histÓria de sucesso - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a...

52
HISTÓRIA DE SUCESSO Do artesanal às grandes indústrias, avicultura brasileira tornou-se referência mundial

Upload: trankhanh

Post on 02-Jan-2019

229 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

HISTÓRIA DE SUCESSODo artesanal às grandes indústrias, avicultura

brasileira tornou-se referência mundial

Page 2: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

Sindiavipar

04 Observatório

05 Agenda

06 Sindiavipar

08 Na mídia

10 Radar

12 Entrevista

14 Tecnologia

14 Abatedouros móveis

16 Registro Eletrônico

18 Insumos

20 Bem-estar

22 Sanidade

24 Capa

32 Artigo técnico

34 Mercado

34 Grandes exportadores

36 Roubo de cargas

38 Balanço do semestre

40 Redução ICMS

42 Associados

44 Artigo motivacional

46 Notas e registros

48 Estatísticas

Sumário

Conheça os desafios e conquistas da história de sucesso do setor avícola brasileiro

Mapa inicia preparação para registro eletrônicode produtos de origem animal

24

16

Capa

Tecnologia

Roubo de cargas nas estradas preocupa empresas. Veja dicas para evitar problemas

36 Mercado

Fot

o: A

gros

tock

Page 3: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

3Sindiavipar

Diretoria

Presidente:Domingos MartinsVice-presidente:Claudio de Oliveira Secretário: Olavio Lepper Tesoureiro:João Roberto Welter Suplentes:Luiz Adalberto Stabile Benicio, Ciliomar Tortola,Vallter Pitol e Roberto KaeferConselheiros fiscais Efetivos:Paulo Cesar Massaro Thibes Cordeiro,Dilvo Grolli e Edno GuimarãesSuplentes:Rogerio Wagner Martini Gonçalves, Celio Batista Martins Filho e Marcos Aparecido BatistaDelegados representantes efetivos:Domingos Martins e Luiz Adalberto Stabile BenicioSuplentes:Ciliomar Tortola e Paulo Cesar Massaro Thibes Cordeiro

Sindicato das Indústrias de ProdutosAvícolas do Estado do ParanáAv. Cândido de Abreu, 140 - Salas 303/304 - Curitiba/PR - CEP: 80.530-901Tel.: 41 3224-8737 | sindiavipar.com.br | [email protected]

As matérias desta publicação podem ser reproduzidas, desde que citadas as fontes.

Se você tem alguma sugestão, crítica, dúvida ou deseja anunciar na Revista Sindiavipar, escreva para nós:[email protected].

Fale conosco

Expediente

ProduçãoCentro de Comunicaçãocentrodecomunicacao.com.br

Jornalista responsávelGuilherme Vieira (MTB-PR: 1794)

ColaboraçãoCamila Castro, Gabrielle Comandulli, Jorge de Sousa,

Laura Espada, Paulinne Giffhorn, e Rafaella Coury

Design e diagramaçãoCleber Brito

Comunicação e MarketingMônica Fukuoka

ImpressãoMaxi Gráfica

Anuncie na revista SindiaviparMônica Fukuoka

Gerente de Comunicação e [email protected]

(41) 3224-8737

Domingos MartinsPresidente do Sindiavipar

EditorialA avicultura brasileira, referência mundial em qua-

lidade e produtividade, é o grande assunto do mês. Em agosto, comemora-se a atividade e o dia do avicultor. Com isso, vem à tona a importância de se debater a evolução atingida pelo setor avícola durante esses mais de 500 anos de existência. A avicultura, hoje, é um dos principais pila-res da economia brasileira e garante geração de renda para diversos municípios, estados e para o país, impactando di-retamente na qualidade de vida da sociedade.

Nós sabemos que os desafios e o crescimento con-tinuam. De acordo com dados do relatório técnico da Ex-pedição Avicultura 2015, projeto realizado pelo Núcleo de Agronegócio Gazeta do Povo com apoio do Sindiavipar, até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente, em consumo no mundo. Até 2025, a avicultura brasileira deve crescer quase 35% e passar a exportar 40% a mais em comparação a 2015. Demanda que exige qualificação e investimento.

Na Revista Sindiavipar ed. 53 você confere uma matéria de capa sobre o mês do avicultor, que traz a his-tória de sucesso dessa atividade. Além disso, preparamos um material especial sobre o sistema de integração, com depoimentos, dicas e informações sobre a parceria entre as integradoras e o produtor a partir da década de 60. Ma-térias sobre bem-estar animal, mercado e o aniversário da nossa Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) fazem parte desta edição.

Uma boa leitura e um abraço.

Fot

o: H

amilt

on Z

ambi

anck

i

selo SFC

Page 4: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

4 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Observatório

Alta nosembarques

Segundo dados da Associação Brasileira de Proteí-

na Animal (ABPA), os embarques totais de carne de frango

apresentaram alta de 19,6% (cerca de 393,8 mil toneladas) a

mais do que o mês de maio de 2015. Com esse índice, o acu-

mulado anual da exportação avançou 16,28% em relação

aos números do ano passado, com um total de 1,86 milhão

de toneladas embarcadas. A receita cambial também regis-

trou saldo positivo, com US$ 612,8 milhões obtidos, dado

4,9% superior ao quinto mês de 2015.

Importação de milhoNo intuito de segurar o preço do milho, o ministro

da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi,

afirmou que irá reduzir taxas e estimular os mecanismos

para compra externa, o que evita que produtores não

coloquem esse insumo no mercado à espera de valores

mais altos. A saca de 60 quilos do cereal acumula alta de

40% somente nesse ano.

A China sempre se destacou pelas exporta-

ções de soja do Brasil. Mas, em 2016, a abertura de

mercado do país para as carnes brasileiras tem auxi-

liado o setor de proteína animal nacional. Segundo

dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do

Brasil (CNA), a nação asiática assumiu a primeira po-

sição na balança comercial da carne de frango e bovi-

na, além de ser o terceiro destino para a carne suína.

Na avicultura, houve alta de 52% (total de US$ 346,4

milhões ao todo) em relação ao mesmo período do

ano passado.

O secretário de Estado da Agricultura e

do Abastecimento, Norberto Ortigara, participou

do lançamento do Plano Safra 2016/2017, na

Superintendência do Banco do Brasil em Curitiba,

que destinará R$ 185 bilhões de crédito aos

produtores rurais brasileiros. Segundo Ortigara, do

valor total destinado ao crédito rural, em média

18% devem ser destinados para o Paraná, que tem

a maior carteira agrícola do Banco do Brasil no país.

Mercado chinês

Crédito Rural

Page 5: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

5sindiavipar.com.br

Data25 e 26 de agosto 2016

LocalCuritiba (PR)

RealizaçãoAgronegócio Gazeta do Povo

Telefone(41) 3321-5274

Sitehttp://agrooutlook.com/

Outlook Fórum

Data22 a 24 de novembro de 2016

LocalPorto Alegre (RS)

RealizaçãoASGAV / SIPS / SINDILAT e FIERGS

Telefone(51) 3228-8844

Siteasgav.com.br

V AVISULAT

5sindiavipar.com.brSindiavipar

Receita dasexportações

Cadastro Ambiental Rural é prorrogado

Nos primeiros quatro meses do ano as expor-

tações do agronegócio paranaense geraram US$ 4,86

bilhões em receita, sendo que esse montante repre-

sentou 80% de todo o valor registrado pelo estado.

Segundo o diretor do Departamento de Economia Ru-

ral (Deral), Francisco Simioni, a desvalorização do real

ante o dólar, auxiliou para

que países da Euro-

pa, América do

Norte e Ásia

aumentassem

sua procura

aos insumos

produzidos

pelo Paraná. Foi sancionado pelo presidente interino da República, Michel Temer, a prorrogação do prazo de inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Os agricultores e produtores rurais devem enviar suas informações até 31 de dezembro de 2017.

Data27 e 28 de outubro de 2016

LocalFoz do Iguaçu (PR)

RealizaçãoSindiavipar

Telefone(41) 3224-8737

Sitesindiavipar.com.br

IV Workshop Sindiavipar

Page 6: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

6 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Mais informações: sindiavipar.com.br | (41) 3224-8737

Associe-se! Porque juntos somos mais fortes!

Foi realizada na sede da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) a 46ª

Reunião Ordinária do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária, que teve como foco a Bio-

segurança na Avicultura, Suinocultura e Bovinocultura. A reunião ainda contou com a palestra

do médico veterinário e gerente de saúde animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná

(Adapar), Rafael Gonçalves Dias.

Reunião CONESA

A última reunião do Conselho Temático do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Coema)

teve como tema principal a importância da coleta de embalagens pelo setor industrial, do comér-

cio e do consumidor. Além dessa fala, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai)

apresentou o programa “Brasil mais Produtivo”, que consiste no auxílio a indústrias de pequeno

e médio porte a otimizarem sua produção, inclusive na diminuição de seus resíduos processuais.

O encontro ocorreu na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP-PR).

Desenvolvimento sustentável

6 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Page 7: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

No dia 19 de maio, ocorreu na cidade de Maringá a Reunião do Comitê Estadual de Sa-

nidade Avícola (Coesa-PR), que tratou, entre outros assuntos, da nomeação de novos integrantes

para seus cargos diretivos. Lourenço Sausen, veterinário Sanitarista da Brasil Foods, foi esco-

lhido como coordenador, enquanto Alex Macorim, médico Veterinário da C.Vale Cooperativa

Agroindustrial, será sub coordenador.

O Sindiavipar esteve representado no evento pelo seu diretor executivo, Ícaro Fiechter.

Coesa-PR

Page 8: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

8 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Durante os meses de maio e

junho a avicultura parana-

ense foi assunto para 252

notícias veiculadas em rádios, TVs,

impressos e sites de todo o Brasil.

O que rendeu um retorno de mídia

espontânea de mais de R$ 900 mil.

O alto valor dos insumos, como o

milho, foi um dos principais temas

trabalhados pela imprensa e mos-

trou que o setor continua crescendo

mesmo diante de desafios.

Matérias do Estadão, Isto

É, O Presente Rural, CBN Cas-

cavel, Diário do Noroeste, Avi-

Site, Avicultura Industrial, entre

outros, apontaram que tanto a

produção como a exportação

da proteína de frango estão

em alta em 2016. Ao todo,

737,35 milhões de cabeças

de frango foram abatidas

no estado até o mês de

maio. O número é 11,8%

maior se comparado ao

mesmo período de 2015,

quando 659,37 milhões de

aves foram abatidas. Só em

maio, a produção foi de 148 mi-

lhões de cabeças.

Já o sistema de integração

foi pauta de uma matéria especial

do programa Negócios da Terra,

da Rede Massa, que mostrou a

importância da parceria entre a

indústria e o avicultor para man-

ter o Paraná na liderança do setor.

Na reportagem, o presidente do

Sindiavipar, Domingos Martins,

destacou que esta aliança foi o

que permitiu que fossemos alta-

mente eficazes e produtivos no

segmento.

O “IV Workshop Sindia-

vipar: Avicultura do Paraná para

o Mundo”, que já está com ins-

crições abertas, também movi-

mentou os veículos especializa-

dos. Portais das revistas Feed &

Food, AveWorld, Avisite, Sindi-

rural, entre outros, trouxeram ao

público os principais destaques

da programação deste ano que

contará com 10 palestras, distri-

buídas ao longo de dois dias de

programação.

Superando desafios

Na mídia

Força do setor avícola em meio a adversidades é destaque nos veículos de imprensa

79%Online

21%Jornal

Retorno de mídia - Maio

37%

4%

Online

Revista

Retorno de mídia - Junho

2%Jornal

2%TV

Page 9: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,
Page 10: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

10 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Radar

Não existe crise que não acabe. Esta aqui que estamos vivendo já está acabando, graças a

Deus. Nossas dificuldades estão perto do fim e a esperança voltou. Isso é o primeiro passo para

reconquistar a confiança do investidorAbílio Diniz, presidente global do conselho de administração da Brasil Foods

É bom, especialmente para o agronegócio, setor que vem

ajudando a manter o superávit da balança comercial, o qual

precisa de apoio paracontinuar sendo esse agentede desenvolvimento, tanto

no campo comonas cidades

José Roberto Ricken, presidente da Ocepar sobre o compromisso de Michel Temer em

não aumentar os impostos no campo

A China está consolidada como nosso segundo maior

importador de carne de frango e terceiro entre os importadores de carne

suína. É um mercado valioso, com potencial para crescer ainda mais. O Brasil está

altamente qualificado para atender à grande demanda

chinesa por alimentosRicardo Santin, vice-presidente de

mercados da ABPA

10 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Page 11: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,
Page 12: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

12 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Cuidadosdesde a matriz

Entrevista

Melhoramento genético traz inúmeras vantagens para a produção de frangos de corte

P ara a Cobb-Vantress, ge-

nética e avicultura an-

dam de mãos dadas. Pre-

sente no Brasil desde 1995, a

empresa desenvolve pesquisas

avícolas para gerar uma maior e

melhor produção de frangos de

corte, por meio de aves matri-

zes. A companhia não faz aba-

te, nem criação de frangos para

o processamento frigor íf ico,

aplica-se somente no desenvol-

vimento de fêmeas que forne-

cerão sua boa genética aos her-

deiros. Para entender um pouco

mais sobre o funcionamento

da genética avícola, o gerente

de produto da Cobb, Rodrigo

Terra, conversou com a Revista

Sindiavipar e ressaltou os prin-

cipais aspectos da atividade.

Quais são os cuidados es-senciais para ter uma pro-dução de qualidade?

A qualidade da carne

está muito conectada com a sua

sanidade. Os sistemas de pro-

dução hoje são modernos e pro-

porcionam um ótimo controle

de enfermidades, sejam elas

infecciosas ou mesmo metabó-

licas. Não há como, na avicultu-

ra moderna, termos ef iciência e

lucratividade sem acompanhar-

mos as evoluções no melhora-

mento genético com evoluções

ambientais, isto é, nos galpões

de criação das aves. Estes cui-

dados têm o foco de preservar

a sanidade e o bem-estar das

aves, que serão mais ef icientes

e proporcionarão menos gastos

em sua criação.

Quais são as vantagens da genética avícola na produ-ção de frangos de corte?

As vantagens do melho-

ramento genético avícola são

claras: proporcionar sempre o

melhor produto para o merca-

do. Ou seja, aquele que pro-

duz mais quantidade de car-

nes nobres, ao menor custo de

produção. Com isto, é possível

proporcionar duas condições

vantajosas: ao produtor, que

produzirá mais carne com me-

nor gasto, principalmente de

ração; e para o consumidor f i-

nal, que terá a sua disposição

mais quantidade de carne, fon-

te de proteína, com um preço

acessível.

Como vê a atuação daCobb-Vantress no Brasil?

A Cobb tem uma atua-

ção responsável e consistente no

Brasil e em todos os países em

que atua no mundo. A filosofia

da empresa é muito clara quanto

à integridade em sua relação com

as instituições, clientes e compe-

tidores. Em seus anos de atuação

no Brasil, a Cobb sempre trou-

xe e disponibilizou ao mercado

o melhor produto no segmento

de desenvolvimento genético. O

conjunto de seu serviço, de alta

qualidade técnica e relaciona-

mento íntegro com o cliente e

mercado, aliada ao seu produ-

to sempre em desenvolvimento,

que faz o “pacote” Cobb atrativo,

consistente e confiante.

Page 13: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

Sindiavipar

Cuidadosdesde a matriz

MercadoEssencial. A demanda do mer-cado consumidor nos orienta e motiva para continuarmos sem-pre evoluindo. O contato com ele nos direciona sempre para o lugar certo.

Sanidade Sem sanidade não conseguiremos atender nosso mercado interno, nem manter nossa posição de maiores exportadores de carne de frango do mundo.

AviculturaProporciona proteína barata e em quantidade para toda a população do planeta de maneira sustentável.

InsumosPreocupação constante. Compõe o mais importante custo de pro-dução: a ração. Por isso a evolu-ção na eficiência alimentar é tão crucial para manter nosso negócio rentável e de custo acessível ao consumidor.

Rodrigo TerraGraduado em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual Júlio Mesquita Filho (Unesp) – Câmpus de Botucatu

Vai e volta

As vantagens do melhoramento genético

avícola são claras: proporcionar sempre o melhor produto para

o mercado

Em 1999 ingressou na família Cobb, tornando-se gerente de produto em 2007

Responsável pelo serviço técnico para matrizes e gerente de produção de avós da Agroceres Avicultura de 1984 a 1993

Page 14: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

14 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Abatedouromóvel

Tecnologia da Embrapa promete melhorar a produtividadeem regiões afastadas de centros industriais

Tecnologia

O abatedouro móvel é

uma tecnologia recen-

te, capaz de melhorar

as condições de produtividade

para comunidades que se en-

contram afastadas dos centros

industriais e cooperativas. De-

senvolvido pela Embrapa Suínos

e Aves e pela empresa Engmaq

- máquinas e equipamentos in-

dustriais, o projeto começou a

ser elaborado em 2012, foi lan-

çado na Expointer em setembro

de 2015 e apresentado ao Mi-

nistério da Agricultura, Pecuá-

ria e Abastecimento (Mapa) em

janeiro deste ano.

Disponível para aves, suí-

nos, pescados, caprinos e outros

animais, o abatedouro móvel

para aves encontra-se em dois ta-

manhos: um deles tem capacida-

de para 600 kg ou 300 cabeças

de frango por turno, e o outro,

1,2 mil kg ou 600 cabeças. O

pesquisador da Embrapa, Élsio

Figueiredo, responsável pelo tra-

balho, explica que a iniciativa é

válida quando o abatedouro pode

operar cinco dias por semana e

com, pelo menos, 70% de sua

capacidade total. Na avicultu-

ra, cabe ressaltar que o sistema

pode ser aplicado também para

o abate de frangos coloniais, cai-

piras e orgânicos, além de marre-

cos e galinhas de descarte.

Entre os benefícios dessa

tecnologia para a avicultura, está

a possibilidade de levar o aba-

te de frango para regiões mais

afastadas, como destaca o pes-

quisador. “Muitas comunidades

possuem vocação produtiva, mas

estão distantes de cooperativas e

indústrias, no entanto, isso não

muda o fato de que os produtores

precisam de recursos e ferramen-

tas para progredir”.

A estrutura desse tipo de

abatedouro assemelha-se a um

caminhão frigorificado e ele pode

ser comprado ou alugado. O local

em que o veículo irá operar pre-

cisa ser preparado e licenciado.

Após a obtenção da licença, em

aproximadamente um mês o aba-

14 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Page 15: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

tedouro móvel está disponível.

De acordo com Figueire-

do, a tecnologia está sendo dis-

ponibilizada conforme os estados

solicitam e precisa ser aprovada

pelo sistema de inspeção de cada

localidade. “Durante os meses

de julho e agosto, o abatedou-

ro ainda será testado pelo Mapa

para que possa ser aprimorado.

Se for possível incluí-lo em uma

legislação nacional, não será mais

necessária a aprovação de cada

estado, mas isso é algo para ana-

lisarmos no decorrer dos meses”,

comenta.

Há 17 projetos de abate-

douros móveis em negociação

para aves, suínos e peixes, que

estão em etapa de estudo e via-

bilização. No momento, a de-

manda por esse tipo de abate-

douro tem sido maior na região

nordeste, especialmente para o

abate de caprinos e ovinos. Os

produtores têm a possibilidade

de se unir para tornar a atividade

mais viável.

No Sul do Brasil, ainda

não há uma necessidade tão in-

tensa desse tipo de recurso, por-

que as agroindústrias são bem

desenvolvidas. Mesmo assim, o

pesquisador da Embrapa estima

que há possibilidades de ele ser

inserido no Paraná no próximo

ano. Atualmente, há abatedou-

ros móveis sendo implementa-

dos na Bahia, Ceará, Distrito Fe-

deral, Mato Grosso e em Santa

Catarina, único representante da

região Sul.

70%da sua capacidade total é o mínimo para viabilizar a operação do

abatedouro móvel

Page 16: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

16 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Osetor da avicultura, as-

sim como os demais, tem

passado por constantes

transformações em sua estrutura

produtiva. Uma delas é em relação à

incorporação de novas tecnologias

e inovações a favor da produtivida-

de e segurança. Pensando nisso, o

Ministério da Agricultura, Pecuária

e Abastecimento (Mapa) deu um

passo a frente com o intuito de

agilizar os processos de registro de

produtos de origem animal. Agora,

eles serão feitos por meio de um

sistema informatizado. Por isso, o

Mapa está submetendo à consulta

pública a proposta de instrução

normativa que define, portanto, o

novo procedimento seguindo um

único padrão que substitui o siste-

ma de registro feito em papel.

“Com essa nova forma de

fazer o registro, teremos maior agi-

lidade na aprovação dos processos.

Atualmente, o tempo varia de três

a seis meses. Com a nova instru-

ção normativa, a aprovação será

imediata”, ressalta o secretário de

Defesa Agropecuária, Luis Rangel.

Com o novo padrão, os registros

não precisarão de aprovação pré-

via e ficará a cargo das empresas a

responsabilidade dos registros. Se-

gundo o Mapa, se for necessário,

serão feitas auditorias para verifi-

car se as empresas estão seguindo

as normas estabelecidas.

Em alguns setores como

o de carnes e o de embutidos, o

sistema de registro informatiza-

do já é utilizado. Mas, o setor de

ovos e algumas empresas avícolas

ainda fazem o registro por meio

de papéis e por isso, serão os que

mais terão novidades na forma de

trabalho. Segundo a coordenado-

ra do programa de Pós-Graduação

em Ciência Animal da Pontifícia

Universidade Católica do Paraná

( PUC-PR), Renata Ernlund Freitas

de Macedo, mesmo sendo um sis-

tema novo para algumas empresas,

todas elas terão mudanças com

este tipo de registro.

“A novidade para todos é

que antes, para registrar um novo

produto era preciso passar pela

avaliação e aprovação de dois fis-

cais agropecuários e só após isso,

o produto estava autorizado para

ser fabricado. Esse processo pode-

ria levar meses, às vezes, em alguns

casos, anos. Pela nova instrução

normativa, não haverá mais a apro-

vação pelos fiscais, então a partir

do momento em que a empresa fi-

zer o registro online do produto ela

estará automaticamente autoriza-

da a fabricá-lo. O Mapa está dan-

do maior autonomia às empresas,

mas também cobrará delas mais

responsabilidade” explica.

Além de dar rapidez ao pro-

cesso, o sistema garante segurança

Tecnologia

A força daavicultura

Registro de aviários de frango de corte aumenta a segurança da produção e é incentivado por Comitê Estadual de Sanidade Avícola

O Ministério está dando mais autonomia às empresas, mas vai

cobrar tambémRenata de Macedo, professora da PUC-PR

Novosprocedimentos

Registro de produtos de origem animal feito por sistema informatizado agiliza processo e dá autonomia às empresas

Page 17: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

17sindiavipar.com.brSindiavipar

para as próprias empresas, como

ressalta a professora do departa-

mento de Medicina Veterinária da

Universidade Federal do Paraná

(UFPR), Elizabeth Santin: “O fato

de a informação estar disponível

na web pode auxiliar na avaliação

e no uso das mesmas para análises

estatísticas que são fundamentais

para estabelecer metas, controles e

medidas preventivas para situações

que estejam se repetindo. Isso sem

falar na agilidade”, completa.

Na práticaA Frango Caipira mostra

que na prática a utilização de sis-

temas informatizados traz benefí-

cios desde o produtor até o con-

sumidor. Localizada em Ivaiporã

(PR), a empresa utiliza um siste-

ma eletrônico para fazer o rastre-

amento dos produtos há um ano e

meio. Dessa forma, as granjas são

cadastradas em uma base dados,

depois é feito um registro por uma

empresa que faz o gerenciamento

dessas informações.

“O uso da tecnologia

para o rastreamento dos produ-

tos trouxe maior segurança não

só para nós, mas também para

o consumidor. Temos um índice

muito baixo de reclamações e

sentimos a diferença na venda,

o comprador tem mais seguran-

ça ao saber que aquele produto

passa por um processo de rastre-

abilidade. Esses sistemas trazem

ainda mais credibilidade ao se-

tor”, afirma o administrador da

empresa, Marcos Batista. Com o

sistema, os produtos vão para as

prateleiras com um QR code, no

qual os consumidores podem se

informar sobre o lote, data de fa-

bricação, detalhes sobre a granja,

e outros dados do produto.

17sindiavipar.com.brSindiavipar

Com essa nova forma de fazer o registro, teremos maior agilidade

na aprovação dos processos.

Luis Rangel, secretário de Defesa Agropecuária

Novosprocedimentos

Page 18: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

18 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Os regimes aduaneiros espe-

ciais são mecanismos que

reduzem os custos envolvi-

dos em operações comerciais interna-

cionais. Consistem em procedimen-

tos voltados especificamente para

a entrada e saída de mercadorias,

nos quais existem alguns benefícios,

como a suspensão do pagamento de

tributos na maioria dos casos. O as-

sunto ganhou ainda mais importân-

cia quando a FCStone Argentina di-

vulgou que o Brasil terá que importar

milho dos EUA, já que a programa-

ção de embarque desse insumo da

Argentina para o país já está lotada.

O Drawback e o Regime

Aduaneiro Especial de Entreposto

Industrial sob Controle Informati-

zado (Recof) são os que se desta-

cam dentre os regimes especiais. A

gerente de consultoria tributária da

Deloitte, Denise de Paula, afirma que

ambos são essenciais para as transa-

ções comerciais internacionais. “Eles

ajudam a viabilizar a importação de

insumos e contribuem no ganho de

competitividade internacional, para

empresas estabelecidas no território

nacional, especialmente diante da

crise econômica que afeta o país nos

dias atuais”.

Considerado um incentivo

fiscal para a exportação, o Drawback

é um regime que suspende ou elimi-

na os impostos que incidem sobre a

compra de insumos convertidos na

produção de um bem que será expor-

tado (por exemplo: compra de milho

para alimentar o frango cuja carne

será vendida para fora). “O Drawback

não permite ‘desvios de finalidade’,

isso significa que todo o conteúdo

importado deverá ser necessariamen-

te exportado, sob pena de culminar

com a incidência dos tributos que

haviam sido suspensos acrescidos de

multa e juros legais”, explica Denise.

O Recof, por sua vez, sem-

Regimes aduaneiros especiais

Drawback e Recof reduzem custos de importação de insumose favorecem a exportação do produto final

Insumos

Page 19: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

pre foi conhecido como um regime

de difícil utilização, porque possuía

uma série de requisitos que limi-

tavam o número de empresas que

conseguiam habilitação para ele. No

entanto, recentemente, a Secretaria

da Receita Federal do Brasil ampliou

a quantidade de empresas beneficia-

das. A redução do patrimônio líquido

exigido de R$ 25 milhões para R$ 10

milhões foi uma das mudanças.

“Diferente do que aconte-

ce no Drawback, o Recof possibilita

que parte da mercadoria seja volta-

da para o próprio consumo interno,

sem ensejar eventuais penalidades”,

explica Denise. Por isso, muitas vezes

o Recof é um regime ainda mais van-

tajoso, por oferecer uma flexibilidade

maior no que diz respeito à distribui-

ção das mercadorias produzidas a

partir dos insumos importados.

Para a avicultura paranaen-

se, isso pode ser bastante positivo,

especialmente considerando o po-

tencial de exportação dessa ativida-

de (como mostra a tabela). “A ade-

são a esses regimes por parte das

indústrias irá proporcionar a elas um

impacto direto nos seus custos de

produção, de modo a tornar seu pro-

duto cada vez mais forte no cenário

global”, afirma Denise.

Exportação de carne de frango 2016

Paraná/US$ Brasil/US$Jan 156.421.311 450.586.651

Fev 143.510.467 457.266.602

Mar 205.536.685 582.936.761

Abr 218.697.410 621.111.048

Mai 201.338.385 613.667.795

Fonte: Secex

Page 20: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

20 sindiavipar.com.br Sindiavipar

A produção de frangos

no Brasil tem se aper-

feiçoado cada vez mais

do ponto de vista técnico, es-

pecialmente no Paraná. Se hoje

o estado responde por cerca de

35% das exportações avícolas

do país, é porque há uma série

de fatores que contribuem com

isso: o apoio aos produtores,

qualidade da carne, respeito às

normas e padrões de sanidade

ex igidos pelo mercado exter-

no e a promoção do bem-estar

animal. A imunonutrição é um

conceito relacionado a esses

dois últ imos elementos, e ape-

sar de não ser algo novo, vem

ganhando destaque nos últ i-

mos anos.

Rebeca Weigel é pes-

quisadora da empresa Quimtia

e explica que o conceito de

imunonutrição está relacio-

nado a pensar na alimentação

dos animais para que além de

atender às suas necessidades

nutricionais ela também evite

doenças. “É baseado na ideia

de prevenir para não remediar,

em resposta à crescente pres-

são da sociedade pela ext inção

do uso de antibiót icos na pro-

dução animal”, def ine.

A imunonutrição é uma

ideia que se aplica a qualquer

animal e inclusive aos huma-

nos, segundo a pesquisadora.

“Atualmente, ela já está bem

consolidada em relação aos

pets, sendo incorporada gra-

dat ivamente a outros grupos,

como as aves, por exemplo”,

comenta. Para que essa con-

cepção seja colocada em prá-

t ica, em geral, são aplicados

insumos e adit ivos, por meio

da alimentação, capazes de es-

t imular e desenvolver a imuni-

dade natural dos animais. “Por

consequência, o próprio orga-

nismo terá maior autonomia

Nutrir é prevenirImunonutrição preza pelo fortalecimento da imunidade animal por meio da alimentação

Bem-estar

Page 21: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

21sindiavipar.com.brSindiavipar

Imunonutrição evita excesso de consumo de antibióticos por parte dos animais, fator levado em consideração pelo mercado externo

para vencer desaf ios imunoló-

gicos”, explica Rebeca.

A ideia é que fazendo da

imunonutrição uma realidade,

seja possível reduzir o uso de

antibiót icos na nutrição animal

de forma segura, sem que eles

f iquem doentes e precisem de

algum t ratamento. “Quando

um animal adoece, o produtor

acaba sendo prejudicado com a

queda do desempenho em sua

produção e isso é algo que deve

ser evitado”, arremata.

Esse conceito é essen-

cial para impulsionar o bem-

estar animal, como af irma

Rebeca. “Fortalecendo o siste-

ma imunológico das aves natu-

ralmente por meio da sua ali-

mentação, teremos animais ‘se

sentindo melhor’, mais fortes,

dispostos e sadios, por conse-

quência, isso só t raz melhorias

para a produtiv idade”. A imu-

nonutrição representa uma for-

ma ef iciente de melhorar a v ida

do animal de produção sem

comprometer a rot ina produti-

va, favorecendo todos os lados

envolvidos na at iv idade.

“É importante ressaltar

que a imunonut rição não eli-

mina a ocorrência de doenças

e out ras condições int r ínsecas

do sistema produt ivo atual, de

forma que o uso de ant ibiót i-

cos a inda é necessário em al-

gumas situações”, destaca a

pesquisadora. Esse t ipo de nu-

t rição voltado ao forta lecimen-

to da imunidade é um recurso

a mais, no entanto, o produtor

precisa estar atento à saúde do

animal para administ rar medi-

camentos quando necessário.

Rebeca alerta para a im-

portância da aplicação da imu-

nonut rição para fomentar a ex-

portação da carne de f rango.

“O mercado europeu está cada

vez mais ex igente em relação à

qualidade do alimento, não só

rejeitando o uso de ant ibiót i-

cos, mas também em relação

ao bem estar animal”.

Os custos para imple-

mentar a imunonut rição va-

riam bastante de acordo com

a espécie e a fase de v ida do

animal, de acordo com Rebe-

ca. “Há um ganho no custo/

benefício, ou seja, mesmo au-

mentando um pouco o custo

da ração, há o retorno. Em uma

análise bem simples e direta, o

produtor ganha com a redução

da mortalidade no lote”, f ina-

liza. A diminuição da perda de

animais aumenta o retorno f i-

nanceiro da produção e paga o

custo ext ra da ração, que tam-

bém não é necessariamente

muito alto.

O mercado europeu está cada vez mais

exigente em relação à qualidade do alimento,

rejeitando o uso de antibióticos

Rebeca Weigel, pesquisadora da Quimtia

Page 22: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

22 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Nos últimos quatro anos, a

sanidade da agropecuária

paranaense evoluiu intensa-

mente. Isso se deve, principalmente,

à fundação da Agência de Defesa

Agropecuária do Paraná (Adapar),

criada no final de 2011, com efetivo

inicio dos trabalhos no dia 07 de maio

de 2012. Atualmente, para auxiliar na

saúde do plantel animal do Paraná,

estão envolvidos cerca de 250 Fiscais

de Defesa Agropecuários, veterinários

que atuam em diversos programas da

Adapar, distribuídos entre a sede, na

coordenação de programas e em 22

unidades regionais que atendem 137

municípios.

Além deles, a entidade conta

com profissionais que trabalham nos

laboratórios e auxiliam no diagnósti-

co de doenças. Também fazem parte

da equipe técnicos de nível médio e

assistentes de fiscalização que atuam

no controle do trânsito agropecuário

e apoiam os fiscais nos diversos pro-

gramas em execução.

Gestão de sucessoDurante esses quatro anos, a

Adapar traçou um caminho de aproxi-

mação e parceria com o setor privado,

organizações, sindicatos e produtores.

“Foi um período de investimento no

conceito de que quem faz defesa é o

produtor, o proprietário. Cabe a nós,

órgão oficial, darmos as condições

para que esse bom trabalho fique re-

gistrado e possa ser auditado e com-

provado”, comenta o diretor.

Segundo o diretor de defesa

agropecuária da Adapar, Adriano Rie-

senberg, o crescimento do órgão se

deve à organização, à gestão e à me-

todologia de trabalho desenvolvida. A

expectativa é que neste e no próximo

ano, a entidade se consolide e possa

colher melhorias em setores como o

de informatização, estruturação física

e recursos humanos.

O sucesso da entidade é fruto

Celebrando conquistasCom quatro anos recém-completados, a Adapar traça uma trajetória modelo também em saúde animal

Sanidade

Page 23: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

do trabalho de uma equipe que pen-

sa em conjunto. Para o presidente da

Adapar, Inácio Kroetz, foi por meio de

transparência, discussão e ouvindo as

necessidades dos produtores que a

Adapar desenvolveu seu planejamen-

to. “Cadeias produtivas são movidas

por meio de contribuições técnicas e

estratégicas. Por isso, temos que com-

partilhar os compromissos e respon-

sabilidades que a cadeia tem com o

seu negócio. Ninguém está sozinho”,

conta o presidente.

Atuação avícolaMesmo com uma recente his-

tória, a Adapar sempre foi parceira da

avicultura paranaense. Segundo o pre-

sidente, foi com a ajuda da entidade

que a exportação do frango local vol-

tou a crescer e conquistar importantes

mercados. Para trazer mais conquistas

para este cenário, a Adapar valoriza os

projetos direcionados ao setor.

Os principais são: aumentar o

número de registros das propriedades

e dos aviários para manter a biosse-

guridade das matrizes; finalização

do inquérito sobre o vírus causador

da doença de Newcastle; contrata-

ção de fiscais exclusivos para a avi-

cultura, que trabalharão na área de

reprodução avícola e, o necessário e

oportuno, projeto voltado às Olimpí-

adas. Com a vinda de turistas neste

período, a Adapar se preocupa com a

possível chegada da influenza aviária.

Para alavancar os resultados

da Adapar, o laboratório do órgão está

planejando uma pesquisa de satisfa-

ção com os clientes. O levantamento,

que ainda não tem data para ser di-

vulgado, ficará disponível no site da

Adapar para acesso público e contará

com a opinião de diversas empresas

relacionadas ao setor avícola.

137municípios são

atendidos pelas 22 unidades regionais

da Adapar

Page 24: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

24 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Voando altoDo artesanal às grandes indústrias, avicultura brasileira evoluiu e hoje representa um dos

principais pilares da economia

24 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Capa

Page 25: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

25sindiavipar.com.brSindiavipar

Presente no Brasil desde a

sua descoberta, a avicultu-

ra possui uma trajetória de

sucesso nesses mais de 500 anos.

Em agosto, mês em que se come-

mora a atividade e o dia do avicul-

tor, os desafios e conquistas que

marcaram a história do setor, que

tem como principal agente trans-

formador o homem do campo, vêm

à tona. Discussões que mostram

a importância do segmento para

a geração de renda e crescimento

da economia dos estados em que

está presente, consequentemente,

do país.

Segundo pesquisa da

Associação Brasileira de Proteína

Animal (ABPA), nos primórdios,

as aves criadas eram mestiças,

produto de cruzamentos ao longo

dos séculos, e eram as mesmas que

povoavam os quintais das casas

brasileiras. Ainda de acordo com o

levantamento da entidade, a facili-

dade para a criação de aves fez com

que a avicultura se desenvolvesse,

primeiramente, nas cidades litorâ-

neas e de forma artesanal.

Com o aumento populacio-

nal e o desenvolvimento econômico

de cidades do interior, naquela épo-

ca devido ao ouro, aumentou-se a

demanda por alimentos o que es-

timulou a produção comercial da

proteína. A partir do momento em

que a atividade se estabeleceu pro-

fissionalmente, diversas evoluções

e revoluções foram implementadas

ao longo do processo até que se

chegasse ao nível de industrializa-

ção atual do segmento.

E o desenvolvimento pro-

mete continuar nos próximos anos.

De acordo com dados do relatório

técnico da Expedição Avicultura

2015, projeto realizado pelo Núcleo

de Agronegócio Gazeta do Povo, até

2021, a carne de frango deve supe-

rar a suína em volume de produção

e, consequentemente, em consumo

no mundo. Até 2025, a avicultura

brasileira deve crescer quase 35% e

passar a exportar 40% a mais em

comparação a 2015.

Fatores de impulsãoResultado de um conjunto

de fatores, o sucesso do setor teve

marcos importantes para a sua evo-

lução. Para o diretor administrativo

financeiro da Avenorte, Rodrigo

Guimarães, que atua no segmento

há aproximadamente 18 anos, o

melhoramento genético foi deter-

minante para o desenvolvimento

da atividade. “Lá atrás quando falá-

vamos em conversão alimentar, por

exemplo, comemorávamos quando

o frango convertia dois quilos de

ração em um de carne, hoje já con-

seguimos algo na média de 1.750 kg

para 1kg de carne”, afirma.

Sindiavipar

O campo da nutrição também é importante

destacar. Permitiu muita eficiência

na produção com excelentes resultados

Rafael Gonçalves Dias, gerente de Saúde Animal da Adapar

25sindiavipar.com.br

Page 26: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

26 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Capa

Segundo os avicultores, a rotina no trabalho também sofreu mudanças ao longo do tempo

De acordo com Rafael

Gonçalves Dias, gerente de Saúde

Animal da Agência de Defesa Agro-

pecuária do Paraná (Adapar), com

o melhoramento genético cada vez

mais aprimorado, a atividade se tor-

nou uma das mais competitivas do

mundo. “O campo da nutrição tam-

bém é importante destacar. Permitiu

muita eficiência na produção com ex-

celentes resultados. A junção desses

fatores com o aumento da vigilância

sanitária de doenças sob-controle,

como a influenza aviária e newcas-

tle, permitiu de forma sistemática

que o país seja essa potência de pro-

dução e exportação desta proteína

animal”, assinala o especialista.

Os avanços genéticos, en-

tretanto, só foram possíveis devido

à ajuda de um setor bem conhecido

da avicultura, a agricultura, ressalta

o sócio-fundador do Grupo Pionei-

ro, Paulo Cesar Massaro Thibes, que

trabalha com a atividade há mais de

40 anos. “Quando iniciei na avicul-

tura não se usavam alguns produtos

que hoje se tem em consumo fácil,

como o farelo de soja”, conta.

“Quando falamos de gené-

tica e nutrição, também estamos

falando de agricultura e produti-

vidade de grãos. O crescimento na

produção de soja, em quantidade, e

baixo custo, proporcionou um ali-

mento acessível e saudável, geran-

do um custo de produção melhor

para o produtor. O que impactou na

mesa do consumidor que passou a

ter disponível uma proteína de mais

fácil acesso”, complementa Thibes.

O investimento nos aviários

também é apontado por muitos

especialistas como um marco de

mudança no processo produtivo

avícola. O avicultor, administrador

e consultor avícola Valmor Ceratto,

presente no ramo há aproxima-

damente 35 anos, destaca como

fundamentais para a evolução da

atividade o isolamento térmico das

construções, a pressão negativa, a

qualidade de ambiência, o sistema

de ventilação, o sistema de aque-

cimento frontal e as granjas com

maior capacidade de alojamento.

“As menores granjas que se fazem

hoje são para 30 mil aves e no pas-

sado se fazia para seis mil”, salien-

ta. Hoje, também já estão instalados

no país alguns aviários gigantes,

modalidade praticada nos Estados

Unidos, que permite construções

de até 155x36m, suportando cerca

de 100 mil aves.

Para Andrey Gava Citadin,

gerente comercial e técnico da

Plasson, e atuante no ramo há 15

anos, o surgimento e a aplicação

dessas novas tecnologias, nos últi-

mos anos, é resultado da necessi-

dade de crescimento para atender

Quando iniciei na avicultura não se usavam alguns

produtos que hojese tem em consumo fácil, como o farelo

de sojaPaulo Cesar Massaro Thibes,sócio-fundador do Grupo Pioneiro

Page 27: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

[email protected]/animal-nutrition

Custo da suplementação de metionina por tonelada de ração? Check! A Evonik apoia a indústria de nutrição animal com produ-tos de qualidade superior, combinados com atualizações técnicas, inovações em serviços analíticos e soluções para dosagem de aminoácidos. Desta forma, nós ajudamos nossos clientes a otimizar de forma efi caz a composição de suas dietas e aumentar a efi ciência de suas fábricas de ração, garantindo o melhor desempenho animal e menor custo de suplementação por tonelada de ração.

Simply Effi cient™

Dosagem e Mistura

Exigência de Aminoácidos Sulfurados

Rentabilidade na Produção Animal

Maior Rentabilidade na Produção Animal

Fonte Eficiente de Metionina

16-01-151 AZ SE Brasilien, Cost per ton of feed, Feed_and_Food, Avicultura do Parana, 21x28cmindd.indd 1 20.06.16 12:27

Page 28: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

28 sindiavipar.com.br Sindiavipar

a demanda aliada a questão de re-

dução de custo. “A tecnologia sem-

pre foi aplicada, mas recentemente

houve um avanço tecnológico de-

vido à automação das granjas por

conta da redução da mão de obra,

da necessidade em diminuir custos

de produção, aumentar a eficiência

dos sistemas, a produtividade dos

aviários e, logicamente, a produção

de carne no Brasil”, afirma.

Parceria de sucessoMerecedor de um capítulo

a parte da história do segmento no

Brasil, o sistema de integração aví-

cola, implantado na década de 60,

foi a grande mola propulsora do que

conhecemos como avicultura hoje.

A integração é “a ligação entre a em-

presa e o produtor em uma sintonia

onde ela casou muito bem”, define

Guimarães, diretor da Avenorte. Já

para Paulo Cesar, do Grupo Pionei-

ro, o integrado é fundamental pois

“comprou a ideia, construiu, inves-

tiu e acreditou na atividade”.

Ao todo, existem apro-

ximadamente 19 mil avicultores,

entre integrados e cooperados no

estado, segundo dados do Depar-

tamento de Economia Rural (Deral)

da Secretaria da Agricultura e do

Abastecimento do Estado do Para-

ná (Seab). Por meio da integração,

esses produtores recebem, por par-

te da integradora, os investimentos

necessários à manutenção da ativi-

dade (pintainhos, ração, assistência

técnica), cabendo ao avicultor a

responsabilidade pela eficiência da

qualidade do frango que será forne-

cido às indústrias produtoras.

Recentemente, a integra-

ção avícola comemorou uma nova

conquista: a aprovação da Lei n°

13.288/2016, que normatiza o siste-

ma de integração agroindustrial bra-

sileiro. Entre as principais contribui-

ções da regulamentação, segundo o

presidente do Sindicato das Indús-

trias de Produtos Avícolas do Estado

do Paraná (Sindiavipar), Domingos

Martins, estão a instituição de me-

canismos de transparência na rela-

ção contratual, buscando a máxima

clareza e precisão dos contratos e

a criação de fóruns nacionais de in-

tegração e Comissões para Acom-

panhamento, Desenvolvimento e

Conciliação da Integração (Cadec),

que serão responsáveis, entre outras

funções, pela interpretação de cláu-

sulas contratuais ou outras questões

inerentes ao contrato de integração.

Dia a dia do avicultorEm dia de alojamento, Sérgio

Paschoal e sua esposa Denise, inte-

grados da Frango Granjeiro há 10

anos, acordam às 4h para iniciar as

Capa

A tecnologia sempre foi aplicada, mas

recentemente houve um avanço tecnológico devido à automação

Andrey Gava Citadin, gerente comercial e técnico da Plasson

28 sindiavipar.com.br Sindiavipar

2021 2025 2025

Relatório Expedição Avicultura 2015

A carne de frango poderá superar a suína em volume de produção e consumo

A avicultura brasileira deve crescer quase 35% até esteano

A avicultura brasileira deverá passar a exportar 40% mais em comparaçãoa 2015

Page 29: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

29sindiavipar.com.brSindiavipar

atividades na cidade de Apuracana

(PR). Segundo o avicultor, há bas-

tante trabalho, mas quando este é

feito em família fica mais fácil. “A

gente trabalha unido, sempre está

junto. Está sempre trocando ideia”,

comemora o produtor. Atualmen-

te a família possui três barracões,

sendo um do filho de Sérgio. A ex-

pectativa é até 2018 construir mais

dois. “Indico entrar na atividade, ela

nos ajuda a dar educação aos nossos

filhos e ainda nos proporciona mo-

mentos de lazer”, complementa.

Desde 1998 na ativida-

de, o integrado da Avenorte José

Dalarme possui oito barracões e

afirma que ao começar a mexer

com avicultura passou a gostar e

hoje possui interesse em expandir

ainda mais no setor. Para o produ-

tor, “a avicultura é como se fosse

uma lavoura, você tem que acom-

panhar de perto, ter uma mão de

obra qualificada, boa manutenção

dos equipamentos e sempre procu-

rar inovações”, afirma.

Segundo os avicultores, a

rotina no trabalho também sofreu

mudanças ao longo do tempo de-

vido à incorporação de tecnologias.

“Desde que comecei na atividade o

que mudou foi a automação. Hoje

a tecnologia avançou e muita coisa

ficou automática”, conta Dalarme.

Paschoal ainda complementa que

do seu primeiro barracão, construí-

do há 10 anos, para o mais recente,

finalizado ao final de 2015, melho-

rou muito. “Eu investi em placas,

geradores, painéis. Ficou muito

mais fácil para a gente trabalhar”.

Desafios à frenteA avicultura do futuro,

para muitos especialistas, será de

superação, palavra que sempre

acompanhou a trajetória do se-

tor, inclusive, nos últimos anos

com a alta dos custos como ener-

gia elétrica, lenha e combustíveis,

por exemplo. Para Valmor Ceratto,

os principais desafios daqui para

frente serão: custos de produção,

qualidade de mão de obra, sani-

dade e ambiência. Para Citadin,

gerente da Plasson, a tendência é

que “a avicultura continue cres-

cendo. Isso porque nós temos re-

cursos naturais que nos oferecem

uma vantagem competitiva. A

mão de obra deve passar por al-

Sistema de integração avícola foi a grande mola

propulsora da atividade

Page 30: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

30 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Mulheres na aviculturaAssim como em ou-

tras esferas econômicas,

as mulheres também têm

conquistado espaços impor-

tantes na agropecuária. Se-

gundo levantamento do Sin-

diavipar, realizado em 2015,

aproximadamente 46% dos

funcionários das indústrias

avícolas paranaenses são

mulheres.

Dentro das granjas,

elas também já marcam

presença. Denise Paschoal

trabalha com seu marido

Sérgio Paschoal há 10 anos

na atividade, como integra-

dos da Frango Granjeiro. “A

mulher está cada vez mais

ganhando o seu espaço e

mostrando que também

tem capacidade. Além dis-

so, é muito bom trabalhar

nessa atividade”, afirma

Denise.

Para a gerente de

Marketing do Sindiavipar,

Mônica Fu ku oka, a evolu-

ção é perceptível. "Estou

em contato com as empre-

sas frequentemente e per-

cebo que as mudanças têm

sido bastante positivas.

Muitas mulheres adminis-

tram seus próprios aviários

e apresentam alto índice de

rendimento. Mas é necessá-

rio continuarmos seguindo

em frente", analisa.Até 2025, a avicultura brasileira deve crescer quase 35%, aponta Expedição Avicultura

guns ajustes, mas o setor avícola

vai continuar sendo um dos pila-

res favoráveis a equilibrar a balan-

ça comercial brasileira para cima,

como foi nos últimos anos”.

Na área de sanidade,

Rafael Gonçalves Dias, médico ve-

terinário da Adapar, ressalta que

hoje o principal desafio é manter

o país livre de influenza aviária de

alta patogenicidade e doença de

newcastle no plantel industrial. “A

influenza aviária de alta patogeni-

cidade já foi detectada em vários

países, inclusive nos EUA e China,

que estão entre os maiores produ-

tores mundiais. Com os crescentes

números de casos como esses as-

sociados aos riscos de introdução

da doença são desafios importan-

tes e permanentes que o setor deve

se atentar”, complementa.

O levantamento da Ex-

pedição Avicultura 2015 ainda

mostra que a logística continua

sendo um desafio e condição de

crescimento para o setor. A cons-

trução da “Rodovia do Frango”

que pretende ligar o município da

Lapa (PR) a Chapecó (SC), ou o

projeto da “ Ferrovia do Frango”

que conectaria o Oeste de Santa

Catarina à Ferrovia NorteSul, são

apontados como alternativas para

o setor.

Capa

46%dos funcionários das indústrias

avícolas paranaensessão mulheres

Page 31: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,
Page 32: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

32 sindiavipar.com.br Sindiavipar

O cenário de alto desafio estimula a busca e adoção de

alternativas visando amenizar impactos. Os

aditivos surgemcomo opção

Uso de aditivos frente aos novos desafios do mercadoPor Cristiane Sanfelice e Júlio Henrique Emrich Pinto

Introdução

OBrasil é o maior exportador

mundial de carne de fran-

go com 4,260 milhões de

toneladas exportadas em 2015. Nes-

se ano assumiu o 2º lugar no ranking

dos maiores produtores de carne de

frango (ABPA, 2015).

Esse sucesso e ótimo de-

sempenho é atribuído à evolução

contínua nas áreas de nutrição, ge-

nética manejo, ambiência, sanidade

e profissionalização crescente. Na

criação de aves comerciais, a alimen-

tação representa cerca de 70% do

custo de produção (ARAUJO, 2005).

Porém, no cenário atual, com a es-

cassez do milho e elevação de preço

desse e do farelo de soja, devido à

redução de estoque inicial e aumen-

to das exportações, essa relação é

muito mais alta, tornando a nutrição

mais importante em toda cadeia de

produção de proteína animal. A uti-

lização de dietas econômicas e for-

muladas para atender às exigências

nutricionais das aves é necessária

para manter a competividade da ca-

deia avícola.

Há décadas, o uso de adi-

tivos na formulação de ração é re-

alidade, entretanto, estudos e pro-

dutos são desenvolvidos visando à

redução de custo das dietas, melhora

do desempenho e sanidade do lote.

Não bastasse o cenário de aumento

de custo da cadeia produtiva, a re-

dução de consumo deprime os pre-

ços, impondo perdas significativas

ao setor. O cenário de alto desafio

estimula a busca e adoção de alter-

nativas visando amenizar impactos.

Os aditivos surgem como opção.

AditivosDe acordo com o Food and

Drug Administration (FDA), aditivo

(Feed additive supplement) é toda

substância adicionada ao alimen-

to dos animais com o objetivo de

melhorar seu desempenho, passível

de ser utilizada sob determinadas

normas e desde que não deixe re-

síduo no produto de consumo. De

acordo com a Instrução Normativa

nº 013/2004/MAPA (BRASIL, 2004),

os aditivos são divididos em cinco

categorias: tecnológicos; sensoriais;

nutricionais; zootécnicos e anticoc-

cidianos. Entre elas, são grandes

aliados nas formulações os aditivos

nutricionais, representados pelos

aminoácidos, vitaminas e elementos

traço; e os aditivos zootécnicos, pe-

las enzimas e acidificantes.

Disponíveis no mercado, os

aminoácidos sintéticos DL-Metioni-

na, L-Lisina, L-Treonina são conside-

rados aditivos nutricionais, seu uso

permite redução no teor de proteína

bruta das rações de aves e suínos

(PENZ JR., 1994). Para entender a

importância do uso de aminoácidos

sintéticos nas formulações atuais

considera-se a seguinte situação:

uma dieta à base de milho e fare-

lo de soja formulada de acordo com

as recomendações de ROSTAGNO

et al. (2011) para frangos de corte

machos desempenho médio na fase

pré-inicial e utilizando um núcleo

comercial, comparado à mesma die-

ta com inclusão dos aminoácidos

sintéticos metionina, lisina e treo-

nina, resulta em 8% de redução de

custo final de formulação.

Conceitualmente as enzi-

Artigo Técnico

Page 33: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

33sindiavipar.com.brSindiavipar

Uso de aditivos frente aos novos desafios do mercado

mas exógenas são proteínas globu-

lares de estrutura terciária e quater-

nária que agem como catalisadores

biológicos, aumentando a veloci-

dade das reações químicas no or-

ganismo, sem serem alteradas no

processo (CHAMPE & HARVERY,

1989). Em uma época em que a bus-

ca por ingredientes alternativos é

crescente e que o mercado encon-

tra problemas com a qualidade da

matéria-prima, as enzimas como

fitase, xilanase, glucanase oferecem

uma possibilidade de redução dos

efeitos de fatores antinutricionais

presentes em quase todos alimentos

usados (COUSINS, 1999), o que leva

a melhor valorização nutricional das

matérias primas, com consequente

melhoria no aproveitamento dos

alimentos e redução de custo de

formulação.

Esses benefícios são advin-

dos da melhoria da digestibilidade

de fontes alternativas de energia,

como centeio, trigo, cevada e aveia

acarretando melhora no ambiente

dos animais que apresentam fezes

mais secas e sem resíduo de alimento

(MURAKAMI et al., 2007). Estudos

(GARCIA et al., 2000) comprovam o

efeito da suplementação de enzimas

em rações com farelo de soja e soja

integral extrusada sobre o desem-

penho de frangos de corte de 1 a 42

dias de idade com melhor eficiência

de utilização da energia metabolizá-

vel da proteína e dos aminoácidos

(metionina, metionina+cistina e lisi-

na) em 9, 7, e 5%, respectivamente.

Indiretamente ocorre uma melhoria

do status sanitário das aves e preser-

vação do meio ambiente.

Considerações Os aditivos constituem uma

ferramenta importante na busca de

desempenho econômico da explo-

ração avícola em qualquer situação

de mercado. O uso com base cientí-

fica e criteriosa deve ser visto como

alternativa na alimentação de aves,

pois apresentam redução significa-

tiva de custo da alimentação, seja

em dietas à base de milho e soja,

mas principalmente com a inclusão

de ingredientes alternativos nas for-

mulações.

ReferênciasARAUJO, J. A., SILVA, J. H.

V., LIMA A. A. L., LIMA, M. R.,

LIMA, C. B. 2007. Uso de aditivos

na alimentação de aves. Acta Vet.

Brasílica, v. 1, n. 3, p. 69-77.

BRASIL. Instrução Norma-

tiva nº 13, 30 de nov. 2004. Apro-

var regulamento técnico sobre adi-

tivos para produtos destinados à

alimentação animal. Diário Oficial

da União. Anexo I, do Decreto nº

4.629, de 21/03/2003.

COUSINS, B. Enzimas na

nutrição de aves. In: I Simpósio In-

ternacional ACAV-Embrapa sobre

Nutrição de Aves. 1999.

MURAKAMI A.E., FER-

NANDES J.I.M., SAKAMOTO I.M.,

SOUZA L.M.G. & FURLAN A.C.

2007. Efeito da suplementação enzi-

mática no desempenho e qualidade

dos ovos de poedeiras comerciais.

Acta Sci. Anim. Sci. 29:165-172.

PENZ JR, A.M. Metionina

e hidróxi-análogos (MHA) em nu-

trição de aves. In: CONFERÊNCIA

APINCO DE CIÊNCIA E TECNO-

LOGIA AVÍCOLAS, Santos, 1994.

Anais... Campinas: FACTA, 1994.

p.85-94.

Cristiane SanfeliceEspecialista em Nutriçãode Aves Vaccinar

Júlio Henrique Emrich PintoDiretor de NegóciosNutrição Vaccinar

Page 34: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

34 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Embarquesacelerados Projeções mostram que

exportações de carne de frango podem chegar aos 14,11 milhões de toneladas em 2025

Um estudo feito pelo De-

partamento de Agricultura

dos EUA (USDA) no ano

passado apontou que as exporta-

ções mundiais de carne de frango

poderiam chegar aos 12,020 mi-

lhões de toneladas em 2025. Entre-

tanto, devido ao mercado externo

aquecido, um trabalho ainda mais

recente da entidade indicou que os

maiores exportadores poderiam, na

verdade, atingir a marca dos 14,110

milhões de toneladas juntos, sendo

o Brasil responsável pelos embar-

ques de 5,582 milhões de toneladas

desse total.

Ainda segundo a pesquisa,

o país é o único que tende a ampliar

sua participação nas exportações

em comparação aos demais blocos,

com uma projeção de aumento de

8,6%, enquanto os EUA e os de-

mais exportadores tendem a recu-

ar (6,2% e 3,8% respectivamente)

“Isso acontece porque somos uma

das nações mais preparadas para

atender às mais variadas deman-

das internacionais de produtos aví-

colas. Além da versatilidade e da

qualidade de nossas linhas de pro-

dução e de nossas boas relações di-

plomáticas, nossa cadeia produtiva

é a única entre as grandes a nunca

Mercado

16,2% foi a alta da

exportação de carne de frango

no Brasil nos cinco primeiros

meses dedeste ano

34 sindiavipar.com.br Sindiavipar

O Paraná promete ser um dos grandes encarregados pela projeção de exportações

Page 35: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

35sindiavipar.com.brSindiavipar

Embarquesacelerados

registrar influenza aviária em seu

território, o que é, hoje, um valioso

diferencial competitivo”, explica o

presidente-executivo da Associa-

ção Brasileira de Proteína Animal

(ABPA), Francisco Turra.

Neste cenário, o Paraná

promete ser um dos grandes en-

carregados pela estimativa, já que

é responsável por uma grande fatia

das exportações. Segundo dados

do Sindicato das Indústrias de Pro-

dutos Avícolas do Estado do Para-

ná (Sindiavipar), de janeiro a maio

deste ano foram exportados 658

mil toneladas, gerando um total de

mais de U$ 925 milhões. “O estado,

como maior produtor e exportador

de carne de frango do Brasil, deverá

ser o timoneiro desse provável au-

mento”, ressalta Turra.

Só em 2016, de acordo com

a ABPA, o setor acumulou alta nas

exportações de 16,28% nos cinco

primeiros meses do ano em relação

ao mesmo período do ano passado,

chegando a 1,854 milhão de tone-

ladas. Por isso, a previsão da USDA

é vista como natural por muitos es-

pecialistas. “Temos condições, es-

trutura e potencial, então acredito

que iremos tirar proveito dessa pre-

visão, caso ela realmente aconteça.

Atualmente, a alta taxa de câmbio

está facilitando a competitividade

do nosso produto”, afirma o pre-

sidente da Associação de Comér-

cio Exterior do Brasil (AEB), José

Augusto de Castro.

DesafioMesmo com as boas pers-

pectivas de crescimento para o Bra-

sil, ainda existem desafios a serem

enfrentados. “Temos a necessidade

de melhorar a logística de transpor-

tes brasileira. Nossa produção de aves

está concentrada principalmente no

Sul e temos condições de aumentá-la

também em regiões centrais, um dos

motivos para investir no transpor-

te nessas áreas também”, explica o

analista em desenvolvimento de pes-

quisas na área de proteína animal do

Rabobank, Adolfo Fontes.

Além da infraestrutura, os

especialistas defendem a necessidade

de reformas para aumentar cada vez

mais as exportações. “Nosso preço

precisa ser competitivo independen-

te do câmbio, por isso a importância

de mudanças. Devemos focar em di-

minuir os custos ocultos” finaliza o

presidente da AEB.

O estado deverá ser o timoneiro desta

provável elevação

Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA

35sindiavipar.com.brSindiavipar

Page 36: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

36 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Oaumento do roubo de car-

gas nas estradas do Paraná

tem preocupado empresas,

sindicatos e motoristas em todo o es-

tado. A Federação das Empresas de

Transporte de Cargas do Estado do

Paraná (Fetranspar), entidade repre-

sentativa do setor, informou que atual-

mente acontecem cerca de 30 roubos

por mês, dado que não ultrapassava

20 no ano passado. Conforme esta-

tísticas fornecidas pelo Sindicato das

Empresas de Transporte de Cargas e

Logística de Maringá (Setcamar), hoje

o Paraná detém 2,5% dos incidentes

em todo o Brasil que, em 2015, teve

um prejuízo estimado em mais de dois

bilhões de reais.

Segundo o superintendente

do Setcamar, Geasi Oliveira de Sou-

za, as quadrilhas trabalham em tempo

integral, recrutando ou assediando

pessoas que têm informações quanto

aos tipos de produtos que estão sendo

movimentados. “Por meio dessa rede

de informantes, as quadrilhas aper-

feiçoam e objetivam uma abordagem

cada vez mais profissional”, declara

Geasi.

O superintendente também

afirma que as abordagens costumam

ser em pátios de postos de parada,

durante a noite, enquanto o motorista

está descansando. Também é comum

o uso de iscas nos pátios nas margens

das rodovias, veículos de passeio po-

Cargas em riscoProdutos de fácil colocação no mercado são os principais alvos dos assaltantes nas estradas

Mercado

2,5%é o percentual de

roubos ocorridos no Paraná, em relação

ao Brasil

10%do rendimento das transportadoras

têm sido revertido em medidas preventivas

Page 37: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

tentes para interceptar caminhões

ou até mesmo um anúncio de que o

caminhão está derramando ou arras-

tando objetos, para fazer com o que o

veículo pare e o motorista seja rendi-

do. Dentre as cargas mais cobiçadas

pelos assaltantes estão os produtos

de fácil colocação no mercado, como

alimentícios e farmacêuticos, cigarros,

eletroeletrônicos, confecções, autope-

ças e defensivos agrícolas.

Em outubro de 2015, foi cria-

da a Delegacia de Furtos e Roubos de

Cargas no Paraná, localizada em Curi-

tiba. Com a implantação dessa Dele-

gacia é possível formatar um plano de

trabalho mais eficiente de repressão

ao roubo e furto de cargas. Entretan-

to, o Estado tem que investir mais em

equipamentos, veículos e pessoal.

De acordo com o presidente da Fe-

transpar, Sérgio Malucelli, o governo

precisa fazer sua parte e mobiliar cor-

retamente as delegacias. “É preciso

investir num sistema integrado, que

não mude sistematicamente”, afirma.

Além disso, segundo Malu-

celli, as empresas têm investido cerca

de 10% de seu rendimento em geren-

ciamento de risco, cursos correspon-

dentes de carga perigosa e direção

defensiva para evitar que os roubos

cresçam ainda mais. Outra medida que

será tomada para auxiliar no combate

desse problema é a implantação de

chips nas cargas, que deve ser iniciada

em setembro pela Agência Nacional de

Transportes Terrestres (ANTT).

Seis dicas sobre roubode cargas:

1. Andar sempre em comboio,

principalmente durante a noite;

2. Usar os anéis de integração

das estradas;

3. Não dar carona;

4. Parar em postos avançados de

segurança sempre que possível;

5. Em caso de incidentes, sempre

fazer boletim de ocorrência;

6. Entrar em contato com a

delegacia de furtos e roubos

após uma ocorrência.

Fotos: César Machado

www.agrostoCk.CoM.br

UMa Foto perfeita CaUsa UMa ótima impressão

o melhor e mais completo banco de imagens do agronegócio.suínos, aves, bovinos, culturas, alimentos, carnes, maquinário, etc.

fotos.indd 2

19.08.10 14:42:15

fotos.indd 2

19.08.10 14:42:15

foto

s.in

dd

2

19.0

8.10

14

:42:

15

foto

s.in

dd

2

19.0

8.10

14

:42:

15

Page 38: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

38 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Mercado

Obalanço do primeiro

semestre de 2016 da

avicultura paranaense

mostra que o setor tem venci-

do os obstáculos de custos de

produção, como a alta no preço

do milho e da soja, e as instabi-

lidades econômicas vividas no

país. Os embarques cresceram

aproximadamente 17%, em vo-

lume, se comparado ao mesmo

per íodo do ano passado, se-

gundo dados da Secretaria de

Comércio Exterior (Secex), vin-

culada ao Ministério do Desen-

volvimento, Indústria e Comér-

cio Exterior (MDIC).

Foram 810,45 mil tone-

ladas exportadas pelo estado

só nos seis meses do ano, ante

692,76 mil toneladas no primei-

ro semestre de 2015, atingindo

um faturamento de US$ 1,15

bilhão, de acordo com o órgão.

Com isso, o Paraná se mantém

líder nos embarques de carne de

frango no Brasil, respondendo

por 35,66% do total e atenden-

do a mais de 150 países.

Por sua vez, o ritmo

de produção paranaense tem

acompanhado a demanda aque-

cida no mercado externo. Se-

gundo levantamento do Sindi-

cato das Indústrias de Produtos

Avícolas do Estado do Paraná

(Sindiavipar), foram abatidas

893,84 milhões de aves no pri-

meiro semestre deste ano,

alta de 11,62% quando com-

parado aos 800,76 milhões

regist rados no mesmo pe-

r íodo do ano anterior. Ain-

da de acordo com o Sin-

dicato, para o fechamento

do ano, a expectativa é

de aumento de 5% a 8%

na produção e exportação

da proteína.

“Estamos diante de

mais um ano desafiador para

a indústria avícola paranaen-

se, mas com competência e

planejamento adequados

conseguimos encerrar o

semestre com números ex-

pressivos. Temos uma es-

trutura moderna instalada

no estado com empresários

arrojados, cooperativas e

grandes empresas, o que

nos permite alcançarmos

nossas expectativas de cres-

cimento contínuo”, afirma

o presidente do Sindiavipar,

Domingos Martins.

Balanço positivoExportação avícola paranaense cresce 17% emcomparação ao 1º semestre de 2015

38 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Page 39: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,
Page 40: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

40 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Oconglomerado avícola pa -

ranaense GTFoods con -

seguiu uma liminar de-

terminando a exclusão do Imposto

sobre a Circulação de Mercadorias e

Serviços (ICMS) da fatura de energia

elétrica para suas atividades. Essa

decisão veio meses após o decreto

do Governo do Estado, que manteve

o benefício apenas para o produtor

rural pessoa física com CPF inclu-

so no Cadastro de Produtores Ru-

rais (CAD/PRO). Até julho de 2015,

a isenção da cobrança na conta de

energia era concedida a todos os

produtores rurais, tanto empresas

quanto pessoa física – que traba-

lhassem estritamente com a ativida-

de agropecuária, não abrangendo a

industrial. O benefício foi mantido

durante 14 anos. Após a mudança, a

alíquota passou a ser de 12% sobre

o consumo de até 500 kWh/mês e de

25% sobre o excedente.

Com as mudanças, algumas

empresas entraram na Justiça na ten-

tativa de manter o acesso à isenção

da cobrança, como foi o caso do

Grupo GTFoods. “O juiz responsá-

vel pelo julgamento analisou o caso e

reconheceu a presença dos requisitos

formais: alegações verossímeis, já que

não havia cobrança nem recolhimen-

to do ICMS até 2015, e a comprova-

ção adequada do prejuízo financeiro

que a empresa vem suportando des-

de então. Fora considerado a 'forma

inadequada' do encerramento do

referido benefício por parte do Esta-

do”, explica o advogado do escritório

Martinelli Advogados, Elton Dutra,

que representa a empresa no proces-

so. Assim, o GTFoods terá uma eco-

nomia mensal de 25% em relação ao

preço da energia elétrica empregada

na atividade rural.

Mesmo que ainda caiba re-

curso por parte do Estado do Paraná,

a Copel já está cumprindo a ordem

de excluir o ICMS das faturas emiti-

das em nome da empresa. Segundo

o advogado, qualquer produtor rural

pessoa jurídica que comprove a apli-

cação do benefício anteriormente ao

Decreto feito no ano passado, pode

fazer o requerimento da isenção, con-

tanto que a empresa esteja com a

inscrição regular no CAD/ICMS-PR.

Isenção deICMS

Empresa paranaense do setor avícola consegue na Justiça a isenção de ICMS

de energia elétrica

Mercado

25%é a economia mensal do

GTFoods com a isenção do ICMS

da fatura de energia elétrica

Page 41: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

“Indiferente do nível de consumo,

isso pode ser feito para as seguintes

atividades: pecuária, apicultura, aqui-

cultura, avicultura, cunicultura, rani-

cultura e a sericicultura. Outras em-

presas do setor avícola procuraram

nosso escritório para ajuizar a ação

visando o mesmo direito”, completa.

Segundo o GTFoods, desde

que o imposto voltou a ser cobrado

no ano passado, a companhia teve

um aumento de custo de R$ 1 milhão.

Por isso, o grupo está reivindicando

o valor pago entre julho de 2015 até

o momento. “Agora com o benefício,

o custo elevado de produção da ca-

deia será amenizado uma vez que, no

momento atual, os custos estão altos

e os preços de venda estão em bai-

xa. A isenção seria uma forma de o

governo apoiar a agroindústria, para

incentivar o crescimento e alavancar

a economia do Estado, já que existe

um consenso de que a agroindústria

move a economia do país”, ressalta

o diretor administrativo do Grupo

GTFoods, Rogério Gonçalves.

Produtores ruraispessoa física

Após o Decreto feito em

2015, a manutenção do benefício em

relação aos produtores rurais pesso-

as físicas, ficou condicionada apenas

à atualização ou em alguns casos, à

regularização dos dados constantes

no CAD/PRO do Paraná, como por

exemplo, a comprovação da ins-

crição neste cadastro, isso porque

durante algum período, o Estado

a dispensava. Inicialmente a fisca-

lização era feita pela Copel, mas a

companhia acabou retomando o be-

nefício automaticamente para todos

os produtores que se encontrassem

regulares no CAD/PRO.

A isenção seria uma forma de o governo

apoiar a agroindústriaRogério Gonçalves, diretor administrativo do Grupo GTFoods

Page 42: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

42 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Ser avicultor é um vírus que contagia. Investir

em incubatórios e matrizes é tendência e garante estabilidade

Roberto Pecoits, diretor da GAA

Tradição e prosperidadeA Gralha Azul Avícola, presente no Paraná há quase 45 anos, aposta em novos produtos para conquistar mercados

No início da década de 70,

as importações estavam

ganhando força, assim

como a avicultura brasileira. Por

isso, investir em incubatórios e

matrizes foi a escolha tomada pela

família Pecoits, em 1971, para pros-

perar. Ainda sem experiência no

setor avícola, a família encontrou

uma oportunidade de crescimen-

to na região de Francisco Beltrão

e assim surgiu a tradicional Gralha

Azul Avícola (GAA).

A GAA, que encontrou es-

tabilidade no setor de comerciali-

zação de pintinhos para corte, ovos

férteis e ovos comerciais, detectou

que a avicultura tem mais facili-

dade em se desenvolver em locais

com perfil fundiário adequado e

matéria prima básica. Por esses mo-

tivos, a empresa se estabeleceu, há

quase 45 anos, no Paraná: o estado

possui pequenas propriedades ru-

rais – principalmente na região oes-

te – que favorecem o negócio, além

de ter milho e soja em abundância,

base da alimentação das aves.

Hoje, a empresa tem capa-

cidade de alojamento para 400 mil

matrizes e, mesmo em tempos de

crise, está com boa rentabilidade

há cerca de dois anos. Segundo o

diretor da Gralha Azul Avícola, Ro-

berto Pecoits, apesar de algumas

dificuldades sazonais, investir no

setor no estado ainda é vantajo-

so. “Ser avicultor é um vírus que

contagia. Investir em incubatórios

Associados

Sindiavipar

Page 43: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

43sindiavipar.com.brSindiavipar

e matrizes é tendência e garante

estabilidade. Sem falar no dólar

atual, que favorece a exportação

dos produtos”, conta Pecoits. Atu-

almente, cerca de 35% dos produ-

tos da Gralha Azul são exportados,

principalmente para o Paraguai. Os

ovos férteis e pintinhos para corte

já chegaram a ser exportados para

lugares como os Emirados Árabes,

Peru e Venezula.

Novos produtosEntre 2002 e 2003 a Gralha

Azul detectou que podia expandir

o seu mercado investindo na diver-

sificação de produtos oferecidos,

com objetivo de migrar do mercado

independente para grandes e signi-

ficantes parcerias. Assim, a GAA

tomou a decisão de investir em ou-

tro negócio e ter mais uma opção

de produto: o ovo comercial.

A linha especial de ovos

comerciais da Gralha Azul Avícola

é baseada em ovos caipiras e or-

gânicos, que são vendidos, em sua

maioria, em Curitiba. “Este seg-

mento tem um objetivo específico:

pequenas propriedades, pequenos

produtores e um grande merca-

do consumidor, produzindo com

ética e transparência, dando con-

fiança ao consumidor de que seus

produtos estão realmente dentro

do padrão de qualidade e nutrição

exigidos pela legislação específi-

ca”, explica o diretor da empresa.

Segundo Pecoits, “o novo produto

foi bem aceito e o crescimento dele

é constante desde quando foi inse-

rido no mercado”, afirma.

A empresa, que hoje conta

com 220 funcionários fixos e 40 in-

tegrados para auxiliar na linha de

ovos comerciais, tem planos para o

futuro. A tradicional empresa, que

vem conquistando um bom mer-

cado com qualidade, eficiência e

resultados, está terminando uma

ampliação de 20% na área de in-

cubação. Além disso, pretende, nos

próximos 12 meses, aumentar entre

15 e 20% a produção de ovos co-

merciais para consumo direto.

Para o diretor, o sucesso

se deve à percepção de como o

setor pode prosperar. Além disso,

Pecoits cita o tripé que sustenta a

produtividade da empresa avícola:

ambiência, nutrição e genética. “É

difícil se manter na avicultura sem

esse trio. Precisamos cuidar dos ga-

linheiros, manter a saúde de nossas

matrizes e nutrir de forma adequa-

da nossos animais. Sem isso, a pro-

dutividade cai bastante”, conclui

Sabendo que ainda tem

muitos desafios para superar, a

Gralha Azul Avícola sabe que seu

papel é inovar, conquistar e ampliar

seus negócios, para que a tradicio-

nal empresa faça cada vez mais

parte da avicultura paranaense.

Desempenho da Gralha Azul Avícola

em 2015

Área total da empresa2,6 milhões de m2

Número defuncionários

220 diretos e40 indiretos

Faturamento R$ 19,2 milhões

Impostos econtribuições R$ 900 mil

Produção de Pintinhos39 milhões de cabeças

Produção deOvos comerciais48 milhões de unidades

Produção de Ovos Férteis47,5 milhões de unidades

Page 44: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

44 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Energias são chaves ao êxito,

superando obstáculos apre-

sentados podemos renovar

diariamente essas energias, aprovei-

tá-las ao máximo, vindo à tona qua-

lidades, talentos, tudo o que permite

destaque como pessoas, profissio-

nais. Dalai Lama definiu "10 ladrões

da energia” para conseguir domínio

dessas energias, evitando interferên-

cias que nos impeçam do sucesso.

Distanciar pessoas tóxicas Todos temos capacidade de

distinguir quais são os que trazem

coisas positivas para nossa vida e

quais são aqueles que querem nos

deter, impedir vida, consumindo

nossa energia.

Pagar contasNão há nada melhor que a

tranquilidade de saber que não de-

vemos nada, que ninguém nos deve.

Pague contas a tempo, cobre quem

te deve ou escolha deixá-lo ir, se for

impossível cobrar. Ser responsável

com dívidas ajuda a tranquilidade.

Cumprir promessasA forma mais fácil de evitar

não cumprir com algo que não quer

fazer é dizer NÃO desde o princípio.

Pois promessas têm valor significati-

vo para as pessoas as quais fizemos.

Cumpri-las nos fará melhores.

DelegarElimine onde é possível,

delegue o que não prefere fazer, dê

tempo ao que gosta. Não escapar

de responsabilidades, mas sim ter

consciência de que, em certos casos,

é melhor passar trabalho a alguém

que pode fazê-lo melhor.

Descansar, agirA Natureza e a vida pos-

suem diferentes ritmos diários, cada

um deve saber como agir ante isso,

não parar quando necessitamos será

erro, não agir quando podemos ge-

rará arrependimentos.

OrganizarNada se toma energia em

desordem, coisas do passado que

já não precisa, coisas físicas, espiri-

tuais, importante botar fora aquilo

que não precisamos. Pegue somente

o que permite organizar para viver

bem o presente, cumprir sonhos fu-

turos.

Cuidar da saúdeDê prioridade a saúde, sem

isso, trabalhando ao máximo, não

pode fazer muito. Descanse por

momentos, nada serve ter melhor

trabalho, dinheiro, bens, se não

goza de saúde, não cuidando de

seu corpo.

Enfrentar dificuldadesEnfrente situações tóxicas

que tolera, desde resgatar amigo,

familiar, até ações negativas de

companheiro. Enfrentar situações

é uma maneira saudável de assu-

mir coisas, não deixar que se con-

vertam em algo pior. É importante

analisar, decidir, já que postergar

ou ignorar gerará estresse.

AceitarAceitar não é parar de lu-

tar, quando aceitamos que não

podemos mudar, mudamos pla-

nos, surgem novas oportunidades.

PerdoarPerdoe, deixe a dor ir, uma

das maiores fontes de energia é

o amor, estar conectado a Deus

para aprender a perdoar, mesmo

que a vida nos coloque ante situ-

ações que nos enchem de ira, dor,

rancor, medos, que dificilmente

podemos superar.

Espiritualidadeao Sucesso

Motivacional

Por Valter Bampi, empresário

Page 45: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,
Page 46: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

46 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Notas e registros

IV Workshop Sindiavipar está com a programação fechada

A programação da quarta

edição do Workshop Sindiavipar:

Avicultura do Paraná para o Mundo

já está fechada. Neste ano, o evento

terá duração de dois dias, 27 e 28 de

outubro, e contará com dez pales-

trantes. Os últimos nomes confirma-

dos foram Giovani Ferreira, gerente

do Núcleo de Agronegócio Gazeta

do Povo, com a palestra “O Brasil da

Agroeconomia”, Ana Caselles, da

Merial, que abordará o “Uso de An-

tibióticos em Incubatório” e Valmor

Ceratto, falando sobre a “Composi-

ção de Custos do Avicultor”.

A quarta edição do

Workshop, que será realizado em

Foz do Iguaçu, também contará

com uma feira de expositores ligados

ao agronegócio e a indústria, como

a Vaccinar, a Zhengchang, a Gaze-

ta do Povo, a Associação de Defesa

Agropecuária do Paraná (Adapar) e

o Serviço Social da Indústria (Sesi).

A exposição acontece no dia 27, das

13h às 20h e no dia 28, das 8h às

18h. A entrada nesses estandes é

gratuita, sendo necessário apenas

um cadastro prévio no site do even-

to. Saiba mais: sindiavipar.com.br.

Utilização de geradores garanteenergia nos aviários

A energia elétrica é um dos

elementos fundamentais para a criação

de aves. Responsável especialmente pela

temperatura dentro dos aviários, sua

falta, apenas por alguns minutos, pode

ocasionar a perda total de uma produ-

ção, causando um grande prejuízo.

Para solucionar esse problema,

a Generac oferece geradores desenvolvi-

dos exclusivamente para a atividade aví-

cola, que operam em regime de emer-

gência e são acionados apenas na falta

de energia elétrica da concessionária.

Esses geradores são responsá-

veis pelo fornecimento de energia para

alimentar o bebedouro, sistemas de ven-

tilação e também aquecimento, quando

necessário. Além do funcionamento

com motor a diesel a Generac tem ge-

radores alimentados por gás natural, os

quais são conectados diretamente na

rede de gás sem a necessida de de rea-

bastecimento.

Conheça nossas linhas de fi-

nanciamento, FINAME, BNDES, Crédi-

to Rural, parcelamento em até 10 vezes

pelo Banco Santander, dentre outros. Para

mais informações entre em contato com a

Generac pelo telefone 0800 003 3010 ou

pelo site generacbrasil.com.br.

Page 47: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

47sindiavipar.com.brSindiavipar

Dando prosseguimento ao

processo de expansão do Depar-

tamento de Nutrição e fazendo

valer a política de valorização do

funcionário, a Vaccinar contratou

o então Representante Comercial,

Antonio Guerreiro, no dia 2 de

maio, para o cargo de Assessor

Técnico Sênior (Aves). Experiente,

o profissional classifica a Vaccinar

como uma empresa comprometida

e que conhece muito bem o setor,

e, por isso, investe continuamente

em pessoas, pesquisa e tecnologia.

Zootecnista, com mes-

trado na área de nutrição e ali-

mentação animal, com concen-

tração em monogástrico (aves),

Guerreiro presta suporte técnico à

equipe comercial e, paralelamen-

te, atua no atendimento ao cliente

orientando-o quanto ao controle

de processos que englobam gran-

jas de produção e fábricas, ava-

liação da qualidade de matéria-

prima em estoque para produção

e formulação de rações. Para ele,

o investimento da empresa no de-

senvolvimento de equipes possi-

bilitou a construção de unidades

de produção com alta tecnologia

de onde saem produtos de ponta

diretamente para o mercado.

Vaccinar apresenta novoAssessor Técnico-Aves

Contribuir com a forma-

ção de futuros profissionais do se-

tor também é um compromisso da

Vetanco no Brasil. Foi muito gra-

tificante para a Vetanco receber o

convite do Centro Acadêmico para

participar da Semana Acadêmica

do Curso de Zootecnia da UDESC –

Campus de Chapecó (SC). O evento

aconteceu nos dias 17 a 19 de maio,

no Centro de Cultura e Eventos Plí-

nio Arlindo de Nês. Nesse evento,

os profissionais da Vetanco minis-

traram duas das cinco palestras que

fazem parte do programa.

No dia 17 (terça-feira), o

MSc. M.V. Marcelo Dalmagro,

Gerente Técnico da Vetanco, pa-

lestrou o tema: Nutrição e Coloni-

zação Neonatal de Aves e no dia

18 (quarta-feira), a palestra foi mi-

nistrada pelo Assistente Técnico –

Suínos, MSc. M.V. Rodrigo Grando

com o tema: Fatores de Risco Li-

gados ao Sistema Respiratório de

Suínos em Creche e Crescimento.

Acesse: vetanco.com.br

Profissionais da Vetanco palestram em semana acadêmica de Zootecnia da UDESC

Page 48: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

48 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Para mais informações, acesse: sindiavipar.com.br

Estatísticas

PARANÁFRANGOEXPORTAÇÃO

Mês 2015 2016

Março 144.003.531 156.152. 728

Abril 133.053.028 148.268.092

Maio 134. 700.053 148.695. 478

Junho 141.389.316 156.488.439

Acumulado 800.767.785 893.841.082

Mês 2015 2016

Março 643.305 637.252

Abril 569.656 625.626

Maio 873.889 815.156

Junho 881.989 940.724

Acumulado 4.011.649 4.159.336

2016 kg US$

Março 150.240.880 205.536.685

Abril 156.074.610 218.697.410

Maio 134.972.562 201.338.385

Junho 151.988.534 228.241.820

Acumulado 810.457.511 1.153.746.078

2016 kg US$

Março 3.106.895 6.287.571

Abril 3.210.210 7.295.276

Maio 3.679.765 9.485.532

Junho 4.033.102 11.124.829

Acumulado 19.348.834 45.305.740

ABATE (cabeças)

PARANÁPERUABATE (cabeças) EXPORTAÇÃO

Fonte das tabelas: Sindiavipar / Secex

Participação do Paraná nas exportações do Brasil - Acumulado / kg

Principais destinos da carnede frango do Paraná - Acumulado / Ton

China 117,2 mi

Japão 58 mi

Áfricado Sul

66,3 mi

Emirados Árabes 58,6 mi

150,3 miArábiaSaudita

Paraná 810.457.511

35,65%

Brasil 2.272.795.152

Page 49: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,
Page 50: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

Frango Sabor Caipira

SIP 0003-A | SISBIIvaiporã - frangocaipiraivaipora.com.br

PARANÁReferência em produção, exportação e sanidade avícola

Abatedouro CoroavesMaringá - coroaves.com.brSIF 2137

Avenorte Avícola Cianorte

SIF 4232Cianorte - guibon.com.br

JBS Foods

SIF 2677Jaguapitã - jbs.com.br

Agroindustrial Parati

SIF 2010Umuarama - agroparati.com.br

Agroindustrial ParatiRondon - agroparati.com.brSIF 3925

Frango DM

SIF 270Arapongas - frangoagosto.com.br

Frangos Pioneiro

SIF 1372Joaquim Távora - frangospioneiro.com.br

Jaguafrangos

SIF 2913Jaguapitã - jaguafrangos.com.br

Granjeiro Alimentos

SIF 4087Rolândia - frangogranjeiro.com.br

SIF 603

Unitá - Cooperativa CentralUbiratã - unitacentral.com.br

SIF 1876

Agroindustrial São JoséSanta Fé

JBS Foods

SIF 2227Jacarezinho - jbs.com.br

JBS FoodsRolândia - jbs.com.brSIF 1215

BRF

SIF 424Carambeí - brf-br.com

Noroeste Paranaense

Centro Ocidental Paranaense

Centro Oriental Paranaense

Sudoeste Paranaense

Norte Central Paranaense

Norte Pioneiro Paranaense

exportaçãogeral

exportaçãopara UE

Fábricade ração

Abatedouros Incubatóriosexportação para ChinaAbate Halal

SIF 664

Aurora AlimentosMandaguari - auroraalimentos.com.br

GTFoods

SIF 1860Paraíso do Norte - gtfoods.com.br

GTFoods

GTFoods

SIF 1880

SIF 3773

Paranavaí - gtfoods.com.br

Terra Boa - gtfoods.com.br

GTFoods

SIF 4166Maringá - gtfoods.com.br

Marco AviculturaTamarana

IntegraMaringá - unifrango.com

SIF 7777Santo Inácio – jbs.com.brJBS Foods

Granja Econômica AvícolaCarambeí - granjaeconomica.com.br

JBS Foods

SIF 530Lapa – jbs.com.br

Metropolitana de Curitiba

Coopavel Coop. Agroind.

SIF 3887Cascavel - coopavel.com.br

BRF

SIF 716Toledo - brf-br.com

Globoaves

SIF 1672Cascavel - globoaves.com.br

Oeste Paranaense

C. Vale Coop. Agroindustrial

SIF 3300Palotina - cvale.com.br

Coop. Agroindustrial Lar

SIF 4444Medianeira - lar.ind.br

Copacol Coop. Agroind. Consolata

SIF 516Cafelândia - copacol.com.br

Coop. Agroindustrial Copagril

SIF 797Mal. Cândido Rondon - copagril.com.br

Globoaves AgroavícolaCascavel - globoaves.com.br

Avícola CarminattiSanto Antônio do Sudoeste avicolacarminatti.com.br

BRF

SIF 1985Dois Vizinhos - brf-br.com

BRF

SIF 2518Francisco Beltrão - brf-br.com

Vibra Agroindustrial

SIF 3170Itapejara do Oeste - vibra.com.br

Vibra Agroindustrial

SIF 2212Pato Branco - vibra.com.br

DIP Frangos

SIF 2539Capanema - dipfrangos.com

Avícola Pato Branco Pato Branco - avicolapb.com.br

Granja RealPato Branco - granjareal.com.br

Gralha Azul AvícolaFrancisco Beltrão - gaa.com.br

Pluma AgroavícolaDois Vizinhos - plumaagroavicola.com.br

JBS Foods

SIF 2694C. Mourão - jbs.com.br

sindiavipar.com.br facebook.com/sindiavipar

Page 51: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,

Capanema - dipfrangos.com

Page 52: HISTÓRIA DE SUCESSO - sindiavipar.com.brsindiavipar.com.br/pdfs/53_edicao.pdf · até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente,