herança cultural de ms

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História [4ºbimestre] - HERANÇA CULTURAL DE MATO GROSSO DO SUL Professora Marcia Marafigo acesse este conteúdo em: HTTP://marcia-marafigo.blogspot.com Página 1 A cultura de Mato Grosso do Sul é o conjunto de manifestações artístico-culturais desenvolvidas pela população sul-mato- grossense. A cultura tradicional estadual é uma mistura de várias contribuições das muitas migrações ocorridas em seu território. Gastronomia Principais pratos típicos do estado: sopa paraguaia, chipa, arroz carreteiro, peixe ao urucum de Corumbá, caldo de piranha, Puchero (vaca atolada, pucherada...), sobá, tereré, etc. Salgados Arroz Carreteiro: carne picada, salgada,cozida com arroz. Antigamente a carne era levada pelos peões entre a sela e o lombo do cavalo e salgada pelo suor do mesmo. Arroz boliviano Carpaccio de Dourado Caribeu Chipa : tipo de pão de queijo em forma de "u" ou alongado. Churrasco com mandioca: carne bovina ou de peixe assada no espeto, em suportes, sobre carvão em brasa, geralmente acompanhada de mandioca frita e/ou cozida. Farofa de banana da terra Farofa de carne E também o peixe urucum de Corumbá Furrundu Nhoque de mandioca Pacu assado e recheado Pamonha de milho verde cozida Puchero/Pucherada Quibebe de mamão Sobá : comida japonesa feita com um tipo de macarrão mais fino. Sopa paraguaia : bolo salgado feito com cebola, milho e queijo Saltenha :empanado recheado com frango desafiado e batata, bem picante. Sarrabulho : caldo grosso feito de miudezas de boi, carne, batata em cubinhos e ervilha. Bebidas Principais bebidas típicas do estado: Caldo de Piranha: feito um pirão de piranha e coado, tomando-se o líquido. Costuma-se tomar o caldo de piranha em cumbucas bem apimentados. O caldo pode ser engrossado com farinha de mandioca. Chimarrão: infusão de água quente e erva-mate servido numa cuia Cachaça de alambique: cachaça retirada diretamente da bica e vendida Licor de pequi: bebida doce á base de álcool e pequi Mate Chimarrão Libra: refrigerante feito de erva-mate que é muito popular na cidade de Corumbá. Sorvete de bocaiuva : sorvete feito da farinha de Bocaiúva. Tereré : infusão de água gelada e erva-mate servido numa guampa de chifre de boi; bebida-símbolo de MS; Símbolos Arara Azul Tuiuiú Tereré Trem do Pantanal Pantanal

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História [4ºbimestre] - HERANÇA CULTURAL DE MATO GROSSO DO SUL

Professora Marcia Marafigo – acesse este conteúdo em: HTTP://marcia-marafigo.blogspot.com Página 1

A cultura de Mato Grosso do Sul é o conjunto de manifestações artístico-culturais desenvolvidas pela população sul-mato-grossense. A cultura tradicional estadual é uma mistura de várias contribuições das muitas migrações ocorridas em seu território.

Gastronomia

Principais pratos típicos do estado: sopa paraguaia, chipa, arroz carreteiro, peixe ao urucum de Corumbá, caldo de piranha, Puchero (vaca atolada, pucherada...), sobá, tereré, etc.

Salgados

Arroz Carreteiro: carne picada, salgada,cozida com arroz. Antigamente a carne era levada pelos peões entre a sela e o lombo do cavalo e salgada pelo suor do mesmo.

Arroz boliviano

Carpaccio de Dourado

Caribeu

Chipa: tipo de pão de queijo em forma de "u" ou alongado.

Churrasco com mandioca: carne bovina ou de peixe assada no espeto, em suportes, sobre carvão em brasa, geralmente acompanhada de mandioca frita e/ou cozida.

Farofa de banana da terra

Farofa de carne

E também o peixe urucum de Corumbá

Furrundu

Nhoque de mandioca

Pacu assado e recheado

Pamonha de milho verde cozida

Puchero/Pucherada

Quibebe de mamão

Sobá: comida japonesa feita com um tipo de macarrão mais fino.

Sopa paraguaia: bolo salgado feito com cebola, milho e queijo

Saltenha:empanado recheado com frango desafiado e batata, bem picante.

Sarrabulho : caldo grosso feito de miudezas de boi, carne, batata em cubinhos e ervilha.

Bebidas

Principais bebidas típicas do estado:

Caldo de Piranha: feito um pirão de piranha e coado, tomando-se o líquido. Costuma-se tomar o caldo de piranha em cumbucas bem apimentados. O caldo pode ser engrossado com farinha de mandioca.

Chimarrão: infusão de água quente e erva-mate servido numa cuia

Cachaça de alambique: cachaça retirada diretamente da bica e vendida

Licor de pequi: bebida doce á base de álcool e pequi

Mate Chimarrão Libra: refrigerante feito de erva-mate que é muito popular na cidade de Corumbá.

Sorvete de bocaiuva: sorvete feito da farinha de Bocaiúva.

Tereré: infusão de água gelada e erva-mate servido numa guampa de chifre de boi; bebida-símbolo de MS;

Símbolos

Arara Azul

Tuiuiú

Tereré

Trem do Pantanal

Pantanal

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Música

Instrumentos musicais

Viola-de-cocho: instrumento construído artesanalmente pelos próprios violeiros, que usam materiais da região, como a madeira do sarã ou timbaúba (ou chimbuva), cola de poca, cordas de tripa de bugio ou de ema. Estudada por alguns pesquisadores, acredita-se que a viola de cocho tenha se originado do alaúde, instrumento musical usado durante a Idade Média que, vindo do Oriente Médio chegou à Europa. Imagina-se que tenha chegado ao Pantanal por volta do século XVIII, pela Bacia do Prata, único elo de ligação da Província de Mato Grosso com o mundo naquela época.

Sertaneja: Grande nomes da musica das cidades do Mato Grosso do Sul como: Munhoz e Mariano, João Bosco e Vinicius,Victor e Vinicius,Maria Cecilia e Rodolfo, Luan Santana e muitos outros nomes.

Gêneros

Guarânia

Chamamé

Polca Paraguaia

Vanerão

Sertanejo

Danças típicas

Em Mato Grosso do Sul, as quadrilhas estão restritas às escolas e algumas associações, numa tentativa de aproveitamento folclórico. São raros os grupos originais, geralmente do meio rural, que conservam algumas partes da quadrilha, como as contra danças inseridas nas comemorações locais. O Estado do Mato Grosso do Sul pode ser mapeado e dividido em 4 partes, de acordo com as danças:

Danças típicas da Região de Campo Grande - Compreende a capital e região central do estado. Influência paulista, mineira e e sulista.

Polca-rock: gênero que se baseia em ritmos fronteiriços, como a polca-paraguaia, o chamamé, a guarânia, o rasqueado, cururu e outros movimentos musicais que englobam o 3/4.

Danças típicas da Região do bolsão - Compreende a porção nordeste do estado - relativa à bacia Sucuriú de Costa Rica a Três Lagoas, incluindo os municípios de Camapuã e seus distritos. Possui influência paulista e mineira.

Arara, Cobrinha ou Revirão: muito comum no resto do Brasil, recebe vários nomes, como a dança da vassoura ou dança do chapéu. Sua execução começa com um dançador, que deve tirar outro e outro, até que a fila apresente-se longa, virando ora para um lado, ora para o outro, fazendo movimentos semelhantes aos de uma cobra. Em determinado momento, os dançadores juntam-se aos pares e aquele que estiver sozinho deve requisitar o par do outro. Quando a música é interrompida, aquele que estiver só, deve pagar uma "prenda" , geralmente declamando um verso.

Caranguejo: dança de roda que é desenvolvida aos pares que batem palmas e sapateiam, permeando com volteados e passeios. Ë uma ciranda executada nos bailes rurais, nos momentos em que tendem a desanimar.

Catira: É dançada ao som da moda de viola e alegrada pelos "recortados", quando os dançadores intercalam longa série de sapateado e palmeado. É uma dança só de homens, e a mulher raramente participa dela, apenas em momentos de reserva familiar. Geralmente é dançada nas festas antes de começar o baile.

Engenho de Maromba: possui ritmo valseado e seus movimentos imitam o movimento do Engenho de Cana. As fileiras de homens e de mulheres rodam em sentidos contrários entre si, entrecruzando-se na evolução. Os versos cantados no engenho são "chorados" como o próprio engenho de cana. É uma dança executada em finais de baile como forma de despedida.

Engenho Novo: dança cuja coreografia assemelha-se ao movimento do engenho de cana, e seus versos lembram passagens de trabalho com essa máquina e também conversas entre seus operadores. Ao contrário da dança anterior, a música possui andamento rápido e alegre.

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Sarandi ou Cirandinha: ciranda que mantém a mesma melodia da roda infantil Ciranda, Cirandinha. É uma dança de roda, em que os pares dão meias-voltas e voltas inteiras, trocando seus pares. Esse movimento é repetido tantas vezes quanto é o números de pares, intercalando, cada um apresenta seu verso para a moça, para o rapaz ou para o público presente.

Danças típicas da Região do Complexo do Pantanal - Compreende a porção oeste do Estado. Cultura pantaneira, desde a fundação de Corumbá e com a formação da cultura Cuiabana no século XVIII, possuindo influência gaúcha, paraguaia, boliviana e argentina.

Cururu: atualmente se caracteriza como uma brincadeira, mas ainda preserva alguns passos de dança, executados pelos violeiros, como flexões simples/complicadas, a fim de proporcionar animação. É praticada apenas por homens que tocam suas violas de cocho e ganzás ou cracachás (reco-recos), cantando versos conhecidos ou improvisados, conforme o momento requerer e as toadas falam das coisas do cotidiano pantaneiro.

Siriri: dança animada em que os pares colocados em fila ou roda descrevem gestos alegres e gentis, com palmas aos pares e ao som de toadas. Os movimentos são de fileiras simples, duplas, frente a frente, roda e túnel. Recebem nomes como: barco do alemão, carneiro dá, canoa virou, "vamos dispidi". Os instrumentos usados para música são: viola de cocho, reco-reco, (ganzá) de bambu com talho no sentido longitudinal e tocado com um pedaço de osso e o mocho ( tambor) tocado freneticamente com dois bastões de madeira.

Danças típicas da Região sul e fronteira - Compreende a porção sul e sudeste. (influência paraguaia, japonesa e gaúcha).

Chupim: dançado ao som/ritmo da polca paraguaia, com três pares. Seus movimentos imitam as asas da ave de mesmo nome, ao cortejar a fêmea. Às vezes, encontra-se a figura do Carão, que imita o pássaro do mesmo nome e é tido como ave de rapina que tenta a todo momento "roubar" a dama do companheiro. À esses movimentos acrescentam-se toques de castanholas, com os dedos, da aculturação espanhola. Seus movimentos são cadena, tourear o par, dançar e rodar o par.

Mazurca: também chamada de rancheira, muito comum no sul do Brasil, seguindo a mesma configuração dos bailes do Sul.

Palomita: é uma dança de salão que é executada ao som de polca paraguaia ou chamamé, embora no Paraguai seja utilizada a música palomita para essa dança. Há revezamento entre os casais.

Polca de Carão: a dança consiste em uma brincadeira de um dos dançantes para "levar um carão", ou um "fora" do seu pretendido par. A dança de salão continua até que os outros "levem um carão".

Toro Candil: não se caracteriza como dança nem como folguedo. É considerado uma brincadeira feita com o boi (toro em espanhol), feito de arame, pano e a ossatura natural da cara do boi, abatido para a festa. Duas tochas acesas são colocadas ao chifre do boi candeeiro ( Candil - em espanhol). Os brincantes mascarados (mascaritas - em espanhol), apresentam-se travestidos para não ser reconhecidos (tanto homens, quanto mulheres), brincam entre si, mudam a voz e falam em idioma Guarani. Antes da chegada do Toro, fazem a brincadeira bola-ta-ta, uma bola de pano, embebida em óleo e acesa. Chutam a bola de um para outro brincando até que a mesma se apague. Em seguida, entra o toro Candil para alcançar o auge da festa. Quando se acham cansados, vão para o salão e dançam ( podendo ser homens com homens ou com mulheres, mesmo porque eles não se conhecem) ao som de salsas e merengues.

Xote aos Pares ou Xote de Três: equivale ao Xote de Duas Damas da Região Sul do Brasil.

Xote Inglês: Essa dança trazida para o sul do estado pelos colonizadores do sul do país, consiste em um formato de se dançar xote levando-se em conta o rítimo da música que é marcada por duas partes bem definidas; a primeira o rítimo leva a marcação do giro executado pelo par, com seis passos girando para a esquerda e posteriormente seis passos girando para a direita, na sequência, marca-se dois passos para a esquerda e dois passos para a direira e completa um giro para a direita com três passos, repete-se essa segunda parte. Depois volta ao início e a dança continua até o fim.

Bibliografia

Sigrist, Marlei - "Chão Batido" - Editora UFMS - Campo Grande MS - email: [email protected]