?

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Organização territorial da Península Ibérica:

Fonte: HILGEMANN, W.; KINDER, H. Atlas historique: de l’apparition de l’homme sur la terre à l’ère atomique. Paris: Perrin, 1992. p. 182.

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

Portugal nasceu exatamente a partir de uma faixa de terra retomada

por cristãos sob o comando do rei Afonso VI de Leão, que passou sua

administração ao nobre francês Henrique de Borgonha, em reconhecimento

por seu empenho na luta contra os muçulmanos.

O território recebeu o nome de Condado Portucalense e permaneceu

nessa condição até 1139, quando o filho de Henrique de Borgonha —

Afonso Henriques — e o grupo político que o apoiava conquistaram a

independência do condado, dando início ao Reino de Portugal.

(BRAICK, 2010, p. 196-197)

Portugal

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

Do mesmo modo que Portugal, a formação da Espanha deu-se a partir

da expulsão dos muçulmanos de seu território. Os territórios reconquistados

tornaram-se reinos: Leão e Castela, Navarra e Aragão. Aos poucos, alguns

deles foram incorporados por meio de lutas ou então anexados por alianças

de casamento. Foi assim, por exemplo, com o Reino de Leão e Castela e o

Reino de Aragão.

Fernando — herdeiro do trono de Aragão — casou-se com Isabel — irmã

do rei de Leão e Castela —, promovendo a união desses reinos e consolidando

o domínio sobre quase todo o território que hoje corresponde à Espanha.

(BRAICK, 2010,

p.197)

Espanha

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Inglaterra

Antes de tornar-se uma Monarquia centralizada, as Ilhas Britânicas eram

formadas por quatro reinos. A centralização ocorreu no século XII com o rei

Henrique II. Seu sucessor, Ricardo Coração de Leão, passou a maior parte de

seu reinado lutando nas cruzadas ou contra os franceses.

A ausência do rei e os altos custos militares provocaram um sentimento de

insatisfação entre os nobres, os quais conseguiram limitar a ação dos sucessores

de Ricardo por meio da Magna Carta, assinada em 1215 pelo rei João Sem

Terra. A Monarquia constitucional, regime de governo em vigor hoje na

Inglaterra, teve sua origem nesse documento.

(BRAICK, 2010, p.197)

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França

As disputas com a Inglaterra pelo controle da região de Flandres e pela

sucessão do trono francês (que resultaram na Guerra dos Cem Anos)

possibilitaram aos reis franceses criar mecanismos que fortaleceram seu poder. As

alianças com setores da nobreza, enfraquecida pela guerra, e a criação de um

exército assalariado controlado pelo rei permitiram a concentração de poderes

nas mãos reais. A vitória francesa sobre os ingleses na Guerra dos Cem Anos foi

fundamental para a consolidação da Monarquia e a unificação do território.

Na Europa do Ocidente, a França despontou não somente como a maior e

mais povoada nação europeia, mas também como a mais solidamente

centralizada.

(BRAICK, 2010, p.198)

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

A EUROPA NO SÉCULO XVI

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.As monarquias europeias nos idos do século XVI

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

De olho na História!

A conjuntura de todos estes fatores foi indispensável para a

formação das monarquias nacionais.

Porém, um elemento de extrema importância para

estabelecer a unidade e criar uma identidade para aqueles

que viviam nos Estados recém criados, foi a imposição de

uma língua oficial a ser falada em todo o território nacional.

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

Como surgiram tais línguas ☺? ??

Fonte:https://sobmalhete.files.wordpress.com/2013/07/rei.jpg Acesso em 21/07/2015

Durante o Império Romano o uso do latim, principalmente, o “latim vulgar ou popular” (sermo vulgaris) foi somado as línguas dos chamados povos bárbaros.

Muitas das línguas faladas na Europa evoluíram a partir do latim e receberam

influências dos dialetos dos povos invasores.

?

Page 28: HISTÓRIA Ensino Médio, 1º Ano O surgimento das “línguas vulgares”, como parte do processo de formação das monarquias nacionais

História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

Com a queda do Império Romano no século V, o latim culto foi preservado pela Igreja

Católica.

Na Idade Média, o latim foi usado pelas chancelarias e cientistas.

A partir de um processo longo e permeado por assimilações e resistências linguísticas,

foram surgindo alguns idiomas falados ainda hoje, como o Português, Espanhol, Inglês e

Francês.

Fonte:https://sobmalhete.files.wordpress.com/2013/07/rei.jpg Acesso em 21/07/2015

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

De olho na História! Existem 2 famílias linguísticas:

À família das línguas românicas pertencem os idiomas italiano,

francês, espanhol, português e romeno – o resultado da

campanha romana bem sucedida no século II.

Dentre as línguas germânicas estão: Inglês, holandês, flamengo,

alemão, dinamarquês, norueguês, sueco e islandês.Fonte: http://www.finetext.de/pt/a-historia-da-lingua/ Acesso em 20/07/2015

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

Portugal e a consolidação de sua língua nacional

Na região, onde fora fundada a monarquia portuguesa, falava-se um

dialeto denominado galaico-português, expressão linguística comum à Galiza

e Portugal. Mas, à medida que Portugal alargava os seus domínios para Sul,

ia absorvendo os falares (ou romances) que aí existiam e, consequentemente,

ia-se diferenciando do galego, até se constituírem como línguas

independentes: o galego acabou por ser absorvido pela unidade castelhana, e

o português, continuando a sua evolução, tornar-se-ia a língua de uma nação.

Fonte:http://esjmlima.prof2000.pt/hist_evol_lingua/R_GRU-C.HTM Acesso em 02/08/2015

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

A Espanha e a consolidação de sua língua nacional

O atual espanhol originou-se do Latim vulgar falado por parte da

população que constituía a Península Ibérica. Mais tarde recebeu o nome

de castellano (castelhano) ou língua castellana (castelhana), por ocasião da

residência dos reis no reino medieval de Castilla (Castela). Nos dias de hoje,

embora o nome ainda seja referência, após a constituição da Espanha como

nação e a tentativa de uniformizar o idioma do país, a língua foi oficializada

como “espanhol”.

Fonte:http://www.brasilescola.com/espanhol/predominancia-da-lingua-espanhola.htmAcesso em 02/08/2015

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

A França e a consolidação de sua língua nacional

Os primeiros habitantes da França foram os gauleses que abandonaram

a língua celta e adotaram o idioma das legiões romanas, o “latim popular”. No

século VII, o latim havia sofrido numerosas modificações devido à invasão dos

povos bárbaros de origem germânica e à adoção de palavras gregas.

Durante a alta Idade Média, começaram a evoluir duas línguas

diferentes: a langue d'oïl, ao norte do rio Loire, e a langue d'oc, ao sul. De

cada uma delas originaram-se vários dialetos. Os principais da última língua

mencionada são o provençal, o gascão, o languedociano, o auvernês, o

lemosino e o bearnês.

Fonte:http://www.historiadomundo.com.br/francesa/lingua-francesa.htmAcesso em 02/08/2015

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

Os dialetos da langue d'oïl receberam o nome das províncias setentrionais

nas quais eram falados: frâncico, Île-de-France, região de Paris, normando,

picardo (Picardia), pictavino (Poitou) e borgonhês. O francês moderno é a forma

derivada diretamente do dialeto da Île-de-France.

No início do século XVII, François de Malherbe triunfou ao definir uma

norma exata para usar palavras francesas em suas obras poéticas e críticas. Um

passo decisivo para a reforma foi a compilação do ‘Dicionário’ patrocinado pelo

cardeal Richelieu no século XVII, na fundação da Académie Française (1635).

Durante o reinado de Luís XIV, o idioma alcançou o ponto culminante de sua

história, convertendo-se em língua internacional da Europa, sobretudo no âmbito

diplomático e científico.

Fonte:http://www.historiadomundo.com.br/francesa/lingua-francesa.htmAcesso em 02/08/2015

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

A História em debate:

Você sabe como se escreve a palavra verdade em francês e espanhol?

Vamos investigar?Além dos Estados onde surgiram (o português, o espanhol, o francês e o inglês), estas línguas também se instalaram em outros países.

Faça uma pesquisa e descubra quais são esses países e porque estas línguas foram neles introduzidas.

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A Inglaterra e a consolidação de sua língua nacional

O inglês surge com os idiomas falados pelos povos germanos que a partir

do século V ocupam a atual Inglaterra, com destaque para os Anglos e os

Saxões. O idioma que começou a nascer nas ilhas britânicas a partir de então

recebe o nome de "Old English", "Anglo-Saxão" ou ainda "Englisc" no original,

significando "língua dos anglos".

Em 1362 o inglês foi instituído como língua oficial na Inglaterra.

Sua evolução divide-se em:Old English - a primeira forma do idioma, em voga entre os séculos V e XIMiddle English - seu desenvolvimento médio, do séculos XI ao XVIModern English - a forma moderna do idioma, do século XVI aos dias atuais.

Fonte:http://www.infoescola.com/ingles/origens-da-lingua-inglesa/ Acesso em 19/07/2015

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

Hoje o inglês é o segundo idioma mais falado no mundo, mas houve um tempo em que

nem mesmo os reis ingleses o dominavam. (...)

A confusão idiomática teve início em 1066, quando o duque da Normandia, Guilherme,

o Conquistador, venceu a Batalha de Hastings contra o exército anglo-saxão. (...)

A partir daí, por 300 anos o francês foi a língua da corte e da aristocracia britânica. O

inglês foi relegado às ruas e só se tornou língua oficial em 1362, já no fim da Idade Média.

Além de não falarem inglês, os reis da Inglaterra, durante a dominação normanda,

eram vassalos da realeza francesa – afinal, a Normandia era uma província da França. O

rei Henrique II (1154-1189), porém, ao se casar com Leonor da Aquitânia (Aquitânia era

outra província francesa), chegou a possuir mais territórios na França que o rei francês

Luís VII (1137-1180). (...)

Fonte: Revista Aventuras na História/ Disponível em:http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/reis-ingleses-nao-falavam-ingles-434340.shtml Acesso

em 15/07/2015.

Debatendo o texto

Faça uma pesquise e descubra como o inglês se tornou uma língua global?

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

As línguas continuam passando por um lento e demorado processo de

evolução.

A cada dia as pessoas criam e recriam termos que passam a ser falados

em regiões e que conferem um caráter distinto à sua versão linguística.

As “línguas vulgares“ (faladas pelos populares) foi um elemento muito

importante no processo de formação das monarquias nacionais.

O projeto da Monarquia Nacional foi vitorioso mas é importante lembrar

que outras línguas e costumes foram “sufocados” pela imposição de um

único falar.

Lembre-se que:

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História, 1º Ano, O surgimento das “línguas vulgares", como parte do processo de formação das monarquias nacionais

ALVES, Alexandre; OLIVEIRA, Letícia Fagundes de. Conexões com a História: das origens do homem à conquista do Novo Mundo. São Paulo: Moderna, 2010.BRAICK, Patrícia Ramos. História: das cavernas ao terceiro milênio. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2010.DUBY, Georges. Atlas historique mondial. Paris: Larousse, 2003. FARACO, Carlos Alberto. Linguística histórica: uma introdução ao estudo da história daslínguas. São Paulo: Parábola, 2005.

Sugestão de sites para pesquisa:http://www.mundoeducacao.com/historiageral/monarquia.htmhttp://filologiaromanica.tumblr.com/http://www.museudalinguaportuguesa.org.br/

Referências