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GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa Manuel Dias organiza Colóquio sobre Centenário da emigração Fundão. A Câmara Munici- pal do Fundão vai criar um centro interpretativo sobre emigração 04 Edition nº 283 | Série II, du 02 novembre 2016 Hebdomadaire Franco-Portugais 06 PUB LusoJornal / Carlos Pereira Empresas. O português Carlos de Matos construiu o mais recente Centro de serviços da Porshe 11 Pintura. Aquilino Ferreira fez as primeiras exposi- ções em França e hoje dedica-se inteiramente à arte 14 Miss. A Lusopress vai organizar a eleição de Miss Portugal França 2016 em Ozoir-la-Ferrière 16 Mísia veio a Paris para um concerto na Cigale de homenagem a Amália Rodrigues 13 Mísia PUB Aurélio Pinto explica porque deixou a Secção do PS/Paris Líder deixou de ser Secretário-Coordenador da Secção do PS português de Paris 03 Hendaye é cidade simbólica da emigração portuguesa

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GRATUIT

FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

Manuel Dias organiza Colóquio sobre Centenário da emigração

Fundão. A Câmara Munici-pal do Fundão vaicriar um centro interpretativo sobreemigração

04

Edition nº 283 | Série II, du 02 novembre 2016 Hebdomadaire Franco-Portugais

06

PUB

Luso

Jorn

al /

Car

los

Per

eira

Empresas.O português Carlosde Matos construiuo mais recenteCentro de serviçosda Porshe

11

Pintura. Aquilino Ferreira fezas primeiras exposi-ções em França ehoje dedica-se inteiramente à arte

14

Miss.A Lusopress vai organizar a eleiçãode Miss PortugalFrança 2016 emOzoir-la-Ferrière

16

Mísia veio a Paris para um concerto na Cigale de homenagem a Amália Rodrigues

13

Mísia

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Aurélio Pinto explica porquedeixou a Secção do PS/ParisLíder deixou de ser Secretário-Coordenador da Secçãodo PS português de Paris

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Hendayeé cidade simbólicada emigração portuguesa

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02 OPINIÃO Le 02 novembre 2016

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret:52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Angélique David-Quinton, António Marrucho, Clara Teixeira, Cindy Peixoto(Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Gracianne Bancon, Henri de Carvalho, Inês Vaz (Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira,Jorge Campos (Lyon), José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manuel do Nascimento, Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Nathalie de Oliveira, NunoGomes Garcia, Padre Carlos Caetano, Ricardo Vieira, Rui Ribeiro Barata (Strasbourg), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits | Agence depresse: Lusa | Photos: António Borga, Luís Gonçalves, Mário Cantarinha, Tony Inácio | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenue dela porte de Vanves, 75014 Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: novembre 2016 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

O mês de novembro é, na tradiçãocristã, dedicado à oração pelos defun-tos e não apenas mês das castanhas.O mês, no entanto, abre com a festade Todos-os-Santos, uma celebraçãoda vida. Uma vida plena e definitiva,transbordante e luminosa, a vida deDeus nos seus filhos e filhas que pelaágua do baptismo receberem o domdo Espírito da adoção filial.Como recorda um documento recenteda Igreja sobre o sepultamento e acremação: “A ressurreição de Jesus éa verdade culminante da fé cristã,anunciada como parte fundamentaldo Mistério pascal desde as origensdo cristianismo: Pela sua morte e res-surreição, Cristo libertou-nos do pe-cado e deu-nos uma vida nova: ‘comoCristo ressuscitou dos mortos pelaglória do Pai, também nós vivemosuma vida nova’ (Rom 6, 4). Por outrolado, Cristo ressuscitado é princípio efonte da nossa ressurreição futura:‘Cristo ressuscitou dos mortos, comoprimícias dos que morreram… domesmo modo que em Adão todosmorreram, assim também em Cristotodos serão restituídos à vida’ (1 Cor15, 20-22). Se é verdade que Cristonos ressuscitará ‘no último dia’, étambém verdade que, de certa formajá ressuscitámos com Cristo. Defacto, pelo Baptismo, estamos mer-

gulhados na morte e ressurreição deCristo e sacramentalmente assimila-dos a Ele: ‘Sepultados com Ele no ba-tismo, também com Ele fostesressuscitados pela fé que tivestes nopoder de Deus, que O ressuscitou dosmortos’ (Col 2, 12). Unidos a Cristopelo Baptismo, participamos já, real-mente, na vida de Cristo ressuscitado(cf. Ef 2, 6)” (Instrução Ad resurgen-dum cum Christo, nº2).Na linguagem grega bíblica, o ser hu-mano é composto de carne (sarx) eespírito (pneuma). E o resultadodessa combinação dá o corpo (soma).Não é complicado: a realidade bioló-gica, comum a todos os seres vivos(carne), recebe de Deus o EspíritoSanto, “o sopro de vida” (pneuma) eo Homem torna-se um ser vivente(soma) e único entre todos os seres.No baptismo, a pessoa humanatorna-se morada das pessoas divinas,que são um só Deus: somos mergu-lhados no Pai, no Filho e no EspíritoSanto, para d’Ele vivermos e com Eleexistirmos. E esta torna-se a nossa su-prema dignidade e vida definitiva.Quando morremos, o cristão não ésimples carne morta, porque se tor-nou corpo pelo Espírito Santo rece-bido. Corpo individual e membro doCorpo de Cristo, que é a Igreja. Porisso, o povo cristão refere-se aos que

morrem unidos a Jesus, como sendo“fiéis defuntos”. Defunto, palavra quevem do latim, quer dizer aquele quedeixou a função. Ou seja, quem morrenão acaba, mas deixa a sua funçãoneste mundo para assumir a pleni-tude da existência e da vida. É comose entrasse na “retraite” para ser pro-movido a um posto supremo. E assimé: “seremos semelhantes a Deus por-que o veremos tal como Ele é” (1 Jo3,2).Mas nada disto é automático: a vida éfeita de escolhas, mudanças, evolu-ções ou retrocessos, é caminho na li-berdade. Por isso, os defuntos namorte - como quando viviam nomundo - precisam e confiam-se ànossa solidariedade e cuidados. “Atradição da Igreja sempre nos exortoua rezar pelos defuntos, em particular,oferecendo por eles a celebração eu-carística, que é a melhor ajuda espiri-tual que podemos dar às suas almas,especialmente às mais abandonadas”(Papa Francisco, 2.11.2014).Rezamos por eles para que, num der-radeiro gesto da misericórdia de Deus(que nunca desiste de nós), sejamlimpos de toda a mancha de pecadoe mal, que lhes sujou a veste baptis-mal, e assim possam entrar no ban-quete da vida eterna com o trajefestivo (cf. Lc 22, 1-11).

Não só em novembro, mas ao longode todo o ano, é dever de amor e deamizade dos batizados confiar a Deus,pela oração da comunidade cristã namissa, os que morreram. Não apenasos nossos familiares e amigos, mastambém aqueles de quem não gostá-mos tanto. Não é uma homenagem, éum gesto solidário de esperança e decerteza na Vida, de bem cuidar dooutro. Quando propomos o nome dodefunto para a Eucaristia une-sequem morreu a Cristo, morto na cruze ressuscitado ao terceiro dia.E porque a morte nos faz sofrer, con-sola “imaginar” o que nos diriam osdefuntos se nos falassem em altavoz: “Se conhecesses o mistérioimenso do céu onde agora vivo, estehorizonte sem fim, esta luz que tudoreveste e penetra, não chorarias, seme amas! Estou já absorvido no en-canto de Deus, na Sua infindável be-leza. Permanece em mim o teu amor,uma enorme ternura, que nem tuconsegues imaginar. Vivo numa ale-gria puríssima. Nas angústias dotempo, pensa nesta casa onde, umdia, estaremos reunidos para além damorte, matando a sede na inesgotá-vel fonte da alegria e do amor infi-nito. Se me amas de verdade, nãochores!" (atribuído a Santo Agosti-nho). Não chores…

Castanhas e morte: não chores!Opinião de Padre Nuno Aurélio, Reitor do Santuário de Nossa Senhora de Fátima de Paris

Question delecteurs

Question:Monsieur le Directeur,J’ai remarqué une erreur dans l’undes articles, page 04 du n°281.Assez attentive et lectrice de longuedate, j’ai été surprise de voir la der-nière question posé a Mr. Manuel deCarvalho, «vous étés élue, femmeengagée, mère, chef d’entreprise...»C’est une question qui aurait du êtreposé?!

Elisabeth Lopes da Silva(por mail)

Réponse:Chère lectrice,Vous avez raison. La réponse estbonne, mais la question n’est pas labonne. La question concerne uneautre interview.Il s’agit d’une erreur «technique»que j’assume, bien évidement.Je suis ravi d’avoir des lecteurscomme vous, qui lisent LusoJornalavec beaucoup d’attention.Je suis moins fier quand vous trou-vez des erreurs comme celle-ci.Je présente donc nos excuses à M.Manuel de Carvalho, élu à Brunoy,ainsi qu’à l’association Cívica, d’élusfrançais d’origine portugaise, notrepartenaire pour cette rubrique.Nous tâcherons de faire plus atten-tion à l’avenir. Cependant, LusoJor-nal est un projet fait avec très peu demoyens et donc il est très difficiled’éviter ce genre d’erreurs. Fort heu-reusement, ils ne sont pas trop fré-quents.Bonne lecture.

Carlos Pereira, Directeur de LusoJor-nalEnvoyez vos questions à: [email protected]

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Registo Criminal pode ser pedido OnlineJá é possível requerer o certificadode registo criminal online. O pe-dido de emissão do documento(negativo ou positivo) passa a serfeito, de forma simples, cómoda erápida, através de uma plataformaeletrónica.Os cidadãos passam a poder solici-tar e obter o registo criminal deforma totalmente desmateriali-zada, a qualquer momento e semnecessidade de se deslocarem.Ao contrário do que acontecia atéaqui, o requerente só terá de soli-citar o documento e efetuar o res-petivo pagamento uma única vez,desde que a finalidade para o qualfoi solicitado seja a mesma. Estecertificado terá um código deacesso que poderá ser utilizado

para consulta, as vezes que for ne-cessário, pelo próprio ou por outroa quem este tenha disponibilizadoo código.Além das vantagens de simplici-dade, comodidade e rapidez, esta

medida vai permitir uma significa-tiva poupança de papel. Estima-seque, para 800 mil pedidos de cer-tificado do registo criminal efetua-dos por ano para particulares, serápossível poupar 1,6 milhões de fo-

lhas de papel.Não menos importante será o im-pacto ao nível do descongestiona-mento dos postos de atendimento,nomeadamente das secretarias dostribunais, com a consequente liber-tação de recursos humanos.Segundo um estudo, cerca de 1,66horas/dia (estimativa) do tempo detrabalho diário de um funcionáriopoderá ser dedicado a outras tare-fas que não a emissão de registoscriminais.O certificado de registo criminal éum documento de apresentaçãoobrigatória para o exercício dequalquer profissão ou atividade pú-blica cujo exercício envolva con-tacto regular com menores, como éo caso dos professores.

Todas as semanas, estamos ao seu lado

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POLÍTICA 03

Secretário deEstado dasComunidadesquer recensea-mento obriga-tório para Portugueses noestrangeiro

O Secretário de Estado das Comuni-dades, José Luís Carneiro, defendeuna semana passada à Lusa, o recen-seamento obrigatório para os Portu-gueses residentes no estrangeiro.“Esse recenseamento obrigatório é oobjetivo político, contudo por algumarazão ele ainda não foi implementadoaté hoje. A razão deve-se aos obstá-culos técnicos, financeiros e políticos”,afirmou José Luís Carneiro.O recenseamento obrigatório para osPortugueses residentes fora de Portu-gal necessita do apoio de dois terçosdos 230 Deputados da Assembleia daRepública, a quem o governantelança um apelo. “Aquilo que gostaría-mos era que todos os Partidos conver-gissem para o mesmo objetivo paragarantir o recenseamento eleitoral ob-rigatório por forma a que não fosseesse um obstáculo à participação dosPortugueses no estrangeiro”, frisouJosé Luís Carneiro.O Governo liderado por António Costaestá atualmente a tentar “encontrarmecanismos de facilitação do recen-seamento dos portugueses no estran-geiro”, um trabalho que tem “muitasimplicações técnicas e políticas”.Segundo dados da Comissão Nacio-nal de Eleições, nas legislativas de 6de outubro de 2015, registou-se umaabstenção recorde nos círculos pelaemigração de 83% no da Europa e de91% fora da Europa. “O recensea-mento automático valorizando os elei-tores, o exterior, esvazia os círculoseleitorais internos no próprio país. Éuma matéria de grande complexidademas que está a ser trabalhada tendoem vista o objetivo político do recen-seamento automático”, acrescentou.

“Custa-me que o meu Partido não se tenhadesmarcado dos outros pela positiva”

Como foi anunciado na última ediçãodo LusoJornal, Aurélio Pinto, militantena Secção Socialista Portuguesa deParis desde o início dos anos noventa,membro da Comissão Nacional, dei-xou o lugar de Secretário-Coordenadordesta estrutura e cessou a sua ativi-dade.Aurélio Pinto coordenou a Secção du-rante vários mandatos, até 22 de ou-tubro deste ano, altura em que foisubstituído pelo Professor de portu-guês António Oliveira.Para além da notícia já dada, o Luso-Jornal quis saber mais sobre as razõesda saída de Aurélio Pinto.

Porque cessou agora a sua atividadede Secretário-Coordenador da SecçãoSocialista Portuguesa de Paris?Realmente, depois de uma passagempela rádio Portugal FM e pelo JornalEncontro, o meu nome passou a serrelativamente conhecido na Comuni-dade. Ao assumir a Presidência daCCPF [ndr: Coordenação das Coletivi-dades Portuguesas de França], en-tendi que antes que alguém selembrasse de me atribuir uma eti-queta política que não correspondesseà realidade, o melhor seria ser eu pró-prio assumir publicamente as minhasconvicções. Desde então, não maisabandonei a militância e um dia acei-tei de encabeçar uma lista para Se-cretário-Coordenador da Secção. Estasituação repetiu-se várias vezes edurou cerca de 20 anos. Neste man-dato, fui secundado ultimamente poralguém em quem reconheci as capa-cidades e a vontade de continuar umamissão que já me ia pesando.

Quer dizer que lhe faltam forças paracontinuar?Não é propriamente isso. Se é verdadeque o avançar na idade não é sinó-nimo de acréscimo de energia, devodizer que as “tarefas político-comuni-tárias” não são suficientemente pesa-das para pôr em causa a minhaintegridade física. Por outro lado, coma idade ganha-se em paciência... masa mim, foi o que me faltou. Na reali-dade desde que me afiliei ao PartidoSocialista Português, deparei (nomea-damente em Paris), com uma situa-ção complicada. Muitos militantescheios de boa vontade, uma Federa-ção pouco operante e um Partidopouco preocupado com as Comunida-des. Foi certamente isso mesmo quereforçou a minha vontade de me in-vestir, mas ao fim de tantos anos, souobrigado a constatar que, mau gradotodo o trabalho que se tem feito em

Paris, se no Partido os quadros têmmudado, as preocupações continuamna mesma. Daí a falta de paciênciaque me levou a não me apresentar denovo ao voto dos militantes, na As-sembleia Geral Eletiva, que convoqueipara o passado dia 22.

O que é que tem faltado para um me-lhor entendimento entre o Partido So-cialista Português e as Comunidades?O que tem faltado ao Partido Socia-lista Português é o que tem faltadoaos Portugueses que residem em Por-tugal: a capacidade de realizar que oscerca de cinco milhões de cidadãosque vivem no estrangeiro, tambémsão Portugueses e devem contar comeles para além das férias, das remes-sas enviadas e dos votos em caso deeleições. Custa-me que o meu Partidonão se tenha desmarcado dos outrospela positiva, mas atendendo ao tra-balho que a Secção de Paris temvindo a realizar, sei que é só umaquestão de vontade política dos diri-gentes e que, tomada a boa decisão,a situação mudará sem sombra de dú-vida.

A não ser o estudo que foi feito sobrea Comunidade em Paris nos últimosanos, pouco se tem falado da Secção

de Paris, qual é a razão?A Secção de Paris sempre pôde contarcom a participação de militantes com-petentes em todas a áreas e tambémcom o apoio de elementos externos,para completar e validar as nossasanálises. Assim aconteceu com o úl-timo trabalho que fizemos, o “Autore-trato da Comunidade”. Este trabalho,que eu coordenei, em que para alémdos membros do Secretariado, parti-ciparam elementos referentes da Co-munidade nas várias especialidades:sociólogos, engenheiros, professoresuniversitários, de liceu e dos colégios,jornalistas, artistas, animadores sócio-culturais, etc., foi validado em dois se-minários anuais, realizados na sede doPartido Socialista francês, por outrostécnicos de todas as áreas e por umvasto público composto também deestudantes, pais de alunos, reforma-dos, trabalhadores de todas os ramos,por membros do Partido SocialistaFrancês, do Partido Socialista Portu-guês e ainda por Deputados dos doispaíses. Foi enviado à Direção do Par-tido, à equipa liderada por AntónioJosé Seguro e foi elemento do Labo-ratório de Ideias que tinha então sidocriado. Mais tarde, foi enviado àequipa do novo Secretário Geral Antó-nio Costa, e viria a servir para o seu

Programa do Governo, embora desfal-cado de alguns pontos importantescomo por exemplo o que consistia emautorizar que um elemento de umaComunidade, por ela designado, sepusesse candidatar a Deputado peloseu círculo de residência, ainda quetendo a dupla nacionalidade. Estetrabalho foi considerado, por muitosconhecedores, como sendo o maisimportante jamais realizado nas Co-munidades de há muitos anos a estadata, pelo seu conteúdo e pela ma-neira como foi realizado.Mas a Secção de Paris também fezvárias propostas de organização detrabalho entre a Direção do Partido eas Comunidades, sobre a Coordena-ção das Secções no estrangeiro, etc.Acontece que nunca foi nosso objetivofazer alarde das nossas atividades.Somos tão fotogénicos comos os ou-tros, mas não sentimos necessidadeem “ficar na fotografia”, nem de fazerpropaganda. Exprimimos opiniõesquando tal parece pertinente, damosinformações quando é importante evamos trabalhando com os nossos(poucos) meios, mas com convicção,não para nós próprios, mas para a Co-munidade, para o Partido e para opaís.

Fala-nos de falta de meios. A quemeios se refere?Não me refiro a meios materiais, poisas despesas são poucas no dia a dia enormalmente cada militante assumeas suas. O que nos falta é uma orga-nização global que defina objetivos enos informe, nomeadamente no quediz respeito às Comunidades. Que tra-balhe com as Secções e os seus mili-tantes, para escutar as sugestões,iniciar e garantir a concretização deações definidas nos objetivos. Queparticipe em eventos organizados nasComunidades.Em tempos tivemos na pessoa do re-centemente falecido Eng. José Lello,um Diretor das Comunidades, secun-dado pelo Deputado Paulo Pisco.Quando constatamos que o númerode Deputados para as Comunidades éaltamente insuficiente, é óbvio que aojuntar-lhe mais um cargo, é garantirineficácia. Depois nem isso! Algunscamaradas foram designados, masnunca exerceram. Por isso podemosconstatar a imensidão de trabalho quehá por fazer nas Comunidades, mastambém, e isto é fator de esperança,a amplidão dos resultados que se po-derão obter quando a simbiose entreo Partido e os seus militantes do es-trangeiro acontecer. Estou certo quenessa altura, o Partido Socialista Por-tuguês voltará às vitórias em Paris...

Aurélio Pinto responde ao LusoJornal

Por Carlos Pereira

Le 02 novembre 2016

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LusoJornal / Mário Cantarinha

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lusojornal.com

João de MeloAlvim é o novoCônsul-GeralAdjunto dePortugal emParis

Acaba de chegar ao Consulado-Geralde Portugal em Paris, o novo Cônsul-Geral Adjunto, João André Brites deAndrade de Melo Alvim.João de Melo Alvim desempenhavaaté agora o cargo de Adjunto da Se-cretária Geral do Ministério dos Ne-gócios Estrangeiros, e assumiufunções neste que é o maior Consu-lado português no mundo, no pas-sado dia 24 de outubro.O novo Cônsul-Geral Adjunto masceuem 9 de dezembro de 1976 - vaifazer na próximo mês 40 anos -, emCoimbra. É licenciado em Direito pelaUniversidade de Coimbra, com pós-graduação em Mediação e Gestão deConflitos pela Universidade Lusófonade Humanidades e Tecnologias deLisboa. Também tem uma pós-gra-duação em Direito Fiscal das Empre-sas e outra em Direito do Trabalhopela Universidade de Coimbra. Foiadvogado mas candidatou-se ao con-curso de admissão aos lugares deAdido de Embaixada, em 27 de de-zembro de 2012 e foi admitido.

STCDE quer“lógica” nosubsídio de refeiçãoSegundo o Sindicato dos Trabalhado-res Consulares e das Missões Diplo-máticas (STCDE), uma das medidasdo Orçamento de Estado para 2017anuncia que os funcionários públicosterão, a partir de janeiro próximo, umaumento de 25 cêntimos diários nosubsídio de refeição, passando assimde 4,27 euros para 4,52 euros.“Retomando uma das nossas frentesde trabalho, ‘Negociação de subsídiode refeição adaptado às realidades lo-cais’, afigurouse-nos pertinente deba-termos esta problemática, de modo aintroduzir coerência e lógica na fixa-ção deste subsídio. Pois porquantoem Portugal o montante do subsídiode refeição corresponderá a 0,85%do salário mínimo, as percentagensconstatadas no nosso universo de tra-balhadores variam entre 0,20% e 3,81%!” diz o Sindicato cuja SecretáriaGeral é Rosa Maria Ribeiro Teixeira,funcionária do Consulado geral dePortugal em Paris.O STCDE enviou um pedido de aber-tura de negociações sobre esta ma-téria ao Secretário de Estado dasComunidades, José Luís Carneiro.

04 AUTARQUIAS

Concelho do Fundão vai ter um Centro dememória da emigração

O concelho do Fundão vai ter um Cen-tro de memória da emigração, disseem Hendaye a Vereadora da Culturada Câmara Municipal do Fundão, Al-cina Cerdeira.A Vereadora, também com as pastasda Saúde, Educação, Turismo e AçãoSocial, falava no Colóquio sobre ocentenário do Acordo franco-portu-guês de mão-de-obra que se realizouna cidade situada na fronteira franco-espanhola. “Será um Centro interpre-tativo da memória onde, em conjuntocom as pessoas que estão aqui hojeneste Colóquio, pensámos criar umespaço dedicado exatamente à me-mória e à emigração. Queremos criaresse espaço que vamos disponibilizara todos, e muitos dos nossos emigran-tes poderão passar para, de algumaforma, voltar a rever-se”, disse AlcinaCerdeira à Lusa.

A autarca indicou que o Centro deveráestar em funcionamento até 2018 e

que ainda se está a estudar onde vaiser instalado, estando entre os locais

de seleção a aldeia de Alcaide e umespaço junto à Câmara municipal doFundão.Em termos de conteúdos, o centro de-verá ser um espaço “dinâmico” e nãoapenas um “centro museológico paraobservar”, devendo haver “uma partehistórica sobre a emigração” e ativi-dades como colóquios e exposiçõestemporárias.Em maio, sob a coordenação de MariaBeatriz Rocha Trindade, especialistana Sociologia das Migrações, a cidadedo Fundão vai realizar um Colóquiosobre comunicação, censura e emi-gração, tendo sido enviado um conviteao concelho do Sabugal para se asso-ciar à iniciativa e ser palco de um co-lóquio sobre a emigração clandestinae o papel da zona de fronteira, umavez que o Sabugal acolheu um tribu-nal que julgava os Portugueses quetentavam emigrar clandestinamentenos anos 60.

Deverá abrir até 2018

Por Carina Branco, Lusa

Amarante articula Gabinete de Apoio ao Emigrante com agência local de investimentoO Gabinete de Apoio ao Emigrante deAmarante, que a Câmara acordoucom o Governo, vai articular-se coma Agência de Investimento que a au-tarquia já tem em funcionamento,avançou à Lusa o Presidente. “A ar-ticulação com o Invest Amarante[agência de investimento do Muni-cípio] pressupõe esta valência de in-vestimento estrangeiro. Queremoscaptar não apenas os emigrantes por-tugueses que estão no estrangeiro eque têm negócios nesses países, mastambém os que, não tendo qualquerligação a Portugal, olham para onosso país como uma oportunidadepara fazer crescer os seus negócios”,explicou José Luís Gaspar.O Presidente da Câmara disse desejarque os dois serviços se articulem ecomplementem, recordando que oGabinete de Apoio ao Emigrante vai

permitir chegar a uma vasta rede con-sular, espalhada pelo mundo inteiro,que poderá ajudar a agência local nacaptação de intenções de investi-mento. Um profissional fará a pontecom entre o GAE e a “Invest Ama-rante”.José Luís Gaspar recorda que a agên-cia municipal reúne oito técnicos, devárias áreas, que têm vindo a moni-torizar as potencialidades de investi-mento na região, em articulação como Politécnico do Porto. “Estamos afalar de técnicos que têm capacidadepara responder a qualquer investidor,seja um emigrante português ou outroqualquer”, vincou.O Presidente recordou que, nas últi-mas décadas, várias gerações de con-terrâneos emigraram, precisando queaté a sua família o fez. “Eu própriosou filho de emigrantes”, exclamou.

Há por isso, prosseguiu, um “poten-cial enorme para ser explorado”,procurando atrair investimento denaturais do concelho que emigra-ram e que hoje têm hoje negóciosem vários países. “É altura de aju-dar os nossos emigrantes a investi-rem no seu país de origem, tal comojá o fazem nos países onde estão ra-dicados, fazendo-os entender quetêm uma aqui uma oportunidade”,apontou.O autarca falava depois de ter sidoformalizado um Protocolo para a cria-ção em Amarante de mais um Gabi-nete de Apoio ao Investimento, quefoi homologado pelo Secretário de Es-tado das Comunidades, José LuísCarneiro.José Luís Carneiro sublinhou que osGabinetes de segunda geração que oGoverno está a implementar em vá-

rios pontos do país, para além das“relevantes funções sociais”, com-porta também as valências de apoioao investimento, contando com o en-volvimento de vários organismos doEstado que trabalham neste domínio,como a AICEP, o IAPMEI e o Turismode Portugal, entre outros. “Estaequipa transversal procura dar res-posta às questões que os nossos emi-grantes colocam nestes Gabinetes deapoio ou que colocam na rede consu-lar por todo o mundo”, explicou, emdeclarações à Lusa.José Luís Carneiro acrescentou queos Gabinetes estão preparados paradar resposta célere às questões colo-cadas pelos emigrantes que deixaramo país há algumas décadas, mas tam-bém os que, nomeadamente da re-gião do Tâmega e Sousa, o fizeramnos últimos anos em grande número.

Toulouse: Paulo Santos na Festa Nacionalde Espanha

No passado dia 17 de outubro, PauloSantos, Vice-Cônsul de Portugal emToulouse esteve presente na receção,da Marie de Toulouse, por ocasião da“Fête Nationale de l’Espagne”.O convite foi efetuado pelo Cônsul-Geral espanhol em Toulouse, DámasoRamirez, e pelo Maire da cidade,Jean-Luc Moudenc.A receção, que começou com diversosdiscursos, tanto em língua francesacomo castelhana, teve uma plateiaque quase lotava a “Salle des Illus-tres” do Capitole de Toulouse. Esta éuma zona de França com muita in-fluência histórica espanhola e commuitos laços culturais e sociais no-meadamente ao país. Relembre-seque a “Catalunha Francesa” é prati-

camente vizinha do departamento deHaute-Garonne.Já depois dos discursos, aos convida-dos foi servido um cocktail, onde foipossível a todos os presentes trocarcontactos e fortalecer as relações bi-laterais entre várias proveniências.Num dos contactos, Paulo Santos, foiconvidado pelo Maire Adjoint de Tou-louse, para estar no próximo dia 5 denovembro em Saint Alban, para forta-lecer relações, no dia em que os povosEuropeus são o centro das atençõesdo evento organizado pela Marie fran-cesa. Portugal não participa nesta edi-ção, mas devido a este contacto, asportas estão já abertas para uma po-tencial presença portuguesa no anode 2017, nomeadamente através derelações concretas com vilas e cida-des portuguesas.

Por Vítor Oliveira

Le 02 novembre 2016

Alcina Cerdeira, Vereadora da Câmara Municipal do FundãoLusoJornal / Carlos Pereira

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06 DESTAQUE

Colóquio em Hendaye evoca centenário do primeiroacordo franco-português de mão de obra

A cidade de Hendaia, na fronteirafranco-espanhola, recordo na sexta-feira passada, dia 28 de outubro, ocentenário do acordo de mão-de-obrafranco-português, no dia em que secelebram os 100 anos da assinaturado documento.Este é o primeiro de três Colóquiosem França sobre o centenário da con-venção civil e militar, seguindo-seBordeaux, a 25 de novembro, e Paris,a 10 de dezembro.Com efeito, o primeiro acordo demão-de-obra entre França e Portugaldata de há cem anos e previa o recru-tamento de portugueses para a indús-tria de guerra francesa no âmbito daPrimeira Guerra Mundial. A “Portarianº 807”, publicada em Diário do Go-verno, a 28 de outubro de 1916, es-tabelecia um contrato “feito para operíodo de guerra em virtude da co-laboração industrial entre os aliados,exigida pelo seguimento da guerra epelas circunstâncias excecionais quedela resultam”.Com este acordo, “a França começoua ser o destino para a emigração por-tuguesa que não era antes”, disse àLusa a historiadora francesa Marie-Christine Volovitch-Tavares, indicandoque antes da guerra havia cerca demil portugueses em França e depoisdo conflito estavam recenseadosquase onze mil.“Este acordo é muito importante por-que é o primeiro e, ao mesmo tempo,deu uma impulsão a uma emigraçãoportuguesa relativamente importante.A ideia que se podia emigrar paraFrança, que havia possibilidades emFrança, não existia antes, as pessoaspensavam, por exemplo, no Brasil”,explicou a historiadora.Ainda que o documento abra as pers-petivas da emigração para França,tratou-se apenas de um acordo válidopara o tempo de guerra e foi precisoesperar por 1971 para se alcançarum outro acordo franco-português demão-de-obra, ou seja, “toda a emigra-ção de 1919 a 1971 aconteceu semum acordo de mão-de-obra”, in-cluindo nas épocas de maior emigra-ção entre os anos 1920-1930 e1960-70.Para a historiadora Cristina Clímaco,“a resistência” do Governo portuguêsà emigração para França “começamesmo em 1919 quando se tentanegociar um novo acordo” e, a partir

daí, “a maioria desta emigração éclandestina” e “faz-se à revelia doGoverno”.“A ideia era que o nosso reservatóriode mão-de-obra não era para ir paraFrança, era para ir para as colónias e,eventualmente, para o Brasil. Sefosse necessário emigrar era para ascolónias. Era preciso desenvolver aeconomia das colónias. Esta mão-de-obra era um reservatório para isso,não para a França”, explicou CristinaClímaco.O documento publicado a 28 de ou-tubro de 1916 foi assinado peloentão Ministro dos Negócios Estran-geiros, Augusto Soares, pelo Ministrodo Trabalho e da Previdência Social,António Maria da Silva, e por um re-presentante francês do Subsecreta-riado de Estado da Artilharia e dasMunições.O acordo estabelecia as condiçõespara o Governo francês poder recru-tar operários portugueses, nãosendo possível contratar “todos oshomens que podiam ser soldados aoserviço de Portugal, nem os operá-

rios qualificados das fábricas portu-guesas com ligação a produções deguerra”, afirmou Marie-ChristineVolovitch-Tavares.Havia, ainda assim, “circunstânciasespeciais” para se poder recrutar oshomens em idade de cumprir o ser-viço militar se a França os reenviassepara Portugal caso o país precisassede alistar estes soldados.Marie-Christine Volovitch-Tavares de-talhou que nas condições de recruta-mento se estabelecia que “o governofrancês tinha de pagar todas as des-pesas de deslocação e de alojamentoe os portugueses deviam ter o mesmosalário que os franceses e os estran-geiros que trabalhassem nas mesmasfábricas”, viajando em grupos e com“passaportes coletivos”.No âmbito do acordo, “entre 15 a 20mil portugueses” vieram para Françaentre 1916 e 1918, mas como oscontratos eram de seis meses “nemtodos ficaram em França”, precisoua historiadora, acrescentando quetambém houve um recrutamento deportugueses para trabalharem na

agricultura no período da guerra.

O ColóquioNa Mairie de Hendaye realizaram-seduas mesas redondas, a primeira in-titulada “A história dos acordos daimigração. Os estrangeiros na econo-mia de guerra” e a segunda sobre“exílio político e êxodo rural”.No primeiro debate, o historiadorLaurent Dornel falou sobre “O apeloà mão-de-obra estrangeira e colonialdurante a Grande Guerra”, a historia-dora Marie-Christine Volovitch-Tava-res apresentou o tema “1916, aentrada de Portugal na guerra e o pri-meiro acordo de mão-de-obra entreFrança e Portugal” e a historiadoraYvette dos Santos falou sobre “Traba-lhadores portugueses ao serviço dosAliados: seleção, estratégias e reivin-dicações durante a Grande Guerra”.À tarde, na segunda mesa redonda, ahistoriadora Cristina Clímaco falousobre a “História do exílio e da imi-gração dos Portugueses para Françados anos 20 aos anos 40”, o historia-dor Victor Pereira sobre “A imigração

portuguesa em França: cem anos decontributos e de estratégias das auto-ridades portuguesas” e o sociólogoManuel Dias Vaz sobre “O papel dasfronteiras de Hendaia e dos Pirinéusna imigração portuguesa em Françae na Europa nos séculos XX e XXI” esobre “A região Nova-Aquitânia, terrade acolhimento e de passagem dosPortugueses”.A coordenadora do Colóquio, Marie-Christine Volovitch-Tavares define1916 como o “ano crucial para a his-tória dos Portugueses em França” de-vido a duas decisões: o envio desoldados do Corpo ExpedicionárioPortuguês para a frente de batalhaem França e o acordo de mão-de-obra“que abriu o caminho da emigraçãoa milhares de trabalhadores portu-gueses”. Marie-Christine Volovitch-Tavares é aliás a autora do livrorecentemente editado pelas ediçõesMichel Lafon “100 Ans d’Histoiredes Portugais en France”.O colóquio contou, ainda, com a pre-sença de representantes francesesdas obras públicas e da agriculturaque “pela primeira vez exprimiram-se sobre o papel dos Portugueses naconstrução civil em França durantecem anos e sobre a contribuição por-tuguesa entre 1915-30 nos setoreschave que eram a agricultura, a flo-resta e a construção civil”, explicouà Lusa o coorganizador Manuel DiasVaz, Presidente da Rede da Aquitâ-nia para a História e Memória daImigração.O colóquio foi organizado pela Rededa Aquitânia para a História e Memó-ria da Imigração (RAHMI), pelo Co-mité Nacional Francês dehomenagem a Aristides de SousaMendes e pela cidade de Hendaye,contando também com a colaboraçãodo LusoJornal.De Paris deslocaram-se também orealizador José Vieira, o colaboradordo Jornal do Fundão Abílio Laceiras,o escritor Manuel do Nascimento e orepresentante da associação MemóriaViva António Oneto.O Maire de Hendaye assistiu à totali-dade do Colóquio e felicitou os orga-nizadores, mas do Fundão veio aVereadora da Cultura, Alcina Cer-deira. Um dos Adjuntos do Ministroportuguês da Defesa também se des-locou de Portugal para assistir ao Co-lóquio.

(*) com Carlos Pereira

Primeiro acordo foi assinado no dia 28 de outubro de 1916

Por Carina Branco, Lusa (*)

Le 02 novembre 2016

Hendaye, cidade simbólica da emigração portuguesa

A cidade de Hendaye, na fronteirafranco-espanhola, concentra três dos“seis locais simbólicos da história daemigração em França”: estação decomboios, ponte de Santiago e es-trada Nacional 10, segundo o espe-cialista em emigração portuguesaManuel Dias Vaz.“Aqui em Hendaye há três pontos es-senciais: a estação de caminhos-de-ferro, a fronteira da Bidassoa - que éo rio - e a Nacional 10. Dos seis locais

simbólicos da história da emigraçãoem França, três são aqui. Os outrossão a estação de Bordeaux, a estaçãodos caminhos-de-ferro de Austerlitz eo bairro de lata de Champigny”, expli-cou.Foi por estes espaços que passaram“três milhões de Portugueses”, deacordo com Manuel Dias Vaz, que ca-racterizou Hendaye como uma fron-teira não só entre França e Portugalmas também “entre Portugal e quasetoda a Europa”.“É a fronteira da liberdade, a fron-

teira da paz para milhões de Portu-gueses porque há três milhões dePortugueses que vieram de Portu-gal para os diferentes países da Eu-ropa. Primeiramente a França,segundo a Inglaterra, em terceiro aAlemanha, a Bélgica, a Suíça, oLuxemburgo”, explicou o tambémPresidente da Rede da Aquitâniapara a História e Memória da Imi-gração (Rahmi).Manuel Vaz Dias indicou que vaiser feito “um trabalho sobre a ma-terialização do património imaterial

da emigração”, um programa detrês anos em parceria com a Uni-versidade francesa de Pau parapesquisar sobre a história da emi-gração e fronteiras, com o objetivode “colocar placas” comemorativasnos locais da passagem portuguesaem Hendaye e para editar publica-ções sobre o tema.Entre os vereadores da cidade, háum lusodescendente, Jean Dias, filhode um soldado que integrou o CorpoExpedicionário Português nas trin-cheiras da Flandres durante a Pri-

meira Guerra Mundial e que depoisfoi morar para Hendaye.“Hendaye foi sempre uma terra deacolhimento, tanto para os operáriosportugueses quanto para os republi-canos espanhóis. Inaugurámos háuns tempos uma placa na ponte deHendaye em memória de Aristides deSousa Mendes”, afirmou o Maire ad-joint de 78 anos, sublinhando que opai escolheu ficar em França, tendotentado trazer o avô e os tios queapenas ficaram temporariamenteno país.

Por Carina Branco, Lusa

Sessão de abertura do Colóquio em HendayeLusoJornal / Carlos Pereira

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Entre frio e fome, em outubro de1964, foram precisos “23 dias a pé”entre a aldeia de Louriçal de Campo,em Castelo Branco, e a cidade fran-cesa de Lyon, para que Manuel DiasVaz escapasse à ditadura. O portuguêspagou “14 contos” - o valor de “umajunta de vacas” - pela viagem que ne-gociou da forma mais secreta possívelporque “nas aldeias as denúnciaseram constantes, inclusive no seio dasfamílias”.“A minha avó, a mãe do meu pai, seela soubesse que eu estava a projetarvir a salto, era capaz de me denunciarporque, para ela, eu devia ser um dossoldados que ia defender a pátria.Para ela, o facto de eu não ir para aguerra era uma maneira de trair os va-

lores da nação”, contou à Lusa o Pre-sidente da Rede da Aquitânia para aHistória e Memória da Imigração.Antes de chegar a França, o portuguêsdeixou a aldeia natal de táxi, à noite,até à aldeia de Aranhas, no concelhode Penamacor, a partir de onde cami-nhou quatro dias até perto da CidadeRodrigo, na província espanhola deSalamanca, onde passou mais doisdias “à espera de uma camioneta degado” que o levou até Vitória, no PaísBasco, tendo depois gasto “oito, novedias” para atravessar as montanhas, apé, num “inverno terrível”, com “30centímetros de neve nos Pirinéus”.“Era o medo, o frio e ao mesmotempo, digamos, a fome. Os passado-res davam à gente um bocadinho dechocolate, um bocadinho de pão e agente bebia água nos rios. Nós passá-

mos dois ou três dias na montanhanuma corte abandonada, tivemos quequeimar as tábuas que estavam lápara pôr a palha porque havia um frioterrível”, lembrou, acrescentando queo “momento de felicidade” foi, numoutro dia, quando viu um rebanho deovelhas que permitiu ao grupo beberleite e aconchegar-se no calor dos ani-mais.Como Manuel Dias Vaz, foram milha-res os portugueses que, entre finaisdos anos 50 e início dos anos 70,passaram “a salto” as fronteiras parachegar a França, recorrendo a passa-dores para os guiarem, a depositáriospara guardarem o dinheiro da viagem,a transportadores e a angariadores depessoas desejosas de emigrar, “umarede enorme”, nas palavras de MartaSilva, investigadora no Instituto de

História Contemporânea da Universi-dade Nova de Lisboa. “Os passadoresque faziam este tipo de passagemviam - ou grande parte deles via - estaatividade como negócio. Por outrolado, havia aqueles que faziam enga-jamento, ou seja, angariamento e pas-sagem de emigrantes de forma maispontual. Faziam este tipo de atividadede forma a eles próprios melhoraremum pouco a própria vida, uma vez queera um tipo de serviço pago. Vendoisto desta perspetiva é um pouco re-dutor dizermos que todos os passado-res eram uns sacanas”, explicou ainvestigadora à Lusa.Marta Silva sublinhou que a atividadedos “intermediários” da emigraçãoclandestina se inseriu em “estratégiasde sobrevivência de uma populaçãoque vivia com muitas carências no

mundo rural”, tendo alguns deles aca-bado por emigrar e permitindo a algu-mas mulheres sairem “do ambientedoméstico” quer “para angariar pes-soas ou para levantar o dinheiro dosserviços que eram pagos”.A investigadora lembrou que “haviavárias formas de fazer o pagamento”,sendo a mais conhecida a “fotografiarasgada” em que uma parte do di-nheiro era entregue no início da via-gem e a outra parte quando oemigrante enviasse uma carta a dizerque chegou a França, inserindo umametade de uma fotografia no envelopepara que a pessoa que ia pagar a co-lasse com a outra metade que tinhaguardado.Esta forma de transação acabava por“conferir um grande poder ao emi-grante sobre a própria viagem umpouco incerta” e era uma “forma degarantia até porque havia uma possi-bilidade grande de ele ser intercetadono caminho pelas autoridades, serpreso e voltar para trás”.Para Rosa Arburua Goienetxe, inves-tigadora na Universidade do PaísBasco, os passadores “não eram nemheróis nem vigaristas”, havendo“redes organizadas de bascos que iamaté Portugal de carro e em camiõesbuscar portugueses que queriam irpara França”.“Houve heróis porque houve popu-lações bascas que ajudaram, mastambém houve vigaristas. Por exem-plo, como os Portugueses sabiamque era preciso atravessar umaponte e que depois era a França,muitos passadores diziam que bas-tava passar a ponte e tinham che-gado. Só que às vezes estavamnoutra ponte e não na ponte deHendaye”, explicou a historiadoraque escreveu um livro sobre a pas-sagem clandestina dos portuguesesno País Basco.

DESTAQUE 07

“Sala de Espera” dos emigrantes portugueses nosanos 1960 em exposição em Hendaye

A cidade francesa de Hendaye acolhe,até 10 de novembro, a exposição“Sala de Espera”, da autoria do fotó-grafo francês Gabriel Martinez, que re-trata o “drama humano” da chegadados portugueses à estação de cami-nho-de-ferro de Hendaye, nos anos1960.A mostra é uma das exposições queacompanha o Colóquio sobre o pri-meiro centenário do acordo de mão-de-obra franco-português.As imagens, a preto e branco, numasala de espera e no cais da estação,espelham o cansaço da viagem entrePortugal e França, com homens, mu-lheres e crianças a dormirem em ban-cos, braços cruzados em cima desacos, e muitas malas espalhadas pelochão ou em cima de mesas. “EramPortugueses que estavam reunidosnuma grande sala de espera. Lembro-me perfeitamente. Estavam lá de pas-sagem. Era um drama humano, um

grande drama humano, famílias intei-ras com a casa às costas”, descreveuà Lusa Gabriel Martinez.As fotografias remontam “há uns 50anos”, recorda o francês de 79 anos,que realizou o trabalho com uma má-quina fotográfica rolleiflex, apenasnuma manhã, datada “por volta de1969” no livro “Sala de Espera”, noqual foram publicadas as imagens, em2008. “Havia um senhor na estaçãode Hendaye que trabalhava para os ca-minhos de ferro e acolhia estas pes-soas. Ele recebia-as, dava-lhescomida, acho que fazia isso para aCruz Vermelha suíça. Foram eles quelhe pediram uma reportagem e elecontactou-me”, recordou o fotógrafohoje reformado.Gabriel Martinez guardou “uma sériede provas em pequeno formato”, masas imagens ficaram esquecidas du-rante cerca de 40 anos numa gaveta.“Guardei os negativos e não fiz nada.Depois, encontrei uma série que mos-trei ao meu editor que ficou entusias-

mado e quis fazer um livro. Elas esta-vam numa caixa, dentro de uma ga-veta, nem sabia onde estavam osnegativos porque tinha vendido o meu

negócio e fui para a reforma e pen-sava que os tinha perdido”, explicou.Para fazer o livro, o fotógrafo teve deprocurar os negativos e só “ao fim de

três, quatro meses” é que os encon-trou.Em coordenação com Manuel DiasVaz, Presidente da Rede da Aquitâ-nia para a História e Memória daImigração, Gabriel Martinez publi-cou as fotografias no livro “Sala deEspera”, da editora francesa “Atlan-tica”, e as imagens foram adquiridaspelo Museu da Aquitânia de Bor-deaux que tem organizado várias ex-posições itinerantes.“Há uma força humana e uma grandeforça simbólica nas fotografias. Hátrês grandes estações em França sim-bólicas da imigração portuguesa:Hendaye, Austerlitz e Bordeaux. A es-tação de Hendaye foi o ponto de en-trada da nossa Comunidade emFrança e noutros países da Europa. Ocaminho de ferro, o Sud Express, quea gente chamava na altura o comboio-nação, historicamente ligava Lisboa eParis, a que se juntou, nos anos 60,uma composição que vinha do Porto”,explicou à Lusa Manuel Dias Vaz.

Uma exposição de Gabriel Martinez

Por Carina Branco, Lusa

Le 02 novembre 2016

A viagem “a salto”: da sobrevivência ao negócio daemigração nos anos 60Por Carina Branco, Lusa

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08 COMUNIDADE

Restaurante Terra Lusa abriu em Lyon

No 9° bairro de Lyon, em Vaise, abriuao público o bar-restaurante “Saboresde Portugal - Terra Lusa”. Miguel Tei-xeira e a esposa, Cristina, chegaram aLyon vindos de Mirandela, em 2002,sendo ele já empresário em Portugal,de novo criou a sua empresa de cons-trução civil em Lyon, e a esposa abriuuma mercearia de produtos portugue-ses.O sucesso levou-os a terem a ambiçãode abrir este bar-restaurante. Foi tam-bém a resposta a um sonho: o de tra-balhar na restauração, propondo àComunidade portuguesa as especiali-dades regionais do norte.“Temos quatro empregados na sala,três para o serviço de almoços e jan-tares, e um no bar” dizem ao LusoJor-nal referindo-se a Nadia, Daniela, Luíse Myriam. Na cozinha está a ChefMaria da Conceição, que tem umaajudante: Celeste Cardoso.O Terra Lusa está aberto todos osdias da semana, das 6h30 até à 1hda manhã e serve ao meio dia um‘Prato do dia’ e à noite propõe trêspratos regionais. Aos sábados e aosdomingos o restaurante propõemuito mais variedades de pratos de

peixe e de carne.Situado no 61 rue Marietton e comuma capacidade para acolher cercade 120 pessoas em serviço de restau-rante, o “Sabores de Portugal - TerraLusa” propõe a possibilidade de reser-

vas para batizados, aniversários e ou-tros encontros de amigos. Tem umaementa variada e, como o nome in-dica, convida a se saborear aqui osnossos mais famosos pratos regionais.“Tive uma formação de cozinheira e

estagiei nesta área. Mais tarde traba-lhei em vários grandes hotéis daminha região, o Algarve” explicou aoLusoJornal a Chef Maria da Concei-ção, natural de Vila Nova de Milfon-tes, perto de Odemira. “A minha vida,

desde os 14 anos, é na cozinha, poisjá a minha mãe tinha um restaurante.Gosto imenso de preparar os mais va-riados pratos da nossa rica culináriaportuguesa”.“Tenho uma paixão grande pela cozi-nha tradicional e regional portuguesa,e é então o que eu faço” explicouMaria da Conceição. Desde o norte,com a suas “Feijoadas”, ao Alentejo,com a “Carne de porco à alentejana”e as suas “Sordas”, passando pelasbeiras, com o seu “Cozido à portu-guesa”, e o famoso “Arroz de CabidelaMinhoto”, “também não deixo de pre-parar várias receitas de Bacalhau,assim como ‘Arroz de marisco’, ‘Arrozde Tamboril’ e ‘Cataplanas’. Com osmeus amigos Miguel e a Cristina, es-peramos que neste restaurante aspessoas venham aqui passar um bombocado e apreciarem a nossa boa co-zinha à portuguesa, matando as sau-dades de Portugal”.Durante a tarde também tem serviçode pastelaria onde serve Pastéis deNata, Bolas de Berlim e outras varie-dades de doçarias.Sabores de Portugal - Terra Lusa61 rue Marietton69009 VaiseInfos: 09.66.96.65.97

“Sabores de Portugal - Terra Lusa”

Por Jorge Campos

Le 02 novembre 2016

Rencontre entre de jeunes étudiants et la Banque BCPDes étudiants en Master I deLEA/Négociation Commerciale In-ternationale, de l’Université Sor-bonne Nouvelle Paris 3, sont allé àla rencontre de la Banque BCP, lemardi 25 octobre dernier, dans lecadre d’un projet d’étude sur les«banques portugaises en France».Luís Castelo Branco, membre duDirectoire, les a reçus dans les lo-caux de la Banque, à Paris, pourrépondre à leurs questions.C’est aux alentours des 14h00 que6 étudiants en Master I de LEA/Né-gociation Commerciale Internatio-nale sont arrivés devant le siège dela Banque BCP accompagnés deleur enseignant en Civilisation Por-

tugaise, Carlos Pereira. Leur objec-tif: comprendre la place qu’occupeune «banque portugaise» en France,au sein de sa Communauté.D’où vient la Banque BCP? Quelest le lien avec le Portugal? Pour-quoi ces fusions successives? Lesrelations avec la Caisse d’Epargneet Millenium bcp…? Autant dequestions que les futurs commer-ciaux et directeurs de marketingont adressées à Luis CasteloBranco, membre du Directoire dela Banque BCP.«La Langue est un élément consti-tutif de notre identité». L’échangeentre les étudiants et le membredu Directoire s’est terminé sur l’im-

portance de la langue portugaisecomme une véritable «marque»d’identité de la Banque BCP. «Lalangue est un élément constitutifde notre identité et de notre cul-ture. Il est de notre devoir de lapréserver en continuant à parlerportugais pour pouvoir continuer àtransmettre aux générations fu-tures toute la richesse de la cultureportugaise» souligne Luís CasteloBranco. A ce titre, chaque étudiants’est vu offrir le catalogue des œu-vres d’Amadeo de Souza-Cardoso,qui a fait l’objet d’une expositioncet été au Grand-Palais dont laBanque BCP est mécène depuisdeux ans.

Chocolate de Viseu e de São Tomé e Príncipe noSalão do Chocolate em Paris

A Chocolateria Delícia, de Viseu, e oConsulado honorário de São Tomé ePríncipe de Marseille participam na22ª edição do “Salon du Chocolat”,em Paris, que decorreu entre sexta eterça-feira desta semana.Da freguesia de Abraveses, no con-celho de Viseu, para o Parque de ex-posições da Porta de Versailles, emParis, Manuela Soares e o marido Ilí-dio Oliveira levam 28 variedades debombons, entre os quais o bombomde vinagre balsâmico, o bombomcom licor de caipirinha e outras do-çarias que já foram premiadas noConcurso Nacional de ChocolatesTradicionais, em Portugal, em feve-reiro. “Vamos mostrar os nossosbombons de autor. Levamos 28 va-riedades de bombons e duas delas

foram premiadas com a medalha deouro em Portugal: o melhor bombomde doce de ovos e o que foi conside-rado como ‘o melhor dos melhores’que é o bombom de café”, disse àLusa Manuela Soares.A fábrica de chocolate artesanal - naqual trabalham oito pessoas e comum volume de negócios que rondouos 200 mil euros em 2015 - queraproveitar o Salão do Chocolate paracomeçar a exportar para a Europa.“Temos a nossa fábrica há 10 anos edesde o início comercializamos paraos Estados Unidos. Esta participaçãoé muito importante porque é umaforma de estarmos a par com os me-lhores, uma forma de nos promover-mos e conseguirmos exportar para aEuropa. Esperamos vir de lá com en-comendas”, afirmou a proprietária.No stand da Chocolateria Delícia es-

tiveram expostas tabletes de choco-late negro embaladas com imagensda cidade de Viseu e que fazem parteda coleção “Tabletes de Portugal”,um dos produtos de referência da fá-brica de chocolate que existe desde2007 e que surgiu na continuidadede uma primeira loja, a “Pirulito”,criada em 1997.O chocolate de São Tomé e Príncipevoltou a estar presente no salão,sendo “o único país presente todosos anos desde a primeira edição, há22 anos”, disse à Lusa o responsávelpelo stand são-tomense e Cônsul ho-norário de São Tomé e Príncipe emMarseille, Jean-Pierre Bensaïd.“Em 22 anos, esta participação con-tribuiu para a divulgação da imagemdo país porque muitas pessoas emFrança nem conheciam sequer aexistência de São Tomé e Príncipe.

No mundo do chocolate também nãoera muito conhecido e agora toda agente conhece o chocolate de SãoTomé”, explicou.Jean-Pierre Bensaïd sublinhou queter um stand no Salão do Chocolateé “muito importante porque SãoTomé é a ilha chocolate e o seucacau é o principal produto de expor-tação”, ainda que haja “muito poucocacau exportado” com um valor de“pouco mais de duas mil toneladas”no ano passado.“O objetivo de estar no salão é fazercom que o cacau seja reconhecidocomo o melhor para que possa servendido a uma melhor taxa, o que vaipermitir aos pequenos produtores ummaior rendimento”, continuou o res-ponsável, acrescentando que a pre-sença no salão potencia “o contactocom profissionais do setor e a apre-

sentação de São Tomé e Príncipecomo destino turístico”.Para uma “viagem gustativa” até SãoTomé e Príncipe, estiveram em expo-sição no stand painéis informativossobre o país, cacau, e os visitantesvão poder provar bombons de choco-late, chocolate quente e mousse dechocolate feita na hora, havendouma apresentação diária para ascrianças sobre a história da “ilhachocolate”.De acordo com o dossiê de imprensado Salão do Chocolate, o evento con-tou com 500 expositores oriundos de30 países e eram esperados 130 milvisitantes, havendo espetáculos, con-ferências, ateliês de pastelaria, des-file de moda com vestidos feitos dechocolate e exposição de obras tam-bém feitas com chocolate como umaescultura da Torre Eiffel.

Por Carina Branco, Lusa

Banque BCP

LusoJornal / Jorge Campos

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Gala anual daCâmara de comércio vaiter lugar no Pa-lácio da Bolsado PortoApós uma “experiência inolvidável” hádois anos em Sintra, a Gala anual daCâmara de comércio e indústriafranco-portuguesa (CCIFP) regressa aPortugal, desta feita à “capital” doNorte, região industrial e empresarialpor excelência, de onde são oriundasmuitas das empresas membros daCâmara de comércio. “Uma oportuni-dade excecional para nos encontrar-mos, com os respetivos conjuges eamigos para uma noite plena de con-vivialidade e de surpresas” diz o con-vite da CCIFP, no magnífico Palácio daBolsa, antiga Casa do Comércio doPorto, hoje classificado MonumentoNacional, no dia 3 de dezembro.A organização anuncia a deslocaçãode cerca de 100 empresários france-ses e franco-portugueses que se des-locarão de propósito a Portugal paraeste grande evento, “o que constituiuma das maiores missões de semprede empresários de França a Portugal”.A CCIFP vai prestar homenagem aosmembros que aderindo em 2006 eem 2011, completam em 2016, res-petivamente, 10 e 5 anos de adesão àCâmara de comércio.

Orçamento deEstado 2017:378,5 milhõespara represen-tação externaO Governo prevê gastar 378,5 milhõesde euros em representação externapara 2017, um aumento de 1,1% facea 2016.A despesa total consolidada do pro-grama de representação externa “é de378,5 milhões de euros, o que repre-senta um aumento de 1,1% (4,1 mi-lhões) face ao orçamento ajustado de2016”, refere a proposta de OE.O Instituto Camões terá aumento dadespesa, no âmbito da despesa totaldo subsetor dos Serviços e FundosAutónomos, e “respeitante a despesascom pessoal no âmbito da cooperaçãointernacional, acompanhamento deprojetos, atividades dos Centros Cultu-rais Portugueses”, entre outras áreas.O “reforço da rede consular em áreasgeográficas prioritárias, designada-mente na Europa e nos Estados Uni-dos” e o “incremento do apoio àscomunidades nos países que passampor dificuldades económicas ou políti-cas circunstanciais” é um vetor deli-neado no âmbito da “valorização dasrelações com as comunidades portu-guesas”.No domínio da internacionalização daeconomia, destaca-se o “reforço daeficácia da rede externa e interna deapoio às empresas, em articulaçãofuncional com a rede diplomática econsular portuguesa e com a rede deturismo”.

10 EMPRESAS

TAP Portugal passa de seis para sete voosdiários de Lisboa para ParisA companhia de aviação portuguesaTAP anunciou na semana passada queaumentou a sua oferta em 12% esteinverno, com o reforço da operação emalguns destinos e no Natal e AnoNovo. Paris também aumenta o nú-mero de voos.A TAP iniciou o período de inverno apartir de domingo, com o aumento daoferta para alguns destinos da suarede, “abrangendo tanto Portugalcomo a Europa e o setor Intercontinen-tal e representando um crescimentoglobal da oferta na ordem dos 12%comparativamente ao período homó-logo de 2015”. Este aumento, referea companhia em comunicado, é resul-tante da utilização de aviões commaior capacidade e de um acréscimode 5% no número de voos oferecidos.A companhia reforçou também a suaoperação no Natal e Ano Novo, desig-nadamente para destinos com maioraumento da procura nesta época fes-tiva.Entre as novidades introduzidas, a TAPdestaca o aumento da operação parao Funchal e para Ponta Delgada, commais um voo diário de Lisboa paracada um dos destinos, passando parasete frequências para o Funchal todosos dias, e duplicando a oferta paraPonta Delgada, mesmo face ao verãoque agora termina, passando de umpara dois voos.Na Europa, destaca-se o crescimento

da operação da TAP de Lisboa paraZurique e Genebra, aumentando emambos os casos de 17 para 20 fre-quências semanais, assim como paraParis, que vê o número de frequênciasdiárias subir de seis para sete.Frankfurt contará com um aumentode sete frequências, passando agorade 19 para 26 voos semanais, maiscinco do que no verão, enquanto Mu-nique cresce de 12 para 20 frequên-cias semanais. Há também um reforço da oferta paraMilão, com um crescimento de 17para 20 frequências semanais, e para

Barcelona, com mais seis frequên-cias, aumentando para 38 voos sema-nais.A partir do Porto a operação seráigualmente aumentada, nomeada-mente para a Suíça, com o cresci-mento para dois voos por dia paraZurique, assim como para Genebra,cidade que passa a contar com maisquatro frequências semanais, subindode dez para 14 voos diretos.Igualmente na rota entre o Porto eMadrid, a TAP reforça a sua ofertapara dois voos diários.A TAP diz que “a maior novidade

deste inverno é a retoma da linha deBissau a partir do dia 1 de dezembro,com dois voos por semana”.Para Marrocos haverá um também umreforço acentuado, com a duplicaçãodo número de voos para Casablanca,que passa a operação bidiária, assimcomo com o aumento para as dez fre-quências por semana para Marra-quexe, a partir de 1 de novembro. A operação em África será reforçadatambém para Dakar, Cabo Verde, Sal,Praia e São Vicente. No Brasil, a TAP aumenta a sua ope-ração de Lisboa para São Paulo, pas-sando para 14 frequências semanaisà partida de Lisboa, com voo bidiário,o que se traduz num crescimento de27%, comparativamente ao ano ante-rior. Nos EUA, mercado onde a TAP temregistado assinalável crescimento, de-signadamente com a abertura de doisnovos destinos neste verão: Boston eNova Iorque - JFK, também Miamiterá reforço da oferta, crescendo detrês frequências por semana para sete(voo diário).Na época festiva do Natal e Ano Novo,a TAP terá 54 voos adicionais, nomea-damente para Funchal e Terceira,assim como para Paris, Luxemburgo,Genebra e Zurique. Além desses, estátambém programado o reforço paraMaputo, Rio de Janeiro, Fortaleza,Salvador e Caracas.

No período festivo reforça os voos para a capital francesa

Altice aposta na discriminação positiva dointerior de PortugalUm representante da empresa fran-cesa Altice, Sérgio Figueiredo, disseque a multinacional de telecomunica-ções aposta numa “discriminação po-sitiva” do interior de Portugal.André Figueiredo frisou que a Altice,ao criar um centro de contacto (“callcenter”) em Oliveira do Hospital, nodistrito de Coimbra, que até final doano deverá empregar 50 pessoas,maioritariamente jovens, revela um in-vestimento na valorização dos territó-rios de baixa densidade demográfica,“que outros não fazem”, violando prin-cípios de igualdade consagrados na

Constituição da República.“Garanto-vos que estes investimentosnas regiões do interior são sólidos”,sublinhou o também Presidente so-cialista da Assembleia Municipal dovizinho concelho de Seia, no distritoda Guarda, ao intervir no salão nobredos Paços do Município de Oliveira doHospital, na cerimónia de assinaturade um protocolo de colaboração entrea Câmara local e a Randstad Portugal,empresa de recursos humanos res-ponsável pela instalação do centro daAltice, em parceria com esta multina-cional.

O objetivo do grupo “é apostar nas re-giões do interior”, disse, ao sublinharque a nova unidade, especializada noatendimento em língua francesa, “éum investimento que se traduz em sa-lários e em emprego”.Instalado no Espaço Multiusos do Mer-cado Municipal, o novo “call center”da Altice vai prestar atendimento emfrancês e tem como objetivo a criaçãona totalidade de 200 postos de traba-lho.Em nome da Randstad Portugal, JoséMiguel Leonardo disse que a empresaassinou hoje, em Oliveira do Hospital,

o 11º protocolo para criação de Centrosde contactos em Portugal. Até finaldeste ano, a empresa prevê empregar“quase 2.000 pessoas no projeto” deparceria com a Altice, incluindo a cria-ção de mais um Centro de contacto.“Mais de 90% das pessoas que aderi-ram a este projeto”, a nível nacional,“estavam no desemprego”, realçou.José Miguel Leonardo deu o exemplode uma mulher de 65 anos, em pro-cesso de formação para trabalhar nocentro de Oliveira do Hospital, cujos“excelentes resultados” fez questão deenaltecer.

Tribunal absolve Metro do Porto em açãoda Trandev contra reversão de transportesO Tribunal Administrativo e Fiscal(TAF) do Porto absolveu a Metro doPorto na ação interposta pela Tran-dev, empresa francesa que pretendiaver anulada a reversão da subconces-são dos transportes que tinha ga-nhado em outubro do ano passado.A ação foi interposta no TAF em finaisde abril, depois de em fevereiro a Ad-ministração da Metro do Porto teranulado o contrato de subconcessãoà Transdev devido a “ilegalidades di-versas” e, de acordo com a sentençadeste processo que a Lusa consultou,a empresa pública de transportes foiabsolvida.

A Transdev, a quem o anterior Go-verno tinha atribuído por ajuste diretoa exploração do Metro do Porto pordez anos, já pediu recurso desta sen-tença, tendo em conta que na ação“de contencioso pré-contratutal deimpugnação de ato” pedia tambémque a empresa fosse condenada a in-demnizá-la, em montante que nuncaespecificou, e que o diferendo pas-sasse por um tribunal arbitral.Na sua decisão, o juiz afirma quecompete ao tribunal arbitral “aferirou não da sua competência para di-rimir o litígio que subsiste” entre aspartes e considera que a Transdev e

a Metro do Porto decidiram pela“preterição da constituição” domesmo.Nesta ação, a Transdev alegou ter so-frido “danos anormais” com a rever-são do processo de subconcessão,acusando a Metro do Porto de terfeito “um verdadeiro ato simulado” eum “aproveitamento desavergonhadode um instrumento jurídico” ao de-cidir anular administrativamente ocontrato, acusando a empresa pú-blica de ter tido uma “atuação mani-festamente contrária à boa-fé”.Por seu lado, a Metro do Porto con-testou a Trandev argumentando que

se viu na obrigação de “destruir umato inválido”.“Considerando os vários indícios queapontavam para uma viciação do pro-cedimento de formação do contratode subconcessão”, alega a Metro doPorto, foi então decidido “iniciar oprocedimento que levou à anulaçãodo ato de adjudicação e do contrato”.A Metro do Porto alegou ainda “indí-cios de ilegalidade que se vieram aconfirmar” para justificar “a anula-ção” do contrato, que considerou ser“séria e a única compatível com odever de reposição da legalidade aque está adstrita”.

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Procura dePortugal porfranceses continua acrescerA Secretária de Estado do Turismo,Ana Mendes Godinho, disse àLusa, que “há uma vontade acres-cida dos Franceses em visitaremPortugal” e comprarem casa nopaís.“Cerca de dois milhões de France-ses visitaram Portugal no ano pas-sado e este ano estamos a crescer20%, quer no número de France-ses que nos visitam, quer tambémnas receitas turísticas do mercadofrancês. Há aqui uma vontadeacrescida dos Franceses em visi-tarem Portugal, comprarem casa,com muitos Franceses a optarempor Portugal para fazerem as suasreformas”, indicou a governante.Ana Mendes Godinho diz que“neste momento, Portugal passoupara terceiro destino dos France-ses. Ultrapassou a Alemanha. Emtermos de hóspedes, temos ReinoUnido, Espanha e França. Por-tanto, França entrou no ‘top 3’ dejaneiro a julho”, explicou a Secre-tária de Estado.A governante sublinhou, também,que foi aumentado o investimentona promoção de Portugal emFrança em 20%, com “500 artigospublicados sobre Portugal na im-prensa francesa” de janeiro ajulho, defendendo que o país “seconseguiu afirmar pela capaci-dade de surpreender as pessoas”e que a compra de imóveis porFranceses continua a crescer.“Este ano o mercado francês estáa crescer cerca de 30% na com-pra de imóveis em Portugal e temum papel muito importante, no-meadamente na reabilitação doimobiliário e dos centros históri-cos. Temos muitos Franceses que,neste momento, vivem em Portu-gal - não só reformados mas tam-bém jovens que estão a decidirviver em Portugal”, afirmou.

EMPRESAS 11

Foi inaugurado o Centro Porshe de Paris-Estconstruido pelo português Carlos de Matos

Foi inaugurado na semana passada,em Ferrières-en-Brie (77), o mais re-cente Centro da Porshe na região deParis. O centro instalou-se numaampla zona comercial construída peloGroupe Saint Germain do portuguêsCarlos de Matos.Tudo começou com uma simples“brincadeira”. Carlos de Matos contaque “há três anos fui buscar um carroà Porshe de Saint Maur, e nessa al-tura eles estavam à procura de umnovo espaço, mais funcional e maisacessível. Foi um verdadeiro acaso.Vieram visitar um terreno neste es-paço comercial, aqui logo à entradada autoestrada A4 e o negócio aca-bou por se realizar” explica ao Luso-Jornal.

Carlos de Matos construiu um es-paço adaptado à atividade da marcade automóveis, com cerca de 3.000metros quadrados e decidiu chamarà rua onde está a nova instalação,rue Le Mans e implantar o CentroPorshe no número 24, em alusão às24 Horas de Le Mans tão direta-mente relacionadas com a históriada Porshe.O contrato de arrendamento temuma duração mínima de 15 anos e nomesmo espaço estão já outros comér-cios, como o supermercado Casino,uma agência do Crédit Agricole BriePicardie, uma farmácia, uma loja daPicard, um cabeleireiro, restauran-tes... “e em breve vamos começar aconstruir um ginásico moderno, compiscinas, talassoterapia, etc” explicaCarlos de Matos ao LusoJornal.

O empreendedor português destacasempre o facto de recorrer a empre-sas portuguesas, que utilizam mate-riais portugueses. “Foram empresasportuguesas que vieram construiresta infraestrutura, com materiaisque também vieram de Portugal.Tudo isto foi feito por Portugueses.Até o financiamento é do BanqueBCP” conta Carlos de Matos ao Lu-soJornal. “Eu sou emigrante, estoubem integrado na sociedade fran-cesa, mas insisto em continuar aajudar o meu país e considero issomuito importante”.O empresário está a construir oenorme Paris Asia Business Center,em Tremblay-en-France, que já vaiem estado adiantado de construção,e tem outro centro comercial na re-gião parisiense, onde se vai instalar,

aliás, um supermercado português.Na inauguração estavam presentesmais de 600 convidados, entre osquais a Maire de Ferrières-en-Brie,Mireille Munch, outros autarcas da ci-dade e dos arredores, o Diretor Geralda Porshe France, Marc Ouayoun, oDiretor da Porshe Distribution MichelMathieu, os responsáveis pelas outrasmarcas implantadas naquele centrocomercial e alguns portugueses, comopor exemplo Carlos Vinhas Pereira,Presidente da Câmara de comércio eindústria franco-portuguesa (CCIFP).Nos discursos, todos enalteceram ascapacidades de empreendedorismode Carlos de Matos e do GroupeSaint Germain, e a Maire MireilleMunch estava particularmente con-tente por ver chegar à cidade “umamarca tão prestigiosa”.

Centro está implantado em Ferrières-en-Brie (77)

Por Carlos Pereira

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Centro Pompidou comretrospetiva deJoão Pedro RodriguesO filme “O ornitólogo”, de João PedroRodrigues, que lhe valeu em Locarnoo prémio de melhor realizador, es-treou-se nos cinemas portugueses evai sair proximamente em França,porque Centro Georges Pompidou,em Paris, fará uma retrospetiva detodos os filmes de João Pedro Rodri-gues e João Rui Guerra da Mata, entre25 de novembro e 2 de janeiro.A longa-metragem, protagonizada porPaul Hamy, centra-se num ornitólogoque enfrentará medos, e o risco dequase se afogar, durante um trabalhode campo numa descida de um rio,numa floresta. “Ao mesmo tempo éuma espécie de versão muito livre davida do Santo António de Lisboa. É umfilme que se passa na atualidade, masque reflete um pouco mitologias por-tuguesas”, disse o realizador à Lusaquando venceu o prémio de realiza-ção em agosto na Suíça.“O Ornitólogo” é a quinta longa-me-tragem de João Pedro Rodrigues, de-pois de “O Fantasma” (2000),“Odete” (2005), “Morrer como UmHomem” (2009) e “A Última Vez QueVi Macau” (2012).

Sortie de«Femmes oubliées dansles arts et leslettres au Portugal»Vient d’être édité, en octobre, aux Édi-tions L’Harmattan le livre «Femmesoubliées dans les arts et les lettres auPortugal (XIXème - Xème siècles)» deMaria Araújo da Silva et Maria Gra-ciete Besse.Selon l’éditeur, «cet ouvrage rendhommage aux nombreuses écrivai-nes, dramaturges, comédiennes,peintres et musiciennes portugaisesqui, au cours des XIXème et XXèmesiècles, se sont imposées dans ununivers fortement masculin. Sur leplan symbolique, elles étaient ren-voyées à leur image de muse, decompagne ou de collaboratrice dé-vouée. Encore aujourd'hui, elles pâtis-sent d’un manque indéniable dereconnaissance. Tout en travaillant lesquestions de visibilité et d'invisibilitéartistique, les auteures évoquent plu-sieurs figures caractéristiques et oc-cultées».

12 CULTURA

Bruno Belthoise presta homenagem a Manoelde Oliveira em Montreal e em Nova IorqueO pianista francês Bruno Belthoiseapresentou na sexta-feira passada, emMontreal, no Canadá, e esta quarta-feira, em Nova Iorque, nos EstadosUnidos, o concerto “Manoel de Oli-veira - Uma homenagem musical”.Com organização do Arte Institute eapoio do Consulado de Portugal emMontreal e do Instituto Camões, o es-petáculo de Montreal aconteceu naCinémathèque Québécoise e o con-certo de Nova Iorque pode ser vistono Tribeca Film Center.Segundo comunicado da organiza-ção, os espetáculos visam “recordaro grande cineasta através de umaperspetiva histórica e simbólica”.“As obras portuguesas e francesasdeste recital estão inseridas em tornodo filme ‘Douro, Faina Fluvial’ (1931),num contexto que celebra e revela,através da música, os aspetos da suapersonalidade multiforme e a riquezasingular da obra”, acrescentou emcomunicado, Bruno Belthoise. “Omeu desejo de acompanhar ‘Douro,

Faina Fluvial’ vem do fascínio quesenti pela modernidade e pelo incrí-vel ritmo do seu primeiro filme.

Quero fazer re-descobrir ao vivo estaobra prima do cineasta português”,explicou.

O pianista é um estudioso da culturaportuguesa há mais de 20 anos, de-dicando especial atenção à sua mú-sica, tendo gravado vários álbuns econcertos, realizado palestras e acoordenando uma coleção de partitu-ras de obras para piano.É também um dos elementos do pro-jeto Trio Pangea, constituído tambémpelo espanhol Adolfo Rascón Carbajale pela portuguesa Teresa Valente Pe-reira, que publicou em março desteano o primeiro volume de uma anto-logia de trios portugueses para vio-lino, violoncelo e piano.“De forma sistemática, Bruno Belt-hoise tem seguido o fio da meada dacultura musical portuguesa. Atravésdeste francês, a nossa música passoupelas mãos de excelentes intérpretesà escala global, incluindo portugue-ses que ele desafiou e mobilizou paraa causa da música portuguesa”, diz odiretor-adjunto da Antena 2, João Al-meida, numa citação que pode serlida no site do pianista.

Bruno Belthoise é francês, apaixonado pela música portuguesa

“A Wilde Mass”: Obra do compositor AntónioChagas Rosa estreada em França vai serapresentada nos Estados UnidosA obra “A Wilde Mass”, de AntónioChagas Rosa, estreia-se nos EstadosUnidos, em novembro, pelo EnsembleMusicatreize, sob a direção de RolandHayrabedian, num programa que in-clui peças de Maurice Ohana e MichelPetrossian, entre outros compositores.A estreia de “A Wilde Mass” em terri-tório norte-americano está previstapara o dia 6 de novembro na igreja deSanto Inácio de Antioquia, em NovaIorque, de acordo com o compositor.Em declarações à Lusa, Chagas Rosadisse que esta peça “é uma variaçãolivre sobre a ideia de uma missa pro-fana, servindo-se de fragmentos deprosa extraídos ao texto [‘De Profun-

dis’] de Oscar Wilde”. Segundo Cha-gas Rosa, a obra de Wilde “encerrauma reflexão sobre a figura de Cristo,como portadora de uma missão esté-tica, apresentando-O como personifi-cação última do Artista que reúne,num mesmo gesto, amor, redenção ecriação”.“A Wilde Mass”, para 12 vozes solis-tas e órgão, com texto em inglês,oriundo da obra escrita por Wilde nosúltimos meses de prisão, é uma enco-menda do Ensemble Musicatreize, re-sultado da segunda colaboração docompositor português com os solistasdeste agrupamento francês de Mar-seille. “Trata-se de uma missa em

forma livre, com áreas de expansão so-lística, mas que não deixa de convocara estrutura tradicional do ordinário damissa, dado que os textos consistemem exaltações de Cristo como poeta”,explicou à Lusa Chagas Rosa.“O quadro final intitula-se ‘Requies-cat’ e utiliza como texto um poema deOscar Wilde à memória de uma suairmã falecida na infância”, acrescen-tou.“Esta obra não pretende associar-se anenhuma espécie de liturgia. Ela é,em si mesma, um produto poético elivre inspirado na viagem interior deOscar Wilde, durante os seus anos deprisão”, sublinhou à Lusa António

Chagas Rosa.“A Wilde Mass” foi estreada em Mar-seille, em 2014, e, no mesmo ano, foiapresentada nos festivais de Avignon,em França, e no de Tenso, em Riga.Este ano a obra já foi ouvida na Abadiade Tongerlo, em Westerlo, na Bélgica,e na reabertura de La Salle de Musi-catreize, em Marseille, no sul deFrança.O compositor português nasceu emLisboa, há 55 anos, trabalha naUniversidade de Aveiro e é autor,entre outras obras, de “Songs ofthe Beginning”, “Trois Consola-tions”, “Moh” e “Sept Épigrammesde Platon”.

Concerts des contre-ténors Luís Peças etJoão Paulo Ferreira à Aubergenville et à Tours

Deux concerts des contre-ténors LuísPeças et João Paulo Ferreira, accom-pagnés par l’organiste João Santos,auront lieu le vendredi 4 novembre,à l’Eglise de Sainte Thérèse de l’En-fant Jésus, à Aubergenville, et le di-manche 6 novembre à la BasiliqueSaint Martin de Tours.Aubergenville est une ville jumeléeavec Alcobaça, commune de nais-sance et de résidence de Luís Peças.Les deux concerts sont organisés àl’initiative de l’Association CulturelleFrance Portugal 37, avec le soutienfinancier de la Direção Geral dos As-suntos Consulares e ComunidadesPortuguesas (DGACCP).A Tours l’entrée est libre, «la basi-lique étant un lieu de pèlerinage»explique Robert Collet, le Présidentde l’association coorganisatrice. Leconcert de Tours s’inscrit dans le

cadre des manifestations cultu-relles de l’Année Martinienne:1700ème anniversaire de la nais-sance de Saint Martin en Hongrie,chevalier romain,(qui a partagé sacape avec un pauvre à Amiens)puis fondateur de l’abbaye de Li-gugé (près de Poitiers), ensuite éluEvêque de Tours et Fondateur del’Abbaye de Marmoutiers, près deTours, en bordure de Loire: il y vi-vait dans une grotte.Saint Martin est mort dans la collé-giale de Candes, en bordure de Loire,dont la commune porte le Nom deCandes Saint Martin, le 8 novembre397. Son corps a été transporté enbateau sur la Loire le 11 novembre:les fleurs se mirent à fleurir... il faisaitbeau... d’où l’été de la Saint Martinque les Portugais fêtent avec les châ-taignes et agua-pé!

Le 02 novembre 2016

Christof Aubrian

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Luís Peças, Contre-ténor

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Nouvel albumde Bonga,“Recados deFora” sort le 4novembreFigure de proue de la musique ango-laise, Bonga tutoie les étoiles et adonné tout son sens à la notion, aussiplurielle soit-elle, d’africanité. DeLuanda à Rotterdam, de Paris à Lis-boa et partout ailleurs, Bonga appar-tient à une caste de chanteursafricains ayant sublimé leurs racines.Immédiatement identifiable, grâce àune voix râpeuse et puissante, il saisitl’auditeur d’un bout à l’autre del’écoute de n’importe lequel de ses al-bums.Avec son nouvel album «Recados deFora» (Lusáfrica) Bonga, qui vient defêter ses 74 ans le 5 septembre 2016,raconte un parcours fascinant à tra-vers plusieurs époques et plusieurscontinents, et toujours avec l’océanAtlantique en fil d’Ariane.Le chanteur, auteur et compositeur,revient pêle-mêle sur sa jeunesse, saprise de conscience aigue à l’égard dela colonisation portugaise, son initia-tion à la musique par son père pê-cheur et accordéoniste, son amourpour le semba symbole de l’identiténationale angolaise, et dont le ki-zomba, cette musique prisée par lesjeunes générations n’est qu’une ver-sion modernisée. Car s’il est l’un desderniers géants de la musique afri-caine post-coloniale, on peut dire queBonga incarne le semba. A l’image dela chanson «Tonokenu» dans la puretradition de ses racines.

Companhia de teatro OBando assi-nala 42 anoscom coprodu-ção francesaUm texto do catalão Esteve Solereestá na base da próxima criação doTeatro O Bando, “Do contra”, a es-trear em Palmela, a 1 de dezembro,disse à Lusa, o Diretor da companhia,que assinala os 42 anos de existên-cia. “Do contra” é baseado numa daspeças da trilogia “Contra o Pro-gresso”, “Contra o amor” e “Contra ademocracia”, do dramaturgo catalãonascido em 1976, e é uma co-produ-ção de O Bando com o Teatro do Ins-tante, companhia brasileira com sedeem Brasília, acrescentou João Brites.Mas “Europa”, uma reflexão sobre asituação europeia atual, coproduzidacom a companhia francesa NomadeVillage, com sede no Théâtre Massa-lia, em Marseille, é a primeira peça de2017, a estrear em Palmela, em fe-vereiro do próximo ano.Num autocarro azul com estrelasamarelas, qual bandeira da UniãoEuropeia, atores portugueses e fran-cesas irão questionar como se che-gou ao estado que a Europaatravessa, disse à Lusa o dramaturgoMiguel Jesus, da companhia sediadaem Palmela.

CULTURA 13

lusojornal.com

Comment chanter Amália autrement?Il fallait écouter Mísia

La salle de la Cigale à Paris convientparfaitement à Mísia: assez chaleu-reuse pour permettre une proximitéavec l’artiste, assez vaste pour conte-nir ses (nombreux) admirateurs. Unpublic majoritairement français nonlusophone (Paris a fait découvrir le ta-lent de Mísia dans le monde), maisaussi portugais, avec même un zestede Brésil.Comme prévu, la première partie duconcert, ce 28 octobre, présentaitMísia accompagnée du seul piano dumaestro napolitain Fabrizio Romano.Elle rappellera à l’occasion, car le dé-bonnaire maestro (qui n’avait pas sonpetit chapeau, quel dommage) a com-posé pour elle un fado (jolie musique,au passage) que «le fado a bien despoints communs avec la chanson na-politaine, et puis Amália a chanté enitalien, et elle aimait beaucoup la villede Naples». Le répertoire de cette pre-mière partie est consacré à des fadospeu connus chantés par Amália Ro-drigues, dont les musiques furentécrites, entre autres, par ses accom-pagnateurs (José Fontes Rocha, Car-los Gonçalves) ou par son cher AlainOulman, «qui répétait au piano avecelle», précise Mísia.Toute de noir vêtue (mais sans châle),elle nous livre des interprétations inti-mistes de belle facture, sans oublierquelques clins d’yeux, car Mísia aimeaussi l’humour, et c’est tant mieux. Orces clins d’yeux, la présence scé-nique, le duo voix piano font penser,

dans un registre certes différent, àBarbara. Le piano (qui fut en vogueentre la fin du 19ème siècle et dedébut du 20ème pour accompagnerle fado dans les salons, mais pas dansles tavernes) lisse un peu le rythme fa-diste. Mais il permet aussi de fournirun écrin, somptueux et différent à cesbijoux un peu oubliés du répertoireamalien.La seconde partie est, musicalement,plus conforme aux canons du fadoavec l’entrée en scène des guitares, letrès musical Bernardo Couto à la gui-tarra, l’imperturbable André Ramos àla viola, et le compagnon de route de-puis quinze ans Daniel «Didi» Pinto àla viola baixa, autour de Mísia, robefourreau rouge, qui avance à petits

pas: «on m’a fait une robe si étroiteque je suis obligée de marcher à lafaçon des japonaises».Des textes écrits pour Amália avant ouaprès son décès, mais jamais chantéspar elle (dont un écrit par Mísia etcomposé par Fabrizio Romano), etd’autres issus de son répertoire, dont,au final «Lágrima», le seul fado duconcert qui ne figure pas sur l’album«Para Amália» de Mísia). Textes tou-jours choisis pour leur qualité poé-tique. Mísia chante Amália ce soir là,mais demeure Mísia: la couleur vocaleest bien sur différente, Mísia n’utilisepas les mélismes caractéristiques dustyle d’Amália, et sa façon de «dividir»les textes prend des libertés avec lescanons qu’énonçait le maître du fado

Alfredo Marceneiro, canons qu’Amá-lia, elle, respectait peu ou prou. A cesujet, l’amateur pourra trouver suryoutube une sympathique, et courte,«leçon de fado» par Daniel Gouveia,grand connaisseur de la chose. De-meurent des points communs: l’exi-gence artistique et l’implication, lasincérité, l’émotion produite. Voilàpourquoi une soirée avec Mísia esttoujours magnifique.Pour celles et ceux qui ont raté leconcert, et comme Noël approche, onpeut leur conseiller d’acheter l’album«Para Amália» (disques Verycords) enattendant un «best off» de ses vingtcinq ans de carrière discographique àparaître incessamment sous peu, chezWarner Music.

Concert à la Cigale, à Paris

Par Jean-Luc Gonneau

«Nôv’Astral», nouvel album de Jorge Humberto

À la veille de son embarquement pourLisboa, où il présentera son nouveauCd intitulé «Nôv’Astral», nous avonsrencontré l’auteur, chanteur et com-positeur capverdien Jorge Humberto,au Quartier Latin, à Paris.Il y a 2 ans, à l’occasion de sonconcert au New Morning, nous pré-sentions ici même l’itinéraire person-nel et musical de Jorge Humberto. Néen 1959, à Mindelo, il a d’abord fré-quenté le collège des Salésiens, où ila débuté son apprentissage musical.Puis, à l’Escola Industrial e Comercialil a suivi une formation en Électricitéqui lui a permis de travailler au portde Mindelo. C’est en 1975, année del’indépendance de son pays, qu’il acommencé à composer ses premièresmusiques et à jouer dans les fêtes,comme celle de la Saint-Jean («san-jon», en créole capverdien), ou biendans le groupe «Progresso», ainsi qu’àla radio de São Vicente. Il avait 19 anset dans le quartier de la Baixa de Min-delo, il côtoyait déjà des noms recon-nus de la musique capverdienne,comme Vasco Martins, Bana ou Vu-ginha. En 1989, suite à un grave ac-cident de travail, Jorge Humberto partpour se faire soigner à Lisboa. Il finitpar y rester et enregistre ses premiersalbums musicaux, dont «Guentá»,

titre évocateur, venant du portugais«aguenta», qui veut dire «résiste».En 2004, il est invité à venir enFrance pour participer à une «sere-nata», au cours de laquelle la maisond’édition «Morabeza Record» lui pro-pose d’enregistrer l’album «Identi-dade», avec des rythmes de «sanjon»,à base de tambours, et aussi des ma-zurkas, des coladeras et des mornas.Puis, suivent «Ar de Nha Terra», en2009 et «Arpur», en 2014, ce dernierdistribué par Chris Music.Comme dans presque tous ses al-bums, Jorge Humberto évoque, dansun style très poétique et avec des airs

de «blues atlantique», les racines afri-caines et européennes de son peuple.En même temps, inspiré de son ex-périence personnelle, il nous livrequelques réflexions sociales sur l’Ar-chipel et sur la condition de l’émi-gré/immigré, toujours tiraillé etballotté entre deux rives. En effet,comme des milliers de ses compa-triotes capverdiens, Jorge Humbertoa dû lui aussi emprunter le cheminde l’émigration.«Nôv’Astral» (traduction libre: nou-veau cap) est le 7ème album de JorgeHumberto et sa première autoproduc-tion. Outre les textes en créole et la

voix, il est aussi l’auteur des arrange-ments musicaux. Ce Cd est le fruitd’un travail réalisé au Cap-Vert, à Lis-boa et à Paris, avec des musicienscapverdiens confirmés, tels que Báu,Zé Paris, Tey Gonçalves, Yanik ouHumberto Ramos.Dans «Nôv’Astral» nous découvronsun Jorge Humberto plus existentia-liste, avec des réflexions personnellessur son destin, à la rechercher d’uneplus grande sérénité dans un mondedéboussolé où «nous nageons au mi-lieu des requins», comme dans lachanson «Versão bo xetrela». Par ail-leurs, dans plusieurs titres, c’est unJorge Humberto plus intimiste, senti-mental et romantique qui se dévoile,comme dans «Criola d’nhileição» ou«Li na nha céu», où il chante sonamour: «nous nous aimerons jusqu’àla tombée de la nuit», ou bien encoredans «Astral txóradinha» où l’amourest source de vie et d’espoir. Mais iln’est jamais contemplatif, car fort deson vécu, il croit à l’école de la vie etveut «suivre son étoile qui brille en-core».Le 9 décembre, à l’occasion du lan-cement du livre «Haïkus et médita-tion», de Christian Miquel, à laBrasserie François Copée, dans lequartier de Montparnasse, JorgeHumberto présentera quelques unesdes chansons de ce nouvel album.

Un voyage musical et poétique entre l’amour et la raison

Par Dominique Stoenesco

Le 02 novembre 2016

Jorge Humberto à ParisLusoJornal / Dominique Stoenesco

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14 CULTURA

Aquilino Ferreira começou a expôr em França

O artista plástico Aquilino Ferreira es-teve em Paris para mostrar a sua arteno Art Shopping, um salão internacio-nal que teve lugar no Carroussel duLouvre.Aquilino Ferreira foi emigrante emFrança, onde chegou em 1996 masdecidiu regressar cedo a Portugal. “Euachava que não devia ir para Portugalcomo os elefantes que vão morrer aocemitério, achava que devia ir maiscedo”. Regressou então em 1999,“para passar o milénio” em Portugal.Aquilino Ferreira entrou no mundodas artes muito cedo, mas foi pelamão de algumas associações portu-guesas em França, que fez a primeiraexposição, aquando da inauguraçãoda Disneyland, na Gare TGV deMarne-la-Vallée. Depois apareceramoutras exposições em Orléans, noNorte, em Plaisir, St Brieux e emParis.Quando regressa a Portugal leva jáuma lista de exposições que enrique-

cia o curriculum. Em Portugal, com acrise de 1998, decide dedicar-se só àarte. Neste momento é o que faz, tra-balha com azulejo, pintura a café etambém faz esculturas em metal.No Art Shopping apresentou uma ré-

plica de um painel de azulejos sobrea Conquista de Ceuta. “Parecem azu-lejos, mas não são azulejos. Trata-sede uma técnica feita com casca deovo, pinta-se em cima do suporte e dáeste resultado que se aproxima muito

dos azulejos antigos” explica ao Luso-Jornal.Quando regressou a Portugal, costu-mava ir tomar café e “ao olhar para achávena apercebi-me que era possívelpintar com café” explica ao LusoJor-nal. Começou por desenhar com ocafé, a cara da pessoa que o servia, “efoi assim que comecei a aplicar estatécnica, foi a minha primeira obracom esta técnica”.Depois disso desenvolveu a técnica eaperfeiçoou-se. Depois dos traços, in-troduziu o volume e os efeitos de luze “agora consigo, com esta técnica,dar muito relevo e as obras ficam comum aspeto tridimensional, um poucoparecido com o movimento do renas-cimento, como costumamos ver naItália ou nos tetos das igrejas”. A téc-nica do café é utilizada por muitos ou-tros artistas, há muitos anos, “masnão se vê muito, e a minha obra é umpouco mais arrojada porque trabalhoimenso o relevo e a luz”.Aquilino Ferreira quer continuar aexpôr em França.

Primeiras exposições organizadas pelas associações portuguesas

Por Carlos Pereira

«Histoire du Portugal contemporain» présenté à la librairie Petite ÉgyptePlus de trente personnes ont pu assis-ter, le 27 octobre dernier, à la librairiePetite Égypte, à la présentation dulivre d’Yves Léonard, «Histoire du Por-tugal contemporain».Le succès était assuré, car la renom-mée de l’auteur n’est plus à faire, YvesLéonard, grand ami et connaisseur duPortugal, nous a déjà gratifié avecd’autres excellents ouvrages. La répu-tation de l’espace non plus, étantdonné la qualité du lieu et son dyna-misme (plusieurs présentations de li-vres par semaine). Signalons aussique les présences de l’auteur et deLuís Rego, garantissaient, à ne pas endouter, une bonne soirée.Yves Léonard nous a parlé de ce der-nier travail, la motivation qui l’avaitconduit à le réaliser, la façon dont ilavait été conçu et aussi des points,certains heureux, d’autres préoccu-

pants, qui on parsemé l’histoire duPortugal entre 1890 et le mois dejuin dernier... l’écouter ce fût déjàpassionnant, le lire le sera encored’avantage, n’en doutons pas.

Luís Rego a fait part de ses senti-ments en tant que témoin, ayant vécuau Portugal jusqu’en 1962 et ausside son premier “séjour au Portugal”avant le 25 avril 1974, presque deux

mois en prison, alors qu’il s’apprêtaità animer le carnaval avec les Char-lots, au cinéma Monumental de Lis-boa. Plusieurs intervenants ontégalement manifesté leurs opinionssur cette période de l’histoire du Por-tugal, qui tous les jours évolue unpeu.«Histoire du Portugal contemporain -de 1890 à nos jours», par Yves Léo-nard, est un ouvrage conçu et com-posé par Anne Lima, avec unavant-propos de Jorge Sampaio, éditépar les éditions Chandeigne, parte-naire de la Librairie Portugaise et Bré-silienne, et publié avec le soutien dela Fondation Calouste Gulbenkian.La Librairie Petite Égypte, 35 rue desPetits Carreaux, à Paris 2, présente le9 novembre, à 19h00, le livre «Fer-nando Pessoa, Anthologie Essen-tielle», avec lecture à deux voix, parMichel Chandeigne et Joanna Ca-meira Gomes.

Par Maria Fernanda Pinto

Le 02 novembre 2016

«Littérature française - Littératures lusophones: regards croisés»,de Pierre Rivas

Pierre Rivas est incontestablementl’un des plus grands connaisseurs deslittératures lusophones en France. Enseptembre dernier, l’Association Bré-silienne de Littérature Comparée(ABRALIC), dont le siège est à Rio deJaneiro, lui a décerné le Prix BlaiseCendrars pour ses travaux en littéra-ture comparée, matière qu’il a ensei-gnée à l’Université de Paris-OuestNanterre. Il a aussi coordonné plu-sieurs numéros dans ce domainepour la revue Europe et fait paraître auBrésil «Encontro entre literaturas:França, Portugal, Brasil» (1995) et«Diálogos interculturais» (2005).Dans «Littérature française - Littéra-tures lusophones: regards croisés»(2ème édition augmentée, Pétra, sept.2016) Pierre Rivas s’attache d’abordaux préalables théoriques: latinité, sa-lazarisme, avant-garde, constructiondes littératures nationales, cheminscroisés, éléments du lusitanisme fran-çais et signification de la francophonielusophone. Puis s’en suivent trois au-tres parties: Portugal - avec en parti-culier des chapitres sur PhiléasLebesque et l’âme portugaise, la «ten-tation» de Valéry Larbaud pour lemonde luso-brésilien, le rôle joué parLes Cahiers du Sud, les lusophiles àLisboa, Armand Guibert (le «passeurde Fernando Pessoa»), le Portugaldans les lettres françaises; Brésil - onnotera dans cette partie une analysetrès riche de la réception de la littéra-ture brésilienne en France (notam-ment l’œuvre de Jorge Amado), unarticle de la revue Europe sur l’amourde B. Cendrars pour le Brésil, les ren-contres et les malentendus avec G.Bernanos, le Brésil dans l’imaginairefrançais; Cap-Vert - dans cette der-nière partie on soulignera le chapitresur «la vocation océane et l’enracine-ment africain» de la littérature capver-dienne et l’importance de la poésiedans l’Archipel.Signalons que les éditions Pétra serontprésentes au Salon L’Autre Livre («lesalon international de l’édition indé-pendante»), qui aura lieu à Paris, du11 au 13 novembre, à l’Espace desBlancs Manteaux.

DominiqueStoenesco

Un livre par semaine

Aquilino Ferreira com um quadro pintado com caféLusoJornal / Carlos Pereira

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David Danysur la nouvellecompilation«Ultmate ReggaetonParty»

L’artiste David Dany vient de lancerune nouvelle compilation: «Ulti-mate Reggaeton Party Vol. 1» éditépar le label «Rendez Vous Digital»où figurent plusieurs autres artistes.L’artiste franco-portugais DavidDany y présente la chanson «HeyMama» de Gérard Addat, maisaussi cette version pour disco-thèque remixé par Dj François YS.«Les albums où il n’y a que moi,c’est bien sur un travail entre lamaison de disques et moi-même.Après, il s’avère qu’il y a des titresqui sortent du lot et qui plaisent,soit a la maison de disques, soit àd’autres éditeurs qui sont bien surpartenaires de CDMC et en fonctiondes contrats, je vois mes chansonssortir de l’album initial et faire partiede diverses compilations» explique-t-il au LusoJornal. «Pour moi, c’esttrès valorisant, ça prouve que mu-sicalement mes chansons plaisent,elles sont à la fois latines, dan-santes,… Quand je vois dans cettecompilation, sur les deux volumesil y a plus de 30 artistes et la pre-mière chanson est la mienne. Çane peut que me rendre heureux».«C’est très valorisant pour moi de fi-gurer dans autant d’albums. Il y apeu d’artistes qui peuvent se vanterde ça et je dois dire que ça profiteaussi à ma société de productions,Cath Phil Productions, qui gèretous mes spectacles» explique lechanteur qui habite la région deToulouse. «Et cerise sur le gâteau,nous travaillons non seulementavec des collectivités diverses,telles les Mairies, les Comités defêtes, sans oublier nos associationsportugaises, mais nous faisons par-tie aujourd’hui de festivals commerécemment le Festival de la Fête ducochon, ce qui nous ouvre lesportes de grandes salles de specta-cles et de tournées. De grands pro-jets sont à venir» dit David Danyavec conviction, car «beaucoup dechoses sont en cours de prépara-tion, dont des galas avec des ar-tistes reconnus.

CULTURA 15

Escritor Augusto Lopes condecorado Embaixadorpela Académie Française de LettresEscritor multifacetado, a viver emGenebra, Augusto Lopes foi pre-miado recentemente em França, pelasua atividade literária e jornalística,num evento que contou com a pre-sença de ilustres personalidades dasArtes, Ciências, Letras, Cultura e So-cial, de vários países.Para celebrar o 21° aniversário da Di-vine Académie Française des ArtsLettres et Culture, foi realizado no dia19 de outubro, um Jantar de Gala,num dos mais luxuosos hotéis deParis, o Palácio George V, perto dosChamps Elysées, onde a sua gastro-nomia foi premiada com 3 estrelasno Guide Michelin.Esta cerimónia de Gala contou coma participação de homens e mulheresde renome internacional, vindos doBrasil, Argentina, Paraguai, Uruguai,França, Suíça, Portugal, Marrocos eSíria, onde foram condecoradas 38altas personalidades das Artes, Ciên-cias, Letras, Cultura e Social, de vá-rios países: Brasil, Argentina, França,Suíça, Portugal, Marrocos e Síria.Augusto Lopes, a morar em Genebra,além da atividade escritor e jorna-lista, é ainda Presidente da Acadé-mie de Lettres et Arts Luso-Suísse(ALALS) e tem feito um trabalho no-tável para a divulgação da Literaturae das Artes Lusófonas, da Suíça, parao mundo.Premiado internacionalmente porinúmeras vezes, Augusto Lopes rece-beu assim o título honorífico de “Em-baixador das Artes e das Letras”,

pela Presidente da Divine Académiede Lettres Arts et Culture.De entre os vários laureados encon-travam-se artistas plásticos consagra-dos, Miro, Maria Goret Chagas (quefaz as suas pinturas com a boca) eum dos mais talentosos e célebresjoalheiros, reconhecido e premiadointernacionalmente: Andrée Guittcis.A Rainha Elizabete de Inglaterra fazquestão de usar joias criadas por este

designer.A Divine Académie de Lettres Arts etCulture, sob a égide de Diva Pavesifoi fundada em 25 de outubro de1995, em Paris. Um dos objetivos éenfatizar, promover e premiar o tra-balho de quem mereça ser condeco-rado pelos revelantes serviçosprestados ao longo de suas carreirasdentro das suas atividades intelec-tuais, profissionais, culturais e so-

ciais realizadas nos seus países.Augusto Lopes sentia-se satisfeitopela condecoração recebida e referiu“ser um estímulo para continuar oenorme trabalho que tenho desenvol-vido”, reconhecendo que “ainda hámuito trabalho a fazer para que a Li-teratura e as Artes ganhem o prestí-gio e reconhecimento que merecemna sociedade em que vivemos, sendoeste um dever de nós todos”.

Em Paris

L’association O Sol de Portugal de Bordeauxorganise son “Automne Portugais”

L’Association Culturelle O Sol de Por-tugal organise, du 3 au 26 novembre,à l’occasion de son 35ème anniver-saire, à Bordeaux, son «Automne Por-tugais» avec pour thématique «LaLusophonie entre Brésil et Afrique».L’association propose un film suivid’un débat, une exposition, des confé-rences, une dégustation de vins etrepas partagé, ainsi qu’une soiréecontes chez l’habitant.Le jeudi 3 novembre, à 20h30 seraprojeté le film «A Virgem Margarida»de Licinio Azevedo (2012), Mozam-bique, au Cinéma Utopia de Bor-deaux, 5 place Camille Jullian.«Le gouvernement révolutionnairetient à éliminer toute trace du colonia-lisme au plus vite, y compris la pros-titution. Toutes les prostituées desvilles sont arrêtées et enfermées dansun camp isolé. Elles y sont ensuite ré-éduquées, changées en ‘femmes nou-velles’ et surveillées par des femmessoldats. Margarida est l’une des cinqcents prostituées du camp. Jeunecampagnarde, elle était en ville pouracheter son trousseau et, se trouvantsans papiers d’identité, elle s’est faitearrêtée. Une révélation inattendue vachanger son sort: Margarida est vierge.Les prostituées non seulement l’adop-tent et la protègent, mais elles finis-sent même par la vénérer comme une

sainte».La projection du film sera suivie d’undébat avec Egídio Guambe, chercheur

mozambicain au Laboratoire LesAfriques dans le Monde (LAM) et Ida-lêncio Sitoe, étudiant mozambicain

en master à Sciences-Po Bordeaux.Du 14 au 25 novembre, une exposi-tion sur «L’art de l’Azulejo au Portu-gal» réalisée par l’Instituto Camões,sera présentée au «Boulevard desPotes», 29 rue Bergeret, à Bordeaux.L’exposition sera inaugurée le jeudi 17novembre, à 18h30, suivi d’une ba-lade dans la littérature portugaise pu-bliée par L’Escampette éditions, avecSylviane Sambor, à l’occasion des 25ans de cette maison d’édition créée àBordeaux en 1991.Sera également présenté le livre:«Cette petite île s’appelle Mozam-bique» de Jordane Bertrand, journa-liste, en présence de l’auteur.Le vendredi 18 novembre, à 18h00,le Centre d’Animation Saint Pierre (4rue du Mulet) va accueillir une Confé-rence sur l’actualité au Brésil, parMaria Eugénia Xavier, luso-brési-lienne, suivie d’une dégustation devins de Porto et d’un repas partagé,chacun amenant un plat ou une bois-son.Finalement, le samedi 26 novembre,à 19h00, aura lieu une «Soirée sur-prise» conte chez l’habitant: «Voyageen pays lusophones». Les conteuseset les chanteurs de O Sol de Portugalemmènent les spectateurs (en nom-bre très limité) en voyage, du Portugalau Brésil, lors d’un spectacle contésurprise chez un habitant de Bor-deaux, suivi d’un buffet convivial.

Par Manuel Martins

Le 02 novembre 2016

Par Maria Teixeira

Lou Carriço

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Congresso daCCPFA Coordenação das coletividadesportuguesas de França (CCPF) vaiorganizar o seu Congresso no sá-bado, dia 26 de novembro, entre as15h00 e as 18h00, no edifício ondetem a sua sede social, no 7 avenuede la Porte de Vanves, em Paris 14.Da ordem de trabahos consta aaprovação do Plano de atividades edo Balanço financeiro daquela estru-tura federativa, mas também a elei-ção de um novo Conselho deAdministração e de uma nova Dire-ção, que neste momento é presididapor Luísa Semedo.

L’Académie defado emmèneses élèves à larencontre dupublicCette année, l’Académie de fadoteste de nouvelles rencontres entreses élèves et le public francilien.Les élèves et professeurs de l’Acadé-mie de fado seront présents au res-taurant «Passarito» (10 rueGoncourt, em Paris 11), Bistro Luso-Gaulois comme le patron César le ditsi bien, pour une soirée de «FadoVadio» ouverte donc à tout public,chanteur, musicien ou simple ama-teur de fado, le jeudi 17 novembre,à partir de 20h00.Le jeudi 24 novembre, à partir de19h00, l’Académie animera un«apéro-fado» avec ses élèves et pro-fesseurs à Portologia, à la Maisondes Porto (42 rue Chapon, à Paris 3)autour d’un verre de Porto etquelques gourmandises…

Cap Magellanfête la «S.Martinho»L’association Cap Magellan organisela fête traditionnelle de la «São Mar-tinho», le 11 novembre, sur le parvisde la Mairie du 14ème arrondisse-ment.Pour cette septième édition, l’asso-ciation fera découvrir la tradition auxFrançais, en appréciant la saveurdes châtaignes grillées dans la tradi-tion et la convivialité, écoutant etmême participant à des animationsmusicales.La Comunidade Intermunicipal dasTerras de Trás-os-Montes met à dis-position une tonne de châtaignes quiseront distribuées gratuitement aucœur de Paris, dans un lieu symbo-lisant le rassemblement des citoyenset le «vivre ensemble». «Le but estde faire connaître à tous, notammentaux Parisiens et Parisiennes, la fêtetraditionnelle portugaise de São Mar-tinho, en leur offrant des cornets dechâtaignes grillées et un flyer expli-quant cette tradition».

16 ASSOCIAÇÕES

‘Les Amis du Plateau’ vão organizar um magusto junto ao monumento de Champigny

No próximo dia 11 de novembro, a as-sociação Les Amis du Plateau vai or-ganizar um magusto, em Champigny,não apenas em frente do monumentoao antigo Maire da cidade, nos anos60, Louis Talamoni, inaugurado peloPresidente da República portuguesa,Marcelo Rebelo de Sousa, no passadodia 11 de junho, mas também juntoao outro monumento de homenagemà Comunidade portuguesa, maisabaixo, no mesmo parque, inauguradopelo então Embaixador de Portugalem França, António Monteiro.“Vamos também entregar ainda algu-mas medalhas às pessoas que contri-buiram para que o monumento seconstruisse e vamos entregar certifi-cados de autenticidade às pessoasque assinaram tijolos para a constru-ção do monumento” explicou ao Lu-soJornal Valdemar Francisco,empresários e principal impulcionadordo projeto. O monumento tem 8 co-lunas, com tijolos que foram assina-dos por centenas de pessoas, algunsconhecidos da Comunidade, mas nagrande parte dos casos, anónimos quequiseram associar o seu nome ao mo-numento e quiseram contrubuir,mesmo que se forma simbólica paraa construção do mesmo.A associação Les Amis du Plateau já

tinha organizado um evento na salanobre da Mairie de Champigny, paraentrega de medalhas aos principaispatrocinadores do monumento, masnem todos puderam estar presentes.Este é o primeiro encontro no monu-mento depois da sua construção, masValdemar Francisco quer que o monu-

mento seja um ponto de encontropara os Portugueses. Desta vez é paraum magusto, mas em breve será apa-nhada a azeitona das oliveiras queforam plantadas à volta do monu-mento. Valdemar Francisco quer queo dia 11 de novembro “fique no ca-lendário do monumento” e que os

Portugueses “se sintam bem neste es-paço”.Valdemar Francisco confirmou ao Lu-soJornal que o realizador ChristopheFonseca está a realizar um documen-tário sobre a emigração portuguesa,fortemente inspirado pela construçãodeste monumento.

Dia 11 de novembro

Por Carlos Pereira

Lusopress organiza Concurso Miss Portuguesa França 2016O Concurso Miss Portuguesa França2016 vai realizar-se no próximo dia25 de novembro, a partir das 20h00,na sala “Le Carroussel” situada emOzoir-la-Ferrière (77), nos arredoresde Paris. 18 jovens lusodescendentesvão subir ao palco e será eleita a Missda Comunidade Portuguesa residenteem França.A Revista e Webtv Lusopress asso-ciou-se este ano ao evento organizadopela associação MMRP - Beleza poruma Causa - e vai levar uma jovem lu-sodescendente até ao concurso MissRepública Portuguesa realizado emPortugal. Durante os últimos meses,18 jovens lusodescendentes, comidades compreendidas entre os 18 eos 26 anos, foram selecionadas paraparticipar no concurso de beleza. Nopróximo dia 25 de novembro, as can-

didatas vão desfilar na sala “Le Car-roussel” e brilhar na cidade luz.O júri em França será composto pelosempresários Armindo Gameiro, Ar-mindo Freire, Mapril Baptista, MárioMartins e Miguel Pires, pelo formadorhoteleiro Victor Ferreira, pela jorna-lista e Diretora da Lusopress LídiaSales e pelo jornalista da Rádio AlfaRicardo José.O concurso Miss República Portu-guesa é o maior concurso de belezaportuguês e dá seguimento ao antigotítulo Miss Portugal, elegendo as re-presentantes portuguesas para osprincipais certames de beleza mun-diais. A organização do evento possuios direitos e representa Portugal noscinco concursos do Grand Slam -Miss Mundo, Miss Universo, Miss In-ternacional, Miss Supranacional e

Miss Grand International -, entre ou-tros concursos internacionais de pres-tígio. A MMRP - Beleza por umacausa - já tem associados na Áfricado Sul, no Luxemburgo e na RegiãoAutónoma da Madeira, por isso, nosseus concursos também participamjovens portuguesas dessas Comuni-dades. França é o mais recente asso-ciado do evento e vai enviar pelaprimeira vez uma delegada lusodes-cendente para participar no concurso.Em 2016 o concurso Miss RepúblicaPortuguesa realizou-se no Mosteiro daBatalha. Cristiana Viana arrecadou oceptro, foi eleita Miss Portuguesa2016 e prepara-se agora para repre-sentar Portugal no concurso MissMundo, que decorrerá nos meses denovembro e dezembro, em Washing-ton, nos Estados Unidos da América.

O Presidente da Câmara Municipal daBatalha, Paulo Jorge Frazão Batistados Santos, anunciou que a edição de2017 deste concurso voltará a tercomo cenário o Mosteiro da vila, porisso, a Miss Portuguesa França tam-bém vai viajar até à Batalha no pró-ximo ano.A Lusopress é um meio de comu-nicação social sediado em Paris ededicado essencialmente às Comu-nidades portuguesas espalhadaspelo mundo. Durante os últimosmeses, tem divulgado o percurso eas caraterísticas das 18 candidataslusodescendentes através de repor-tagens. O canal também está a pre-parar uma cobertura especial da galaque se vai realizar na sala “Le Car-roussel”, no próximo dia 25 de no-vembro.

Santa Casa da Misericórdia organiza Jantar de GalaA Santa Casa da Misericórdia de Paris,está a preparar o próximo Jantar deGala que vai ter lugar no dia 19 de no-vembro, a partir das 20h00, para re-colha de fundos. Este jantar desolidariedade e cultural organiza-seuma vez mais na Sala Vasco da Gama,por baixo dos estúdios da Rádio Alfa,na rue Vasco de Gama, em Créteil (94)e tem como objetivos “a confraterni-zação entre pessoas da nossa Comu-

nidade e amigos e estabelecer pontesde solidariedade que possam permitirà Santa Casa levar algum confortojunto dos nossos compatriotas maisnecessitados que nos solicitam”.A Santa Casa da Misericórdia de Parisorganiza várias manifestações duranteo ano: o Jantar de Gala no final de cadaano, a campanha de recolha de produ-tos alimentícios à volta da época nata-lícia e, este ano pela terceira vez, a

corrida “Correr para a Misericórdia”que registou, como nos anos anterio-res, um excelente sucesso. Os dirigen-tes da Misericórdia, querem “continuarnesta rota”.“Como é habitual, esperamos que osamigos da Santa Casa participem emgrande número. Falem aos amigos àvossa volta e inscrevam-se com a de-vida antecedência. A Sala é grande,mas fica repleta graças à solidariedade

que se exprime com muita generosi-dade” diz uma nota da organização.“Assim, a Santa Casa da Misericórdiade Paris pode amenizar alguns sofri-mentos que se exprimem nas perma-nências sociais que os voluntários daMisericórdia asseguram diariamentepor telefone e às quintas-feiras apóspedido de entrevista”.Este ano, a animação está a cargo dacantora Bévinda.

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ASSOCIAÇÕES 17

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Banco BPI ofereceu computadores à Associação portuguesa de Perpignan

O Banco BPI ofereceu dois computa-dores à Associação Portuguesa dos Py-reenés-Orientales. O equipamentoinformático foi entregue no passadodia 24 de outubro, com vista a aumen-tar as valências que a coletividade pos-sui, para servir os seus associados,bem como todos os alunos das aulasde língua portuguesa e francesa. Natotalidade foram oferecidos, dois mo-nitores, duas CPU’s, dois teclados edois ratos.O equipamento foi entregue na sededa associação e recebido pelo seu Pre-sidente, José Ferreira.O presidente da associação agradeceuo equipamento e indicou que “muitoirá beneficiar todos os utilizadores doespaço destinado ao ensino”.“O facto da associação deter uma sede

própria para acomodar o equipamento,e possuir ensino de língua portuguesae francesa, tanto para adultos comopara crianças, foi um dos fatores paraa seleção da doação” dizem os diri-gentes do banco BPI.José Ferreira indicou, durante a reu-nião, que quer criar uma bibliotecapara complemento do ensino e paraque os interessados possam ficar a co-nhecer melhor a história de Portugal edos vários concelhos do país. Este éum dos objetivos próximos da coletivi-dade. “Procuramos apoios para quenos sejam fornecidos livros e materialpor forma a possuirmos uma bibliotecacom várias valências. Neste momentopossuímos uma funcionária todas asquartas-feiras, para colaborar comtodo o trabalho administrativo da as-sociação. Procuramos melhorar cadavez mais”.

A associação que foi criada em junhode 1984 e que tem cerca de 600 só-cios, construiu uma sede própria como apoio da Marie de Perpignan. AMarie efetuou um acordo com a asso-ciação para disponibilização do terrenoe a associação efetuou a construçãodo edifício. Esta é uma das poucas as-sociações do sul de França com umasede totalmente própria.No fim de semana do 12 e 13 de no-vembro a artista Rosinha estará na as-sociação para animar o magustoanual. Neste fim de semana as casta-nhas serão oferecidas a todos os pre-sentes.O Presidente indicou ainda que “ospróximos projetos e nível cultural e as-sociativo estão na calha para o iníciodo próximo ano, não esquecendo a ca-lendarização já efetuada até ao finalde 2016”.

Equipamento informático foi entregue na semana passada

Por Vítor Oliveira

Le 02 novembre 2016

38° Festival do Grupo Folclórico “Da Minha Terra” em Brive-la-Gaillarde

Teve lugar no passado fim de se-mana, de 15 e 16 de outubro, naSala Georges Brassens, o 38° Festi-val organizado pelo grupo folclóricode Brive-la-Gaillarde (19), “DaMinha Terra”.A festa começou no sábado ao final datarde, com um jantar tradicionalmenteportuguês de Cozido à Portuguesa,confecionado pelas cozinheiras da or-ganização deste festival.Seguiu-se pela noite dentro um bailecom o conjunto “Nelson Costa - o Reida Concertina e a sua Banda”, onde

todos puderam dar o seu pezinho dedança, em ambiente de boa descon-tração, alegria e festa, terminando anoite já com a madrugada bem pre-sente.Bem cedo, no domingo, começaram ospreparativos para a receção dos váriosgrupos folclóricos que iriam atuarnessa tarde.Numa tarde bastante animada, todosos presentes no festival, tiveram a opor-tunidade de ver atuar os grupos folcló-ricos A Ronda Minhota de Orléans, OsBeirões Alegres de Perigueux, La BelleVie de Tulle e, como não podia deixarde ser, o grupo anfitrião desta festa, o

grupo Da Minha Terra de Brive-la-Gail-larde.Durante toda a tarde a organizaçãodeste festival manteve as suas cozi-nheiras ao serviço, e serviu verdadeiros

petiscos nacionais, tais como o Baca-lhau frito, as Bifanas e as Pataniscas.Para terminar, a organização agradeceua todos os presentes a visita nesta “ver-dadeira festa portuguesa”, com a pro-

messa de que tudo continuarão a fazerpara manter este festival vivo, dandooportunidade a que todos possam re-cordar “o seu cantinho à beira-marplantado, que se chama Portugal”.

Por André Jorge Leite

Celebração do 50º aniversário da Igreja ProtestanteAD de língua portuguesa na região de ParisNo fim de semana de 30 de setem-bro a 2 de outubro, reuniram-se nasede da Igreja Protestante ADD Paris,sita no 26 rue Arago, em Saint Ouen(93), mais de 400 cristãos vindos detoda a França, assim como de váriospaíses da Europa a fim de comemo-rarem os 50 anos desta comunidadecristã de língua portuguesa na regiãode Paris. “Tivémos o prazer de terconnosco representantes da Conven-ção das AD em Portugal, o Presi-dente da Região da emigração dasAD de língua portuguesa, assimcomo o presidente da FNADF” dizuma nota enviada às redações.Os festejos começaram na sexta-feiracom a inauguração de uma exposiçãofotográfica de alguns momentos mar-cantes desta Comunidade seguindo-se um momento com a presença deconvidados especiais que testemu-nharam como tudo começou no anode 1966. Após se terem reunido emvários lugares ao longo dos anos, acomunidade ADD Paris estabeleceuas suas instalações em Saint Ouen,em abril de 1982. “Foi enfrentandodesafios, mas com muita alegria,

que puderam, assim, ver os seuscompatriotas abraçar a salvaçãoaceitando Jesus nas suas vidas”!O Pastor Samuel Martins falou aospresentes, baseado no tema: “Recor-dar o passado, vivendo o presente,tendo expetativas no futuro”.No sábado, realizou-se uma grandecelebração gospel com participaçõesvariadas de Clermont-Ferrand, Rou-baix, Lyon e Londres.

No domingo, foi dia de grande cele-bração “onde pudemos agradecer aDeus pela Sua fidelidade ao longodestes 50 anos” diz a nota de im-prensa. Pela manhã, vários jovens to-maram a decisão de seguir a Cristo,sendo batisados nas águas, em sinalde testemunho público da sua fé.Após um tempo de convívio fraternal,onde almoçaram juntos, os presentesassistiram a um pequeno filme com

momentos marcantes da Igreja e oPresidente das Assembleias de Deusde França, Daniel Pottier, transmitiua palavra de Deus. Este tempo espe-cial terminou com um grande bolode parabéns e todos juntos procla-maram: “Até aqui nos ajudou o Se-nhor Deus”!A igreja protestante ADD Paris - As-sembleia de Deus Luso-Francesade Paris - surgiu no ano de 1966

com objetivo de “divulgar umamensagem cristã de esperança” àComunidade emigrante portuguesana região parisiense. Atualmentecontinua com “a mesma visão”procurando também alcançar asComunidades brasileira e africanade língua portuguesa.Está sediada em Saint-Ouen, masdesenvolve trabalho em Roubaix,Clermont-Ferrand, Lyon e Londres.

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National: Laurent Fournier (USCréteil/Lusita-nos) entre regrets et satisfaction

C’est un Laurent Fournier mi-figuemi-raisin qui s’est présenté face auxjournalistes pour débriefer le matchnul concédé à Duvauchelle par sonéquipe face à Petit-Quevilly. A la foissatisfait par la prestation collective deson équipe toujours invaincue, lecoach val-de-marnais regrette le butencaissé dans le money-time quiprive les Béliers d’un bond considé-rable au classement.

Après une prestation assez abou-tie, Créteil/Lusitanos a finalementconcédé un match nul. Quel est lesentiment qui prédomine chezvous?Evidemment, il y a un peu de re-gret, mais c’est aussi un bon pointde pris. Vu le nombre de coups depieds arrêtés qu’on a concédés etla pression que nous a mise Que-villy, on aurait aussi pu perdre cematch. Niveau défensif, on a étésolidaire. Je n’ai vraiment rien à re-procher à mes joueurs au niveaude l’état d’esprit. Mais on a aussivu nos lacunes. On a eu 2 ou 3 op-portunités pour tuer le match,mais on a manqué de lucidité,alors dans l’ensemble c’est unmatch nul équitable.

Créteil/Lusitanos aurait pu être2ème du National ce soir…Oui… A 1-0 à la 82ème minute,on ne doit pas se faire élimineraussi facilement aux abords de lasurface de réparation mais on pro-gresse. Il ne faut pas oublier quenos deux latéraux ce soir jouaienten DH la saison dernière. Une vic-toire nous aurait fait du bien, çanous aurait permis d’être sur le po-dium ce soir, alors oui c’est dom-mage d’avoir pris ce but à la82ème minute, mais on est tou-jours invaincu.

Ténis-de-mesa:AS Pontoisede Marcos Freitas venceUMMCDisputou-se na sexta-feira da se-mana passada, dia 28 de outubro,o encontro da 2ª jornada da fase degrupos da edição 2016/2017 daLiga dos Campeões. A equipa deMarcos Freitas, a AS Pontoise-Cergy, recebeu a formação russa doUMMC, tendo vencido (3-1). Mar-cos Freitas foi, uma vez mais, deter-minante para a vitória da suaequipa.

18 DESPORTO

Les Lusitanos St Maur aiment voyager

Invaincus en Championnat depuis ledébut de la saison, les Lusitanos ontencore réussi à ramener un point pré-cieux (0-0) de leur déplacement dansle Nord, sur le terrain de la réserve duLOSC. La belle histoire continue.Pour ses retrouvailles avec les Lusita-nos, la réserve du LOSC n’avait pasmanqué de ressortir des visages bienconnus des passionnés de Ligue 1. Ilsétaient 9 joueurs du groupe profes-sionnel à venir renforcer les rangs del’équipe lilloise. Certains commeMike Maignan, Youssouf Koné, Mar-tin Terrier ou Lebo Mothiba avaientmême pris place la veille sur le bancde touche pour affronter le PSG. Lemilieu Yves Bissouma avait mêmeremplacé Rio Mavuba pendant 22minutes. La preuve que le LOSC crai-

gnait les Lusitanos qu’ils avaient déjàconnus dans le groupe G de CFA2, lasaison dernière.Privé de Joël Saki et Kévin Diaz, sus-pendus pour ce match de la 9èmejournée, le club de Saint Maur savaitque le défi n’était pas simple face àune équipe qui n’a connu la défaite,une seule fois, face à Fleury-Mérogis(0-1). Toutefois, les joueurs de CarlosSecretário ont eu la bonne surprise devoir prendre place en tribune du Do-maine de Luchin, une vingtaine desupporters qui n’avaient pas hésité defaire les kilomètres qui séparentSaint-Maur de Camphin-en-Pévèle.Un soutien toujours précieux pour sesurpasser sur le terrain. D’ailleurs,dès les premières minutes, ce sont lesLusitaniens qui allument les pre-mières mèches par l’intermédiaire deJony Ramos, Brett Mbalanda ou en-

core Kévin Farade qui voient MikeMaignan se déployer avec talent àplusieurs reprises.Mais avec Yassine Benzia et Yves Bis-souma au milieu de terrain, le LOSCenchaîne par des transitions rapidesqui auraient pu faire la différencesans une défense attentive des Lusi-tanos. Revelino Anastase verra toutde même Lebo Mothiba, se présenterseul face à lui, sans pour autant fairela différence. En 2ème période, lesdeux équipes rivalisent par leurs ap-plications tactiques et il faudra atten-dre les premiers changements de partet d’autres pour voir quelques dés-équilibres se faire dans le jeu. Bienlancé dans la surface, Bituruna verrasa frappe passer à quelques centimè-tres du cadre, tout comme la tête deKévin Farade en fin de rencontre.Dans ses buts, Revelino Anastase

sauvera quelques situations chaudes,à 10 contre 11 après l’expulsion deKerrouche, notamment face à Mo-thiba.Au final, il n’aura manqué que lesbuts dans ce match (0-0). Sous lesyeux de Frédéric Antonetti, le coachdu LOSC, les Saint-Mauriens ont of-fert une belle adversité et confirméqu’ils savaient voyager dans cegroupe G de CFA.Avec 21 points, les Lusitanos conso-lident leur place de leader et profitentde la défaite de l’ACBB du côté dePoissy (2-0) pour prendre 2 pointsd’avance au classement, avant de re-cevoir l’équipe de Fleury-Mérogis quifera tout pour faire tomber des Lusi-tanos irrésistibles depuis le début desaison en Championnat.Un autre défi de taille pour l’équipeà battre du CFA!

Futebol / CFA

Par Eric Mendes

Dois franceses no pódio de ‘trail running’organizado em PortugalO espanhol Luís Hernando sagrou-seCampeão do mundo de ‘trail running’,em prova que decorreu no ParqueNacional da Peneda-Gerês, e queteve chegada em Arcos de Valdevez.O corredor, de 38 anos, que em 2015tinha sido vice-Campeão do mundo,concluiu o percurso de 85 quilóme-tros em 8:20.26 horas, tendo os res-tantes lugares do pódio sido ocupa-dos pelos franceses Nicolas Martin eSylvian Martin, Campeão em 2016,que precisaram de mais 10 minutospara completar o exigente traçado,com um desnível positivo de 5 milmetros.O melhor português foi Tiago Aires,que terminou na 13ª posição, com9:14.34 horas, depois de uma cor-

rida em que chegou a andar nogrupo da frente na primeira fase,mas quebrou na fase final da prova.“Se me dissessem antes da provaque ia ficar em 13º nunca acredita-ria, mas, tendo em conta o desenro-lar da corrida, acho que podia fazerbem melhor”, começou por dizer ocorredor luso.Tiago Aires lembrou que chegou aandar “bem perto do sexto lugar”,mas que, depois dos 60 quilóme-tros, foi ultrapassado por vários ad-versários.“Foi uma experiência fantástica, sentimesmo o carinho do público, e, ape-sar de estar competir com adversáriosque são profissionais da modalidade,talvez para o ano possa surgir para

discutir uma medalha”, acrescentou.Na classificação por equipas, aFrança, com três corredores nos pri-meiros quatro lugares, averbou o tí-tulo coletivo.Os gauleses estiveram também emdestaque no escalão feminino, comCaroline Chaverot a cortar a metacomo a primeira mulher da prova,com 9:39.40. “Foi uma corridamuito difícil, tive mesmo de me sen-tar para descansar um pouco, e,como tinha uma adversária mesmoatrás de mim, tive na parte final dedar tudo por tudo. Foi uma das corri-das mais difíceis que fiz e por issoestou muito contente por vencer”,apontou a francesa.O pódio do escalão feminino ficou

completo pelo segundo lugar da es-panhola Azara Garcia Salmones epelo terceiro de Ragna Debats, daHolanda.A organização portuguesa deste sextoCampeonato do mundo de ‘rail run-ning’ esteve a cargo de Carlos Sá, umdos mais conceituados ultramarato-nistas portugueses, que se mostrouagradado pela forma como decorreua prova. “Sinto orgulho de todos oselogios que recebemos sobre a orga-nização deste Campeonato. É maisuma prova que Portugal tem capaci-dade para organizar estes grandeseventos”, disse Carlos Sá. O organi-zador elogiou ainda “a adesão e o in-teresse do público, como também onível competitivo da corrida”.

Le 02 novembre 2016

Par Joël Gomes

Lusitanos de Saint Maur / EM

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Cristiano Ronaldo nomeado paraa Bola deOuro

O português Cristiano Ronaldo foi dosprimeiros nomeados para o prémioBola de Ouro, atribuído ao melhor fu-tebolista do ano pela revista FranceFootball, numa lista em que figura ogalês Gareth Bale (também do RealMadrid) e o argentino Sergio Agüero(Manchester City).Os três futebolistas foram acompa-nhados de perto pelo gabonês Pierre-Emerick Aubemayang (BorussiaDortmund) e pelo italiano GianluigiBuffon (Juventus), revelou a publica-ção, através da sua conta de Twitter.A France Football revelou ao longo dodia os 30 nomeados para o prémioque, após o fim da parceria que a re-vista mantinha desde 2010 com aFIFA, volta a ser decidido por um júride jornalistas internacionais, sem aparticipação dos Capitães das equi-pas nacionais e dos Selecionadores.

Ténis-de-mesa: AD Galomar fezestágio emFrançaRealizou-se durante a semana pas-sada, de 24 a 28 de outubro, emFrança, um Estágio Concentrado,evento onde marcou presença umapequena delegação da AssociaçãoDesportiva Galomar.Na circunstância, o Treinador HelderMelim e os atletas Afonso Melim eLourenço Gomes, visitam as instala-ções do Clube Stella Sport La Ro-magne, tendo em vista a melhoria eevolução das suas qualidades técni-cas.Trata-se de uma boa oportunidadepara estes jovens atletas treinaremnum contexto diferente, numa equipaprofissional, que apresenta inclusiva-mente uma equipa na Pro A (LigaFrancesa). Este clube francês apre-senta uma estrutura técnica profissio-nal e boas estruturas físicas,potenciando os cinco dias de con-centração, com preparação técnica efísica.De referir que a AD Galomar visitaeste clube pela segunda vez, depoisda dupla Afonso Melim e HelderMelim, ter participado, em 2015,numa iniciativa semelhante.

20 DESPORTO

Portugal vai defrontar a França

Portugal vai acolher, de 30 de maio a4 de junho de 2017, os jogos do grupoF da segunda ronda europeia de apu-ramento para o Campeonato do Mundode 2018 de voleibol feminino, anun-ciou na passada quarta-feira a Federa-ção Portuguesa de Voleibol (FPV).Em comunicado, a FPV acrescentouque as Seleções da Alemanha,França, Finlândia, Eslovénia e Estóniaintegravam o grupo.

“Já sabíamos que seria uma poulemuito difícil mas não esperávamosque fosse tão equilibrada por cima. AAlemanha será, teoricamente, a favo-rita do grupo e as restantes adversá-rias são todas de excelente nível emuito equilibradas entre si, sendo quenas últimas competições ganharam eperderam umas com as outras. É umgrupo onde não há equipas mais fra-cas ou acessíveis, pelo que todos osjogos serão uma verdadeira batalha”salientou António Guerra, o Selecio-nador nacional.

“Para nós, tem a desvantagem de seruma prova muito longa, onde serámais difícil surpreender um ou outroadversário que não nos conheça tãobem, pelo que a ordem dos jogos seráum factor a ter em conta e poderá teralguma influência na classificaçãofinal” diz ainda o selecionador. “Jogarem casa e com o nosso público teráde ser um factor a nosso favor e po-derá fazer toda a diferença, se nãoacusarmos a pressão. Como já demos-trámos anteriormente, tudo faremospara alcançar os nossos objetivos e va-

lorizar cada vez mais o Voleibol nacio-nal”.Os primeiros classificados de cadagrupo qualificam-se diretamente paraa fase final, que será organizada peloJapão e na qual tem também a pre-sença assegurada a Seleção dos Esta-dos Unidos, atual Campeã mundial.Os segundos classificados dos seisgrupos da segunda ronda apuram-separa a terceira ronda, que será dispu-tada de 22 a 27 de agosto e qualificaos dois primeiros dessa fase para oMundial 2018.

Voleibol Feminino

Por Marco Martins, com fpvoleibol.pt

Ricardo Candeias do Pontault-Cumbault,selecionado para a qualificação ao EuroO novo Selecionador nacional de an-debol utilizou os “Heróis do Mar” paralançar a nova fase de qualificação dePortugal ao Europeu, cuja fase final serealiza na Croácia, entre 12 e 28 dejaneiro de 2018.“Foi com muito orgulho que aceiteieste cargo. Vamos ter de ‘dobrar o cabodas tormentas’ no apuramento para afase final. O nosso objetivo principal éa qualificação para a fase final, o se-gundo objetivo consiste em vencerquatro jogos neste ciclo, para não fi-carmos a depender do sorteio”, dissePaulo Pereira, em conferência de im-prensa realizada na semana passadaem Lisboa.Miguel Laranjeira, Presidente da Fede-ração de Andebol de Portugal, desig-nou o novo ciclo de qualificação de“muito duro” e sublinhou que as pa-

lavras-chave desta campanha são“confiança e ambição”.Portugal começa a sua participação noEuropeu já neste dia 2 de novembro,com uma complicada deslocação àAlemanha. Depois segue-se um em-bate na Luz, frente à Eslovénia. “Hámais de seis anos que a principal Se-leção nacional não tinha um encontrodeste nível em Lisboa. Quero agrade-cer ao Benfica todo o apoio na organi-zação deste jogo”, adiantou MiguelLaranjeira.Jorge Máximo, Vereador do Desportoda autarquia ‘alfacinha’, voltou a recor-dar o facto de Lisboa ser candidata aCidade Europeia do Desporto em2021 e que “este é um momentoúnico para voltar a divulgar o andebole dar maior visibilidade à modalidade”.Relativamente aos 20 convocados,

Paulo Pereira recordou que existe umalista alargada de 28 jogadores e que osjovens Miguel Baptista e Pedro Carva-lho só efetuam dois dias de treinos, so-brando 18 elementos. “Mas só voulevar 16 atletas à fase de qualificação.Depois das saídas do Miguel e doPedro, serão dispensados mais doisandebolistas”, revelou.O Selecionador nacional já tem na suacabeça a estratégia para consumar aqualificação para a fase final do Euro-peu, que Portugal falha há 12 anosconsecutivos. “Precisamos de venceros três jogos em casa e triunfar na des-locação à Suíça”.Acompanham Paulo Pereira nestanova ‘epopeia’ mais dois Técnicos: oAdjunto Carlos Martingo e o Treinadorde guarda-redes Telmo Ferreira e des-vendou que espera contar, breve-

mente, com um preparador físico.“Muitos passam a vida a dizer que terum bom guarda-redes é ter meiaequipa. Mas depois ninguém investena contratação de um bom Treinadorde guarda-redes”, salientou ainda oSelecionador.Ora, precisamente um dos guarda-redes convocados é Ricardo Candeias,que joga no Pontault-Combault, na re-gião de Paris.O Treinador luso focou ainda que Wil-son Davyes e Pedro Ferraz não foramconvocados para este ciclo devido a le-sões.Apuram-se para a fase final do Euro-peu de 2018, que se disputa na Croá-cia, os dois primeiros classificados decada grupo, além do melhor terceiroposicionado de todas as ‘poules’ dequalificação.

Andebol

Marcos Freitas da AS Pontoise Cergy nomeado para Atleta do AnoO atleta olímpico madeirense MarcosFreitas, que integra há vários anos aequipa francesa da AS PontoiseCergy, é um dos nomeados paraAtleta do Ano na 21ª Gala do Des-porto, evento promovido pela Confe-deração do Desporto de Portugal, ater lugar no próximo dia 16 de no-vembro, no Casino Estoril.A Confederação do Desporto de Por-

tugal anunciou na passada terça-feira, na Praça Central do Colombo, ogrupo de nomeados aos prémios deAtleta Masculino, Feminino, Equipa,Treinador e Jovem Promessa daÉpoca Desportiva 2015-2016. Nessegrupo de nomeações encontra-seMarcos Freitas e a Seleção NacionalMasculina, que alcançaram resulta-dos de relevo durante a referida tem-

porada, terminando a mesma com adesejada participação olímpica.A nível individual Marcos Freitasapresentou-se ao seu melhor nível,tendo ascendido à sétima posição doRanking Mundial em novembro de2015, alcançado o título de Vice-Campeão da Europa em SingularesMasculinos, vencido a Liga Francesa,vencido a Liga dos Campeões Euro-

peus e alcançado o Diploma Olímpico- Rio 2016.No caso da Seleção Masculina, e comum grupo muito homogéneo, Portugalvenceu os Jogos Europeus - Baku2015, alcançou o quinto lugar noCampeonato do Mundo e subiu àsexta posição no Campeonato da Eu-ropa, tendo participado nos JogosOlímpicos - Rio 2016.

Ténis-de-mesa

Le 02 novembre 2016

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tásticos e mereciam uma vitória.Saímos daqui com a convicção quepodemos vencer nos próximos jogos.Assustámos o Nanterre e queremosganhar contra eles em casa. Vamosjogo a jogo e acreditamos que pode-mos passar esta fase da prova”.“Não houve muita diferença entre osdois clubes” disse por seu lado JoséSilva. “Estivemos muito bem nojogo, mas fizemos alguns erros quese pagaram caros. Conseguimosestar muito bem no terceiro períodoaté porque o nosso Treinador aler-tou-nos que tínhamos de reagirsenão apanhávamos 20 pontos.Claro que acreditámos na vitóriaquando estávamos na frente do mar-cador. Merecíamos a vitória, é pena,agora é continuar a trabalhar. Temosdois jogos em casa e dois fora, achoque se vencemos os dois em casa econseguimos uma vitória fora, pode-mos seguir em frente na prova. Esseé o nosso objetivo apesar de não serfácil”.

Um FC Porto lutador perdeu frente aoNanterre

O FC Porto perdeu na passada quarta-feira frente ao Nanterre por 81-73 nasua deslocação ao Palais des Sportsda cidade da região parisiense, umencontro a contar para a segunda jor-nada do grupo D da Taça da Europada FIBA.Perante cerca de 2.200 espetadores,com uma centena de Portugueses nasbancadas, o FC Porto até começoumal o jogo, sendo dominado em todosos aspetos. O Nanterre liderava atéchegar a um máximo de 9 pontos de

vantagem no intervalo, 47-38.O jogo parecia estar bem encami-nhado para os Franceses, mas no ter-ceiro período, os Dragões puseram oNanterre e o seu público a tremer. Osatletas da equipa francesa pareciamgerir o resultado, os Portugueses acor-daram-nos. Sob o impulso de AndréBessa - seis pontos nesse único pe-ríodo contra dois nos anteriores - oPorto recolou e até passou para afrente com os adeptos portuguesesem delírio completo, 58-54.No último período, e com um públiconovamente bem ativo do lado dos

Franceses, o Nanterre acelerou e con-seguiu alcançar uma vantagem con-fortável, num momento em que osPortugueses caíram fisicamente. Umvalente susto para o Nanterre frente aum Porto que lutou até ao fim.De referir que o melhor marcador dojogo e do Porto foi o atleta portuguêsJosé Silva, com 20 pontos.É a segunda derrota dos Portistas naprova, após aquela frente aos belgasdo Antwerp Giants, 87-79, na pri-meira jornada.No fim do encontro, o LusoJornalfalou com Moncho López, o Treinador

espanhol do FC Porto, e com JoséSilva, o basquetebolista português daequipa lusa.“A diferença final é irreal e injusta,porque a pouco tempo do fim, está-vamos com seis pontos de vantagema nosso favor. Ai acontecem doisfactos que condicionam tudo: umaboa reação do Nanterre com muitaagressividade e também 2-3 errosdos árbitros que nos prejudicaram emexem connosco” disse MonchoLópez. “A partir daí, e por baixo dojogo, foi complicado vencer. Dói-nosperder porque os adeptos foram fan-

Basquetebol

Por Marco Martins

DESPORTO 21

Basquetebol:Benfica derrotado poruma equipafrancesa

O Benfica deslocou-se a Chalon-sur-Saône para defrontar os Franceses doElan Chalon num encontro a contarpara a segunda jornada do grupo Ada Taça da Europa da FIBA.Os encarnados perderam por 90-76num jogo em que o melhor marcadorfoi o norte-americano do Elan Chalon,Cameron Clark, com 25 pontos. Dolado do Benfica, o melhor marcadorfoi também um norte-americano, Da-mian Hollis, que apontou 20 pontos.Com este resultado, os benfiquistasficam no segundo lugar com trêspontos, os mesmos que os húngarosdo Alba Fehérvár. No primeiro lugarencontramos o Elan Chalon comquatro pontos.Esta quarta-feira, dia 2 de novembro,o Benfica desloca-se ao terreno dosbelgas do Brussels Basketball, queainda não venceram nenhum jogo naprova.

Voleibol: NunoPinheiro perdeu na segunda jornadaO Paris perdeu por três sets a um,frente ao Cannes, em Charléty na ci-dade parisiense, num jogo a contarpara a segunda jornada do Campeo-nato de França de Voleibol. O atletaportuguês do Paris, Nuno Pinheiro,foi titular e marcou três pontos du-rante o encontro. De notar que os pa-risienses até começaram bem aovencer o primeiro set por 25-21, masacabaram por perder os três seguin-tes pelos parciais de 22-25, 23-25 e23-25.Na próxima jornada, o Paris Volleydesloca-se ao terreno do Sète, nasexta-feira 4 de novembro, pelas20h30, um encontro para acompa-nhar no canal televisivo L’Équipe.

Futebol /Ligue 2: ORed Star venceu 3-1frente aoToursTerceiro jogo sem derrotas para aequipa parisiense do Red Star. Oclube comandado pelo Técnico por-tuguês Rui Almeida venceu na pas-sada sexta-feira o Tours por 3-2. Apósdois empates consecutivos, os joga-dores do Red Star alcançaram umavitória que permite fugir aos lugaresde despromoção.

Le 02 novembre 2016

Por Marco Martins

LusoJornal / Marcos Martins

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22 TEMPO LIVRE Le 02 novembre 2016

lusojornal.com

Boa notícia

«Não é umDeus de mortos, mas de vivos»Dizer abertamente «acredito na res-surreição dos mortos» é uma tarefadelicada. Por um lado, esta afirmaçãoé um elemento irrenunciável da nossafé. Por outro, sabemos que há quemveja na esperança da ressurreiçãoapenas um “ópio do povo”, que pro-cura adormecer a vontade de lutar porum mundo mais justo.Como veremos no Evangelho do pró-ximo domingo, dia 6, já no tempo deJesus, a escola dos saduceus (umadas várias seitas judaicas) afirmavaque a ressurreição era apenas umailusão onde o homem projetava osseus desejos de imortalidade. Quandoouviram Jesus falar de ressurreição,os saduceus não desperdiçaram aocasião e tentaram ridicularizar a Suafé, submetendo-Lhe um caso limite:se uma viúva se casa várias vezes, dequem será esposa na ressurreição?A resposta de Cristo revoluciona o an-tigo conceito de ressurreição e diz-nosque não se trata de uma simples con-tinuação da vida que vivemos nestemundo, mas de uma vida nova e dis-tinta, uma vida de plenitude. E umavida que começa já!Ópio do povo? Precisamente o contrá-rio… Para nós cristãos, a ressurreiçãonão é apenas uma realidade que es-peramos. É também o ideal no hori-zonte que nos apaixona e queinfluencia, desde já, a nossa existên-cia terrena. É uma certeza que trans-forma as nossas opções, os nossosvalores e as nossas atitudes. É preci-samente a beleza da vida eterna pro-metida que nos dá a coragem de doaras nossas vidas e de enfrentar as for-ças de pecado que dominam omundo, de forma a que o novo céu ea nova terra que nos esperam (e queentrevemos no horizonte) comecem adesenhar-se desde já.

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:

Église Ste Bernadette14 avenue Robert Keller91170 Viry Chatillon2° Domingo do mês às 9h30

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Jusqu’au 6 novembre Exposition «De l’intranquilité» dans le cadredu Festival de l’intranquilité, avec la biblio-thèque particulière de Fernando Pessoa,avec des œuvres de Fernando Calhau, DoraGarcia et João Onofre. Fondation CalousteGulbenkian - Délégation en France, 39 bou-levard de la Tour Maubourg, à Paris 7.

Jusqu’au 26 novembre «Observations dans le noir», expositiond’œuvres récentes de Jorge Molder, l’un desartistes portugais les plus singuliers de sa gé-nération. Galerie Bernard Bouche, 123 rueVieille-du-Temple, à Paris 3.

Jusqu’au 11 décembre Exposition de peintures de Jorge Queiroz,dans le cadre d’«Incorporated», 5ème édi-tion des Ateliers de Rennes - biennale d’artcontemporain. Musée des beaux-arts deRennes, 20 quai Emile Zola, à Rennes (35).Avec le soutien de l'Ambassade du Portugalen France - Centre culturel Camões I.P. àParis.

Jusqu’au 11 décembre «Sur des territoires fluides», exposition col-lective regroupant trois artistes questionnantla notion de territoire: Didier Fiuza Faustino,Till Roeskensn et Laurent Tixador. La Maré-chalerie – Centre d’art contemporain, 5 ave-nue de Sceaux ou 2 avenue de Paris, àVersailles (78).

Jusqu’au 3 janvier Exposition qui trace le parcours de CalousteGulbenkian, de la Fondation qui porte sonnom et de la Maison du Portugal. Commis-saire Teresa Nunes da Ponte. En partenariatavec la Fondation Calouste Gulbenkian et laMaison d'Arménie de la CIUP. Maison duPortugal André de Gouveia, 7P boulevardJourdan, à Paris 14.

Du 8 novembre au 21 janvier «Spectres - On Birds, Skulls and Drones» del’artiste portugais Miguel Blanco, à la GalerieJeanne Bucher Jaeger, Espace Marais, 5 et7 rue de Saintonge, à Paris 3. Du mardi ausamedi, de 10h00 à 19h00.

Du 8 novembre au 12 février Exposition de 40 oeuvres de l’artiste portu-gais Miguel Blanco dans le cadre de «BlackDeer - Résonances, Enlèvements, interfé-rences», au Musée de la Chasse et de la Na-ture, 62 rue des Archives, à Paris 3. Dumardi à dimanche, de 11h00 à 18h00. Lemercredi jusqu’à 21h30. Fermé le lundi.

Jusqu’au 26 février «Dépenses», premier volet de «La traverséedes inquiétudes», une trilogie d’expositionslibrement inspirée de la pensée de GeorgesBataille. Participation des artistes portugaisJulião Sarmento et Marco Godinho. La-banque, 44 place Georges Clemenceau, àBéthune (62).

Le mercredi 9 novembre, 19h00 Présentation du livre «Fernando Pessoa, an-thologie Essentielle» (ed. Chandeigne) avecprésentation et lecture à deux voix, par Mi-chel Chandeigne et Joanna Cameira Gomes.Librairie Petite Égypte, 35 rue des PetitsCarreaux, à Paris 2. Infos: 01.47.03.34.30.

Le dimanche 27 novembre, 16h00 Performance de danse, musique et poésie«ORLA. Ce qui s’anime à la bordure descorps». Projet de danse, musique et poésied’Isabelle Dufau. Avec Isabelle Dufau (danse), João CostaLourenço (piano) et Diletta Mansella. Maisondu Portugal André de Gouveia, 7P boulevardJourdan, à Paris 14.

Le vendredi 11 novembre, 20h00 “Olá!”, one-man-show de José Cruz (versionfrançaise). Salle des Fêtes, impasse des oi-sons, à Mormant (77). Infos: 01.64.42.53.00.

Le samedi 3 décembre, 20h30 Dernière représentation de “Olá!”, one-man-show de José Cruz (version française). Espace Saint-Pierre, 121 avenue Achille Pe-retti, à Neuilly-sur-Seine (92).

Le samedi 5 novembre, 18h00 Présentation du documentaire «Indepen-dência» sur l’indépendance de l’Angola deMário Bastos, suivie de débat avec Marga-rida Calafate Ribeiro. Maison du PortugalAndré de Gouveia, 7P boulevard Jourdan, àParis 14.

Le vendredi 4 novembre Soirée Fado avec António Pinto Basto, JoanaAmendoeira et Marta Pereira da Costa, or-ganisée par Radio Alfa. Salle Vasco daGama, 1 rue Vasco da Gama, à Valenton(94). Infos: 01.45.10.98.60.

Le jeudi 10 novembre, 20h30 Concert de Ricardo Ribeiro dans le cadre duFestival Villes des Musiques du Monde, auPôle Musical d’Orgemont, 1 rue de la TêteSaint Ménard, à Epinay-sur-Seine (93).Infos: 01.48.41.41.40. Avec, en premièrepartie, le groupe de Cante Alentejano de laCompagnie des Rêves Lucides.

Du 11 au 13 novembre Festival International de Fado avec BeatrizFelizardo, Pedro Ferreira, Liliana Martins,Francisco Galvão, Paula Cruz, ManuelGranja, Fernanda Moreira, Jorge César, IsaMar Fado, accompagnés aux guitares parJorge Silva et Miguel Monteiro. Salle BorisVian, rue de l’Abbé de l’Epée, à Clermont-Ferrand (63). Infos: 06.88.94.71.41.

Le vendredi 18 novembre, 21h00 «Hommage au Lusofolie’s... qui revivra!» or-ganisé par Le Coin du Fado, avec ConceiçãoGuadalupe, João Rufino, Daniela, Karine...accompagnés par Filipe de Sousa (guitarra),Nuno Estevens et Dominique Oguic (violas),Nella Selvagia (percussions) et PhilippeLeiba (contrebasse) avec la participation deJoão Heitor. Présenté par Jean-Luc Gon-neau. Les Affiches / Le Club, 7 place SaintMichel, à Paris 5. Infos: 06.22.98.60.41.

Le samedi 26 novembre Soirée Fado avec repas, avec Maria Sameiro,José Correia et Marlène Silva, accompagnés

par Miguel Braga (guitarra) et Ricardo Pons(viola), organisé par l’Amicale franco-portu-gaise de Vigneux. Gymnase Georges Bras-sens, 1 bis rue du Maréchal Leclerc, àVigneux-sur-Seine (91). Infos: 06.18.24.26.95.

Le jeudi 3 novembre, 19h00 Récital de chant et de piano avec Teresa daNeta (soprano), Carolina Figueiredo (mezzosoprano), José Manuel Brandão (piano) etManuela de Sá (coordination musicale).Œuvres de Pauline Viardot, Alma Mahler,Berta Alves de Sousa, Francisca Gonzaga,parmi d’autres femmes compositeurs.Concert en hommage à Muzart-Fonsecados Santos (Université Paris Ouest NanterreLa Défense). Maison du Portugal André deGouveia, 7P boulevard Jourdan, à Paris 14.Concert «Voix d'elles» dans le cadre du pro-jet «Femmes dans le monde».

Le vendredi 4 novembre, 20h00 Concert Contre-ténors avec Luís Peças etJoão Paulo Ferreira (Contre-ténors) et JoãoSantos (Organiste). Organisé par l’associa-tion Culture et Loisirs, en collaboration avecla Mairie d'Aubergenville jumelée avec Al-cobaça. Eglise Sainte Thérèse de l’EnfantJésus, Elisabethville - Aubergenville (78).Infos: 06.81.67.97.06.

Le dimanche 6 novembre, 17h00 Concert de Musique Barroque et Sacréeavec Luís Peças et João Paulo Ferreira(Contre-ténors) et João Santos (Organiste).Basilique Saint Martin, à Tours (37). Infos: 06.83.27.31.15.

Le lundi 7 novembre, 20h00 Concert de Sofia Ribeiro (jazz), présenta-tion de l’album «Mar sonoro», avec SofiaRibeiro (voix), Juan Andrés Ospina (piano),Petros Klampanis (contrebasse) et MarceloWoloski (percussion). Maison du PortugalAndré de Gouveia, 7P boulevard Jourdan,à Paris 14.

Le vendredi 11 novembre, 20h00 Concert du Trio Paulo Bandeira avec JoãoPaulo esteves da Silva (piano), BernardoMoreira (contrebasse) et Paulo Bandeira

EXPOSITIONS

CONFÉRENCES

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FADO

CINEMA

CONCERTS

DANSE

THÉÂTRE

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TEMPO LIVRE 23Le 02 novembre 2016

(batterie) dans le cadre du Festival Jazzy-colors, Festival des Instituts culturelsétrangers à Paris. Au Centre Tchèque, 18rue Bonaparte, à Paris 6. En collabora-tion avec l’Institut Camões.

Le samedi 12 novembre, 20h00 Concert C4Pedro, organisé par l’associa-tion CPPA, AFPA et Versus. Salle JeanVilar, 9 boulevard Héloïse, à Argenteuil(95).

Le lundi 14 novembre Concert de Aurélie & Verioca (musiquebrésilienne) dans le cadre du FestivalJeunesses Musicales JMFrance. A Digne-les-Bains (04).

Le mardi 22 novembre, 20h30 Concert de la brésilienne Flávia Coelhoavec son nouvel album «Sonho Real»(samba, baile funk, reggae, afro-beat etforro). Espace Michel Simon, esplanadeNelson Mandela, à Noisy-le-Grand (93).

Le mardi 22 novembre Concert de Aurélie & Verioca (musiquebrésilienne) dans le cadre du FestivalJeunesses Musicales JMFrance. A BourgAchard (27).

Le mercredi 23 novembre, 20h30 Concert de Thaís Motta (jazz et bossa-nova). Espace Michel Simon, esplanadeNelson Mandela, à Noisy-le-Grand (93).

Le jeudi 24 novembre, 20h30 Trio Combo Brazil (samba, soul, jazz) et,en première partie, Zalindê Abàmi(chant, danse et percussions 100% fé-minines). Espace Michel Simon, espla-nade Nelson Mandela, à Noisy-le-Grand(93).

Le vendredi 25 novembre, 20h30 Jiripoca Band (macumba-groove, samba-funk-reggae, xote-reggae, baião-rock,afroxe-mambo, cyberjazz). Espace Mi-chel Simon, esplanade Nelson Mandela,à Noisy-le-Grand (93).

Le mardi 29 novembre Concert de Aurélie & Verioca (musiquebrésilienne). Au Sunset, 60 rue desLombards, à Paris 01.

Le mercredi 30 novembre, 21h30 Concert de Dan Inger dos Santos Trio auThéâtre Trévise, 14 rue de Trévise, àParis 9. Infos: 01.48.65.97.90.

Le samedi 10 décembre Concert de Aurélie & Verioca (musique bré-silienne) dans le cadre du Festival Voix-là,à Gray (70).

Le vendredi 11 novembre, 15h30 6ème Fête des Châtaignes de l’AssociationCulturelle Portugaise, avec musique et pro-duits portugais. Les châtaignes sont of-fertes par la ville de Chaves. Esplanade duSouvenir Français, 182 avenue Charles deGaulle, à Neuilly-sur-Seine (92).

Le vendredi 11 novembre, 14h30 Fête des châtaignes organisé par Les Amisdu Plateau, devant le monument à LouisTalamoni, à Champigny-sur-Marne (94).

Le vendredi 11 novembre, 14h30 Célébration de la Saint Martin organisée parl’association Cap Magellan, sur le Parvis dela Mairie du 14ème, 2 place FerdinandBrunot, à Paris 14. Entrée et châtaignesgratuites et Animations musicales.

Le samedi 12 novembre, 19h00 Soirée portugaise animée par ChristopheMalheiro, organisée par Províncias de Por-tugal de Roubaix. Salle Richard Lejeune,21 rue d’Anzin, à Roubaix (59).

Le dimanche 13 novembre, 14h00 Fête de la châtaigne, organisé par l’AssociationPortugal du Nord au Sud, avec animations, fol-klore, bombos, géants,… Châtaignes offertes.Gymnase du Lobel, 39 rue des deux piliers, àSaint Brice-sous-Forêt (95). Entrée libre.Infos: 06.78.58.07.70.

Le samedi 19 novembre, 20h00 Dîner-spectacle de solidarité de la SantaCasa da Misericórdia de Paris, animé parBévinda et Dj Paulo. Salle Vasco da Gama,1 rue Vasco da Gama, à Valenton (94).Infos: 01.79.35.11.03.

Le vendredi 25 novembre, 20h00 Election de Miss Portuguesa França 2016,organisée par Lusopress. Salle Le Carrou-sel, rue de la Ferme du Presbytère, à Ozoir-la-Ferrière (77).

Le vendredi 2 décembre, 18h00 Loto des Pompiers au profit du Téléthon,organisé par les associations Agora et Telest Argenteuil. Salle Jean Vilar, 9 boulevardHéloïse, à Argenteuil (95). Infos: 06.24.25.79.27.

Le samedi 3 décembre, 19h30 Repas dansant animé par le groupe CordasSoltas et Duo Sorriso, au profit du Télé-thon, organisé par l’association Agora.Salle Jean Vilar, 9 boulevard Héloïse, à Ar-genteuil (95). Infos: 06.24.25.79.27.

Le dimanche 4 décembre, 14h00 33ème anniversaire de l’émission Voz dePortugal sur IDFM, en collaboration avecl’Association socioculturelle portugaised’Epinay-sur-Seine. Fado avec MaraPedro, Nina Tavares et Lauriano, accom-pagnés par Ricardo Silva (guitarra) et JoãoSilva (viola). Variétés avec Paula Soares,Papa London, Sonya, Christophe, Ysa Jb,Virginie, Fred Mora et Nuno Félix. EspaceLumière, avenue de Lattre de Tassigny, àEpinay-sur-Seine (93). Infos: 06.48.24.85.53.

Le samedi 19 novembre Soirée Rusgas. Casa de Portugal, 620 rueMansart, à Plaisir (78). Infos: 06.61.48.02.09.

Le samedi 19 novembre, 16h00 Fête de la St. Martin, avec les groupesBate n’Avó (Cavaquinhos) et Sol de Portu-gal (Cante Alentejano). Au Soleil du Por-tugal, 61 rue Dupuytren, à Tourcoing(59). Offre de châtaignes et Caldo Verde.

Le dimanche 20 novembre Festival de folklore organisé par Les AmisFranco-Portugais de Montreuil, avec lesgroupes Vale do Ave de Montreuil, Povo daNóbrega de Créteil, Alegria do Minho deVignieux-sur-Seine et CCPPVE d’Argen-teuil. Animation avec l’orchestre CarlosPires. Gymnase Henri Wallon, 5 rue HenriWallon, à Montreuil (93). Infos: 06.22.48.07.05.

Le dimanche 20 novembre Festival de folklore organisé par la Casa dePortugal, 620 rue Mansart, à Plaisir (78).Infos: 06.61.48.02.09.

Le samedi 31 décembre, 22h00 Bal de la Saint Sylvestre avec Banda Sor-riso (pour la première fois en France) et DjAníbal, organisé par le Comité de Fêtesd’Argenteuil. Salle Jean Vilar, 9 boulevardHéloïse, à Argenteuil (95). Infos: 01.39.81.28.70.

SPECTACLES

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FOLKLORE

Delfino Vilarna Rádio EnghienNo próximo sábado, dia 5 de novem-bro, o convidado do programa ‘Voz dePortugal’ da rádio Enghien, é DelfinoVilar para apresentar o seu trabalho.No sábado seguinte, dia 12 de no-vembro, os convidados são os fadis-tas portugueses Nina Tavares eLauriano.O programa tem lugar aos sábados,das 14h00 às 16h00, e às segundas,das 19h00 às 20h00, e pode ser ou-vido na região norte de Paris em FM98,0 ou por internet em:www.idfm98.fr.

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SAINT SYLVESTRE

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