histÓria da educaÇÃo especial no mundo no brasil e no estado do parÁ

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Page 1: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO MUNDO NO BRASIL E NO ESTADO DO PARÁ
Page 2: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO MUNDO NO BRASIL E NO ESTADO DO PARÁ
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Considerações iniciaisA luta pela inclusão existe desde que há excluídos;

As pessoas com deficiência foram quem impulsionarammaciçamente a luta por direitos;

Na Década de 80, o processo inclusivo resplandeceu aos olhosda sociedade;

O conceito de inclusão é igualado e/ou confundido com oconceito de integração.

INTEGRAÇÃO: Termo advindo do Latim “integratione”, quecondiz com a ação de integrar, assimilar ou reunir;

INCLUSÃO:Do Latim, condiz, com efeito, de incluir, somar ouagregar.

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INTEGRAÇÃO X INCLUSÃO

INTEGRAÇÃO: Inserir educandos comnecessidades especiais no espaço físico desala de aula, tendo este que assimilar e seintegrar às normas do sistema educacional,sejam classes regulares ou especiais.

INCLUSÃO: Condiz com o ideal de que osalunos venham somar e agregar noambiente educacional, sendo a escolaresponsável por favorecer condições paraseu melhor aprendizado.

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História da educação especial

PRÉ HISTÓRIA

A exclusão se apresentava na seleção imposta pelas condiçõesgeográficas onde os mais “fortes” sobreviviam e os mais “fracos” eramexcluídos, como relatou Darwin na lei da “seleção natural”;

-PERÍODO PALEOLÍTICO: A educação ocorria de forma natural,espontânea e inconsciente por meio da convivência, sendo basicamentefamiliar.

-PERÍODO NEOLÍTICO: O homem tornou-se sedentário,surgindo a necessidade de aprender técnicas de cultivo, fenômenosmeteorológicos e a domesticação de animais, caracterizando umaeducação profissional. A educação militar e uma iniciação do jovem nosmistérios da tribo. A religiosidade era característica da educação.

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ANTIGUIDADE CLÁSSICA

Ideal de Perfeição seguindo a beleza, força e divindade dosdeuses.

-EDUCAÇÃO HERÓICA: Essencialmente guerreira esenhoril. Baseada nos conceitos de honra e de valor, no espírito deluta e sacrifício, e no desejo de sobressair. Visava a totalidade ecompunha –se do aprendizado do manejo de armas, prática deesportes, além da arte musical e oratória.

-EDUCAÇÃO CÍVICA: Educação militar, esportiva emusical. A formação era moral e estética além do aspecto militar.

-EDUCAÇÃO CLÁSSICA: Formação militar. Educação nasmãos do Estado. As crianças com deficiência eram sacrificadas,sendo consideradas um mau agouro a família.

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-EDUCÃO HELENÍSTICA: A educação era públicasob a responsabilidade das cidades. O intelectual era aênfase educacional

CÓDIGO DE MANU: Negava o direito a sucessão apessoas com qualquer deficiência física ou moral;

PLATÃO: Recomendava que os “Defeituosos se unissemas defeituosas” e que seus filhos não fossem criados;

ATENAS: Sua lei condenava a morte dos “inúteis”paraaumentar a chance de sobrevivência dos “perfeitos”;

LEI DAS XII TÁBUAS: Os filhos nascidos “monstruosos”fossem mortos imediatamente, além de mutilação aqueleque a provocou em outrem;

ÍNDIA ANTIGA: Deficientes eram atiradas em águas doRio Grande, com suas bocas e narinas tapadas com lamado rio sagrado;

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Idade médiaEducação predominantemente cristã.

Ser humano como imagem e semelhança de Deus

“imagem e semelhança de Deus” (Gênesis 1, 26-27).

Deficientes eram consideradas castigo de Deus por algum pecadocometido por seus pais,

“Eram portadoras de doenças contagiosas ou estavam possuídas pelodemônio” (LIMA, 2006, p.27);

Mantidas à margem da sociedade, vivendo isoladas.

Deficientes eram considerados seres diabólicos e deveriam sercastigados;

Posteriormente as pessoas com deficiência passaram a ser utilizadascomo bobos da corte.

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Idade modernaPrimórdio da educação especial.

Século XVI, Deficientes permaneciam isoladas em abrigos easilos, sob justificativa da necessidade de “proteção” dosmesmos;

Considerados “anormais” que não pudessem se desenvolver.

Surgimento do primeiro hospital psiquiátrico da Europa, masnão oferecia tratamento especializado e nem educacional.

A educação das pessoas com deficiência só iniciou após1500, com o surgimento dos primeiros preceptores dascrianças que tivessem condições financeiras, em atendimentodomiciliar;

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Idade contemporânea

Do século XVIII aos anos 2000.

De 1817 a 1850, surgem as primeiras escolas para “cegos,surdos e retardados mentais”;

De1850 a 1920 houve, nos Estados Unidos, um aumento dasescolas residenciais, baseadas no modelo europeu;

No final do Século XIX Começou o desenvolvimento deprogramas de externato.

Durante o nazismo houve uma regressão pois recomeçou aeliminação das pessoas com deficiência, sob o pressuposto dasuperioridade da raça ariana.

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A Segunda Guerra Mundial ocasionou o aumento das pessoascom deficiência, possibilitando à sociedade perceber e vivenciar arealidade dessas pessoas, algo que não acontecia anteriormente;

Os pais das pessoas com deficiências, que até antes da guerranão podiam se expressar, começaram a se organizar em defesados direitos dos filhos.

O Movimento dos pais e deficientes gerou a ampliação dosserviços educacionais para os mesmos;

Nos anos 80 e 90, surgem tratados e declarações internacionaispara defender os direitos das pessoas com deficiência.

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História da educação especial no brasil

De 1854 a 1956 iniciativas oficiais e particulares isoladas;

No ano de 1850, inicia-se o atendimento as pessoas comdeficiência, com instituições para o atendimento de pessoassurdas(INES- Instituto Nacional de Surdez) e cegas (InstitutoBenjamin Constant);

Em 1872 havia uma população de 15.848 cegos e 11.595surdos, mas os institutos atendiam 35 cegos e 17 surdosapenas;

Em 1883, convocado por D. Pedro II, o 1º Congresso deInstituição Pública, que abordou, dentre outros temas doevento, a educação de pessoas com deficiência, sugerindo-securrículo e formação de professores para cegos e surdos;

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De 1957 à 1993 Iniciativas Oficiais Nacionais;

No início do Século XX as ações que demonstravam o interesse socialquanto à educação das pessoas com deficiência eram os trabalhoscientíficos e técnicos desenvolvidos no início do século XX;

Até 1950 as escolas destinadas à educação das pessoas comdeficiência totalizavam 54 escolas de ensino regular e 11 instituiçõesespeciais;

40 instituições públicas de ensino regular (01 federal e 39 estaduais)que prestavam atendimento especial a deficientes mentais;

14 instituições que prestavam serviço especializado a alunos comoutras deficiências (01 federal, 09 estaduais e 04 particulares);

03 escolas especializadas destinadas ao atendimento das pessoas comdeficiência mental (01 estadual e 02 particulares);

08 escolas especializadas no atendimento de outras deficiências (03estaduais e 05 particulares);

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Em 20 de dezembro de 1961 é fixada a Lei de Diretrizes eBases da Educação Nacional (LDB nº 4024/61), estabelecendo,no artigo 88, que a educação de “excepcionais”, quando possível,ocorra no sistema regular, com o objetivo de integrá-los nacomunidade;

Em 1972 é constituído, através da portaria de 25 de maio, oGrupo-Tarefa de Educação Especial cujo objetivo era traçar apolítica e as linhas gerais de ação do Governo na educação dos“excepcionais”;

O Grupo Tarefa de Educação Especial era composto por NisePires do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP) e pelasdiretoras executivas da Campanha Nacional de Educação deCegos e da Campanha Nacional de Educação e Reeducação deDeficientes Mentais além de outros educadores;

Em 1972, o especialista em Educação Especial norte-americanoJames Gallagher veio ao Brasil e apresentou o Relatório dePlanejamento para o Grupo-Tarefa de Educação Especial doMinistério da Educação e Cultura do Brasil, que continha propostapara a estruturação da educação especial;

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O relatório integrou os estudos do Grupo-Tarefa e os resultadospropiciaram a criação de um órgão responsável pelo atendimentodos excepcionais no Brasil: o Centro Nacional de EducaçãoEspecial (CENESP);

O CENESP foi criado através do decreto nº 72.425 em 3 dejulho de 1973, do Presidente Emílio Garrastazu Médici, com “afinalidade de promover, em todo o território nacional, a expansãoe a melhoria do atendimento aos excepcionais” (apud MAZZOTTA,2005, p.55);

Através do decreto nº 93.613 de 21 de novembro de 1986 oCentro Nacional de Educação Especial foi transformado emSecretária de Educação Especial (SESPE);

Com a criação da SESPE, a educação especial de nível nacional,teve sua coordenação geral transferida do Rio de Janeiro paraBrasília;

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Em 1990 o Ministério da Educação é reestruturado e a SESPE éextinta;

As atribuições referentes à Educação Especial passaram a ser deresponsabilidade da Secretaria Nacional de Educação Básica(SENEB);

Por meio do decreto nº 99.678, é incluído como órgão da SENEB, oDepartamento de Educação Supletiva e Especial (DESE), agoraresponsável pelas atribuições e competências referentes à EducaçãoEspecial;

Em 1992, após a queda do Presidente Collor, houve novareorganização dos Ministérios e na nova estrutura reapareceu aSecretaria de Educação Especial (SEESP) como órgão do Ministérioda Educação e do Desporto;

Em 1988, a nova Constituição garante atendimento educacionalespecializado aos “portadores” de deficiência, preferencialmente narede regular de ensino;

Em 1996 a Constituição e o direito dos deficientes é reforçado pelaLei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394 de 20 dedezembro de 1996;

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História da educação especial no estado do pará

Em 1950 tem início a história da educação especial no Pará, ligadas asprimeiras instituições, particulares e públicas, destinadas aoatendimento de pessoas com deficiência auditiva, mental ou visual;

Em 1961 a LDB 4024/61 incentivou as primeiras ações de integraçãoda pessoa com deficiência no ensino regular, baseando-se em açõesvoltadas para a capacitação de recursos humanos, através de cursosrealizados em outras unidades da federação;

Em 1966 é criada a primeira classe braille.

O processo de integração se amplia e surge a modalidade de EnsinoItinerante, “ele se desenvolve pela presença do professor especializado,nas escolas de ensino regular, onde o aluno „portador‟ de deficiência estásendo integrado” (PARÁ, 1996, p. 13). Essa modalidade atendia cegos esurdos;

Em 1968, é implementada as classes especiais, com objetivo dedesenvolver os alunos atrasados, dentro de suas possibilidades,integrando-os na escola e na sociedade por intermédio de técnicas emétodos especiais.

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Em 1968 inclui-se a educação especial no Sistema Estadual de Educação, através da Lei nº 4093/68;

Foram firmados convênios entre instituições do governo e particulares para o atendimento dos alunos com necessidades especiais

Algumas intituições conveniadas foram: Fundação Pestalozzi do Pará, Escolas Profissionais da Comunidade, Departamento Regional do SENAI, possibilitando respectivamente, a abertura de vagas para deficientes mentais – DM, o treinamento ocupacional para surdos.e a criação do Setor de Adaptação Profissional de Cegos, o que permitiu na área de surdos e de cegos a terminalidade do processo educativo (PARÁ, 1996, p.15)

Em 1971 foi criada pela Secretaria de Educação a Assessoria de Educação dos“Excepcionais” que era responsável pelos serviços de educação nas áreas dedeficiência visual, deficiência mental e deficiência auditiva além do serviço deavaliação e triagem

Em 1972 por meio da Lei nº 4398/72 é criado o Centro de Educação Especial (CEDESP), responsável por gerenciar a política do governo na área da educação especial;

É implantado o primeiro pólo de interiorização de educação especial, são criadas novas salas de recurso, há a expansão do ensino itinerante e amplia-se a capacitação de recursos humanos por meio de cursos, congressos, seminários e outros eventos.

Page 19: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO MUNDO NO BRASIL E NO ESTADO DO PARÁ

Em 1972 aconteceu o 1° Curso para formação de professores de 1° Grau nas áreas de deficiência visual, deficiência auditiva e deficiência mental;

Em 1973aconteceu o Curso de formação de professores ao nível de 2º grau aconteceu em 1973, para setenta professores dos Estados do Amazonas, Pará, Maranhão e do Território Federal do Amapá.

Em 1976 inicia-se um projeto experimental, pioneiro na Região Norte, para o atendimento de superdotados.

Em 1989, através do decreto nº 6069/89, a Secretaria de Educação éreestruturada, e a coordenação da educação especial ganha umdepartamento denominado Departamento de Educação Especial (DEES)(Atualmente a Coordenadoria de Educação Especial- COEES), responsávelpela normatização e execução da Política de Educação Especial no Estado