HEROI

Mulheres, gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros;crianças e adolescentes; idosos, negros e negras, ciganose ciganas, migrantes, refugiados, pessoas com deficiênciae surdos, vítimas e parentes de vítimas da violência,pessoas com doenças crônicas ou degenerativas, pessoascom sofrimento psicossocial, usuários de drogaspsicoativas, soropositivos, pobres e prostitutas.

Nas RUAS encontramos todos os MARGINAIS, aquelesque não se enquadram de alguma forma na sociedade eque se tornam invisíveis no que diz respeito ao acesso auma vida com dignidade. A rua torna-se o abrigo do"errante".

Seja Marginal, Seja

Habitação, Educação, Renda, o Olhar pro Invisível social

HEROI é um programa para que os marginalizados que

fazem da rua o local de morada e/ou emprego tenham

uma vida digna e mecanismo para agir sobre esse

território e transforma-lo

São os que experimentam a escassez que precisam desvendar as múltiplas ações possíveis permitidas pelo espaço herdado e

costurar projetos num tecido social esgarçado e precário_ Ana Clara Torres Ribeiro

CENÁRIO ATUAL:

• Censo divulgado pelo governo federal mostra que o Brasil tem 23.973 crianças e

adolescentes vivendo nas ruas de 75 cidades com mais de 300 mil habitantes.

• Entre a população em referência predominam as pessoas do sexo masculino (82%), com

idade entre 25 e 44 anos (53%) e que nunca estudaram ou não concluíram o ensino

fundamental (63,5%). Em relação à cor, 67% são negros, 29,5% brancos, 1,3% indígenas,

1% amarelo oriental e 1,2% de cor não identificada.

• O número de pessoas em situação de rua em Campinas (aumentou 6,8% no ano de 2014,

segundo levantamento da Prefeitura. Atualmente são 642 pessoas nesta situação.

• Em Campinas metade dos moradores têm entre 18 e 40 anos de idade, e o número de

mulheres subiu de 83 para 106.

• O mapeamento da PRF mostra ainda que, entre 2011 e 2012, o Brasil tinha 1.776 pontos

vulneráveis à prostituição infantil.

• A maioria das prostitutas do Brasil tem entre 20 e 29 anos, não completou o primeiro grau,

ganha de um a quatro salários mínimos e está na profissão há menos de cinco anos. A

maior parte trabalha na rua, em bares e boates, fazendo programas em hotéis.

• População LGBT em situação de rua é um dos segmentos mais atingidos pela

invisibilidade, por conta da lgbtfobia e de determinada influência cultural/religiosa em nossa

sociedade.

• Existem 138 mil ambulantes no município e 158 mil na região metropolitana de São Paulo

segundo o DIEESE em 2010,

AÇÕES ATUAIS

Abrigos temporários, internação compulsória de usuários de drogas, encarceramento de usuário, prostitutas, ambulantes sem licenças e pessoas em situação de rua, tratamento violento da sociedade para com essas pessoas e invisibilidade social.

A capacidade de utilizar o território não

apenas divide como separa os homens,

ainda que eles apareçam como se

estivessem juntos_Miton Santos

CENÁRIO PROPOSTO:Habitação

Nova função social para imóveis urbanos vazios, principalmente os das áreas centrais

não só como moradia coletiva mas também como área de capacitação.

Educação

Nos imóveis ocupados, criação de oficinas com TROCA acadêmica e de

vivencias/saberes adquiridos de integrantes de coletivos urbanos existentes com os

beneficiados pelo programa nas mais diversas áreas como:

Ensino Básico - fundamental e médio

Teatro

Dança

Grafites

Literatura

Mídia

Marketing

Música

Intercâmbio de tecnologia de produção

Renda

A partir das capacitações, criação de novos COLETIVOS, capazes de agir nos mais

diversos campos cultuais, políticos e sociais da CIDADE e na capacitação de outros

ÍNVISIVEIS, com isso pagamento do Estado durante 1 ano, para cada individuo pelos

serviços prestados. Com contrato que pode ser renovado ou não.

Olhar

Assistência médica e jurídica (principalmente n que diz respeito aos ambulantes). Auxílio

reabilitação, com tratamento psicológico para os usuários de drogas.

Os errantes questionam a construção dos espaços

de forma crítica. O simples ato de andar pela

cidade pode assim se tornar uma crítica, direta ou

indireta, ao urbanismo enquanto disciplina prática

de intervenção nas cidades_ Paola Berenstein

Jacques

Invisível Visível

O Marginal não só e Capaz de Questionar e

Transformar o Espaço, como também de

Poetizar o Urbano.

CENÁRIOS:

Curto Prazo:

A assistência básica diferenciada de um

abrigo ou de um albergue popular.

Médio Prazo:

Capacitar agentes capazes de ampliar o

projeto fornecendo meios capazes de

dar visibilidade aos invisíveis sociais.

Longo Prazo:

A partir da formação cultural, capacitar

lideranças pra atuar politicamente no

que eles acharem conveniente desde

políticas habitação, drogas, segurança

publica.

PESSIMISTA

Aumento do número de pessoas em

situação de rua, prostitutas e de

ambulantes ilegais.

Expulsão e/ou intensificação

gentrificação dos marginalizados dos

espaços por eles frequentados.

Aumento da segregação espacial.

OTIMISTA

Diminuição das pessoas em situação de

rua, de prostitutas e do número de

ambulantes na ilegalidade.

Cidades mais democráticas.

Cidades com espaços integrados no

mesmo território.

Fontes:

Elogio aos errantes. Breve histórico das errâncias urbanas -

http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.053/536

Território usado e humanismo concreto: o mercado socialmente

necessário -

http://www.observatoriogeograficoamericalatina.org.mx/egal10/Geogra

fiasocioeconomica/Ordenamientoterritorial/41.pdf

Dados:

http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/23-mil-criancas-ainda-vivem-nas-ruas-

no-brasil-epp6r1bvny1r1impam9dv7426

http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2014/12/numero-de-

moradores-de-rua-cresce-68-em-campinas-afirma-secretaria.html

http://noticias.r7.com/brasil/cinco-estados-concentram-metade-dos-

pontos-de-prostituicao-infantil-em-rodovias-federais-11102013

http://www.beijodarua.com.br/materia.asp?edicao=1&coluna=6&num=0

http://www.brasilescola.com/brasil/populacao-situacao-rua.htm