hi(e)stória de jesus?!

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Hi(E)stória de Jesus?! O problema que pesquisadores sinceros e com mentes objetivas têm com esta história espantosa é: por que os registros históricos de escritores gregos, romanos e judeus não cristãos praticamente não dizem nada sobre Jesus de Nazaré? Certamente que notícias sobre acontecimentos como esses, se fossem verdadeiras, teriam se espalhado por todo o mundo mediterrâneo. E, no entanto, os escritos que sobreviveram, de uns 35 a 40 observadores independentes durante os primeiros 100 anos que se seguiram suposta crucificação e ressurreição de Jesus, praticamente não confirmam nada. Estes autores eram respeitados, viajados, sabiam se expressar, observavam e analisavam os fatos, eram os filósofos, poetas, moralistas e historiadores daquela época. Entre as mais destacadas personalidades que não mencionam Jesus, temos: Sêneca (4 a.C. – 65 d.C.) — Um dos mais famosos autores romanos sobre ética, filosofia e moral e um cientista que registrou eclipses e terremotos. As cartas que teria trocado com Paulo se revelaram uma fraude, mais tarde. Plínio, o velho (23 d.C. – 79 d.C.) — História natural. Escreveu 37 livros sobre eventos como terremotos, eclipses e tratamentos médicos. Quintiliano (39 d.C. – 96 d.C.) — Escreveu “Instituio Oratio”, 12 livros sobre moral e virtude. Epitectus (55 d.C. – 135 d.C.) — Ex-escravo que se tornou renomado moralista e filósofo e escreveu sobre a “irmandade dos homens” e a importância de se ajudarem os pobres e oprimidos. Marcial (38 d.C. – 103 d.C.) — Escreveu poemas épicos sobre as loucuras humanas e as várias personalidades do império romano. Juvenal (55 d.C. – 127 d.C.) — Um dos maiores poetas satíricos de Roma. Escreveu sobre injustiça e tragédia no governo romano. Plutarco (46 d.C. – 119 d.C.) — Escritor grego que viajou de Roma a Alexandria. Escreveu “Moralia”, sobre moral e ética. Três romanos cujos escritos contêm referências mínimas a Cristo, Cresto ou cristãos: Plínio, o jovem (61 d.C. – 113 d.C.) — Foi proconsul da Bitínia (atual Turquia). Numa carta ao imperador Trajano, em 112 d.C., pergunta o que fazer quanto aos cristãos que “se reúnem regularmente antes da aurora, em dias determinados, para cantar louvores a Cristo como se ele fosse um deus”. Uns oitenta anos depois da morte de Jesus, alguém estava adorando a um Cristo (messias, em hebraico)! Entretanto, nada se diz sobre se este Cristo era Jesus, o mestre milagreiro que foi crucificado e ressuscitou na Judéia ou se um Cristo mitológico das religiões pagãs de mistério. O próprio Jesus teria dito que haveria muitos falsos Cristos, portanto a afirmação de Plínio não contribui em muito para demonstrar que o Jesus de Nazaré existiu. Suetônio (69 d.C. – 122 d.C.) — Em “A vida dos imperadores”, com a história de 11 imperadores, ele conta, em 120 d.C., sobre o imperador Cláudio (41 d.C. – 54 d.C.), que ele “expulsou de Roma os judeus que, sob a influência de Cresto, viviam causando tumultos”. Quem é Cresto? Não há menção a Jesus. Seria este Cresto um agitador judeu, um dos muitos falsos messias, ou um Cristo mítico? Este trecho não prova nada sobre a historicidade de um Jesus de Nazaré. Tácito (56 d.C. – 120 d.C.) — Famoso historiador romano. Seu “Annuals”, referente ao período 14-68 d.C., Livro 15, capítulo 44, escrito por volta de 115 d.C., contém a primeira referência a Cristo como um homem executado na Judéia por Pôncio Pilatos. Tácito declara que “Cristo, o fundador, sofreu a pena de morte no reino de Tibério, por ordem do procurador Pôncio Pilatos”. Os estudiosos apontam várias razões para se suspeitar de que este trecho não seja de Tácito nem de registros romanos, e sim uma inserção posterior na obra de Tácito: A referência a Pilatos como procurador seria apropriada na época de Tácito, mas, na época de Pilatos, o título correto era “prefeito”. Se Tácito escreveu este trecho no início do segundo século, por que os Pais da Igreja, como Tertuliano, Clemente, Orígenes e até Eusébio, que tanto procuraram por provas da historicidade de Jesus, não o citam? Tácito só passa a ser citado por escritores cristãos a partir do século 15. O que é claro e indiscutível é que um período de 80 a 100 anos sem nenhum registro histórico confiável, depois de fatos de tal magnitude, é longo o bastante para levantar suspeitas. Além do mais, é insuficiente citar três relatos tão curtos e tão pouco informativos para provar que existiu um messias judeu milagreiro chamado Jesus que seria Deus em forma humana, foi crucificado e ressuscitou. Há três autores judeus importantes do primeiro século: Philo-Judaeus (15 a.C. – 50 d.C.) — de Alexandria, era um teólogo-filósofo judeu que falava grego. Ele conhecia bem Jerusalém porque sua família morava lá. Escreveu muita coisa sobre história e religião judaica do ponto de vista grego e ensinou alguns conceitos que também aparecem no evangelho de João e nas epístolas de Paulo. Por exemplo: Deus e sua Palavra são um só; a Palavra é o filho primogênito de Deus; Deus criou o mundo através de sua palavra; Deus unifica todas as coisas através de sua Palavra; a Palavra é fonte de vida eterna; a Palavra habita em nós e entre nós; todo julgamento cabe Palavra; a Palavra é imutável. Philo também ensinou sobre Deus ser um espírito, sobre a Trindade, sobre virgens que dão luz, judeus que pecam e irão para o inferno, pagãos que aceitam a Deus e irão para o céu e um Deus que é amor e perdoa. Entretanto, Philo, um judeu que viveu na vizinha Alexandria e que teria sido contemporâneo a Jesus, nunca menciona alguém com este nome nem nenhum milagreiro que teria sido crucificado e depois ressuscitou em Jerusalém, sem falar em eclipses, terremotos e santos judeus saindo dos túmulos e andando pela cidade. Por que? O completo silêncio de Philo é ensurdecedor! Flavius Josephus (37 d.C. – 103 d.C.) — era um fariseu que nasceu em Jerusalém, vivia em Roma e escreveu “História dos judeus” (79 d.C.) e “Antiguidades dos judeus” (93 d.C.). Apologistas cristãos (defensores da fé) consideram o testemunho de Josephus sobre Jesus a única evidência garantida da historicidade de Jesus. O testemunho citado se encontra em “Antiguidades dos judeus”. Ao contrário dos apologistas, entretanto, muitos estudiosos, inclusive os autores da Encyclopedia Britannica, consideram o trecho “uma inserção posterior feita por copistas cristãos”. Ele diz que: “Naquele tempo, nasceu Jesus, homem sábio, se é que se pode chamar homem, realizando coisas admiráveis e ensinando a todos os que quisessem inspirar-se na verdade. Não foi só seguido por muitos hebreus, como por alguns gregos, Era o Cristo. Sendo acusado por nossos chefes, do nosso país ante Pilatos, este o fez sacrificar. Seus seguidores não o abandonaram nem mesmo após sua morte. Vivo e ressuscitado, reapareceu ao terceiro dia após sua morte, como o haviam predito os santos profetas, quando realiza outras mil coisas milagrosas. A sociedade cristã que ainda hoje subsiste, tomou dele o nome que usa.” Por que este trecho é considerado uma inserção posterior? Josephus era um fariseu. Só um cristão diria que Jesus era o Cristo. Josephus teria tido que renunciar s suas crenças para dizer isto, e Josephus morreu ainda um fariseu. Josephus costumava escrever capítulos e mais capítulos sobre gente insignificante e eventos obscuros. Como é possível que ele tenha despachado Jesus, uma pessoa tão importante, com apenas algumas frases? Os parágrafos antes e depois deste trecho descrevem como os romanos reprimiram violentamente as sucessivas rebeliões judaicas. O parágrafo anterior começa com “por aquela época, mais uma triste calamidade desorientou os judeus”. Será que “triste calamidade” se refere vinda do “realizador de mil coisas milagrosas” ou aos romanos matando judeus? Esta suposta referência a Jesus não tem nada a ver com o parágrafo anterior. Parece mais uma inclusão posterior, fora de contexto. Finalmente, e o que é ainda mais convincente, se Josephus realmente tivesse feito esta referência a Jesus, os Pais da Igreja pelos 200 anos seguintes certamente o teriam usado para se defender das acusações de que Jesus seria apenas mais um mito. Contudo, Justino, Irineu, Tertuliano, Clemente de Alexandria e Orígenes nunca citam este trecho. Sabemos que Orígenes leu Josephus porque ele deixou textos criticando Josephus por este atribuir a destruição de Jerusalém morte de Tiago. Aliás, Orígenes declara expressamente que Josephus, que falava de João Batista, nunca reconheceu Jesus como o Messias (”Contra Celsum”, I, 47). Não somente a referência de Josephus a Jesus parece fraudulenta como outras menções a fatos históricos em seus livros contradizem e omitem histórias do Novo Testamento: A Bíblia diz que João Batista foi morto por volta de 30 d.C., no início da vida pública de Jesus. Josephus, contudo, diz que Herodes matou João durante sua guerra contra o rei Aertus da Arábia, em 34 – 37 d.C. Josephus não menciona a celebração de Pentecostes em Jerusalém, quando, supostamente: judeus devotos de todas as nações se reuniram e receberam o Espírito Santo, sendo capazes de entender os apóstolos cada qual em sua própria língua; Pedro, um pescador judeu, se torna o líder da nova igreja; um colega fariseu de Josephus, Saulo de Tarso, se torna o apóstolo Paulo; a nova igreja passa por um crescimento explosivo na Palestina, Alexandria, Grécia e Roma, onde morava Josephus. O suposto martírio de Pedro e Paulo em Roma, por volta de 60 d.C., não é mencionado por Josephus. Os apologistas cristãos, que depositam tanta confiança na veracidade do testemunho de Josephus sobre Jesus, parecem não se importar com suas omissões posteriores. A Encyclopedia Britannica afirma que os cristãos distorceram os fatos ao enxertar o trecho sobre Jesus. Isto é verdade? Eusébio (265-339 d.C.), reconhecido como o “Pai da história da Igreja” e nomeado supervisor da doutrina pelo imperador Constantino, escreve em seu “Preparação do evangelho”, ainda hoje publicado por editoras cristãs como a Baker House, que “às vezes é necessário mentir para beneficiar àqueles que requerem tal tratamento”. Eusébio, um dos cristãos que mais influenciou a história da Igreja, aprovou a fraude como meio de promover o cristianismo! A probabilidade de o cristianismo de Constantino ser uma fraude está diretamente relacionada à desesperada necessidade de encontrar evidências a favor da historicidade de Jesus. Sem o suposto testemunho de Josephus, não resta nehuma evidência confiável de origem não cristã. Justus de Tiberíades é o terceiro escritor judeu do primeiro século. Seus escritos foram perdidos, mas Photius, patriarca de Constantinopla (878-886 d.C.), escreveu “Bibleotheca”, onde ele comenta a obra de Justus. Photius diz que “do advento de Cristo, das coisas que lhe aconteceram ou dos milagres que ele realizou, não há absolutamente nenhuma menção (em Justus)”. Justus vivia em Tiberíades, na Galiléia (João 6:23). Seus escritos são anteriores às “Antiguidades” de Josephus, de 93 d.C., portanto é provável que ele tenha vivido durante ou imediatamente após a suposta época de Jesus, mas é notável que nada tenha mencionado sobre ele. A literatura rabínica seria logicamente o outro lugar para se pesquisar a historicidade de Jesus de Nazaré. O Novo Testamento alega que Jesus é o cumprimento da profecia judaica sobre o messias, crucificado no dia da Páscoa. Naquele dia, supostamente houve um terremoto em Jerusalém, a cortina de seu templo se rasgou de alto a baixo, houve um eclipse do sol, santos judeus ressuscitaram e andaram pela cidade. Três dias depois, Jesus ressuscitou e depois subiu aos céus diante de todos. Algum tempo depois, no dia de Pentecostes, os judeus de várias nações se reuniram e viram o Espírito Santo descer na forma de línguas de fogo; a igreja cristã se expandiu de forma explosiva entre judeus e pagãos, com sinais e milagres acontecendo por toda a parte. Em 70 d.C., Jerusalém foi cercada pelos romanos, que destruíram Israel como nação e dispersaram os judeus. Ainda que os rabinos não aceitassem Jesus como o Messias, o impacto dos acontecimentos à volta de Jesus logicamente teria sido registrado nos comentários ao Talmud (os midrash). A história e a tradição oral dos judeus registradas nos midrash foram atualizadas e receberam sua forma final pelo rabino Jehudah ha-Qadosh por volta de 220 d.C. Em seu livro “O Jesus que os judeus nunca conheceram”, Frank Zindler diz que não há uma única fonte rabínica da época que fale da vida de um falso messias do primeiro século, dos acontecimentos envolvendo a crucificação e ressurreição de Jesus ou de qualquer pessoa que lembre o Jesus do cristianismo. Não há locais históricos na Terra Santa que confirmem a historicidade de Jesus de Nazaré. Monges, padres e guias turísticos que levam peregrinos cristãos (aceitam-se doações) aos locais dos acontecimentos descritos na Bíblia dificilmente podem ser considerados pessoas isentas. Ainda citando Zindler, “Não há confirmação não tendenciosa desses locais.” Nazaré não é mencionada nem uma vez no Antigo Testamento. O Talmud cita 63 cidades da Galiléia, mas não Nazaré. Josephus menciona 45 cidades ou vilarejos da Galiléia, mas nem uma vez cita Nazaré. Josephus menciona Japha, que é um subúrbio da Nazaré de hoje. Lucas 4:28-30 diz que Nazaré tinha uma sinagoga e que a borda da colina sobre a qual ela tinha sido construída era alta o suficiente para que Jesus morresse se o tivessem realmente jogado lá de cima. Contudo, a Nazeré de nossos dias ocupa o fundo de um vale e a parte de baixo de uma colina. Não há “topo de colina”. Além disso, não há nenhum vestígio de sinagogas do primeiro século. Orígenes (182-254 d.C.), que viveu em Cesaréia, a umas 30 milhas da atual Nazaré, também não fala em Nazaré. A primeira referência à cidade surge em Eusébio, no século 4. O melhor que podemos imaginar é que Nazaré só surgiu depois do século 2. Esta falta de evidência histórica parece ser a explicação para o fato de não haver nenhuma menção a Nazaré em nenhum registro, de nenhuma origem não cristã. Ou seja, Nazaré não existia no primeiro século. Não há tempo nem espaço para se falar de outras cidades significativas citadas no Novo Testamento, mas as evidências históricas e arqueológicas quanto a Cafarnaum (mencionada 16 vezes no N.T.) e Betânia, ou o Calvário, são, assim como no caso de Nazaré, igualmente fracas e até mesmo desmentem as Escrituras. Mentes críticas e objetivas se destacam por procurar confirmação imparcial dos supostos fatos. Quando a única evidência disponível de um acontecimento ou de seus resultados é, não apenas questionável e suspeita, mas também aquilo que os divulgadores do acontecimento ou resultado querem que você acredite, convém desconfiar. O fato é que os escritores judeus não-cristãos, gregos e romanos das décadas que se seguiram à suposta crucificação e ressurreição de Jesus nada dizem sobre ninguém chamado Jesus de Nazaré. Uma pessoa justa sempre estará disposta a analisar novas evidências, mas, 2 mil anos depois, o cristianismo continua tendo tantas evidências imparciais sobre Jesus quanto sobre o Mágico de Oz, Zeus ou qualquer um dos muitos deuses-redentores daquela época. Referências “The Jesus the Jews Never Knew” por Frank R. Zindler Encyclopedia Britannica “Deconstructing Jesus” por Robert Price, Ph.D. Obras completas de Josephus, tradução de William Whiston, Ph.D. “The Jesus Puzzle” por Earl Doherty “The Jesus Mysteries” por Timothy Freke e Peter Gandy

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O problema que pesquisadores sinceros e com mentes objetivas têm com esta história espantosa é: por que os registros históricos de escritores gregos, romanos e judeus não cristãos praticamente não dizem nada sobre Jesus de Nazaré? Certamente que notícias sobre acontecimentos como esses, se fossem verdadeiras, teriam se espalhado por todo o mundo mediterrâneo. E, no entanto, os escritos que sobreviveram, de uns 35 a 40 observadores independentes durante os primeiros 100 anos que se seguiram suposta crucificação e ressurreição de Jesus, praticamente não confirmam nada. Estes autores eram respeitados, viajados, sabiam se expressar, observavam e analisavam os fatos, eram os filósofos, poetas, moralistas e historiadores daquela época. Entre as mais destacadas personalidades que não mencionam Jesus, temos..

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  • Hi(E)stria de Jesus?!O problema que pesquisadores sinceros e com mentes objetivas tm com esta histria espantosa : por que os registros histricos de escritores gregos, romanos e judeus no cristos praticamente no dizem nada sobre Jesus de Nazar? Certamente que notcias sobre acontecimentos como esses, se fossem verdadeiras, teriam se espalhado por todo o mundo mediterrneo. E, no entanto, os escritos que sobreviveram, de uns 35 a 40 observadores independentes durante os primeiros 100 anos que se seguiram suposta crucificao e ressurreio de Jesus, praticamente no confirmam nada. Estes autores eram respeitados, viajados, sabiam se expressar, observavam e analisavam os fatos, eram os filsofos, poetas, moralistas e historiadores daquela poca. Entre as mais destacadas personalidades que no mencionam Jesus, temos:Sneca (4 a.C. 65 d.C.) Um dos mais famosos autores romanos sobre tica, filosofia e moral e um cientista que registrou eclipses e terremotos. As cartas que teria trocado com Paulo se revelaram uma fraude, mais tarde.Plnio, o velho (23 d.C. 79 d.C.) Histria natural. Escreveu 37 livros sobre eventos como terremotos, eclipses e tratamentos mdicos.Quintiliano (39 d.C. 96 d.C.) Escreveu Instituio Oratio, 12 livros sobre moral e virtude.Epitectus (55 d.C. 135 d.C.) Ex-escravo que se tornou renomado moralista e filsofo e escreveu sobre a irmandade dos homens e a importncia de se ajudarem os pobres e oprimidos.Marcial (38 d.C. 103 d.C.) Escreveu poemas picos sobre as loucuras humanas e as vrias personalidades do imprio romano.Juvenal (55 d.C. 127 d.C.) Um dos maiores poetas satricos de Roma. Escreveu sobre injustia e tragdia no governo romano.Plutarco (46 d.C. 119 d.C.) Escritor grego que viajou de Roma a Alexandria. Escreveu Moralia, sobre moral e tica.Trs romanos cujos escritos contm referncias mnimas a Cristo, Cresto ou cristos:Plnio, o jovem (61 d.C. 113 d.C.) Foi proconsul da Bitnia (atual Turquia). Numa carta ao imperador Trajano, em 112 d.C., pergunta o que fazer quanto aos cristos que se renem regularmente antes da aurora, em dias determinados, para cantar louvores a Cristo como se ele fosse um deus. Uns oitenta anos depois da morte de Jesus, algum estava adorando a um Cristo (messias, em hebraico)! Entretanto, nada se diz sobre se este Cristo era Jesus, o mestre milagreiro que foi crucificado e ressuscitou na Judia ou se um Cristo mitolgico das religies pags de mistrio. O prprio Jesus teria dito que haveria muitos falsos Cristos, portanto a afirmao de Plnio no contribui em muito para demonstrar que o Jesus de Nazar existiu.Suetnio (69 d.C. 122 d.C.) Em A vida dos imperadores, com a histria de 11 imperadores, ele conta, em 120 d.C., sobre o imperador Cludio (41 d.C. 54 d.C.), que ele expulsou de Roma os judeus que, sob a influncia de Cresto, viviam causando tumultos. Quem Cresto? No h meno a Jesus. Seria este Cresto um agitador judeu, um dos muitos falsos messias, ou um Cristo mtico? Este trecho no prova nada sobre a historicidade de um Jesus de Nazar.Tcito (56 d.C. 120 d.C.) Famoso historiador romano. Seu Annuals, referente ao perodo 14-68 d.C., Livro 15, captulo 44, escrito por volta de 115 d.C., contm a primeira referncia a Cristo como um homem executado na Judia por Pncio Pilatos. Tcito declara que Cristo, o fundador, sofreu a pena de morte no reino de Tibrio, por ordem do procurador Pncio Pilatos. Os estudiosos apontam vrias razes para se suspeitar de que este trecho no seja de Tcito nem de registros romanos, e sim uma insero posterior na obra de Tcito:A referncia a Pilatos como procurador seria apropriada na poca de Tcito, mas, na poca de Pilatos, o ttulo correto era prefeito.Se Tcito escreveu este trecho no incio do segundo sculo, por que os Pais da Igreja, como Tertuliano, Clemente, Orgenes e at Eusbio, que tanto procuraram por provas da historicidade de Jesus, no o citam?Tcito s passa a ser citado por escritores cristos a partir do sculo 15.O que claro e indiscutvel que um perodo de 80 a 100 anos sem nenhum registro histrico confivel, depois de fatos de tal magnitude, longo o bastante para levantar suspeitas. Alm do mais, insuficiente citar trs relatos to curtos e to pouco informativos para provar que existiu um messias judeu milagreiro chamado Jesus que seria Deus em forma humana, foi crucificado e ressuscitou.H trs autores judeus importantes do primeiro sculo:Philo-Judaeus (15 a.C. 50 d.C.) de Alexandria, era um telogo-filsofo judeu que falava grego. Ele conhecia bem Jerusalm porque sua famlia morava l. Escreveu muita coisa sobre histria e religio judaica do ponto de vista grego e ensinou alguns conceitos que tambm aparecem no evangelho de Joo e nas epstolas de Paulo. Por exemplo: Deus e sua Palavra so um s; a Palavra o filho primognito de Deus; Deus criou o mundo atravs de sua palavra; Deus unifica todas as coisas atravs de sua Palavra; a Palavra fonte de vida eterna; a Palavra habita em ns e entre ns; todo julgamento cabe Palavra; a Palavra imutvel.Philo tambm ensinou sobre Deus ser um esprito, sobre a Trindade, sobre virgens que do luz, judeus que pecam e iro para o inferno, pagos que aceitam a Deus e iro para o cu e um Deus que amor e perdoa. Entretanto, Philo, um judeu que viveu na vizinha Alexandria e que teria sido contemporneo a Jesus, nunca menciona algum com este nome nem nenhum milagreiro que teria sido crucificado e depois ressuscitou em Jerusalm, sem falar em eclipses, terremotos e santos judeus saindo dos tmulos e andando pela cidade. Por que? O completo silncio de Philo ensurdecedor!Flavius Josephus (37 d.C. 103 d.C.) era um fariseu que nasceu em Jerusalm, vivia em Roma e escreveu Histria dos judeus (79 d.C.) e Antiguidades dos judeus (93 d.C.). Apologistas cristos (defensores da f) consideram o testemunho de Josephus sobre Jesus a nica evidncia garantida da historicidade de Jesus. O testemunho citado se encontra em Antiguidades dos judeus. Ao contrrio dos apologistas, entretanto, muitos estudiosos, inclusive os autores da Encyclopedia Britannica, consideram o trecho uma insero posterior feita por copistas cristos. Ele diz que:Naquele tempo, nasceu Jesus, homem sbio, se que se pode chamar homem, realizando coisas admirveis e ensinando a todos os que quisessem inspirar-se na verdade. No foi s seguido por muitos hebreus, como por alguns gregos, Era o Cristo. Sendo acusado por nossos chefes, do nosso pas ante Pilatos, este o fez sacrificar. Seus seguidores no o abandonaram nem mesmo aps sua morte. Vivo e ressuscitado, reapareceu ao terceiro dia aps sua morte, como o haviam predito os santos profetas, quando realiza outras mil coisas milagrosas. A sociedade crist que ainda hoje subsiste, tomou dele o nome que usa.Por que este trecho considerado uma insero posterior?Josephus era um fariseu. S um cristo diria que Jesus era o Cristo. Josephus teria tido que renunciar s suas crenas para dizer isto, e Josephus morreu ainda um fariseu.Josephus costumava escrever captulos e mais captulos sobre gente insignificante e eventos obscuros. Como possvel que ele tenha despachado Jesus, uma pessoa to importante, com apenas algumas frases?Os pargrafos antes e depois deste trecho descrevem como os romanos reprimiram violentamente as sucessivas rebelies judaicas. O pargrafo anterior comea com por aquela poca, mais uma triste calamidade desorientou os judeus. Ser que triste calamidade se refere vinda do realizador de mil coisas milagrosas ou aos romanos matando judeus? Esta suposta referncia a Jesus no tem nada a ver com o pargrafo anterior. Parece mais uma incluso posterior, fora de contexto.Finalmente, e o que ainda mais convincente, se Josephus realmente tivesse feito esta referncia a Jesus, os Pais da Igreja pelos 200 anos seguintes certamente o teriam usado para se defender das acusaes de que Jesus seria apenas mais um mito. Contudo, Justino, Irineu, Tertuliano, Clemente de Alexandria e Orgenes nunca citam este trecho. Sabemos que Orgenes leu Josephus porque ele deixou textos criticando Josephus por este atribuir a destruio de Jerusalm morte de Tiago. Alis, Orgenes declara expressamente que Josephus, que falava de Joo Batista, nunca reconheceu Jesus como o Messias (Contra Celsum, I, 47).No somente a referncia de Josephus a Jesus parece fraudulenta como outras menes a fatos histricos em seus livros contradizem e omitem histrias do Novo Testamento:A Bblia diz que Joo Batista foi morto por volta de 30 d.C., no incio da vida pblica de Jesus. Josephus, contudo, diz que Herodes matou Joo durante sua guerra contra o rei Aertus da Arbia, em 34 37 d.C.Josephus no menciona a celebrao de Pentecostes em Jerusalm, quando, supostamente: judeus devotos de todas as naes se reuniram e receberam o Esprito Santo, sendo capazes de entender os apstolos cada qual em sua prpria lngua; Pedro, um pescador judeu, se torna o lder da nova igreja; um colega fariseu de Josephus, Saulo de Tarso, se torna o apstolo Paulo; a nova igreja passa por um crescimento explosivo na Palestina, Alexandria, Grcia e Roma, onde morava Josephus. O suposto martrio de Pedro e Paulo em Roma, por volta de 60 d.C., no mencionado por Josephus. Os apologistas cristos, que depositam tanta confiana na veracidade do testemunho de Josephus sobre Jesus, parecem no se importar com suas omisses posteriores.A Encyclopedia Britannica afirma que os cristos distorceram os fatos ao enxertar o trecho sobre Jesus. Isto verdade? Eusbio (265-339 d.C.), reconhecido como o Pai da histria da Igreja e nomeado supervisor da doutrina pelo imperador Constantino, escreve em seu Preparao do evangelho, ainda hoje publicado por editoras crists como a Baker House, que s vezes necessrio mentir para beneficiar queles que requerem tal tratamento. Eusbio, um dos cristos que mais influenciou a histria da Igreja, aprovou a fraude como meio de promover o cristianismo! A probabilidade de o cristianismo de Constantino ser uma fraude est diretamente relacionada desesperada necessidade de encontrar evidncias a favor da historicidade de Jesus. Sem o suposto testemunho de Josephus, no resta nehuma evidncia confivel de origem no crist.Justus de Tiberades o terceiro escritor judeu do primeiro sculo. Seus escritos foram perdidos, mas Photius, patriarca de Constantinopla (878-886 d.C.), escreveu Bibleotheca, onde ele comenta a obra de Justus. Photius diz que do advento de Cristo, das coisas que lhe aconteceram ou dos milagres que ele realizou, no h absolutamente nenhuma meno (em Justus). Justus vivia em Tiberades, na Galilia (Joo 6:23). Seus escritos so anteriores s Antiguidades de Josephus, de 93 d.C., portanto provvel que ele tenha vivido durante ou imediatamente aps a suposta poca de Jesus, mas notvel que nada tenha mencionado sobre ele.A literatura rabnica seria logicamente o outro lugar para se pesquisar a historicidade de Jesus de Nazar. O Novo Testamento alega que Jesus o cumprimento da profecia judaica sobre o messias, crucificado no dia da Pscoa. Naquele dia, supostamente houve um terremoto em Jerusalm, a cortina de seu templo se rasgou de alto a baixo, houve um eclipse do sol, santos judeus ressuscitaram e andaram pela cidade. Trs dias depois, Jesus ressuscitou e depois subiu aos cus diante de todos. Algum tempo depois, no dia de Pentecostes, os judeus de vrias naes se reuniram e viram o Esprito Santo descer na forma de lnguas de fogo; a igreja crist se expandiu de forma explosiva entre judeus e pagos, com sinais e milagres acontecendo por toda a parte. Em 70 d.C., Jerusalm foi cercada pelos romanos, que destruram Israel como nao e dispersaram os judeus.Ainda que os rabinos no aceitassem Jesus como o Messias, o impacto dos acontecimentos volta de Jesus logicamente teria sido registrado nos comentrios ao Talmud (os midrash). A histria e a tradio oral dos judeus registradas nos midrash foram atualizadas e receberam sua forma final pelo rabino Jehudah ha-Qadosh por volta de 220 d.C. Em seu livro O Jesus que os judeus nunca conheceram, Frank Zindler diz que no h uma nica fonte rabnica da poca que fale da vida de um falso messias do primeiro sculo, dos acontecimentos envolvendo a crucificao e ressurreio de Jesus ou de qualquer pessoa que lembre o Jesus do cristianismo.No h locais histricos na Terra Santa que confirmem a historicidade de Jesus de Nazar. Monges, padres e guias tursticos que levam peregrinos cristos (aceitam-se doaes) aos locais dos acontecimentos descritos na Bblia dificilmente podem ser considerados pessoas isentas. Ainda citando Zindler, No h confirmao no tendenciosa desses locais. Nazar no mencionada nem uma vez no Antigo Testamento. O Talmud cita 63 cidades da Galilia, mas no Nazar. Josephus menciona 45 cidades ou vilarejos da Galilia, mas nem uma vez cita Nazar. Josephus menciona Japha, que um subrbio da Nazar de hoje. Lucas 4:28-30 diz que Nazar tinha uma sinagoga e que a borda da colina sobre a qual ela tinha sido construda era alta o suficiente para que Jesus morresse se o tivessem realmente jogado l de cima. Contudo, a Nazer de nossos dias ocupa o fundo de um vale e a parte de baixo de uma colina. No h topo de colina. Alm disso, no h nenhum vestgio de sinagogas do primeiro sculo. Orgenes (182-254 d.C.), que viveu em Cesaria, a umas 30 milhas da atual Nazar, tambm no fala em Nazar. A primeira referncia cidade surge em Eusbio, no sculo 4. O melhor que podemos imaginar que Nazar s surgiu depois do sculo 2. Esta falta de evidncia histrica parece ser a explicao para o fato de no haver nenhuma meno a Nazar em nenhum registro, de nenhuma origem no crist. Ou seja, Nazar no existia no primeiro sculo.No h tempo nem espao para se falar de outras cidades significativas citadas no Novo Testamento, mas as evidncias histricas e arqueolgicas quanto a Cafarnaum (mencionada 16 vezes no N.T.) e Betnia, ou o Calvrio, so, assim como no caso de Nazar, igualmente fracas e at mesmo desmentem as Escrituras.Mentes crticas e objetivas se destacam por procurar confirmao imparcial dos supostos fatos. Quando a nica evidncia disponvel de um acontecimento ou de seus resultados , no apenas questionvel e suspeita, mas tambm aquilo que os divulgadores do acontecimento ou resultado querem que voc acredite, convm desconfiar. O fato que os escritores judeus no-cristos, gregos e romanos das dcadas que se seguiram suposta crucificao e ressurreio de Jesus nada dizem sobre ningum chamado Jesus de Nazar. Uma pessoa justa sempre estar disposta a analisar novas evidncias, mas, 2 mil anos depois, o cristianismo continua tendo tantas evidncias imparciais sobre Jesus quanto sobre o Mgico de Oz, Zeus ou qualquer um dos muitos deuses-redentores daquela poca.

    RefernciasThe Jesus the Jews Never Knew por Frank R. ZindlerEncyclopedia BritannicaDeconstructing Jesus por Robert Price, Ph.D.Obras completas de Josephus, traduo de William Whiston, Ph.D.The Jesus Puzzle por Earl DohertyThe Jesus Mysteries por Timothy Freke e Peter Gandy