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Scientia Amazonia, v. 6, n. 1, 94-106, 2017 Revista on-line http://www.scientia-amazonia.org ISSN:2238.1910 94 Hidrolato de Pau Rosa (Aniba rosaeodora duckei Kostermans) como insumo para cosméticos Erick Max Mourão Monteiro de Aguiar 1 , Liliam Gleicy de Souza Oliveira 2 , Valdir Florêncio da Veiga Junior 3 Submetido 07/07/2016 Aceito 16/11/2016 Publicado on-line 16/11/2016 Resumo O pau rosa, Aniba duckei Kostermans, pertence à família Lauraceae. Esta espécie fornece óleo essencial de alto valor agregado, bastante conhecido por possuir atividades biológicas e aplicação nas indústrias químicas, cosméticas e alimentícias. O linalol é o constituinte majoritário do óleo de pau rosa. Os óleos essenciais são misturas complexas de substâncias voláteis. Durante o processo de extração do óleo essencial, a água que arrasta os constituintes voláteis fica aromatizada. Esta água aromatizada é chamada de hidrolato. Algumas empresas de extração de óleo essencial da Amazônia rejeitam o hidrolato, causando desperdício deste resíduo e, caso descartado, possíveis danos à fauna e ecossistemas nos ambientes onde essa atividade industrial é realizada. Visto também que há cheiro agradável do óleo essencial no hidrolato, acredita-se no seu potencial uso em formulações nas áreas de cosmética, larvicida e outras. Palavras-chave: Pau rosa, óleo essencial, hidrolato. Pau Rosa hydrolate (Aníba duckei Kostermans) as an input for cosmetics Rosewood, Aniba duckei Kostermans, belongs to the Lauraceae family. This species provides essential oil of high value-added, well known to possess biological and application activities in the chemical, cosmetic and food industries. The linalool is the major constituent of rosewood oil. Essential oils are complex mixtures of volatile substances. During the essential oil extraction process, the water that draws the volatile constituents is flavored. This flavored water is called hydrolate. Some essential oil extraction Amazon companies reject hydrolate, causing waste and this waste if discarded, possible damage to wildlife and ecosystems in environments where this industrial activity is performed. We observed that there is also pleasant smelling essential oil in hidrolact, it is believed in its potential use in cosmetic formulations areas, larvicidal and others. Keywords: Rosewood, essencial oil, hydrolate. 1 Acadêmico de Engenharia Química pelo Centro Universitário Luterano de Manaus. Avenida Carlos Drummond de Andrade, 1460 - Conjunto Atílio Andreazza - Japiim II. Manaus, Amazonas, Brasil. E-mail: [email protected] 2 Professora do Curso de Engenharia Química do Centro Universitário Luterano de Manaus. Avenida Carlos Drummond de Andrade, 1460 - Conjunto Atílio Andreazza - Japiim II. Manaus, Amazonas, Brasil. E-mail: [email protected] 3 Professor do Departamento de Química da Universidade Federal do Amazonas. Av. Gal. Rodrigo Octávio, 3.000, Coroado II, Manaus, Amazonas, Brasil. E-mail: [email protected]

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ISSN:2238.1910

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Hidrolato de Pau Rosa (Aniba rosaeodora duckei Kostermans) como insumo para

cosméticos

Erick Max Mourão Monteiro de Aguiar1, Liliam Gleicy de Souza Oliveira2, Valdir Florêncio da

Veiga Junior3

Submetido 07/07/2016 – Aceito 16/11/2016 – Publicado on-line 16/11/2016

Resumo

O pau rosa, Aniba duckei Kostermans, pertence à família Lauraceae. Esta espécie fornece óleo essencial de

alto valor agregado, bastante conhecido por possuir atividades biológicas e aplicação nas indústrias químicas,

cosméticas e alimentícias. O linalol é o constituinte majoritário do óleo de pau rosa. Os óleos essenciais são

misturas complexas de substâncias voláteis. Durante o processo de extração do óleo essencial, a água que

arrasta os constituintes voláteis fica aromatizada. Esta água aromatizada é chamada de hidrolato. Algumas

empresas de extração de óleo essencial da Amazônia rejeitam o hidrolato, causando desperdício deste

resíduo e, caso descartado, possíveis danos à fauna e ecossistemas nos ambientes onde essa atividade

industrial é realizada. Visto também que há cheiro agradável do óleo essencial no hidrolato, acredita-se no

seu potencial uso em formulações nas áreas de cosmética, larvicida e outras.

Palavras-chave: Pau rosa, óleo essencial, hidrolato.

Pau Rosa hydrolate (Aníba duckei Kostermans) as an input for cosmetics Rosewood, Aniba

duckei Kostermans, belongs to the Lauraceae family. This species provides essential oil of high value-added,

well known to possess biological and application activities in the chemical, cosmetic and food industries.

The linalool is the major constituent of rosewood oil. Essential oils are complex mixtures of volatile

substances. During the essential oil extraction process, the water that draws the volatile constituents is

flavored. This flavored water is called hydrolate. Some essential oil extraction Amazon companies reject

hydrolate, causing waste and this waste if discarded, possible damage to wildlife and ecosystems in

environments where this industrial activity is performed. We observed that there is also pleasant smelling

essential oil in hidrolact, it is believed in its potential use in cosmetic formulations areas, larvicidal and

others.

Keywords: Rosewood, essencial oil, hydrolate.

1 Acadêmico de Engenharia Química pelo Centro Universitário Luterano de Manaus. Avenida Carlos Drummond de

Andrade, 1460 - Conjunto Atílio Andreazza - Japiim II. Manaus, Amazonas, Brasil. E-mail: [email protected] 2 Professora do Curso de Engenharia Química do Centro Universitário Luterano de Manaus. Avenida Carlos Drummond

de Andrade, 1460 - Conjunto Atílio Andreazza - Japiim II. Manaus, Amazonas, Brasil. E-mail:

[email protected] 3 Professor do Departamento de Química da Universidade Federal do Amazonas. Av. Gal. Rodrigo Octávio, 3.000,

Coroado II, Manaus, Amazonas, Brasil. E-mail: [email protected]

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1. Introdução O pau rosa, Aniba duckei Kostermans,

pertence à família Lauraceae, a qual possui 52

gêneros e cerca de 2500 a 3000 espécies. Sua

ocorrência se dá em regiões tropicais e

subtropicais do planeta. Esta espécie fornece óleo

essencial de alto valor agregado, bastante

conhecido por possuir atividades diversas na área

biológica; assim, tem aplicação nas indústrias

cosméticas, de alimentos e química. O linalol é o

constituinte majoritário do óleo de pau rosa.

Possui várias atividades biológicas já descritas na

literatura e tem sido pesquisado continuamente

(SOUZA et al., 2007; TELES, 2009).

Os óleos essenciais são misturas

complexas de substâncias voláteis, lipofílicas,

odoríferas e líquidas e são obtidos, normalmente,

por hidrodestilação e arraste a vapor, onde o

arraste a vapor d’água é o mais utilizado nas

indústrias (CHAAR, 2000). Durante o processo de

extração do óleo essencial, a água que arrasta os

constituintes voláteis fica aromatizada, a qual é

chamada de hidrolato (RODRIGUES et al., 2011).

O hidrolato possui as características semelhantes

às do seu óleo essencial, pois contém, geralmente,

de 0,05 a 0,20 g de óleo essencial por litro. De

igual modo do óleo essencial, o hidrolato de pau

rosa possui atividades biológicas contra Aedes

aegypti e Artemia frasciscana (TELES, 2009;

SOUZA et al., 2007).

Algumas empresas de extração de óleo

essencial da Amazônia rejeitam o hidrolato,

causando desperdício deste resíduo e, caso

descartado, possíveis danos à fauna e

ecossistemas nos ambientes onde essa atividade

industrial é realizada (TELES, 2009).

Visto também que há cheiro agradável do

óleo essencial no hidrolato, acredita-se no seu

potencial uso em formulações nas áreas de

cosmética, larvicida e outras. Por isso, há a

necessidade de desenvolver um processo para

obtenção dos constituintes do hidrolato de pau

rosa.

Neste trabalho pretendeu-se apresentar

como os hidrolatos tem grande utilização, tal que

o hidrolato de Aniba duckei Kostermans venha a

ser utilizado como insumo para cosmético.

2. Material e Método Foi pesquisado em artigos, dissertações,

teses e outras publicações várias informações das

utilizações de diversos hidrolato. Assim, foram

agrupadas neste trabalho tais informações.

3. Resultados e Discussão

3.1 Pau rosa A espécie Aniba duckei Kostermans,

pertencente à família Lauraceae, também

conhecida pelo nome de pau rosa, foi descoberta

no Brasil em Juriti Velho, no estado do Pará, em

1925 (CORREA et al., 1975; SIANI et al., 1999).

A família Lauraceae é distribuída,

normalmente, nas regiões tropicais e subtropicais

do planeta (Figura 1). É composta por 52 gêneros

e espécies variando em 2500 a 3000 (RIBEIRO et

al., 1999).

Figura 1. Região onde é distribuída a família Lauraceae . Fonte: http://www.mobot.org/mobot/research/apweb/orders/lauralesweb.htm

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As espécies do gênero Aniba destacam-se

pelo alto valor econômico, pela constituição do

seu óleo essencial, o qual é encontrado em grande

quantidade principalmente no lenho e na casca

(SUDAM, 1971).

A ocorrência da A. duckei Kost., tem sua

maior ocorrência pelo oeste do Amapá, às

margens do Rio Amazonas, havendo também

grande concentração em Curuá-Uma (perto de

Santarém – PA) para a fronteira peruana, ao Sul e

do rio Trombetas para a Colômbia, ao Norte.

Também é encontrado ao redor de Belém e na Ilha

de Marajó, ambos no estado do Pará (SUDAM,

1972).

Sua árvore atinge em torno de 30 metros

de altura e seu tronco 2 metros de diâmetro,

possui casca pardo-avermelhada. O tipo de

vegetação onde ocorre é de floresta tropical úmida

e terra firme (SAMPAIO, 2000). Seu óleo

essencial tem ampla utilização na área de

perfumaria e é um dos três produtos da flora

amazônica de grande exportação nos últimos

oitenta anos.

A exploração do Pau Rosa para extração

de seu óleo essencial ocorre desde 1911

(AZEREDO, 1958), por haver alta concentração

de linalol na sua constituição química, sendo

considerado na época a principal fonte mundial

dessa substância.

Atualmente, menos de 15% do óleo de

Pau Rosa é industrializado no Brasil, seu restante

é exportado para os Estados Unidos, Japão,

França, Holanda, Inglaterra e Suíça (TELES,

2009).

3.2 Óleos essenciais Segundo Simões et al., (2007), os óleos

essenciais (OEs) são definidos pela International

Standard Organization (ISO) como os “produtos

obtidos de partes de plantas através de destilação

por arraste de vapor d’água, bem como os

produtos obtidos por expressão dos pericarpos de

frutos cítricos. São misturas complexas de

substâncias voláteis, lipofílicas, odoríferas e

líquidas. Também são chamados de óleos etéreos,

termo referente à aparência oleosa à temperatura

ambiente, daí a designação “óleo”. Outros

métodos de extração são: enfloração (enfleurage),

arraste por vapor d’água, extração com solventes

orgânicos, prensagem (ou espressão), extração por

CO2 supercrítico (CHAAR, 2000) e

hidrodestilação (onde a amostra fica imersa na

água), sendo que a indústria utiliza o método por

arraste por vapor d’água, por ser mais simples e

haver menos contato com a água, ser menos

acentuada a hidrólise dos ésteres e a

polimerização de outros constituintes, em

particular dos aldeídos (SIMÕES et al., 2007).

Bakkali et al., (2008) afirma que os OEs

são formados por uma mistura de 20 a 60

constituintes.

Pela extração por fluido supercrítico

consegue-se recuperar os aromas naturais de

vários tipos não somente óleo essencial, de modo

bastante eficiente e, atualmente, é um dos

métodos de escolha para extração industrial de

óleos essenciais. Nenhum traço de solvente

permanece no produto obtido, tornando-o mais

puro do que aqueles obtidos por outros métodos.

Para tal extração, o CO2 é primeiramente

liquefeito por compressão e, em seguida, aquecido

a uma temperatura superior a 31 ºC. Nessa

temperatura, o CO2 atinge um quarto estado, no

qual sua viscosidade é análoga a de um gás, mas

sua capacidade de dissolução é elevada como a de

um líquido. Uma vez efetuada a extração, faz-se o

CO2 retornar ao estado gasoso, resultando na sua

total eliminação (SIMÕES & SPITZER, 2003).

Em água, os óleos essenciais solubilizam

limitadamente, mas o suficiente para aromatizar

suas soluções aquosas, os chamados hidrolatos

(TELES, 2009).

Os constituintes dos óleos essenciais

variam desde hidrocarbonetos terpênicos, onde os

compostos terpênicos mais frequentes nos óleos

essenciais são os monoterpenos

(aproximadamente 90% dos óleos essenciais) que

se divide em três sub-grupos: monocíclicos,

bicíclicos e acíclicos (PEREIRA et al., 2014).

Também possuem álcoois simples e terpênicos,

aldeídos, cetonas, fenóis, ésteres, óxidos,

peróxidos, furanos, ácidos orgânicos, lactonas,

cumarinas, até compostos com enxofre (figura 2).

Na mistura, tais compostos apresentam-se em

diferentes concentrações; normalmente, um deles

é um composto majoritário, existindo outros em

menores teores e alguns em baixíssimas

quantidades (traços) (SIMÕES et al., 2007).

Os terpenos possuem a capacidade de

romper e penetrar na estrutura lipídica da parede

celular das bactérias, levando à desnaturação de

proteínas e à desorganização da membrana

celular, com o extravasamento do citoplasma e

lise celular (DORMAN, 2000).

A gênese dos OEs é dada por células

especiais, glândulas ou ductos localizados em um

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órgão particular ou distribuídos em várias partes

da planta sendo encontrados na forma de

pequenas gotas. As funções principais desses

óleos são de proteger as plantas de doenças e

parasitas, auxiliar na polinização além, de ajudá-

las na adaptação às mudanças que acontecem no

meio ambiente (LAVABRE, 1993).

Figura 2. Constituintes gerais dos óleos essenciais. Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/1792268/

A composição química dos OEs, pode

sofrer influência de vários fatores, como por

exemplo, durante o cultivo das plantas aromáticas:

o ambiente, o tipo de solo, o cultivo, a

temperatura, a umidade relativa, o tempo de

exposição ao sol, entre outros (VALMORBIDA et

al., 2006).

Os óleos essenciais possuem propriedades

farmacológicas, por exemplo: ação carminativa

(contra gases intestinais); ação antiespasmódica;

ação estimulante; ação cardiovascular; ação sobre

o Sistema Nervoso Central; ação anestésica

tópica; ação anti-inflamatória; além da ação

antisséptica, uma vez que alguns óleos voláteis

inibem crescimento de vários tipos de bactérias,

fungos e insetos, devido à presença de compostos

fenólicos, aldeídos e álcoois (SIMÕES et al.,

2007). Logo, tem aplicação nas indústrias de

perfumaria, cosmética, alimentos, químicas, etc.

São empregados também para mascarar

odores desagradáveis em ambientes de trabalho e

instalações sanitárias, além de serem usados como

insumos em diversos produtos das indústrias de

plásticos, tintas, borrachas, inseticidas e outras.

Muitos oferecem compostos de partida para

sínteses de outras substâncias úteis às indústrias

químicas, farmacêuticas e, mais recentemente, na

conservação de alimentos (SIMÕES e SPITZER,

2003).

Devido a essa versatilidade, os óleos

essenciais vêm sendo utilizados em diversas

aplicações comerciais, sejam como fixadores na

indústria de perfumes ou como conservantes na

indústria de alimentos (HOLLEY e PATEL, 2005;

SANTOS et al., 2003).

No meio científico, pesquisas apontam

sua potencialidade como atrativo de insetos

(MONTEIRO, 2008), como estomáquicos

(WEYERSTAHL et al., 1999), antioxidantes

(MORAIS et al., 2006), analgésicos (HEJAZIAN,

2006), antipiréticos e anti-inflamatórios (ABENA,

et al., 2003), como agentes antibacterianos

(COSTA et al., 2008) e fungicidas (LETESSIER

et al., 2001; OXENHAM et al., 2005), bem como

a sua ação repelente, larvicida e propriedade

inseticida contra mosquitos, a exemplo do

mosquito da dengue (COSTA et al., 2008;

SOUZA et al., 2007; TELES, 2009).

3.3 Óleo essencial de Pau Rosa O óleo essencial de pau rosa amazônico,

como é conhecida popularmente a A. duckei

Kostermans, caracteriza-se por seu forte odor,

incoloração e densidade inferior à da água,

solubilidade em solventes orgânicos usuais e

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álcool 70° GL (SUDAM,1972; CHAAR, 2000;

TELES, 2003). O óleo essencial de pau rosa foi o

primeiro extraído em larga escala e exportado

pelo Brasil. Este óleo possui cerca de 70-90% de

linalol, um monoterpeno amplamente utilizado na

indústria cosmética mundial (SILVA et al., 2001).

O OE das folhas possui cerca de 81% de linalol,

quantidade semelhante à encontrada na madeira,

com 85% (ZELLNER et al., 2006). A produção de

OE teve um rendimento maior a partir de galhos e

folhas do que através da madeira (SAMPAIO et

al., 2005). O rendimento médio do OE extraído da

madeira fica em torno de 1%, sendo possível

aumentar para 1,2% no setor industrial (MAY e

BARATA, 2004).

No que diz respeito a testes de atividade

antibacteriana, Hammer et al., (1999) analisaram

52 óleos essenciais, dentre os quais o pau rosa,

frente a dez diferentes bactérias, incluindo

Enterococcus faecalis e Klebsiella pneumoniae.

Os autores apontaram que o poder de inibição do

óleo desta planta frente a todos os microrganismos

testados foi eficiente, sobretudo, para esses dois

gêneros. Segundo AMAZONAS (2012), o OE de

pau rosa também teve ação contra Staphylococcus

epidermidis, Streptococcus pyogenes, sendo eficaz

contra bactérias Gram-positivas.

Santos (2004), em seu estudo acerca do

pau rosa, descreve que o óleo essencial da espécie

apresentou excelente ação antibacteriana frente à

Escherichia coli, Staphylococcus aureus e

Salmonella sp, semelhante resultado obteve

Nascimento (2004) e seu trabalho para as duas

últimas bactérias. Contudo, quando o óleo testado

frente a Pseudomonas aeruginosa não

proporcionou atividade, o que pode ser atribuído

ao fato dessa bactéria ser mais resistente.

Ademais, o acetato de linalila não apresentou

nenhuma inibição frente a essas bactérias.

O óleo essencial extraído de galhos da

espécie A. duckei Kostermans apresentou as

seguintes propriedades físico-químicas (TELES

2009), (Tabela 1).

Tabela 1. Propriedades físico-químicas do óleo

essencial de A. duckei Kostermans. Propriedades físico-químicas Óleo essencial

Densidade (g/mL) 0,86

Solubilidade em álcool a 70% (v/v) 1:2

Índice de refração (ND 25º) 1,46

Cor Amarelo

Aparência Límpido Fonte: TELES, 2009.

Segundo Teles (2009), outros

componentes identificados CG-EM na amostra de

óleo essencial de galhos da espécie A. duckei

Kostermans foram: Limoneno (136.24 g/mol); 1,8

Cineol (154.249 g/mol); Cis-óxido de linalol

(170.25 g/mol); trans-óxido de linalol (170.25

g/mol); Linalol (154.25 g/mol); a-Terpineol

(154.25 g/mol); a-copaeno (); a-Patchuleno

(165.266 g/mol); Cariofileno (204.36 g/mol).

Destaque para a porcentagem de área normalizada

do linalol que foi de 89,34%. O pico

cromatográfico do linalol tem o tempo de retenção

de 18,60 min, com massa molecular igual a 154 u.

O monoterpeno óxido de linalol é um

álcool monocíclico que pode ocorrer naturalmente

em OEs de plantas aromáticas, frutas e méis

florais (SHIMODA et al., 1996; NISHIKITANI et

al., 1999; HILMER e GATFIELD, 2004;

MACHADO et al., 2007; ALCÂNTARA et al.,

2010). Segundo SOUTO-MAIOR (2011), após

testes em camundongos, este álcool tem perfil de

substância depressora do Sistema Nervoso

Central, pelas vias intraperitoneal e inalatória sem,

no entanto, causar prejuízos à coordenação motora

dos animais, perfil de substância ansiolítica, pela

via inalatória e atividade antinociceptiva, por via

intraperitoneal.

Esta espécie possui linalol, cujo nome

científico é 3,7-dimetil-oct-1,6-dien-3-ol e suas

fórmulas, estrutural e molecular, encontram-se na

Figura 3 (A e B), é o constituinte majoritário do

óleo da Aniba duckei Kostermans (TELES, 2009).

Empregado na composição de perfumes

sofisticados, como também apresenta atividade

anti-inflamatória (QUEIROGA et al., 2006). É

utilizado por populações locais da Amazônia para

o tratamento de doenças reumáticas e de outras

naturezas. Na indústria cosmética é muito

utilizado (SILVA et al., 2001). Conforme descrito

por Peana et al., (2003 e 2004a), a administração

do linalol induz efeito antinociceptivo e anti-

inflamatório em diferentes modelos

experimentais.

Figura 3. Estruturas do linalol: estrutura (A) e

molecular (B). Fonte: TELES, 2009

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Dependendo da dose o linalol, apresenta

efeitos anticonvulsivantes por ser agonista de

receptores ionotrópicos de N-metil D-Aspartato

(BRUM et al., 2001). Estudos em humanos

comprovaram que a estimulação olfatória pela

inalação do chá de jasmim, rico em linalol induz

uma bradicardia e tem efeito sedativo sendo este

constituinte responsável por tal ação (KUDORA

et al., 2005). A estimulação olfatória com o linalol

em ratos anestesiados reduz a pressão arterial via

ativação dos receptores histaminérgicos H3

centrais (TANIDA et al., 2006).

Segundo Rodrigues (2010), a

administração de linalol nas doses de 10 e

20mg/kg induziram dois períodos de hipotensão e

bradicardia em ratos normotensos. Todos estes

efeitos, assim como os efeitos in vitro são

parcialmente reversíveis, excluindo a

possibilidade de estarem relacionados a um efeito

tóxico do linalol. O linalol, também, apresentou

efeito relaxante sobre o acoplamento

eletromecânico e farmacomecânico, ou seja,

apresentou efeito antiespasmódico independente

do agente contraturante (K80 ou FE 0,1μM).

Carson e Riley (1995), ao investigar a

atividade antimicrobiana de Melaleuca

alternifolia Cheel, observaram que o linalol

apresentava atividade contra micro-organismos

como Candida albicans, Escherichia coli e

Staphylococcus aureus. Também atividade

antimicrobiana frente à Shigella sonnei e

Salmonella flexneri (BAGAMBOULA et al.,

2004).

O linalol possui peso molecular 154,3

com densidade 0,86 g/ml (SIGMA –ALDRICH,

2015), tendo ponto de ebulição de

aproximadamente 198° a 199ºC.

Pesquisas têm sido realizadas com o

linalol como composto de partida para várias

sínteses importantes, como a do acetato de

linalila, e testado como acaricida, bactericida e

fungicida. Na medicina tem sido aplicado, com

sucesso, como sedativo e estão sendo analisadas

suas propriedades anticonvulsivas. Assim, o

linalol possui uma larga aplicação em várias áreas

do conhecimento humano, sendo necessária sua

produção em quantidades sempre crescentes. Uma

característica singular do linalol no óleo é a

presença do carbono assimétrico na sua estrutura,

que constitui um fator determinante nas suas

propriedades (SILVA et al., 2001).

O linalol, é um monoterpeno alcoólico

terciário de cadeia aberta. É uma substância

importante e de grande aplicação na indústria de

aromas, utiliza-se como um dos substitutos para o

óleo de lavanda francesa ou da bergamota, pois

sua forma levorrotatória possui odor similar a

estes óleos. O linalol ocorre naturalmente em

forma de dois estereoisômeros, o 3R-(-)-linalol

(Figura 4, A) e o 3S-(+)-linalol (Figura 4 B), que

possuem odores distintos. O isômero

levorrotatório (lincareol) possui um aroma de

lavanda e flores frescas, com notas de lírio-do-

vale, enquanto o dextrorrotatório (coriandrol)

possui um cheiro herbáceo, com tom de folhas

envelhecidas, frequentemente descritas como uma

nota cítrica (KOPPENHOEFER et al., 1994;

SIANI et al., 2002; SIANI et al., 2005).

Figura 4. Estruturas enantioméricas do linalol: (A) 3R-

(-)-linalol ou lincareol; (B) 3S-(+)-linalol ou

coriandrol. Fonte: TELES, 2009.

Pesquisas realizadas por Pereira (2009),

com misturas do óleo essencial de A. duckei Kost.

e Pimenta dioica Lindl apresentaram eficiência

biológica. Esse autor realizou testes contra várias

bactérias obtendo bons resultados antibacterianos

com a mistura de óleos, padrões eugenol, linalol e

outros antibióticos.

É sabido que o eugenol é mais eficiente

que o linalol em termos de atividade

antibacteriana. Entretanto, ao serem misturadas,

estas propriedades têm um ganho considerável a

nível microbiológico. Este ganho pode ser

atribuído principalmente, a presença do β-mirceno

que é citado na literatura mesmo na condição

minoritária. Desta forma, essa mistura pode

oferecer uma alternativa natural e de baixo custo

no combate às doenças causadas pelas bactérias

patogênicas estudadas (PEREIRA, 2009).

Numa mistura de 1:1 do óleo essencial

das espécies Pimenta dioica Lindl e A. duckei

Kostermans na concentração de 150μg mL–1, a

atividade larvicida (de Aedes aegypti) atingiu a

mortalidade de 100% dos indivíduos testados, ou

seja, 10 larvas (PEREIRA et al., 2014).

3.4 Hidrolato Hidrolato é o líquido resultante do

processo de extração de óleo essencial por arraste

a vapor (figura 5), o qual apresenta geralmente

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compostos voláteis hidrossolúveis (LAVABRE,

1993) e possui grande quantidade de princípios

ativos como ácidos, aldeídos e aminas, contendo

também, geralmente, de 0,05 a 0,20 g de óleo

essencial por litro (RODRIGUES et al., 2011).

Os hidrolatos (também conhecidos como

“hidrossóis”, águas florais ou águas aromáticas)

consistem em soluções aquosas contendo

principalmente a água da destilação (ou água

proveniente de outros processos, como

prensagem) e traços do óleo volátil. Apesar do

baixo teor de óleo volátil nessa solução, é

suficiente para lhe conferir um forte aroma. Tais

soluções apresentam larga utilização mundial, nos

mais diversos setores, tais como perfumaria,

culinária e terapêutica, destacando-se nesta

última, a sua aplicação em aromoterapia. Alguns

hidrolatos apresentam odor desagradável, mesmo

que seu óleo volátil não o apresente. Alguns

autores consideram como hidrolatos apenas a água

residual do processo, sem qualquer tipo de

tratamento. A denominação hidrossóis, de acordo

com esses autores, é dada a suspensões de óleos

voláteis em água (SOUZA et al., 2007).

Figura 5. Extração de óleo essencial a vapor. Fonte:

http://serenocuidadosholisticos.blogspot.com.br/2015/03/metodos-de-extracao-dos-oleos.html

A utilização dos hidrolatos de plantas é

inúmera e variada. Desde biológicas a agrônomas.

Utilizam-se os hidrolatos para preparação de

xaropes e em cosmetologia (TESKE e

TRENTINI, 1997). São poucas as informações do

seu emprego no controle de doenças em plantas.

Um dos poucos trabalhos nesse sentido relata a

inibição no desenvolvimento dos fungos

fitopatogênicos Botrytis alli e Sclerotium

cepivorum por hidrolatos de alho (Allium sativum)

e cebola (Allium cepivorum) (FRANZENER et al.,

2006). Hidrolatos de Helietta apiculata, Conya

nardus e C. canadensis, ainda que em baixas

concentrações, possuem compostos

antibacterianos, antifúngicos e elicitores de

fitoalexinas (FRANZENER et al., 2006). O

bioinseticida, à base dos hidrolatos de Lippia

sidoides e Cymbopogon winterianus, diluído em

água na proporção 1:5 (v/v) é um produto eficaz e

econômico para o controle do vetor adulto da

dengue, sem causar danos ao meio ambiente e ao

homem (BORGES et al., 2005). O hidrolato de

Mentha villosa Huds mostrou-se efetivo no

controle de larvas de nematoides gastrointestinais

de bovinos em teste in vitro (NASCIMENTO et

al., 2008).

O hidrolato oriundo da extração de folhas

secas, na concentração 15% inibiu em 30% o

crescimento da Septoria lycopersici, sendo mais

eficiente que o de folhas frescas, que na mesma

concentração inibiu 22% do crescimento, quando

comparado à testemunha. O hidrolato de capim-

limão mostrou-se eficaz no controle de S.

lycopersici (ALENCAR et al., 2012). A inibição

total ou parcial do crescimento micelial de

Colletotrichum gloeosporioides, in vitro,

evidenciou a existência de compostos

biologicamente ativos, com efeito fungitóxico no

hidrolato e óleo essencial de cravo-da-índia. Isto

indica uma aplicação potencial no controle

alternativo da antracnose em frutos de mangueira

(RODRIGUES et al., 2011); O hidrolato de

laranja não apresentou toxicidade ao

microcrustáceo Artemia salina.

Estudos apontam ação moliscicida do

hidrolato em moluscos aquáticos, o fato de não

apresentar toxicidade em Artemia confere que o

hidrolato de laranja pode apresentar uma possível

ação tóxica seletiva e, portanto, viabiliza a

possível utilização do extrato no meio ambiente

como interventor de caramujos invasores

(SANTOS, 2011).

O hidrolato da Alpinia purpurata

apresenta atividade larvicida (SILVA et al., 2011).

No controle de Fusarium oxyxporum, o extrato de

pimenta do reino, seguido pelo extrato de canela,

extrato de gengibre e hidrolato de alfavaca cravo

foram os mais eficientes no controle desse

patógeno. Ademais, o extrato de pimenta do reino

controlou 100% a presença desse fungo nas

sementes, sendo igual ao fungicida. Com relação

aos fungos de armazenamento, Aspergillus sp e

Penicillium sp, observa-se uma semelhança

quanto à eficiência no controle, ou seja, o

hidrolato de capim santo e hidrolato de alfavaca

cravo, e o extrato de gengibre e extrato de cravo

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da índia, não diferiram estatisticamente entre si,

sendo também igual ao controle com fungicida. Já

o hidrolato de alecrim pimenta e o extrato de

canela, foram eficientes no controle desses

fungos, apresentando controle igual ao tratamento

testemunha. Para a variável germinação, houve

diferença estatística apenas entre os hidrolatos de

alecrim pimenta e hidrolato de alfavaca cravo

tanto para primeira, quanto para segunda

contagem da percentagem de sementes

germinadas, ou seja, foram os únicos tratamentos

que interferiram na germinação das sementes de

mamona (CATÃO et al., 2010).

O hidrolato de pau-d’alho tem efeito

sobre a quebra de dormência de gemas de videiras

cv. Benitaka, semelhantes ao tratamento

convencional com cianamida hidrogenada,

produzindo aumento no número de gemas

brotadas e também aumento na produtividade. O

hidrolato de pau-d’alho, em doses entre 100 e

150mL L-1, é uma alternativa promissora para o

manejo de videiras cv. Benitaka, principalmente

para sistemas de produção orgânica (MAIA et al.,

2013). O hidrolato de alecrim pimenta apresentou

sensibilidade ao dermatófito M. canis (MARTINS

et al., 2005).

3.5 Hidrolato de Pau-Rosa O hidrolato puro do óleo essencial,

inclusive das destilarias, poderá ser usado para

fins larvicida contra o Aedes aegypti, o que daria

para este produto uma finalidade, evitando, dessa

forma, seu desperdício (TELES, 2009).

Figura 6. Molusco Artemia franciscana. Fonte:

http://www.aquaportail.com/fiche-invertebre-2685-

artemia-franciscana.html

Segundo Souza et al., (2007), a

quantificação do linalol presente no hidrolato de

folhas (subproduto da extração do óleo volátil)

apresentou uma concentração de 0,09% (6mM).

Apresentou que o hidrolato de pau rosa tem

letalidade significativa frente às larvas de Artemia

franciscana (figura 6), como expresso na Tabela

3.

Segundo Souza et al., (2007), todos os

hidrolatos a concentrações de teste de 50 e 25%,

independentemente da parte de planta extraída,

apresentaram forte e rápido efeito sobre as larvas

de Artemia franciscana, levando à morte de todas

as larvas na hora da aplicação (não após 24h,

período de avaliação padrão utilizado

normalmente). Para o hidrolato a 12,5%, foram

observados, além de larvas mortas, vários

exemplos de larvas ainda vivas, mas obviamente

intoxicadas / debilitadas (ataxia, falta de

movimentos espontâneos característicos) após

24h.

Tabela 2. Mortalidade em Artemia franciscana

provocada pelo hidrolato de A. duckei Kostermans

(SOUZA et al., 2007).

Parte Concentração

de Teste

Mortalidade

(%)

Folhas

50 e 25 %

100

Galhos 100

Tronco 100

Destilaria 100

Folhas

12,5 %

60

Galhos 57

Destilaria 72

Fonte: Souza et al., 2007.

Custódio (2013), realizou pesquisas com

o hidrolato de pau rosa. Ela realizou os seguintes

processos: Liofilização, Centrifugação do

hidrolato (para separar a fase oleosa) e separação

dos constituintes do hidrolato por Coluna de

XAD-4. Os óleos obtidos por Centrifugação de

três hidrolatos foram analisados por CG-DIC e

CG-EM e foram encontrados os constituintes

apresentados na Figura 7.

Custódio (2013) não encontrou em suas

análises espectrométricas nenhum alcaloide

presente em suas frações alcaloídicas. Das frações

oleosas do hidrolato, não houve atividade positiva

frente às cepas bacterianas: Bacillus subtilis

subsp. subtilis, Escherichia coli, Salmonella

enterica subsp. entérica serovar Enteriditis,

Shigella flexneri, Listeria monocytogenes,

Staphylococcus aureus, Streptococcus oralis,

Streptococcus pyogenes grupo A tipo 1,

Enterococcus faecalis (Streptococcus faecalis),

Staphylococcus aureus.

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4. Conclusões Há uma grande diversidade de hidrolatos,

provenientes de várias partes de plantas, que

possuem atividades biológicas contra bactérias, e

também são utilizados na indústria, a dizer:

agrônomas.

Portanto, o hidrolato de Pau Rosa, por

possuir atividades biológicas específicas, deve ser

pesquisado para ser utilizado em âmbito

industrial.

Figura 7. Componentes encontrados nas frações oleosas obtidas por centrifugação dos resíduos industriais líquidos

(hidrolatos) 1, 2 e 3. Fonte: CUSTÓDIO, 2013.

Agradecimentos

Agradeço primeiramente à Deus, à

família, à minha mãe Adna Mourão, à minha

esposa Marina Mourão, aos meus

orientadores e ao Grupo de Pesquisa Q-

Bioma.

Divulgação

Este artigo é inédito e não está sendo

considerado para qualquer outra publicação. Os

autores e revisores não relataram qualquer conflito

de interesse durante a sua avaliação. Logo, a

revista Scientia Amazonia detém os direitos

autorais, tem a aprovação e a permissão dos

autores para divulgação, deste artigo, por meio

eletrônico.

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