história da extensão rural no brasil
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História da Extensão Rural no Brasil
A idéia da Extensão Rural no Brasil surgiu em 1930, em Minas Gerais, quando foi
realizada a Primeira Semana do Fazendeiro. Ocasião em que técnicos e produtores rurais
aproveitaram para trocar informações. Em 1948 foi registrada a primeira experiência
extensionista no campo, nos municípios de Santa Rita do Passa Quatro e São José do Rio
Pardo, no Estado de São Paulo. As ações foram denominadas “Trabalhos cooperativos”,
quando a comunidade se organizava num esforço conjunto, para a resolução dos problemas
comuns.
A primeira preocupação dos trabalhos comunitários visava resolver problemas de
alimentação do gado no período da seca. Esse movimernto deu bons resultados e motivou a
opinião pública que oficializou o trabalho do extensionista, criando a Associação de Crédito e
Assistência Rural (ACAR), que teve como objetivo levar ao homem do campo e sua família o
crédito rural supervisionado, que incluía, além dos recursos financeiros, a assistência técnica
agronômica e social.
O sucesso da iniciativa motivou outras unidades, solidificando-se nacionalmente em
1956, com a formação do Sistema Brasileiro de Extensão Rural, liderado pela Associação
Brasileira de Crédito e Assistência Rural (ABCAR). A partir de 1975, os serviços de assistência
técnica e extensão rural passaram ao âmbito governamental, sob a forma de empresas
públicas vinculadas ao Ministério da Agricultura e às Secretarias de Agricultura, foi criada então
a Embrater- Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural, responsável pelo
credenciamento, supervisão e fiscalização das empresas privadas que prestam assistência
técnica aos agricultores em todo Brasil.
Origem da Extensão Rural
Em Mato Grosso, o serviço de Extensão Rural foi constituído oficialmente no dia 15 de
setembro de 1964, com a criação da Associação de Crédito e Assistência Rural de Mato
Grosso. A primeira equipe de trabalho era formada pelas seguintes pessoas: Superintendente,
Bento Machado Lobo; Tesoureuro, Alino Ferreira Magalhães; Secretário e Assessor, Januário
da Silva Rondon; Auxiliares de serviço, Maria Juliana Camargo e Araci Miranda; Serviços
Gerais, Rosalina Candelária Camargo; oficce-boy, Eldes de Souza e o motorista, Pombinho.
Essa equipe pioneira constituía a primeira frente da extensão rural em Mato Grosso.
A Acarmat, nos fins de 1972 terminava a elaboração do diagnóstico básico da situação
da agropecuária de Mato Grosso. Surgia nessa época, o Projeto Fomento Agrícola para o
desenvolvimento das culturas de soja, sorgo, milho e a exploração de gado de corte na área de
influência do Programa Corredores de Exportação. O Projeto Fomento Agrícola envolveu
quatro das cinco regiões administrativas da ACARMAT, correspondendo às regiões de
Rondonópolis , Campo Grande, Dourados e Três Lagoas atendendo 49 municípios. Grandes
resultados foram obtidos com destaque para a introdução de equipamentos agrícolas e
sementes selecionadas.
A preocupação da Extensão Rural nesse período foi a busca de novas tecnologias
capazes de aumentar a produtividade agrícola. Foram instalados vários campos de
demonstração para produtos agrícolas e pecuária de corte, contribuindo para a difusão de
tecnologias e lançamentos dos programas PROTERRA e PROBOR. Sob os incentivos do
PROTERRA, foram implantados projetos agropecuários, principalmente na Amazônia Mato-
grossense.
O programa PROBOR motivou a instalação de escritórios locais para atendimento dos
heveicultores, grandes áreas de seringais foram implantadas, com isso a extensão rural
contribuiu para a bertura e povoamento da Amazônia Mato-grossense pela efetivação da mão-
de-obra.
A Emater assume as atividades da Acarmat
A ACARMAT executou os programas de assistência e extensão rural, até dezembro de
1976, quando então foi extinta. Surgindo em 1º de janeiro de 1977, a Empresa de Assistência
Técnica e Extensão Rural do Estado de Mato Grosso (Emater),empresa pública, vinculada à
Secretaria de agricultura, passou a executar a política de assistência técnica no Estado. Nesse
período foi dado continuidade ao Programa PROBOR que implantou outros programas:
PROCAL, PRONA-ZEM, POLAMAZÔNIA e o POLOCENTRO, programa provavelmente mais
importante da época, pois previa a incorporação de terras de cerrado ao processo produtivo.
Em 19 de março de 1977 surge a soja como cultura alternativa, e a Emater realiza o primeiro
dia de campo no Estado.
A nova instituição nasceu com o compromisso de dar continuidade ao trabalho de sua
antecessora, como novo organograma e propósitos de modernização administrativa,
conservando a mesma filosofia de trabalho, promover o desenvolvimento das comunidades
rurais, através de ações educativas e assistenciais, transferindo tecnologia agropecuária e
gerencial, capaz de elevar a produtividade, a produção e a renda das famílias rurais,
trabalhando com todos os extratos de público, o pequeno, médio e o grande produtor.
Em 1980, a Emater executa o programa POLONOROESTE para beneficiar os
pequenos produtores, constituindo a ferramenta de trabalho para a extensão rural. Em 1986, no
município de Alto Taquari, foi implantada a primeira microbacia hidrográfica, isso mostra que a
empresa sempre foi a pioneira em desenvolver novas técnicas para a agricultura no Estado de
Mato Grosso.
Surge finalmente a Empaer
Em decorrência da fusão da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
(EMATER), Empresa de Pesquisa Agropecuária (EMPA) e Companhia de Desenvolvimento
Agrícola (CODEAGRI) surge a Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão
Rural (EMPAER). Sendo uma sociedade de economia mista, vinculada à Secretaria de
Desenvolvimento Rural (SEDER), dotada de personalidade jurídica de direito privado, com
patrimônio próprio financeira, revestindo a forma de sociedade anônima.
A Empaer tem como missão gerar, adaptar e transferir tecnologias e conhecimentos
para o desenvolvimento sustentável dos segmentos agropecuários, florestal, agro-industrial e
executa o serviço de extensão rural e fomento, trabalho essencialmente educativo que visa
propiciar a melhoria da qualidade de vida da família rural.
Fonte: EMPAER