história da cartilha maternal de joão de deus ramos

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  • Mtodo Joo de Deus

    Tem uma longa tradio na Educao de Infncia em Portugal.

    O modelo pedaggico dos jardins-escola Joo de Deus tem caractersticas muito prprias que lhe conferem uma slida consistncia.

    A Cartilha Maternal, publicada em 1876, , ainda hoje, a metodologia utilizada para a iniciao precoce leitura e escrita

  • Origem e Evoluo Deve-se s ideias pedaggicas do Poeta Joo de Deus

    (1830/1896)

    Do seu principal mentor Joo de Deus Ramos (1878/1956)

    De sua filha Maria da Luz de Deus Ramos Ponces de Carvalho (1916/1999)

    A obra actualmente continuada pelo seu neto Antnio de Deus Ramos Ponces de Carvalho

  • Entrou para a Universidade de Coimbra em 1849, onde se formou em Direito (1859)

    Eminente poeta lrico publicou a sua primeira colectnea de poemas em 1868, Flores do Campo

    Exerceu actividade de jornalista no jornal O Bejense em 1862

    Eleito deputado em 1868 pelo circulo de Silves, passando a viver em Lisboa.

    Em 1876 publicou a clebre Cartilha Maternal, que rapidamente se expandiu como mtodo de iniciao leitura

    Joo de Deus(1830- 1896

  • Cartilha Maternal

    (...) s mes, que do corao professam a

    religio da adorvel inocncia, e

    at por instinto sabem que em

    crebros to tenros e mimosos

    todo o cansao e violncia pode

    deixar vestgios indelveis,

    oferecemos, neste sistema

    profundamente prtico, o meio de

    evitar a seus filhos o flagelo da

    cartilha tradicional. (...)

  • Em 1888 as Cortes escolheram-nacomo mtodo oficial de aprendizagem da leitura

    Em 1911 a Primeira Repblica alargou a rede de instruo pblica,espalhando Escolas Primrias por quase todos os centros urbanos,promovendo a sua difuso

    Gera polmica (apoiantes, detractores e cpticos)

    Tipo de crticas

  • Expanso do Mtodo da Cartilha Maternal de Joo de Deus

    1910-1926

    Necessidade de adoptar um mtodo de leitura que ensinasse s crianas as primeiras letras e incutisse nestas o gosto pela leitura (base da reforma)

    A expanso do mtodo foi seguida de um autntico fenmeno de culto pela figura do poeta, tornando-o numa das figuras mais populares do ltimo quartel do sculo XIX

  • Associao de Escolas Mveis pelo Mtodo Joo de Deus

    Fundada por Casimiro Freire em 1882, num perodo em que o ndice de analfabetismo das classes trabalhadoras rondavacerca de 87%.

    Acompanharam-no nesta iniciativa algumas personalidadesdestacadas do tempo:Bernardino Machado, Jaime Magalhesde Lima, Francisco Teixeira Queiroz, Ana de Castro Osrio,Homem Cristo, etc.

  • (...) ensinar a ler, escrever e contar, pelo mtodo de admirvel rapidez do Sr. Dr. Joo de Deus, os indivduos que o solicitarem, at onde permitam os seus meios econmicos, enviando nesse intuito s diversas formaes da Nao portuguesa professores devidamente habilitados no se envolvendo em assuntos polticos ou quaisquer outros alheios ao seu fim (...).

  • 1902 termina o curso de direito em Coimbra

    Foi Deputado, Governador, Ministro da Industria e Ministro do Trabalho

    Viaja pela Europa para ver jardins de infncia a funcionar e contacta com mtodos de ensino inovadores

    Em 1911 cria em Coimbra o 1Jardim Escola Joo de Deus com um novo modelo de educao adaptado realidade portuguesa

    Em 1917 funda o Museu Joo de Deus.

    Joo de Deus Ramos(1878/1956)

  • Em 1911 funda em Coimbra o 1 Jardim-EscolaJoo de Deus

  • Cerca de metade da verba que se despendeu nesta realizao foi conseguida pelo Orfeo Acadmico de Coimbra dirigido por Antnio Joyce.

  • Associao de JardinsEscolas Joo de Deus

    A Associao de Escolas Mveis pelo Mtodo Joo de Deus sob a sua proposta em 1908 passou a designar-se Associao de Jardins -Escolas Joo de Deus

    Esta associao alfabetizou entre 1882 e 1920 mais de 28 mil adultos e crianas

  • A Associao de Jardins-Escolas Joo de Deus conta actualmente com 37 Jardins Escolas em actividade no territrio nacional

  • Associao de Jardins-escolas Joo de Deus

    Joo de Deus Ramos cria em 1920 cria o Curso de didctica Pr-Primria pelo Mtodo Joo de Deus.

    Em 1943 fundado o primeiro Curso de Educadores deInfncia o que deu um grande impulso educao Pr-Escolar e Pr-Primria (sua designao)

  • Associao de Jardins-Escolas Joo de Deus

    Maria da Luz de Deus Ponces de Carvalho

    1918/1999

    Desde 1943 exerceu, sob orientao de seu pai, actividades educativas nos Jardins-Escolas Joo de Deus.

    A partir de 1953 no Curso de Educadores de Infncia pelo Mtodo Joo de Deus.

    Foi eleita Presidente da Direco da Associao de Jardins-Escolas Joo de Deus no ano de 1955.

    Foi Presidente da Comisso Nacional da Organizao Mundial de Educao Pr-Escolar(OMEP)desde 1979.

    Foi condecorada com a Ordem da Instruo Pblica em 1985

  • Em 1917 foi edificado pelo trao de Raul Lino o Museu Joo de Deus, projecto de Escola-Monumento ao qual estavam associados muitos intelectuais e artistas dessa poca: Joo de Barros, Afonso Lopes Vieira, etc.

  • Em 1991 o ministro da Educao, Roberto Carneiro,atribuiu Associao de Jardins-Escola Joo de Deusuma meno honrosa no grau de Mrito Pedaggico

  • Ludotecas Joo de Deus

    Associao de Jardins-Escola Joo de Deus tem

    um projecto itinerante, pioneiro, que est a

    proporcionar actividades de tempos livres a

    crianas e jovens de idades compreendidas entre

    os 3 e os 12 anos oriundos de comunidades em

    situao de excluso.

    Com o Programa ATL Itinerante - Ludotecas recebeu o prmio ManusCais para a melhor Organizao / Instituio social de 2004.

  • Ideais da 1 Repblica

    Direito educao e instruo Qualidade dos servios Adequao idade dos alunos Ideia de globalidade e de integridade Preparao para o ensino posterior

    Marcas das novas correntes psicolgicas e pedaggicas da Escola Nova

    Froebel, Montessori, Decroly

    Metodologia de Joo de Deus Ramos

  • Modelo Curricular Joo de Deus

    Decroly

    Montessori

    Froebel

  • ConcepConcepo da infncia naturalo da infncia natural

    Na educao infantil o brinquedo fundamental - Cria uma Srie de jogosExerccio Fsico, Ginstica Manual, Educao dos SentidosA Educadora regula todas as actividades

  • A Lei esfrica representava, na forma esfrica, o limitado e o absoluto, a pluralidade e a unidade.

    Esfera, cubo e cilindro: lei dos contrastes

    FroebelJogos Dons

  • Maria Montessori

    Os princpios fundamentais:

    Actividade Individualidade Liberdade

  • A criana livre, mas livre apenas na escolha dos objectos sobre que possa agir.

    Esses objectos so sempre os mesmos e tpicos para cada gnero de actividade.

    Da, o conjunto de jogos ou material que criou para os jardins de infncia

    Maria Montessori

  • DECROLY1871-1932

    Globalismo da percepo infantil - base do trabalho requerida para as actividades destinadas a crianas.

    Processo de AprendizagemTrs conceitos bsicos:

    A observao da realidade A Associao de Ideias A Expresso de contedos

  • Modelo de Jardim-Escola Joo de Deus

    D o nome de seu pai ao mtodo que criou

  • Princpios BsicosInteno social

    (preocupao pelodesenvolvimento classes

    mais desfavorecidas)

    Ambiente familiar

    pleno de amor, alegria, harmonia, serenidade e dedicao mtua

    Respeito pela espontaneidade infantil Educao SensorialPerceptiva e Motora

    Culto pelosvalores nacionais

    Educao Integralatender aos

    perodos sensveis da criana portuguesa

    Aprendizagem pelo raciocnio

    e no por aquisiesde noes verbalizantes

    Expressogrfico-pictrica

    e verbal

    O ensino da leiturainicia-se aos cinco anos

    pela cartilha maternal

    Canto, Msica e Educao Fsica

  • Metodologia Ensino sistemtico da leitura iniciado aos cinco anos pelo mtodo

    da cartilha maternal

    Ensino sistemtico da matemtica com material especfico

    Temas de Vida

    Observao directa das coisas apresentadas sobre a forma de surpresa

    Jogos variados para:educao sensorial e perceptiva

    Exerccios de linguagem (dico e vocabulrio)

    Canto Msica e Expresso gestual

    Trabalhos Manuais, Modelagem e Desenho

  • Organizao do Contexto Educativo

    Organizao do Grupo

    Em cada sala feito segundo uma organizao horizontal por nveis etrios com programa especfico para cada nvel.

    Clima de Interaces

    Defende-se um ambiente de equilibradas relaes humanas, sendo privilegiada a prtica de disciplina activa com a excluso de prmios e castigos

  • Organizao do Espao

    Arquitectura funcional e atraente de caractersticas nacionais e regionais

    Decorao privilegia a identidade cultural as paredes tambm so mestras

    Criar um bom ambiente fisico e humano com decorao simples mas com a arte presente

  • Organizao do Espao e Materiais

    Imitar para aprender a viver e integrar-se no meio social

    Loja Casa das bonecas Jogos de trnsito

  • Origami(dobragens em papel)

  • Desenho Vista

  • Organizao do Tempo

    AcolhimentoCumprimentar,

    cantar, falar com as crianas

    e deix-las falar

    Actividades de Livre Escolha

    (preparadas na sala)

    HigieneAlmoo

    Actividades de expresso e trabalhos manuais

    Exerccios de memria visual,

    atravs de jogos musicais mimados e ritmicos

    Jogos de mesa : Dons de Froebel

    CuisenairePalhinhas, Lotos

    Exerccios de movimentoe de relax

    Tema de Vida

    Recreio/Repouso

  • Planeamento e Avaliao

    Programao adequada a cada grupo etrio feita pelos educadores

    Avaliao elaborada pelos educadores tendo em conta a individualidade de cada criana e a programao efectuada

  • Trabalho com as Famlias e a Comunidade

    Encontros e reunies programadas

    Pais so convidados a colaborar em algumas actividades organizadas

    Participao em Festas e eventos