história da virtualização

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História da virtualização A virtualização foi desenvolvida na década de 1960 para criar partições dos hardwares grandes de mainframe a fim de obter uma melhor utilização. Hoje, os computadores baseados na arquitetura x86 enfrentam os mesmos problemas de rigidez e subutilização dos mainframes dos anos 60. A VMware criou a virtualização para a plataforma x86 nos anos 90 para solucionar a subutilização e outros problemas, superando muitos desafios no processo. Hoje, a VMware é líder global em virtualização de x86, com mais de 480,000 clientes, incluindo 100% da lista Fortune 100. No início: virtualização de mainframe A virtualização foi implementada há mais de 30 anos pela IBM como forma de criar partições lógicas dos computadores mainframe em máquinas virtuais separadas. Essas partições permitiam que os mainframes executassem várias tarefas, ou seja, vários aplicativos e processos ao mesmo tempo. Como os mainframes eram recursos caros naquela época, eram projetados para o particionamento como forma de aproveitar totalmente o investimento. A necessidade da virtualização x86 A virtualização foi abandonada durante as décadas de 80 e 90, quando os aplicativos cliente-servidor e os desktops e servidores x86 baratos levaram a uma computação distribuída. A ampla adoção do Windows e o surgimento do Linux como sistema operacional de servidor nos anos 90 estabeleceram os servidores x86 como padrão do setor. O crescimento das implantações de servidores e desktops x86

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Page 1: História da virtualização

História da virtualização

A virtualização foi desenvolvida na década de 1960 para criar

partições dos hardwares grandes de mainframe a fim de obter uma melhor

utilização. Hoje, os computadores baseados na arquitetura x86 enfrentam os

mesmos problemas de rigidez e subutilização dos mainframes dos anos 60. A

VMware criou a virtualização para a plataforma x86 nos anos 90 para

solucionar a subutilização e outros problemas, superando muitos desafios no

processo. Hoje, a VMware é líder global em virtualização de x86, com mais

de 480,000 clientes, incluindo 100% da lista Fortune 100.

No início: virtualização de mainframe

A virtualização foi implementada há mais de 30 anos pela IBM como

forma de criar partições lógicas dos computadores mainframe em máquinas

virtuais separadas. Essas partições permitiam que os mainframes executassem

várias tarefas, ou seja, vários aplicativos e processos ao mesmo tempo. Como

os mainframes eram recursos caros naquela época, eram projetados para o

particionamento como forma de aproveitar totalmente o investimento.

A necessidade da virtualização x86

A virtualização foi abandonada durante as décadas de 80 e 90,

quando os aplicativos cliente-servidor e os desktops e servidores x86 baratos

levaram a uma computação distribuída. A ampla adoção do Windows e o

surgimento do Linux como sistema operacional de servidor nos anos 90

estabeleceram os servidores x86 como padrão do setor. O crescimento das

implantações de servidores e desktops x86 levou a novos desafios

operacionais e de infraestrutura de TI. Esses desafios incluem:

Pouca utilização da infraestrutura.As implantações típicas de servidor x86 alcançam uma média de

utilização de apenas 10% a 15% da capacidade total, de acordo com a

IDC (International Data Corporation), uma empresa de pesquisa de

mercado. As organizações normalmente executam um aplicativo por

servidor para evitar o risco de as vulnerabilidades de um aplicativo

afetarem a disponibilidade de outro no mesmo servidor.

Aumento dos custos da infraestrutura física.

Page 2: História da virtualização

Os custos operacionais para oferecer suporte à crescente infraestrutura

física tiveram um aumento constante. A maior parte da infraestrutura

computacional deve permanecer em operação o tempo todo, resultando

em custos de consumo de energia, refrigeração e instalações invariáveis

com os níveis de utilização.

Aumento dos custos de gerenciamento de TI.À medida que os ambientes de computação ficam mais complexos,

aumentam o nível de conhecimento especializado e a experiência

exigidos da equipe de gerenciamento da infraestrutura e os custos

associados a ela. As organizações gastam tempo e recursos

desproporcionais em tarefas manuais associadas à manutenção de

servidor e, portanto, exigem mais pessoas para concluir essas tarefas.

Proteção insuficiente contra desastres e failover.As organizações são cada vez mais afetadas pelo tempo de inatividade

dos aplicativos de servidor essenciais e pela inacessibilidade de

desktops importantes para os usuários finais. A ameaça de ataques de

segurança, os desastres naturais, as pandemias e o terrorismo elevaram

a importância do planejamento da continuidade de negócios para

desktops e servidores.

Desktops de usuário final com alta manutenção. O gerenciamento e a segurança de desktops corporativos apresentam

inúmeros desafios. O controle de um ambiente de desktop distribuído e

a aplicação de políticas de gerenciamento, acesso e segurança, sem

minar a capacidade do usuário de trabalhar de fato, constituem

operações complexas e caras. Vários patches e upgrades devem ser

continuamente aplicados aos ambientes de desktop para eliminar as

vulnerabilidades de segurança.

A solução da VMware: virtualização completa do hardware x86

Em 1999, a VMware lançou a virtualização nos sistemas x86 para

lidar com muitos desses desafios e transformar os sistemas x86 em uma

infraestrutura de hardware compartilhada de uso geral que oferecesse

Page 3: História da virtualização

isolamento total, mobilidade e escolha do sistema operacional para os

ambientes de aplicativos.

Desafios e obstáculos da virtualização x86

Ao contrário dos mainframes, as máquinas x86 não foram projetadas

para oferecer suporte total à virtualização, e a VMware teve que superar

desafios formidáveis para criar máquinas virtuais fora dos computadores x86.

A função básica da maioria das CPUs, em mainframes e PCs, é

executar uma sequência de instruções armazenadas (isto é, um programa de

software). Nos processadores x86, existem 17 instruções específicas que

geram problemas quando virtualizadas, causando a exibição de um aviso no

sistema operacional, encerramento do aplicativo ou colapso total.

Consequentemente, essas 17instruções foram um obstáculo significativo para

a implementação inicial da virtualização de computadores x86.

Para lidar com as instruções problemáticas na arquitetura x86, a

VMware desenvolveu uma técnica de virtualização adaptada que "engana"

essas instruções à medida que são geradas, converte-as em instruções

seguras que podem ser virtualizadas e, ao mesmo tempo, permite que todas as

outras instruções sejam executadas sem intervenção. O resultado é

uma máquina virtual de alto desempenho que corresponde ao hardware do

host e mantém a compatibilidade de software total. A VMware foi pioneira

nessa técnica e hoje é líder indiscutível em tecnologia de virtualização.

http://www.vmware.com/br/virtualization/virtualization-basics/history.html, pesquisa realizada em 30032013, 16:47

SIMPLIFICAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE TI

Os processos de gerenciamento da TI devem mudar à medida que a

infraestrutura se torna mais flexível e semelhante à nuvem. Ferramentas e

processos tradicionais projetados para infraestruturas físicas estáticas e

isoladas não fornecem a automação e o controle necessários para ambientes

virtualizados e infraestruturas em nuvem naturalmente dinâmicos.

 

Com base na visão do setor e liderança em virtualização e

infraestrutura em nuvem, nossas soluções de gerenciamento são criadas para

Page 4: História da virtualização

ambientes dinâmicos, a fim de transformar substancialmente o modo como as

organizações gerenciam a área de TI e fornecem serviços. Nossa abordagem

possibilita uma infraestrutura sem intervenção humana, com a automação

incorporada e o controle baseado em políticas necessárias para implantar um

modelo de autoatendimento.

 As soluções de gerenciamento de nuvem e virtualização da VMware

simplificam o modo como a TI é gerenciada, agilizando o fornecimento de

serviços de TI, aumentando a eficiência operacional, garantindo

automaticamente a conformidade e reduzindo os riscos comerciais.

Soluções de gerenciamento de nuvem e virtualização da VMware

Como líder reconhecida em virtualização, a VMware está posicionada

com exclusividade para aproveitar essa base para criar uma nova variedade de

soluções projetadas especificamente para ambientes dinâmicos, virtualizados e

em nuvem. Essas novas soluções substituem processos manuais deficientes

com automação orientada por políticas e fornecem gerenciamento de TI como

uma parte intrínseca do sistema, e não como algo secundário.

Inicialmente, a VMware simplificou a complexidade da infraestrutura por

meio da virtualização. Agora, ela está simplificando a complexidade do gerenciamento

de TI com soluções de gerenciamento de última geração. As soluções de

Page 5: História da virtualização

gerenciamento de nuvem e virtualização da VMware destinam-se a ambientes

dinâmicos para mudar fundamentalmente o modo como as organizações gerenciam a

área de TI e fornecem serviços, ajudando os clientes a obter:

Automação sem intervenção humana

Garantia de serviço orientada por políticas

Gerenciamento e interoperabilidade entre nuvens

A base do VMware vSphere e do VMware vCloud Director possibilita

uma infraestrutura sem intervenção humana, com a automação incorporada e o

controle baseado em políticas necessários para implantar um modelo de

autoatendimento e fornecer a TI como serviço. Eliminamos a complexidade do

gerenciamento, aumentando a eficiência operacional, melhorando a agilidade

no fornecimento dos serviços e reduzindo os riscos comerciais.

Automação sem intervenção humana

O gerenciamento de nuvem e virtualização da VMware possibilita

uma infraestrutura sem intervenção humana, que otimiza a eficiência

operacional com automação incorporada para que o uso da infraestrutura

virtual e em nuvem seja melhor e mais inteligente. Em modelos tradicionais, o

gerenciamento era fornecido como algo secundário, incorporado em cada silo

de dispositivos, resultando em uma complexidade cada vez maior:

gerenciamento caro, fragmentado e trabalhoso. Com o gerenciamento de

nuvem e virtualização da VMware, a automação sem intervenção humana foi

projetada em cada camada de arquitetura da infraestrutura de TI.

Garantia de serviço orientada por políticas

As soluções de gerenciamento de nuvem e virtualização da VMware

garantem conformidade e desempenho face às crescentes expectativas de

nível de serviço e às rápidas mudanças, fornecendo autoatendimento com

controle. As ferramentas de gerenciamento tradicionais pressupõem vínculos

rígidos e estáticos em toda a pilha: do aplicativo ao sistema operacional, ao

servidor, ao armazenamento e à rede, resultando em design frágil, baixo

desempenho, paralisações frequentes e sensibilidade a mudanças. Com a

Page 6: História da virtualização

virtualização e a computação em nuvem, os aplicativos se tornam móveis e

devem ser gerenciados separadamente da infraestrutura subjacente.

Gerenciamento e interoperabilidade entre nuvens

O gerenciamento de nuvem e virtualização da VMware garante

liberdade de escolha por meio da interoperabilidade de gerenciamento com

parceiros de ecossistema e interoperabilidade de nuvens entre provedores de

serviços, usando uma abordagem aberta e baseada em padrões.

http://www.vmware.com/br/solutions/datacenter/virtualization-management.html,

ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL “LAURO GOMES”

ENSINO TÉCNICO - QUÍMICA

COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Page 7: História da virtualização

SÃO BERNARDO

2010

ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL “LAURO GOMES”

ENSINO TÉCNICO - QUÍMICA

COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Turma: 2º F

Amanda Martins Jordão 03

Giselaine Alves dos Santos 18

SÃO BERNARDO

2010

INTRODUÇÃO 4

1 – DEFINIÇÃO 5

2 – HISTÓRIA 7

3 – GRID x NUVEM 8

4 – COMPONENTES 9

4.1 – Virtualização 9

4.2 – Serviços Básicos da Internet 10

4.3 – Modelo Pay-per-use 11

4.4 – Software Livre 12

5- ARQUITETURA 13

Page 8: História da virtualização

5.1 – Atores 13

5.2 – Camadas 14

REFERÊNCIAS 15

CONCLUSÃO 16

Page 9: História da virtualização

INTRODUÇÃO

Essa seção tem o objetivo de introduzir o tema de computação nas

nuvens, apresentando a definição do termo, sobre a qual ainda há muitas

controvérsias, e a uma breve história desse novo paradigma da computação.

Nas seções seguintes, é realizada uma comparação entre um grid e uma

nuvem, e são mostrados os componentes principais, os elementos

da arquitetura, as vantagens e os desafios enfrentados e as pesquisas atuais

da área.

1 – DEFINIÇÃO

O termo computação nas nuvens (do inglês cloud computing) está

associado a um novo paradigma na área de computação. Basicamente, esse

novo paradigma tende a deslocar a localização de toda a infraestrutura

computacional para a rede. Com isso, os custos de software e principalmente

de hardware podem ser consideravelmente reduzidos.

Embora este assunto esteja sendo amplamente discutido nos dias

de hoje, ainda não há uma definição completa do termo. Na literatura, podemos

encontrar uma infinidade de definições que em algumas vezes podem ser

semelhantes, e em outras podem apresentar conceitos diferentes. Por

exemplo, alguns autores defendem que a escalabilidade e o uso otimizado dos

recursos são características chave da computação nas nuvens, enquanto

outros discordam, afirmando que esses elementos não são características, e

sim requerimentos de uma infraestrutura que suporta esse novo paradigma da

computação.

A definição universal que foi elaborada considera principalmente três

conceitos: virtualização, ou seja, a criação de ambientes virtuais para os

usuários, escondendo as características físicas da plataforma

computacional; escalabilidade, que diz respeito à capacidade de aumento ou

redução do tamanho dos ambientes virtuais, caso seja necessário; e, por

último, modelo pay-per-use, em que o usuário só paga por aquele serviço que

consome. Essa definição encontra-se a seguir:

Page 10: História da virtualização

“Computação nas Nuvens, como o próprio nome sugere, engloba as

chamadas nuvens, que são ambientes que possuem recursos (hardware,

plataformas de desenvolvimento e/ou serviços) acessados virtualmente e de

fácil utilização. Esses recursos, devido à virtualização, podem ser

reconfigurados dinamicamente de modo a se ajustar a uma determinada

variável, permitindo, assim, um uso otimizado dos recursos. Esses ambientes

são, em geral, explorados através de um modelo pay-per-use.”

De modo que a infraestrutura computacional se localize na rede, os

aplicativos e os dados dos computadores pessoais e portáteis são movidos

para grandes centros de processamento de dados, mais conhecidos como data

centers. Os sistemas de hardware e software presentes nos data

centers provêem aplicações na forma de serviços na Internet. Cria-se, assim,

uma camada conceitual que esconde a infraestrutura e todos os recursos, mas

que apresenta uma interface padrão que disponibiliza uma infinidade de

serviços. Uma vez que o usuário consiga se conectar a Internet, ele possui

todos os recursos a sua disposição, sugerindo um poder e uma capacidade

infinita.

Figura 1. A nuvem é uma camada conceitual que engloba todos os serviços

disponíveis, abstraindo toda a infraestrutura para o usuário.

Page 11: História da virtualização

Em suma, podemos destacar três principais aspectos que são novos

na computação nas nuvens, em relação aos modelos anteriores:

A ilusão da disponibilidade de recursos infinitos, ilimitados: o conceito da

nuvem sugere que o usuário tem em suas mãos toda a Internet e os seus

serviços;

A eliminação de um comprometimento com antecedência por parte dos

usuários: uma empresa pode começar usando poucos recursos de hardware,

e, à medida que for crescendo, ou seja, à medida que for necessário, pode ir

aumentando a quantidade de recursos usados, sem que haja um

comprometimento anterior em relação a essa quantidade; a escalabilidade é

uma das características responsáveis por esse aspecto;

A habilidade de pagar pelo uso dos recursos à medida que eles são

utilizados: o modelo pay-per-use pode usar, por exemplo, uma métrica de

processadores por hora, ou de armazenamento por dia, para cobrar pelos

serviços; isso permite que os recursos sejam liberados caso não sejam

utilizados, evitando um consumo desnecessário.

2 – HISTÓRIA

O conceito de disponibilizar serviços de software e hardware por

uma rede global não é novo. Já podemos encontrar raízes desse conceito na

década de 60, quando Joseph Carl Robnett Licklider, um dos responsáveis

pelo desenvolvimento da ARPANET (Advanced Research Projects Agency

Network), já havia introduzido a ideia de uma rede de computadores

intergaláctica. A sua visão era a de que todos deveriam estar conectados entre

si, acessando programas e dados de qualquer site e de qualquer lugar.

Ainda na década de 60, John McCarthy, um famoso e importante

pesquisador da área da informática, propôs a ideia de que a computação

deveria ser organizada na forma de um serviço de utilidade pública, em que

uma agência de serviços o disponibilizaria e cobraria uma taxa para seu uso.

Page 12: História da virtualização

Porém, um dos primeiros marcos para a computação nas nuvens só

apareceu em 1999, com o surgimento da Salesforce.com, a qual foi a pioneira

em disponibilizar aplicações empresariais através da Internet. A partir de então,

o termo “computação nas nuvens” passou a ganhar mais espaço, e outras

empresas também começaram a investir nessa área, como a Amazon, a

Google, a IBM e a Microsoft. A seção de Pesquisa e

Desenvolvimento apresenta mais informações referentes aos projetos dessas

empresas.

3 – GRID x NUVEM

Um grid é um sistema que coordena recursos que não estão sujeitos

a um controle centralizado, usando protocolos e interfaces de maneira a

garantir um nível elevado de qualidade de serviço. Dessa forma, a computação

nas nuvens e a computação em grid compartilham alguns objetivos similares,

como reduzir os custos de computação e aumentar a flexibilidade ao usar

hardware operado por terceiros. Porém, apesar do que pode parecer, eles

diferem em alguns pontos cruciais, os quais devem ser claramente

esclarecidos. Alguns desses pontos mais importantes são apresentados a

seguir.

1. Alocação dos recursos: enquanto a computação em grid realiza um

compartilhamento por igual dos recursos entre os usuários, a computação

nas nuvens só aloca um recurso a um determinado usuário caso ele queira

usá-lo; logo, isso sugere a ideia de que o recurso é totalmente dedicado

àquele usuário; além disso, não ocorre propriamente um compartilhamento

de recursos na computação nas nuvens, devido ao isolamento realizado

através da virtualização;

2. Virtualização: ambos realizam a virtualização de dados e aplicativos,

escondendo a heterogeneidade dos recursos existentes; todavia, a

computação nas nuvens também possui a virtualização dos recursos de

hardware;

Page 13: História da virtualização

3. Plataformas e dependências: as nuvens permitem que os usuários usem

softwares independentes de um determinado domínio; ou seja, os

softwares rodam em ambientes customizados, e não padronizados;

os grids, ao contrário, só aceitam aplicações que sejam executáveis em

seu sistema (aplicações que sejam “gridified”);

4. Escalabilidade: tanto os grids como as nuvens lidam com as questões de

escalabilidade; nos grids, o usuário manualmente habilita a escalabilidade

através do aumento do número de nós utilizados; nas nuvens, por outro

lado, a escalabilidade é automática, requerendo uma reconfiguração que

seja dinâmica.

Já existem algumas abordagens que combinam grids e nuvens em um

mesmo sistema. Porém, na computação nas nuvens, o elevado nível de

abstração para o usuário permite a existência de somente um conjunto

limitado de recursos explícitos, o que pode restringir consideravelmente a

capacidade dos grid.

4 – COMPONENTES

Os principais componentes sobre os quais a computação nas

nuvens se baseia não são ideias ou conceitos novos, mas sim tendências que

já haviam sido previamente estabelecidas. Portanto, com base nesses

componentes, a computação nas nuvens não é algo novo. Porém, por outro

lado, ela é inovadora no sentido de reunir todos esses componentes em uma

infraestrutura maior com características singulares.

OS PRINCIPAIS COMPONENTES SERÃO APRESENTADOS A SEGUIR.

4.1. Virtualização

Um dos componentes chave da computação nas nuvens é a

virtualização. A virtualização diz respeito à criação de ambientes virtuais,

conhecidos como máquinas virtuais, a fim de abstrair as características físicas

do hardware. As máquinas virtuais, por exemplo, podem ser usadas para

Page 14: História da virtualização

emular diversos sistemas operacionais em uma única plataforma

computacional. Assim, forma-se uma camada de abstração dos recursos dessa

plataforma, alocando-se um hardware virtual para cada sistema.

Na computação nas nuvens, os data centers provêem uma rede de

serviços que são utilizados à medida que são requeridos. Logo, a distribuição

desses serviços entre os usuários pode ser rapidamente alterada, o que exige

um suporte para tal dinamismo. A virtualização é o componente responsável

pela característica dinâmica dos data centers. Ou seja, ela permite que os

ambientes virtuais de cada usuário possam ser ampliados ou reduzidos

dinamicamente de maneira a atender aos recursos solicitados. A escalabilidade

está diretamente relacionada com essa característica: os recursos são

facilmente escaláveis graças a esse dinamismo. É importante verificar que,

com a virtualização, as aplicações e os serviços podem ser desenvolvidos e

implantados sem que haja a preocupação em relação à camada física dos

servidores. As máquinas virtuais são ditas serem as interfaces de mínimo

denominador comum entre os prestadores de infraestrutura e os

desenvolvedores.

É válido lembrar que a quantidade de data centers presentes na

nuvem é muito grande. Logo, a virtualização ajuda a criar uma camada de

abstração que engloba todos esses data centers, evitando que eles sejam

tratados como sistemas discretos, o que impediria a alocação dinâmica dos

recursos.

Dois tipos de virtualização devem ser suportados na computação

nas nuvens: Paravirtualização, que permite que um único servidor físico possa

ser tratado como diversos servidores virtuais, e clustering, que permite que

múltiplos servidores físicos possam ser tratados como um único servidor virtual.

A Figura 2 apresenta ambos os tipos de virtualização (os servidores virtuais

estão representados através das linhas pontilhadas).

Page 15: História da virtualização

Figura 2. Há dois tipos de virtualização que devem ser suportados na

computação nas nuvens: (a) paravirtualização e (b) clustering.

4.2. Serviços Baseados na Internet

A questão de como fornecer as aplicações e os recursos para todos

os usuários conectados às nuvens é resolvida através da utilização de serviços

baseados na Internet (do inglês Internet-based services), ou seja, serviços que

ficam disponíveis pela Internet. Muitas organizações empresariais já utilizavam,

e ainda utilizam aplicações com interfaces na Internet direcionadas não só aos

seus consumidores, como também aos seus funcionários e sócios, por

exemplo. Como esses serviços podem ser acessados de qualquer lugar e a

qualquer hora, dependendo somente de uma conexão de boa qualidade com a

Internet, eles tornaram-se elementos fundamentais para a computação nas

nuvens.

Os serviços que as empresas utilizam em seu cotidiano, em geral,

usam o protocolo criptografado SSL (Secure Socket Layer), em conjunto com

uma autenticação forte, a fim de garantir a segurança das comunicações.

Entretanto, quando se trata de computação nas nuvens, o assunto deve ser

analisado com um maior cuidado. Alguns prestadores de serviços, por

exemplo, não oferecem a criptografia dos dados. Além disso, quando se usa

criptografia, a grande questão é quem fica responsável pelo gerenciamento das

Page 16: História da virtualização

chaves. É importante lembrar que a quantidade de usuários conectados uma

nuvem é muito grande, e questões de segurança tornam-se essenciais. A

sessão de vantagens e desafios apresenta o tema da segurança em

computação nas nuvens com maiores detalhes.

4.3. Modelo Pay-per-use

A computação nas nuvens trabalha sobre o modelo pay-per-

use (também conhecido como pay-as-you-go), que remove o

comprometimento, por parte do usuário, de reservar por uma quantidade exata

de recursos. Como o próprio nome já diz, o usuário paga por aquilo que usa, ou

seja, se for necessário, ele tem a possibilidade de aumentar a quantidade de

recursos reservados sem grandes esforços. Com isso, uma aplicação pode

existir por apenas alguns minutos, como também pode existir por um tempo

muito mais longo, provendo serviços aos usuários. A cobrança é baseada no

consumo dos recursos, como, por exemplo, a quantidade de horas utilizadas

de CPU e o volume de dados armazenados.

A virtualização é a principal responsável pela possibilidade de uso

desse modelo. Graças a ela, os recursos são facilmente escaláveis – os

ambientes virtuais podem ser rapidamente ampliados, reduzidos e copiados –,

como já foi explicado anteriormente. Além disso, o custo desses ambientes não

é grande devido ao fato de eles poderem coexistir nos mesmos servidores

físicos.

Uma consequência muito importante do modelo pay-per-use é a

redução dos riscos de subutilização e de saturação. A subutilização está

relacionada ao fato de usar uma quantidade menor de recursos do que a que

foi reservada a priori. Isso acaba gerando recursos que não são consumidos e

que, portanto, ficam ociosos. A saturação ocorre quando há um excesso de

utilização sobre os recursos reservados, o que pode gerar serviços mais lentos

e baixas qualidades de serviço, prejudicando os usuários. Como no

modelo pay-per-use o usuário paga somente por aquilo que consome,

reservando, portanto, somente o necessário, essas questões são evitadas.

4.4. Software Livre

Page 17: História da virtualização

O software livre (open-source) desempenha um papel muito

importante na computação nas nuvens [SUN 2009a]. Ele permite que os

elementos básicos, como as imagens de máquinas virtuais, sejam criados a

partir de ferramentas que são facilmente acessíveis. Dessa forma, o

desenvolvimento das aplicações nas nuvens fica mais simples de ser realizado

e mais bem difundido. Conseqüentemente, a quantidade de componentes

criados tende a aumentar, facilitando o nível sobre o qual os desenvolvedores

programam nas nuvens.

Um exemplo claro dessa importância é o Hadoop, uma

implementação de código aberto do MapReduce. O MapReduce é um

arcabouço desenvolvido pela Google cujo objetivo é permitir a execução de um

programa em paralelo. No ambiente da computação nas nuvens, havia a

necessidade de se implementar um algoritmo similar ao MapReduce, a fim de

haver execuções de um conjunto de dados usando paralelismo. Essa

necessidade automaticamente impulsionou o desenvolvimento do Hadoop, que

hoje está sendo amplamente usado nas nuvens por diversos programadores.

Ferramentas como essa ajudam e incentivam o desenvolvimento de novas

ferramentas e aplicação nas nuvens.

5 – ARQUITETURA

Os elementos principais da arquitetura sobre a qual a computação

nas nuvens se baseia encontram-se mais bem explicados a seguir.

5.1. Atores

A computação nas nuvens é composta por três atores principais: os

prestadores de serviços, mais conhecidos como SPs (do inglês Service

Providers), os usuários dos serviços e os prestadores de infraestrutura, mais

conhecidos como IPs (do inglês Infrastructure Providers). Os SPs são aqueles

que desenvolvem e deixam os serviços acessíveis aos usuários através de

interfaces baseadas na Internet. Esses serviços, por sua vez, necessitam de

uma infraestrutura sobre a qual estarão instalados; essa infraestrutura é

fornecida na forma de um serviço pelos IPs. A Figura 3 demonstra essa relação

entre os atores.

Page 18: História da virtualização

Figura 3. Os prestadores de serviços possuem uma relação de

desenvolvimento e gerenciamento com a interface da infraestrutura e com os

serviços; os usuários, por sua vez, são aqueles que utilizam os serviços

instalados na infraestrutura.

5.2. Camadas

A arquitetura da computação nas nuvens pode ser dividida em três

camadas abstratas. A camada de infraestrutura é a camada mais baixa. É

através dela que os prestadores de infraestrutura disponibilizam os serviços de

rede e armazenamento da nuvem. Dessa forma, fazem parte dela servidores,

sistemas de armazenamento, como os data centers, e roteadores, por

exemplo. A camada de plataforma possui uma abstração mais elevada e provê

serviços para que as aplicações possam ser desenvolvidas, testadas,

implantadas e mantidas no ambiente da nuvem pelos prestadores de serviços.

Finalmente, a camada de aplicação é a de mais alto nível de abstração, e

aquela que oferece diversas aplicações como serviços para os usuários.

Page 19: História da virtualização

Figura 4. Os principais atores que estão relacionados com as camadas de

aplicação, de plataforma e de infraestrutura são, respectivamente, os usuários,

os prestadores de serviços e os prestadores de infraestrutura.

É importante lembrar que a nuvem esconde toda a infraestrutura

para o usuário. O elemento Interface da Infraestrutura é o responsável por

fazer a ligação entre a infraestrutura e os prestadores de serviços. É através

dele que tanto a infraestrutura como a plataforma é oferecida como serviços,

de modo que haja o desenvolvimento das aplicações que serão

disponibilizadas aos usuários.

REFERÊNCIAS

1. http://www.google.com.br/2. http://www.gta.ufrj.br/ensino/eel879/trabalhos_v1_2009_2/seabra/

introducao.html

CONCLUSÃO

A navegação em nuvem tem vantagens plausíveis, quando

relacionada a Sistemas Operacionais, sendo de mais fácil acesso e de baixo

custo. Ela não precisa de computadores potencializados para funcionar. Basta

que o mesmo possua acesso à rede.

Page 20: História da virtualização

Todos os programas que um Sistema Operacional pode oferecer a

computação em nuvem também oferece, com uma área mais abrangente e

sem ocupar mais espaço em um HD. Além de proporcionar mais facilidades

para o usuário que poderá estar em contato com os seus arquivos de qualquer

lugar que contenha Web, também torna mais seguro o armazenamento dos

seus arquivos desde que não haja risco de perdas por inutilidade do micro.

Mesmo sendo bastante recomendada, a navegação em nuvem

ainda é uma tecnologia em fase de desenvolvimento.

http://www.ebah.com.br/content/ABAAABO40AD/computacao-nuvem,