hernia discal e lombalgias
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Palestra ministrada no curso Moveman em 13/7/13TRANSCRIPT
Prof. Ms. Ricardo Sartorato
Além de outros professores aqui sentados...
13% o b e s o s
43,4% acima do peso
13%
(Ministério da Saúde, 2006)
IMC > 30kg/m^2
25kg/m^2 > IMC > 30kg/m^2
15,5%
19,3% 12,3%
> 2200kcal/sem = 314kcal/dia
Ministério da Saúde (2006) (Ministério da Saúde, 2006)
Leve 40%
Sedentário 56%
Moderado a forte 4%
(Owen et al.2007)
(Mercúrio, 1997)
0
0-10
10-16
16-25
25-67 (SUS, 2009)
Rondônia = 1 tomógrafo e 2 aparelhos de ressonância magnética Média nacional = 1,6 aparelhos para cada 100.000
50
55
60
65
70
75
80
85
90
1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050
(IBGE, 2011)
POBRE APTIDÃO FÍSICA
BAIXO CONDICIONAMENTO AERÓBIO
PRÉVIOS EPISÓDIOS DE DOR
DIMINUÍDA FLEXIBILIDADE
FUMO
ÁLCOOL
PESO CORPORAL
GRAVIDEZ
PROFISSÃO
INDUMENTÁRIA INADEQUADA
POSTURA SENTADA ENQUANTO SE TRABALHA
FRAQUEZA DA MUSCULATURA DO TRONCO
(Sartorato, 2002) (Riimäki, 1991)
ACADEMIA
Pois são AS CAUSAS!
0
25
50
75
100
125
55 60 65 70 75 80 85 90 95
(Wadell, 1998)
Dias perdidos (milhões)
ano
Nascimento (0 anos) Morte (100 anos)
50-60
31%
(Sartorato, 2002)
Crise (instante 0) 1 semana 4 semanas 3 meses
agudo
subagudo
crônico
(Sartorato, 2002)Episódios múltiplos em 4 anos
(Adams et al., 2002)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 6 12 18 24
% de voltar a trabalhar
Meses fora do trabalho
(Wadell, 1998)
2,3% do PIB brasileiro de 2010
8-20% de desistência
(Sartorato, 2002)
0
5
10
15
20
25
20 30 40 50 60 70
% distribuição
Idade da cirurgia
(Pope et al., 1991)
0
20
40
60
80
100
20 30 40 50 60 70
L4-L5
L5-S1
% distribuição
0
2
4
6
8
20 30 40 50 60 70
% de todas as hérnias
L2-L3
L3-L4
(Sartorato, 2002)
Incidência entre 1-30% em atletas (Graw et al., 2008)
5% a 15% de todas as lesões esportivas
(Borghuis et al., 2008)
79%
55% 54%
36% 32%
Ginastas Remador Levantadorde peso
Jogador defutebol
Tenistas
(Baranto et al., 2007)
Você ainda vai ter o seu!
DEFORMAÇÃO
Elasticidade “antes”
CARGA
Elasticidade “depois”
Quanto mais vezes um tecido passar por ciclos de carga e descarga, submáximas, menos elasticidade e força ele terá.
(McGill , 2007)
Limite elástico -> Início das lesões
Força máxima do tecido -> Ruptura total
DEFORMAÇÃO
CARGA
DANO – capacidade permanentemente piorada de para resistir a deformação.
(McGill , 2007)
Microtraumas
Plástica Elástica
(Magee, 2007)
0 50 100 150 200 250
tensão
compressão
cisalhamento
tensão
compressão
(Nigg, Herzog, 1999)
Resistência ao dano – Específico para cada tipo de tecido e em função do tipo
de força aplicada
Y= CARGA; X = TEMPO
b
(McGill, 2007)
c
d
TFT
a b
MS
a a a a
c a a d
a d
a
Meio ambiente
Psicológicos Sociais
Genética + +
Mudanças biomecânicas
Mudanças bioquímicas
(Kupural, 2011)
Indivíduos diferentes, mesmo tecido
(Adams et al., 2002)
200%
Muito tempo depois....
Não ocorre cicatrização discal, apenas reabsorção do material
nuclear
Protrusão
Hénia extrusa ou prolapso discal
Sequestro (Adams et al., 2002)
Mais fraco, mais rígido
Progressivo, cumulativo e irreversível
Viscogênicas
Vasculogênicas
Neurogênicas
Espondilogênicas
Psicogênicas
Ósseas
Tecidos moles
(Salter, 1985; Kuritzky e White, 1997; Adams et al., 2002; Morris, 2006; McGill, 2007)
Viscogênicas
Vasculogênicas
Neurogênicas
Espondilogênicas
Póstero –lateral Foraminal
Póstero –mediana Canal
Neurogênicas
Espondilogênicas
(McGill, 2007)
Histórico -> Exames -> Fatores de risco -> Testes
ciatalgia
RX TC RMI
74% das RMI possuem anormalidade(s) sem dor! (Jensen et al., 1994)
Atenção com os sintomas!
Raízes nervosas Discos intervertebrais
Articulações zigoapofisiais Corpo vertebral
Ligamentos Tecidos moles
O que acontece no segmento vertebral tem implicações em todas as estruturas da coluna
A P
(Nordin e Frankel)
1F
1,5F
0,5F
5F
Anterior
Mais nervos
Colágeno tipo1
Colágeno tipo2
Elastina
Proteoglicanos
15 a 25 lamelas
7 a 10 mm
4 cm
(Pin
hei
ro-F
ran
co e
t a
l., 2
01
0)
Raiz dorsal
n. sinovertebral
Disco lombar Disco típico
Posterior
Y
(Panjabi, 1978)
0°
15° 30° 60° 90°
15° 30° 60° 90°
0°
Y + + + + +
+ + + +
--
H h + + + + +
+ + + +
+
400x
Pequena população de células
con
cen
traç
ão
ácido lático
glicose oxigênio
(Rothman-Simeone, 2011)
9000 células/mm³
5000 células/mm³
Placa terminal
NP NP
40 anos
(Pinheiro-Franco et al., 2010)
Condrócitos
Sulfato de condroitina Sulfato de queratan
Ácido hialurônico Prostaglandina
Fosfolipase Ácido nítrico
Placa terminal (0,6mm)
Lâminas crivosas
Na fase adulta, mais de 50% dos condrócitos do disco estão mortos.
(Kupural e Kim, 2011)
Y
Estabilid
(Roudsari e Jarvik, 2010)
(Aebi et al., 2005)
P A
Distância interna no disco
2,5
2
1,5
1
0,5
0
P A
Distância interna no disco
2,5
2
1,5
1
0,5
0
Carga compressiva (Mpa)
Os danos são irreversíveis!
(White e Panjabi, 1990)
Procure saber o que seu cliente tem
O estágio de degeneração da coluna de nossos alunos
DOR DANO DESEJO
FASE? QUAL? REALISTA?
META: PERMITIR O ALUNO ATINGIR O DESEJO, RESPEITANDO A FASE DA LESÃO E O DANO PERMANENTE
Dano permanente
Risco 0 Certeza 100%
Risco >
1 a cada 11.000 6 mi nos EUA
550/ano
1 a cada 1.000.000 200 mi nos EUA
175/ano
(Levitt e Dubner, 2005)
A capacidade de interpretar o risco não aparente é pequena e frequentemente distorcida
Analise o dia a dia de seu cliente e proponha intervenções
Para isso use baixa sobrecarga, evite a gravidade e mantenha a estabilidade
Nachemsom (1976)
330 N
693 N
908 N
462 N
Sem gravidade na coluna a carga é bem reduzida. Tanto sentando como de pé, caso seja mantida a lordose fisiológica, as cargas serão menores
Contrair, adicionar e alterar o ângulo lombar (especialmente no extremo do movimento) aumenta a pressão intradiscal
A coluna nunca descansa
Manobra de valsalva
Respiração contínua
Aumento agudo da PID (Sato, 1999)
A contração muscular FAZ aumentar a carga discal!
Menor risco Maior risco
+ +
+ +
+ + + + +
+ + + +
--
H h + + + + +
+ + + +
+
+ + + + +
+ + + +
+ + +
+ + +
+
+ +
+
Flexão/Extensão >>> Flexão lateral >>> Rotação >>> Rotação com flexão
Maiores cargas discais anteriores, núcleos migram para trás
Maiores cargas posteriores geram sobrecarga nas facetas e ligamentos
Evitar os extremos da amplitude
Os EC não funcionam em flexão máxima,
elevando o risco
Caminhada lenta
Caminhada rápida
L5
L4
Com e sem o uso de tênis
0,53 até 0,65 MPa
Levantar de uma cadeira (agachamento sem carga)
1,10 MPa
Wilke et al. (1999)
Corrida rápida 0,35 até 0,95
gravidade
sobrecarga
ângulos extremos
Restrinja os ângulos perigosos e use as opções com menor sobrecarga
0 1 2 3 4
Tensão
100
50
0
a
b
c
A A
M
A A
A A
M
A A
M
A A
A A
a
b
c
(Neumann, 2010)
Joelho (ângulo de flexão)
Torque a 60 °/s (Nm/s)
(Knapik et al., 1983; Yoon et al., 2001)
0
20
40
60
80
100
120
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
10
0
11
0
12
0
Zona de risco
45 49 57
65
0
20
40
60
80
0 50 100 150
Quadril (ângulo de flexão)
Joelho (ângulo de flexão) Torque (Nm)
(Soderberg, 1997) PS: o cinto não evita a hiperextensão
M
A A
A A A A M
A A
? >
30 70
30
É mais segura com amplitude limitada a qualidade da execução
Flexora em pé Glúteo em pé
Glúteo 4 apoios Agachamento em pé
0
200
400
600
0 10 20 30
(Pope et al., 1991)
Cargas em L3 (N)
Inclinação do apoio em graus
Com um apoio de 5 cm na lombar
SEM
0
5
10
15
20
10 20 30 40 50 60
EMG (mV)
Inclinação do apoio em graus
REDUZ INCÔMODO
REDUZ INCÔMODO
SELECTION
Cargas reduzidas com o banco inclinado e o apoio lombar favorecem a realização de
exercícios mais seguros
Pois sua biomecânica acelera o processo de hérnia
Aumentou a força, mas não reduziu a gordura (oh!)
(2011)
85 15
(Giles e Singer, 2003)
85 15 1,75 mm
1,5 mm
(Panjabi, 1978)
? >
30
6000
15
00
15
00
(Marshall e McGill, 2010)
85 15
Isométrico,
O aluno passa a maior parte de seu dia sentado, dificilmente em posição ergonomicamente correta.
A flexão sustentada deforma os discos, tornando-os mais frágeis aos ciclos de flexão.
(Panjabi, 1976)
Genética para hipertrofia e finas camadas até o músculo
Existem diversas outras opções mais seguras
Objetivo deste exercício: MMII, paravertebrais ou ambos?
A
B
0
50
100
150
200
0
20
40
60
80
10
0
80
60
40
20 0
Ângulo (graus)
(McKean et al., 2010)
Adicionar sobrecarga (50% MC) no agachamento
aumentou os ângulos de flexão do quadril e joelho
A amplitude dos ângulos são ainda
maiores no agachamento feito
por homens Maior ângulo de quadril, maior
alavanca na coluna e maior a sobrecarga
Mais Menos
Mais Menos
Mais Menos
Estética depende de carga; carga depende de estabilidade. Opte pelo mais seguro.
L5
~ 6° - 29°
(Middleditch e Oliver, 2008)
L5
(Middleditch e Oliver, 2008)
L5
(Middleditch e Oliver, 2008)
70 30
(Giles e Singer, 2003)
? > 30
(Giles e Singer, 2003)
70% da força gerada suporta cisalhamento
10° 45°
(McGill, 2009)
Postura incorreta sobrecarrega ainda mais as facetas das articulações vertebrais
30 70
(Giles e Singer, 2003)
Sejam eles desejados ou não
Marshall e McGill (2010)
Psoas
Permite rotação com flexão
Possui um único eixo de movimento, que não coincide com a lombar
Grande dorsal
Amplitude de movimento?
Gravidade
Muita carga
Em quem de fato precisa treinar uma função
Lista de exercícios
Exercícios contraindicados
Poucos “personais”
Avaliação funcional
Lista de exercícios?
Exercícios funcionais
Muitos “personais”
Avaliação funcional?
“Restritivo” “Abrangente”
Perda de uniformidade entre profissionais e aumento na quantidade de exercícios questionáveis
Treinamento esportivo geral
(Boyle, 2004)
Objetivo: reduzir lesões competitivas
Carece de evidências científicas de qualidade
McGill 147 97%
Gray Cook 4
3%
Michael Boyle
0 0%
Se a prescrição é baseada em evidência científica, será que estou “ouvindo” a pessoa certa?
até dez/12
Fácil de usar, fácil de abusar Sinônimo de variação de treinamento
Tipos de treinamento
FUNCIONAL ?
Excesso de criatividade
28/07/12
FUNCIONAL ?
Desequilíbrio X força
Força Máxima
Estabilidade máxima
Fadiga voluntária
máxima
Cargas >60% CVM1
1- Hibbs et al. (2008); Willardson (2007)
Resistência
Desequilíbrio
Fadiga técnica
Cargas <25% CVM1
Redução na força isométrica máxima de ~60% (Anderson e
Behm, 2004).
Aumento na co-contração (~30-40%) e coordenação muscular
alterada (Anderson e Behm, 2005).
Atlético Reabilitação
- Sobrecarga + Função - Risco
+ Sobrecarga + Gesto motor
+ Risco
(Fenwick et al., 2011)
Benefícios?
Compressão L4/L5
2300 N
3500 N
2400 N
Ativação muscular % MCV GD EC
80% 50%
55%
75%
60%
48%
(Fenwick et al., 2011)
“Bom dia” ~ 20° de flexão mesmo com clara orientação de
não mexer a coluna.
(McGill et al., 2009)
mas altas cargas de cisalhamento Elevada ativação do core,
(McGill e Marshall, 2011)
Conceito subvertido Treinamento de força disfarçado
Figuração de academia
Com o objetivo de tratar e prevenir
Mais Menos
Panjabi (1992)
Lordose preservada = cargas bem distribuídas
CI
L4
CM
Core training
Estabilidade
Força Resistência
Altas cargas!
(Hibbs et al., 2008)
Com o objetivo de tratar e prevenir
P
QL
M
(Anderson e Behm, 2005) (McGill, 2007) (McGill, 2007)
100 kg em L4/L5 (Bogduk et al., 1992)
Atuam juntos estabilizando a coluna
Comprime e desestabiliza a coluna, sendo fundamental para a flexão do quadril
(Tomey e Taylor, 2000)
M LT
IC
O vetor estabilizador dos M não se alteração com a flexão-
extensão
Estabiliza
Rotaciona
Flexão-extensão
Flexão-extensão
Os M são segmentares
O vetor estabilizador dos LT IC diminui com a extensão
Exercícios direcionados para estes músculos demonstram efetividade em reduzir episódios recorrentes de lombalgias
(McDonald et al., 2006).
“Manguito rotador” da coluna (Tomey e Taylor, 2000)
O mais importante dos estabilizadores
Com o objetivo de tratar e previnir
torq
ue
(Rothman-Simeone, 2011)
normal pós reabilitação antes da reabilitação
Tolerância
Carga aplicada
Coluna danificada
Atleta de elite
Margem de segurança
Carga
(McGill, 2009)
Maioria dos alunos
Desequilíbrio
Resistência
Peso
Funcionais Protocolo McGill
U
1
2
3
4
5
1
2
3 4
5 6
7
1
2
3
4
5
6
7
1
2
3
4
5
6
7
8 9 10
Desequilíbrio
Resistência
Desequilíbrio
Força
Desequilíbrio
+ _
(National Geographic, 1984) (2002)
Em se tratando de coluna...
...é sempre melhor prevenir do que remediar!