pim ii - virtualização

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UNI INTERATIVA PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA VIRTUALIZAÇÃO Polo Jaguaré 2013

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Page 1: PIM II - Virtualização

UNI INTERATIVA PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA

VIRTUALIZAÇÃO

Polo Jaguaré

2013

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UNIP INTERATIVA Projeto Integrado Multidisciplinar Cursos Superiores de Tecnologia

VIRTUALIZAÇÃO

Nome: Adeilde Aparecida Correia Souza RA: 1311325 Curso: Gestão da Tecnologia da Informação 1º Semestre

Polo Jaguaré

2013

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2

RESUMO

A virtualização como conceito não é novidade, já que ambientes computacionais

virtualizados existem desde os primeiros sistemas mainframe. No entanto,

recentemente o termo “virtualização” se tornou comum nos ambientes de trabalho,

pois todos se referem a ela de forma excessiva, porém nem sempre seu uso é

contextualizado de forma correta e aplicável. O atual desafio enfrentado pela

tecnologia da informação é o de continuar produzindo sistemas menores, mais leves

e mais rápidos e, ao mesmo tempo, encontrar melhores meios de gerenciar as

complexidades das tecnologias computacionais. A indústria direciona um grande

esforço à segurança e ao gerenciamento de informações e de dispositivos para a

produção de sistemas mais flexíveis, de modo a torná-los disponíveis aos usuários a

qualquer tempo, em qualquer lugar. Este trabalho tem como principal objetivo

apresentar as vantagens e desvantagens de um ambiente virtualizado.

Palavras-Chave: Complexidade, Gerenciamento, Segurança, Virtualização, Sistema

Operacional, Servidores, Thin Client, Sustentabilidade.

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3

ABSTRACT

Virtualization as a concept is not new, since there are virtualized computing

environments from the early mainframe systems. However, recently the term

"virtualization" has become common in the workplace, as everyone refers to it

excessively, but their use is not always contextualized in a correct and applicable.

The current challenge faced by information technology is to continue producing

systems smaller, lighter and faster, and at the same time, find better ways to manage

the complexities of computer technology. The industry directs a great effort to safety

and the management of information and devices for the production of more flexible in

order to make them available to users anytime, anywhere. This work has as main

goal to present the advantages and disadvantages of a virtualized environment.

Keywords: Complexity, Management, Security, Virtualization, Operating System,

Servers, Thin Client, Sustainability.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 5

2. METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO ....................................................................... 7

2.1. IMPLEMENTAÇÃO E IMPLANTAÇÃO ......................................................................... 10

2.1.1. ESTUDO DE CASO .......................................................................................................... 13

2.2. TECNOLOGIA ........................................................................................................................ 14

2.2.1. OS BENEFÍCIOS DA VIRTUALIZAÇÃO ................................................................... 14

2.2.2. AMBIENTE DE TRABALHO .......................................................................................... 15

2.2.2.1. VIRTUALIZAÇÃO DE SERVIDORES ..................................................................... 15

3. CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 16

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 17

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1. Introdução

A virtualização de plataformas pode ser definida como a criação de um

sistema computacional logicamente segmentado, que funciona em uma base real.

As plataformas virtuais são vistas pelo usuário e funcionam como se fossem

computadores físicos. Uma vez que são abstratas e divididas, a partir de bases

ocultas e delas mesmas, as plataformas virtuais são facilmente transportáveis e

robustas para simplificar a complexidade e, dessa forma, aumentam a segurança.

A virtualização é uma forma de criar sistemas menos complexos, que

dividem os subconjuntos de sistemas em dispositivos mais gerenciáveis. Além disso,

essa medida pode proporcionar mais segurança ao sistema, à rede e aos

aplicativos, pois isola subsistemas potencialmente vulneráveis de sistemas

subjacentes e de outras plataformas virtuais.

O conceito de virtualização inclui todas as camadas da plataforma – desde

aplicativos e sistemas operacionais a componentes, processadores e interconexões

da plataforma, isto abre espaço para futuros dispositivos poderosos, autônomos e

confiáveis. Em uma definição livre, virtualização é o processo de executar vários

sistemas operacionais em um único equipamento. Uma máquina virtual é um

ambiente operacional completo que se comporta como se fosse um computador

independente. Com a virtualização, um servidor pode manter vários sistemas

operacionais em uso. Também é possível separar o sistema operacional da

aplicação.

De carona na onda da consolidação de servidores, a virtualização é um

conceito que começou a chamar a atenção das empresas há alguns anos. Até

então, era uma prática comum entre as empresas, como ainda é em muitos casos,

utilizar servidores separados para hospedar aplicações críticas, como servidores de

e-mail, bancos de dados e softwares de gestão.

Em artigo publicado em 1º de agosto de 2006 pelo site IDG Now!, Site

especializado em tecnologia da informação consta que;

“Apesar dos ganhos em administração, energia e espaço,

este modelo trazia uma desvantagem fundamental em

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6

relação à infraestrutura descentralizada: se todas as

aplicações da sua empresa rodam sobre um único

hardware, isso significa que se ele quebrar, tudo para.

Além disso, as aplicações de uma empresa nem sempre

rodam sobre a mesma plataforma; muitas vezes exigem

sistemas operacionais diferentes ou mesmo versões

distintas de um mesmo sistema.” ¹

A virtualização pode dar as empresas e a seus funcionários mais liberdade,

além de permitir que seus departamentos de TI administrem os usuários remotos de

modo mais eficiente. Não é apenas a virtualização que é importante, também é

necessário possuir ferramentas de gerenciamento para executar as máquinas e da

habilidade para executar a ampla seleção de aplicativos e os serviços de

infraestrutura dos quais sua empresa depende.

E quanto à segurança? Este é na verdade o grande desafia da virtualização,

garantir total segurança dos dados bem como do fluxo de informações, manter

estável toda a cadeia. Mas será que empresas e seus gestores de TI estão

devidamente preparados para a virtualização? Para John Burke, analista da

Nemertes Research, em artigo da Computerworld, não, pois apenas uma parcela de

tudo que já foi virtualizado pelas empresas está realmente em um ambiente seguro.

As empresas podem estar colocando em risco toda a sua estrutura de virtualização

devido a medidas inadequadas de gestão de segurança, muitas vezes para

privilegiar usuários pouco eficientes. Além disso, o custo de implantação de soluções

eficazes normalmente é muito elevado, levando a busca de soluções mais baratas e

que não atendam os requisitos de segurança exigidos. A virtualização por si só, já é

um grande desafio para as empresas e, implementar políticas de segurança em

ambientes virtualizados é ainda mais difícil.

De acordo com o post publicado pela revista eletrônica Olhar Digital em 04

de julho de 2012;

“Uma mudança bem sucedida para um datacenter

virtualizado exige que as metas de redução de custos e

de alta disponibilidade sejam atingidas. Orçamentos

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apertados significam atualmente equipes reduzidas e

recursos limitados nos departamentos de TI; e a redução

de custos só pode ser percebida se o período de atividade

das aplicações permanecer o mais longo possível. Para

uma empresa típica, o objetivo de tempo de recuperação

(Recovery Time Objective – RTO, o máximo admissível

que uma aplicação essencial para os negócios pode ficar

inativa) é menos de uma hora. Em alguns casos, não

mais que alguns minutos podem ser tolerados porque o

período de inatividade pode significar milhões de dólares

em receitas perdidas ou queda de produtividade dos

profissionais [...]. Ponderando todos esses desafios,

podemos concluir que atualmente o risco de inatividade

de aplicações críticas para os negócios impedem muitas

empresas de explorar todos os benefícios da

virtualização.” ²

O principal objetivo deste trabalho é apresentar comparações entre as

disciplinas cursadas no 2º bimestre do Curso de Gestão da Tecnologia da

Informação e o conceito de virtualização no ambiente de TI das empresas, usando

como base artigo da revista Computerworld, “Virtualização reduz em 60% custos de

energia na Univen”, publicado em 08 de abril de 2011 por Edileuza Soares. Estas

comparações serão apresentadas ao longo do capítulo 2, juntamente com outro

estudo de caso, onde serão aplicadas inovações tecnológicas para atender questões

críticas como o desenvolvimento sustentável, melhora da produtividade e redução

do TCO (Custo Total de Operação).

2. Metodologia e Desenvolvimento

Com a explosão dos sistemas de dados na maioria das empresas, a

necessidade de integrar e compartilhar dados entre sistemas tornou-se vital. Para a

maioria das organizações, isto significa coordenar um delicado equilíbrio dos

processos que movem dados entre sistemas. A tarefa de orquestrar este movimento,

monitoramento, solução de problemas e otimizar o uso de recursos da empresa é

bastante assustadora, principalmente quando se trata de aplicações críticas e que

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muitas vezes não podem parar. Acrescente a isso a mudança das arquiteturas

orientadas a serviço e a necessidade de as empresas repetirem esses processos.

Gerenciar e agendar de forma flexível esses processos é a chave para o sucesso.

Em entrevista realizada no site da empresa Seven Internet sobre os

“Benefícios e implantação de ambientes virtualizados”, publicado em fevereiro de

2010, Alexandre Neves, diretor da empresa diz;

“A primeira coisa que vem à cabeça de um empresário é a

redução de custo. Mas, na verdade, esse é apenas um

dos muitos benefícios obtidos com a virtualização, como

por exemplo, flexibilidade, espaço físico, padronização e

facilidade no gerenciamento. A virtualização de servidores

não beneficia somente empresas de TI. Qualquer

segmento que tenha um ou mais servidores já pode

usufruir de um ambiente virtualizado. Na prática, todo

serviço é crítico e necessita estar 24 horas disponível ao

cliente além de suportar picos de processamento em

horários específicos. O ambiente virtual utiliza servidores

de grande capacidade que oferecem alta disponibilidade

de processamento para as aplicações. Essas aplicações

podem ser sites WEB ou simplesmente programas que

são acessados via terminais remotos.” ³

A tecnologia da informação, colírio para muitas organizações, tornou-se uma

complexa rede de servidores, redes locais, produtos e processos. Simplesmente as

aplicações agora precisam interagir com os sistemas espalhados por todo o globo. O

processo de ajudar todos esses sistemas, processos e procedimentos de trabalho

de forma eficiente, ordeiro e seguro tornou-se uma tarefa de relevante importância.

A virtualização é uma técnica para a utilização de recursos computacionais

bem como seus dispositivos de uma forma completamente funcional,

independentemente de seu layout físico ou localização. Isto inclui a divisão de um

único computador físico em múltiplos servidores "virtuais", tornando possível que

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cada máquina virtual esteja em execução no hardware dedicado e permitindo que

cada cliente seja reiniciado de forma independentemente.

Atualmente, um objetivo imprescindível em qualquer estratégia de TI é

consolidar múltiplas funções essenciais às empresas. Normalmente, essas funções

encontram-se dispersas por diversos servidores físicos, muitas vezes com diferentes

sistemas operacionais. Com a consolidação, é possível otimizar os recursos, reduzir

drasticamente custos e aumentar consideravelmente os níveis de serviço

disponibilizados aos demais departamentos de uma organização.

Entre as razões para o interesse na virtualização estão o desejo de reduzir

as despesas operacionais e de capital, seguido pelo interesse de utilizar menos

servidores para manter o mesmo número de aplicações. Além disso, as empresas

também esperam usar a virtualização para elevar a capacidade de expansão dos

servidores.

Essas metas esclarecem que há uma série de benefícios oferecidos pela

virtualização e também que a área de TI precisa aproveitar ao máximo a

infraestrutura existente.

Além das motivações financeiras, existem razões práticas para pensar na

virtualização, já que as empresas estão empregando tecnologias como a eliminação

da duplicação de dados, por exemplo. Ao utilizar ferramentas que fornecem

espelhamento ou sistemas críticos que não exigem hardware adicional, é possível

manter os dados protegidos em caso de emergência, reduzindo os custos.

Apesar da alta no processo de virtualização das empresas, é importante

saber que, segundo empresas especializadas em TI, apenas 14% das aplicações

críticas passaram pelo processo de virtualização nas organizações.

Segundo a revista Olhar Digital, em pesquisa realizada entre organizações

de todo o mundo que estão implementando a virtualização de servidores, mais de

50% planejam implementar a virtualização de aplicações web e de banco de dados.

Porém, quando se trata de aplicações essenciais para os negócios, 40% dos CEOs

e 42% dos CFOs relutam em dar esse passo. A preocupação mais comum que

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impedem as empresas de fazer essa transição é a confiabilidade, citada por 78%

dos entrevistados.

Seja em mainframe, seja em ambientes de sistema aberto, as tecnologias de

Virtualização são utilizadas para simplificar e centralizar o gerenciamento e para

fornecer a flexibilidade no atendimento à demanda dos atuais requisitos de dados.

E por que a virtualização é tão atrativa? Quais os benefícios concretos?

Economia de recursos é, possivelmente, a resposta mais completa para a questão.

Não podemos nos esquecer de que cada servidor possui sua fonte de alimentação

própria. Num ambiente de virtualização, o número de servidores de uma companhia

cai incrivelmente, uma vez que a tecnologia consolida e centraliza aplicações,

tirando o máximo de aproveitamento dos recursos existentes.

Assim, economiza-se com aquisições futuras de hardware, refrigeração e

energia elétrica. A forma de se fazer back-up, algo sempre preocupante e custoso

para a área de TI, também é otimizada em um ambiente virtualizado.

2.1. Implementação e Implantação

As empresas que desejam modernizar seus departamentos de TI devem

ficar atentas não somente aos processos críticos, os quais muitas vezes são os mais

difíceis de transportá-los para o mundo virtual, mas também a estrutura montada

para suportar tal ambiente. Deve-se fazer um estudo minucioso e detalhado tanto do

ambiente como das mudanças que serão necessárias para implantação do projeto.

Ter profissionais altamente qualificados e investir em treinamento também ajudarão

nos primeiros passos. Estes profissionais deverão analisar os problemas, produzir

soluções em hardwares que atendam as necessidades e implementar hardwares

adequados para uma determinada aplicação e a entender os princípios de

funcionamento de computadores e sistemas digitais bem como sua relação com a

execução de programas. Informar os diversos parâmetros para avaliar o

desempenho do hardware e averiguar se os requisitos atendem as exigências

mínimas de software.

A primeira fase em um processo de virtualização de uma empresa deve ser

entendida como a fase do conhecimento. Conhecer as técnicas de virtualização não

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basta para implantar mudanças significativas nos sistemas de uma empresa. Deve-

se conhecer e bem o fluxo de informação e de dados, de forma a compreender em

qual momento e por onde iniciar a virtualização. Definir e empregar os principais

tipos de sistemas de informação, tornando-o capaz de retornar o resultado

esperado. A compreensão da atividade da empresa e seus departamentos auxiliam

de modo eficiente e eficaz a aplicação de tecnologias da informação como vantagem

a competitividade nos negócios.

Também é de suma importância estimar de forma precisa o tempo

necessário para efetivar as mudanças, afim de não causar prejuízo aos negócios da

empresa, até mesmo pequenos atrasos podem causar problemas irreparáveis.

Em artigo publicado em 11 de dezembro de 2012, pela revista Olhar Digital,

“Os desafios da virtualização nas PMEs”;

“Entre as companhias que possuem servidores

virtualizados, os aplicativos mais virtualizados são

aplicações Web (com uma taxa de virtualização de 49% e

gerenciamento de banco de dados (46%), seguidos por

aplicações de e-mail e calendário (39 %), não

consideradas essenciais para os negócios. Menos de um

terço das organizações planeja virtualizar aplicações

críticas para os negócios; a exemplo de contabilidade,

ERP e CRM.” 4

Outro exemplo que se encaixa perfeitamente em um estudo sobre

virtualização, aparece no trabalho anterior, Terminais de Consulta para Informações

Turísticas bem como no artigo da Computerword, os chamados thin clients, que são

dispositivos projetados para fornecer apenas aplicativos que serão úteis para o

usuário, estes não estarão instalados diretamente na máquina cliente, será utilizado

o conceito de virtualização de aplicativo. Normalmente, esses dispositivos não

possuem HDs, o que gera uma maior segurança já que não é possível instalar

softwares maliciosos ou arquivos corrompidos. Quando desenvolvemos um software

é preciso conhecer primeiro as diversas plataformas em que ele poderá rodar.

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Outro ponto importante, diz respeito ao hardware para virtualização. Dos

quatro principais aspectos de hardware necessários para a virtualização,

processador, disco, rede e memória, este último é considerado o mais crítico. O

custo da memória e sua limitação de expansão em muitos servidores são fatores

que tornam muito mais difícil agregar muitas máquinas virtuais em um único

hardware.

Com o debate em curso sobre as mudanças climáticas, a questão de como

economizar energia foi trazido para o centro das atenções no mundo da TI. Buscar

soluções que gerem um consumo mínimo de energia é o grande desafio que os

profissionais de TI têm pela frente, além do descarte responsável de peças que

possam lançar substâncias que poluem o meio ambiente.

Somente com a implantação de thin clients em si, os equipamentos precisam

de menos recursos de energia do que com a implantação de PCs normais. Durante

o uso normal, os thin clients só precisam de metade da energia de um PC normal e

assim eles não são apenas economicamente, mas também, uma boa alternativa

ecologicamente para evitar a emissões CO2 e resíduos eletrônicos. Estes

dispositivos oferecem vantagens substanciais na cadeia de produção e logística.

Em artigo “Virtualização reduz consumo de energia nos data centers”,

publicado por Vanessa Daraya da Revista INFO Online em 25 de junho de 2012,

segundo Peter Catta Preta, diretor de infraestrutura da empresa Alog;

“[...] existem outros fatores responsáveis por prejudicar o

meio ambiente... o maior vilão de consumo de energia é o

sistema de ar condicionado [...] o problema do ar

condicionado está no fato dele ser realmente necessário

para fazer os servidores dos data centers funcionarem [...]

uma das alternativas é fazer o fechamento dos corredores

frios. Isso significa que a empresa faz o ar frio gerado pelo

ar condicionado faça a refrigeração apenas do

equipamento, não do ambiente. [...] Algumas pequenas

ações surgem efeitos, como virtualização e compra de

equipamentos com melhor eficiência energética [...].” 5

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2.1.1. Estudo de Caso

O artigo publicado em 24 de novembro de 2009 por André Borges do Valor

Econômico, “Bancos investem na virtualização de servidores para reduzir custos”,

retrata bem o processo de virtualização das empresas.

“[...]. Nos centros de dados do Itaú, um parque de três mil

servidores - computadores de grande porte que

gerenciam as operações das empresas - dava conta do

recado, mas não seria assim por muito mais tempo. A

equipe de TI já tinha feito as contas. Mantido aquele ritmo

de crescimento de transações, seria preciso comprar mais

mil servidores novos para suportar as operações nos

próximos doze meses. [...]” 6

Segundo João Bezerra Leite, diretor de infraestrutura de TI do Itaú

Unibanco, só havia duas saídas para o banco, ou comprava mais equipamentos, o

que aumentaria muito a estrutura física e tornaria mais complexa a administração do

parque, ou entraria de vez na era da virtualização de servidores.

Leite comenta ainda, que na época foi menos difícil decidir pela

virtualização, do que saber onde e como começar.

“[...]. O Itaú decidiu buscar apoio da fabricante de chips

Intel, que atuou como consultoria e desenvolveu um

projeto de virtualização para o banco. Durante meses,

técnicos das duas empresas trocaram informações. A

Intel chegou a trazer especialistas dos Estados Unidos

para participar do projeto. [...]. Depois de desenhado o

projeto, o Itaú passou a ter 70 servidores Hewlett-Packard

(HP) com sistemas de virtualização da VMWare. Juntas,

essas poucas máquinas desempenham a função de 1,1

mil servidores virtuais. [...]” 6

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2.2. Tecnologia

Por ser um sistema operacional de código aberto, o Linux abre espaço para

a criação de aplicações com preços muito mais atraentes e acessíveis até mesmo ás

empresas de menor porte. Não é à toa que a plataforma é a base para os melhores

e mais utilizados softwares de virtualização de mercado.

E a consolidação de servidores em Linux possibilita a essas companhias

economizar milhões de dólares ao executar cargas de trabalho pesadas em alta

disponibilidade e segurança.

A virtualização permitirá o uso de vários aplicativos e sistemas operacionais

de modo independente em um único servidor. Os administradores poderão mover

rapidamente as cargas de trabalho de um espaço de trabalho virtual para outro,

priorizando com facilidade as necessidades empresariais e maximizando os recursos

de servidor.

Consta ainda no artigo publicado por André Borges do Valor Econômico,

que;

“Basicamente, o que a virtualização faz é permitir que

sistemas específicos simulem o mesmo trabalho realizado

pelas máquinas físicas. Uma situação muito comum em

qualquer empresa é ter um grande número de servidores

com suas capacidades subutilizadas, cada um voltado

para um tipo de operação. Os sistemas de virtualização,

um vez instalados em poucos servidores, passam a

desempenhar o trabalho de centenas de máquinas,

usando a capacidade total dos equipamentos.” 6

2.2.1. Os Benefícios da Virtualização

Entre os principais benefícios da virtualização, podemos destacar:

1) Redução nos custos com infraestrutura: menos gasto na aquisição de

hardware, ou seja, menos servidores significa também redução nos

custos para gerenciamento de TI, economia de energia e espaço físico.

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2) Escalabilidade elástica: arquitetura capaz de lidar com a maior carga

possível nas piores condições possíveis.

3) Redundância e confiabilidade: garantir que os sistemas satisfaçam as

necessidades dos usuários.

4) Consolidação de servidor: virtualização em seu nível mais básico permite

que se use um servidor em situações onde seriam necessários dois,

quatro, seis ou mais. Os benefícios de consolidação de servidor são

amplos. Ter menos hardware para gerenciar também reduzir o risco de

interrupção dos serviços como resultado da falha de hardware.

5) Redução da complexidade: a virtualização ajuda a reduzir o número de

servidores que você precisa para gerenciar todos os dias, mas também

ajuda a simplificar o gerenciamento de seus servidores restantes.

6) Teste e desenvolvimento: um dos grandes benefícios não cantados da

tecnologia de virtualização é a habilidade para rapidamente criar,

desmontar ou recriar um ambiente de teste e desenvolvimento.

2.2.2. Ambiente de trabalho

Adotar e gerenciar a virtualização em uma infraestrutura de TI requer uma

preparação cuidadosa para manter a segurança e aumentar a eficiência. Ambientes

virtuais precisam ser configurados e protegidos, assim como acontece com os

elementos físicos. Por isso, utilize tecnologias de gerenciamento para simplificar o

processo de implementação e para manter a infraestrutura totalmente operacional.

2.2.2.1. Virtualização de servidores

A virtualização de servidores é a tecnologia capaz de simular ambientes

totalmente autônomos em uma mesma máquina física. Ou seja, é a possibilidade de

criar maior quantidade de servidores lógicos do que se dispõe de servidores físicos.

A virtualização de servidores proporciona redução nos custos de aquisição

dos servidores físicos, facilita a administração, diminui os recursos de infraestrutura

necessários para hospedar os servidores e o consumo de energia. Pode ser feita

com a instalação de uma camada software desenvolvida especificamente para esta

finalidade. Os principais fornecedores são: VMware, Citrix e Microsoft.

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Principais dificuldades encontradas para implantação:

1) Resistência dos fornecedores de software em relação à compatibilidade com

os servidores virtuais;

2) Nem todos os produtos são suportados pelos fabricantes em ambiente virtual;

3) A administração do ambiente fica mais complexa, podendo dificultar que se

encontre a causa raiz de um problema. Para minimizar isso, é preciso investir

em treinamento e em ferramentas de monitoramento e diagnóstico.

3. Conclusão

A virtualização está sendo largamente adotada e aceita entre os

profissionais de TI. Compreensão os aspectos que envolvem o cenário de TI da

organização, analisando riscos e impactos causados pela mudança são

fundamentais para que o projeto não afunde com o departamento de TI.

Com os orçamentos reduzidos, levando as empresas a analisar

cuidadosamente seus padrões de gastos, é especialmente importante usar todos os

recursos tecnológicos em sua total capacidade. Na medida em que os ambientes

continuam a evoluir e tornam-se cada vez mais complexos, aumenta a necessidade

de minimizar os crescentes custos de administrar quantidades de dados cada vez

maiores.

A virtualização parece ser um processo sem volta. É importante que as

empresas não tenham pressa nas etapas que envolvem a virtualização dos

sistemas. Um planejamento cuidadoso e de longo prazo dará maior flexibilidade no

ambiente de trabalho.

As soluções de virtualização permitem que as organizações multipliquem a

capacidade dos servidores, no armazenamento de dados e redução nos custos de

crescimento em TI bem como economia de energia, além de acelerar a capacidade

de resposta da sua infraestrutura de TI.

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4. Referências Bibliográficas

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máquina. 01 de Agosto de 2006. Disponível em: <http://idgnow.uol.com.br/ti-

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21/05/2013.

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<http://news.seven.com.br/index.php/2010/02/entrevista-beneficios-e-implantacao-

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4. Olhar Digital. Os desafios da virtualização nas PMEs. 11 de Dezembro de

2012. Disponível em:

<http://olhardigital.uol.com.br/colunistas/wagner_tadeu/post/os_desafios_da_virtualiz

acao_nas_pmes>. Acesso: 20/05/2013.

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Junho de 2012. Disponível em: <http://info.abril.com.br/noticias/computacao-

inteligente/virtualizacao-reduz-consumo-de-energia-nos-data-centers-25062012-

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reduzir custos. 24 de novembro de 2009. Disponível em:

<http://www.bancariosdf.com.br/bancariosdf/index2.php?option=com_content&task=

view&id=5147&Itemid=102&pop=1&page=0>. Acesso: 21/05/2013.

7. Revista Linux Magazine. Armadilhas da virtualização. Edição nº 52. Ano:

Março de 2009.

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8. IDG Now!. Dez motivos para sua empresa optar pela virtualização. 01 de

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9. CIO. Qual a melhor estratégia para virtualização de desktops. 02 de Julho de

2011. Disponível em: < http://cio.uol.com.br/tecnologia/2011/06/02/qual-a-melhor-

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