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HISTÓRIA DE SUCESSODo artesanal às grandes indústrias, avicultura
brasileira tornou-se referência mundial
Sindiavipar
04 Observatório
05 Agenda
06 Sindiavipar
08 Na mídia
10 Radar
12 Entrevista
14 Tecnologia
14 Abatedouros móveis
16 Registro Eletrônico
18 Insumos
20 Bem-estar
22 Sanidade
24 Capa
32 Artigo técnico
34 Mercado
34 Grandes exportadores
36 Roubo de cargas
38 Balanço do semestre
40 Redução ICMS
42 Associados
44 Artigo motivacional
46 Notas e registros
48 Estatísticas
Sumário
Conheça os desafios e conquistas da história de sucesso do setor avícola brasileiro
Mapa inicia preparação para registro eletrônicode produtos de origem animal
24
16
Capa
Tecnologia
Roubo de cargas nas estradas preocupa empresas. Veja dicas para evitar problemas
36 Mercado
Fot
o: A
gros
tock
3Sindiavipar
Diretoria
Presidente:Domingos MartinsVice-presidente:Claudio de Oliveira Secretário: Olavio Lepper Tesoureiro:João Roberto Welter Suplentes:Luiz Adalberto Stabile Benicio, Ciliomar Tortola,Vallter Pitol e Roberto KaeferConselheiros fiscais Efetivos:Paulo Cesar Massaro Thibes Cordeiro,Dilvo Grolli e Edno GuimarãesSuplentes:Rogerio Wagner Martini Gonçalves, Celio Batista Martins Filho e Marcos Aparecido BatistaDelegados representantes efetivos:Domingos Martins e Luiz Adalberto Stabile BenicioSuplentes:Ciliomar Tortola e Paulo Cesar Massaro Thibes Cordeiro
Sindicato das Indústrias de ProdutosAvícolas do Estado do ParanáAv. Cândido de Abreu, 140 - Salas 303/304 - Curitiba/PR - CEP: 80.530-901Tel.: 41 3224-8737 | sindiavipar.com.br | [email protected]
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Se você tem alguma sugestão, crítica, dúvida ou deseja anunciar na Revista Sindiavipar, escreva para nós:[email protected].
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Expediente
ProduçãoCentro de Comunicaçãocentrodecomunicacao.com.br
Jornalista responsávelGuilherme Vieira (MTB-PR: 1794)
ColaboraçãoCamila Castro, Gabrielle Comandulli, Jorge de Sousa,
Laura Espada, Paulinne Giffhorn, e Rafaella Coury
Design e diagramaçãoCleber Brito
Comunicação e MarketingMônica Fukuoka
ImpressãoMaxi Gráfica
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Gerente de Comunicação e [email protected]
(41) 3224-8737
Domingos MartinsPresidente do Sindiavipar
EditorialA avicultura brasileira, referência mundial em qua-
lidade e produtividade, é o grande assunto do mês. Em agosto, comemora-se a atividade e o dia do avicultor. Com isso, vem à tona a importância de se debater a evolução atingida pelo setor avícola durante esses mais de 500 anos de existência. A avicultura, hoje, é um dos principais pila-res da economia brasileira e garante geração de renda para diversos municípios, estados e para o país, impactando di-retamente na qualidade de vida da sociedade.
Nós sabemos que os desafios e o crescimento con-tinuam. De acordo com dados do relatório técnico da Ex-pedição Avicultura 2015, projeto realizado pelo Núcleo de Agronegócio Gazeta do Povo com apoio do Sindiavipar, até 2021, a carne de frango deve superar a suína em vo-lume de produção e, consequentemente, em consumo no mundo. Até 2025, a avicultura brasileira deve crescer quase 35% e passar a exportar 40% a mais em comparação a 2015. Demanda que exige qualificação e investimento.
Na Revista Sindiavipar ed. 53 você confere uma matéria de capa sobre o mês do avicultor, que traz a his-tória de sucesso dessa atividade. Além disso, preparamos um material especial sobre o sistema de integração, com depoimentos, dicas e informações sobre a parceria entre as integradoras e o produtor a partir da década de 60. Ma-térias sobre bem-estar animal, mercado e o aniversário da nossa Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) fazem parte desta edição.
Uma boa leitura e um abraço.
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4 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Observatório
Alta nosembarques
Segundo dados da Associação Brasileira de Proteí-
na Animal (ABPA), os embarques totais de carne de frango
apresentaram alta de 19,6% (cerca de 393,8 mil toneladas) a
mais do que o mês de maio de 2015. Com esse índice, o acu-
mulado anual da exportação avançou 16,28% em relação
aos números do ano passado, com um total de 1,86 milhão
de toneladas embarcadas. A receita cambial também regis-
trou saldo positivo, com US$ 612,8 milhões obtidos, dado
4,9% superior ao quinto mês de 2015.
Importação de milhoNo intuito de segurar o preço do milho, o ministro
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi,
afirmou que irá reduzir taxas e estimular os mecanismos
para compra externa, o que evita que produtores não
coloquem esse insumo no mercado à espera de valores
mais altos. A saca de 60 quilos do cereal acumula alta de
40% somente nesse ano.
A China sempre se destacou pelas exporta-
ções de soja do Brasil. Mas, em 2016, a abertura de
mercado do país para as carnes brasileiras tem auxi-
liado o setor de proteína animal nacional. Segundo
dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil (CNA), a nação asiática assumiu a primeira po-
sição na balança comercial da carne de frango e bovi-
na, além de ser o terceiro destino para a carne suína.
Na avicultura, houve alta de 52% (total de US$ 346,4
milhões ao todo) em relação ao mesmo período do
ano passado.
O secretário de Estado da Agricultura e
do Abastecimento, Norberto Ortigara, participou
do lançamento do Plano Safra 2016/2017, na
Superintendência do Banco do Brasil em Curitiba,
que destinará R$ 185 bilhões de crédito aos
produtores rurais brasileiros. Segundo Ortigara, do
valor total destinado ao crédito rural, em média
18% devem ser destinados para o Paraná, que tem
a maior carteira agrícola do Banco do Brasil no país.
Mercado chinês
Crédito Rural
5sindiavipar.com.br
Data25 e 26 de agosto 2016
LocalCuritiba (PR)
RealizaçãoAgronegócio Gazeta do Povo
Telefone(41) 3321-5274
Sitehttp://agrooutlook.com/
Outlook Fórum
Data22 a 24 de novembro de 2016
LocalPorto Alegre (RS)
RealizaçãoASGAV / SIPS / SINDILAT e FIERGS
Telefone(51) 3228-8844
Siteasgav.com.br
V AVISULAT
5sindiavipar.com.brSindiavipar
Receita dasexportações
Cadastro Ambiental Rural é prorrogado
Nos primeiros quatro meses do ano as expor-
tações do agronegócio paranaense geraram US$ 4,86
bilhões em receita, sendo que esse montante repre-
sentou 80% de todo o valor registrado pelo estado.
Segundo o diretor do Departamento de Economia Ru-
ral (Deral), Francisco Simioni, a desvalorização do real
ante o dólar, auxiliou para
que países da Euro-
pa, América do
Norte e Ásia
aumentassem
sua procura
aos insumos
produzidos
pelo Paraná. Foi sancionado pelo presidente interino da República, Michel Temer, a prorrogação do prazo de inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Os agricultores e produtores rurais devem enviar suas informações até 31 de dezembro de 2017.
Data27 e 28 de outubro de 2016
LocalFoz do Iguaçu (PR)
RealizaçãoSindiavipar
Telefone(41) 3224-8737
Sitesindiavipar.com.br
IV Workshop Sindiavipar
6 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Mais informações: sindiavipar.com.br | (41) 3224-8737
Associe-se! Porque juntos somos mais fortes!
Foi realizada na sede da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) a 46ª
Reunião Ordinária do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária, que teve como foco a Bio-
segurança na Avicultura, Suinocultura e Bovinocultura. A reunião ainda contou com a palestra
do médico veterinário e gerente de saúde animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná
(Adapar), Rafael Gonçalves Dias.
Reunião CONESA
A última reunião do Conselho Temático do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Coema)
teve como tema principal a importância da coleta de embalagens pelo setor industrial, do comér-
cio e do consumidor. Além dessa fala, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai)
apresentou o programa “Brasil mais Produtivo”, que consiste no auxílio a indústrias de pequeno
e médio porte a otimizarem sua produção, inclusive na diminuição de seus resíduos processuais.
O encontro ocorreu na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP-PR).
Desenvolvimento sustentável
6 sindiavipar.com.br Sindiavipar
No dia 19 de maio, ocorreu na cidade de Maringá a Reunião do Comitê Estadual de Sa-
nidade Avícola (Coesa-PR), que tratou, entre outros assuntos, da nomeação de novos integrantes
para seus cargos diretivos. Lourenço Sausen, veterinário Sanitarista da Brasil Foods, foi esco-
lhido como coordenador, enquanto Alex Macorim, médico Veterinário da C.Vale Cooperativa
Agroindustrial, será sub coordenador.
O Sindiavipar esteve representado no evento pelo seu diretor executivo, Ícaro Fiechter.
Coesa-PR
8 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Durante os meses de maio e
junho a avicultura parana-
ense foi assunto para 252
notícias veiculadas em rádios, TVs,
impressos e sites de todo o Brasil.
O que rendeu um retorno de mídia
espontânea de mais de R$ 900 mil.
O alto valor dos insumos, como o
milho, foi um dos principais temas
trabalhados pela imprensa e mos-
trou que o setor continua crescendo
mesmo diante de desafios.
Matérias do Estadão, Isto
É, O Presente Rural, CBN Cas-
cavel, Diário do Noroeste, Avi-
Site, Avicultura Industrial, entre
outros, apontaram que tanto a
produção como a exportação
da proteína de frango estão
em alta em 2016. Ao todo,
737,35 milhões de cabeças
de frango foram abatidas
no estado até o mês de
maio. O número é 11,8%
maior se comparado ao
mesmo período de 2015,
quando 659,37 milhões de
aves foram abatidas. Só em
maio, a produção foi de 148 mi-
lhões de cabeças.
Já o sistema de integração
foi pauta de uma matéria especial
do programa Negócios da Terra,
da Rede Massa, que mostrou a
importância da parceria entre a
indústria e o avicultor para man-
ter o Paraná na liderança do setor.
Na reportagem, o presidente do
Sindiavipar, Domingos Martins,
destacou que esta aliança foi o
que permitiu que fossemos alta-
mente eficazes e produtivos no
segmento.
O “IV Workshop Sindia-
vipar: Avicultura do Paraná para
o Mundo”, que já está com ins-
crições abertas, também movi-
mentou os veículos especializa-
dos. Portais das revistas Feed &
Food, AveWorld, Avisite, Sindi-
rural, entre outros, trouxeram ao
público os principais destaques
da programação deste ano que
contará com 10 palestras, distri-
buídas ao longo de dois dias de
programação.
Superando desafios
Na mídia
Força do setor avícola em meio a adversidades é destaque nos veículos de imprensa
79%Online
21%Jornal
Retorno de mídia - Maio
37%
4%
Online
Revista
Retorno de mídia - Junho
2%Jornal
2%TV
10 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Radar
Não existe crise que não acabe. Esta aqui que estamos vivendo já está acabando, graças a
Deus. Nossas dificuldades estão perto do fim e a esperança voltou. Isso é o primeiro passo para
reconquistar a confiança do investidorAbílio Diniz, presidente global do conselho de administração da Brasil Foods
É bom, especialmente para o agronegócio, setor que vem
ajudando a manter o superávit da balança comercial, o qual
precisa de apoio paracontinuar sendo esse agentede desenvolvimento, tanto
no campo comonas cidades
José Roberto Ricken, presidente da Ocepar sobre o compromisso de Michel Temer em
não aumentar os impostos no campo
A China está consolidada como nosso segundo maior
importador de carne de frango e terceiro entre os importadores de carne
suína. É um mercado valioso, com potencial para crescer ainda mais. O Brasil está
altamente qualificado para atender à grande demanda
chinesa por alimentosRicardo Santin, vice-presidente de
mercados da ABPA
10 sindiavipar.com.br Sindiavipar
12 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Cuidadosdesde a matriz
Entrevista
Melhoramento genético traz inúmeras vantagens para a produção de frangos de corte
P ara a Cobb-Vantress, ge-
nética e avicultura an-
dam de mãos dadas. Pre-
sente no Brasil desde 1995, a
empresa desenvolve pesquisas
avícolas para gerar uma maior e
melhor produção de frangos de
corte, por meio de aves matri-
zes. A companhia não faz aba-
te, nem criação de frangos para
o processamento frigor íf ico,
aplica-se somente no desenvol-
vimento de fêmeas que forne-
cerão sua boa genética aos her-
deiros. Para entender um pouco
mais sobre o funcionamento
da genética avícola, o gerente
de produto da Cobb, Rodrigo
Terra, conversou com a Revista
Sindiavipar e ressaltou os prin-
cipais aspectos da atividade.
Quais são os cuidados es-senciais para ter uma pro-dução de qualidade?
A qualidade da carne
está muito conectada com a sua
sanidade. Os sistemas de pro-
dução hoje são modernos e pro-
porcionam um ótimo controle
de enfermidades, sejam elas
infecciosas ou mesmo metabó-
licas. Não há como, na avicultu-
ra moderna, termos ef iciência e
lucratividade sem acompanhar-
mos as evoluções no melhora-
mento genético com evoluções
ambientais, isto é, nos galpões
de criação das aves. Estes cui-
dados têm o foco de preservar
a sanidade e o bem-estar das
aves, que serão mais ef icientes
e proporcionarão menos gastos
em sua criação.
Quais são as vantagens da genética avícola na produ-ção de frangos de corte?
As vantagens do melho-
ramento genético avícola são
claras: proporcionar sempre o
melhor produto para o merca-
do. Ou seja, aquele que pro-
duz mais quantidade de car-
nes nobres, ao menor custo de
produção. Com isto, é possível
proporcionar duas condições
vantajosas: ao produtor, que
produzirá mais carne com me-
nor gasto, principalmente de
ração; e para o consumidor f i-
nal, que terá a sua disposição
mais quantidade de carne, fon-
te de proteína, com um preço
acessível.
Como vê a atuação daCobb-Vantress no Brasil?
A Cobb tem uma atua-
ção responsável e consistente no
Brasil e em todos os países em
que atua no mundo. A filosofia
da empresa é muito clara quanto
à integridade em sua relação com
as instituições, clientes e compe-
tidores. Em seus anos de atuação
no Brasil, a Cobb sempre trou-
xe e disponibilizou ao mercado
o melhor produto no segmento
de desenvolvimento genético. O
conjunto de seu serviço, de alta
qualidade técnica e relaciona-
mento íntegro com o cliente e
mercado, aliada ao seu produ-
to sempre em desenvolvimento,
que faz o “pacote” Cobb atrativo,
consistente e confiante.
Sindiavipar
Cuidadosdesde a matriz
MercadoEssencial. A demanda do mer-cado consumidor nos orienta e motiva para continuarmos sem-pre evoluindo. O contato com ele nos direciona sempre para o lugar certo.
Sanidade Sem sanidade não conseguiremos atender nosso mercado interno, nem manter nossa posição de maiores exportadores de carne de frango do mundo.
AviculturaProporciona proteína barata e em quantidade para toda a população do planeta de maneira sustentável.
InsumosPreocupação constante. Compõe o mais importante custo de pro-dução: a ração. Por isso a evolu-ção na eficiência alimentar é tão crucial para manter nosso negócio rentável e de custo acessível ao consumidor.
Rodrigo TerraGraduado em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual Júlio Mesquita Filho (Unesp) – Câmpus de Botucatu
Vai e volta
As vantagens do melhoramento genético
avícola são claras: proporcionar sempre o melhor produto para
o mercado
Em 1999 ingressou na família Cobb, tornando-se gerente de produto em 2007
Responsável pelo serviço técnico para matrizes e gerente de produção de avós da Agroceres Avicultura de 1984 a 1993
14 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Abatedouromóvel
Tecnologia da Embrapa promete melhorar a produtividadeem regiões afastadas de centros industriais
Tecnologia
O abatedouro móvel é
uma tecnologia recen-
te, capaz de melhorar
as condições de produtividade
para comunidades que se en-
contram afastadas dos centros
industriais e cooperativas. De-
senvolvido pela Embrapa Suínos
e Aves e pela empresa Engmaq
- máquinas e equipamentos in-
dustriais, o projeto começou a
ser elaborado em 2012, foi lan-
çado na Expointer em setembro
de 2015 e apresentado ao Mi-
nistério da Agricultura, Pecuá-
ria e Abastecimento (Mapa) em
janeiro deste ano.
Disponível para aves, suí-
nos, pescados, caprinos e outros
animais, o abatedouro móvel
para aves encontra-se em dois ta-
manhos: um deles tem capacida-
de para 600 kg ou 300 cabeças
de frango por turno, e o outro,
1,2 mil kg ou 600 cabeças. O
pesquisador da Embrapa, Élsio
Figueiredo, responsável pelo tra-
balho, explica que a iniciativa é
válida quando o abatedouro pode
operar cinco dias por semana e
com, pelo menos, 70% de sua
capacidade total. Na avicultu-
ra, cabe ressaltar que o sistema
pode ser aplicado também para
o abate de frangos coloniais, cai-
piras e orgânicos, além de marre-
cos e galinhas de descarte.
Entre os benefícios dessa
tecnologia para a avicultura, está
a possibilidade de levar o aba-
te de frango para regiões mais
afastadas, como destaca o pes-
quisador. “Muitas comunidades
possuem vocação produtiva, mas
estão distantes de cooperativas e
indústrias, no entanto, isso não
muda o fato de que os produtores
precisam de recursos e ferramen-
tas para progredir”.
A estrutura desse tipo de
abatedouro assemelha-se a um
caminhão frigorificado e ele pode
ser comprado ou alugado. O local
em que o veículo irá operar pre-
cisa ser preparado e licenciado.
Após a obtenção da licença, em
aproximadamente um mês o aba-
14 sindiavipar.com.br Sindiavipar
tedouro móvel está disponível.
De acordo com Figueire-
do, a tecnologia está sendo dis-
ponibilizada conforme os estados
solicitam e precisa ser aprovada
pelo sistema de inspeção de cada
localidade. “Durante os meses
de julho e agosto, o abatedou-
ro ainda será testado pelo Mapa
para que possa ser aprimorado.
Se for possível incluí-lo em uma
legislação nacional, não será mais
necessária a aprovação de cada
estado, mas isso é algo para ana-
lisarmos no decorrer dos meses”,
comenta.
Há 17 projetos de abate-
douros móveis em negociação
para aves, suínos e peixes, que
estão em etapa de estudo e via-
bilização. No momento, a de-
manda por esse tipo de abate-
douro tem sido maior na região
nordeste, especialmente para o
abate de caprinos e ovinos. Os
produtores têm a possibilidade
de se unir para tornar a atividade
mais viável.
No Sul do Brasil, ainda
não há uma necessidade tão in-
tensa desse tipo de recurso, por-
que as agroindústrias são bem
desenvolvidas. Mesmo assim, o
pesquisador da Embrapa estima
que há possibilidades de ele ser
inserido no Paraná no próximo
ano. Atualmente, há abatedou-
ros móveis sendo implementa-
dos na Bahia, Ceará, Distrito Fe-
deral, Mato Grosso e em Santa
Catarina, único representante da
região Sul.
70%da sua capacidade total é o mínimo para viabilizar a operação do
abatedouro móvel
16 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Osetor da avicultura, as-
sim como os demais, tem
passado por constantes
transformações em sua estrutura
produtiva. Uma delas é em relação à
incorporação de novas tecnologias
e inovações a favor da produtivida-
de e segurança. Pensando nisso, o
Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (Mapa) deu um
passo a frente com o intuito de
agilizar os processos de registro de
produtos de origem animal. Agora,
eles serão feitos por meio de um
sistema informatizado. Por isso, o
Mapa está submetendo à consulta
pública a proposta de instrução
normativa que define, portanto, o
novo procedimento seguindo um
único padrão que substitui o siste-
ma de registro feito em papel.
“Com essa nova forma de
fazer o registro, teremos maior agi-
lidade na aprovação dos processos.
Atualmente, o tempo varia de três
a seis meses. Com a nova instru-
ção normativa, a aprovação será
imediata”, ressalta o secretário de
Defesa Agropecuária, Luis Rangel.
Com o novo padrão, os registros
não precisarão de aprovação pré-
via e ficará a cargo das empresas a
responsabilidade dos registros. Se-
gundo o Mapa, se for necessário,
serão feitas auditorias para verifi-
car se as empresas estão seguindo
as normas estabelecidas.
Em alguns setores como
o de carnes e o de embutidos, o
sistema de registro informatiza-
do já é utilizado. Mas, o setor de
ovos e algumas empresas avícolas
ainda fazem o registro por meio
de papéis e por isso, serão os que
mais terão novidades na forma de
trabalho. Segundo a coordenado-
ra do programa de Pós-Graduação
em Ciência Animal da Pontifícia
Universidade Católica do Paraná
( PUC-PR), Renata Ernlund Freitas
de Macedo, mesmo sendo um sis-
tema novo para algumas empresas,
todas elas terão mudanças com
este tipo de registro.
“A novidade para todos é
que antes, para registrar um novo
produto era preciso passar pela
avaliação e aprovação de dois fis-
cais agropecuários e só após isso,
o produto estava autorizado para
ser fabricado. Esse processo pode-
ria levar meses, às vezes, em alguns
casos, anos. Pela nova instrução
normativa, não haverá mais a apro-
vação pelos fiscais, então a partir
do momento em que a empresa fi-
zer o registro online do produto ela
estará automaticamente autoriza-
da a fabricá-lo. O Mapa está dan-
do maior autonomia às empresas,
mas também cobrará delas mais
responsabilidade” explica.
Além de dar rapidez ao pro-
cesso, o sistema garante segurança
Tecnologia
A força daavicultura
Registro de aviários de frango de corte aumenta a segurança da produção e é incentivado por Comitê Estadual de Sanidade Avícola
O Ministério está dando mais autonomia às empresas, mas vai
cobrar tambémRenata de Macedo, professora da PUC-PR
Novosprocedimentos
Registro de produtos de origem animal feito por sistema informatizado agiliza processo e dá autonomia às empresas
17sindiavipar.com.brSindiavipar
para as próprias empresas, como
ressalta a professora do departa-
mento de Medicina Veterinária da
Universidade Federal do Paraná
(UFPR), Elizabeth Santin: “O fato
de a informação estar disponível
na web pode auxiliar na avaliação
e no uso das mesmas para análises
estatísticas que são fundamentais
para estabelecer metas, controles e
medidas preventivas para situações
que estejam se repetindo. Isso sem
falar na agilidade”, completa.
Na práticaA Frango Caipira mostra
que na prática a utilização de sis-
temas informatizados traz benefí-
cios desde o produtor até o con-
sumidor. Localizada em Ivaiporã
(PR), a empresa utiliza um siste-
ma eletrônico para fazer o rastre-
amento dos produtos há um ano e
meio. Dessa forma, as granjas são
cadastradas em uma base dados,
depois é feito um registro por uma
empresa que faz o gerenciamento
dessas informações.
“O uso da tecnologia
para o rastreamento dos produ-
tos trouxe maior segurança não
só para nós, mas também para
o consumidor. Temos um índice
muito baixo de reclamações e
sentimos a diferença na venda,
o comprador tem mais seguran-
ça ao saber que aquele produto
passa por um processo de rastre-
abilidade. Esses sistemas trazem
ainda mais credibilidade ao se-
tor”, afirma o administrador da
empresa, Marcos Batista. Com o
sistema, os produtos vão para as
prateleiras com um QR code, no
qual os consumidores podem se
informar sobre o lote, data de fa-
bricação, detalhes sobre a granja,
e outros dados do produto.
17sindiavipar.com.brSindiavipar
Com essa nova forma de fazer o registro, teremos maior agilidade
na aprovação dos processos.
Luis Rangel, secretário de Defesa Agropecuária
Novosprocedimentos
18 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Os regimes aduaneiros espe-
ciais são mecanismos que
reduzem os custos envolvi-
dos em operações comerciais interna-
cionais. Consistem em procedimen-
tos voltados especificamente para
a entrada e saída de mercadorias,
nos quais existem alguns benefícios,
como a suspensão do pagamento de
tributos na maioria dos casos. O as-
sunto ganhou ainda mais importân-
cia quando a FCStone Argentina di-
vulgou que o Brasil terá que importar
milho dos EUA, já que a programa-
ção de embarque desse insumo da
Argentina para o país já está lotada.
O Drawback e o Regime
Aduaneiro Especial de Entreposto
Industrial sob Controle Informati-
zado (Recof) são os que se desta-
cam dentre os regimes especiais. A
gerente de consultoria tributária da
Deloitte, Denise de Paula, afirma que
ambos são essenciais para as transa-
ções comerciais internacionais. “Eles
ajudam a viabilizar a importação de
insumos e contribuem no ganho de
competitividade internacional, para
empresas estabelecidas no território
nacional, especialmente diante da
crise econômica que afeta o país nos
dias atuais”.
Considerado um incentivo
fiscal para a exportação, o Drawback
é um regime que suspende ou elimi-
na os impostos que incidem sobre a
compra de insumos convertidos na
produção de um bem que será expor-
tado (por exemplo: compra de milho
para alimentar o frango cuja carne
será vendida para fora). “O Drawback
não permite ‘desvios de finalidade’,
isso significa que todo o conteúdo
importado deverá ser necessariamen-
te exportado, sob pena de culminar
com a incidência dos tributos que
haviam sido suspensos acrescidos de
multa e juros legais”, explica Denise.
O Recof, por sua vez, sem-
Regimes aduaneiros especiais
Drawback e Recof reduzem custos de importação de insumose favorecem a exportação do produto final
Insumos
pre foi conhecido como um regime
de difícil utilização, porque possuía
uma série de requisitos que limi-
tavam o número de empresas que
conseguiam habilitação para ele. No
entanto, recentemente, a Secretaria
da Receita Federal do Brasil ampliou
a quantidade de empresas beneficia-
das. A redução do patrimônio líquido
exigido de R$ 25 milhões para R$ 10
milhões foi uma das mudanças.
“Diferente do que aconte-
ce no Drawback, o Recof possibilita
que parte da mercadoria seja volta-
da para o próprio consumo interno,
sem ensejar eventuais penalidades”,
explica Denise. Por isso, muitas vezes
o Recof é um regime ainda mais van-
tajoso, por oferecer uma flexibilidade
maior no que diz respeito à distribui-
ção das mercadorias produzidas a
partir dos insumos importados.
Para a avicultura paranaen-
se, isso pode ser bastante positivo,
especialmente considerando o po-
tencial de exportação dessa ativida-
de (como mostra a tabela). “A ade-
são a esses regimes por parte das
indústrias irá proporcionar a elas um
impacto direto nos seus custos de
produção, de modo a tornar seu pro-
duto cada vez mais forte no cenário
global”, afirma Denise.
Exportação de carne de frango 2016
Paraná/US$ Brasil/US$Jan 156.421.311 450.586.651
Fev 143.510.467 457.266.602
Mar 205.536.685 582.936.761
Abr 218.697.410 621.111.048
Mai 201.338.385 613.667.795
Fonte: Secex
20 sindiavipar.com.br Sindiavipar
A produção de frangos
no Brasil tem se aper-
feiçoado cada vez mais
do ponto de vista técnico, es-
pecialmente no Paraná. Se hoje
o estado responde por cerca de
35% das exportações avícolas
do país, é porque há uma série
de fatores que contribuem com
isso: o apoio aos produtores,
qualidade da carne, respeito às
normas e padrões de sanidade
ex igidos pelo mercado exter-
no e a promoção do bem-estar
animal. A imunonutrição é um
conceito relacionado a esses
dois últ imos elementos, e ape-
sar de não ser algo novo, vem
ganhando destaque nos últ i-
mos anos.
Rebeca Weigel é pes-
quisadora da empresa Quimtia
e explica que o conceito de
imunonutrição está relacio-
nado a pensar na alimentação
dos animais para que além de
atender às suas necessidades
nutricionais ela também evite
doenças. “É baseado na ideia
de prevenir para não remediar,
em resposta à crescente pres-
são da sociedade pela ext inção
do uso de antibiót icos na pro-
dução animal”, def ine.
A imunonutrição é uma
ideia que se aplica a qualquer
animal e inclusive aos huma-
nos, segundo a pesquisadora.
“Atualmente, ela já está bem
consolidada em relação aos
pets, sendo incorporada gra-
dat ivamente a outros grupos,
como as aves, por exemplo”,
comenta. Para que essa con-
cepção seja colocada em prá-
t ica, em geral, são aplicados
insumos e adit ivos, por meio
da alimentação, capazes de es-
t imular e desenvolver a imuni-
dade natural dos animais. “Por
consequência, o próprio orga-
nismo terá maior autonomia
Nutrir é prevenirImunonutrição preza pelo fortalecimento da imunidade animal por meio da alimentação
Bem-estar
21sindiavipar.com.brSindiavipar
Imunonutrição evita excesso de consumo de antibióticos por parte dos animais, fator levado em consideração pelo mercado externo
para vencer desaf ios imunoló-
gicos”, explica Rebeca.
A ideia é que fazendo da
imunonutrição uma realidade,
seja possível reduzir o uso de
antibiót icos na nutrição animal
de forma segura, sem que eles
f iquem doentes e precisem de
algum t ratamento. “Quando
um animal adoece, o produtor
acaba sendo prejudicado com a
queda do desempenho em sua
produção e isso é algo que deve
ser evitado”, arremata.
Esse conceito é essen-
cial para impulsionar o bem-
estar animal, como af irma
Rebeca. “Fortalecendo o siste-
ma imunológico das aves natu-
ralmente por meio da sua ali-
mentação, teremos animais ‘se
sentindo melhor’, mais fortes,
dispostos e sadios, por conse-
quência, isso só t raz melhorias
para a produtiv idade”. A imu-
nonutrição representa uma for-
ma ef iciente de melhorar a v ida
do animal de produção sem
comprometer a rot ina produti-
va, favorecendo todos os lados
envolvidos na at iv idade.
“É importante ressaltar
que a imunonut rição não eli-
mina a ocorrência de doenças
e out ras condições int r ínsecas
do sistema produt ivo atual, de
forma que o uso de ant ibiót i-
cos a inda é necessário em al-
gumas situações”, destaca a
pesquisadora. Esse t ipo de nu-
t rição voltado ao forta lecimen-
to da imunidade é um recurso
a mais, no entanto, o produtor
precisa estar atento à saúde do
animal para administ rar medi-
camentos quando necessário.
Rebeca alerta para a im-
portância da aplicação da imu-
nonut rição para fomentar a ex-
portação da carne de f rango.
“O mercado europeu está cada
vez mais ex igente em relação à
qualidade do alimento, não só
rejeitando o uso de ant ibiót i-
cos, mas também em relação
ao bem estar animal”.
Os custos para imple-
mentar a imunonut rição va-
riam bastante de acordo com
a espécie e a fase de v ida do
animal, de acordo com Rebe-
ca. “Há um ganho no custo/
benefício, ou seja, mesmo au-
mentando um pouco o custo
da ração, há o retorno. Em uma
análise bem simples e direta, o
produtor ganha com a redução
da mortalidade no lote”, f ina-
liza. A diminuição da perda de
animais aumenta o retorno f i-
nanceiro da produção e paga o
custo ext ra da ração, que tam-
bém não é necessariamente
muito alto.
O mercado europeu está cada vez mais
exigente em relação à qualidade do alimento,
rejeitando o uso de antibióticos
Rebeca Weigel, pesquisadora da Quimtia
22 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Nos últimos quatro anos, a
sanidade da agropecuária
paranaense evoluiu intensa-
mente. Isso se deve, principalmente,
à fundação da Agência de Defesa
Agropecuária do Paraná (Adapar),
criada no final de 2011, com efetivo
inicio dos trabalhos no dia 07 de maio
de 2012. Atualmente, para auxiliar na
saúde do plantel animal do Paraná,
estão envolvidos cerca de 250 Fiscais
de Defesa Agropecuários, veterinários
que atuam em diversos programas da
Adapar, distribuídos entre a sede, na
coordenação de programas e em 22
unidades regionais que atendem 137
municípios.
Além deles, a entidade conta
com profissionais que trabalham nos
laboratórios e auxiliam no diagnósti-
co de doenças. Também fazem parte
da equipe técnicos de nível médio e
assistentes de fiscalização que atuam
no controle do trânsito agropecuário
e apoiam os fiscais nos diversos pro-
gramas em execução.
Gestão de sucessoDurante esses quatro anos, a
Adapar traçou um caminho de aproxi-
mação e parceria com o setor privado,
organizações, sindicatos e produtores.
“Foi um período de investimento no
conceito de que quem faz defesa é o
produtor, o proprietário. Cabe a nós,
órgão oficial, darmos as condições
para que esse bom trabalho fique re-
gistrado e possa ser auditado e com-
provado”, comenta o diretor.
Segundo o diretor de defesa
agropecuária da Adapar, Adriano Rie-
senberg, o crescimento do órgão se
deve à organização, à gestão e à me-
todologia de trabalho desenvolvida. A
expectativa é que neste e no próximo
ano, a entidade se consolide e possa
colher melhorias em setores como o
de informatização, estruturação física
e recursos humanos.
O sucesso da entidade é fruto
Celebrando conquistasCom quatro anos recém-completados, a Adapar traça uma trajetória modelo também em saúde animal
Sanidade
do trabalho de uma equipe que pen-
sa em conjunto. Para o presidente da
Adapar, Inácio Kroetz, foi por meio de
transparência, discussão e ouvindo as
necessidades dos produtores que a
Adapar desenvolveu seu planejamen-
to. “Cadeias produtivas são movidas
por meio de contribuições técnicas e
estratégicas. Por isso, temos que com-
partilhar os compromissos e respon-
sabilidades que a cadeia tem com o
seu negócio. Ninguém está sozinho”,
conta o presidente.
Atuação avícolaMesmo com uma recente his-
tória, a Adapar sempre foi parceira da
avicultura paranaense. Segundo o pre-
sidente, foi com a ajuda da entidade
que a exportação do frango local vol-
tou a crescer e conquistar importantes
mercados. Para trazer mais conquistas
para este cenário, a Adapar valoriza os
projetos direcionados ao setor.
Os principais são: aumentar o
número de registros das propriedades
e dos aviários para manter a biosse-
guridade das matrizes; finalização
do inquérito sobre o vírus causador
da doença de Newcastle; contrata-
ção de fiscais exclusivos para a avi-
cultura, que trabalharão na área de
reprodução avícola e, o necessário e
oportuno, projeto voltado às Olimpí-
adas. Com a vinda de turistas neste
período, a Adapar se preocupa com a
possível chegada da influenza aviária.
Para alavancar os resultados
da Adapar, o laboratório do órgão está
planejando uma pesquisa de satisfa-
ção com os clientes. O levantamento,
que ainda não tem data para ser di-
vulgado, ficará disponível no site da
Adapar para acesso público e contará
com a opinião de diversas empresas
relacionadas ao setor avícola.
137municípios são
atendidos pelas 22 unidades regionais
da Adapar
24 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Voando altoDo artesanal às grandes indústrias, avicultura brasileira evoluiu e hoje representa um dos
principais pilares da economia
24 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Capa
25sindiavipar.com.brSindiavipar
Presente no Brasil desde a
sua descoberta, a avicultu-
ra possui uma trajetória de
sucesso nesses mais de 500 anos.
Em agosto, mês em que se come-
mora a atividade e o dia do avicul-
tor, os desafios e conquistas que
marcaram a história do setor, que
tem como principal agente trans-
formador o homem do campo, vêm
à tona. Discussões que mostram
a importância do segmento para
a geração de renda e crescimento
da economia dos estados em que
está presente, consequentemente,
do país.
Segundo pesquisa da
Associação Brasileira de Proteína
Animal (ABPA), nos primórdios,
as aves criadas eram mestiças,
produto de cruzamentos ao longo
dos séculos, e eram as mesmas que
povoavam os quintais das casas
brasileiras. Ainda de acordo com o
levantamento da entidade, a facili-
dade para a criação de aves fez com
que a avicultura se desenvolvesse,
primeiramente, nas cidades litorâ-
neas e de forma artesanal.
Com o aumento populacio-
nal e o desenvolvimento econômico
de cidades do interior, naquela épo-
ca devido ao ouro, aumentou-se a
demanda por alimentos o que es-
timulou a produção comercial da
proteína. A partir do momento em
que a atividade se estabeleceu pro-
fissionalmente, diversas evoluções
e revoluções foram implementadas
ao longo do processo até que se
chegasse ao nível de industrializa-
ção atual do segmento.
E o desenvolvimento pro-
mete continuar nos próximos anos.
De acordo com dados do relatório
técnico da Expedição Avicultura
2015, projeto realizado pelo Núcleo
de Agronegócio Gazeta do Povo, até
2021, a carne de frango deve supe-
rar a suína em volume de produção
e, consequentemente, em consumo
no mundo. Até 2025, a avicultura
brasileira deve crescer quase 35% e
passar a exportar 40% a mais em
comparação a 2015.
Fatores de impulsãoResultado de um conjunto
de fatores, o sucesso do setor teve
marcos importantes para a sua evo-
lução. Para o diretor administrativo
financeiro da Avenorte, Rodrigo
Guimarães, que atua no segmento
há aproximadamente 18 anos, o
melhoramento genético foi deter-
minante para o desenvolvimento
da atividade. “Lá atrás quando falá-
vamos em conversão alimentar, por
exemplo, comemorávamos quando
o frango convertia dois quilos de
ração em um de carne, hoje já con-
seguimos algo na média de 1.750 kg
para 1kg de carne”, afirma.
Sindiavipar
O campo da nutrição também é importante
destacar. Permitiu muita eficiência
na produção com excelentes resultados
Rafael Gonçalves Dias, gerente de Saúde Animal da Adapar
25sindiavipar.com.br
26 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Capa
Segundo os avicultores, a rotina no trabalho também sofreu mudanças ao longo do tempo
De acordo com Rafael
Gonçalves Dias, gerente de Saúde
Animal da Agência de Defesa Agro-
pecuária do Paraná (Adapar), com
o melhoramento genético cada vez
mais aprimorado, a atividade se tor-
nou uma das mais competitivas do
mundo. “O campo da nutrição tam-
bém é importante destacar. Permitiu
muita eficiência na produção com ex-
celentes resultados. A junção desses
fatores com o aumento da vigilância
sanitária de doenças sob-controle,
como a influenza aviária e newcas-
tle, permitiu de forma sistemática
que o país seja essa potência de pro-
dução e exportação desta proteína
animal”, assinala o especialista.
Os avanços genéticos, en-
tretanto, só foram possíveis devido
à ajuda de um setor bem conhecido
da avicultura, a agricultura, ressalta
o sócio-fundador do Grupo Pionei-
ro, Paulo Cesar Massaro Thibes, que
trabalha com a atividade há mais de
40 anos. “Quando iniciei na avicul-
tura não se usavam alguns produtos
que hoje se tem em consumo fácil,
como o farelo de soja”, conta.
“Quando falamos de gené-
tica e nutrição, também estamos
falando de agricultura e produti-
vidade de grãos. O crescimento na
produção de soja, em quantidade, e
baixo custo, proporcionou um ali-
mento acessível e saudável, geran-
do um custo de produção melhor
para o produtor. O que impactou na
mesa do consumidor que passou a
ter disponível uma proteína de mais
fácil acesso”, complementa Thibes.
O investimento nos aviários
também é apontado por muitos
especialistas como um marco de
mudança no processo produtivo
avícola. O avicultor, administrador
e consultor avícola Valmor Ceratto,
presente no ramo há aproxima-
damente 35 anos, destaca como
fundamentais para a evolução da
atividade o isolamento térmico das
construções, a pressão negativa, a
qualidade de ambiência, o sistema
de ventilação, o sistema de aque-
cimento frontal e as granjas com
maior capacidade de alojamento.
“As menores granjas que se fazem
hoje são para 30 mil aves e no pas-
sado se fazia para seis mil”, salien-
ta. Hoje, também já estão instalados
no país alguns aviários gigantes,
modalidade praticada nos Estados
Unidos, que permite construções
de até 155x36m, suportando cerca
de 100 mil aves.
Para Andrey Gava Citadin,
gerente comercial e técnico da
Plasson, e atuante no ramo há 15
anos, o surgimento e a aplicação
dessas novas tecnologias, nos últi-
mos anos, é resultado da necessi-
dade de crescimento para atender
Quando iniciei na avicultura não se usavam alguns
produtos que hojese tem em consumo fácil, como o farelo
de sojaPaulo Cesar Massaro Thibes,sócio-fundador do Grupo Pioneiro
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28 sindiavipar.com.br Sindiavipar
a demanda aliada a questão de re-
dução de custo. “A tecnologia sem-
pre foi aplicada, mas recentemente
houve um avanço tecnológico de-
vido à automação das granjas por
conta da redução da mão de obra,
da necessidade em diminuir custos
de produção, aumentar a eficiência
dos sistemas, a produtividade dos
aviários e, logicamente, a produção
de carne no Brasil”, afirma.
Parceria de sucessoMerecedor de um capítulo
a parte da história do segmento no
Brasil, o sistema de integração aví-
cola, implantado na década de 60,
foi a grande mola propulsora do que
conhecemos como avicultura hoje.
A integração é “a ligação entre a em-
presa e o produtor em uma sintonia
onde ela casou muito bem”, define
Guimarães, diretor da Avenorte. Já
para Paulo Cesar, do Grupo Pionei-
ro, o integrado é fundamental pois
“comprou a ideia, construiu, inves-
tiu e acreditou na atividade”.
Ao todo, existem apro-
ximadamente 19 mil avicultores,
entre integrados e cooperados no
estado, segundo dados do Depar-
tamento de Economia Rural (Deral)
da Secretaria da Agricultura e do
Abastecimento do Estado do Para-
ná (Seab). Por meio da integração,
esses produtores recebem, por par-
te da integradora, os investimentos
necessários à manutenção da ativi-
dade (pintainhos, ração, assistência
técnica), cabendo ao avicultor a
responsabilidade pela eficiência da
qualidade do frango que será forne-
cido às indústrias produtoras.
Recentemente, a integra-
ção avícola comemorou uma nova
conquista: a aprovação da Lei n°
13.288/2016, que normatiza o siste-
ma de integração agroindustrial bra-
sileiro. Entre as principais contribui-
ções da regulamentação, segundo o
presidente do Sindicato das Indús-
trias de Produtos Avícolas do Estado
do Paraná (Sindiavipar), Domingos
Martins, estão a instituição de me-
canismos de transparência na rela-
ção contratual, buscando a máxima
clareza e precisão dos contratos e
a criação de fóruns nacionais de in-
tegração e Comissões para Acom-
panhamento, Desenvolvimento e
Conciliação da Integração (Cadec),
que serão responsáveis, entre outras
funções, pela interpretação de cláu-
sulas contratuais ou outras questões
inerentes ao contrato de integração.
Dia a dia do avicultorEm dia de alojamento, Sérgio
Paschoal e sua esposa Denise, inte-
grados da Frango Granjeiro há 10
anos, acordam às 4h para iniciar as
Capa
A tecnologia sempre foi aplicada, mas
recentemente houve um avanço tecnológico devido à automação
Andrey Gava Citadin, gerente comercial e técnico da Plasson
28 sindiavipar.com.br Sindiavipar
2021 2025 2025
Relatório Expedição Avicultura 2015
A carne de frango poderá superar a suína em volume de produção e consumo
A avicultura brasileira deve crescer quase 35% até esteano
A avicultura brasileira deverá passar a exportar 40% mais em comparaçãoa 2015
29sindiavipar.com.brSindiavipar
atividades na cidade de Apuracana
(PR). Segundo o avicultor, há bas-
tante trabalho, mas quando este é
feito em família fica mais fácil. “A
gente trabalha unido, sempre está
junto. Está sempre trocando ideia”,
comemora o produtor. Atualmen-
te a família possui três barracões,
sendo um do filho de Sérgio. A ex-
pectativa é até 2018 construir mais
dois. “Indico entrar na atividade, ela
nos ajuda a dar educação aos nossos
filhos e ainda nos proporciona mo-
mentos de lazer”, complementa.
Desde 1998 na ativida-
de, o integrado da Avenorte José
Dalarme possui oito barracões e
afirma que ao começar a mexer
com avicultura passou a gostar e
hoje possui interesse em expandir
ainda mais no setor. Para o produ-
tor, “a avicultura é como se fosse
uma lavoura, você tem que acom-
panhar de perto, ter uma mão de
obra qualificada, boa manutenção
dos equipamentos e sempre procu-
rar inovações”, afirma.
Segundo os avicultores, a
rotina no trabalho também sofreu
mudanças ao longo do tempo de-
vido à incorporação de tecnologias.
“Desde que comecei na atividade o
que mudou foi a automação. Hoje
a tecnologia avançou e muita coisa
ficou automática”, conta Dalarme.
Paschoal ainda complementa que
do seu primeiro barracão, construí-
do há 10 anos, para o mais recente,
finalizado ao final de 2015, melho-
rou muito. “Eu investi em placas,
geradores, painéis. Ficou muito
mais fácil para a gente trabalhar”.
Desafios à frenteA avicultura do futuro,
para muitos especialistas, será de
superação, palavra que sempre
acompanhou a trajetória do se-
tor, inclusive, nos últimos anos
com a alta dos custos como ener-
gia elétrica, lenha e combustíveis,
por exemplo. Para Valmor Ceratto,
os principais desafios daqui para
frente serão: custos de produção,
qualidade de mão de obra, sani-
dade e ambiência. Para Citadin,
gerente da Plasson, a tendência é
que “a avicultura continue cres-
cendo. Isso porque nós temos re-
cursos naturais que nos oferecem
uma vantagem competitiva. A
mão de obra deve passar por al-
Sistema de integração avícola foi a grande mola
propulsora da atividade
30 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Mulheres na aviculturaAssim como em ou-
tras esferas econômicas,
as mulheres também têm
conquistado espaços impor-
tantes na agropecuária. Se-
gundo levantamento do Sin-
diavipar, realizado em 2015,
aproximadamente 46% dos
funcionários das indústrias
avícolas paranaenses são
mulheres.
Dentro das granjas,
elas também já marcam
presença. Denise Paschoal
trabalha com seu marido
Sérgio Paschoal há 10 anos
na atividade, como integra-
dos da Frango Granjeiro. “A
mulher está cada vez mais
ganhando o seu espaço e
mostrando que também
tem capacidade. Além dis-
so, é muito bom trabalhar
nessa atividade”, afirma
Denise.
Para a gerente de
Marketing do Sindiavipar,
Mônica Fu ku oka, a evolu-
ção é perceptível. "Estou
em contato com as empre-
sas frequentemente e per-
cebo que as mudanças têm
sido bastante positivas.
Muitas mulheres adminis-
tram seus próprios aviários
e apresentam alto índice de
rendimento. Mas é necessá-
rio continuarmos seguindo
em frente", analisa.Até 2025, a avicultura brasileira deve crescer quase 35%, aponta Expedição Avicultura
guns ajustes, mas o setor avícola
vai continuar sendo um dos pila-
res favoráveis a equilibrar a balan-
ça comercial brasileira para cima,
como foi nos últimos anos”.
Na área de sanidade,
Rafael Gonçalves Dias, médico ve-
terinário da Adapar, ressalta que
hoje o principal desafio é manter
o país livre de influenza aviária de
alta patogenicidade e doença de
newcastle no plantel industrial. “A
influenza aviária de alta patogeni-
cidade já foi detectada em vários
países, inclusive nos EUA e China,
que estão entre os maiores produ-
tores mundiais. Com os crescentes
números de casos como esses as-
sociados aos riscos de introdução
da doença são desafios importan-
tes e permanentes que o setor deve
se atentar”, complementa.
O levantamento da Ex-
pedição Avicultura 2015 ainda
mostra que a logística continua
sendo um desafio e condição de
crescimento para o setor. A cons-
trução da “Rodovia do Frango”
que pretende ligar o município da
Lapa (PR) a Chapecó (SC), ou o
projeto da “ Ferrovia do Frango”
que conectaria o Oeste de Santa
Catarina à Ferrovia NorteSul, são
apontados como alternativas para
o setor.
Capa
46%dos funcionários das indústrias
avícolas paranaensessão mulheres
32 sindiavipar.com.br Sindiavipar
O cenário de alto desafio estimula a busca e adoção de
alternativas visando amenizar impactos. Os
aditivos surgemcomo opção
Uso de aditivos frente aos novos desafios do mercadoPor Cristiane Sanfelice e Júlio Henrique Emrich Pinto
Introdução
OBrasil é o maior exportador
mundial de carne de fran-
go com 4,260 milhões de
toneladas exportadas em 2015. Nes-
se ano assumiu o 2º lugar no ranking
dos maiores produtores de carne de
frango (ABPA, 2015).
Esse sucesso e ótimo de-
sempenho é atribuído à evolução
contínua nas áreas de nutrição, ge-
nética manejo, ambiência, sanidade
e profissionalização crescente. Na
criação de aves comerciais, a alimen-
tação representa cerca de 70% do
custo de produção (ARAUJO, 2005).
Porém, no cenário atual, com a es-
cassez do milho e elevação de preço
desse e do farelo de soja, devido à
redução de estoque inicial e aumen-
to das exportações, essa relação é
muito mais alta, tornando a nutrição
mais importante em toda cadeia de
produção de proteína animal. A uti-
lização de dietas econômicas e for-
muladas para atender às exigências
nutricionais das aves é necessária
para manter a competividade da ca-
deia avícola.
Há décadas, o uso de adi-
tivos na formulação de ração é re-
alidade, entretanto, estudos e pro-
dutos são desenvolvidos visando à
redução de custo das dietas, melhora
do desempenho e sanidade do lote.
Não bastasse o cenário de aumento
de custo da cadeia produtiva, a re-
dução de consumo deprime os pre-
ços, impondo perdas significativas
ao setor. O cenário de alto desafio
estimula a busca e adoção de alter-
nativas visando amenizar impactos.
Os aditivos surgem como opção.
AditivosDe acordo com o Food and
Drug Administration (FDA), aditivo
(Feed additive supplement) é toda
substância adicionada ao alimen-
to dos animais com o objetivo de
melhorar seu desempenho, passível
de ser utilizada sob determinadas
normas e desde que não deixe re-
síduo no produto de consumo. De
acordo com a Instrução Normativa
nº 013/2004/MAPA (BRASIL, 2004),
os aditivos são divididos em cinco
categorias: tecnológicos; sensoriais;
nutricionais; zootécnicos e anticoc-
cidianos. Entre elas, são grandes
aliados nas formulações os aditivos
nutricionais, representados pelos
aminoácidos, vitaminas e elementos
traço; e os aditivos zootécnicos, pe-
las enzimas e acidificantes.
Disponíveis no mercado, os
aminoácidos sintéticos DL-Metioni-
na, L-Lisina, L-Treonina são conside-
rados aditivos nutricionais, seu uso
permite redução no teor de proteína
bruta das rações de aves e suínos
(PENZ JR., 1994). Para entender a
importância do uso de aminoácidos
sintéticos nas formulações atuais
considera-se a seguinte situação:
uma dieta à base de milho e fare-
lo de soja formulada de acordo com
as recomendações de ROSTAGNO
et al. (2011) para frangos de corte
machos desempenho médio na fase
pré-inicial e utilizando um núcleo
comercial, comparado à mesma die-
ta com inclusão dos aminoácidos
sintéticos metionina, lisina e treo-
nina, resulta em 8% de redução de
custo final de formulação.
Conceitualmente as enzi-
Artigo Técnico
33sindiavipar.com.brSindiavipar
Uso de aditivos frente aos novos desafios do mercado
mas exógenas são proteínas globu-
lares de estrutura terciária e quater-
nária que agem como catalisadores
biológicos, aumentando a veloci-
dade das reações químicas no or-
ganismo, sem serem alteradas no
processo (CHAMPE & HARVERY,
1989). Em uma época em que a bus-
ca por ingredientes alternativos é
crescente e que o mercado encon-
tra problemas com a qualidade da
matéria-prima, as enzimas como
fitase, xilanase, glucanase oferecem
uma possibilidade de redução dos
efeitos de fatores antinutricionais
presentes em quase todos alimentos
usados (COUSINS, 1999), o que leva
a melhor valorização nutricional das
matérias primas, com consequente
melhoria no aproveitamento dos
alimentos e redução de custo de
formulação.
Esses benefícios são advin-
dos da melhoria da digestibilidade
de fontes alternativas de energia,
como centeio, trigo, cevada e aveia
acarretando melhora no ambiente
dos animais que apresentam fezes
mais secas e sem resíduo de alimento
(MURAKAMI et al., 2007). Estudos
(GARCIA et al., 2000) comprovam o
efeito da suplementação de enzimas
em rações com farelo de soja e soja
integral extrusada sobre o desem-
penho de frangos de corte de 1 a 42
dias de idade com melhor eficiência
de utilização da energia metabolizá-
vel da proteína e dos aminoácidos
(metionina, metionina+cistina e lisi-
na) em 9, 7, e 5%, respectivamente.
Indiretamente ocorre uma melhoria
do status sanitário das aves e preser-
vação do meio ambiente.
Considerações Os aditivos constituem uma
ferramenta importante na busca de
desempenho econômico da explo-
ração avícola em qualquer situação
de mercado. O uso com base cientí-
fica e criteriosa deve ser visto como
alternativa na alimentação de aves,
pois apresentam redução significa-
tiva de custo da alimentação, seja
em dietas à base de milho e soja,
mas principalmente com a inclusão
de ingredientes alternativos nas for-
mulações.
ReferênciasARAUJO, J. A., SILVA, J. H.
V., LIMA A. A. L., LIMA, M. R.,
LIMA, C. B. 2007. Uso de aditivos
na alimentação de aves. Acta Vet.
Brasílica, v. 1, n. 3, p. 69-77.
BRASIL. Instrução Norma-
tiva nº 13, 30 de nov. 2004. Apro-
var regulamento técnico sobre adi-
tivos para produtos destinados à
alimentação animal. Diário Oficial
da União. Anexo I, do Decreto nº
4.629, de 21/03/2003.
COUSINS, B. Enzimas na
nutrição de aves. In: I Simpósio In-
ternacional ACAV-Embrapa sobre
Nutrição de Aves. 1999.
MURAKAMI A.E., FER-
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LOGIA AVÍCOLAS, Santos, 1994.
Anais... Campinas: FACTA, 1994.
p.85-94.
Cristiane SanfeliceEspecialista em Nutriçãode Aves Vaccinar
Júlio Henrique Emrich PintoDiretor de NegóciosNutrição Vaccinar
34 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Embarquesacelerados Projeções mostram que
exportações de carne de frango podem chegar aos 14,11 milhões de toneladas em 2025
Um estudo feito pelo De-
partamento de Agricultura
dos EUA (USDA) no ano
passado apontou que as exporta-
ções mundiais de carne de frango
poderiam chegar aos 12,020 mi-
lhões de toneladas em 2025. Entre-
tanto, devido ao mercado externo
aquecido, um trabalho ainda mais
recente da entidade indicou que os
maiores exportadores poderiam, na
verdade, atingir a marca dos 14,110
milhões de toneladas juntos, sendo
o Brasil responsável pelos embar-
ques de 5,582 milhões de toneladas
desse total.
Ainda segundo a pesquisa,
o país é o único que tende a ampliar
sua participação nas exportações
em comparação aos demais blocos,
com uma projeção de aumento de
8,6%, enquanto os EUA e os de-
mais exportadores tendem a recu-
ar (6,2% e 3,8% respectivamente)
“Isso acontece porque somos uma
das nações mais preparadas para
atender às mais variadas deman-
das internacionais de produtos aví-
colas. Além da versatilidade e da
qualidade de nossas linhas de pro-
dução e de nossas boas relações di-
plomáticas, nossa cadeia produtiva
é a única entre as grandes a nunca
Mercado
16,2% foi a alta da
exportação de carne de frango
no Brasil nos cinco primeiros
meses dedeste ano
34 sindiavipar.com.br Sindiavipar
O Paraná promete ser um dos grandes encarregados pela projeção de exportações
35sindiavipar.com.brSindiavipar
Embarquesacelerados
registrar influenza aviária em seu
território, o que é, hoje, um valioso
diferencial competitivo”, explica o
presidente-executivo da Associa-
ção Brasileira de Proteína Animal
(ABPA), Francisco Turra.
Neste cenário, o Paraná
promete ser um dos grandes en-
carregados pela estimativa, já que
é responsável por uma grande fatia
das exportações. Segundo dados
do Sindicato das Indústrias de Pro-
dutos Avícolas do Estado do Para-
ná (Sindiavipar), de janeiro a maio
deste ano foram exportados 658
mil toneladas, gerando um total de
mais de U$ 925 milhões. “O estado,
como maior produtor e exportador
de carne de frango do Brasil, deverá
ser o timoneiro desse provável au-
mento”, ressalta Turra.
Só em 2016, de acordo com
a ABPA, o setor acumulou alta nas
exportações de 16,28% nos cinco
primeiros meses do ano em relação
ao mesmo período do ano passado,
chegando a 1,854 milhão de tone-
ladas. Por isso, a previsão da USDA
é vista como natural por muitos es-
pecialistas. “Temos condições, es-
trutura e potencial, então acredito
que iremos tirar proveito dessa pre-
visão, caso ela realmente aconteça.
Atualmente, a alta taxa de câmbio
está facilitando a competitividade
do nosso produto”, afirma o pre-
sidente da Associação de Comér-
cio Exterior do Brasil (AEB), José
Augusto de Castro.
DesafioMesmo com as boas pers-
pectivas de crescimento para o Bra-
sil, ainda existem desafios a serem
enfrentados. “Temos a necessidade
de melhorar a logística de transpor-
tes brasileira. Nossa produção de aves
está concentrada principalmente no
Sul e temos condições de aumentá-la
também em regiões centrais, um dos
motivos para investir no transpor-
te nessas áreas também”, explica o
analista em desenvolvimento de pes-
quisas na área de proteína animal do
Rabobank, Adolfo Fontes.
Além da infraestrutura, os
especialistas defendem a necessidade
de reformas para aumentar cada vez
mais as exportações. “Nosso preço
precisa ser competitivo independen-
te do câmbio, por isso a importância
de mudanças. Devemos focar em di-
minuir os custos ocultos” finaliza o
presidente da AEB.
O estado deverá ser o timoneiro desta
provável elevação
Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA
35sindiavipar.com.brSindiavipar
36 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Oaumento do roubo de car-
gas nas estradas do Paraná
tem preocupado empresas,
sindicatos e motoristas em todo o es-
tado. A Federação das Empresas de
Transporte de Cargas do Estado do
Paraná (Fetranspar), entidade repre-
sentativa do setor, informou que atual-
mente acontecem cerca de 30 roubos
por mês, dado que não ultrapassava
20 no ano passado. Conforme esta-
tísticas fornecidas pelo Sindicato das
Empresas de Transporte de Cargas e
Logística de Maringá (Setcamar), hoje
o Paraná detém 2,5% dos incidentes
em todo o Brasil que, em 2015, teve
um prejuízo estimado em mais de dois
bilhões de reais.
Segundo o superintendente
do Setcamar, Geasi Oliveira de Sou-
za, as quadrilhas trabalham em tempo
integral, recrutando ou assediando
pessoas que têm informações quanto
aos tipos de produtos que estão sendo
movimentados. “Por meio dessa rede
de informantes, as quadrilhas aper-
feiçoam e objetivam uma abordagem
cada vez mais profissional”, declara
Geasi.
O superintendente também
afirma que as abordagens costumam
ser em pátios de postos de parada,
durante a noite, enquanto o motorista
está descansando. Também é comum
o uso de iscas nos pátios nas margens
das rodovias, veículos de passeio po-
Cargas em riscoProdutos de fácil colocação no mercado são os principais alvos dos assaltantes nas estradas
Mercado
2,5%é o percentual de
roubos ocorridos no Paraná, em relação
ao Brasil
10%do rendimento das transportadoras
têm sido revertido em medidas preventivas
tentes para interceptar caminhões
ou até mesmo um anúncio de que o
caminhão está derramando ou arras-
tando objetos, para fazer com o que o
veículo pare e o motorista seja rendi-
do. Dentre as cargas mais cobiçadas
pelos assaltantes estão os produtos
de fácil colocação no mercado, como
alimentícios e farmacêuticos, cigarros,
eletroeletrônicos, confecções, autope-
ças e defensivos agrícolas.
Em outubro de 2015, foi cria-
da a Delegacia de Furtos e Roubos de
Cargas no Paraná, localizada em Curi-
tiba. Com a implantação dessa Dele-
gacia é possível formatar um plano de
trabalho mais eficiente de repressão
ao roubo e furto de cargas. Entretan-
to, o Estado tem que investir mais em
equipamentos, veículos e pessoal.
De acordo com o presidente da Fe-
transpar, Sérgio Malucelli, o governo
precisa fazer sua parte e mobiliar cor-
retamente as delegacias. “É preciso
investir num sistema integrado, que
não mude sistematicamente”, afirma.
Além disso, segundo Malu-
celli, as empresas têm investido cerca
de 10% de seu rendimento em geren-
ciamento de risco, cursos correspon-
dentes de carga perigosa e direção
defensiva para evitar que os roubos
cresçam ainda mais. Outra medida que
será tomada para auxiliar no combate
desse problema é a implantação de
chips nas cargas, que deve ser iniciada
em setembro pela Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT).
Seis dicas sobre roubode cargas:
1. Andar sempre em comboio,
principalmente durante a noite;
2. Usar os anéis de integração
das estradas;
3. Não dar carona;
4. Parar em postos avançados de
segurança sempre que possível;
5. Em caso de incidentes, sempre
fazer boletim de ocorrência;
6. Entrar em contato com a
delegacia de furtos e roubos
após uma ocorrência.
Fotos: César Machado
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38 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Mercado
Obalanço do primeiro
semestre de 2016 da
avicultura paranaense
mostra que o setor tem venci-
do os obstáculos de custos de
produção, como a alta no preço
do milho e da soja, e as instabi-
lidades econômicas vividas no
país. Os embarques cresceram
aproximadamente 17%, em vo-
lume, se comparado ao mesmo
per íodo do ano passado, se-
gundo dados da Secretaria de
Comércio Exterior (Secex), vin-
culada ao Ministério do Desen-
volvimento, Indústria e Comér-
cio Exterior (MDIC).
Foram 810,45 mil tone-
ladas exportadas pelo estado
só nos seis meses do ano, ante
692,76 mil toneladas no primei-
ro semestre de 2015, atingindo
um faturamento de US$ 1,15
bilhão, de acordo com o órgão.
Com isso, o Paraná se mantém
líder nos embarques de carne de
frango no Brasil, respondendo
por 35,66% do total e atenden-
do a mais de 150 países.
Por sua vez, o ritmo
de produção paranaense tem
acompanhado a demanda aque-
cida no mercado externo. Se-
gundo levantamento do Sindi-
cato das Indústrias de Produtos
Avícolas do Estado do Paraná
(Sindiavipar), foram abatidas
893,84 milhões de aves no pri-
meiro semestre deste ano,
alta de 11,62% quando com-
parado aos 800,76 milhões
regist rados no mesmo pe-
r íodo do ano anterior. Ain-
da de acordo com o Sin-
dicato, para o fechamento
do ano, a expectativa é
de aumento de 5% a 8%
na produção e exportação
da proteína.
“Estamos diante de
mais um ano desafiador para
a indústria avícola paranaen-
se, mas com competência e
planejamento adequados
conseguimos encerrar o
semestre com números ex-
pressivos. Temos uma es-
trutura moderna instalada
no estado com empresários
arrojados, cooperativas e
grandes empresas, o que
nos permite alcançarmos
nossas expectativas de cres-
cimento contínuo”, afirma
o presidente do Sindiavipar,
Domingos Martins.
Balanço positivoExportação avícola paranaense cresce 17% emcomparação ao 1º semestre de 2015
38 sindiavipar.com.br Sindiavipar
40 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Oconglomerado avícola pa -
ranaense GTFoods con -
seguiu uma liminar de-
terminando a exclusão do Imposto
sobre a Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS) da fatura de energia
elétrica para suas atividades. Essa
decisão veio meses após o decreto
do Governo do Estado, que manteve
o benefício apenas para o produtor
rural pessoa física com CPF inclu-
so no Cadastro de Produtores Ru-
rais (CAD/PRO). Até julho de 2015,
a isenção da cobrança na conta de
energia era concedida a todos os
produtores rurais, tanto empresas
quanto pessoa física – que traba-
lhassem estritamente com a ativida-
de agropecuária, não abrangendo a
industrial. O benefício foi mantido
durante 14 anos. Após a mudança, a
alíquota passou a ser de 12% sobre
o consumo de até 500 kWh/mês e de
25% sobre o excedente.
Com as mudanças, algumas
empresas entraram na Justiça na ten-
tativa de manter o acesso à isenção
da cobrança, como foi o caso do
Grupo GTFoods. “O juiz responsá-
vel pelo julgamento analisou o caso e
reconheceu a presença dos requisitos
formais: alegações verossímeis, já que
não havia cobrança nem recolhimen-
to do ICMS até 2015, e a comprova-
ção adequada do prejuízo financeiro
que a empresa vem suportando des-
de então. Fora considerado a 'forma
inadequada' do encerramento do
referido benefício por parte do Esta-
do”, explica o advogado do escritório
Martinelli Advogados, Elton Dutra,
que representa a empresa no proces-
so. Assim, o GTFoods terá uma eco-
nomia mensal de 25% em relação ao
preço da energia elétrica empregada
na atividade rural.
Mesmo que ainda caiba re-
curso por parte do Estado do Paraná,
a Copel já está cumprindo a ordem
de excluir o ICMS das faturas emiti-
das em nome da empresa. Segundo
o advogado, qualquer produtor rural
pessoa jurídica que comprove a apli-
cação do benefício anteriormente ao
Decreto feito no ano passado, pode
fazer o requerimento da isenção, con-
tanto que a empresa esteja com a
inscrição regular no CAD/ICMS-PR.
Isenção deICMS
Empresa paranaense do setor avícola consegue na Justiça a isenção de ICMS
de energia elétrica
Mercado
25%é a economia mensal do
GTFoods com a isenção do ICMS
da fatura de energia elétrica
“Indiferente do nível de consumo,
isso pode ser feito para as seguintes
atividades: pecuária, apicultura, aqui-
cultura, avicultura, cunicultura, rani-
cultura e a sericicultura. Outras em-
presas do setor avícola procuraram
nosso escritório para ajuizar a ação
visando o mesmo direito”, completa.
Segundo o GTFoods, desde
que o imposto voltou a ser cobrado
no ano passado, a companhia teve
um aumento de custo de R$ 1 milhão.
Por isso, o grupo está reivindicando
o valor pago entre julho de 2015 até
o momento. “Agora com o benefício,
o custo elevado de produção da ca-
deia será amenizado uma vez que, no
momento atual, os custos estão altos
e os preços de venda estão em bai-
xa. A isenção seria uma forma de o
governo apoiar a agroindústria, para
incentivar o crescimento e alavancar
a economia do Estado, já que existe
um consenso de que a agroindústria
move a economia do país”, ressalta
o diretor administrativo do Grupo
GTFoods, Rogério Gonçalves.
Produtores ruraispessoa física
Após o Decreto feito em
2015, a manutenção do benefício em
relação aos produtores rurais pesso-
as físicas, ficou condicionada apenas
à atualização ou em alguns casos, à
regularização dos dados constantes
no CAD/PRO do Paraná, como por
exemplo, a comprovação da ins-
crição neste cadastro, isso porque
durante algum período, o Estado
a dispensava. Inicialmente a fisca-
lização era feita pela Copel, mas a
companhia acabou retomando o be-
nefício automaticamente para todos
os produtores que se encontrassem
regulares no CAD/PRO.
A isenção seria uma forma de o governo
apoiar a agroindústriaRogério Gonçalves, diretor administrativo do Grupo GTFoods
42 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Ser avicultor é um vírus que contagia. Investir
em incubatórios e matrizes é tendência e garante estabilidade
Roberto Pecoits, diretor da GAA
Tradição e prosperidadeA Gralha Azul Avícola, presente no Paraná há quase 45 anos, aposta em novos produtos para conquistar mercados
No início da década de 70,
as importações estavam
ganhando força, assim
como a avicultura brasileira. Por
isso, investir em incubatórios e
matrizes foi a escolha tomada pela
família Pecoits, em 1971, para pros-
perar. Ainda sem experiência no
setor avícola, a família encontrou
uma oportunidade de crescimen-
to na região de Francisco Beltrão
e assim surgiu a tradicional Gralha
Azul Avícola (GAA).
A GAA, que encontrou es-
tabilidade no setor de comerciali-
zação de pintinhos para corte, ovos
férteis e ovos comerciais, detectou
que a avicultura tem mais facili-
dade em se desenvolver em locais
com perfil fundiário adequado e
matéria prima básica. Por esses mo-
tivos, a empresa se estabeleceu, há
quase 45 anos, no Paraná: o estado
possui pequenas propriedades ru-
rais – principalmente na região oes-
te – que favorecem o negócio, além
de ter milho e soja em abundância,
base da alimentação das aves.
Hoje, a empresa tem capa-
cidade de alojamento para 400 mil
matrizes e, mesmo em tempos de
crise, está com boa rentabilidade
há cerca de dois anos. Segundo o
diretor da Gralha Azul Avícola, Ro-
berto Pecoits, apesar de algumas
dificuldades sazonais, investir no
setor no estado ainda é vantajo-
so. “Ser avicultor é um vírus que
contagia. Investir em incubatórios
Associados
Sindiavipar
43sindiavipar.com.brSindiavipar
e matrizes é tendência e garante
estabilidade. Sem falar no dólar
atual, que favorece a exportação
dos produtos”, conta Pecoits. Atu-
almente, cerca de 35% dos produ-
tos da Gralha Azul são exportados,
principalmente para o Paraguai. Os
ovos férteis e pintinhos para corte
já chegaram a ser exportados para
lugares como os Emirados Árabes,
Peru e Venezula.
Novos produtosEntre 2002 e 2003 a Gralha
Azul detectou que podia expandir
o seu mercado investindo na diver-
sificação de produtos oferecidos,
com objetivo de migrar do mercado
independente para grandes e signi-
ficantes parcerias. Assim, a GAA
tomou a decisão de investir em ou-
tro negócio e ter mais uma opção
de produto: o ovo comercial.
A linha especial de ovos
comerciais da Gralha Azul Avícola
é baseada em ovos caipiras e or-
gânicos, que são vendidos, em sua
maioria, em Curitiba. “Este seg-
mento tem um objetivo específico:
pequenas propriedades, pequenos
produtores e um grande merca-
do consumidor, produzindo com
ética e transparência, dando con-
fiança ao consumidor de que seus
produtos estão realmente dentro
do padrão de qualidade e nutrição
exigidos pela legislação específi-
ca”, explica o diretor da empresa.
Segundo Pecoits, “o novo produto
foi bem aceito e o crescimento dele
é constante desde quando foi inse-
rido no mercado”, afirma.
A empresa, que hoje conta
com 220 funcionários fixos e 40 in-
tegrados para auxiliar na linha de
ovos comerciais, tem planos para o
futuro. A tradicional empresa, que
vem conquistando um bom mer-
cado com qualidade, eficiência e
resultados, está terminando uma
ampliação de 20% na área de in-
cubação. Além disso, pretende, nos
próximos 12 meses, aumentar entre
15 e 20% a produção de ovos co-
merciais para consumo direto.
Para o diretor, o sucesso
se deve à percepção de como o
setor pode prosperar. Além disso,
Pecoits cita o tripé que sustenta a
produtividade da empresa avícola:
ambiência, nutrição e genética. “É
difícil se manter na avicultura sem
esse trio. Precisamos cuidar dos ga-
linheiros, manter a saúde de nossas
matrizes e nutrir de forma adequa-
da nossos animais. Sem isso, a pro-
dutividade cai bastante”, conclui
Sabendo que ainda tem
muitos desafios para superar, a
Gralha Azul Avícola sabe que seu
papel é inovar, conquistar e ampliar
seus negócios, para que a tradicio-
nal empresa faça cada vez mais
parte da avicultura paranaense.
Desempenho da Gralha Azul Avícola
em 2015
Área total da empresa2,6 milhões de m2
Número defuncionários
220 diretos e40 indiretos
Faturamento R$ 19,2 milhões
Impostos econtribuições R$ 900 mil
Produção de Pintinhos39 milhões de cabeças
Produção deOvos comerciais48 milhões de unidades
Produção de Ovos Férteis47,5 milhões de unidades
44 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Energias são chaves ao êxito,
superando obstáculos apre-
sentados podemos renovar
diariamente essas energias, aprovei-
tá-las ao máximo, vindo à tona qua-
lidades, talentos, tudo o que permite
destaque como pessoas, profissio-
nais. Dalai Lama definiu "10 ladrões
da energia” para conseguir domínio
dessas energias, evitando interferên-
cias que nos impeçam do sucesso.
Distanciar pessoas tóxicas Todos temos capacidade de
distinguir quais são os que trazem
coisas positivas para nossa vida e
quais são aqueles que querem nos
deter, impedir vida, consumindo
nossa energia.
Pagar contasNão há nada melhor que a
tranquilidade de saber que não de-
vemos nada, que ninguém nos deve.
Pague contas a tempo, cobre quem
te deve ou escolha deixá-lo ir, se for
impossível cobrar. Ser responsável
com dívidas ajuda a tranquilidade.
Cumprir promessasA forma mais fácil de evitar
não cumprir com algo que não quer
fazer é dizer NÃO desde o princípio.
Pois promessas têm valor significati-
vo para as pessoas as quais fizemos.
Cumpri-las nos fará melhores.
DelegarElimine onde é possível,
delegue o que não prefere fazer, dê
tempo ao que gosta. Não escapar
de responsabilidades, mas sim ter
consciência de que, em certos casos,
é melhor passar trabalho a alguém
que pode fazê-lo melhor.
Descansar, agirA Natureza e a vida pos-
suem diferentes ritmos diários, cada
um deve saber como agir ante isso,
não parar quando necessitamos será
erro, não agir quando podemos ge-
rará arrependimentos.
OrganizarNada se toma energia em
desordem, coisas do passado que
já não precisa, coisas físicas, espiri-
tuais, importante botar fora aquilo
que não precisamos. Pegue somente
o que permite organizar para viver
bem o presente, cumprir sonhos fu-
turos.
Cuidar da saúdeDê prioridade a saúde, sem
isso, trabalhando ao máximo, não
pode fazer muito. Descanse por
momentos, nada serve ter melhor
trabalho, dinheiro, bens, se não
goza de saúde, não cuidando de
seu corpo.
Enfrentar dificuldadesEnfrente situações tóxicas
que tolera, desde resgatar amigo,
familiar, até ações negativas de
companheiro. Enfrentar situações
é uma maneira saudável de assu-
mir coisas, não deixar que se con-
vertam em algo pior. É importante
analisar, decidir, já que postergar
ou ignorar gerará estresse.
AceitarAceitar não é parar de lu-
tar, quando aceitamos que não
podemos mudar, mudamos pla-
nos, surgem novas oportunidades.
PerdoarPerdoe, deixe a dor ir, uma
das maiores fontes de energia é
o amor, estar conectado a Deus
para aprender a perdoar, mesmo
que a vida nos coloque ante situ-
ações que nos enchem de ira, dor,
rancor, medos, que dificilmente
podemos superar.
Espiritualidadeao Sucesso
Motivacional
Por Valter Bampi, empresário
46 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Notas e registros
IV Workshop Sindiavipar está com a programação fechada
A programação da quarta
edição do Workshop Sindiavipar:
Avicultura do Paraná para o Mundo
já está fechada. Neste ano, o evento
terá duração de dois dias, 27 e 28 de
outubro, e contará com dez pales-
trantes. Os últimos nomes confirma-
dos foram Giovani Ferreira, gerente
do Núcleo de Agronegócio Gazeta
do Povo, com a palestra “O Brasil da
Agroeconomia”, Ana Caselles, da
Merial, que abordará o “Uso de An-
tibióticos em Incubatório” e Valmor
Ceratto, falando sobre a “Composi-
ção de Custos do Avicultor”.
A quarta edição do
Workshop, que será realizado em
Foz do Iguaçu, também contará
com uma feira de expositores ligados
ao agronegócio e a indústria, como
a Vaccinar, a Zhengchang, a Gaze-
ta do Povo, a Associação de Defesa
Agropecuária do Paraná (Adapar) e
o Serviço Social da Indústria (Sesi).
A exposição acontece no dia 27, das
13h às 20h e no dia 28, das 8h às
18h. A entrada nesses estandes é
gratuita, sendo necessário apenas
um cadastro prévio no site do even-
to. Saiba mais: sindiavipar.com.br.
Utilização de geradores garanteenergia nos aviários
A energia elétrica é um dos
elementos fundamentais para a criação
de aves. Responsável especialmente pela
temperatura dentro dos aviários, sua
falta, apenas por alguns minutos, pode
ocasionar a perda total de uma produ-
ção, causando um grande prejuízo.
Para solucionar esse problema,
a Generac oferece geradores desenvolvi-
dos exclusivamente para a atividade aví-
cola, que operam em regime de emer-
gência e são acionados apenas na falta
de energia elétrica da concessionária.
Esses geradores são responsá-
veis pelo fornecimento de energia para
alimentar o bebedouro, sistemas de ven-
tilação e também aquecimento, quando
necessário. Além do funcionamento
com motor a diesel a Generac tem ge-
radores alimentados por gás natural, os
quais são conectados diretamente na
rede de gás sem a necessida de de rea-
bastecimento.
Conheça nossas linhas de fi-
nanciamento, FINAME, BNDES, Crédi-
to Rural, parcelamento em até 10 vezes
pelo Banco Santander, dentre outros. Para
mais informações entre em contato com a
Generac pelo telefone 0800 003 3010 ou
pelo site generacbrasil.com.br.
47sindiavipar.com.brSindiavipar
Dando prosseguimento ao
processo de expansão do Depar-
tamento de Nutrição e fazendo
valer a política de valorização do
funcionário, a Vaccinar contratou
o então Representante Comercial,
Antonio Guerreiro, no dia 2 de
maio, para o cargo de Assessor
Técnico Sênior (Aves). Experiente,
o profissional classifica a Vaccinar
como uma empresa comprometida
e que conhece muito bem o setor,
e, por isso, investe continuamente
em pessoas, pesquisa e tecnologia.
Zootecnista, com mes-
trado na área de nutrição e ali-
mentação animal, com concen-
tração em monogástrico (aves),
Guerreiro presta suporte técnico à
equipe comercial e, paralelamen-
te, atua no atendimento ao cliente
orientando-o quanto ao controle
de processos que englobam gran-
jas de produção e fábricas, ava-
liação da qualidade de matéria-
prima em estoque para produção
e formulação de rações. Para ele,
o investimento da empresa no de-
senvolvimento de equipes possi-
bilitou a construção de unidades
de produção com alta tecnologia
de onde saem produtos de ponta
diretamente para o mercado.
Vaccinar apresenta novoAssessor Técnico-Aves
Contribuir com a forma-
ção de futuros profissionais do se-
tor também é um compromisso da
Vetanco no Brasil. Foi muito gra-
tificante para a Vetanco receber o
convite do Centro Acadêmico para
participar da Semana Acadêmica
do Curso de Zootecnia da UDESC –
Campus de Chapecó (SC). O evento
aconteceu nos dias 17 a 19 de maio,
no Centro de Cultura e Eventos Plí-
nio Arlindo de Nês. Nesse evento,
os profissionais da Vetanco minis-
traram duas das cinco palestras que
fazem parte do programa.
No dia 17 (terça-feira), o
MSc. M.V. Marcelo Dalmagro,
Gerente Técnico da Vetanco, pa-
lestrou o tema: Nutrição e Coloni-
zação Neonatal de Aves e no dia
18 (quarta-feira), a palestra foi mi-
nistrada pelo Assistente Técnico –
Suínos, MSc. M.V. Rodrigo Grando
com o tema: Fatores de Risco Li-
gados ao Sistema Respiratório de
Suínos em Creche e Crescimento.
Acesse: vetanco.com.br
Profissionais da Vetanco palestram em semana acadêmica de Zootecnia da UDESC
48 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Para mais informações, acesse: sindiavipar.com.br
Estatísticas
PARANÁFRANGOEXPORTAÇÃO
Mês 2015 2016
Março 144.003.531 156.152. 728
Abril 133.053.028 148.268.092
Maio 134. 700.053 148.695. 478
Junho 141.389.316 156.488.439
Acumulado 800.767.785 893.841.082
Mês 2015 2016
Março 643.305 637.252
Abril 569.656 625.626
Maio 873.889 815.156
Junho 881.989 940.724
Acumulado 4.011.649 4.159.336
2016 kg US$
Março 150.240.880 205.536.685
Abril 156.074.610 218.697.410
Maio 134.972.562 201.338.385
Junho 151.988.534 228.241.820
Acumulado 810.457.511 1.153.746.078
2016 kg US$
Março 3.106.895 6.287.571
Abril 3.210.210 7.295.276
Maio 3.679.765 9.485.532
Junho 4.033.102 11.124.829
Acumulado 19.348.834 45.305.740
ABATE (cabeças)
PARANÁPERUABATE (cabeças) EXPORTAÇÃO
Fonte das tabelas: Sindiavipar / Secex
Participação do Paraná nas exportações do Brasil - Acumulado / kg
Principais destinos da carnede frango do Paraná - Acumulado / Ton
China 117,2 mi
Japão 58 mi
Áfricado Sul
66,3 mi
Emirados Árabes 58,6 mi
150,3 miArábiaSaudita
Paraná 810.457.511
35,65%
Brasil 2.272.795.152
Frango Sabor Caipira
SIP 0003-A | SISBIIvaiporã - frangocaipiraivaipora.com.br
PARANÁReferência em produção, exportação e sanidade avícola
Abatedouro CoroavesMaringá - coroaves.com.brSIF 2137
Avenorte Avícola Cianorte
SIF 4232Cianorte - guibon.com.br
JBS Foods
SIF 2677Jaguapitã - jbs.com.br
Agroindustrial Parati
SIF 2010Umuarama - agroparati.com.br
Agroindustrial ParatiRondon - agroparati.com.brSIF 3925
Frango DM
SIF 270Arapongas - frangoagosto.com.br
Frangos Pioneiro
SIF 1372Joaquim Távora - frangospioneiro.com.br
Jaguafrangos
SIF 2913Jaguapitã - jaguafrangos.com.br
Granjeiro Alimentos
SIF 4087Rolândia - frangogranjeiro.com.br
SIF 603
Unitá - Cooperativa CentralUbiratã - unitacentral.com.br
SIF 1876
Agroindustrial São JoséSanta Fé
JBS Foods
SIF 2227Jacarezinho - jbs.com.br
JBS FoodsRolândia - jbs.com.brSIF 1215
BRF
SIF 424Carambeí - brf-br.com
Noroeste Paranaense
Centro Ocidental Paranaense
Centro Oriental Paranaense
Sudoeste Paranaense
Norte Central Paranaense
Norte Pioneiro Paranaense
exportaçãogeral
exportaçãopara UE
Fábricade ração
Abatedouros Incubatóriosexportação para ChinaAbate Halal
SIF 664
Aurora AlimentosMandaguari - auroraalimentos.com.br
GTFoods
SIF 1860Paraíso do Norte - gtfoods.com.br
GTFoods
GTFoods
SIF 1880
SIF 3773
Paranavaí - gtfoods.com.br
Terra Boa - gtfoods.com.br
GTFoods
SIF 4166Maringá - gtfoods.com.br
Marco AviculturaTamarana
IntegraMaringá - unifrango.com
SIF 7777Santo Inácio – jbs.com.brJBS Foods
Granja Econômica AvícolaCarambeí - granjaeconomica.com.br
JBS Foods
SIF 530Lapa – jbs.com.br
Metropolitana de Curitiba
Coopavel Coop. Agroind.
SIF 3887Cascavel - coopavel.com.br
BRF
SIF 716Toledo - brf-br.com
Globoaves
SIF 1672Cascavel - globoaves.com.br
Oeste Paranaense
C. Vale Coop. Agroindustrial
SIF 3300Palotina - cvale.com.br
Coop. Agroindustrial Lar
SIF 4444Medianeira - lar.ind.br
Copacol Coop. Agroind. Consolata
SIF 516Cafelândia - copacol.com.br
Coop. Agroindustrial Copagril
SIF 797Mal. Cândido Rondon - copagril.com.br
Globoaves AgroavícolaCascavel - globoaves.com.br
Avícola CarminattiSanto Antônio do Sudoeste avicolacarminatti.com.br
BRF
SIF 1985Dois Vizinhos - brf-br.com
BRF
SIF 2518Francisco Beltrão - brf-br.com
Vibra Agroindustrial
SIF 3170Itapejara do Oeste - vibra.com.br
Vibra Agroindustrial
SIF 2212Pato Branco - vibra.com.br
DIP Frangos
SIF 2539Capanema - dipfrangos.com
Avícola Pato Branco Pato Branco - avicolapb.com.br
Granja RealPato Branco - granjareal.com.br
Gralha Azul AvícolaFrancisco Beltrão - gaa.com.br
Pluma AgroavícolaDois Vizinhos - plumaagroavicola.com.br
JBS Foods
SIF 2694C. Mourão - jbs.com.br
sindiavipar.com.br facebook.com/sindiavipar
Capanema - dipfrangos.com