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CRIAÇÃO DOS TERRITÓRIOS FEDERAIS

• O Governo Federal, no início do século XX, criou o Território do Acre. Em 1920, as populações dos municípios de Macapá e Mazagão, conjuntamente, pleitearam essa condição jurídica. Mas, a criação de novos Territórios Federais somente começou a se configurar, quando da promulgação das Constituições de 1934 e 1937. Através dessas Cartas Magnas, proclamou-se a criação de áreas territoriais administradas pelo Governo Federal, compostas de terras desmembradas do Estado que revelasse incapacidade financeira para administra-las e promover-lhes o desenvolvimento.

Território Federal do Amapá

CRIAÇÃO DOS TERRITÓRIOS FEDERAIS • Embora a redivisão de alguns Estados fosse obrigatória, não se

providenciava sua execução na celeridade que a questão exigia. Somente em 10 de dezembro de 1940, iniciaram-se ações políticas para criar essas unidades federadas, quando o presidente Getúlio Vargas, em Manaus, afirmou que, a partir daquela data, a recuperação da Amazônia seria uma prioridade de seu governo, inclusive com a redivisão territorial da região.

• Essa redivisão, no entanto, viria a ocorrer quase três anos depois, ou seja, no dia 13 de setembro de 1943, com a edição do decreto-lei 5.812, que criou os seguintes Territórios Federais:

– Rio Branco (hoje Roraima), desmembrado do Estado do Amazonas;– Guaporé (hoje Rondônia), desmembrado dos Estados do Amazonas

e Mato Grosso;– Ponta-Porã (extinto em 1946), desmembrado do Estado do Mato

Grosso;– Iguaçu (extinto em 1946), desmembrado dos Estados de Santa

Catarina e Paraná; e– Amapá, desmembrado do Estado do Pará, constituído das terras dos

municípios de Macapá, Amapá e Mazagão.


Mapa Político do Brasil


Rio Branco (hoje Roraima), desmembrado do Estado do Amazonas;

Guaporé (hoje Rondônia), desmembrado dos Estados do Amazonas e Mato Grosso;

Ponta-Porã (extinto em 1946), desmembrado do Estado do Mato Grosso;

Iguaçu (extinto em 1946), desmembrado dos Estados de Santa Catarina e Paraná; e

Amapá, desmembrado do Estado do Pará, constituído das terras dos municípios de Macapá, Amapá e Mazagão.

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CRIAÇÃO DOS TERRITÓRIOS FEDERAIS • Os Territórios Federais criados pelo presidente Getúlio

Vargas, também, visavam a formação de áreas que protegessem as fronteiras brasileiras, numa época que a Segunda Guerra Mundial estava em seu ápice. Dentro desse contexto, o Território do Amapá, destacava-se dos demais por sua posição geográfica estratégica e por terem os norte-americanos, em 1941, construído na área, uma imponente base militar aérea, que servia de ponto estratégico para incursões até ao norte de África, durante o conflito e proteção da Amazônia, onde novamente a exploração da borracha ressurgia como principal produto, em decorrência das tropas japonesas ameaçarem os seringais asiáticos, que abasteciam os mercados dos Estados Unidos e Europa.


O 1º GOVERNANTE DOS AMAPAENSES • A nomeação do primeiro governador do

Território Federal do Amapá ocorreu no dia 27 de dezembro de 1943, com a escolha recaindo sobre o capitão do Exército, Janary Gentil Nunes, que contava com 31 anos.

• Tornava-se o primeiro governante dos amapaenses devido a méritos militares, associados a reivindicações do amapaense, general João Álvares de Azevedo Costa, quando também concorria ao cargo, o capitão Emanoel de Almeida Morais, que havia sido prefeito de Manaus por duas vezes e governado interinamente, o Estado do Amazonas.


O 1º GOVERNANTE DOS AMAPAENSES • Janary Nunes governou o Território do Amapá

por mais de doze anos, exercendo um governo autoritário e populista, mas tomando muitas decisões, visando o bem-estar do povo, como:– integrou amapaenses ao serviço público;– dinamizou o sistema educacional, construindo

novas escolas e reciclando os professores;– implementou a agricultura e pecuária criando pólos

de produção, como a Colônia Agrícola de Matapi e Posto Agropecuário de Fazendinha;

– iniciou o ordenamento urbanístico de Macapá, saneando e construindo conjuntos residenciais; e

– construiu o Hospital Geral, Maternidade e postos médicos na zona rural.


• JORGE NOVA DA COSTA foi indicado durante a presidência

de José de Sarney. ( ) Brasil assistia ao nascimento da Nova República, nada mais apropriado do que o Território ser administrado por um civil.

• Governou o Território do Amapá, interinamente, de 10 de julho de 1985 a 03 de abril de 1986; foi efetivado no cargo para o período de 04 de abril de 1986 a 18 de dezembro de 1988, ficando, porém até abril de1990.

• Em 05 de outubro de 1988, o Amapá, através da Assembléia Constituinte, foi finalmente transformado em mais um Estado da Federação.

Território Federal do Amapá para Estado do Amapá

- Enquanto não concretizada a transformação em Estado, nos termos do artigo, o Território do Amapá será beneficiado pela transferência de recursos prevista nos artigos 159 da Constituição e 34 deste ato.

Os dispositivos constitucionais determinavam:

- A instalação do Estado dar-se-á com a posse do governador eleito em 1990.

- 0 Presidente da República até quarenta e cinco dias após a Promulgação da Constituição, encaminhará à apreciação do Senado Federal, o nome do Governador do Estado do Amapá, que exercerá o Poder Executivo até a instalação do Estado, com a posse do governador eleito.

O Contexto da República “Democrática” • Após a vitória de Fernando Collor de Melo na eleição para

Presidente da República do Brasil, realizada em 05 de outubro de 1990, o governador Jorge Nova da Costa, em abril de 1990, foi exonerado do cargo.

• Porém, não aceitou esta decisão amistosamente. Recorreu à justiça para permanecer à frente do governo do Amapá até a posse do primeiro governador eleito. Enquanto o impasse persistia, assumia o Governo do Estado o tenente-coronel Doly Mendes Boucinha. Apesar do apelo à justiça, Jorge Nova da Costa não conseguiu retornar ao governo.


O Contexto da República “Democrática”

• DOLY MENDES BOUCINHA assume o governo do Amapá, provisoriamente, por ordem recém-empossado Fernando Collor de Melo.

• O tenente-coronel Doly Mendes Boucinha permaneceu no cargo de abril a maio de 1990. É óbvio que sua curta passagem pelo cargo não lhe permitiu assumir de fato o cargo, sequer conseguiu fazer modificação nos quadros da administração pública.

• O fato mais importante do seu "governo relâmpago" foi exatamente a substituição do seu nome pelo advogado Gilton Pinto Garcia para comandar o destino do Estado.


GILTON PINTO GARCIA

Nomeado pelo presidente da República Fernando Collor de Mello, governou o Amapá de 25 de maio de 1990 a dezembro de 1990. E considerado o governador da transição. Sua trajetória no Amapá não foi muito diferente do governador anterior. Quando os amapaenses estavam se acostumando com sua presença, Gilton Pinto Garcia teve de se despedir para deixar o governo para o novo governador eleito pelo povo, o comandante Anníbal Barcellos.

O Contexto da República “Democrática”•

• Com a transformação do Amapá em Estado também foi aumentada e ampliada a representação parlamentar em nível federal, passando a ter direito à vaga oito deputados federais e três ao Senado, eleitos pelo povo no âmbito estadual. eleitorado amapaense teve também assegurada a prerrogativa de eleger o governador e vinte e quatro deputados estaduais.

• O deputado Anníbal Barcellos, Elegeu-se derrotando, no segundo turno, uma coligação de esquerda, liderada pelo candidato do Partido dos Trabalhadores, o médico Gilson Rocha, obtendo quase 70% dos votos.


O Contexto da República “Democrática”•

• A Assembléia Legislativa do Estado do Amapá deu autonomia ao Estado do Amapá, e foi instalada em 1.° de janeiro de 1991.

• Constituição Estadual que foi promulgada em 20 de dezembro de 1991, seguindo orientações políticas do governo.

• Dois meses depois de assumir o cargo Anníbal Barcellos fez uma avaliação da sua volta ao governo do Amapá. 0 cargo desta vez tinha sido conferido pela vontade do povo na eleição de 1990. Governou o Amapá de janeiro de 1991 a dezembro de 1994.


Obs. Durante o governo de Barcellos da época do Território havia a disseminação do espírito paternalista dos governantes em que o Estado era o grande patrão.

A adaptação do governo Anníbal Barcellos à nova situação, no entanto, se deu naturalmente e foi facilitada por ele ter conseguido eleger a maioria dos deputados, tanto na incipiente Assembléia Legislativa como na Câmera Federal, contando também com o apoio de dois senadores do seu grupo.

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